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Um mundo melhor

Há alguns anos surgiu, de um anúncio de bebidas, o conceito do


efeito Orloff. A referência se devia ao consumidor daquela específica
marca de vodca deparar-se com sua imagem no dia seguinte sem
aparentar os devastadores efeitos do consumo alcoólico de baixa
qualidade dizendo a si mesmo: “eu sou você amanhã”.
O “Efeito Orloff”, aplicado pelos papos de botequim e jornalismo
econômico aos países em desenvolvimento mostrando que a crise de
uma nação seria da outra no futuro, foi sucesso de crítica nos anos
80 e 90 e volta a cena quando o assunto é trânsito.
São Paulo enfrenta hoje gravíssimos problemas de tráfego de
veículos, numa situação considerada surrealista por cidadãos de
outras metrópoles brasileiras que, exclusivamente por sua diferença
de tamanho, ainda não se conscientizaram da aplicação do “Efeito
Orloff” à medida que suas frotas de veículos crescem em ritmo igual
ou superior ao paulistano.
Na mídia florescem soluções radicais, milagrosas ou estapafúrdias
com um único ponto em comum, a vocação para o fracasso se
tomadas isoladamente, pois ignoram um princípio simples da
humanidade, a relação custo benefício, acreditando numa máxima da
educação infantil arcaica, a proibição pura e simples.
Ora num país em que sua população já deixou claro que a legislação
sem sentido é ignorada, que as autoridades não tem força moral ou
operacional para aplicar a legislação existente e os governos
preocupam-se mais com o resultado das urnas do que com a
segurança e o bem estar dos cidadãos, é de se esperar que o futuro
seja um grande engarrafamento.
A solução do trãnsito paulistano e, consequentemente, brasileiro não
será simples, mas seu princípio é claro, o tranporte individual com
um automóvel tem de custar caro o suficiente para que as pessoas
optem pelo transporte público.
Devemos então tomar um junto de medidas que, juntas. produzirão
esta mudança cultural. Medidas como: Priorizar a qualidade e a
quantidade do transporte público; proibir o estacionamento no leito
carroçável de ruas praças e avenidas; exigir de edifícios e
estabelecimentos comerciais áreas disponíveis para caçambas de
entulho; levar a Zonal Azul do leito carroçavel para terrenos
especialmente criados para estacionamento; proibir o tráfego de
veículos de carga no horário de rush; restringir operações de
descarga ao período noturno; extinguir o rodízio e criar o pedágio
urbano; implementar a inspeção veicular anual completa (segurança
e ambiental); retirar de circulação em caráter permanente carros
velhos e sem condições mínimas de segurança e ficalizar com rigor o
pagamento de tributos, licenças e multas apreendendo os veículos
inregulares.
Para completar, o governo federal deve deixar a política eleitoreira
fora dos corredores da Petrobrás e aumentar o preço da gasolina,
pois o maior inibidor dos deslocamentos supérfluos é custo do
quilômetro rodado.
A Lei Cidade Limpa do prefeito Gilberto Kassab mostrou que a
população pode até reclamar na impalantação de medidas duras e
drásticas, porém é madura o suficiente para perceber, reconhecer e
agradecer as melhorias geradas.
Enfim, aos motoristas brasileiros que issistirem em usar o carro, fica
o recado da Daslu: “Existem sim um mundo melhor, porém é
caríssimo”.

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