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IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática

( Universidade Estadual de Maringá – PR )

&

Cleber Haubrichs dos Santos


( CEFET Química de Nilópolis – RJ )

apresentam

Uma Introduç
Introdução Ilustrada
à Geometria Algé
Algébrica Clá
Clássica
# 29 de Setembro a 03 de Outubro de 2008 #
O belo do infinito é que não existe um adjetivo sequer que
se possa usar para defini-lo. Ele é, apenas isso: é.
(...)
Que pena eu não entender de física e matemática para
poder, nessa minha divagação gratuita, pensar melhor e
ter vocabulário adequado para transmissão do que sinto.
(...)
Qual a forma mais adequada para que
o consciente açambarque o infinito?

Clarice Lispector – “Divagando Sobre Tolices”


Publicado no Jornal do Brasil, 13 de Junho de 1970
IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Neste mini curso estudaremos alguns


conceitos básicos da Geometria Algébrica Clássica,
tendo como motivação o TEOREMA DE BEZOUT

Parte I: Uma Introdução Histórica

Parte II: A Geometria Analítica Real é boa mas tem seus defeitos

Parte III: A Geometria Complexa ainda não resolve tudo

Parte IV: A Geometria Projetiva mostra os pontos que estavam faltando

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

RESUMO do CURSO
Para entender o Teorema de Bezout em sua versão
projetiva, vamos introduzir e trabalhar os seguintes
conceitos: curvas algébricas, interseção de curvas,
multiplicidade de interseção, plano projetivo,
coordenadas homogêneas, entre outros.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

CARACTERÍSTICAS
Deseja-se que esta apresentação alcance e
seduza o maior número possível de alunos. Para
tanto, as características pretendidas para este curso são:
•Poucos pré-requisitos
•Conexões com a História da Geometria
•Resolução detalhada de exemplos
•Ênfase em gráficos e figuras significativas

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IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

PRÉ-REQUISITOS

Noções de Geometria Analítica no R2,


vetores no R3 e um pouco de
habilidade com equações polinomiais.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Parte I:
Uma Introdução Histórica

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Para começar: o que é Geometria Algébrica?

GEOMETRIA ALGÉBRICA

Geometria Geometria
Projetiva
+ Analítica

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Um pouco de
Geometria Projetiva ...

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

A novidade da Geometria
Projetiva em relação à
Geometria Euclidiana é o
acréscimo de pontos no
infinito.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Posições relativas entre duas retas


distintas no plano euclidiano.

Retas concorrentes

Retas paralelas

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O encontro de retas paralelas no infinito.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Escola de Atenas por Raffaello Santi (1483-1520)

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Mulher Ensinando Geometria – Uma figura tipicamente medieval

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Girard Desargues (1591-1661)

 Arquiteto e Engenheiro.
 100 anos depois dos pintores
renascentistas, descobre a
perspectiva na Matemática.
Não foi entendido pelos seus
contemporâneos matemáticos.
 Suas obras ficaram perdidas
por cerca de 200 anos.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues:
Considere dois triângulos...

A' C'

B'
C

A B

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Teorema de Desargues:
... tais que vale a configuração abaixo.

A' C'

B'
C

A B

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues:
Construa os pontos P, Q e R.

O
R

A' C'

B' Q
C

P
A B

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Teorema de Desargues:
Estes pontos estão alinhados.

O
R

A' C'

B' Q
C

P
A B

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Jean Victor Poncelet (1788-1867)


Tenente do exército na
mal sucedida campanha
de Napoleão contra a
Rússia.
Na gelada prisão russa,
escreveu, 100 anos
depois de Desargues, e
sem conhecer a obra
dele, o livro que
inaugurou a Geometria
Projetiva: Traité des
Proprietés Projetives des
Figures.
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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Pontos “impróprios” em retas

P P
P

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos


e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos


e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com


toda clareza por Poncelet em 1822.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos


e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com


toda clareza por Poncelet em 1822.

Desargues (1639) chegou perto de


uma definição correta.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Plano Projetivo

O plano projetivo é o plano que contém os pontos finitos


e os pontos “impróprios” (isto é, os pontos no infinitos).

O plano projetivo foi definido com


toda clareza por Poncelet em 1822.

Desargues (1639) chegou perto de


uma definição correta.

Suspeita-se de que num dos três


livros perdidos de Euclides há alguma
tentativa de estudo da Geometria Projetiva.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Parábola euclidiana e parábola projetiva

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

E agora, um pouco de
Geometria Analítica ...

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

A novidade da Geometria
Analítica em relação à
Geometria Euclidiana é a
introdução de um sistema de
coordenadas.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

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René Descartes (1596-1650)

Considerado o
filósofo pai do
racionalismo
moderno.
Publicou vários
livros em francês, sua
língua natal, uma
novidade na época.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Discurso do Método (1637)

 Foi num apêndice de


uma publicação posterior
do Discurso do Método
que Descartes introduziu as
idéias básicas da
Geometria Analítica.
 No entanto não
desenvolveu a Geometria
Analítica tal como a
conhecemos hoje.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Gaspar Monge (1746-1818)


 Trabalhou no
Departamento de Pesos
e Medidas da
Assembléia Constituinte
da Revolução Francesa.
 Fundador,
administrador e
professor da École
Polytechnique.
 Sistematizou e
escreveu os primeiros
livros didáticos sobre a
Geometria Analítica.
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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Plano Cartesiano

R = {(a, b) | a, b ∈ R}
2

eixo y

P=(a,b)

eixo x

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Espaço Cartesiano

R = {(a, b, c) | a, b, c ∈ R}
3

eixo z

, c)
a,b
(
P=

eixo y
eixo x
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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Chegamos então à
Geometria Algébrica ...

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

GEOMETRIA ALGÉBRICA

Geometria Geometria
Projetiva: + Analítica:
Pontos no Infinito Sistema de Coordenadas

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Linha do Tempo
Raffaello Bezout
(séc XVI) (1730-1783)
Plücker
(1801-1868)

Descartes
Renascimento (1596-1650) Monge
(séc XV e XVI) (1746-1818)

Discurso do
Masaccio Poncelet
Método
(séc XV) (1788-1867)
(1637)

Revolução
Desargues Francesa
(1591-1661) (1789)

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

Etienne Bezout (1730-1783)

Escreveu uma obra


monumental em 6 volumes
que cobria toda a
Matemática superior
conhecida na época (que era
basicamente Cálculo,
Equações Diferenciais e
Geometrias).
Trabalhava nas escolas da
marinha francesa como
professor de Matemática.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.
Historicamente pode ser considerado o
primeiro teorema da Geometria Algébrica.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.
Historicamente pode ser considerado o
primeiro teorema da Geometria Algébrica.
Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos
de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.
Historicamente pode ser considerado o
primeiro teorema da Geometria Algébrica.
Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos
de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.
Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da
eliminação e provou o teorema que leva seu nome.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.
Historicamente pode ser considerado o
primeiro teorema da Geometria Algébrica.
Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos
de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.
Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da
eliminação e provou o teorema que leva seu nome.
Liouville (1841) descobriu falhas na
prova de Bezout, mas não conseguiu consertá-la.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Introdução Histórica

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de
pontos de interseção entre duas curvas no plano.
Historicamente pode ser considerado o
primeiro teorema da Geometria Algébrica.
Maclaurin (1720), a partir de generalizações de trabalhos
de Newton, enunciou o teorema sem, no entanto, prová-lo.
Bezout (1770) desenvolveu muita teoria da
eliminação e provou o teorema que leva seu nome.
Liouville (1841) descobriu falhas na
prova de Bezout, mas não conseguiu consertá-la.

A primeira prova correta é atribuída a Mertens (1899).


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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Parte II:
A Geometria Analítica Real
é boa mas tem seu defeitos

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Equações de 1º grau representam retas

ax + by + c = 0

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Equações de 2º grau representam cônicas

ax 2 + by 2 + cxy + dx + ey + f = 0

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(Só para lembrar de onde vêm as cônicas...)

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Curvas algébricas em R2

Dado um polinômio de duas variáveis


f(x,y) com coeficientes reais
chamamos de curva algébrica
ao conjunto de todos os pontos
(a,b) de R2 que satisfazem
a equação f(x,y)=0.

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Interseções entre duas retas no plano

 ax + by = c
Sistema Linear 2x2:
 px + qy = r

Retas concorrentes: Retas paralelas:


Sistema possível e Sistema impossível
determinado

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema


de equações não lineares?

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema


de equações não lineares?
ou seja

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Uma pergunta...

O que podemos dizer sobre um sistema


de equações não lineares?
ou seja
E quando as equações de um sistema
não representarem duas retas?

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Algumas interseções entre uma reta e uma cônica no plano

ax 2 + by 2 + cxy + dx + ey + f = 0

 px + qy + r = 0

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Algumas interseções entre duas cônicas no plano

 ax 2 + by 2 + cxy + dx + ey + f = 0
 2
 mx + ny 2
+ pxy + qx + ry + s = 0

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em
comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa
quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em
comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa
quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em
comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa
quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

4 2
2 2

0
1 1
1 1
3

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

O Teorema de Bezout
O Teorema de Bezout versa sobre a contagem de pontos em
comum entre duas curvas algébricas no plano, desde que essa
quantidade de pontos de interseção seja um número finito.

4 2
2 2

0
1 1
1 1
3

Neste curso vamos aprender onde e como


contar esses pontos de interseção entre duas curvas
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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis


Para calcular os pontos que estejam na interseção de
uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta
resolver o sistema de equações simultâneas.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis


Para calcular os pontos que estejam na interseção de
uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta
resolver o sistema de equações simultâneas.

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações,


isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis


Para calcular os pontos que estejam na interseção de
uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta
resolver o sistema de equações simultâneas.

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações,


isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Outra estratégia: Multiplicamos as equações por constantes não


nulas adequadas para, após somá-las, eliminar uma das variáveis.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Sistema de Equações e Eliminação de Variáveis


Para calcular os pontos que estejam na interseção de
uma curva f(x,y)=0 com uma curva g(x,y)=0, basta
resolver o sistema de equações simultâneas.

Uma estratégia possível é a seguinte: numa das equações,


isolamos uma das variáveis e a seguir substituímos na outra equação.

Outra estratégia: Multiplicamos as equações por constantes não


nulas adequadas para, após somá-las, eliminar uma das variáveis.

Estratégias semelhantes a essas são a origem do que


mais tarde veio a se chamar de Teoria das Eliminações.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Mais uma pergunta...

Duas curvas podem ter uma quantidade


infinita de pontos em comum?

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Mais uma pergunta...

Duas curvas podem ter uma quantidade


infinita de pontos em comum?
A resposta é SIM quando uma das
curvas for componente da outra.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Mais uma pergunta...

Duas curvas podem ter uma quantidade


infinita de pontos em comum?
A resposta é SIM quando uma das
curvas for componente da outra.

Dito mais claramente: A curva algébrica


g(x,y) = 0 é componente da curva f(x,y) = 0
quando o polinômio g(x,y) faz parte da fatoração
do polinômio f(x,y).

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Real

Por exemplo...

4y − x = 0
2 4

y
4

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

−2

−3

−4

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Por exemplo...

4y − x = 0
2 4
2 y + x2 = 0
y y
4 4

3 3

2 2

1 1

x x

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1 −1

−2 −2

−3 −3

−4 −4

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Por exemplo...

4y − x = 0
2 4
2 y + x2 = 0
y y
4 4

3 3

2 2

1 1

x x

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1 −1

−2 −2

−3 −3

−4 −4

Note que (4 y 2 − x 4 ) = (2 y − x 2 ) ⋅ (2 y + x 2 )
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Então vamos combinar o seguinte...

Neste curso, em cada exemplo


e a cada vez que uma versão do
Teorema de Bezout for enunciado,
estaremos desconsiderando a hipótese
de que as curvas algébricas mencionadas
sejam componentes uma da outra.

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Exemplos e Exercícios

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x2 + 4 y 2 − 4x − 8 y + 4 = 0 x − 2y + 2 = 0
y

−3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

Interseções reais simples em (0, 1) e (2, 2)


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y
7

9 y − 5 x = 36
2 2 2
5x − 3 y = 6
1

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−1

−2

−3

−4

−5

−6

Interseções reais simples em (0, -2) e (3, 3)


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4
x + 4 y − 6 x − 16 y + 17 = 0
2 2

−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8

x + 2y = 3 −1

Uma interseção real dupla em (1, 1)


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x 2 + 16 y 2 + 2 x − 96 y + 113 = 0 9 x 2 + 25 y 2 + 18 x − 150 y + 65 = 0
y

−7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

Interseções reais simples em (-5, 2), (-5, 4), (3, 2) e (3, 4)


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y
13

2 x + y = 12 y
2 2 12

11

10

1
x 2 + y 2 = 10 y
x

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−1

Interseções reais simples em (-4, 8) e (4, 8)


e uma interseção real dupla em (0, 0)
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y
8

x −y =4
2 2 4

4x = y + 8 2
2

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−1

−2

−3

−4

−5

−6

−7

Uma interseção real quádrupla em (2,0)


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8 y = x 3 + 3x 2 − 5 x − 7 7
y

x − 2y + 5 = 0 2

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−2

Uma interseção real simples


−3

−4

em (3, 4) e uma interseção


real dupla em (-3, 1)
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5x + 3 y = 2 y
8

9 y = x − 3 x − 12 x + 5
3 2 3

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

−1

−2

−3

−4

−5

−6

−7

Interseção real tripla em (1, -1)


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3 x 2 + 7 y 2 = 55 4

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8

−1

−2

−3

−4

Interseções reais simples


84 y = 11x − 155 x 3
em (-4, -1), (-3, 2), (3, -2),
(4, 1) e outros dois pontos.
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4 x + 12 y + 30 x − 5 y = 0
2 2 5

2
3 y = x 3 + 9 x 2 + 18 x
1

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

−2

−3

−4

Interseção real dupla em (0, 0)


−5

e interseções reais simples em


outros quatro pontos.
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x + y − 2 xy − 6 x − 6 y + 12 = 0
2 2

y
9

x− y =0
8

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

−1

−2

−3
Uma interseção real simples em (1, 1)
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x 2 + y 2 = 10 y 9 x 2 + 4 y 2 − 90 x − 40 y + 225 = 0
y
11

10

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

−1

Interseções reais simples em (3, 1) e (3, 9)


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y
9

x+ y =5
6

y + 4x − 4 y + 5 = 0
2 3

−13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

−1

−2

−3

−4

−5

Não há interseções reais


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y 2 + 3x − 6 y + 3 = 0
10
y 5 y − 9 x − 30 y − 9 = 0
2

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−1

−2

−3

−4

Interseções reais simples em (-1, 0) e (-1, 6)


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x − 2 xy = 1
2

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−1

x − 2y = 0 −2

Não há interseções reais


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x 2 + y 2 + 10 x − 12 y + 36 = 0 x 2 + y 2 + 8 x − 12 y + 36 = 0
y

11

10

−16 −15 −14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

Uma interseção real dupla em (0, 6)


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y
5

y = x + 3x
2 3 2 3

2
x+ y =3
1

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−1

−2

−3

−4

−5

Interseção real simples em (1, 2)


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y
8

5
3 y = x2 − 4x + 4
4

y = x2 − 4x + 4
3

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

−1

−2

−3

−4
− 2 y = x − 4x + 4 2
−5

−6

Cada par de curvas tem interseção real dupla em (2, 0)


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−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

x + y = 3 xy
3 3

x + y +1 = 0 −1

−2

Não há interseção real


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4y = x 2 3

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−2

−3

y + x − 6x + 9 = 0
2 −4

−5

Não há interseções reais


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3 y = x + 2 x − 2 3 y = x + 7 x + 11x + 2
2 3 2
y
7

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−2

Uma interseção real simples


−3

em (-4, 2) e uma interseção


−4

real dupla em (-1, -1)


−5

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Podemos enunciar
uma versão parcial do
Teorema de Bezout

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Teorema de Bezout
(Versão para Geometria Analítica Real)
Suponha que:
Duas curvas no plano cartesiano são
representadas uma por um polinômio de grau m
e outra por um polinômio de grau n.
Então:
O número de pontos de interseção das duas
curvas, contados com suas multiplicidades,
será no máximo m.n.
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Teorema de Bezout
(Como gostaríamos que fosse...)
Suponha que:
Duas curvas no plano cartesiano são
representadas uma por um polinômio de grau m
e outra por um polinômio de grau n.
Então:
O número de pontos de interseção das duas
curvas, contados com suas multiplicidades,
será exatamente m.n.
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Possíveis “correções” ao Teorema de Bezout

Trabalhar num “plano cartesiano” formado


de pares de números complexos
ao invés de pares de números reais.
e / ou
Trabalhar num “plano cartesiano”
onde seja possível descrever
algebricamente os pontos no infinito.
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Parte III:
A Geometria Complexa
ainda não resolve tudo

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Números Complexos

i = −1
Unidade Imaginária

Número complexo: a + ib , com a , b ∈ R

Adição: (a + bi ) + ( p + qi ) = (a + p) + (b + q )i
Multiplicação: (a + bi) ⋅ ( p + qi) = (ap − bq) + (aq + bp)i

C = {a + ib , com a , b ∈ R } R⊂C

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O plano afim: uma versão complexa do plano cartesiano

C = C × C = {(a + bi, p + qi ) }
2

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Curvas algébricas afins

Dado um polinômio de duas variáveis f(x,y)


(com coeficientes reais ou complexos)
chamamos de curva algébrica afim ao
conjunto de todos os pontos do plano afim
C2 que satisfazem a equação f(x,y)=0.

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Equações polinomiais à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

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Equações polinomiais à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial


de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

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Equações polinomiais à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial


de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

Corolário: Toda equação polinomial de


grau n admite n raízes complexas.

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Equações polinomiais à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial


de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

Corolário: Toda equação polinomial de


grau n admite n raízes complexas.
(as raízes podem ser reais puras ou não e devem
ser contadas com suas multiplicidades)

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Equações polinomiais à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

Teorema Fundamental da Álgebra: Toda equação polinomial


de grau n admite pelo menos uma raiz complexa.

Corolário: Toda equação polinomial de


grau n admite n raízes complexas.
(as raízes podem ser reais puras ou não e devem
ser contadas com suas multiplicidades)
Teorema: Quando o número complexo a+bi é raiz de uma
equação polinomial com coeficientes reais então o número
complexo conjugado a-bi também o é.
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Uma esperança...

Fazendo a eliminação de variáveis,


 f ( x, y ) = 0 podemos tentar transformar um sistema

 g ( x, y ) = 0 de equações simultâneas numa equação
polinomial à uma variável

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Uma esperança...

Fazendo a eliminação de variáveis,


 f ( x, y ) = 0 podemos tentar transformar um sistema

 g ( x, y ) = 0 de equações simultâneas numa equação
polinomial à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

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Uma esperança...

Fazendo a eliminação de variáveis,


 f ( x, y ) = 0 podemos tentar transformar um sistema

 g ( x, y ) = 0 de equações simultâneas numa equação
polinomial à uma variável

an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 = 0

O Teorema Fundamental da Álgebra


garante a existência de todas as raízes!

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Exemplos e Exercícios

Observação: Nos exemplos a seguir, embora se pretenda “fazer as


contas” com as curvas algébricas na versão afim (isto é, complexa),
suas imagens aparecerão na versão cartesiana (isto é, real)
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y
9

6
x+ y =5
5

y2 + 4x − 4 y + 5 = 0 2

−13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

−1

−2

−3

−4

−5

Não há interseções reais, mas há interseções


complexas simples em (1+3i, 4-3i) e (1-3i, 4+3i)
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x 2 + y 2 = 10 y 9 x 2 + 4 y 2 − 90 x − 40 y + 225 = 0
y
11

10

−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

−1

Interseções reais simples em (3, 1) e (3, 9) e interseções


complexas simples em ((15, + 10i )2e) (15,
15, 55+..... e (155- − 10i 2 )
, 5.....)
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y
5

x+ y =3 4

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−1

−2

y = x + 3x
2 3 2 −3

−4

−5

Uma interseção real simples em (1, 2) e interseções


−3+ 3i 3 9 − 3i 3
complexas simples em ..........
2 , 2 e 2 , 2 (
−3− 3i 3 9 + 3i 3
) ( )
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y
5

4 y = x2 3

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−1

−2

y + x − 6x + 9 = 0
2 −3

−4

−5

Não há interseções reais. Temos interseções


(125+6i , 2725+36i ) e (125−6i , 2725−36i )
complexas simples em ....................
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Novamente vamos ler


o enunciado do
Teorema de Bezout

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Teorema de Bezout
(Versão para Geometria Afim)
Suponha que:
Duas curvas algébricas afins são dadas uma por um
polinômio de grau m e outra por um polinômio de grau n.
Então:
O número de pontos de interseção das duas curvas,
sejam reais ou complexos, contados com
suas multiplicidades, será no máximo m.n.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Parte IV:
A Geometria Projetiva
mostra os pontos que
estavam faltando

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

O plano projetivo P2:


Sua construção a partir do espaço cartesiano
Considere no espaço cartesiano as retas
passando pela origem do sistema.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

O plano projetivo P2:


Sua construção a partir do espaço cartesiano
Considere no espaço cartesiano as retas
passando pela origem do sistema.
Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy)
intersecta o plano z = 1 em um único ponto. Esses pontos
(que, na verdade, são todos os pontos do plano z = 1) serão
chamados de pontos finitos do plano projetivo.

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O plano projetivo P2:


Sua construção a partir do espaço cartesiano
Considere no espaço cartesiano as retas
passando pela origem do sistema.
Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy)
intersecta o plano z = 1 em um único ponto. Esses pontos
(que, na verdade, são todos os pontos do plano z = 1) serão
chamados de pontos finitos do plano projetivo.

Cada reta “horizontal” (isto é, contida no plano xy)


determina uma única direção no plano z = 1 (tanto quanto
em qualquer outro plano paralelo ao “chão”). Essas direções
serão chamadas de pontos infinitos do plano projetivo.
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O plano projetivo com alguns dos seus pontos finitos


z

P= (a:b:c)

v=(a,b,c) y

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

O plano projetivo com um dos seus pontos no infinito


z

v=(a,b,c)

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Exemplo importante: Duas retas paralelas distintas

Retas paralelas z

no plano euclidiano... P

y
P

... tem um ponto de interseção


no plano projetivo

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem


do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.

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Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem


do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.
Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a
direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto
é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem


do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.
Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a
direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto
é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.
Em qualquer caso, o ponto do plano projetivo que
corresponde à reta cartesiana com vetor diretor (a,b,c) terá
coordenadas descritas por (a:b:c). Essas coordenadas
são chamadas de coordenadas homogêneas.

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Coordenadas homogêneas no plano projetivo

Considere no espaço cartesiano as retas passando pela origem


do sistema. Cada reta determina unicamente uma direção.
Cada reta “fora do chão” (isto é, não contida no plano xy) tem a
direção de um vetor (a,b,c) com c ≠ 0. Cada reta “horizontal” (isto
é, contida no plano xy) tem a direção de um vetor (a,b,c) com c = 0.
Em qualquer caso, o ponto do plano projetivo que
corresponde à reta cartesiana com vetor diretor (a,b,c) terá
coordenadas descritas por (a:b:c). Essas coordenadas
são chamadas de coordenadas homogêneas.
Observe que em coordenadas homogêneas
vale (a:b:c) = (ta:tb:tc) para qualquer t ≠ 0.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Curvas algébricas projetivas

Um polinômio é chamado de homogêneo quando


todos os seus monômios tem o mesmo grau.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Curvas algébricas projetivas

Um polinômio é chamado de homogêneo quando


todos os seus monômios tem o mesmo grau.

Dado um polinômio homogêneo de três variáveis F(x,y,z)


(com coeficientes reais ou complexos) chamamos de curva
algébrica projetiva ao conjunto de todos os pontos do
plano projetivo P2 que satisfazem a equação F(x,y,z)=0.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Curvas algébricas projetivas

Um polinômio é chamado de homogêneo quando


todos os seus monômios tem o mesmo grau.

Dado um polinômio homogêneo de três variáveis F(x,y,z)


(com coeficientes reais ou complexos) chamamos de curva
algébrica projetiva ao conjunto de todos os pontos do
plano projetivo P2 que satisfazem a equação F(x,y,z)=0.

Observe que vale F(x,y,z) = 0 se e somente


se F(tx,ty,tz) = 0 para qualquer t ≠ 0.

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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

Correspondência entre curvas algébricas afins


e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde


a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

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Correspondência entre curvas algébricas afins


e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde


a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

Para passar do polinômio f(x,y) para um polinômio


( x, y, z ) = z (grau de f ) ⋅ f ( xz , yz )
homogêneo de três variáveis, faça F.........................................

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Correspondência entre curvas algébricas afins


e curvas algébricas projetivas

Cada curva algébrica afim f(x,y) = 0 em C2 corresponde


a uma curva algébrica projetiva F(x,y,z) = 0 em P2.

Para passar do polinômio f(x,y) para um polinômio


( x, y, z ) = z (grau de f ) ⋅ f ( xz , yz )
homogêneo de três variáveis, faça F.........................................

Para passar do polinômio homogêneo F(x,y,z) para um


( x, y ) = F ( x, y,1)
polinômio de duas variáveis, faça f..........................

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Exemplos e Exercícios

Observação: Nos exemplos a seguir, embora se pretenda


“fazer as contas” com as curvas algébricas na versão projetiva,
suas imagens aparecerão na versão cartesiana (isto é, real e finita)
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Interseções entre duas retas no plano projetivo

 ax + by = c1
 Retas paralelas
 ax + by = c 2

Uma interseção
real infinita
simples em
(b: -a: 0)

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x − y = 0 x 2 + y 2 − 2 xy − 6 xz − 6 yz + 12 z 2 = 0
y
9

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

−1

Uma interseção real finita simples em (1:1:1) e


−2

−3

uma interseção real infinita simples em (1:1:0)


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x − 2 xy = z
2 2

x − 2y = 0
x

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−1

−2

Não há interseções reais finitas, mas há uma


interseção real infinita dupla em (2:1:0)
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10
y

5 y 2 − 9 xz − 30 yz − 9 z 2 = 0
9

y 2 + 3xz − 6 yz + 3z 2 = 0 6

−14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−1

−2

−3

−4

Interseções reais finitas simples em (-1:0:1) e (-1:6:1)


e uma interseção real infinita dupla em (1:0:0)
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y

3
3 yz = x 2 − 4 xz + 4 z 2
yz = x 2 − 4 xz + 4 z 2 2

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

−1

−2

−3

−4
− 2 yz = x 2 − 4 xz + 4 z 2
−5

−6

Cada par de curvas tem uma interseção real finita dupla


em (2:0:1) e uma interseção real infinita dupla em (0:1:0)
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y

4 yz = x 2
2

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

yz + x 2 − 6 xz + 9 z 2 = 0 −2

−3

−4

−5

Não há interseções reais. Temos interseções complexas


(125+6i , 2725+36i ) e (125−6i , 2725−36i ) e uma
finitas simples em ....................
interseção real infinita dupla em (0:1:0)
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y

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

x + y = 3 xyz
3 3
x+ y+z =0 −1

−2

Não há interseção real finita. Temos uma


interseção real infinita tripla em (1:-1:0)
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3 yz = x 2 + 2 xz − 2 z 2 3 yz 2 = x 3 + 7 x 2 z + 11xz 2 + 2 z 3
y

−12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−2

−3

−4

Uma interseção real finita simples em (-4:2:1),


−5

uma interseção real finita dupla em (-1:-1:1) e


uma interseção real infinita tripla em (0:1:0)
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IV Bienal da SBM Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica / Geometria Projetiva

x 2 + y 2 + 10 xz − 12 yz + 36 z 2 = 0 x 2 + y 2 + 8 xz − 12 yz + 36 z 2 = 0
y

11

10

−16 −15 −14 −13 −12 −11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7

−1

Uma interseção real finita dupla em (0:6:1) e interseções


complexas infinitas simples em (i:1:0) e (-i:1:0)
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Mais uma vez vamos ver


o enunciado do
Teorema de Bezout

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Teorema de Bezout
(Versão para Geometria Projetiva)
Suponha que:
Duas curvas algébricas projetivas são dadas uma por um
polinômio de grau m e outra por um polinômio de grau n.
Então:
O número de pontos de interseção das duas curvas,
sejam reais ou complexos, sejam finitos ou infinitos,
contados com suas multiplicidades, será exatamente m.n.

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Finalmente o Teorema de Bezout


está bem enunciado!
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IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Alguns textos para ler, estudar e consultar


Matemática de Ensino Médio
•IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar Volume 6:
Complexos, Polinômios, Equações. Atual Editora. São Paulo, 2005.
•IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar Volume 7: Geometria
Analítica. Atual Editora. São Paulo, 2005.

Matemática para Graduação


•GARCIA, Arnaldo e LEQUAIN, Yves. Álgebra: Um Curso de Introdução.
Projeto Euclides, IMPA. Rio de Janeiro, 1988.
•HEFEZ, Abramo. Introdução à Geometria Projetiva. Monografias de
Matemática, IMPA. Rio de Janeiro, 1990.
•NASCIMENTO, Joice Santos. Interseção de Curvas Projetivas. Trabalho de
Conclusão de Curso (Orientado por Juscelino Bezerra dos Santos). UERJ, 2006.
•VAINSENCHER, Israel. Curvas Algébricas Planas. Coleção Matemática
Universitária, IMPA. Rio de Janeiro, 2005.

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IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

Alguns textos para ler, estudar e consultar


Matemática Avançada
•SHAFAREVICH, I. Basic Algebraic Geometry 1. Second Edition. Springer
Verlag, 1994.
•STOHR, Karl Otto. Curvas Algébricas. Notas de aula do curso ministrado no
IMPA. Rio de Janeiro, 2000.
•STOHR, Karl Otto. Geometria Algébrica 1. Notas de aula do curso ministrado
no IMPA. Rio de Janeiro, 2001.

Matemática e História
•BOYER, Carl B. História da Matemática. Traduzido por Elza F. Gomide.
Editora Edgard Blucher. São Paulo, 1996.
•HEFEZ, Abramo. Introdução à História da Geometria Projetiva. Revista
Matemática Universitária, n. 6, SBM. Rio de Janeiro, 1986.
•HARTSHORNE, Robin. Geometry: Euclid and Beyond. Springer Verlag.

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IV Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática Introdução Ilustrada à Geometria Algébrica

AGRADECIMENTOS

Ao comitê científico e aos organizadores


da IV Bienal da SBM por aceitarem a
minha proposta para este curso

Ao CEFET Química de Nilópolis – RJ


pelo apoio na preparação e
execução deste trabalho

Aos meus amigos, colegas e alunos que


assistiram ou leram versões
preliminares deste curso

Cleber Haubrichs dos Santos CEFET Química de Nilópolis – RJ


Sobre o professor deste mini curso
CLEBER HAUBRICHS DOS SANTOS nasceu em
São João de Meriti, no Rio de Janeiro, em dezembro de 1976.

Fez a graduação em Matemática na UERJ – Universidade do Estado do Rio


de Janeiro (1998) e o Mestrado em Matemática Pura no IMPA – Instituto
Nacional de Matemática Pura e Aplicada (2001), tendo sua dissertação
em Geometria Algébrica orientada pelo professor Karl Otto Stohr.

É professor no CEFET Química de Nilópolis desde 2005, atuando nas


disciplinas de Matemática no Curso Técnico Integrado, no Ensino
Superior Tecnológico e nas Licenciaturas. Também participou da
equipe que implantou o curso de Licenciatura em Matemática
em sua instituição. Atualmente é o coordenador desta licenciatura.

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