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de junho de 1997 da Bahia
Aprova o Regulamento do Fabrico, Comércio e Uso de Fogos
de Artifício e de Estampido no Estado da Bahia.
considerando, ainda, o resguardo do sossego público a que todos têm direito, sobretudo
nos populosos centros urbanos;
considerando, por fim, o disposto nos arts. 10 e 11, do Decreto-lei Federal nº 4.238/42 e
no art. 31, letra g, do Regulamento 105/63, do Ministério da Guerra, aprovado pelo
Decreto Federal nº 55.649/65, D E C R E T A
PAULO SOUTO
Governador
CAPÍTULO I -
DAS FÁBRICAS
Art. 1º - As fábricas de fogos de artifício e de estampido só poderão funcionar mediante
expressa autorização policial anual, após atendimento das seguintes condições:
Art. 7º - É proibida a venda de fogos a varejo nas instalações das respectivas fábricas.
CAPÍTULO II -
DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 10 - Os fogos de artifício e de estampido, considerados permitidos, classificam-se
de acordo com as modalidades e espécies exemplificativas constantes do ANEXO
ÚNICO, que integra este Regulamento.
CAPÍTULO III -
DAS PROIBIÇ÷ES
Art. 11 - Ficam proibidos o comércio, no atacado ou no varejo, o depósito, trânsito e
uso, no território do Estado, dos seguintes fogos:
DO COMÉRCIO
Art. 12 - Nenhuma casa comercial ou particular poderá vender, expor à venda a varejo,
ou por atacado, os fogos considerados proibidos, sem autorização prévia de órgão
policial competente.
a) poderão ser utilizadas lojas térreas, sem pavimento superior e lojas com pavimento
superior não ocupado, construída em alvenarias de elevação de blocos cerâmicos, de
concreto, tijolos ou similares e cobertura de laje, telhas cerâmicas ou cobertura metálica;
c) deverá ser respeitado o estoque máximo de 5.000 (cinco mil) quilos de produtos
pirotécnicos compreendidos nas classes A e B.
c) será observado ainda o limite máximo de 25.000 (vinte e cinco mil) quilos de
produtos pirotécnicos acondicionados em embalagem para o conjunto de pontos de
venda destes produtos e instalados em um mesmo local.
a) qualquer imóvel que for destinado ao comércio dos produtos em questão, além dos
equipamentos de segurança, prevenção e combate a incêndio, deverão possuir saídas
laterais de emergência com largura mínima de 1 (um) metro, sendo que a fachada do
mesmo deve possuir portas em toda a sua extensão com distância máxima de 30 (trinta)
centímetros entre as mesmas, que permanecerão abertas durante seu funcionamento;
IV - da aprovação e fiscalização:
b) Os pontos de venda deverão ser licenciados pela prefeitura do município, que emitirá
o respectivo alvará de funcionamento.
Art. 16 - Os fogos da classe ?B? não podem ser vendidos a menores de 16 anos, e os
das classes ?C? e ?D?, a menores de 18 anos.
Parágrafo único - A venda a varejo dos fogos de artifício e de estampido das classes A,
B, C e D depende de autorização da Polícia.
Art. 17 - E proibida a venda de produtos químicos controlados para fins pirotécnicos a
quem não tenha licença do Ministério do Exército para fabricação ou comércio de
matéria-prima, devendo as notas fiscais emitidas conter, obrigatoriamente, o número de
registro do comprador ou a data do título expedido pelo Ministério do Exército.
CAPÍTULO V -
DO TRANSPORTE
Art. 19 - O transporte de fogos de artifício e de estampido depende de autorização
policial, cuja autoridade expedirá guia de tráfego.
Parágrafo único - Fica proibido o transporte de fogos de artifício e de estampido por via
marítima, em embarcação destinada a passageiros.
CAPÍTULO VI -
DA QUEIMA E USO
Art. 21 - Os fogos da classe ?A? poderão ser queimados livremente, exceto nas portas,
janelas ou terraços que dêem para via pública.
Art. 22 - Os fogos da classe ?B? não podem ser queimados nas portas, janelas ou
terraços que dêem para via pública e a menos de 300 (trezentos) metros de hospitais,
casas de saúde, estabelecimentos de ensino, repartição pública, casas que comerciem no
ramo de fogos e postos de combustíveis.
Parágrafo único - Nos dias e vésperas das tradicionais festas de Santo Antonio, São João
e São Pedro, a queima poderá se prolongar até às 24 horas.
CAPÍTULO VII -
DAS PENALIDADES
Art. 27 - Os fogos de artifício que forem encontrados nas casas comerciais em
desacordo com as disposições do presente Regulamento serão apreendidos e recolhidos:
CAPÍTULO VIII -
DA DESTRUIÇÃO
Art. 29 - A destruição deverá ser feita por pessoal hábil, em locais limpos, distantes de
habitações, ferrovias e depósitos, dependendo, ainda, da autorização do órgão Militar
competente.
CAPÍTULO IX -
ANEXOÚNICO
1 - Classe A - Compreendendo:
a) fogos de salão ou de vista, sem estampido, tais como: fósforo de cor, vela, chuva,
pistola em cores, bastão e similares;
b) fogos de pequeno estampido (artigos de chão) tais como: estalo de bebê (traque),
estalo de salão e similares, desde que a carga explosiva não ultrapasse o limite de 0,2g;
2 - Classe B - compreendendo:
b) os fogos com flechas (foguete ou rojão) com vara, de cores, sem estampido;
3 - Classe C - compreendendo:
a) fogos sem flecha (artigo de ar com canudo de papelão) ou com flechas (foguete ou
rojão de vara), desde que cada bomba não contenha mais de 6,0g de pólvora, podendo
ser de estampido ou estampido e cores;
4 - Classe D - Compreendendo:
a) os fogos, com ou sem flecha (artigo de ar), cujas bombas não contenham mais de
8,0g de pólvora;
b) morteiro de estampido de qualquer calibre fixado ao solo, desde que projetado por
meio de tubo metálico ou de papelão, cuja bomba contenha mais de 8,0g de pólvora;
c) salvas de tiro, usadas em festividades, desde que cada bomba contenha mais de 8,0g
de pólvora;