“Se pudesse desejar-me algo, queria que não fosse nem riqueza nem poder,
mas a paixão do possível;
queria somente uma mirada – eternamente jovem – que brilhasse sempre
e transparecesse o desejo de ver o impossível” (Kierkegaard)
Impossível imaginar Jesus sem desejos, apático. Seria a maior distorção de sua
figura histórica.
Jesus tem um profundo e radical desejo de Deus, que se manifesta na auto-
consciência de ser seu Filho e instrumento de uma missão recebida d’Ele, na
contínua busca de sua vontade e de seu rosto, na unificação e totalização de todos os seus
afetos para o SONHO de Deus, na negativa a converter-se em senhor e centro de sua própria
vida, até estar disposto a perdê-la pela causa do Reino.