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Sobre interesses particulares e públicos

Como sempre é feito no Congresso Nacional, ao apagar das luzes, equanto


esfriam-se os debates a espera das festas de fim de ano, projetos de extrema
relevância, porém com fins pouco elogiáveis, são apresentados na esperança
de passarem despercebidos pela imprensa e tramitarem longe dos interesses
dos cidadãos.
Pois nem bem terminado o ano em que as mais representativas associações
de engenheiros defendiam a união da classe em defesa da engenharia
nacional. Encerrando assim um ciclo de fragmentação que prejudica o país e a
população, um senador, legítimo representante da política coronelista,
retrógrada e totalitária, propoe a separação dos engenheiros, num passo para
criar o primeiro “Apartheid” profissional da história.
O Senador Cesar Borges, legítima cria do carlismo bahiano, que
convenientemente saiu da oposição para aliar-se ao governo ao ver as forças
de ACM minguarem. Quer criar seu feudo profissional propondo a criação de
uma excrecência denominada OBENC (Ordem Brasileira de Engenheiros Civis)
para regulamentar a engenharia civil uma vez que o modelo de
regulamentação de 1933 mostra-se atrasado para as necessidades de hoje.
Não é segredo que o modelo é inadequado, também não é segredo que todos
os associados do sistema CONFEA-CREA estão insatisfeitos. O primeiro passo
para isso será dado com a criação do conselho dos arquitetos e o segundo
deveria ser o desmenbramento dos agrônomos e todas as outras categorias,
deixando assim o conselho para a engenharia.
Mas não, frutos do autoritarismo do Brasil verde-oliva não caem longe da
árvore. O projeto que inicia o trâmite no senado já nasce cheio de vícios, com o
propósito único de fornecer ao Senador seu curralzinho eleitoral e uma teta
gorda para gasrantir-lhe proventos em caso de futuros infortúnios eleitorais.
Pois não prevê eleição direta democrática para seus gestores, instituindo assim
um sistema de eleições indiretas digna dos grandes clubes de futebol, cujos
dirigentes pertuam-se no poder e nas manchetes policiais.
Alegando demandas em encontros inespressivos ocorridos há mais de 6 anos,
o senador completa as jutifiscativas do projeto apontando que todas as
profissões na área de humanas têm seus conselhos exclusivos e a profissão
regulamentada por lei.
Os problemas que a engenharia brasileira enfrenta não segredo, nem é
segredo que o CREA hoje reúne uma gama muito diversa de profissionais, não
podendo assim representar ou regulamentar com eficiência e satisfatóriamente
todas elas. Como também não é segredo que a solução passa pela unificação
da engenharia e o desmenbramento do CREA em conselhos específicos para
os técnicos, geógrafos, meteorologistas e assim por diante.
Mas é muito estranho que um parlamentar que se diz defensor da engenharia,
proponha seu desmembramento, criando um intrincado sistema eleitoral onde
os votos não tem o mesmo valor, e a representatividade se dá pelo número de
entidades e não de associados.
Enfim, O Instituto de Engenharia vem a público manifestar sua posição
contrária ao projeto de criação da OBENC e tudo que ela representa: atraso,
custos, ineficência, autoritarismo e corrupção. Adjeivos que não constam da
qualificação de um engenheiro de verdade.

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