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CURSO DE FÍSICA MODERNA

“A ciência, considerada como um projeto que se realiza progressivamente, é,


como qualquer outro empreendimento humano, condicionada subjetiva e psi-
cologicamente.”
Albert Einstein (físico)

PROFESSOR: ARGEMIRO BASTOS

Conteúdo:
/.Modelos atômicos “... a ciência é valorizada na sociedade como uma instância absoluta, exata-
/.Relatividade mente como Deus é visto pela Igreja. Assim como diziam os padres que quei-
/.Efeito fotoelétrico mavam hereges na Inquisição: ‘não sou eu, é Deus quem quer’; assim nossos
/.Radioatividade tecnocratas, ao tomarem decisões, dizem que não são eles os responsáveis,
mas a ciência.”
Pierre Thuillier (historiador da ciência)

Macapá – AP
Outubro – 2007
Física Moderna
INTRODUÇÃO
Programa do processo seletivo 2006 – UNIFAP/UFPA (Relativo à Física Moderna)
Quando ouvimos a palavra ciência, muitas coisas podem vir à nossa mente.
EIXO TEMÁTICO 1: FUNDAMENTOS BÁSICOS DA FÍSICA. A partir das informações que recebemos dos meios de comunicação formamos uma
imagem da atividade cientifica. Portanto, antes mesmo de começarmos a estudar as
COMPETÊNCIA: ciências, já temos uma idéia a respeito do que elas representam nas sociedades
modernas.
Dominar os conceitos, princípios e leis que regem a Física.
Relacionar fenômenos físicos com os princípios e leis que os regem. Uma pessoa que queira participar de uma sociedade como a nossa, refletido
Construir e interpretar gráficos relacionando grandezas físicas. sobre seus caminhos e influenciando de forma consciente nas decisões tomadas,
não pode ficar alheia a questões relativas à ciência e tecnologia. Pensar sobre essas
HABILIDADES: questões não deve ser uma tarefa restrita somente a especialistas. A importância
desses temas nas nossas vidas é tal que as decisões a serem tomadas devem ser
- Aplicar o conceito de Quantização para calcular energia de fótons de responsabilidade de toda a sociedade. Portanto, todos nós devemos saber discuti-
- Descrever a dualidade onda-partícula las.
- Usar o modelo atômico de Bohr para explicar a emissão de radiação.
- Aplicar as Leis do Decaimento Radioativo em situações que envolvam emissão Para conhecermos a ciência, é preciso que compreendamos os processos
de radioatividade. de construção de suas principais teorias. Que discussões foram feitas, que divergên-
cias foram debatidas até aquela teoria ser aceita pela maioria dos cientistas de de-
CONTEÚDOS: terminada época. Quando se fala em física moderna (?) as teorias envolvidas são
contribuições de pessoas ilustres que viveram principalmente, no século passado e
7 - Física Moderna: nos deixaram o legado de não só usufruir as suas descobertas, mas também discuti-
7.1. Quantização de energia. Dualidade onda-partícula las e aprimora-las e/ou muda-las para as próximas gerações.
7.2. Modelo atômico de Bohr e emissão de radiação A Física proposta por Isaac Newton no séc. XVII tinha como base fatos for-
7.3. Princípios Básicos de Radioatividade e as Leis do Decaimento Radioativo tes e convincentes. Tão convincentes que foi amplamente utilizada nos séculos se-
guintes sem ser questionada. Os princípios da Mecânica Newtoniana determinaram
EIXO TEMÁTICO 2: FÍSICA APLICADA À TECNOLOGIA. praticamente todo o desenvolvimento técno-científico dos dois séculos que a prece-
COMPETÊNCIA: deram. Esta Mecânica caracteriza-se por não questionar a validade de seus concei-
tos; como por exemplo a questão sobre o referencial no qual são feitas as medidas e
Aplicar os princípios e leis que regem a Física em problemas envolvendo produtos da a influência do método de medida sobre as grandezas em questão.
tecnologia inseridos no cotidiano Mesmo nos nossos dias, os conceitos estabelecidos pela Mecânica Newto-
niana permanecem firmemente ligados ao nosso raciocínio cotidiano. Estes conceitos
HABILIDADES: estavam tão fortemente enraizados que atravessaram vários séculos sem que al-
guém questionasse seus fundamentos. No início do século XX houve grandes mu-
- Explicar o laser como luz coerente proveniente da emissão sincronizada danças na física clássica, neste período surgia a física moderna. Foi nesta época que
- Descrever qualitativa e quantitativamente o efeito fotoelétrico e suas aplicações Albert Einstein, físico alemão que se naturalizou norte americano, propôs a teoria da
em mecanismos de proteção e acionamento automático relatividade, segundo a qual o tempo que era tido como absoluto na "realidade" seria
CONTEÚDOS: relativo. Foi também nesta virada de século que nascia a Teoria quântica, que trouxe
grandes mudanças na física.
13. Fundamentos da emissão laser Para melhorar a compreensão das teorias que iremos estudar adiante, foram
14. Efeito fotoelétrico feitos, além de um pequeno vocabulário com termos freqüentemente utilizados em
física moderna, uma apresentação da biografia de alguns dos físicos que mudaram
permanentemente a forma de vermos a ciência.

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Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
VOCABULÁRIO matéria que pode ser alterada sem variação de volume; b) potencial
termodinâmico interno; c) o mesmo que energia disponível. E. lumi-
TERMO SIGNIFICADO
1
nosa, Fís: energia transferida por radiação visível ou na sua forma.
sm Fís (bari + on) Partícula instável, mais pesada que os prótons e E. mecânica, Fís: capacidade para produzir trabalho. E. megacíclica:
Bárion nêutrons. Os bárions desintegram-se expelindo partículas mais leves energia elétrica de freqüência muito elevada. E. nuclear: o mesmo
e transformam-se desse modo em prótons e nêutrons que energia atômica. E. potencial, Fís: energia de um corpo que
sf (desintegrar + ção) 1 Ato ou efeito de desintegrar. 2 Fís Transfor- depende de sua posição em relação a outros corpos e das forças
mação de uma partícula elemento em outras (de um nêutron em ativas em relação a um estado normal; também chamada energia
próton e um elétron, por exemplo). 3 Em engenharia nuclear, a fissu- latente. E. química: energia liberada ou formada em uma reação
ra do combustível, como no reator nuclear. D. artificial: radioatividade química. E. radiante: energia que se propaga em forma de ondas;
artificial. D. atômica: alteração na composição de um núcleo atômico, especificamente, a energia de ondas eletromagnéticas (como as de
Desintegração espontaneamente (como na radioatividade, pela ejeção de partículas rádio, raios infravermelhos, luz visível, raios ultravioleta, raios X e
do núcleo) ou como resultado do bombardeio com partículas, tais raios gama).
como nêutrons ou prótons. D. alfa: desintegração radioativa em que sm (gr aithér) 1 Fís Hipotético fluido cósmico extremamente sutil, que
há emissão de uma partícula alfa (núcleo de Hélio); D. beta: desinte- enche os espaços, penetra nos corpos e é considerado, pela teoria
gração radioativa em que há emissão de um elétron; D. gama: desin- Éter
ondulatória, o agente de transmissão da luz, do calor, da eletricidade
tegração radioativa em que há emissão de radiação gama. etc...
sf (lat dualitate) Caráter daquilo que é dual ou duplo. 2 existência de sm (foto1 + on) Quantum de energia radiante (como a luz ou os
duas teorias e interpretações para os fenômenos luminosos ou, em Fóton
raios X).
Dualidade geral, os fenômenos radiativos: uma admite que tais fenômenos
Incerteza sf (in1 + certeza) 1. falta de certeza; hesitação; dúvida.
sejam produzidos por ondas periódicas e a outra os interpreta como
produzido por partículas discretas adj Fís (iso+topo3) e Quím V isotópico. sm 1 Cada uma de duas ou
mais espécies de átomos do mesmo elemento, que têm o mesmo
sf (gr enérgeia) 1 Capacidade dos corpos para produzir um trabalho
número atômico e ocupam a mesma posição na tabela periódica; são
ou desenvolver uma força, Eletr: energia gasta por uma máquina ou
quase idênticos no comportamento químico, mas diferem na massa
mecanismo durante o seu funcionamento. E. a ponto zero: energia
atômica ou número de massa e destarte se comportam diferente-
cinética remanescente numa substância sujeita à temperatura de
mente no espectrógrafo de massa, nas transformações radioativas e
zero absoluto. E. atômica, Fís: energia liberada por alterações no Isótopo
nas propriedades físicas (como difusibilidade no estado gasoso);
núcleo de um átomo (como, p ex, pela fissão de um núcleo pesado
podem ser detectados e separados por meio dessas diferenças co-
por um nêutron ou pela fusão de núcleos leves em mais pesados),
mo o deutério e o trítio, isótopos do hidrogênio. 2 Cada uma de tais
acompanhada de perda de massa; também chamada energia nucle-
espécies de átomos, ou mistura de tais espécies, preparada para uso
ar. E. calórica: energia desenvolvida pela ação do calor; energia
como indicador radioativo ou em Medicina. I. radioativos: os que
térmica. E. cinética, Fís: energia mecânica de um corpo em movi-
possuem radioatividade.
Energia mento. E. de choque, Fís: energia cinética de um projétil no instante
do impacto. E. de ligação, Fís: energia que mantém juntos os nêu- sm Fís (sigla do ingl light amplification by stimulated emission of
trons e prótons de um núcleo atômico. E. disponível, Fís: parte da radiation, amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação)
energia de corpos ou sistemas que existe em condições tais que Fonte de luz, desenvolvida do maser, para a produção de um feixe
teoricamente pode ser derivado trabalho dela. E. elétrica: energia de luz acromático, muito condensado, de intensidade luminosa muito
proporcionada pela eletricidade. E. eólia: energia derivada dos ven- grande. Os feixes de luz fortemente condensados podem fazer eva-
tos. E. específica: energia interna por unidade de massa de um cor- Laser porar-se localmente metais de ponto de fusão alto, pelo que se po-
po. E. estelar: a) energia interna de uma estrela; b) energia irradiada dem "brocar" fusos em materiais muito duros. Na oftalmologia é usa-
por uma estrela. E. fornecida, Eletr: energia fornecida por uma má- do para fixar (por soldadura) retinas desprendidas ou para destruição
quina ou sistema (a um acumulador, p ex). E. latente: o mesmo que de pequenos tumores. disco plástico com dados binários, na forma
energia potencial. E. livre, Fís: a) parte da energia de uma porção de de pequenos pontos gravados, os quais podem ser lidos por laser,
utilizado para gravar imagens de TV ou som de alta qualidade, em
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Física Moderna
forma digital; disco a laser. Sigla: LD. mente correto, deve ser: um quantum
sf (lat luce) 1 Agente que torna as coisas visíveis ou produz a ilumi- adj m+f (referência+al3) 1 Relativo à referência. 2 Que constitui ou
nação. 2 Forma de energia radiante que transmitida de um corpo contém referência. 3 Que é utilizado como referência. sm Fís Siste-
luminoso, ao olho, age sobre os órgãos de visão. 3 Forma semelhan- ma rígido em relação ao qual podem ser especificadas as coordena-
te de energia radiante, como os raios ultravioleta, que não afeta a das espaciais e temporais dos eventos físicos; sistema de referência.
Referencial
retina. L. coerente: luz que parte do mesmo ponto luminoso da mes- R. acelerado, Fís: aquele que possui velocidade variável em relação
ma fonte luminosa, de modo que seus raios coincidem em compri- a um referencial inercial. R. de Galileu, Fís: referencial inercial. R.
Luz mento de onda, fase de vibração e plano de vibração. L. estroboscó- inercial, Fís: o que é isotrópico em relação a qualquer fenômeno
pica, Teat: tipo de iluminação obtido por meio de um sistema de mecânico ou óptico; referencial de Galileu.
flashes eletrônicos que se alternam geralmente a intervalos regula- sf (relativo+i+dade) 1 Caráter, estado ou qualidade de relativo. 2
res, segundo um padrão previamente programado. L. invisível: as Relação entre duas ou mais coisas. 3 Condicionalidade, contingên-
radiações infravermelha e ultravioleta. L. monocromática: luz de um cia. 4 Filos Possibilidade de coexistência de duas verdades, uma
só comprimento de onda, que portanto não pode ser decomposta em ontológica, outra psicológica, isto é: a primeira que afirma como um
cores espectrais. Relatividade
fenômeno realmente é; a segunda que afirma como ele é conhecido;
sf (lat massa) 1.Fís Quantidade de matéria que forma um corpo. 2 o conhecimento nem sempre é perfeitamente adequado à realidade,
Fís Medida quantitativa da inércia de um corpo, ou seja, sua resis- em razão das falhas do sistema perceptivo ou das circunstâncias da
tência à aceleração. M. atômica, Fís: massa de qualquer espécie de posição do observador em relação à posição do fenômeno.
Massa
átomo, comumente expressa em unidades de massa atômica. M. sf (fem de transformado) 1 Geom Curva deduzida de outra, segundo
específica (de um corpo), Fís: massa por unidade de volume do cor- Transformada determinada lei. 2 Álg Equação deduzida de outra, segundo determi-
po. nada lei.
sf (lat materia) 1 Aquilo de que os corpos físicos são compostos; a
Matéria substância constituinte. 2 Fís Aquilo que ocupa o espaço; o conteúdo
em contraposição à forma.
sm (gr parádeigma) 1 Modelo, padrão, protótipo. 2 Ling. Conjunto de
unidades suscetíveis de aparecerem num mesmo contexto, sendo,
portanto, comutáveis e mutuamente exclusivas. No paradigma, as
Paradigma
unidades têm, pelo menos, um traço em comum (a forma, o valor ou
ambos) que as relaciona, formando conjuntos abertos ou fechados,
segundo a natureza das unidades.
sm (cs) ( gr parádoxos) 1 Opinião contrária à comum. 2 Afirmação,
Paradoxo na mesma frase, de um conceito mediante aparentes contradições
ou termos incompatíveis.
adj (partde postular) Que se postulou; suplicado, requerido. sm 1
Proposição aventada com a pretensão que seja tomada por evidente
ou axiomática. 2 Mat Proposição admitida sem demonstração e que
Postulado
serve de ponto de partida para dedução de novas proposições. 3
Filos Proposição que, não sendo demonstrável nem evidente, se
toma como ponto de partida de um raciocínio dedutivo.
sm pl Fís (pl do lat erud quantum) Quantidades elementares, nas
quais, segundo a teoria do físico alemão Planck (1858-1947), devem
Quanta
considerar-se divididas certas grandezas tradicionalmente dadas
como contínuas, tais como a luz e o tempo. O singular, gramatical-

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Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
BIOGRAFIAS Físico Francês, Antoine Henri Becquerel foi um dos
que descobriu a radioatividade através de suas in-
Químico americano é conhecido por sua colaboração
vestigações do urânio e outras substâncias. Em 1903
com o físico Michelson na tentativa de medir o movi-
ele compartilhou o Prêmio Nobel de Física com Pier-
mento relativo da Terra através de um hipotético
re e Marie Curie.
Nome: Williams Ed- éter. A pesquisa pessoal de Morley foi centralizada
ward Morley em determinar precisamente a densidade e peso
Nasceu em 29 de Ja- atômico de vários gases, especialmente o oxigênio.
neiro de 1838 em Sua reputação como um habilidoso físico experimen-
Newark, Nova Jersey, tal atraiu a atenção de Michelson. Em 1887 realiza-
Nome: Antoine Henri
EUA e morreu em 24 ram uma experiência que ficou conhecida como o
Becquerel
de Fevereiro de 1923, experimento de Michelson-Morley, a qual falhou defi-
Nasceu em 15 de de-
Hartford, Connecticut, nitivamente em detectar o éter no efeito da velocida-
zembro de 1852 em
EUA de da luz medida em várias direções relativas para o
Paris, França e morreu
Nobel : movimento da Terra. Este resultado foi um passo
em 25 de agosto de
importante que conduziria Albert Einstein para enun-
1908 em Le Croisic
ciar a teoria especial de relatividade.
Nobel: 1903
Físico Americano nascido alemão.foi quem estabele-
Físico holandês deu ascensão à teoria especial da
ceu a velocidade de luz como um fundamento cons-
relatividade de Albert Einstein. Refinou a teoria ele-
tante. Em 1878 Michelson começou a trabalhar no
tromagnética de James C. Maxwell. Seu objetivo
que seria a paixão de sua vida, uma medição exata
principal era construir uma teoria simples para expli-
da velocidade da luz. Estando na Europa, começou a
car a relação entre eletricidade, magnetismo e luz.
construção de um interferômetro, um dispositivo que
Em uma tentativa de superar o resultado negativo da
dividiria um raio de luz em dois, enviados por cami-
experiência de Michelson-Morley, ele introduziu em
nhos perpendiculares. Se uma onda luminosa tivesse
1895 a idéia de tempo local (tempo diferente em
ficado em defasagem, franjas de interferência alter-
posições diferentes). Lorentz chegou à conclusão
Nome: Albert Abra- nadas em faixas claras e escuras seriam obtidas.
Michelson pensava usar o interferômetro para medir Nome: Hendrik An- que com o movimento dos corpos próximos à veloci-
ham Michelson
toon Lorentz dade da luz há uma contração na direção de movi-
Nasceu em 19 de de- a velocidade da Terra em relação ao "éter" O qual
era então pensado como constituir o substrato básico Nasceu em 18 de Ju- mento. O físico Irlandês George F. FitzGerald já tinha
zembro de 1852 em
do universo. Tal resultado não foi obtido. Talvez essa lho de 1853 em Ar- chegado a esta mesma conclusão.
Strelno, Prússia (Polô-
tenha sido a experiência negativa mais significativa nhem, Holanda e Mor-
nia) e Morreu em 09
na história de ciência. Em função de física clássica reu em 4 de fevereiro
de Maio de 1931 em
Newtoniana, os resultados foram paradoxais. de 1928 em Haarlem
Passadena, Califórnia,
Nobel: 1902
EUA.
Nobel: 1907 Foi o responsável pela primeira descrição teórica da
estrutura interna de átomos, proposta por volta de
1900 por Lorde Kelvin e fortemente apoiada por Sir
John Joseph Thomson, quem tinha descoberto
(1897) o elétron. Embora vários modelos alternativos
estivessem avançados, Thomson assegurou que
átomos eram esferas uniformes de matéria carregada
positivamente.

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Física Moderna
Nome: John Joseph Física Francesa nascida Polonesa Maria Sklodowska
Thomson tornou-se famosa por seu trabalho em radioatividade
Nascimento: e duas vezes vencedora do Prêmio Nobel. Com Hen-
Nobel: ri Becquerel e seu marido, Pierre Curie, ela foi premi-
Físico teórico Max Karl Ernst Ludwig Planck foi o ada o 1903 Prêmio Nobel de física. A morte súbita de
responsável pela origem da teoria quântica. Planck Pierre Curie (Abril 19, 1906) foi um golpe duro para
fez muitas contribuições para física teórica, mas sua Marie Curie, mas foi também um decisivo ponto de
fama repousa primariamente em seu papel como pai virada em sua carreira: Doravante ela dedicou toda
da teoria quântica. Esta teoria revolucionou nossa sua energia para completar o trabalho científico que
compreensão de processos atômicos e subatômicos, eles tinham empreendido. Em 13 de maio de 1906,
Nome: Marie Curie
junto com teoria da relatividade de Albert Einstein foi designada para assumir a vaga deixada pela mor-
Nasceu em 07 de no-
revolucionando nossa compreensão de espaço e te do seu marido; foi a primeira mulher ensinar na
vembro de 1867 em
tempo. Juntas elas constituem as teorias fundamen- Sorbonne. Em 1908 ela se tornou professora titular, e
Varsóvia, Polônia e
Nome: Max Karl tais de século 20. em 1910 seu tratado fundamental em radioatividade
morreu em 04 de Ju-
Ernst Ludwig Planck foi publicado. Em 1911 ela foi premiada com o Prê-
lho de 1934 em Sal-
Nasceu em 23 de Abril mio Nobel de química, pelo isolamento de rádio puro.
lanches, França
de 1858 em Kiel, Sc- Marie Curie morreu como um resultado de leucemia
Nobel: 1903 e 1911
hleswig (Alemanha) e causada pela ação de radiação.
morreu em 04 de ou- Físico britânico, foi de grande importância para o
tubro de 1947 em desenvolvimento da física nuclear. Ele foi premiado
Göttingen, (Alemanha) com o Prêmio Nobel de química em 1908. Tanto
Nobel: 1918 como Sir Isaac Newton e Michael Faraday foram
Químico e físico francês, ele e sua esposa são res- significativos para a mecânica e eletricidade, respec-
ponsáveis pela descoberta da radiação natural em tivamente, uma similar atenção deve ser dada a Ru-
elementos como rádio e o polônio. Recusando uma therford no que se refere à energia nuclear. Ruther-
cadeira na Universidade de Geneva em favor de ford foi o principal fundador da física atômica.
continuar seu trabalho conjunto com Marie, Pierre
Curie foi designado conferencista (1900) e professor Nome: Ernest Ru-
(1904) em Sorbonne. Ele foi eleito para a Academia therford
de Ciências (1905). Morreu atropelado por uma car- Nasceu em 30 de a-
ruagem em 1906. Um físico excepcional, ele foi um gosto de 1871 em
Nome: Pierre Curie dos principais fundadores da física moderna. Seus Salto Grove, N. Zelân-
Nasceu em 15 de maio trabalhos completos foram publicados em 1908. dia e morreu em 19 de
de 1859 em Paris, outubro de 1937 em
França e morreu em Cambridge, Inglaterra.
19 de Abril de 1906, Nobel: 1908
Paris
Nobel: 1903

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Física Moderna
Físico alemão que desenvolveu as teorias especial e Físico teórico austríaco, que contribuiu para a teoria
geral da relatividade e ganhou o Nobel de física em ondulatória da matéria e para outros fundamentos de
1921 por sua explicação do efeito fotoelétrico. Reco- mecânica quântica. Ele compartilhou em 1933 o
nhecido em seu próprio tempo como um dos intelec- prêmio Nobel de física com o físico Britânico P.A.M.
tos mais criativos na história humana, no inicio do Dirac. Em 1910 obteve seu doutorado. Após a 1ª
século 20, avançou em uma série de teorias que Guerra Mundial foi para a Universidade de Zurique
propuseram caminhos completamente novos de pen- em 1921, onde permaneceu por seis anos com a
samento sobre espaço, tempo, e gravitação. Suas idade de 39 anos produziu artigos que deram os
teorias da relatividade e gravitação foram um avanço fundamentos da mecânica quântica. Adotando as
Nome: Albert Einste- profundo sobre a velha física Newtoniana e investi- idéias proposta por Louis de Broglie em 1924 de que
in gação científica e filosófica revolucionárias. A ironia partículas de matéria possuem uma natureza dual e
Nome: Erwin
Nasceu em 14 de mar- para este idealista foi que sua famosa postulação da em algumas situações podem se comportar como
Schrödinger
ço de 1879 em Ulm, equação massa-energia, que uma partícula de mas- ondas,, Schrödinger introduziu a teoria descreveu o
Nasceu em 12 de a-
Württemberg, (Alema- sa pode ser convertida em uma enorme quantidade comportamento de tais sistemas por uma equação
gosto de 1887 em
nha) e morreu em 18 de energia, teve sua prova espetacular na criação da que é conhecida como equação de Schrödinger. Por
Viena, Áustria e mor-
de abril de 1955 em bomba atômica e bomba de hidrogênio, as armas sua excepcionalidade, foi capaz durante toda sua
reu em 4 de janeiro de
Princeton, N.J., EUA mais destrutivas até então conhecidas. vida fazer contribuições significativas em quase todos
1961 em Viena
Nobel: 1921 os ramos da ciência e filosofia, uma conclusão quase
Nobel: 1933
Físico Dinamarquês, Niels Henrik David Bohr foi o única uma vez que a tendência era de especialização
primeiro a aplicar a teoria quântica, a qual restringe a técnica crescente nesta disciplina.
energia de um sistema para certos valores discretos, físico Francês, é conhecido por sua pesquisa em
para o problema de construção atômica e molecular. teoria quântica e por sua descoberta da natureza
Por este trabalho ele recebeu o Prêmio Nobel de ondulatória do elétron. Foi o segundo filho de uma
física em 1922. Ele desenvolveu a assim chamada família nobre francesa. O interesse de De Broglie que
teoria do átomo de Bohr e o modelo líquido do núcleo ele chamou os "mistérios" da física atômica a saber,
atômico. problemas conceituais não-resolvidos da ciência foi
despertado quando ele leu sobre o trabalho dos físi-
Nome: Niels Henrik cos alemães Max Planck e Albert Einstein. Começou
David Bohr com 18 anos a estudar física teórica em Sorbonne,
Nasceu em 07 de ou- Nome: Louis Victor mas ele também obteve seu grau em história (1909),
tubro de 1885 em Pierre Raymond atendendo assim a expectativa da família para uma
Copenhagen, Áustria e Nasceu em 15 de a- carreira diplomática. Após um período de severo
morreu em 18 de no- gosto de 1892 em conflito, ele declinou do projeto da pesquisa em histó-
vembro de 1962 em Dieppe, França e mor- ria Francesa e escolheu por sua tese de doutorado
Copenhagen reu em 19 de março em um assunto de física.
Nobel: 1922 de 1987 em Paris
Nobel: 1929

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Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
físico Alemão, foi o filósofo que descobriu um cami- Físico teórico Inglês, é conhecido por seu trabalho
nho de formular a mecânica quântica em termos de em mecânica quântica e por sua teoria do spin do
matrizes (1925). Em 1927 ele publicou seu principio elétron.Evitava companhia, preferindo trabalhar sozi-
da incerteza, sobre qual ele construiu sua filosofia e nho. Acreditava que uma teoria expressando leis
pelo qual ele é mais bem conhecido. Como uma fundamentais de natureza podia ser construída so-
figura pública, promoveu ativamente o uso pacifico mente baseado em aproximações, guiado por intui-
da energia nuclear após a Segunda Guerra ção em vez de conhecimento exato das realidades.
Em 1926, ainda estudante da graduação, ele fez sua
primeira contribuição principal para física da mecâni-
Nome: Karl Werner ca quântica, as leis de movimento que governa partí-
Heisenberg culas atômicas. Outros físicos (Max Born, Pascual
Nome: Paul Adrien
Nasceu em 05 de de- Jordan) trabalhando na Alemanha anteciparam Dirac
Maurice Dirac
zembro de 1901 em neste realização apenas alguns meses antes. Ele
Nasceu em 8 de agos-
Wurzburg, Alemanha e teve a idéia revolucionária que o elétron poderia ser
to de 1902 em Bristol,
morreu em 01 de fe- descrito como uma onda por funções de onda, satis-
Gloucestershire, Ingla-
vereiro de 1976 em fazendo quatro equações diferenciais simultâneas.
terra e morreu em 20
Munique Em seu livro Os Princípios de mecânica quântica
de outubro de 1984
Nobel: 1932 (1930), Dirac desenvolveu o que chamou de teoria de
em Tallahassee, EUA.
Físico austríaco, ganhador de um premio Nobel por transformação da mecânica quântica que mobiliou
Nobel: 1933
sua descoberta em 1925 do princípio de exclusão de um mecanismo para calcular a distribuição estatística
Pauli, que afirma que em um átomo dois elétrons não de certas variáveis quando outras são especificadas.
podem ocupar o mesmo estado quântico simultane- Físico teórico Inglês, foi responsável pela teoria do
amente. Este princípio claramente relaciona à teoria big bang e dos buracos negros aplicando sobre am-
quântica com as propriedades observadas nos áto- bos a teoria da relatividade e mecânica quântica. Ele
mos. Propôs em 1924 que o 4º número quântico, que também trabalhou singularidades de tempo e espaço.
atribuiu os valores +1/2 ou -1/2, era necessário para Trabalhou primeiramente no campo de relatividade
especificar o estado energético do elétron. Em 1925 geral e particularmente na física de buracos negros.
introduziu seu principio de exclusão que tornou então Em 1971 ele sugeriu a formação, seguindo o big
clara a estrutura da tabela periódica dos elementos. bang, de objetos numerosos contendo mais de
Nome: Wolfgang 1,000,000,000 toneladas de massa mas ocupando
No final da década de 20 foi observado que quando
Pauli somente o espaço de um próton. Estes objetos, bu-
uma partícula beta (elétron) é emitida de um núcleo
Nasceu em 25 de Abril racos negros chamados, são únicos em que sua
atômico, geralmente existe alguma perda de energia
de 1900 em Viena, imensa massa e gravidade requerem que eles sejam
e momento, uma violação séria às leis de conserva- Nome: Stephen Wil-
Áustria e morreu em regidos pelas leis de relatividade, enquanto seu ta-
ção. Pauli propôs em 1931 que a perda de energia e liam Hawking
15 de dezembro de manho minucioso requer que as leis de mecânica
momento é devido a alguma outra partícula (mais Nasceu em 08 de ja-
1958 em Zurique, quântica sejam para eles também aplicadas. Em
tarde chamada de neutrino por Enrico Fermi) que não neiro de 1942 em
Suíça. 1974 Hawking propôs que, em acordo com as predi-
possui carga e que não havia sido detectada antes Oxford, Inglaterra.
Nobel: 1945 ções de teoria quântica, buracos negros emitem par-
devido interagir tão raramente com a matéria. Esta Nobel:
partícula não foi observada até 1956. tículas subatômicas até que eles exaurem sua ener-
gia e finalmente explodem.

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Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
Americano educador e físico foi quem esteve aten-
tamente associado ao desenvolvimento da bomba
atômica. Em 1930 ele foi escolhido presidente do
Massachusetts Institute de Technology (MIT), onde
ele modernizou o currículo, adicionando aulas de
humanidades e ciências sociais. Foi presidente
(1948–49) Estabelecimento Militar Nacional (precur-
sor do Departamento de Defesa dos EUA) e tendo
sido um membro da vários grupos de pesquisa
Nome: Karl Taylor (1941-1947) desempenhou um importante papel no
Compton desenvolvimento da bomba atômica e radar.
Nasceu em 14 de se-
tembro de 1887 em
Wooster, Ohio, EUA e
morreu em 22 de Ju-
nho de 1954 em Nova
Iorque
Nobel:
Físico Americano, nascido italiano, foi um dos princi-
pais arquitetos da era nuclear. Ele desenvolveu a
estatística matemática requerida para esclarecer uma
grande classe de fenômenos subatômicos e desco-
berta do nêutron, descobriu a radioatividade com
nêutron induzido e dirigiu a primeira reação em ca-
deia controlada envolvendo fissão nuclear.

Nome: Enrico Fermi


Nasceu em 29 de se-
tembro de 1901 em
Roma, Itália e morreu
em 28 de novembro
de 1954 em Chicago,
EUA.
Nobel: 1938

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Física Moderna
uniformemente. A carga positiva está distribuída, homogeneamente, por toda a esfe-
UNIDADE I – MODELOS ATÔMICOS ra.
Modelo nuclear (Rutherford)
“Imagine que exista outra civilização no espaço. Outras formas de vida teriam Em 1911, Lorde Rutherford e colaboradores (Geiger e Marsden) bombardea-
uma cultura totalmente diferente, uma outra aparência, mas dividiriam conosco ram uma lâmina metálica delgada com um feixe de partículas alfa que atravessava a
lâmina metálica praticamente sem sofrer desvio na sua trajetória (para cada 10.000
a matemática e a física” partículas alfa que atravessam sem desviar, uma era desviada).
Martin Rees, astrônomo inglês Para explicar a experiência, Rutherford concluiu que o átomo não era uma
bolinha maciça. Admitiu uma parte central positiva muito pequena mas de grande
massa ("o núcleo") e uma parte envolvente negativa e relativamente enorme ("a ele-
Durante a evolução dos modelos atômicos podemos destacar modelos, que trosfera ou coroa"). Se o átomo tivesse o tamanho do Estádio do Morumbi, o núcleo
por algum tempo, tentaram explicar o que ocorreria no interior de um átomo. seria o tamanho de uma azeitona. Surgiu assim o modelo nuclear do átomo.
Demócrito O modelo de Rutherford é o modelo planetário do átomo, no qual os elétrons
Por volta de 400 anos a.c. o filósofo grego Demócrito sugeriu que a matéria descrevem um movimento circular ao redor do núcleo, assim como os planetas se
não é contínua, isto é, ela é feita de minúsculas partículas indivisíveis. Essas partícu- movem ao redor do sol.
las foram chamadas de átomos (a palavra átomo significa, em grego, indivisível) Modelo de Bohr
Demócrito postulou que todas as variedades de matéria resultam da combi- O modelo planetário de Rutherford apresenta duas falhas:
nação de átomos de quatro elementos: terra, ar, fogo e água.
Uma carga negativa, colocada em movimento ao redor de uma carga positi-
Demócrito baseou seu modelo na intuição e na lógica. No entanto foi rejeita- va estacionária, adquire movimento espiralado em sua direção acabando por colidir
do por um dos maiores lógicos de todos os tempos, o filosofo Aristóteles. Este revi- com ela. (ocorreria o colapso do átomo).
veu e fortaleceu o modelo de matéria contínua, ou seja, a matéria como "um inteiro".
Os argumentos de Aristóteles permaneceram até a Renascença. Essa carga em movimento perde energia, emitindo radiação. Ora, o átomo
no seu estado normal não emite radiação.
Modelo de Dalton
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr expôs uma idéia que modificou o
Todo modelo não deve ser somente lógico, mas também consistente com a modelo planetário do átomo.
experiência. No século XVII, experiências demonstraram que o comportamento das
substâncias era inconsistente com a idéia de matéria contínua e o modelo de Aristó- Um elétron num átomo só pode ter certas energias específicas, e cada uma
teles desmoronou. destas energias corresponde a uma órbita particular. Quanto maior a energia do
elétron, mais afastada do núcleo se localiza a sua órbita.
Em 1808, John Dalton, um professor inglês, propôs a idéia de que as propri-
edades da matéria podem ser explicadas em termos de comportamento de partículas Se o elétron receber energia ele pula para uma órbita mais afastada do nú-
finitas, unitárias. Dalton acreditou que o átomo seria a partícula elementar, a menor cleo. Por irradiação de energia, o elétron pode cair numa órbita mais próxima do
unidade da matéria. Surgiu assim o modelo de Dalton: átomos vistos como esferas núcleo. No entanto, o elétron não pode cair abaixo de sua órbita normal estável.
minúsculas, rígidas e indestrutíveis. Todos os átomos de um elemento são idênticos. Mais tarde, Sommerfeld postulou a existência de órbitas não só circulares
Modelo de Thomson mas elípticas também.
Em 1887, o físico inglês J.J. Thomson demonstrou que os raios catódicos O modelo utilizado atualmente é o chamado modelo de Bohr e Sommerfeld,
poderiam ser interpretados como um feixe de partículas carregadas que foram cha- que apresenta os seguintes postulados:
madas de elétrons. A atribuição de carga negativa aos elétrons foi arbitrária. 1º - O elétron gira em torno do núcleo do átomo com movimento circular uni-
Thomson concluiu que o elétron deveria ser um componente de toda maté- forme, preso por forças eletrostáticas e obedecendo as leis de Newton
ria, pois observou que a relação carga/massa (q/m) para os raios catódicos tinha o 2º - As únicas órbitas permitidas são aquelas em que o momento angular do
mesmo valor, qualquer que fosse o gás colocado na ampola de vidro. n.h
elétron é u múltiplo inteiro de h= , onde (n = 1, 2, 3, ...).
Em 1889, Thomson apresentou o seu modelo atômico: uma esfera de carga 2π
positiva na qual os elétrons, de carga negativa, estão distribuídos mais ou menos
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Quando o elétron está em uma órbita permitida, o átomo não irradia. ser entendida segundo uma ótica dual: pode se comportar como onda ou como partí-
Se o elétron passa de uma órbita para outra, ele absorve ou emite uma cula. É o rompimento definitivo com a mecânica clássica, que previa um universo
quantidade de energia (onda eletromagnética), igual a diferença de energia entre determinístico.
estas órbitas: "A Luz apresenta propriedades ondulatórias (reflexão, refração, difração, in-
terferência e efeito Doppler) e corpusculares (efeito fotoelétrico e efeito Compton)".
E = Ei − E f Segundo o físico francês Louis De Broglie as partículas subatômicas (elé-
trons, prótons, etc.) também possuem características ondulatórias. Esse fato foi
Segundo o físico alemão Max Planck (1900): comprovado por Clinton Davisson, Lester Germer e G. P. Thomson (filho de J. J.
"A energia radiante de freqüência f, só pode ser emitida ou absorvida Thomson) .
em quantidades discretas (quantum), múltiplos inteiros de h.f, sendo h a cons- Princípio da incerteza
tante universal de Planck (6,6 x 10-34 J.s). " Em 1927 Werner Heisenberg formula um método para interpretar a dualida-
h.C de da quântica, o princípio da incerteza. Segundo ele, pares de variáveis interdepen-
E = h.f ou ainda E= , onde λ é comprimento de onda da radiação. dentes, como tempo e energia, velocidade e posição, não podem ser medidos com
λ precisão absoluta. Quanto mais precisa for a medida de uma variável mais imprecisa
Observações: será a segunda. "Deus não joga dados", dizia Albert Einstein, negando os princípios
na nova mecânica.
• Um fóton é um quantum (partícula) de energia eletromagnética. Em outras palavras, é impossível determinar a trajetória de um elétron num
átomo. Surge então o modelo orbital.
• Os fótons não têm todos a mesma energia. Os "quanta" de luz azul são de Orbital é a região de máxima probabilidade de encontrar o elétron.
maior energia que os de luz vermelha, pois têm menor comprimento de onda Orbital é a região onde o elétron gasta a maior parte do seu tempo.
e portanto, maior freqüência. Teoria dos Quarks
A teoria mais moderna afirma que existem apenas 12 partículas elementa-
• Duas fontes luminosas de mesma freqüência (isto é, de mesma cor) emitem res: seis chamadas léptons (o elétron faz parte deste grupo) e outras seis chamadas
fótons de igual energia "h.f" . quarks.
Dois tipos de quarks, o up (para cima) e o down (para baixo), formam os pró-
• Uma fonte "brilhante" (grande intensidade luminosa) emite MAIS fótons por tons e os nêutrons.
segundo do que uma fonte "tênue" (pequena intensidade luminosa) da O quark up tem carga +2/3 enquanto o down tem carga -1/3. O próton é um
mesma cor, porém os fótons de ambas as fontes têm a mesma ENERGIA. agregado de dois up e um down enquanto o nêutron é constituído por um up e dois
down.
Modelo orbital Dois outros quarks foram batizados de charm (charme) e strange (estranho).
Sabe-se hoje que é impossível determinar a órbita (trajetória) de um elétron. O charm tem carga +2/3 enquanto o strange tem carga -1/3. Existem nos raios cós-
Pode-se determinar a probabilidade relativa de encontrar o elétron numa certa região micos.
ao redor do núcleo. Em 1997, foi descoberto o quinto quark, o bottom, enquanto o sexto e último
DUALIDADE QUÂNTICA quark, o top, foi identificado em 1995.
A grande marca da mecânica quântica é a introdução do conceito de duali- O top tem carga -2/3 e o bottom, -1/3.
dade e depois, com Werner Heisenberg, do princípio de incerteza. Para a mecânica O top é o mais pesado dos quarks (200 vezes mais pesado que um próton) e
quântica, o universo é essencialmente não-determinístico. O que a teoria oferece é não está presente nem em fenômenos normais da natureza nem em raios cósmicos,
um conjunto de prováveis respostas. No lugar do modelo planetário de átomo, com devido à alta energia exigida para sua formação. O top deve ter sido produzido no
elétrons orbitando em volta de um núcleo, a quântica propõe um gráfico que indica início do universo e depois pode ter desaparecido.
zonas onde eles têm maior ou menor probabilidade de existir. Toda matéria passa a

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Desintegração alfa (α α)
UNIDADE IV – RADIATIVIDADE É o processo em que um núcleo pesado emite espontaneamente dois pró-
tons e dois nêutrons, o que significa dizer um núcleo de Hélio. Por exemplo,
“O mal do passado foi os homens se tornarem escravos. O perigo do futuro é 236
92U → 90Th232 + 2He4
que eles se tornem robôs.”
Erich Fromm Os núcleos de Hélio assim produzidos recebem o nome de partículas alfa ou
raios alfa. Quando uma partícula alfa penetra na matéria, sua energia de movimento
é rapidamente transferida, por colisões, aos átomos que a rodeiam. Essas colisões
Radioatividade é a propriedade de os átomos emitirem partículas e radia-
implicam em ionizações desses átomos. Ionizar significa remover elétrons de átomos
ções, como conseqüências de uma instabilidade nuclear.
ou moléculas, modificando-lhes o comportamento químico. Como conseqüência, se a
matéria atravessada for um tecido orgânico, podem ocorrer quebras moleculares e
ter inicio danos biológicos, como mutações genéticas. Porém, no caso de partículas
alfa, como sua capacidade de penetração é muito pequena, mesmo as mais energé-
ticas não conseguem penetrar a pele humana. O perigo maior, neste caso, fica por
conta de ingestão de átomos que emitam esse tipo de partículas.
Desintegração beta (β β)
É o processo em que um núcleo emite um elétron, que pode ter carga positi-
va ou negativa e uma partícula sem carga, sem massa que tem a velocidade da luz,
chamada neutrino (ν).
As radiações, tanto as visíveis como as invisíveis, Quando o elétron emitido tem carga negativa, dizemos que ocorreu uma de-
fazem parte de nosso mundo, e estamos expostos a elas. A luz é uma radiação que
sintegração beta menos (β β -). Neste caso, aumenta o número atômico de 1 unidade,
se vê, o calor é uma radiação que se sente, os raios ultravioleta do Sol ou os raios X
o que significa a transformação de um nêutron em um próton, dentro do núcleo. Este
são radiações que não são sentidas nem são visíveis, apesar de sofrermos os seus
é o tipo de desintegração que ocorre com o Césio 137, ou seja:
efeitos quando nos expomos a elas. Existem na natureza alguns elementos químicos 137
cujos núcleos são instáveis, ou seja , tendem a se transmutar (se desintegrar) em 55Cs → 56Ba137 + β- + ν
outros elementos mais estáveis. Para caracterizar cada tipo de núcleo, utiliza-se um A desintegração beta mais (β β +) se parece com a anterior, embora seja a o-
numero de massa (A) e um número atômico (Z). Z é o numero de prótons; A é a so- posta daquela. Isto porque agora, um próton se converte em um nêutron, emitido um
ma de Z e N, que é o número de nêutrons. elétron de carga positiva (pósitron) e um neutrino. Dessa forma o numero atômico
É comum a presença na natureza de átomos que possuem o mesmo número diminui de 1 unidade. Observe o exemplo:
de prótons, mas com número de massa diferentes – são os chamados isótopos. 7N
13
→ 6C13 + β+ + ν
Os isótopos do cloro ou do carbono são encontrados em estado natural, isto As partículas betas são bem mais penetrantes que as partículas alfas e tam-
é, são estáveis. Além de 300 isótopos estáveis, já foram identificados mais de 1.000 bém provocam ionização da matéria, porém com menos intensidade. A blindagem de
isótopos instáveis ou radioativos. Um núcleo instável é aquele que se transforma partículas beta pode ser feita com placas de alumínio ou plástico.
espontaneamente, ou seja, se desintegra em outro núcleo. O processo se repete até
Os elétrons produzidos desse modo são também chamados de raios beta.
que um núcleo estável se forme.
Há um principio que governa a desintegração beta: a carga total, bem como a massa
Tipos de desintegração total dos nucleons (prótons e nêutrons) não varia durante o processo.
Sempre que ocorre uma desintegração, há emissão de radiação, que pode Desintegração gama (γγ)
ser constituída de partículas ou ondas eletromagnéticas. Os principais tipos são:
Após uma desintegração alfa ou beta, o núcleo resultante pode atingir uma
radiação alfa (α), radiação beta (β) e radiação gama (γ). As radiações alfa e beta são
nova situação, não é exatamente estável ou instável, um estado intermediário que
constituídas de partículas, enquanto a radiação gama é constituída de ondas eletro-
chamaremos de meta estável. Nessa situação ele deve emitir o excesso de energia
magnéticas. A desintegração alfa ocorre principalmente nos isótopos dos elementos
na forma de radiação gama. Com a emissão gama, o núcleo apenas rearranja seus
mais pesados, enquanto a desintegração beta se dá nos isótopos de todos os ele-
nucleons num estado possível, não alterando portanto o seu numero atômico ou o
mentos.
12
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seu numero de massa. Como os raios gamas são ondas eletromagnéticas de alta embora sendo eletricamente neutro em seu conjunto, é constituído de partículas
freqüência sua energia também é alta. São extremamente penetrantes e interagem dotadas de cargas elétricas de sinais opostos, ou seja, íons e elétrons. O universo é
com a matéria de três maneiras: provocando a emissão de elétrons, de pares de constituído, em sua quase totalidade, de plasmas, já que as estrelas, em conseqüên-
elétrons – pósitron ou ainda de pares fóton – elétrons. A ionização produzida direta- cia de sua elevada temperatura, quase não contêm mais átomos neutros, mas ape-
mente pelos raios gama é muito pequena. A grande nas íons atômicos e elétrons. Os plasmas, porém, não existem somente nas estrelas.
O vento solar e a ionosfera terrestre são constituídos de plasma. A energia que as
estrelas e o Sol irradiam por bilhões de anos nasce da reação de fusão dos núcleos
de hidrogênio no interior desses corpos celestes.
Exemplo de fusão:
2
1H + 2He4 → 2He4 + 1p0 + Q, onde Q = 18,3 Mev

capacidade de ionização fica por conta das


partículas emitidas pela sua interação com a matéria.
Meia vida de um núcleo atômico
Ao desintegra-se, um núcleo instável pode atingir uma situação estável ou
formar um novo núcleo radioativo, que vai também se desintegrar após um determi-
nado período. Essa cadeia de desintegração se completa quando o resultado é um
núcleo estável.
A transição de um estado para o outro é geralmente instantânea, no entanto,
um núcleo pode existir muito tempo antes de sofrer uma desintegração. Não é possí-
vel saber quando vai se desintegrar um núcleo; de acordo com leis estabelecidas
pela física moderna se pode predizer a probabilidade que um núcleo se desintegre
dentro de um certo período. Isto pode ser expresso dando-se o período dentro do
qual um núcleo tem 50% de probabilidade de sofrer desintegração.
Vamos tomar como exemplo o N 13 que tem uma meia vida de 10 minutos. fissão nuclear (bomba atômica)
Se tivermos uma amostra de 1.000 núcleos, ao final de 10 minutos 500 se desinte-
graram, depois de mais 10 minutos, dos 500 restantes, 250 sofreram desintegração; É a quebra de um átomo pesado e instável em outros menores e mais está-
125 se desintegram no período seguinte e assim sucessivamente. veis, com grande liberação de energia. Nesse fenômeno, descoberto em 1939 pelos
alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann, um núcleo, por exemplo de Urânio, ao ser
Um outro termo muito comum no estudo da radioatividade é de vida média atingido por um nêutron, se separa em dois fragmentos aproximadamente iguais, que
que é o tempo médio de vida de todos os átomos de uma amostra radioativa. formam dois núcleos de números atômicos intermediários. A energia liberada durante
A meia vida corresponde a 70% da vida média. a reação de fissão consiste na energia dos fótons gama e na energia cinética dos
Do ponto de vista da produção de energia, interessam-nos as chamadas re- fragmentos da fissão e dos nêutrons. Através dos choques no interior da massa de
ações exoenergéticas, que podem ser subdivididas em duas categorias: fusão e Urânio, a energia liberada faz a temperatura do material aumentar.
fissão. Quando um nêutron atinge um núcleo de Urânio este se divide em dois nú-
Fusão nuclear (bomba de hidrogênio) cleos. Liberando cerca de 200 Mev de energia e dois ou três nêutrons. Movendo-se
através da massa circundante, os nêutrons emitidos podem a vir colidir com outros
É a união de dois ou mais átomos leves, para formação de um outro mais
núcleos de Urânio, provocando assim outras fissões, que também liberam novos
pesado ou estável com grande liberação de energia. Para haver fusão, a materia
nêutrons. Tal processo pode se repetir ao infinito – é o que chamamos de reação em
precisa ser transformada em plasma atômico. A palavra plasma significa um gás que,
cadeia. Na pr´tica, é necessário observar uma série de condições para que a reação
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Física Moderna
em cadeia se inicie, se mantenha, mas, ao mesmo tempo, não se torne incontrolável. Vivemos envolvidos em radiações procedentes do Sol, de minerais radiativos
Eis os pontos mais importantes para o sucesso da operação: que se encontram no subsolo, de materiais usados na fabricação de casas, de ele-
1. O Urânio encontrado na natureza é constituído quase que totalmente mentos do próprio organismo, como o potássio e o carbono, de aparelhos de TV, de
(99,3%) pelo isótopo 238. o isótopo 235, que participa da fissão, representa raios X.
apenas 0,7% do total. O Urânio utilizado nos reatores é um mistura de isóto- As radiações podem ser benéficas ou nocivas, depende das doses e do
pos, mas apenas os desse ultimo tipo participam da reação. Enriquecer o tempo de exposição a que são submetidas as pessoas.
urânio 235 significa aumentar a porcentagem desse isótopo em relação a de
urânio 238.
2. apenas o urânio 235 e o plutônio 239 sofrem fissão por ação de nêutrons
lentos, isto é, neutros que perdem energia devido aos choques elásticos
contra núcleos mais leves que o do urânio. Exemplo de fissão:
235
92U + 0n1 → U* → 56Ba144 + 36Kr89 + 3 n + Q
A enorme quantidade de energia produzida numa fissão nuclear provém da
transformação da matéria em energia. Na fissão nuclear há uma significativa perda
de massa, isto é, a massa dos produtos é menor que a massa dos reagentes. Tal
possibilidade está expressa na famosa equação de Einstein: E=mc2, onde E é ener-
Quantidade de radiação recebida durante
gia, m massa e c a velocidade da luz no vácuo. No processo de fissão, cerca de
um ano, normalmente, por uma pessoa
87,5% da energia liberada aparece na forma de energia cinética dos produtos da São muitas as aplicações
fissão e cerca de 12,5% como energia eletromagnética. de elementos radiativos benéficas para o ser humano: em medicina, são usados no
Equação geral para a desintegração nuclear diagnóstico de doenças ou no tratamento de cânceres; na indústria, para o estudo de
materiais e controle de qualidade; e em arqueologia, biologia, geologia e outros ra-
N = N 0 .e − λ .t , onde λ é a taxa de decaimento e t é a meia vida. mos da ciência. Mas eles também podem produzir efeitos extremamente nocivos,
como no caso dos cânceres. Estes se originam com a radiação atravessando a pele
A = A0 .e − λ .t , onde A é a atividade da amostra em Curie (Ci) ou com a ingestão de alimentos contaminados com elementos radiativos, que afetam
os mecanismos de reprodução das células, provocando sua degeneração.
Na prática usamos a seguinte expressão:
N0
= 2 x , onde x é o numero de decaimentos sofridos pela amostra e dado por:
N
∆t
x= , onde ∆t é o tempo total de observação e t é a meia vida da amostra.
t
Medidas das radiações
As radiações são medidas pelos efeitos produzidos no meio que atravessam.
Para medi-las, usam-se instrumentos eletrônicos bem sensíveis que acusam quanti-
dades muito pequenas de radiação. Como a ação das diferentes radiações sobre os
organismos vivos não pode ser medida considerando-se apenas a energia absorvida
(porque depende também da natureza da radiação e do tecido irradiado), usa-se uma
grandeza denominada dose equivalente. Sua unidade é o rem. Habitualmente, usa-
se o milirem (mrem), que é a milésima parte do rem.
Efeitos da radiatividade

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Física Moderna
Em 1905, Albert Einstein (com apenas 26 anos), revolucionou o pensamen-
to cientifico ao apresentar ao mundo a sua “teoria da relatividade”. A partir de tal
teoria, os conceitos de espaço e tempo perdem o seu caráter ABSOLUTO e passam
UNIDADE III – RELATIVIDADE a assumir um caráter RELATIVO, ou seja, eles se modificam conforme a velocidade
do observador.
“Nos matamos o tempo, mas ele enterra-nos.” No fim do século XIX, Maxwell e Hertz propuseram que a luz era uma radia-
Machado de Assis (escritor) ção eletromagnética. E uma vez supondo que a luz tivesse propriedades ondulató-
rias, se achava natural que existisse um meio no qual a luz se propagasse. Esse
meio foi denominado de ÉTER. Para que este éter fosse portador de ondas lumino-
sas, se postulou que este éter era uma substância mais ligeira que qualquer gás ou
A quieta viagem ou o passeio pouco rígido pelo
vapor e paralelamente tinha uma rigidez parecida com a do aço..
espaço tempo
Michelson e Morley idealizaram uma experiência para provar a natureza do
(Haydée) éter e qual a velocidade da luz em relação a esse éter. Foi utilizado um interferôme-
Nos temos afastado tro, porém os resultados experimentais em nada ajudaram tal teoria.
Creio que se vão dez gerações que viajamos
Então, estamos diante de um sério problema. Ou a experiência de Michelson
inda nos moveremos?
e Morley não está bem feita ou a física clássica (equações relativísticas de Galileu)
Nada se vê.
não está correta. Depois de várias comprovações da veracidade da experiência, não
Disse meu avô que seu avô dizia
se pode fugir da verdade. Devia-se desprezar as equações propostas por Galileu e
que outros vieram passar as estrelas
e depois nada.
Uma viagem pelo faixo da luz ao nada
E agora. Tchê?
Uma grande revoada, outra nave que passa.
Ela vem ou eu vou?
O ignoro, eles também.
Fazem as mesmas coisas que nós
mas são mais lentos e mais curtos
eles me falam
nos vêem mais curtos, nos vêem mais lentos
De pronto se afastam ou eu me afasto
Nunca saberemos o que está se passando
Passará o tempo?
Que tempo marcam os relógios do Universo?
Terei eu envelhecido nesta nave detida no tem-
po?
Primeira versão traduzida por Carola & Manoel

experimento de Michelson-Morley
A palavra RELATIVIDADE significa que uma determinada grandeza depen- descobrir trans for-
de de uma outra, ou a aparência que um determinado fenômeno apresenta para um mações corretas.
certo observador em repouso ou em movimento para o fenômeno. O responsável em descobrir essas transformações foi Lorentz, porém ainda
Para Galileu Galilei, parecia lógico que a aparência da natureza não se mo- faltava a aplicabilidade de tais transformações.
dificasse pelo fato do observador estar ou não em repouso (física clássica).

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Para criar a tória da relatividade restrita, Einstein partiu da observação expe- T0
T=
rimental de que a velocidade das ondas eletromagnéticas é a mesma em todos os V2
sistemas de referência. Isso significa que todos os observadores, independente- 1−
C2
mente de seu estado de movimento, constataram que as ondas eletromagnéticas
viajam com a velocidade da luz. Massa relativística
Einstein conseguiu explicar por que esse resultado contradiz o método clás- Aplicando-se as transformações de Lorentz para analisarmos, por exemplo,
sico de composição de velocidades. É claro que estas mudanças na forma de pensar o choque elástico de duas partículas, observamos que a massa de uma partícula
acarretam muita controvérsia, tanto é que Einstein não ganhou um premio Nobel de observada de um referencial não é igual à massa observada de outro referencial.
física pela teoria da relatividade. Sendo que:
A teoria da relatividade restrita pode ser deduzida de dois postulados pro- M0
M =
postos por Einstein:
V2
1−
1º) O movimento uniforme e absoluto não pode ser percebido. (As leis físicas são C2
as mesmas em todos os referenciais inerciais. Não existe qualquer referencial
inercial preferencial). Então, de acordo com esta equação:
2º) A velocidade da luz é independente do movimento da fonte. (A velocidade da luz 1) A massa depende do sistema de referencia do qual é observado o corpo;
é a mesma em todos os referenciais inerciais). 2) A massa aumenta quando o corpo está em movimento;
AS TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ 3) Introduzindo os conceitos relativísticos de tempo, comprimento e massa na defi-
nição de trabalho, demonstra-se que as variações de massa e energia cinética
Lorentz, para corrigir as transformações de Galileu, introduziu um coeficiente são diretamente proporcionais e relacionam-se pela expressão:
γ, que tende a 1 quando a velocidade v é muito menor que c.

γ=
1 ; onde c é a velocidade da luz no vácuo ∆E = ∆m.c 2
2
V Einstein partiu desse resultado matemático para uma impressionante gene-
1−
C2 ralização: não só as variações de massa e da energia cinética são diretamente pro-
CONSEQÜÊNCIAS DAS TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ porcionais, mas também a massa total do corpo também é diretamente proporcional
à sua energia total. Com esse passo, chega-se ao principio da equivalência entre
Contração do comprimento massa e energia: “a energia e a massa são grandezas equivalentes. Dizer que um
Consideremos uma barra de comprimento L0 em repouso em relação a um corpo possui energia é o mesmo que dizer que ele possui massa”.
referencia (2), que por sua vez se desloca com velocidade constante em relação a Na mecânica Newtoniana, um ponto material em repouso em relação a um
um referencia (1). A barra apresenta-se contraída para o observador em movimento, determinado referencial e isolado de forças externas não possui energia. Ele só ad-
com um comprimento L dado por: quire energia se uma força externa lhe conferir energia cinética ou potencial.
V2 Já na Teoria da Relatividade, a massa e a energia são equivalentes. Assim,
L = L0 . 1 − um corpo em repouso, cuja massa de repouso é m0, possui uma energia de repouso,
C2
dada por m0.c2. Só para se ter uma idéia quantitativa,se calcularmos a energia de
Dilatação do tempo repouso de um corpo de massa 1 kg encontramos 9.1016 J; essa energia seria sufici-
Suponha que um ponto A, em repouso em relação a um referencial (2), que ente para fazer evaporar a água de 10.000 piscinas olímpicas!
por sua vez encontra-se em movimento em relação a um referencial (1) com veloci-
dade constante. Para o observador em movimento o mesmo evento que para o ob-
servador em repouso dura T0, para ele durará T.

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UNIDADE V – TEXTOS E PERGUNTAS
UNIDADE III – EFEITO FOTOELÉTRICO

“Faça as coisas o mais simples que você puder, porém não as mais simples.”
Albert Einstein A Grande Explosão (BIG BANG)
O Universo é caracterizado por sua grande complexidade, com estruturas
Um outro problema bastante difícil para a física clássica explicar era o es- em escalas que vão de luas a planetas, de estrelas a grupos de grupos de galáxias e
pectro das radiações emitidas por um corpo. As teorias clássicas, que se baseavam ainda mais além. Matéria bariônica comum, na forma de prótons e nêutrons, nos
nos princípios da termodinâmica e nas leis do eletromagnetismo, não eram capazes núcleos atômicos, e elétrons, em suas coroas eletrônicas, aparece principalmente
de justificar a forma desses espectros. A solução foi encontrada pelo físico Max nas estrelas e em dispersões de gás. Mas a maior parte da matéria do Universo é
Planck (1858 – 1947), que introduziu o conceito de energia quantizada, ou seja, ele tida como matéria escura, de composição desconhecida, embora presumivelmente
sugeriu a hipótese de que a energia de uma onda eletromagnética de freqüência f de natureza em grande parte não bariônica, e cuja existência é derivada dos seus
(medida em Hertz) não pode ter um valor qualquer, mas apenas valores múltiplos possíveis efeitos gravitacionais.
inteiros de uma energia mínima dada por:
Observações astronômicas das velocidades das galáxias em relação à Terra
mostram que elas se afastam com velocidades proporcionais às distâncias que as
E = h. f . separam da Terra, velocidades estas que podem chegar próximas da velocidade da
luz. Pelo princípio cosmológico, a Terra não pode ter qualquer posição privilegiada no
Universo, e se conclui que as galáxias, de modo geral, se afastam umas das outras
Nessa relação h é uma constante cujo valor foi determinada por Planck e va- com velocidades proporcionais as suas distâncias relativas. Assim, as observações
le 6,6.10 −34 J.s Estava estabelecida a Física Quântica. revelam que o Universo está explodindo violentamente e por extrapolação, deve ter
tido início em um tempo no qual não existiam nem galáxias, nem estrelas, nem se-
quer átomos ou núcleos atômicos, mas apenas um gás de fótons e barions e partícu-
A idéia de Planck foi retomada e ampliada posteriormente por Einstein, no las de matéria escura.
seu trabalho intitulado “efeito fotoelétrico”. O efeito fotoelétrico consiste na retirada Segundo o modelo padrão, o Universo nasceu com uma grande explosão.
de elétrons da superfície de um metal atingido por radiações eletromagnéticas. Em Todos os pontos do espaço explodiram ao mesmo tempo. No primeiro centésimo de
outras palavras a energia chega em “pacotes” de energia (quanta de energia), esses segundo após o seu aparecimento, o Universo tinha uma densidade da ordem de 109
“pacotes” foram posteriormente denominados de fótons. Para que os elétrons sejam vezes a densidade da água e uma temperatura da ordem de 1011 °C. Então, elétrons,
retirados com uma certa energia cinética é necessário que a radiação incidente tenha pósitrons, neutrinos e fótons, em igual número e portando energia em igual quantida-
uma energia mínima chamada de “função de trabalho” do metal. Matematicamente, de, existiam em um equilíbrio dinâmico, isto é, apareciam e desapareciam continua-
podemos expressar o efeito fotoelétrico por: mente na mesma proporção: pares elétron-pósitron se formavam às custas da aniqui-
lação de fótons e neutrinos e estes se formavam às custas da aniquilação daqueles.
E = h. f − w , De prótons e nêutrons, existiam apenas quantidades muito pequenas.
Com o passar do tempo e devido à expansão do Universo, a temperatura ca-
iu até atingir um valor tal que o equilíbrio entre a taxa de criação e a taxa de destrui-
Comumente esta expressão, em termos do comprimento de onda da radia- ção dos pares elétron-pósitron se rompe, favorecendo a segunda. Alguns minutos
ção incidente, é dada por: depois da grande explosão, o Universo tinha uma densidade quase como a da água
e uma temperatura da ordem de 106 °C, e prótons e nêutrons puderam formar nú-
h.c cleos de hidrogênio pesado e estes, núcleos de hélio. O Universo continha, então,
E= −w principalmente fótons, neutrinos e antineutrinos e uma pequena parte de núcleos
λ atômicos (73% de hidrogênio e 27% de hélio) e de elétrons sobreviventes da era da
aniquilação. Depois de algumas centenas de milhares de anos a temperatura do
Universo ficou pequena o suficiente para que estes elétrons pudessem ser captura-
dos pelos núcleos para formas os correspondentes átomos. Então, por efeito do
17
Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
campo gravitacional que permeia todo o Universo o gás resultante começou a se 2-) Após 2,5 segundos, a massa gasosa em que se transformou a bomba emite ele-
contrair para formas os aglomerados que originaram as estrelas e galáxias. De qual- vadas quantidades de raio X e raios ultravioletas, podendo destruir a retina e cegar
quer modo, os ingredientes para tanto já estavam presentes depois de alguns minu- pessoas que olharem diretamente.
tos da grande explosão. 3-) Entre 2,5 e 6 segundos, a radiação já foi totalmente absorvida pelo ar ao redor,
Armas nucleares e reatores nucleares que se transforma numa enorme bola de fogo cuja expansão provoca a destruição de
Sabemos que quando um núcleo sofre fissão, ele se divide em dois fragmen- todos os materiais inflamáveis num raio médio de 1 km, assim como queimaduras de
tos e vários nêutrons. Se cada um desses nêutrons for capturado por um outro nú- primeiro, segundo e terceiro graus.
cleo físsil, o processo continua e o resultado é uma reação em cadeia de reações, na 4-) Após 6 segundos, a esfera de fogo atinge o solo iniciando uma onda de choques
qual a fissão súbita de muitos núcleos e a liberação resultante de muitos núcleos e a e devastação que se propaga através de um deslocamento de ar comparável a um
liberação resultante de enorme quantidade de energia produzem uma explosão nu- furacão com ventos de 200 a 400 km/h.
clear. Na bomba atômica (nome não muito descritivo) uma certa quantidade de mas- 5-) Após 2 minutos a esfera de fogo já se transformou completamente num cogumelo
sa crítica, de nuclídeos físseis é repentinamente acionada pelo mecanismo da bomba que atinge a estratosfera. As partículas radioativas se espalham pela atmosfera leva-
e resulta na explosão nuclear. Se a massa for menor que a massa crítica, muitos das pelos ventos fortes e acabam se precipitando em diversos pontos da Terra du-
nêutrons se perderão e a reação em cadeia não se sustentará. Uma maneira de rante muitos anos.
disparar a bomba consiste em usar uma explosão química para ativar duas massas
A bomba de Hidrogênio
subcríticas separadas, contendo material físsil em ambas, e assim a massa crítica
poderá ser atingida. Urânio 235 e plutônio 239 foram ambos usados em armas nu- A bomba de hidrogênio é uma aplicação bélica da fusão nuclear que visa
cleares. O plutônio 239 é produzido pelo bombardeio de urânio 238, o isótopo mais causar destruição com base na colossal energia e no grande fluxo de nêutrons libe-
comum do urânio, com nêutrons. O urânio 239 se desintegra em neptúnio 239 que se rados nas reação de fusão.
desintegra em plutônio 239. Para que ocorra a fusão nuclear é usada, antes, uma bomba de fissão, para
Em um reator nuclear, somente um dos nêutrons emitidos
quando o núcleo sofre fissão é capturado por outro núcleo físsil.
Dessa maneira a reação é mantida sob controle. A fissão continua,
mas a uma velocidade mais baixa do que a de uma bomba. O reator
é mantido sob controle ajustando a posição de absorção de nêutrons
nas barras de controle que são inseridas entre os elementos com-
bustíveis nucleares do reator. Essas barras são geralmente feitas de
cádmio ou boro, dois elementos altamente eficientes na absorção de
nêutrons. A figura mostra um esquema de um reator nuclear. O rea-
tor serve apenas como fonte de calor para ferver a água. Então,
numa máquina de energia convencional, o vapor aciona uma turbina
geradora que produz eletricidade.

A Bomba Atômica
A bomba atômica é uma aplicação bélica da fissão nuclear
que utiliza a imensa quantidade de energia e radiação liberadas
numa reação de fissão em cadeia para causar destruição. Podemos
descrever esta ação por etapas:
1-) O início da explosão de uma bomba atômica corresponde ao início da reação em que a energia necessária seja atingida. Nunca uma bomba H foi usada numa guerra,
cadeia que ocorre em pleno ar. Ao ser detonada atinge temperaturas da ordem de mas em testes nucleares a maior bomba de todos os tempos foi a MONSTER BOMB,
milhões de graus Celsius. detonada pela Rússia, lançada de avião, que alcançou 57 MEGATONS.
Você sabia?

18
Elaborado pelo Prof. Argemiro Bastos
Física Moderna
o Que a quantidade recebida de radiação de um televisor é de 0,03 mSv/ano e  O que é a água pesada das usinas nucleares?
a quantidade recebida da usina nuclear por uma pessoa que vive cerca de 1 Durante a quebra dos átomos de urânio em um reator nuclear são liberados
Km dela é de 0,05 mSv/ano? nêutrons que, ao colidirem com outros átomos de urânio, são absorvidos provocando
o Que as fontes de radiação que estão mais próximas das pessoas são apare- também sua fissão. Mas os nêutrons são liberados com altíssima carga de energia,
lhos eletrônicos como: Televisões, Monitores de microcomputadores, relógios, que precisa ser diminuída para possibilitar sua absorção pelos outros átomos e a
entre outros, que juntos emitem em torno de 0,15 mSV/ano (miliSievert) - Sie- continuidade da reação em cadeia. Entra então em cena a água pesada, que circun-
vert (Sv) é uma unidade de medida utilizada para avaliar os efeitos decorrentes da o tubo de metal onde está o urânio. Apesar de ter aparência e propriedades quí-
das doses de radiação absorvidas no organismo vivo. MiliSievert (mSv) é a mi- micas exatamente iguais às da água comum, sua composição é diferente. Os dois
lésima parte do Sv. átomos de hidrogênio da água saem das torneiras são substituídos por dois deuté-
o Que a televisão como dito acima emite uma quantidade anual de radiação rios. A diferença é que o átomo de hidrogênio possui apenas um próton e um elétron,
que não chega a ser nociva a saúde humana, mas, no entanto, além dessas enquanto o de deutério tem ainda mais um nêutron em seu núcleo. Isso faz com que
fontes próximas (televisão, etc) também estamos expostos a radiação natural ele tenha quase o dobro de massa, daí o nome de água pesada. “Quando o nêutron
que é responsável por 67,6% do total da radiação a que o homem está subme- superenergetico resultante da fissão do urânio colide com o deutério, sua energia
tido (raios cósmico, crosta terrestre, alimentos). diminui, sem que ele seja absorvido. É como o choque de duas bolas de bilhar”, ex-
plica o físico Ricardo Galvão da USP. Com a energia cedida pelo nêutron do átomo
Por que? Por que? Por que? Por que? Por que?
de hidrogênio, a água pesada atinge temperaturas muito altas e pode ser usada para
 O que há entre o elétron e o núcleo do átomo? a produção de energia elétrica.
Não existe nenhum tipo de matéria, apenas forças que mantêm o átomo em
equilíbrio. Segundo o modelo de átomo estabelecido por Ernest Rutherford (1871-
1937), físico neozelandês, os elétrons giram em torno do núcleo, onde estão os pró- EXERCÍCIOS
tons e os nêutrons. A distância entre essas partículas permanece constante graças à
ação de forças eletrostáticas, que mantêm em repouso corpos dotados de carga Modelos atômicos
elétrica. “Essa distância varia de um átomo para outro. Em um átomo de hidrogênio,
o mais simples, ela é de 0,628 Å (1 Å = 1010 m)”, explica o químico André B. Henri- 1) (UFPA-86) O significado físico da dualidade Onda-Partícula é:
ques, da Universidade de São Paulo. a) sempre existe uma probabilidade de encontrarmos uma onda em um ponto do
 Na fissão nuclear, o que acontece aos eletrons do átomo? espaço.
Eles se rearrajam.para produzir energia nuclear, é preciso que o núcleo, on- b) Em um ponto do espaço sempre podemos encontrar uma onda-partícula.
de estão alojados os prótons e os nêutrons do átomo se quebre. O elemento químico c) A intensidade da onda material num ponto é inversamente proporcional à pro-
mais usado na fissão é o urânio porque seu núcleo, que possui geralmente 92 pró- babilidade de se encontrar a partícula neste ponto.
tons e 143 nêutrons, se parte com muita facilidade. “Durante a fissão, o núcleo se d) A intensidade da onda material num ponto é diretamente proporcional à proba-
divide formando outros dois núcleos”, explica o engenheiro nuclear José Rubens bilidade de se encontrar a partícula neste ponto.
Maiorino. Nas várias fissões que ocorrem serão formados diferentes combinações de
prótons e nêutrons. Os elétrons que antes orbitavam ao redor do núcleo de Urânio e) Não existe significado físico da dualidade onda-partícula, e sim o significado
irão passar a orbitar em torno desses núcleos recém-formados, transformando-se físico do quadrado da dualidade onda-partícula.
praticamente todos os elementos químicos existentes na natureza. 2) (UFRGS/1985/2a Etapa) Segundo o modelo de Bohr, o átomo pode absorver e
 Por que o césio radioativo brilha? emitir pacotes quantizados de energia, chamados fótons. O diagrama abaixo a-
Porque o núcleo dos átomos de césio radioativo, chamado césio 137, se par- presenta as energias de alguns estados estacionários do átomo de hidrogênio.
te com muita facilidade. Partindo-se, libera partículas subatômicas que escapam do
núcleo e vão se chocar com os elétrons localizados na periferia do átomo. Resultado: n=8 0,0
a energia dos elétrons aumenta. Para retornar ao estado de equilíbrio anterior, os eV
elétrons tem que se livrar do excesso de energia. E fazem isso emitindo luz. Daí o n=4 -08
brilho do césio 137. “Outros materiais radioativos, como o rádio, também brilham no n=3 -1,5
escuro”, acrescenta o químico Atílio Vanin, da USP.
19 n=2 -3,4
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n=1 -13,6
Física Moderna
Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo:
Um fóton emitido quando o átomo de hidrogênio faz a transição do estado
estacionário n = 3 para o n = 2 tem uma energia ________, uma freqüência
_________ e um comprimento de onda ________ do que um fóton emitido na transi-
ção do estado n = 4 para o n = 3.
a) maior - maior - menor
b) maior - menor - maior
c) menor - menor - maior
d) menor - maior - menor
e) maior - maior - maior
E(eV)
3) (UFRN-99) Um átomo de hidrogênio, ao passar de
um estado quântico para outro, emite ou absorve radi-
ação eletromagnética de energias bem definidas. No
diagrama ao lado, estão esquematicamente represen-
tados os três primeiros níveis de energia do átomo de -1,5 2º Estado Excitado
hidrogênio.
Considere dois fótons, f1 e f2, com energias iguais a
10,2 eV e 8,7 eV, respectivamente, e um átomo de -3,4 1º Estado Excitado
hidrogênio no estado fundamental.
Esse átomo de hidrogênio poderá absorver:
a) apenas o fóton f2
b) apenas o fóton f1
c) ambos os fótons
d) nenhum dos dois fót o n s -13,6 Estado Fundamental

4) (PUC-MG/99) Escolha, entre os modelos atômicos 1 - Com base na figura, EXPLIQUE a origem da radiação correspondente aos com-
citados nas opções, aquele (aqueles) que, na sua descrição, incluiu (incluíram) o primentos de onda λa, λb e λc.
conceito de fóton:
a) Modelo atômico de Thomson. 2 - Considere que λa < λb< λc. Sendo h a constante de Planck e c a velocidade da luz,
b) Modelo atômico de Rutherford. DETERMINE uma expressão para o comprimento de onda λa.
c) Modelo atômico de Bohr.
d) Modelos atômicos de Rutherford e de Bohr. Relatividade
e) Modelos atômicos de Thomson e de Rutherford. 6) (UFPA-87) Uma das maiores conseqüências da teoria da relatividade restrita é
que:
5) (UFMG-97) A figura mostra, esquematicamente, os níveis de energia permitidos
para elétrons de um certo elemento químico. Quando esse elemento emite radia- a) a massa é uma forma de energia.
ção, são observados três comprimentos de onda diferentes, λa, λb, λc. b) A conservação da quantidade de movimento não é satisfeita em colisões atô-
micas.
c) A conservação da energia só é válida, se as energias envolvidas forem de natu-
reza mecânica.
d) A velocidade da luz no vácuo vale 300.000 km/s.
20
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Física Moderna
e) As leis do eletromagnetismo valem somente em um referencial preferencial. −19
uma órbita mais externa de energia (E 2 = −5,43 x 10 − J) , é de
7) (UFRN-99) Nos dias atuais, há um sistema de navegação de alta precisão que aproximadamente 10 eV .
depende de satélites artificiais em órbita em torno da Terra. Para que não haja er- (08) O comprimento de onda da radiação eletromagnética que, absorvida por um
ros significativos nas posições fornecidas por esses satélites, é necessário corrigir átomo de hidrogênio, faz passar o elétron da órbita de energia E1 para a órbi-
relativisticamente o intervalo de tempo medido pelo relógio a bordo de cada um hc
desses satélites. ta de energia E 2 , sendo E 2 > E 1 , é dado por λ = .
E2 − E1
A teoria da relatividade especial prevê que, se não for feito esse tipo de correção,
um relógio a bordo não marcará o mesmo intervalo de tempo que outro relógio
em repouso na superfície da Terra, mesmo sabendo-se que ambos os relógios (16) A radiação eletromagnética manifesta tanto propriedades ondulatórias (na
estão sempre em perfeitas condições de funcionamento e foram sincronizados interferência e na difração) como propriedades corpusculares (nos processos
antes de o satélite ser lançado. de absorção e de emissão).
Se não for feita a correção relativística para o tempo medido pelo relógio de bor-
9) (UFMS-99) A respeito da natureza da luz, é correto afirmar que
do,
(01) a luz é uma onda eletromagnética.
a) ele se adiantará em relação ao relógio em terra enquanto ele for acelerado em (02) a luz tem uma natureza de partícula.
relação à Terra. (04) a velocidade da luz é uma constante independente do meio em que se propa-
b) ele ficará cada vez mais adiantado em relação ao relógio em terra. ga.
c) ele se atrasará em relação ao relógio em terra durante metade de sua órbita e (08) a velocidade da luz, no vácuo, é a mesma em todos os sistemas de referência
se adiantará durante a outra metade da órbita. inerciais.
d) ele ficará cada vez mais atrasado em relação ao relógio em terra. (16) a velocidade da luz, no vácuo, estabelece um limite superior de velocidade.

8) (UFBA-99) Considerem-se os seguintes dados: 10) (PAS-UFLA-00) Quando aceleramos um elétron até que ele atinja uma velocida-
8
de v= 0,5 c, em que c é a velocidade da luz, o que acontece com a massa?
• velocidade da luz no vácuo: c = 3,0 x 10 m/s ; 1
−31 a) Aumenta, em relação à sua massa de repouso, por um fator γ=
• massa do elétron: me = 9,11 x 10 kg ; 0,75
−27
• massa do próton: m p = 1,67 x 10 kg ; 1
b) Aumenta, em relação à sua massa de repouso, por um fator γ=
• constante de Planck: h = 6,63 x 10
−34
J • s; 0,5
−19
• um elétron-volt: 1 eV = 1,6 x 10 − J. c) Diminui, em relação à sua massa de repouso, por um fator γ = 0,75
d) Diminui, em relação à sua massa de repouso, por um fator γ = 0,5
Com base nesses dados e de acordo com a Teoria da Relatividade e a Física
Quântica, é correto afirmar: e) Não sofre nenhuma alteração.
(01) Ao se acenderem os faróis de um automóvel que se movimenta em linha
reta, com velocidade v , a velocidade do sinal luminoso, medida por um ob- Efeito fotoelétrico
servador parado na estrada, é igual a v + c .
(01) A ordem de grandeza da energia de repouso de um átomo de hidrogênio é 11) (UNIFAP-90) A função trabalho do Na é 2,3 eV. O comprimento de onda máximo
de 10-10 J. que provoca a emissão de fotoelétrons do Na é próximo de:
(04) A energia que deve ser fornecida a um átomo de hidrogênio, para fazer pas- a) 6.700Å
sar seu elétron da órbita mais interna de energia (E 1 = −21,73 x 10
−19
J) a b) 5.400Å
c) 4.800Å
d) 3.600Å

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Física Moderna
e) 2.000Å b) 10.000
c) 15.000
12) (UNIFAP-95) A energia de um fóton da onda de uma das rádios FM de Macapá,
em MeV, é da ordem aproximada de: d) 20.000
a) 10-1 e) 40.000
b) 10-13 17) (UNIFAP-2000) Uma fonte radioativa artificial emite radiação à taxa de 5.000
c) 10-26 contagens / minuto. Sabe-se que a meia vida do elemento químico que constitui a
d) 10-34 fonte é de 12 dias e que, no momento de sua produção, a taxa de contagem era
e) 10-48 de 80.000 contagens / minuto. Calcule há quanto tempo a fonte foi produzida.

13) (UNIFAP-97) Uma placa fotoelétrica de cobre (função trabalho de 4,3 eV) é ilu- 18) (UNAMA-2000)
minada em um laboratório com uma luz.
ATENÇÃO O efeito da radiação no organismo
a) Calcule a freqüência mínima com que se deve iluminar a placa para que fique
eletrizada. pode ser letal. Quando uma pessoa é expo
b) Se variarmos a freqüência aumentando-a além daquele valor mínimo, esboce de elementos radioativos, estes elementos
em um diagrama como a energia cinética máxima dos fotoelétrons arrancados da em órgãos e tecidos, podendo desenvolv
placa aumentará como função deste aumento. outras doenças, o câncer.

14) (UNIFAP-98) O azul do céu que ilumina o equador brasileiro com uma intensida- A natureza elétrica das partíc
de da ordem de 10 W/m2 tem um comprimento de onda que está na faixa dos completam as reações de decaiment
4.500 Å. Considerando que a pupila de uma pessoa que admira o céu azul de
são, respectivamente:
Macapá tem aproximadamente 4,0 mm de diâmetro, estime a ordem de grandeza
do número de fótons azuis que a atravessam a cada segundo de deslumbramen-
to. Apresente todos os cálculos.
232 228

15) (UNIFAP-99) Ao ser iluminada por luz infravermelha, cujo comprimento de onda I- Th + Ra
90 88
6 -3
é da ordem de 10 Å, uma delgada placa metálica de ouro com 6,63.10 g, absor-
ve completamente a energia incidente. Sabendo-s que o calor especifico do ouro 218 218

é 3,2.10-2 cal/g.°C, determine a ordem de grandeza do número de fótons que de- II - Po + At


84 85
ve incidir sobre a placa de modo a elevar sua temperatura em 0,5 °C. Despreze
todas as perdas. 227 227
III - Ac + Th
89 90
Radioatividade

16) (UNIFAP-98-especial) A chamada radioterapia, ou terapia de radiação, é empre- a) positiva – negativa – negativa
gada no tratamento de alguns tipos de câncer. Consiste em expor, controlada- b) negativa – positiva – positiva
mente, o tecido canceroso a partículas ou radiação emitidas por núcleos de de- c) positiva – nula – negativa
terminados átomos, chamados de radioativos. Por exemplo, no tratamento de
câncer da tireóide utiliza-se o 131I (iodo-131), cuja meia vida é de, aproximada- d) negativa – positiva - nula
mente, 8 dias. Se em uma determinada amostra existem 80.000 núcleos de 131I,
podemos assegurar que o número de núcleos restantes, após decorridos 24 dias,
é cerca de:
a) 5.000
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Física Moderna
19) (UFJF-99) Substâncias radioativas obedecem à chamada lei do "decaimento
exponencial", que consiste no fato de que após um tempo denominado "meia-
vida", a quantidade do material radioativo original remanescente é a metade do
material radioativo presente no começo do intervalo. Graficamente, pode-se ex-
pressar a lei do decaimento radioativo como:
Se a meia-vida de um material radioativo for 27 min e, se às 10 h, havia 8.106 nú-

cleos deste material, a partir do qual não se adiciona mais material, quantos núcleos
do material haverá às 10 h e 54 min do mesmo dia?
a) 8.103 núcleos;
b) 2.106 núcleos;
c) 4.106 núcleos;
d) 4.1012 núcleos.
20) A bomba atômica, produzida a partir de reações nucleares, já foi responsável por
uma das maiores violências registradas contra a humanidade. Em 1945, cerca de
70.000 pessoas perderam a vida em Hiroshima e outras tantas sofreram sérios
danos físicos, como pode ser observado nos relatos sobre queimaduras graves e
sobre o nascimento de crianças com alterações genéticas.
Com relação às reações nucleares e sua implicações, pode-se afirmar que:
I A bomba atômica difere da bomba de hidrogênio, pois a primeira a fusão
nuclear e a segunda, a fissão nuclear.
II A fissão nuclear é uma reação que pode ser controlada, permitindo sua utili-
zação com fonte alternativa de energia.
III A fusão nuclear necessita de altas temperaturas para ocorrer.
IV O urânio-235 é um dos elementos radioativos usados na bomba atômica.
Está(ão) correta(s)
a) I apenas
b) II apenas
c) I e II apenas
d) I, II e IV apenas
e) II, III e IV apenas
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