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JESUS, HOMEM DE DESEJOS

“Se pudesse desejar-me algo, queria que não fosse nem riqueza nem poder,
mas a paixão do possível;
queria somente uma mirada – eternamente jovem – que brilhasse sempre
e transparecesse o desejo de ver o impossível” (Kierkegaard)

Impossível imaginar Jesus sem desejos, apático. Seria a maior distorção de sua
figura histórica.
Jesus tem um profundo e radical desejo de Deus, que se manifesta na auto-
consciência de ser seu Filho e instrumento de uma missão recebida d’Ele, na
contínua busca de sua vontade e de seu rosto, na unificação e totalização de todos os seus
afetos para o SONHO de Deus, na negativa a converter-se em senhor e centro de sua própria
vida, até estar disposto a perdê-la pela causa do Reino.

Jesus é um homem desejoso do Reino, isto é, da nova comunidade de homens e


mulheres que se sabem filhos(as) de Deus e, portanto, irmãos entre si.
Um desejo que o leva a curar, sarar, convidar, acolher a todos os marginalizados
deste mundo.
Uma paixão por incluir todos os excluídos, em nome do desejo de Deus feito
desejo próprio...
“A característica cultural mais perigosa de nosso tempo é a apatia, isto é,
o déficit de paixão, de desejo. Uma apatia que se manifesta em três tipos
de fenômenos relacionados entre si: - o esquecimento do sofrimento alheio,
- a ausência de compaixão,
- a incapacidade de padecimento. (Moltmann)
DESEJO de Deus e DESEJO do Reino são inseparáveis em Jesus.
Neste sentido, Jesus vive, prolonga e eleva a cultura do desejo que tão
profundamente caracteriza todo o A.T. e que adquire suas formulações mais
preciosas e apaixonadas nos Salmos, nos Profetas e no Cântico dos Cânticos.
Assim pois:
+ O homem bíblico, e Jesus o primeiro deles, é um personagem de grandes desejos em torno dos quais unifi-
cam e totalizam sua vida; mais que “ter desejos”, dão a impressão de que são possuídos por um desejo que
os enchem de alegria e os mobiliza.
+ A estrutura interior desse movimento do desejo foi plasmado por Jesus na parábola do tesouro escondido
(Mt l3,44-45), na qual seguramente narra sua própria experiência interior: o Reino de Deus é tão surpreenden-
te e inesperado, desencadeia tal alegria, que o desejo de entrar em seu âmbito faz com que se venda todo o
resto. Segundo esta parábola, é a alegria de um encontro a que mobiliza o desejo.
+ O DESEJO de Deus é sempre DESEJO do Reino. No desejo do Reino está sempre presente o desejo
de Deus. Ambos desejos nunca estão separados.
+ Na experiência religiosa de Jesus, Deus emerge para Ele como Pai acessível e, ao mesmo tempo, como Deus
livre. A um Deus que se revela assim, Jesus lhe responde entregando-lhe a confiança, mas também a dispo-
nibilidade; mais ainda, articulando sua liberdade humana na liberdade de Deus, seu sonho humano no so-
nho de Deus.
Texto bíblico: Mt 6,7-l5

Pai-Nosso: oração dos grandes desejos;


: rezá-lo de acordo com o 2º modo de orar
de S.Inácio, ou seja, “contemplar o signi-
ficado de cada palavra da oração”.

Oração: num mundo de muitos “desejos” e pouco


desejo, a fé em Deus nos chama a ser homens e mulheres
apaixonados, desejosos...
: aprender a orar equivale a aprender a desejar;
“O Pai-Nosso é uma pedagogia dos DESEJOS e educa o discípulo a sair da estreiteza dos
seus desejos para adentrar-se na paixão pelo Nome, pelo Reino e pela Vontade do Pai”.
(D
olores Aleixandre)
: a oração de petição tem como finalidade não alertar a Deus,
evidentemente, senão alargar o
campo do DESEJO, o que nos permite receber com maior plenitude a
graça pedida.

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