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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATO GERENCIAL

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA- BA

1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre 22 Programas
de Governo executados na base municipal de TEOFILÂNDIA, em decorrência do 11º Evento do
Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos.

2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no


Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente
habilitadas.

3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria-Geral


da União – CGU em parceria com servidores do Ministério da Saúde, sob a Coordenação da CGU,
no período de 19 a 23/07/2004, sendo utilizados em sua execução as técnicas e procedimentos de
inspeções físicas e documentais, realização de entrevistas, aplicação de questionários e registros
fotográficos, etc.

4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão apresentados no
quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas
e os recursos aproximados aplicados, por Programa.

4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas

Ministério Programa/Ação Fiscalizado Quantidade Recursos Aplicados


Supervisor de
Fiscalizações
Ministério das Universalização dos serviços de
Comunicações telecomunicações 2 Não se aplica
Infra-estrutura PRONAF 5 441.880,00
Ministério do Financiamento e Equalização de Juros para a
Desenvolvimento Agricultura Familiar – (Pronaf)
Agrário 4 67.085,18

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”. 1
SAS Q. 1 Bl “A”, Ed. Darcy Ribeiro, 9º andar, Brasília - DF - CEP: 70070-905 (61) 412-7115 - Fax (61) 322-1672
Ministério Programa / Ação Quantidade Recursos
Supervisor de Aplicados
Fiscalizações
Ministério de Luz no Campo/Luz para Todos
Minas e Energia 1 62.397,51

Ministério da Ações Emergenciais de Defesa Civil


Integração 1 80.000,00
Nacional
Ministério das Morar Melhor – Melhoria das Condições de
Cidades habitabilidade 1 101.325,00
Bolsa Escola 1 25.905,00
Atenção a Criança – Atendimento a Criança
em Creche e Outras Alternativas 1 43.401,00
Ministério do Capacitação de Conselheiros, Gestores e
Desenvolvimento Técnicos da Assistência Social 1
Social e Combate
à Fome Atenção a Pessoa Portadora de Deficiência
1 5.443,02
Erradicação do Trabalho Infantil 1 847.535,00
Bolsa Família 1 59.645,00
PDDE 1 25.300,00
Ministério da FUNDEF 1 3.171.896,24
Educação Alimentação Escolar – PNAE 2 314.537,60
Expansão e Melhoria da Rede Escolar Estadual
3 -
de Ensino Médio
Pagamento de Aposentadorias 2 699,32
Ministério da
Previdência Social Fiscalização do Recolhimento de 1
-
Contribuições Previdenciárias
Doença transmitida por vetores 1 143.075,84
Ministério da Assistência Farmacêutica Básica 1 20.081,00
Saúde PAB – FIXO 1 109.361,71
PAB - Programa PSF 1 47.300,00
Ministério do Estudos e Pesquisas na Área do Trabalho
Trabalho e -
1
Emprego

TOTAL
35 5.566.868,42

5. Os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham


evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicação dos
recursos federais examinados, são demonstrados a seguir, em fascículos específicos por Ministério.
Assim sendo, não foram preparados fascículos sobre os recursos oriundos do Ministério das
Comunicações, Previdência Social, das Minas e Energia e do Trabalho e Emprego.

6. Os fascículos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constatações:

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”. 2
SAS Q. 1 Bl “A”, Ed. Darcy Ribeiro, 9º andar, Brasília - DF - CEP: 70070-905 (61) 412-7115 - Fax (61) 322-1672
Ministério da Integração Nacional:

1.1) Inexistência de Projeto Básico inviabiliza fiscalização da reforma de 40 casas populares;


1.2) Execução das obras diretamente pela Prefeitura municipal de Teofilândia-BA., que utilizou-
se de Notas Fiscais no valor de R$80.000,00 de empresa inidônea como executora, para
justificar os pagamentos realizados;
1.3) Realização de pagamentos em desacordo com e estabelecido no contrato de prestação de
serviços e com a Lei 4.320/64.

Ministério das Cidades:

1.1) Inexistência de projeto básico na licitação para construção das 15 (quinze) unidades
habitacionais;
1.2) Divergências entre o que foi orçado e o efetivamente realizado na execução de obras
1.3) Realização de pagamentos em desacordo com o estabelecido no contrato de prestação de
serviços e com a Lei 4.320/64
1.4) Descumprimento do artigo 30 da Instrução Normativa nº 01/97.

Ministério do Desenvolvimento Agrário:

1.1) Utilização de equipamento agrícola em localidade diversa da prevista no plano de trabalho;


1.2) Cessão de equipamento agrícola sem lastro contratual;
1.3) Construção de barragens e armazéns comunitários em áreas de propriedade desconhecida;
1.4) Desvio de finalidade na utilização de equipamento agrícola;
2.1) Irregularidade nos processos licitatórios para execução de obras e serviços;
2.2) Ausência de identificação do Contrato de Repasse em Notas Fiscais;
2.3) Construção de casas de farinha em áreas de propriedade desconhecida;
2.4) Cessão de equipamentos agro-industriais sem lastro contratual;
2.5) Desvio de finalidade na utilização de equipamento agrícola;
2.6) Sub-utilização do Centro de Treinamento Comunitário;

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome:

1.1) Simulação de Licitações e Fracionamento de Despesas, no exercício de 2003, no montante


de R$ 290.941,43, para benefício de membros de uma mesma família;

Ministério da Saúde:

1.1) Utilização de notas fiscais falsas no valor de R$28.256,50, para simular a aquisição de
produtos de limpeza;
1.2) Superfaturamento de até 1.333% nas supostas aquisições de material de limpeza;
1.3) Utilização de notas fiscais falsas/clonadas, no valor de R$10.716,00 para comprovação de
suposta compra de produtos de limpeza;
1.4) Cobranças indevidas de Tarifas Bancárias;
1.5) Pagamentos indevidos de salários com recursos do PAB para servidores lotados na
Maternidade Dalva Araújo;
1.6) Utilização de recursos do PAB em aquisição de gêneros alimentícios e material de limpeza
para a Maternidade;

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”. 3
SAS Q. 1 Bl “A”, Ed. Darcy Ribeiro, 9º andar, Brasília - DF - CEP: 70070-905 (61) 412-7115 - Fax (61) 322-1672
1.7) Despesas indevidas com recursos do PAB para pagamento à Sociedade Civil Bem Estar
Familiar no Brasil - BEMFAM;
1.8) Ausência de reuniões mensais por parte do Conselho Municipal de Saúde-CMS;
1.9) Ausência da prestação de contas trimestrais ao Conselho Municipal de Saúde – CMS;
1.10) Relatório de Gestão Anual do último exercício não disponibilizado;
1.11) Baixa cobertura de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas e ausência de
atendimento odontológico;
2.1) Resultado do levantamento do atendimento às famílias do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde – PACS;
2.2) Número de Agentes Comunitários de Saúde não corresponde ao cadastro do CNES/MS;
2.3) Enfermeiras Supervisoras do PACS, com carga horária inferior ao preconizado;

3.1) Utilização de notas fiscais falsas/clonadas para comprovação de suposta compra de


medicamentos;
3.2) Medicamentos enviados pela SES à SMS, inferior ao pactuado;
3.3) Falta de medicamentos básicos aos usuários do SUS;
3.4) Ausência de controle de estoque;
3.5) Armazenagem inadequada dos medicamentos;
3.6) Falta de Alvará de Licença de funcionamento;
3.7) Ausência de livro de controle de Psicotrópicos com termo de abertura pela Vigilância
Sanitária;

4.1) Cobranças indevidas de Tarifas Bancárias;


4.2) Condições Insatisfatórias de armazenagem do estoque dos inseticidas/larvicidas;

5.1) Simulações de licitações em benefícios de empresa privada de propriedade do irmão do


tesoureiro municipal, no valor de R$597.500,24;
5.2) Irregularidades na contratação de empresas para aquisição de gêneros alimentícios e
material de limpeza;
5.3) Irregularidades nos processos licitatórios para aquisição de combustíveis;
5.4) Simulações de licitações e transferência de recursos públicos à empresa privada de
propriedade do irmão do tesoureiro municipal – União Construtora e Transporte LTDA, no
montante de R$ 103.756,00;
5.5) Pagamento por serviços não prestados no valor de R$104.576,00 à empresa União
Construtora e Transporte Ltda., em 2003.

Ministério da Educação:

1.1) Simulações de licitações e transferência de recursos públicos a empresa privada de


propriedade de parentes do prefeito – no montante de R$ 108.305,62, e outras
irregularidades na contratação de veículos para o serviço de transporte escolar da rede de
ensino fundamental;
1.2) Contratação de empresa para prestação de serviços de transporte escolar vinculada a
prepostos municipais, membros da comissão de licitação e familiares do Prefeito;
1.3) Precariedade dos veículos locados, impróprios para utilização no transporte escolar, por não
atenderem as exigências previstas no art. 136 do Código Nacional de Trânsito - CTN, Lei nº
9.503 de 23 de setembro de 1997;
1.4) Irregularidades nas aquisições de combustíveis, materiais de consumo, limpeza e construção
e serviços com recursos do FUNDEF;

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”. 4
SAS Q. 1 Bl “A”, Ed. Darcy Ribeiro, 9º andar, Brasília - DF - CEP: 70070-905 (61) 412-7115 - Fax (61) 322-1672
2.1) Simulação de Licitações e Fracionamento de Despesas em benefício de empresa dos
familiares de servidor Municipal no montante de R$445.343,00;

Salvador, 17 de agosto de 2004

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”. 5
SAS Q. 1 Bl “A”, Ed. Darcy Ribeiro, 9º andar, Brasília - DF - CEP: 70070-905 (61) 412-7115 - Fax (61) 322-1672
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO
NACIONAL

11º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

30/JUNHO/2004
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA – BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 19/07 a 23/07/2004 a
seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional:

Ações emergenciais de defesa civil

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização

1 – Programa Ação: Ações Emergenciais de Defesa Civil.


Objetivo da Ação de Governo:
Ordem de Serviço: 148446
Objeto Fiscalizado: Reforma de 40 casas populares.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia - BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 693/2000, Nº. SIAFI, firmado em
28/12/2000, com vigência até 28/06/2001.
Montante de Recursos Financeiros: R$ 80.000,00.
Extensão dos exames: A totalidade dos recursos.

Constatações da Fiscalização:

1.1) Inexistência de Projeto Básico inviabiliza fiscalização da reforma de 40 casas populares.

Fatos:
Da análise do processo licitatório, modalidade Convite nº 042/2001, de 30/04/2001, relativa ao
Contrato de Repasse nº 693/2000, constatamos a ausência dos projetos básico e executivo, que, de
acordo com o artigo 7º da Lei 8.666/93 devem preceder a execução das obras e serviços.

Não constava, ainda, do citado processo, o orçamento detalhado, em planilhas, que expressassem a
composição de todos os seus custos unitários, cuja existência juntamente com o projeto básico, é
condição necessária para a realização de licitação.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
As propostas apresentadas pelas empresas Pedro Santana de Carvalho de Araci (CNPJ:
02.831.284/0001-93), Teofilândia Transportes, Comércio e Construções (CNPJ: 33.899/089/0001-
29) e LM Serviços e Locação de Equipamentos Ltda (CNPJ: 03.822.934/0001-05) foram
elaboradas de forma global sem a devida discriminação de todos os custos unitários, como previa o
Edital da licitação no item 3.2. Em função da falta da apresentação dos projetos básicos e
executivos, não houve como verificar se as obras foram realizadas nos locais previstos, se houve
alteração das especificações e/ou se houve incompatibilidade entre o previsto e o realizado.

Evidências:
Contrato de Repasse nº 693/2000; Plano de Trabalho; Propostas das empresas para a execução dos
serviços; Edital da Carta Convite 042/2001; Relação dos serviços a serem executados, elaborado
pelo Secretário de Obras da Prefeitura.

1.2) Execução das obras diretamente pela Prefeitura municipal de Teofilândia-BA., que utilizou-se
de Notas Fiscais no valor de R$80.000,00 de empresa inidônea como executora, para justificar os
pagamentos realizados.

Fato:
Durante a visita aos locais onde foram realizadas as obras, entrevistamos os moradores beneficiários
das unidades habitacionais construídas, que foram unânimes em afirmar que as obras e serviços de
suas casas foram executadas pelo então senhor Secretário de Obras e Urbanismo da Prefeitura de
Teofilândia-BA., que teria utilizado-se de pessoas residentes nos locais e proximidades de onde iam
sendo construída cada unidade, para trabalharem, sob forma de empreitada, nas edificações das
mesmas.

Dessa forma, ficou evidenciado que a empresa Pedro Santana de Carvalho de Araci (CNPJ
02.831.284/0001-93), foi utilizada como executora, apenas para justificar os pagamentos realizados.
Além disso, o titular dessa empresa, responde a diversos processos criminais e inquéritos policiais.

Evidências:
- Inquérito Policial n.º 35/2003, transferido para comarca de Tucano/BA, em 26 de fevereiro de
2004, decorrente da ocorrência nº 120/2003 de 08 de julho de 2003 – prisão em flagrante pela
prática de extorsão;
- Queixa n.º 208/2003, datada de 18 de agosto de 2003. Síntese da queixa – trechos retirados do
livro nº 033/2002, verso da fl. 162: “.....Queixou-se contra PEDRO SANTANA DE CARVALHO,
brasileiro...., pelo fato do mesmo abrir firma em nome da queixosa que convivia com o mesmo,
sendo que posteriormente a queixosa descobriu que a firma era falsa; QUE o estabelecimento
continha a seguinte denominação: FARMÁCIA SANTA MÔNICA – Inscrição Estadual 59.411.848
ME, CNPJ – 05.604.155/0001-50, Av. Antonio Carlos Magalhães, 226-A, Centro, Serrinha-BA,
dados constantes no Talão de Notas fiscais de números 001 a 050, que estavam com a queixosa;
QUE além do referido talão de Notas Fiscais o queixado falsificou a assinatura da queixosa em uma
via de cheque nº 850067....".

- Processo nº 014/2001, em que Pedro Santana de Carvalho foi denunciado pela prática da conduta
tipificada no art. 10 da Lei nº 9.437/97 (Institui o Sistema Nacional de Armas-SINARM): “Art. 10 -
Possuir, deter, portar, fabricar, adquirir, vender, alugar, expor à venda ou fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda e ocultar arma de fogo, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar.” Por força de decisão judicial, fundamentada no art. 89 da lei.
9.099/95, aplicou-se a suspensão condicional e o Ministério Público Estadual já se manifestou pela
extinção de punibilidade em virtude do decurso de prazo de suspensão e regular cumprimento das
condições.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
O Sr. Pedro de Santana de Carvalho utiliza-se também da empresa “Pedro Santana de Carvalho de
Teofilândia”, nome fantasia Pedreita São Pedro, cuja atividade econômica principal é a execução de
obras de urbanização e paisagismo - empresa também denominada “Pedro Santana de Carvalho de
Araci”.

1.3) Realização de pagamentos em desacordo com e estabelecido no contrato de prestação de


serviços e com a Lei 4.320/64;

Fatos:
De acordo com o parágrafo 1º, da cláusula terceira, do contrato de prestação de serviços firmado
entre a Prefeitura Municipal de Teofilândia e a empresa Pedro Santana de Carvalho de Araci, o
pagamento seria realizado após a realização dos serviços, após a atestação dos serviços prestados
pelo Secretário Municipal, no competente processo de pagamento. Porém, na análise do referido
processo, constatamos que a realização dos serviços não foi atestada pelo Secretário Municipal.
Consta apenas na notas de empenho global (nº 1377) declaração, assinada por um servidor da
Prefeitura, de que os serviços foram prestados. Além disso, na emissão da notas fiscal não houve
discriminação dos serviços realizados nem foram anexados ao processo os boletins de medição.
Essa prática além de descumprir o contrato firmado fere o disposto pela Lei nº 4.320/64 em seus
artigos 62 e 63:

“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando


ordenado após sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do referido crédito
§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a
obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços
prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação de
serviços.

Dessa forma vê-se que antes da realização do pagamento é necessário que haja a comprovação de
que os serviços foram devidamente prestados, o que deveria ter sido feito mediante atestação do
Secretário Municipal, conforme rezava o contrato.

Evidências:
Cópia do contrato de prestação de serviços nº 083/2001; cópia da nota fiscal nº 064 de 07/06/01 e
cópias das notas de empenho e de pagamento.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

MINISTÉRIO DAS CIDADES

11º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

30/JUNHO/2004
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA – BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 19/07 a 23/07/2004 a
seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério das Cidades:

Melhoria das condições de habitabilidade

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização:

1 – Programa: Morar Melhor


Ação: Melhoria das condições de habitabilidade.
Objetivo da Ação de Governo: Melhoria das condições de habitabilidade.
Ordem de Serviço: 150262
Objeto Fiscalizado: Construção de 15(quinze) unidades habitacionais do Programa Morar Melhor
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia - BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 00121323-42
Montante de Recursos Financeiros: R$ 101.325,00
Extensão dos exames: A totalidade dos recursos.

1.1) Inexistência de projeto básico na licitação para construção de 15 (quinze) unidades


habitacionais

Fatos:
Na análise do processo licitatório, modalidade Convite nº 042/2001, de 30/04/2001, integrante dos
autos do Contrato de Repasse nº 693/2000, constatamos a ausência do projeto básico, que, de
acordo com o artigo 7º da Lei 8.666/93, deve preceder a execução das obras e serviços. As
propostas apresentadas pelas empresas foram elaboradas de forma global sem a devida
discriminação de todos os custos unitários, como previa o Edital da licitação em seu item 3.2.

Evidências:
Plano de Trabalho do Contrato de Repasse nº 00121323-42; Propostas das empresas para a
execução dos serviços; Edital da Carta Convite 038/2001; Relação dos serviços a serem executados,
elaborados pelo Secretário de Obras da Prefeitura.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
1.2) Divergências entre o que foi orçado e o efetivamente realizado na execução de obras

Fatos:
Constatamos divergências entre as especificações constantes no orçamento previsto para execução
das obras e, o que foi efetivamente realizado, conforme discriminado abaixo:

1. O item 4.1.4 do orçamento previa a colocação de 02 (dois) basculantes de madeira, medindo


0,40x0,60. - Os basculantes assentados foram de alumínio;
2. O item 11.1 do orçamento previa o assentamento de quadros de distribuição padrão telebrás e
luminárias fluorescente completa 2 x 20w. - Não foram assentados os quadros e nem instaladas
as luminárias. A importância correspondente a não realização desses itens totaliza o montante de
R$ 1.215,00.

Apesar disso, o Relatório de Acompanhamento - RAE Setor público, elaborado pela Caixa
Econômica Federal, em 29 de maio de 2003 informa em seu campo 3 “informações
complementares” que o projeto e as especificações foram obedecidas sem modificações. Não consta
no processo nenhuma justificativa para as mudanças apontadas.

Evidências:
Orçamento da obra, relatório de acompanhamento da Caixa Econômica Federal.

1.3) Realização de pagamentos em desacordo com o estabelecido no contrato de prestação de


serviços e com a Lei 4.320/64.

Fatos:
De acordo com o parágrafo 1º, da cláusula terceira, do contrato de prestação de serviços firmado
entre a Prefeitura Municipal de Teofilândia e a empresa Teofilândia Transportes Comércio e
Construção Ltda, o pagamento seria realizado após a realização dos serviços, após a atestação dos
serviços prestados pelo Secretário Municipal, no competente processo de pagamento. Porém, na
análise do referido processo, constatamos que a realização dos serviços não foi atestada pelo
Secretário Municipal. Consta apenas nas notas de empenho nºs 1571 e 1199 a declaração de que os
serviços foram prestados, assinada por um auxiliar administrativo da Prefeitura. Além disso, na
emissão das notas fiscais não houve discriminação dos serviços realizados nem foram anexados ao
processo os boletins de medição. Essa prática descumpre o disposto no art. 63 da Lei nº 4.320/64:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito


adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do referido crédito
...
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços
prestados terá por base:
...
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação de
serviços.

Evidências:
Notas fiscais nºs 1264 e 1290, emitidas pela empresa Teofilândia Transportes Comércio e
Construção Ltda, Contrato de Prestação de Serviços nº 375/2002, Notas de Empenho nºs 1199 e
1571/2003.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
1.4) Descumprimento do artigo 30 da Instrução Normativa nº 01/97

Fatos:
As notas fiscais emitidas pela empresa contratada para execução dos serviços não fazem referência
ao título e ao número do convênio.

Evidências:
Notas fiscais nºs 1264 e 1290, emitidas pela empresa Teofilândia Transportes Comércio e
Construção Ltda.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 4


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO
AGRÁRIO

11º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios


Públicos

30/JUNHO/2004
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA – BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 19 a 23/07/2004 as
seguintes ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Assistência Financeira a Projetos de Infra-estrutura e Serviços Municipais


Programa Nacional de fortalecimento da agricultura familiar.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como a apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização:

1 – Programa/Ação: Assistência Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais.


Objetivo da Ação de Governo: Apoio financeiro às prefeituras visando a implementação, a
modernização, a ampliação, a racionalização e realocação da infra-estrutura necessária ao
desenvolvimento da agricultura familiar no município.
Ordem de Serviço: 149467.
Objeto Fiscalizado: Acompanhamento e execução de Contrato de Repasse conforme a legislação e
o Plano de Trabalho.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia – BA.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 2648.0107120-06/2000-
PRONAF
Montante de Recursos Financeiros: R$ 154.077,12
Extensão dos exames: Exercício de 2000 a julho de 2004.

1.1) Utilização de equipamento agrícola em localidade diversa da prevista no plano de trabalho

Fatos:
O objeto constante do item 07, do Plano de Trabalho (01 roçadeira costal motorizada), não foi
encontrada na sede da associação rural do povoado de Maria Preta-I, como seria de destino, nem em
poder de algum de seus associados. Após questionada sobre o assunto, a prefeitura apresentou a

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
referida roçadeira que se encontrava em cima de outro implemento agrícola (carreta), ambos na
garagem de seu setor de transportes, caracterizando assim, desvios quanto sua a real utilização.

Evidências:
Análise dos documentos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos. Visita ao local de execução do objeto.
Entrevistas realizadas com integrantes da associação beneficiária, com dirigentes do CMDR -
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e populares.

1.2) Cessão de equipamento agrícola sem lastro contratual

Fatos:
Ausência de contrato de comodato para cessão de equipamento agrícola, consistente numa roçadeira
costal motorizada, a ser celebrado pela administração municipal, bem como de termo de entrega
para sua utilização, evidenciando descumprimento do item 7 – Metodologia de Execução, do Plano
de Trabalho.

Evidencias:
Análise dos documentos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos. Visita ao local de destino do objeto.
Entrevistas realizadas com integrantes da associação beneficiária, com dirigentes do CMDR -
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e com populares.

1.3) Construção de barragens e armazéns comunitários em áreas de propriedade desconhecida

Fatos:
Inexistência de comprovação de propriedade ou de domínio público das áreas onde foram
construídos as barragens e os armazéns comunitários previstos no Plano de Trabalho. Nenhuma
cópia de documento de posse, escritura ou título de propriedade consta dos autos que integra o
Contrato de Repasse.
Questionada a respeito, a Prefeitura não apresentou nenhuma informação ou documento
comprobatório da regularidade das construções.

Evidências:
Análise dos documentos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos. Visitas aos locais de execução das
obras, entrevistas com dirigentes do CMDR - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural,
representantes comunitários e populares.

1.4) Desvio de finalidade na utilização de equipamento agrícola

Fatos:
Utilização de equipamento agrícola (trator) adquirido com recursos federais, conforme Contrato de
Repasse nº 2648.0107120-06/2000-PRONAF, em finalidade diversa da prevista no plano de
trabalho. De acordo com Representação encaminhada por cidadãos à Promotoria Pública da Justiça
contra a Prefeitura Municipal de Teofilândia, o referido trator é utilizado em pequenos serviços de
interesse da Prefeitura, na sede do município, a exemplo de coleta do lixo e transporte de água,
desrespeitando a comissão gerenciadora e prejudicando a comunidade rural. É inexpressiva a
participação do Grupo Gestor indicado pelo CMDR - Conselho Municipal de Desenvolvimento
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Rural, bem como o de qualquer outra agremiação ruralista, quando das decisões que definem e
traçam o destino e a utilização daquele equipamento.

Evidências:
Análise dos documentos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos, entrevistas com dirigentes de
associações e do CMDR - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.

2 – Programa: Programa Nacional de fortalecimento da agricultura familiar.


Ação: Assistência Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais.
Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção
competitiva nos mercados de produtos e fatores.
Ordem de Serviço: Nº. 149471.
Objeto Fiscalizado: Acompanhamento e execução de Contrato de Repasse conforme a legislação e
o Plano de Trabalho.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia – BA.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 2648.0124779-16/2001-
PRONAF
Montante de Recursos Financeiros: R$ 151.500,00
Extensão dos exames: Exercício de 2001 a julho de 2004.

2.1) Irregularidade nos processos licitatórios para execução de obras e serviços

Fatos:
Ausência de projetos básico e executivo para execução de obras e serviços nos Convites nºs
026/2002 e 030/2002, processos licitatórios que compõem o Contrato de Repasse nº 0124779/16-
01, contrariando disposições do artigo 7º da Lei Federal nº 8.666/93 que prevê a sua obrigatoriedade
para contratações dessa natureza. A referida lei determina ainda em seu artigo 7º, & 2º, inciso II,
que as obras e serviços só poderão ser licitados quando existir orçamento detalhado em planilhas
que expressem a composição de todos os seus custos unitários.

A inexistência de informações fundamentais como a discriminação e especificações de materiais e


serviços a serem empregados nas obras, constitui uma irregularidade na condução dos
procedimentos licitatórios, dificultando a análise de custos e impossibilitando a aferição dos preços
praticados pela empresas proponentes.

Evidências:
Plano de trabalho do Contrato de Repasse nº 0124779/16-01; propostas das empresas para a
execução dos serviços; Cartas Convites nºs.026/2002 e 030/2002; relação dos serviços a serem
executados, assinada pelo Presidente da Comissão Permanente de Licitação.

2.2) Ausência de identificação do Contrato de Repasse em Notas Fiscais

Fatos:
Falta de referência ao título e ao número do convênio firmado nas notas fiscais emitidas pelas
empresas contratadas, conforme relação abaixo, contrariando determinação da Instrução Normativa
nº 01/97 da STN.

Evidências:
Notas fiscais nºs 1243, 1278 e 1295 da Teofilândia Transportes Comércio e Construção Ltda,
0011716, 012858 e 014830 da TRAVALE – Tratores, Implementos e Peças Ltda, 0107 da Eman
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Material de Construção de Teofilândia Ltda e 475 e 476 da Assistência Técnica de Motores
Industriais Porto Ltda..

2.3) Construção de casas de farinha em áreas de propriedade desconhecida

Fatos:
Inexistência de comprovação de propriedade, de domínio público ou de que pertençam a alguma
agremiação ruralista as áreas onde foram construídas as casas de farinha, beneficiárias dos bens e
equipamentos adquiridos com recursos federais. Questionada a respeito, a Prefeitura não apresentou
nenhuma cópia de documento de posse, escritura ou título de propriedade comprovando a
regularidade das construções.

Evidências:
Análise dos autos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e o
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos. Visitas aos locais de execução dos
objetos, entrevistas realizadas com dirigentes de associações, do CMDR - Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural e populares.

2.4) Cessão de equipamentos agro-industriais sem lastro contratual

Fatos:
Ausência de contrato de comodato a ser celebrado pela administração municipal, autorizando o
repasse às associações locais dos equipamentos para a agroindústria de mandioca e para a
montagem das casas de farinha, evidenciando descumprimento do item 7 – Metodologia de
Execução, do Plano de Trabalho.

Evidências:
Análise dos documentos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos. Visita aos locais de execução e/ou
destino dos objetos. Entrevistas realizadas com integrantes das associações beneficiárias, com
dirigentes do CMDR - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e com populares.

2.5) Desvio de finalidade na utilização de equipamento agrícola

Fatos:
Utilização de equipamento agrícola (trator) adquirido com recursos federais, conforme Contrato de
Repasse nº 2648.0124779-16/2001-PRONAF, em finalidade diversa da prevista no plano de
trabalho, desrespeitando a comissão gerenciadora e prejudicando os agricultores da região. De
acordo com Representação encaminhada por cidadãos à Promotoria Pública da Justiça contra a
Prefeitura Municipal de Teofilândia, o referido trator é utilizado em pequenos serviços de interesse
da Prefeitura, na sede do município, a exemplo de coleta do lixo e transporte de água, É
inexpressiva a participação do Grupo Gestor indicado pelo CMDR - Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural, bem como o de qualquer outra agremiação ruralista, quando das decisões
que definem e traçam o destino e a utilização daquele equipamento.

As fotos abaixo evidenciam a utilização do trator para coleta de lixo na cidade, prestando serviços a
empresas contratadas pelo município para calçamento de vias públicas, transportando
paralelepípedos, água, areia etc, além de outros serviços gerais, contrários aos interesses da
comunidade rural.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 4


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Evidências:
Análise dos autos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação das ações de campo e do
atingimento das metas previstas e dos objetivos pretendidos, entrevistas com dirigentes de
associações e do CMDR-Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.

2.6) Sub-utilização do Centro de Treinamento Comunitário

Fatos:
Falta de utilização do Centro de Treinamento Comunitário pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural e/ou por qualquer outra associação municipal de natureza rural ou agrícola,
não havendo registro, até a presente data, de nenhuma reunião realizada.

A prefeitura detém as chaves do imóvel, permanecendo como responsável pela manutenção e


conservação do patrimônio. Entretanto, a verificação “ïn loco” do imóvel constatou o
comprometimento de sua parte interna, sendo identificados roubos de portas, luminárias, fios
elétricos e louça sanitárias, evidências de descaso com o patrimônio público.

Evidências:
Análise dos autos que compõem o Contrato de Repasse. Avaliação do atingimento das metas
previstas e dos objetivos pretendidos. Visita ao local de execução do objeto. Entrevistas realizadas
com representantes da prefeitura local, dirigentes de associações e do CMDR - Conselho Municipal
de Desenvolvimento Rural.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 5


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA/BA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL E COMBATE À FOME

11º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

30/JUNHO/2004
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas, no período de 19 a 23/7/2004, as
seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome:

Atendimento à criança e ao adolescente em Jornada Escolar Ampliada –


PETI
Transferência de Renda com Condicionalidades – BOLSA ESCOLA
Transferência de Renda com Condicionalidades – BOLSA FAMÍLIA
Atendimento a Pessoa Portadora de Deficiência
Atendimento à crianca em creche e outras alternativas comunitárias

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização:

1 – Programa: Erradicação do Trabalho Infantil


Ação: Atendimento à criança e ao adolescente em Jornada Escolar Ampliada
Objetivo da Ação de Governo: Eliminar o trabalho infantil por meio da oferta de atividades
culturais, esportivas e de lazer, desenvolvidas nos locais de Jornada Escolar Ampliada, no horário
complementar ao da escola.
Ordem de Serviço: 148024
Objeto Fiscalizado: Famílias beneficiadas.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura
Montante de Recursos Financeiros: R$847.535,00
Extensão dos exames: 2003

1.1) Indícios de simulação de licitações e fracionamento de despesas, no montante de


R$290.941,43, em benefício de membros de uma mesma família.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Fato(s):
Indícios de simulação e fracionamento de despesas nas licitações para fornecimento de gêneros
alimentícios de materiais de limpeza no exercício de 2003.

Todos os processos licitatórios foram realizados na modalidade Convite e direcionados para os


mesmos fornecedores, consubstanciando fortes indícios de simulação licitatória. Relacionamos,
abaixo, os valores adjudicados a cada um desses licitantes no exercício financeiro analisado.

Licitantes Valor (R$)


Distribuidora Queiroz 160.323,28
Comercial de Estivas Romão 37.249,24
Paulo de Jesus de Teofilândia 49.125,00
Ana Valda Sales dos Santos 32.056,28
R & C Bomboniere 12.187,63
TOTAL 290.941,43

A análise do quadro societário das referidas empresas evidencia relações de parentesco entre as
empresas Distribuidora Queiroz, Comercial de Estivas Romão e R&C Bomboniere. Abaixo
estabeleceremos as relações de parentesco dos licitantes entre si e com o Funcionário da Prefeitura:

1) Distribuidora Queiroz Ltda: vencedora de todas as licitações, nos exercícios de 2002 e 2003, no
âmbito do PNAE e de boa parte das do FUNDEF e PETI. Pertence ao Sr. Romildo Pinheiro
Queiroz, irmão do Tesoureiro da Prefeitura (Delmar Pinheiro Queiroz) e do sócio da Comercial
de Estivas Romão (José Robson Pinheiro Queiroz).
2) Comercial de Estivas Romão: vencedora de todas as licitações na modalidade Convite com
recursos do PNAE no exercício de 2004 e de boa parte dos Convites com recursos do FUNDEF
e do PETI. A empresa pertence a José Robson Pinheiro Queiroz, irmão de José Romildo
Pinheiro Queiroz (sócio da Distribuidora Queiroz) e de Delmar Pinheiro Queiroz (Funcionário
Municipal).
3) A empresa individual Paulo de Jesus de Teofilândia encontra-se desativada.
4) A R&C Bomboniere possuía como sócio o Sr. Robson Andrade de Queiroz, parente do
proprietário da Distribuidora Queiroz, o qual foi substituído na sociedade por sua esposa Ana
Carina Pinheiro Araújo.

O fracionamento de despesas visando limitar a competitividade ficou caracterizado pela utilização,


durante todo o exercício, da modalidade Convite (limite máximo R$80.000,00), quando pelo
volume de recursos seria obrigatória a utilização de Tomada de Preços ou Concorrência, o que
exigiria maior publicidade e permitiria a participação de outras empresas do ramo.

Os sócios da Distribuidora Queiroz e da Comercial de Estivas Romão, são parentes entre si. A
licitação na modalidade Convite não estava sendo estendida a outros possíveis fornecedores da
região.

Evidências:
Análise de processos licitatórios, documentação comprobatória do PETI, entrevistas.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO N.º 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

11º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios


Públicos

30/JUNHO/2004
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO N.º 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 19 a 23 de julho de
2004, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Saúde:

Atendimento assistencial básico referente à parte fixa do Piso de Atenção


Básica - PAB, nos municípios em gestão plena da atenção básica;

Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de


Atenção Básica - PAB, para o Programa de Agentes Comunitários de
Saúde;

Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de


Atenção Básica - PAB, para assistência farmacêutica básica - Farmácia
Básica;

Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de


Atenção Básica - PAB, para ações de prevenção e controle das doenças
transmissíveis – ECD;
Sistema Único de Saúde - SUS

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização

1 - Programa: PAB – FIXO.


Ação: ATENDIMENTO ASSISTENCIAL BÁSICO NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.
Objetivo da Ação de Governo: Ampliar o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por
meio da transferência de recursos federais, com base em um valor per capita, para a prestação da
assistência básica, de caráter individual ou coletivo, para a prevenção de agravos, tratamento e
reabilitação, levando em consideração as disparidades regionais.
Ordem de Serviço: OS n º 148136
Objeto Fiscalizado: Execução de ações e serviços de atenção básica à saúde.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência Fundo a Fundo.
Montante dos Recursos Financeiros: R$607.587,84
Extensão dos Exames: Período de janeiro a dezembro de 2003 e janeiro a maio de 2004.

1.1) Utilização de notas fiscais falsas no valor de R$28.256,50, para simular a aquisição de produtos
de limpeza.

Fato:
Para comprovação de despesas realizadas com recursos da União repassados ao Fundo Municipal
de Saúde, relativas à suposta aquisição de produtos de limpeza para manutenção do centro de saúde
e da maternidade municipal, a Secretaria Municipal de Saúde apresentou as notas fiscais abaixo
relacionadas, emitidas pela empresa COMCIN-Comércio Indústria e Representações Ltda., CNPJ
nº13.840.558/0001-08:

NF n.º Data Valor R$


0219 09.03.03 1.150,00
* 02.04.03 1.350,00
* 13.05.03 1.300,00
* 17.07.03 1.510,00
0255 19.07.03 2.460,00
* 15.08.03 2.913,00
* 17.09.03 1.373,50
0261 16.10.03 3.300,00
0262 18.11.03 3.300,00
0268 23.03.04 4.800,00
0275 08.06.04 4.800,00
Total 28.256,50
*relação de pagamento.

A equipe de fiscalização visitou a empresa COMCIN, situada no endereço Rua Eurico Temporal,
180, Valéria, Salvador-BA, porém a mesma não foi localizada, segundo informações de moradores
vizinhos do referido endereço a empresa funcionou por um curto período, fechando suas portas no
início de 2003. Informou ainda que o ramo de atividade da empresa era venda de Bomboniere.

Em consultas realizadas junto à Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, constatou-se que a


empresa COMCIN foi cancelada desde 04.06.2003, evidenciando-se a emissão de notas fiscais após
o encerramento de suas atividades, conforme descrito no quadro acima.

Questionado quanto a absoluta inexistência de registros de controle de entrada e saída dos produtos
de limpeza no almoxarifado da Secretaria de Saúde, o Secretário Municipal de Saúde informou
formalmente que os materiais de limpeza foram fornecidos pelas empresas KELMOS Indústria e
Comércio de Produtos de Limpeza, CNPJ º 32609125/0001-00 e CARÍ Indústria Comércio e
Representações Ltda., CNPJ n.º 0227664/0001-68.Evidenciando-se, portanto, a emissão de notas
ficais sem a efetiva entrega dos produtos.

Evidência(s):
Processos de pagamento, relação de pagamento, extratos bancários, notas fiscais e visita aos
endereços das empresas.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
1.2) Superfaturamento de até 1.333% nas supostas aquisições de material de limpeza.

Fato:
Os produtos de limpeza supostamente adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde da empresa
COMCIN para manutenção do centro de saúde e da maternidade municipal estão superfaturados,
conforme orçamento realizado junto às empresas Trocol Comércio de Produtos Químicos, CLORO
– Comércio de Aromas e Essências Ltda. e Comercial Limo, em 10.08.04, apresentado no quadro
abaixo:

Produtos UN Quant. COMCIN Orçamento


NF Data R$/Lt Data R$ Diferenç
a%
Sabão p/ tecido Lt 200 0275 08.06.04 6,00 10.08.04 1,20 5.00%
Detergente Neutro Lt 200 0275 08.06.04 6,00 10.08.04 0,60 1000%
Desinfetante Concentrado Lt 200 0275 08.06.04 6,00 10.08.04 0,45 1.333%
Amaciante de Roupas Lt 200 0275 08.06.04 6,00 10.08.04 0,60 1.000%

Evidências:
Orçamento realizado junto a três empresas no município de Salvador.

1.3) Utilização de notas fiscais falsas/clonadas, no valor de R$10.716,00 para comprovação de


suposta compra de produtos de limpeza.

Fato:
Para comprovação de despesas realizadas com recursos do Fundo Municipal de Saúde, relativas à
suposta aquisição de produtos de limpeza para manutenção do Centro de Saúde, a Secretaria
Municipal de Saúde apresentou as notas fiscais abaixo relacionadas da Empresa CARÍ –Indústria
comércio e Representação de Comp. Plásticos Ltda.:

NF n.º Data Valor R$


0264 11.12.03 3.096,00
0278 15.05.04 4.800,00
* 09.01.04 2.820,00
Total 10.716,00
*relação de pagamento.

Em resposta à circularização de fiscalização o sócio/proprietária da empresa CARÍ – Indústria


Comércio e Representação de Comp. Plásticos Ltda. declara formalmente que as referidas notas não
são de sua empresa e que nunca emitiu nota em nome da Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Disponibiliza ainda, cópia da nota fiscal da sua empresa a qual é totalmente distinta das notas acima
mencionadas, destacando-se divergências de layout, data limite para emissão, número de série,
gráfica e AIDF.

Há fortes indícios de que as notas fiscais da empresa CARÍ- Indústria Comércio e Representação de
Comp. Plásticos Ltda., e da empresa COMCIN-Comércio Indústria e Representações Ltda., foram
preenchidas pela mesma pessoa.

Evidências:
Processos de pagamento, notas fiscais, declaração do proprietário da empresa e relação de
pagamento.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
1.4) Cobranças indevidas de Tarifas Bancárias.

Fato(s):
O Município vem pagando tarifas bancárias no valor total de R$1.363,50 (Um mil, trezentos e
sessenta e três reais e cinqüenta centavos), contrariando o Decreto N.º 93.872 de 23 de dezembro de
1986, artigo 60, §5º e Instrução Normativa – IN N.º 01 de 15.01.1997, artigo 8º, inciso VII da
Secretaria do Tesouro Nacional.

Evidência:
Extratos Bancários - conta 58.042-2 PAB;
Listagem de processos pagos - 2003/2004.

1.5) Pagamentos indevidos de salários com recursos do PAB para servidores lotados na
Maternidade Dalva Araújo.

Fato(s):
Constatado pagamentos indevidos de salários com recurso do PAB no valor total de R$21.059,07
(Vinte e um mil, cinqüenta e nove reais e sete centavos, contrariando a PT/GM/MS N.º 3.925 de 13
de novembro de 1998. Os servidores lotados na Maternidade, não exercem suas funções na atenção
básica.

Demonstrativo das despesas indevidas com pagamento de salários:


Identificação Data pagamento Valor R$

Processo n.º 046 21.01.04 80,88


Processo n.º 045 21.01.04 4.337,35
Processo n.º 108 17.02.04 904,00
Processo n.º 111 17.02.04 80,88
Processo n.º 109 17.02.04 13,48
Processo n.º 110 17.02.04 6.637,34
Processo n.º 274 15.04.04 107,84
Processo n.º 282 15.04.04 1.347,13
Processo n.º 283 15.04.04 13,48
Processo n.º 368 17.05.04 903,80
Processo n.º 369 17.05.04 20,00
Processo n.º 370 17.05.04 6.614,63
Processo n.º 371 17.05.04 160,00
Total 21.059,07

Evidência:
Extratos Bancários - conta PAB, relação de funcionários lotados na Secretaria de Saúde exercendo
suas funções na Maternidade e listagem de Processos Pagos (análise por amostragem dos meses de
janeiro/fevereiro/abril e maio/2004).

1.6) Utilização de recursos do PAB em aquisição de gêneros alimentícios e material de limpeza para
a Maternidade.

Fato(s):
O Município vem adquirindo gêneros alimentícios e material de limpeza para manutenção da
Maternidade e Centro de Saúde, contrariando a PT/GM/MS N.º 3.925 de 13 de novembro de 1998
que determina a utilização dos recursos somente para as Unidades cujas ações sejam básicas.
Impossibilidade da identificação dos valores referentes aos itens adquiridos com recursos do PAB
para o Centro de Saúde, devido à aquisição conjunta para as duas unidades nas mesmas notas
fiscais.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 4


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Evidência:
Notas Fiscais, listagem de Processos Pagos - período janeiro a dezembro/2003 e janeiro a
maio/2004.

1.7) Despesas indevidas com recursos do PAB para pagamento à Sociedade Civil Bem Estar
Familiar no Brasil- BEMFAM.

Fato(s):
Foram constatados pagamentos no valor de R$1.369,00 (Um mil, trezentos e sessenta e nove reais)
para Bemfam, conforme demonstrativo, tal procedimento contrariando o que determina a Portaria
Nº3.925 de 13.11.1998.

Demonstrativo das despesas indevidas


Identificação Data de Valor R$
pagamento
Processo n.º 010 13.01.04 659,00
Processo n.º 341 11.05.04 710,00
Total 1.369,00

Evidência:
Extratos Bancários – conta PAB e listagem de Processos Pagos – período 2004

1.8) Ausência de reuniões mensais por parte do Conselho Municipal de Saúde-CMS.

Fato(s):

Apesar de verificarmos a constituição legal do CMS, constatamos que a entidade não cumpre com
as suas atribuições normativas, definidas pelas leis federais n.º 8.142/90, de 28/12/1990, n.º 8.080,
de 19/09/1990, pelas “Recomendações para a constituição de Conselhos Estaduais e Municipais de
Saúde” através da Resolução n.º 33, de 23/12/1992, do Ministério da Saúde e pela Lei Municipal n.º
951/2001, datada de 18/10/2001, quais sejam:

- não está atuando na formulação e no controle da execução da política de saúde;


- não fiscaliza nem acompanha o desenvolvimento das ações e serviços de saúde;
- não fiscaliza a movimentação dos recursos repassados para a Atenção Básica de Saúde;
- não está promovendo atividades inerentes à função fiscalizadora.

Em síntese, pudemos verificar que o Conselho, mesmo sendo representado de forma paritária,
conforme a legislação aplicável, não tem atuação de fato, visto que não há regularidades nas
reuniões. Verificou-se ainda, que a maioria de seus membros sequer tem conhecimento de suas
atribuições, não recebendo, inclusive, nenhuma capacitação nesse período.

Evidência:
Livro de Atas do Conselho Municipal de Saúde.

1.9) Ausência da prestação de contas trimestrais ao Conselho Municipal de Saúde – CMS.

Fato(s):
Registrado em atas do CMS a cobrança por parte de conselheiros da prestação de contas pelo gestor
municipal, porém não foram atendidos, o que contraria o Art. 12 da Lei N.º 8.689 de 27 de julho de
1993.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 5
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Evidência:
Livro de Atas do Conselho Municipal de Saúde

1.10) Relatório de Gestão Anual do último exercício não disponibilizado.

Fato(s):
O Relatório de Gestão, referente ao exercício de 2003, não foi disponibilizado para a equipe. A
diretora da unidade entregou cópia de ofício encaminhado a Secretária Municipal de Saúde da
época, solicitando os respectivos relatórios, porém não houve resposta. Esta situação está em
desacordo com o que determina o Art. 33 da Lei n.º. 8.080 de 19 de setembro de 1990 e Art.4º item
IV da Lei n.º. 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Portanto, não foi encontrado o registro, em ata, da
aprovação do relatório referenciado pelo CMS.

Evidência:
Ofício 08/04 da Secretaria Municipal de Saúde. Verificação no Livro de Atas do CMS de
Teofilândia.

1.11) Baixa cobertura de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas e ausência de
atendimento odontológico.

Fato(s):
Número insuficiente de profissionais médicos para atendimento a consultas básicas, formando filas
diariamente e número insuficiente de consultas para atendimento da demanda.
Consultas por habitante ano 2003 - Pactuado 1,2 e Alcançado 0,41;
Cobertura de primeira consulta odontológica – Pactuado 35 e Alcançado 0;
Razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 anos – Pactuado 3 e
Alcançado 0.

Evidência:
Distribuição dos Indicadores por Meta e Resultados 2003 SISPACTO/MS.
Queixa em reunião com os Agentes Comunitários de Saúde que encaminham pacientes para
consultas e não são atendidos.

2 - Programa: AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE.


Ação: Incentivo Financeiro A Municípios Habilitados À Parte Variável do Piso de Atenção Básica
– PAB O Programa de Agentes Comunitários de Saúde - Nacional.
Objetivo da Ação de Governo: Estimular a implantação de Agentes Comunitários de Saúde, no
âmbito municipal, visando a reorientação das práticas assistenciais básicas, com ênfase nas ações de
prevenção de doenças e promoção da saúde.
Ordem de Serviço: OS n º 149258.
Objeto Fiscalizado: Recursos destinados para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde -
PACS.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à prefeitura (Fundo a Fundo).
Montante dos Recursos: R$120.153,60
Extensão dos Exames: Visitas às famílias beneficiadas pelo Programa de Agentes Comunitários de
Saúde.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 6


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
2.1) Resultado do levantamento do atendimento às famílias do Programa de Agentes Comunitários
de Saúde – PACS.

Fato(s):
Das 21 visitas domiciliares às famílias beneficiadas pelo Programa de Agentes Comunitários de
Saúde verificamos que:

- 14 % das famílias entrevistadas (03 famílias) informaram que receberam visita do


Agente Comunitário de Saúde há mais de um mês; 9,5% (02 famílias) informaram que
raramente recebem visita do ACS, 9,5% (02 famílias) informaram que nunca foram
visitados pelos ACS e 5% (01 família) não lembravam;
- 38 % das famílias entrevistadas (08 famílias) não conhecem os ACS pelo nome;
- 62 % (13 famílias) não sabem informar se o Centro de Saúde realiza atendimento em
grupo para orientar cuidados de saúde aos usuários, enquanto que, 5 % das famílias
entrevistadas (01 famílias) informaram não ter conhecimento sobre o assunto;

Evidência:
Entrevistas realizadas com as famílias residentes no município de Teofilândia (zona urbana e rural),
visto que a cobertura do programa é de 100%.

2.2) Número de Agentes Comunitários de Saúde não corresponde ao cadastro do CNES/MS.

Fatos:
O município possui 50 Agentes Comunitários de Saúde – ACS com 100% de cobertura das famílias
residentes, porém no cadastro do CNES/MS constam 28 ACS, na relação da SMS foram
encontrados 48 ACS.

Evidência:
Reunião com os Agentes Comunitários de Saúde, Registros do SIAB e CNES/MS, Relação de
profissionais lotados na SMS.

2.3) Enfermeiras Supervisoras do PACS com carga horária inferior ao preconizado.

Fato(s):
Foi constatado que as enfermeiras supervisoras do PACS não estavam dando carga horária integral.
No cadastro do CNES consta uma com 30 horas e outra com 36 horas, na relação de profissionais
lotados na SMS 30 horas, e realizando outras funções neste período, como: atendimento de pré-
natal, Diabéticos e Hipertensos, com prejuízo para o programa e em desacordo com o anexo I da
Portaria GM/MS n.º 1.886 de 18 de dezembro de 1997.

Em entrevistas com os ACS 50% responderam que o treinamento recebido é insuficiente para o
desempenho de suas funções.

Evidência:
Verificado pela equipe no momento da visita, cadastro do CNES/MS e relação de profissionais
lotados na Secretaria Municipal de Saúde e entrevistas com os ACS.

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
3 - Programa: FARMÁCIA BÁSICA.
Ação: Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica –
PAB para Assistência Farmacêutica Básica no Estado da Bahia.
Objetivo da Ação de Governo: Ampliação do acesso aos medicamentos e à assistência
farmacêutica.
Ordem de Serviço: OS n º 148233.
Objeto Fiscalizado: Compra de medicamentos da Farmácia Básica e serviço de distribuição.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia
Qualificação do Instrumento de Transferência: Termo de Parceria entre os Governos Federal,
Estadual e Municipal.
Montante dos Recursos Financeiros: R$18.544,25
Extensão dos Exames: Quantitativo de medicamentos da Farmácia Básica, adquiridos e
distribuídos pelo Município, no ano de 2003.

3.1) Utilização de notas fiscais falsas/clonadas para comprovação de suposta compra de


medicamentos.

Fato:
Para comprovação de despesas realizadas com recursos do Fundo Municipal de Saúde, relativas à
suposta aquisição de medicamentos para a Farmácia Básica, a Secretaria Municipal de Saúde
apresentou a nota fiscal de n.º 012, de 01.09.03, no valor de R$7.584,85, constante no processo de
n.º 366, de 01.09.03, da Farmácia Santa Mônica, supostamente situada à Av. Antônio Carlos
Magalhães, 266-A, Centro, Município de Serrinha, CEP 48.700-000.

Objetivando aferir a fidedignidade da referida nota, a equipe de fiscalização visitou o endereço


aposto na nota, no local foi encontrada uma loja. A filha da proprietária informou que residia
naquele local há 28 anos e ali nunca funcionou farmácia e que havia alugado aquele imóvel no
exercício de 2003, por um período aproximadamente de dois meses para um Senhor do município
de Araci/Ba.

A equipe de fiscalização deslocou-se até o município de Araci/BA com o objetivo de localizar o Sr.
Pedro Santana de Carvalho. Comerciantes locais informaram que o Sr. Pedro é conhecido na cidade
por vender notas frias a prefeitos e ser protagonista de diversas ocorrências que lhe renderam os
seguintes inquéritos policiais e processos criminais levantados junto à Delegacia Circunscricional
de Polícia da Cidade de Araci/BA e ao Cartório dos Feitos Criminais da mesma comarca:
- Queixa n.º 208/2003, datada de 18 de agosto de 2003. Síntese da queixa – trechos retirados do
livro n.º 033/2002, verso da fl. 162: “.....Queixou-se contra PEDRO SANTANA DE CARVALHO,
brasileiro...., pelo fato do mesmo abrir firma em nome da queixosa que convivia com o mesmo,
sendo que posteriormente a queixosa descobriu que a firma era falsa; QUE o estabelecimento
continha a seguinte denominação: FARMÁCIA SANTA MÔNICA – Inscrição Estadual 59.411.848
ME, CNPJ – 05.604.155/0001-50, Av. Antônio Carlos Magalhães, 226-A, Centro, Serrinha-BA,
dados constantes no Talão de Notas fiscais de números 001 a 050, que estavam com a queixosa;
QUE além do referido talão de Notas Fiscais o queixado falsificou a assinatura da queixosa em uma
via de cheque n.º 850067....".

Evidência:
Processos de pagamentos, relação de pagamento, notas fiscais e visita in loco.

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
3.2) Medicamentos enviados pela SES à SMS , inferior ao pactuado:

Fato(s):

Data Número da nota de fornecimento Valor


de material (R$)
24.02.03 2003001514 2.484,91
24.02.03 2003001515 619,20
03.09.03 2003006215 2.373,73
Total 5.477,84

A contra partida estadual foi de R$5.477,84 (cinco mil, quatrocentos e setenta e sete reais e oitenta e
quatro centavos)/ano, portanto inferior ao valor pactuado no Termo de Adesão ao Plano Estadual de
Assistência Farmacêutica Básica que corresponde a R$ 0,50 (cinqüenta centavos) por habitante ano.
De acordo dados – DATASUS/população IBGE com 18.825 habitantes, o valor correspondente é de
R$9.412,50 (nove mil quatrocentos e doze reais e cinqüenta centavos).

Evidência:
Notas de Fornecimento de Material – NFM da Central Farmacêutica da Bahia – CEFARBA, Termo
de Adesão ao Plano Estadual de Assistência Farmacêutica Básica.

3.3) Falta de medicamentos básicos aos usuários do SUS.

Fato(s):
Em entrevista feita com 15 usuários do SUS na Farmácia Básica, 12 informaram faltar
medicamentos como: Captopril, Diclofenaco de Sódio, Sulfato Ferroso, outros não lembravam o
nome do medicamento. Apenas 20 % dos pacientes entrevistados estão recebendo os medicamentos
básicos receitados.

No dia da visita (19.07.04) estavam em falta na Farmácia Básica os seguintes medicamentos: AAS
500mg, Acido Fólico 5 mg, Amoxacilina 250 mg, Ampicilina 500 mg comp., Penicilina Benzatina
1.200.000ui, e de 600.000ui, Benzoato de Benzila, Carbamazepina 200 mg, Cefalexina 500 mg,
Cefalexina 500 mg susp, Clorpromazina100 mg, Dexclorfeniramina sol. oral, Diclofenaco de Sódio
50 mg, Dipirona sol. oral 500mg, Eritromocina susp. 250 mg, Fenobarbital 100 mg, Haloperidol 5
mg, Hioscina 10 mg comp, Mebendazol susp. oral 20 mg, Metildopa 500 mg, Metaclopramida 10
mg comp, Metronidazol 250 mg comp, Metronidazol gel 500 mg, Metronidazol susp. oral, Nistatina
susp. oral, Prednisona 20 mg. comp, Prednisona 5 mg. comp, Prometazina 25mg. comp,
Sulfametoxazol + Trimetoprima susp. oral, Sulfato ferroso 40 mg.
A falta de medicamentos básicos está em desacordo com o item 5.4 letra i) da PT/GM/MS N.º 3.916
de 30 de outubro de 1998.

Evidência:
Entrevista aos usuários do SUS na Farmácia Básica, verificação “in loco” do estoque de
medicamentos.

3.4) Ausência de controle de estoque.

Fato(s):
Ausência efetiva de controle, sem registro de entradas e saídas de medicamentos na Farmácia
Básica.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 9


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Evidência:
Constatado pela equipe na visita e declarado pela farmacêutica responsável.

3.5)Armazenagem inadequada dos medicamentos

Fato(s):
Acondicionamento inadequado dos medicamentos: em contato com as paredes e com o chão, e
ausência de controle de temperatura ambiente para adequada conservação dos medicamentos,
contrariando o item 5.4 letra l e m) da PT/GM/MS N.º 3.916 de 30 de outubro de 1998.

Evidência:
Verificação pela equipe durante a visita “in loco”.

3.6) Falta de Alvará de Licença de funcionamento

Fato(s):
Ausência de Alvará de licença para funcionamento da Farmácia Básica, fornecido pela vigilância
Sanitária, como preconiza o item 5 Das Condições Gerais subitem 5.1. A da Resolução/ANVISA n
º 328, de 22 de julho de1999.

Evidência:
Verificação “in loco” pela equipe.

3.7) Ausência de livro de controle de Psicotrópicos com termo de abertura pela Vigilância Sanitária.

Fato(s):
Ausência de livro de controle de Psicotrópicos com termo de abertura pela Vigilância Sanitária em
conformidade com o Art. 63, parágrafo 2º da PT/SVS/MS N.º 344 de 12 de maio de 1998.

Evidência:
Verificação “in loco” pela equipe

4 - Programa: DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES.


Ação: VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
VETORES E ZOONOSES.
Objetivo da Ação de Governo: Realizar análises epidemiológicas de cada agravo com
identificação de fatores determinantes para proposição e viabilização da execução de medidas
visando a redução/controle ou eliminação dos agravos.
Ordem de Serviço: OS n º 147883.
Objeto Fiscalizado: Execução das ações de combate à dengue no município.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura (Fundo a Fundo).
Montante dos Recursos Financeiros: R$83.560,25.
Extensão dos Exames: Analisado o total de recursos repassados à Prefeitura Municipal, nos meses
de janeiro a dezeembro/2003 e janeiro a maio/2004.

4.1) Cobranças indevidas de Tarifas Bancárias

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 10


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Fato(s):
O Município pagou indevidamente Tarifas Bancárias no valor total de R$481,50 (Quatrocentos e
oitenta e um reais e cinqüenta centavos), contrariando o Decreto N.º 93.872 de 23 de dezembro de
1986, artigo 60, §5º e Instrução Normativa – IN N.º 01 de 15.01.1997, artigo 8º, inciso VII da
Secretaria do Tesouro Nacional.

Evidência:
Extratos bancários e listagem de processos pagos;

4.2) Condições Insatisfatórias de armazenagem do estoque dos inseticidas/larvicidas.

Fato(s):
Larvicidas acondicionados em local sem aeração, no mesmo ambiente onde são armazenados os
demais mateiras de limpeza, impressos e uniformes.

Evidência:
Verificado no momento da visita “in loco” pela equipe.

5 - Programa: Sistema Único de Saúde – SUS.


Ação: Atenção à saúde da população
Objetivo da Ação de Governo: Elevar o padrão de qualidade e eficiência do atendimento prestado
à população por meio da modernização gerencial, física e tecnológica do Sistema Único de Saúde –
SUS.
Ordem de Serviço: Não Houve
Objeto Fiscalizado: Aferir a atuação municipal quanto ao acompanhamento da saúde no
município.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à prefeitura (Fundo a Fundo).
Montante dos Recursos Financeiros: R$ 604.451,15
Extensão dos Exames: Janeiro de 2003 a junho de 2004.

5.1)Simulações de licitações em benefícios de empresa privada de propriedade do irmão do


tesoureiro municipal, no valor de R$597.500,24.

Fato:
No período de janeiro a dezembro de 2003 e janeiro a junho de 2004 a Secretaria Municipal de
Saúde realizou 13 licitações na modalidade de convite perfazendo um valor total de R$597.500,24,
objetivando à contratação de empresas para aquisição de medicamentos, conforme demonstração no
quadro abaixo.
Conv. Data Participantes Vencedoras Valor R$
N.º
003 03.03.03  Farmácia Genéricos e Similares Ltda.,  Farmácia Genéricos e 18.067,80
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
 J. Martins de Lima & Cia Ltda., CNPJ  J. Martins de Lima & Cia 17.744,81
n.º 16.320.780/0001-97 Ltda.,
 Firmina dos Santos Araújo Ltda.,
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70
004 05.03.03  Farmácia Genéricos e Similares Ltda.,  Farmácia Genéricos e 12.488,80
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
 Firmina dos Santos Araújo Ltda.,  Firmina dos Santos Araújo 19.242,00
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70 Ltda.
 Antônio Fernandes Queiroz, CNPJ  Antônio Fernandes Queiroz 3.184,02
nº04.596.902/0001-93
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 11
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Conv. Data Participantes Vencedoras Valor R$
N.º
006 24.03.03  Medisil Com. Farmacêutico e  Medisil Com. Farmacêutico 8.327,00
Hospitalar Ltda., CNPJ e Hospitalar Ltda.,
nº96.827.563/0001-27  Antônio Fernandes Queiroz 3.220,75
 Antônio Fernandes Queiroz Ltda., Ltda.,
CNPJ nº04.596.902/0001-93  Farmácia Genéricos 16.110,00
 Firma dos Santos Araújo Ltda., CNPJ Similares Ltda.
n.º 02.034.807/0001-70  Firmina dos Santos Araújo 16.460,54
 Farmácia Genéricos e Similares Ltda., Ltda.
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04
009 02.05.03  Farmácia Genéricos e Similares Ltda.,  Farmácia Genéricos e 14.404,56
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
 Firmina dos Santos Araújo Ltda.,  Firmina dos Santos Araújo 6.440,00
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70 Ltda.
 Antônio Fernandes Queiroz, CNPJ  Antônio Fernandes Queiroz 2.418,90
nº04.596.902/0001-93
011 09.06.03  Medisil Com. Farmacêutico e  Medisil Com. Farmacêutico 9.287,50
Hospitalar Ltda., CNPJ e Hospitalar Ltda.,
nº96.827.563/0001-27  Antônio Fernandes Queiroz 3.677,10
 Antônio Fernandes Queiroz Ltda., Ltda.,
CNPJ nº04.596.902/0001-93  Firmina dos Santos Araújo 13.043,35
 Firma dos Santos Araújo Ltda., CNPJ Ltda.
n.º 02.034.807/0001-70  Farmácia Genéricos 14.479,34
 Farmácia Genéricos e Similares Ltda., Similares Ltda.
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04
015 30.06.03  Firma dos Santos Araújo Ltda., CNPJ  Firma dos Santos Araújo 13.464,05
n.º 02.034.807/0001-70 Ltda., 2.890,06
 Antônio Fernandes Queiroz Ltda.,  Antônio Fernandes Queiroz
CNPJ nº04.596.902/0001-93 Ltda., 11.096,15
 Farmácia Genéricos e Similares Ltda.,  Farmácia Genéricos e
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.

016 21.07.03  Medisil Com. Farmacêutico e  Medisil Com. Farmacêutico 14.964,90


Hospitalar Ltda., CNPJ e Hospitalar Ltda.,
nº96.827.563/0001-27  Antônio Fernandes Queiroz 2.988,63
 Antônio Fernandes Queiroz Ltda., Ltda.,
CNPJ nº04.596.902/0001-93  Firmina dos Santos Araújo 13.517,20
 Firmina dos Santos Araújo Ltda., Ltda.
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70  Farmácia Genéricos 10.855,42
 Farmácia Genéricos e Similares Ltda., Similares Ltda.
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04

017 21.07.03  Farmácia Genéricos e Similares Ltda.,  Farmácia Genéricos e 27.642,00


CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
 J. Martins de Lima & Cia Ltda., CNPJ  J. Martins de Lima & Cia 24.377,85
n.º 16.320.780/0001-97 Ltda.,
 Firmina dos Santos Araújo Ltda.,
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70

018 01.09.03  Medisil Com. Farmacêutico e  Medisil Com. Farmacêutico 19.835,40


Hospitalar Ltda., CNPJ e Hospitalar Ltda.,
nº96.827.563/0001-27  Antônio Fernandes Queiroz 10.040,00
 Antônio Fernandes Queiroz Ltda., Ltda.,
CNPJ nº04.596.902/0001-93  Firmina dos Santos Araújo 5.536,40
 Firma dos Santos Araújo Ltda., CNPJ Ltda.
n.º 02.034.807/0001-70  Farmácia Genéricos 40.319,65
 Farmácia Genéricos e Similares Ltda., Similares Ltda.
CNPJ n.º 05.250.130/0001-04

Total 376.124,28

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 12


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Conv. Data Participantes Vencedoras Valor R$
N.º
002 02.01.04 - Medisil Com. Farmacêutico e - Medisil Com. 10.610,00
Hospitalar Ltda., CNPJ Farmacêutico e Hospitalar
nº96.827.563/0001-27 Ltda.,
- Farmácia Genéricos e Similares - Farmácia Genéricos 9.550,00
Ltda., CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
- Firmina dos Santos Araújo Ltda., - Firmina dos Santos Araújo 7.037,92
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70 Ltda.

003 29.01.04 - Farmácia Genéricos e Similares - Farmácia Genéricos e 29.978,50


Ltda., CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
- J. Martins de Lima & Cia Ltda., - J. Martins de Lima & Cia 27.032,00
CNPJ n.º 16.320.780/0001-97 Ltda.,
- Firmina dos Santos Araújo Ltda.,
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70

004 10.02.04 - Medisil Com. Farmacêutico e - Medisil Com. 27.235,00


* Hospitalar Ltda., CNPJ Farmacêutico e Hospitalar
data da nº96.827.563/0001-27 Ltda.,
ata - Antônio Fernandes Queiroz Ltda., - Antônio Fernandes 3.244,06
CNPJ nº04.596.902/0001-93 Queiroz Ltda.,
- Farmácia Genéricos e Similares - Farmácia Genéricos 19.064,40
Ltda., CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.
- Firmina dos Santos Araújo Ltda., - Firmina dos Santos Araújo 22.920,12
CNPJ n.º 02.034.807/0001-70 Ltda.

005 05.04.04 - Medisil Com. Farmacêutico e - Medisil Com. 15.519,50


Hospitalar Ltda., CNPJ Farmacêutico e Hospitalar
nº96.827.563/0001-27 Ltda.,
- Firma dos Santos Araújo Ltda., CNPJ - Firmina dos Santos Araújo 23.070,15
n.º 02.034.807/0001-70 Ltda.
- Antônio Fernandes Queiroz Ltda., - Antônio Fernandes 3.372,97
CNPJ nº04.596.902/0001-93 Queiroz Ltda.,
- Farmácia Genéricos e Similares - Farmácia Genéricos 22.741,44
Ltda., CNPJ n.º 05.250.130/0001-04 Similares Ltda.

Total 221.376,06

O quadro acima consubstancia os indícios de licitação simulada, conforme se demonstra através das
seguintes constatações:
1º) Para evitar maior formalidade e publicidade do certame licitatório o gestor municipal procedeu
o fracionamento das contratações, restringindo-as ao limite da modalidade convite (R$ 80.000,00)
previsto na alínea “a”, inciso II, art. 23 da Lei 8.666/93.
2º) As “compras” foram rateadas entre as cinco empresas, sendo a maior beneficiária a Farmácia
Genéricos Similares de propriedade do Sr. Reinaldo Pinheiro de Queiroz, irmão do tesoureiro da
prefeitura municipal, conforme discriminação:
- Farmácia Genéricos e Similares Ltda., CNPJ n.º 05.250.130/0001-04, vencedoras dos convites
no valor total de R$165.463,72, em 2003 e R$81.334,34, Total R$246.798,06

- Firmina dos Santos Araújo Ltda., CNPJ n.º 02.034.807/0001-70, vencedoras dos convites no
valor total de R$87.703,54, em 2003 e R$53.028,19, Total R$140.731,73

- Medisil Com. Farmacêutico e Hospitalar Ltda., CNPJ nº96.827.563/0001-27, vencedoras dos


convites no valor total de R$52.414,80, em 2003 e R$53.364,50, Total R$105.779,30

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 13


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
- J. Martins de Lima Ltda., CNPJ n.º 16.320.780/0001-97, vencedoras dos convites no valor total
de R$42.122,66, em 2003 e R$27.032,00,em 2004, Total R$69.154,66.

- Antônio Fernandes Queiroz Ltda., CNPJ nº04.596.902/0001-93, vencedoras dos convites no


valor total de R$28.419,46, em 2003 e R$6.617,03, em 2004, Total R$35.036,49

Embora a Secretaria Municipal de Saúde tenha apresentado os convites acima mencionados visando
à contratação de empresas para aquisição de medicamentos no valor superior a R$500.000,00,
constatou-se que é freqüente a falta de medicamentos no município e que apenas 20% da população
municipal entrevistada recebe todos os medicamentos receitados.
Constatou-se, ainda, falta de medicamentos básicos na Farmácia Básica, bem como inexistência de
registros de controle de entrada e saída de tais medicamentos, subsistindo fortes indícios de que não
estão sendo fornecidos tais medicamentos.

Evidências:
Processos licitatórios, Sistema da Receita Federal CNPJ e visita ao almoxarifado.

5.2) Irregularidades na contratação de empresas para aquisição de gêneros alimentícios e material


de limpeza.

Fato:
Convites realizados pela Secretaria Municipal de Saúde, objetivando à aquisição de gêneros
alimentícios e material de limpeza, nos exercícios de 2003 e 2004.
Conv. Data Participantes Vencedora (S) Valor R$
N.º
005 05.03.03  Comercial de Estivas Romão Ltda.,  Comercial de Estivas Romão 12.644,00
CNPJ n.º 05.417.968/0001-31  Luciano Valverde de Araújo 9.614,55
 Luciano Valverde de Araújo Ltda.,  R&C Bomboniere e 12.822,30
CNPJ n.º 02.822.497/0001-59 Supermercado
 R&C Bomboniere e Supermercado
Ltda., CNPJ n.º 00.437.604/0001-08
014 25.06.03  Comercial de Estivas Romão Ltda.,  Comercial de Estivas Romão 28.089,00
CNPJ n.º 05.417.968/0001-31  Luciano Valverde de Araújo 18.634,20
 Luciano Valverde de Araújo Ltda.,  Daniela da Silva Moura Queiroz 15.933,35
CNPJ n.º 02.822.497/0001-59
 Daniela da Silva Moura Queiroz Ltda.,
CNPJ n.º 02.872.655/0001-85

Nos convites acima relacionados constatou-se o que segue:

a) Simulação de processo licitatório, tendo em vista a inexistência de concorrência visto o grau de


parentesco entre si dos sócios/proprietárias das empresas acima relacionadas, com o tesoureiro
da prefeitura e membro da comissão permanente de licitação;
b) O proprietário da empresa Luciano Valverde de Araújo (supermercado LH), é irmão da Sr.ª
Liliana Valverde de Araújo, membro da Comissão Permanente de Licitação;
c) O sócio da Empresa Comercial Estivas Romão, o Sr. José Robson Pinheiro Queiroz, é cunhado
de Daniela da Silva Moura Queiroz;
d) O Sr. José Robson Pinheiro Queiroz é irmão do tesoureiro da prefeitura e do Sr. José Romildo
Pinheiro Queiroz casado com a Sr.ª Daniela da Silva Moura Queiroz;

Evidências:
Processos licitatórios, Sistema da Receita Federal CNPJ e visita ao almoxarifado.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 14


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
5.3) Irregularidades nos processos licitatórios para aquisição de combustíveis.

Fato:
Objetivando a contratação de empresa para aquisição de combustíveis a SMS realizou os processos
licitatórios abaixo relacionados:

Conv. Data Participantes Vencedora (S) Valor R$


N.º
006 24.03.03  Serrinha Produtos de Petróleo Ltda., - Serrinha Produtos de Petróleo 11.092,50
CNPJ n.º 00.773.321/0001-29
 Teofilândia Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n º 00.149.615/0001-84
 Espaço Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n.º 03.081.704/0001-24
008 22.04.03  Serrinha Produtos de Petróleo Ltda., Serrinha Produtos de Petróleo 11.347,50
CNPJ n.º 00.773.321/0001-29
 Teofilândia Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n º 00.149.615/0001-84
 Raso Derivados de Petróleo Ltda.,
CNPJ nº04.301.101/0001-53
013 16.06.03  Serrinha Produtos de Petróleo Ltda., - Serrinha Produtos de Petróleo 27.243,70
CNPJ n.º 00.773.321/0001-29
 Teofilândia Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n º 00.149.615/0001-84
 Espaço Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n.º 03.081.704/0001-24
001 05.01.04  Posto Guanabara Ltda., CNPJ - Posto Guanabara 63.108,00
nº14.006.175/0001-10
 Teofilândia Produtos de Petróleo Ltda.,
CNPJ n º 00.149.615/0001-84
 Raso Derivados de Petróleo Ltda.,
CNPJ nº04.301.101/0001-53

a) Para evitar maior formalidade e publicidade do certame licitatório o gestor municipal procedeu
o fracionamento das contratações, restringindo-as ao limite da modalidade convite (R$
80.000,00) previsto na alínea “a”, inciso II, art. 23 da Lei 8.666/93.
b) Inexistência de concorrência nos processos licitatórios acima mencionados, pois o Sr.
Hildebrando da Silva Pinho é sócio/proprietário dos postos Serrinha, Teofilândia, Raso e Espaço

Evidências:
Processos licitatórios, processos de pagamentos, notas fiscais e Sistema da Receita
Federal CNPJ e visita a

5.4) Simulações de licitações e transferência de recursos públicos à empresa privada de propriedade


do irmão do tesoureiro municipal – União Construtora e Transporte LTDA, no montante de R$
103.756,00.

Fato:
A Secretaria Municipal de Saúde, alegando a contratação de empresas para prestação de serviços de
transporte de pacientes de várias localidades da zona rural para zona urbana e de Teofilândia para
Serrinha, Feira de Santana e Salvador, no exercício de 2003, simulou os seguintes convites:

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Conv. Data Participantes Vencedora (S) Valor R$
N.º
001 17.02.03  União Construtora e Transportes Ltda., - União Construtora e Transporte 47.856,00
CNPJ n.º 04.578.523/0001-70
 R. J. Serviços de Transportes Ltda.,
CNPJ n.º 05.016.633/0001-01
 Padrão Serviços Ltda., CNPJ n°
04.922.584/0001-03
012 16.12.03  União Construtora e Transportes Ltda., - União Construtora e Transporte 79.801,20
CNPJ n.º 04.578.523/0001-70
 Teofilândia Transportes Comércio e
Construção Ltda., CNPJ n.º
33.899.089/0001-29
 Padrão Serviços Ltda., CNPJ n°
04.922.584/0001-03

O quadro acima consubstancia os indícios de licitação simulada, conforme se demonstra através das
seguintes constatações:
1º) Para evitar maior formalidade e publicidade do certame licitatório o gestor municipal procedeu o
fracionamento das contratações, restringindo-as ao limite da modalidade convite (R$ 80.000,00)
previsto na alínea “a”, inciso II, art. 23 da Lei 8.666/93;
2º) A limitação imposta pela administração municipal em relação às empresas convidadas a
participar da licitação caracteriza o descumprimento do § 6º, do art. 22, da Lei 8.666/93.
3º) A análise do quadro societário e do objeto social das empresas reforçam as evidências de que os
procedimentos licitatórios foram simulados, senão vejamos:
• União Construtora e Transportes Ltda. foi constituída em 31/07/2001. O atual tesoureiro
municipal Delmar Pinheiro Queiroz deixou de figurar como sócio em 22/02/2002,
permanecendo como sócios seu irmão Reinaldo Pinheiro de Queiroz. O objeto social da
empresa é a “locação de veículos rodoviários de passageiros com motorista, municipal”.
• Padrão Serviços Ltda. foi constituída em 21/02/2002. A empresa tem como objeto social
“serviços de manutenção e reparação de caminhões, ônibus e outros veículos pesados”. Luciana
Santos Araújo e José Amâncio Araújo figuram como seus sócios. José Amâncio é primo da
sócia da União Construtora – Isabella Lima Moura.
• Teofilândia Transportes Comércio e Construções Ltda. foi constituída em 10/08/1989, tendo
como objeto social o “transporte rodoviário de cargas em geral, intermunicipal, interestadual e
internacional”.

5.5) Pagamento por serviços não prestados no valor de R$104.576,00 à empresa União Construtora
e Transporte Ltda., em 2003.

Fato:
Em razão de ter sido homologada vencedora nos certames licitatórios na modalidade de convites de
nºs 001/03 e 012/03, a SMS, contratou e pagou à empresa União Construtora e Transporte Ltda., o
valor abaixo especificado, por serviços de transporte de pacientes que não foram prestados:
Nota Data Valor R$
Fiscal n.º
0037 19.03.03 15.613,00
0041 15.04.03 15.613,00
0045 26.05.03 16.630,00
0049 30.07.03 14.600,00
0050 29.08.03 14.550,00
0004 30.09.03 13.250,00
0006 31.10.03 14.500,00
Total 104.756,00
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 16
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Objetivando averiguar a efetiva prestação dos serviços de transporte de pacientes pela empresa
União Construtora e Transporte, de propriedade do Sr. Reinaldo Pinheiro de Queiroz, irmão do
tesoureiro da prefeitura, a equipe de fiscalização entrevistou moradores do município de Teofilândia
e servidores da SMS, os quais informaram verbalmente e/ou declararam formalmente que nunca
teve conhecimento de que a referida empresa prestou serviços no transporte de pacientes no
município de Teofilândia.

Evidências:
Processos licitatórios, relação de pagamento e notas fiscais.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 17


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

11º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

30/JUNHO/04
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 167

MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA – BA

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de


Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 19/07 a 23/07/04 as
seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Educação:

Garantia do Padrão Mínimo de Qualidade - Complementação da União ao


Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Remuneração do Magistério - FUNDEF.
Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE.
Expansão e Melhoria da rede Escolar Estadual do Ensino Médio – Projeto
Alvorada.
Dinheiro Direto na Escola - Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste -
PDDE

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração


Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministério
supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das
políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização

1 – Programa: Toda Criança na Escola


Ação: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Remuneração do
Magistério - FUNDEF
Objetivo da Ação de Governo: Manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e,
particularmente, na valorização do seu magistério.
Ordem de Serviço: 150263
Objeto Fiscalizado: Recursos financeiros descentralizados à prefeitura municipal para aplicação no
ensino fundamental.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia/BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à prefeitura municipal de recursos
originários de fontes já existentes como, FPM, FPE, ICMS, IPI/EXPORTAÇÃO e
Complementação da União.
Montante de Recursos Financeiros: R$ 3.171.896,24 (em 2003) e R$ 1.663.544,72 (janeiro a
maio de 04), perfazendo um total de R$ 4.835.440,96 (quatro milhões, oitocentos e trinta e cinco
mil, quatrocentos e quarenta reais e noventa e seis centavos).
Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados à Prefeitura Municipal no
exercício de 2003 e de janeiro a maio de 04.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
1.1) Simulações de licitações e transferência de recursos públicos a empresa privada de
propriedade de parentes do prefeito – no montante de R$455.825,00, e outras irregularidades na
contratação de veículos para o serviço de transporte escolar da rede de ensino fundamental.

A prefeitura realizou licitações com o objetivo de locar veículos para o transporte escolar (ônibus) e
de água (caminhões pipa) com recursos do FUNDEF no período de 2002 a junho de 2004. Todos os
certames foram realizados na modalidade convite e adjudicados à empresa União Construtora e
Transporte LTDA, conforme tabela a seguir:

Licitação/ Licitantes Nº do proc. Valor (R$)


período locado de pagto.
2002 União Construtora e Transportes Ltda - 185.000,00
Convite União Construtora e Transportes Ltda 1141 20.000,00
31/2003 – Teofilândia Transp. Com. e Const. Ltda. 1868 20.000,00
01/04 a 20/06 Padrão Serviços Ltda 1579 20.000,00
União Construtora e Transportes Ltda 2893 20.000,00
Convite 2453 20.000,00
50/2003 – Teofilândia Transportes Comércio e 2226 12.834,22
07/07 a 31/10 Construção Ltda 2405 7.165,78
Padrão Serviços Ltda 2933 7.010,05
3233 12.989,95
Convite União Construtora e Transportes Ltda 3598 17.150,00
67/2003 – SEGCCON-Serv. Ger. Com. e Const. Ltda 3629 8.575,00
03/11 a 12/12 Padrão Serviços Ltda - -
Convite União Construtora e Transportes Ltda 499 18.200,00
06/04 – 09/02 a 796 18.200,00
31/05 928 18.200,00
SEGCCON-Serv. Ger. Com. e Const. Ltda 1270 18.200,00
Padrão Serviços Ltda 1745 24.300,00
DISPENSA- União Construtora e Transportes Ltda 1292 5.400,00
03/05 a 17/05
DISPENSA- União Construtora e Transportes Ltda 1291 2.600,00
03/05 a 17/05
Total dos pagamentos à União Construtora e Transporte Ltda. 455.825,00

A análise dos processos de contratação de serviços de transporte escolar para o ensino fundamental,
no período de 2003 a junho/2004, evidencia uma série de irregularidades praticadas pela Prefeitura,
que vão desde o fracionamento de despesas para enquadramento no limite da modalidade Convite
até a inclusão de obrigações contratuais antieconômicas, com o objetivo de favorecer a empresa
vencedora e em desacordo com os respectivos instrumentos convocatórios, contrariando
dispositivos da Lei Federal n.º 8.666/93.
O quadro anterior consubstancia os indícios de licitação simulada, conforme se demonstra através
das seguintes constatações:
1º) Para evitar maior formalidade e publicidade do certame licitatório o gestor municipal procedeu o
fracionamento das contratações, restringindo-as ao limite da modalidade convite (R$ 80.000,00)
previsto na alínea “a”, inciso II, art. 23 da Lei 8.666/93;
2º) As empresas que supostamente concorreram com a União Construtora e Transporte Ltda são: a)
Padrão Serviços Ltda – presente em todos os convites; b) Teofilândia Transporte Comércio e
Construção Ltda – Convites 31/03 e 50/03 e c) SEGCCON – Serviços Gerais Comércio e
Construção Ltda - Convites 67/03 e 06/04. A limitação imposta pela administração municipal em
relação às empresas convidadas a participar da licitação caracteriza o descumprimento do § 6º, do
art. 22, da Lei 8.666/93.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
3º) O quadro societário e os objetos sociais das empresas convidadas pela Prefeitura, reforçam os
indícios de simulação dos procedimentos licitatórios, senão vejamos:
• A União Construtora e Transportes Ltda foi constituída em 31/07/2001, tendo como objeto
social a “locação de veículos rodoviários de passageiros com motorista, municipal”.
Originariamente, a sociedade era composta pelo funcionário municipal Delmar Pinheiro
Queiroz e pela senhora Isabella Lima Moura (prima de um dos membros da comissão de
licitação: Márcio Ramos Oliveira). Em 22/02/2002 Delmar foi substituído por seu irmão
Reinaldo Pinheiro de Queiroz.
• A Padrão Serviços Ltda foi constituída em 21/02/2002, tendo como objeto social “serviços de
manutenção e reparação de caminhões, ônibus e outros veículos pesados”. Compõem a
sociedade Luciana Santos Araújo e o Sr. José Amâncio Araújo, primo de Isabella Lima Moura
(sócia da União Construtora) e irmão do membro da comissão de licitação Sr. Márcio Ramos
Oliveira.
• A Teofilândia Transportes Comércio e Construções Ltda foi constituída em 10/08/1989, tendo
como objeto social o “transporte rodoviário de cargas em geral, intermunicipal, interestadual e
internacional”.
• SEGCCON - foi constituída em 19/08/03, tendo como objeto social o “comércio varejista de
materiais de construção não especificados anteriormente”. Apresenta como sócios Lourdes
Pereira dos Santos e Pedro Santana de Carvalho, sua sede é no mesmo endereço da empresa
individual Pedro Santana de Carvalho de Araci.
Comerciantes do município de Araci/Ba informaram que o Sr. Pedro é conhecido na cidade por
vender notas frias a prefeitos e ser protagonista de diversas ocorrências que lhe renderam os
seguintes inquéritos policiais e processos criminais levantados junto à Delegacia Circunscricional
de Polícia da Cidade de Araci/BA e ao Cartório dos Feitos Criminais da mesma comarca:

- Inquérito Policial n.º 35/2003, transferido para comarca de Tucano/BA, em 26 de fevereiro


de 2004, decorrente da ocorrência nº 120/2003 de 08 de julho de 2003 – prisão em flagrante
pela prática de extorsão;
- Queixa n.º 208/2003, datada de 18 de agosto de 2003. Síntese da queixa – trechos retirados
do livro nº 033/2002, verso da fl. 162: “.....Queixou-se contra PEDRO SANTANA DE
CARVALHO, brasileiro...., pelo fato do mesmo abrir firma em nome da queixosa que
convivia com o mesmo, sendo que posteriormente a queixosa descobriu que a firma era
falsa; QUE o estabelecimento continha a seguinte denominação: FARMÁCIA SANTA
MÔNICA – Inscrição Estadual 59.411.848 ME, CNPJ – 05.604.155/0001-50, Av. Antonio
Carlos Magalhães, 226-A, Centro, Serrinha-BA, dados constantes no Talão de Notas fiscais
de números 001 a 050, que estavam com a queixosa; QUE além do referido talão de Notas
Fiscais o queixado falsificou a assinatura da queixosa em uma via de cheque nº 850067....".
Notas fiscais de supostas compras de medicamentos da referida empresa foram apresentadas
pela Prefeitura de Teofilândia/BA, conforme constatação do Relatório dirigido ao Ministério
da Saúde – Programa de Farmácia Básica, item 3.1.

- Processo nº 014/2001, em que Pedro Santana de Carvalho foi denunciado pela prática da
conduta tipificada no art. 10 da Lei nº 9.437/97 (porte ilegal de arma de fogo). Por força de
decisão judicial, fundamentada no art. 89 da lei. 9.099/95, aplicou-se a suspensão
condicional e o Ministério Público Estadual já se manifestou pela extinção de punibilidade
em virtude do decurso de prazo de suspensão e regular cumprimento das condições.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
O Sr. Pedro de Santana de Carvalho utiliza-se também da empresa “Pedro Santana de Carvalho de
Teofilândia”, nome fantasia Pedreita São Pedro, cuja atividade econômica principal é a execução de
obras de urbanização e paisagismo – a referida empresa também é denominada “Pedro Santana de
Carvalho de Araci”.
As informações relacionadas evidenciam, de forma inequívoca, a incompatibilidade entre o objeto
contratual “Prestação de serviços de transporte escolar” e os ramos de atividade das empresas
participantes dos certames licitatórios. A irregularidade apontada é reforçada pela admissão da
última empresa como participante nos procedimentos licitatórios.
4º) Os preços unitários por veículo, nas propostas apresentadas pelos participantes, indicam uma
variação máxima menor que 2% (dois por cento) no exercício de 2003 e de 3,6% (três, seis por
cento), no exercício de 2004. Não há, portanto, significância na variação dos preços entre os
licitantes.
A equivalência dos preços apresentados nas propostas - considerando-se a inexistência de projeto
básico e orçamento detalhado contendo informações mínimas fundamentais para composição de
custos e correta indicação dos preços, tais como roteiro das escolas a serem atendidas,
quilometragem média e caracterização e conservação dos veículos oferecidos - constitui outro
indício de simulação na condução dos procedimentos licitatórios.
Entre as principais omissões do instrumento convocatório, presentes em todos procedimentos
licitatórios, destacamos a previsão contratual especificada no inciso III, Cláusula Sexta – DAS
OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE: “III - manter, sob sua exclusiva responsabilidade, toda
supervisão e direção para execução completa e eficiente dos serviços, objeto deste contrato,
inclusive aquela referente ao pagamento de despesas com combustível, materiais, reposição de
peças e manutenção e conservação dos veículos ora contratados.” (sic. doc. de fl. 91, do processo de
pagamento 796 de 30/03/04, sublinhamos).
A avaliação desses gastos, resultantes da obrigação contratual, principalmente em função do
precário estado de conservação dos veículos locados, evidencia o absoluto caráter antieconômico do
contrato firmado. Ressalte-se que a Prefeitura executou a maior parte dos serviços na oficina
municipal, não estando essas despesas incluídas nos custos levantados.
Totalizamos R$108.305,62 pagos à União aplicados na compra de peças de reposição e em serviços
de recuperação, durante o período de 2003 a junho de 2004, conforme tabelas a seguir:
Despesas com aquisição de peças p/ veículos – 2003

Credor Proc. Tipo de Despesa Data PG Valor (R$)


José Carmo de Oliveira 684 Peças veículos JMG 2622, JNZ 3143 e JKW 07.03 1.171,00
2548
Comércio de Peças Coité 1272 Peças veículos JMG 6424, JMS 2622, JOZ 30.04 4.510,00
0282, JNZ 1952 e JNW 9728
SOS Borracharia LTDA 1316 Materiais veículos JOZ 0282, LJB 6423 e 06.05 694,90
JMS 2622
Casa Sidel Máquinas e 1381 Pneus/câmaras de ar veículos JNW 9728, 13.05 7.240,00
Pneus LTDA JNZ 3143, LBJ 6423 e JMS 2622
SOS Borracharia LTDA 1383 Materiais veículos JMG 6424 e CBS 6586 13.05 213,00
Rio Bahia Veículos S/A 1416 Pneus veículos JMS 2622 19.05 3.216,00
M C Fernandes de Feira de 1921 Peças p/ ônibus CBS 6586, HZH 8604 e JOZ 27.06 715,00
Santana 0282
Neto Auto Peças LTDA. 1963 Peças p/ ônibus JNZ 3143 e JNZ 1952 30.06 3.244,00
SOS Borracharia LTDA 1989 Materiais veículos JKW 2548 e HZH 8604 08.07 840,80
Molas Brasília LTDA. 2045 Peças p/ ônibus LJB 6423 e JNZ 1952 15.07 1.849,00
E. S. Jorge 2192 Baterias ônibus CBS 6586, HZH 8604 e JOZ 22.07 669,00
0282
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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Malheiros Marques auto 2193 Peças p/ ônibus JMG 6424, JMS 2622 e JNZ 22.07 1.006,02
Peças LTDA. 3143
Neto Auto Peças LTDA. 2198 Peças ônibus CBS 6586 e JOZ 0282 22.07 3.019,00
Comércio de Peças Coité 2252 Peças veículos JMS 2622, CDE 2778 e CBS 30.07 1.493,00
6586
A . Kirchhubel Justino 2283 Peças p/ ônibus JNW 9771, JNW 9728, JNZ 31.07 1.282,00
3143 e JKW 2548
Casa Sidel Máquinas e 2292 Pneus veículos JMG 6424, JMS 2622, JNZ 31.07 7.470,00
Pneus LTDA 3143, JNZ 1952 e CDE 2778
Movesa Mot. E Veículos 2296 Pneus ônibus HZH 8604 01.08 7.990,00
Nordeste
Mirante Auto Peças LTDA 2478 Peças ônibus CBS 6586, HZH 8604, JOZ 20.08 3.600,00
0282, LJB 6423 e JNZ 1952
Movesa Mot. E Veículos 2571 Pneus/câmaras/protetores JOZ 0282 e LJB 27.08 2.120,00
Nordeste 6423
Casa Sidel Máquinas e 2654 Pneus veículos JMG 6424, JMS 2622, JOZ 05.09 7.308,00
Pneus LTDA 0282, e JNW 9728
Neto Auto Peças LTDA. 2683 Peças ônibus JNZ 1952 e JNZ 3143 10.09 2.913,00
Molas Brasília LTDA. 2694 Peças p/ ônibus CBS 6586 11.09 830,00
TOTAL 63.393,72

Despesas com aquisição de peças p/ veículos - 2004

Credor Proc. Tipo de Despesa Data PG Valor (R$)


Rio BahiaVeículos S/A 270 Pneus p/ JMG 6424, HZH 8604 e LJB 6423 10.02 3.340,00
Lucas Retífica p/ Motores 433 Peças p/ JNW 9728, CBS 6586, HZH 8604, 26.02 5.120,00
LTDA. JOZ 0282 e JKW 2548
Mirante Auto Peças LTDA. 365 Peças p/ JNW 9728, JNZ 1952 e LJB 6423 19.02 3.285,00
Pneus SIDEL LTDA 573 Pneus, câmaras de ar e protetores CBS 15.03 4.838,00
6586, HZH 8604 e JOZ 2548
Molas Brasília Auto Peças 1156 Peças JOZ 0282 e CBS 6586 04.05 317,00
LTDA.
Lucas Retífica p/ Motores 1634 Peças p/ conserto veículos 17.06 4.500,00
LTDA.
Neto Auto Peças LTDA. 1727 Peças JNZ 1952, JOZ 0282 e HZH 8604 22.06 2.139,00
TOTAL 23.539,00

Despesas com serviços em veículos – 2003

Credor Proc. Tipo de Despesa Data PG Valor (R$)


Reformadora de Pneus N.S.P. 1384 serviços recap./conserto pneus JNW 13.05 1.580,00
Socorro LTDA 9728, JOZ 0282 e JMS 2622
Alan Dantas da Silva e Silva 1646 Serviços recuperação Chassi veículo 30.05 2.170,00
JOZ 0282
Reformadora de Pneus N.S.P. 1947 serviços recap./conserto pneus JNW 30.06 1.015,00
Socorro LTDA 9728, JNZ 3143 e CDE 2778
Reformadora de Pneus N.S.P. 1988 serviços recap/conserto pneus CBS 08.07 1.415,00
Socorro LTDA 6586 e JOZ 0282
Alan Dantas da Silva e Silva 2016 Serviços troca cantoneiras ônibus 10.07 2.710,00
JNW 9728
Reformadora de Pneus N.S.P. 2294 serviços recap/conserto pneus JKW 28.07 440,00
Socorro LTDA 2548
Alan Dantas da Silva e Silva 2378 Serviços veículos CDE 2778 e BIG 11.08 3.309,90
0111
Lucas Retífica p/ Motores LTDA. 2655 Serviços ret. Motor ônibus LJB 6423 05.09 2.983,00
Total 15.622,90

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Despesas com serviços em veículos - 2004

Credor Proc. Tipo de Despesa Data PG Valor (R$)


Lucas Retífica p/ Motores LTDA. 434 Conserto veículos JNW 9728, CBS 26.02 2.280,00
6586, HZH 8604, JOZ 0282 e JKW
2548
Reformadora de Pneus N.S.P. 563 Recap. pneus JMG 6424,BIG 0111 e 11.03 1.370,00
Socorro LTDA HZH 8604
Lucas Retífica p/ Motores LTDA. 1635 Serv. CBS 6586, HZH 8604 e LJB 17.06 2.100,00
6423
Total 5.750,00

Registre-se, por oportuno, que a prestação de serviços de transporte escolar no ano de 2001,
exercício precedente à constituição da União Construtora e Transporte LTDA, foi realizada pela
empresa LM Serviços e Locação de Equipamentos LTDA, empresa de fachada, com registro de
objeto social de “Aluguel de máquinas e equipamentos para construção e engenharia civil, inclusive
andaimes”.
A contratação da LM em 2001 obedece rigorosamente à mesma sistemática adotada para as
contratações com a União nos exercícios subsequentes. O Convite nº 060/2001 evidencia a
participação das mesmas empresas licitantes e a indicação, pela LM, dos mesmos veículos
utilizados posteriormente pela União. O documento indicativo da cadeia sucessória fornecido pelo
DETRAN/BA, em nenhum momento apresenta registro de propriedade da LM sobre esses veículos.
A empresa LM tem como sócias fictícias as funcionárias da Secretaria Municipal de Educação,
Adijane Oliveira dos Anjos e Lucivania Oliveira Santos Araujo, professoras do ensino fundamental.

Evidência:
Análise de processos licitatórios, documentação comprobatória do FUNDEF – relação e processos
de pagamento, extratos bancários, Ofício CRJ nº 3593/2004 do DETRAN/BA, Inquérito Civil nº
001/2003, certidões da Delegacia Circunscricional de Polícia da Cidade de Araci/BA e do Cartório
dos Feitos Criminais da mesma comarca, entrevistas e declarações de comerciantes da região,
consulta ao quadro societário das empresas.

1.2) Contratação de empresa para prestação de serviços de transporte escolar vinculada a prepostos
municipais, membros da comissão de licitação e familiares do Prefeito.

Conforme informação da Prefeitura foram utilizados pela União Construtora e Transporte LTDA,
no período de 2002 a junho de 2004, os seguintes veículos na prestação de serviços de transporte
escolar da rede municipal de ensino fundamental:
Veículo Proprietário Atual Aquisição Proprietário Anterior
JNW 9728 União Construtora e Transporte LTDA 02.06.2003 Joaquim José de Oliveira
JNZ 1952 União Construtora e Transporte LTDA 02.06.2003 Joaquim José de Oliveira
LJB 6423 União Construtora e Transporte LTDA 10.12.2003 Luiz Gonzaga C. de Lima
JNW 2548 União Construtora e Transporte LTDA 09.12.2003 Emílio da Silva Lima Filho
JOZ 0282 União Construtora e Transporte LTDA 10.12.2003 Dermeval Oliveira Santana
HZH 8604 União Construtora e Transporte LTDA 10.01.2004 Manoel Francisco dos Santos
CBS 6586 R. S. Silva Transportes e Turismo 05.05.1997 TAZA Com. Veíc. Peças Acess.
LTDA. Import.
JNW 3143 Carlos Alberto Cunha de Oliveira 05.08.2003 União Construtora e Transporte
Ltda*
*Adquirido do Sr. Joaquim José de Oliveira (irmão do Prefeito) em 02.06.2003.

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
A análise da cadeia sucessória dos veículos relacionados demonstrou que a União Construtora e
Transporte Ltda não possuía a propriedade de nenhum dos ônibus utilizados nas prestações dos
serviços nas datas dos certames licitatórios, tendo as aquisições ocorrido somente em data posterior
a contratação, exceção aos dois últimos veículos relacionados na tabela acima
Considerando a data de constituição da União (31.07.2001), verifica-se que sua estruturação
enquanto “empresa prestadora de serviços de transportes” viabilizou-se a partir dos pagamentos
decorrentes das contratações com a Prefeitura e, à época da participação nos convites, não
apresentava condições estruturais de competição nos procedimentos licitatórios, conforme
demonstrado.
Entre os beneficiados pela contratação indireta, identifica-se o Sr. Joaquim José de Oliveira, irmão
do Prefeito de Teofilândia, proprietário dos ônibus de placas policiais JNW 9728, JNZ 1952 e JNW
3143, à época das contratações. Os veículos foram adquiridos pelo irmão do gestor municipal em
1999 e alienados à União em junho de 2003. A Secretaria Municipal de Educação confirmou a
utilização desses veículos desde o exercício de 2002.
Em Termo de Declaração prestado à Promotoria de Justiça da Comarca de Teofilândia/BA, o Sr.
Manoel Francisco dos Santos informou nunca ter sido proprietário do veículo de placa policial HZH
8604 e que exigiu de Tércio Nunes, Secretário de Finanças da Prefeitura, sob ameaça de incineração
do ônibus, a regularização da situação, imediatamente após tomar conhecimento da utilização do
seu nome como “laranja” neste empreendimento. A propriedade do veículo foi transferida à União
em 10.01.2004 sem o declarante auferir qualquer rendimento decorrente da suposta transação.
A União Construtora e Transportes Ltda foi constituída em 31/07/2001 tendo como sócios o
funcionário municipal Delmar Pinheiro Queiroz e a senhora Isabella Lima Moura, prima do Sr.
Márcio Ramos Oliveira, membro da comissão de licitação. Em 22/02/2002 Delmar foi substituído
na sociedade por seu irmão Reinaldo Pinheiro de Queiroz.

Evidência:
Análise de processos licitatórios, Inquérito civil nº 001/2003, documentação comprobatória do
FUNDEF – relação e processos de pagamento, Ofício CRJ nº 3593/04 do DETRAN/BA.

1.3) Precariedade dos veículos locados, impróprios para utilização no transporte escolar, por não
atenderem as exigências previstas no art. 136 do Código Nacional de Trânsito - CTN, Lei nº 9.503
de 23 de setembro de 1997.

Fato(s):
A vistoria nos ônibus locados demonstrou a necessidade de recuperação e instalação de
equipamentos de segurança básicos para utilização do transporte escolar. Abaixo relatamos as
irregularidades constatadas:
a) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1318, ano 1990, placa policial JNW 9728: pisca alerta não
funciona; ausência dos seguintes equipamentos de segurança: extintor de incêndio, cintos de
segurança, faixas laterais, faixas luminosas; encontravam-se danificados: pára-brisa dianteiro,
limpador de pára-brisa, vidro da porta de entrada.
b) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1318, ano 1990, placa policial JOZ 0282: pneus sem condições
de uso e falta de placa traseira; ausentes os seguintes equipamentos de segurança: extintor de
incêndio; cintos de segurança; faixas laterais; faixas luminosas.
c) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1318, ano 1989, placa policial JNZ 1952: ausentes os seguintes
equipamentos de segurança: extintor de incêndio; cintos de segurança; faixas laterais; faixas
luminosas, piscas laterais dianteiros e traseiros, vidros laterais quebrados.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 7
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
d) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1315, ano 1993, placa policial JKW 2548: pára-brisa dianteiro
quebrado; ausentes os seguintes equipamentos de segurança: extintor de incêndio; cintos de
segurança; faixas laterais; faixas luminosas.
e) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1315, ano 1992, placa policial LJB 6423, ausentes os seguintes
equipamentos de segurança: cintos de segurança; faixas laterais; faixas luminosas, encontra-se com
o extintor de incêndio com data de validade vencida;
f) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1318, ano 1992, placa policial CBS 6586: pisca alerta não
funciona; vidro da porta quebrado; encontra-se com o extintor de incêndio com data de validade
vencida; sem cintos de segurança; sem faixa lateral e faixa luminosa.
g) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1318, ano 1991, placa policial JLG 2574: pisca alerta não
funciona; farol dianteiro quebrado; pára-choque danificado; ausentes os seguintes equipamentos de
segurança: cintos de segurança; faixas laterais; faixas luminosas, extintor de incêndio.
h) Veículo tipo ônibus, M. Benz/OF 1315, ano 1988, placa policial JLG 2602: pisca alerta não
funciona; ausentes os seguintes equipamentos de segurança: cintos de segurança; faixas laterais;
faixas luminosas, extintor de incêndio.
Os ônibus de placas policiais HZH 8604 e JNW 3143 não foram apresentados para vistoria.

Evidência:
Análise de processos licitatórios, inspeção in loco, fotografias.

1.4) Irregularidades nas aquisições de combustíveis, materiais de consumo, limpeza e construção e


serviços com recursos do FUNDEF.

Fato(s):
1.4.1) Direcionamento das contratações na aquisição de combustíveis e lubrificantes
consubstanciado pela análise do quadro societário das empresas participantes do certame, onde
todos os licitantes apresentam como sócio comum o Sr. Hildebrando da Silva Pinho e
fracionamento das despesas para enquadramento dos valores adjudicados no limite estabelecido
para a modalidade Convite.

O montante dos recursos do FUNDEF aplicado foi R$ 104.771,51 (2003) e R$ 93.255,20 (janeiro a
maio 2004). Abaixo relacionamos os procedimentos para aquisição de combustíveis e lubrificantes:

Convite Licitantes Valor Adjudicado


Teofilândia produtos de petróleo Ltda 49.338,00
Serrinha produtos de petróleo Ltda
15/03
Raso derivados de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 55.858,80
Serrinha produtos de petróleo Ltda
26/03
Espaço produtos de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 76.305,00
Serrinha produtos de petróleo Ltda
38/03
Raso derivados de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 59.571,80
Serrinha produtos de petróleo Ltda
43/03
Espaço produtos de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 60.277,91
Serrinha produtos de petróleo Ltda
48/03
Espaço produtos de petróleo Ltda

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 8


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Convite Licitantes Valor Adjudicado
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 58.585,78
Serrinha produtos de petróleo Ltda
59/03
Espaço produtos de petróleo Ltda
Posto Guanabara Ltda 50.176,50
Teofilândia produtos de petróleo Ltda
62/03
Serrinha produtos de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 64.659,70
009/04 Serrinha produtos de petróleo Ltda
Espaço produtos de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 62.189,41
Serrinha produtos de petróleo Ltda
13/04
Espaço produtos de petróleo Ltda
Teofilândia produtos de petróleo Ltda 63.000,59
Serrinha produtos de petróleo Ltda
20/04
Espaço produtos de petróleo Ltda
Obs: Os Licitantes estão listados na ordem de classificação

1.4.2) A aquisição de materiais de construção caracteriza-se pelo direcionamento e fracionamento


das contratações em detrimento do interesse público e da competitividade. Comerciantes idôneos da
região, do ramo pertinente ao objeto licitado, deram declaração de que nunca foram convidados
nem tomaram conhecimento das licitações promovidas pela prefeitura.
Relacionamos abaixo as aquisições efetuadas no exercício de 2003 e até maio de 2004.

Material de construção e de consumo


Convite Licitantes Valor

dispensa 2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 6.438,00


dispensa Antonio Pinheiro de Araujo Filho 3.591,00
004/2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 63.810,47
Material de Construção Alencar Oliveira Ltda.
Raimundo Moreira da Silva
dispensa Antonio Pinheiro de Araujo Filho 2.905,00
dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 15.408,52
29/2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 30.625,00
Pedro Santana de Carvalho de Araci
Material de construção Alencar Oliveira Ltda
40/2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 35.746,17
Material de Construção Alencar Oliveira Ltda.
Pedro Santana de Carvalho de Araci
45/2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 21.571,61
Material de Construção Alencar Oliveira Ltda.
Pedro Santana de Carvalho de Araci
49/2003 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 16.305,74
Material de Construção Alencar Oliveira Ltda.
Pedro Santana de Carvalho de Araci
dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 480,00
dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 6.685,00
002/2004 Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 23.894,73
Material de Construção Alencar Oliveira Ltda.
Raimundo Moreira da Silva
002/2004 Material de Construção Alencar Oliveira Ltda. 2.837,00
Dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 5.276,57

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 9


Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 7.856,18
Dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 9.290,29
012/2004 Material de Construção Alencar Oliveira Ltda. 1.234,00
Dispensa Eman Material de Construção de Teofilândia Ltda. 2.122,44

Valor total pago em 2003 R$106.259,20, sendo R$ 99.763,20 pagos à EMAN


Valor total pago em 2004 R$37.819,91, sendo R$ 33.748,91 pagos à EMAN

1.4.3) A empresa individual Pedro de Santana de Carvalho de Araci, participante das licitações para
locação de veículos e materiais de construção, no convite abaixo é vencedora na contratação para
ampliação de escola. Outra nota fiscal de uma das “empresas” do Sr. Pedro foi apresentada no
processo de pagamento 2077, de 18/07/03, relativa ao serviço de construção de um muro escolar.

Modalidade Licitantes Vencedor Valor (R$)


Convite Pedro Santana de Carvalho de Araci Pedro Santana de R$ 20.000,00
16/03 RJ Serviços de Transportes Ltda. Carvalho de Araci
União Construtora e Transporte Ltda
Dispensa Não se aplica. Pedro Santana de R$ 1.155,62
Carvalho de Araci

As atividades do Sr. Pedro Santana de Carvalho foram descritas no item 1.1 do relatório.

1.4.4) A tabela abaixo relaciona as compras de material de limpeza efetivadas com recursos do
FUNDEF no exercício de 2003 e de janeiro a maio de 2004.

Neste período, a prefeitura realizou apenas dois certames licitatórios na modalidade convite, com a
participação das mesmas empresas, fracionando, a partir de 2004, todas as aquisições de material de
limpeza e enquadrando-as como dispensa à licitação.

Modalidade Proc. Data Licitantes


Valor
Pagto. Pagto.
174 R$ 5.520,00 22.01.03 Maria de Oliviera Nunes Lima
624 R$ 5.682,00 28.02.03
Convite 759 R$ 5.430,00 19.03.03 R & C Bomboniere e
03 / 03 1153 R$ 5.544,60 24.04.03 Supermercado Ltda.
1888 R$ 4.899,00 26.06.03 Daniela da Silva Moura Queiroz
2229 R$ 3.600,00 25.07.03
2295 R$ 2.324,30 01.08.03
Maria de Oliviera Nunes Lima
2577 R$ 5.881,67 28.08.03
(Proc. n.º 2229, 2295, 2577, 2744,
2744 R$ 6.156,40 19.09.03
3017, 3339)
Convite 3017 R$ 6.163,17 15.10.03
56 / 03 3339 R$ 3.833,06 19.11.03
3075 R$ 1.267,00 20.10.03 R & C Bomboniere e
Supermercado Ltda (Proc. n.º
3469 R$ 827,20 24.11.03
3075, 3469)
- - - Daniela da Silva Moura Queiroz
Dispensa 2473 R$ 460,00 20.08.03 Sandra Regina Iraildes de Oliveira
R & C Bomboniere e
Dispensa 250 R$ 1.167,82 03.02.04
Supermercado Ltda.
Dispensa 344 R$ 1.379,60 18.02.04 Maria José Ribeiro de Oliveira
Dispensa 421 R$ 660,00 26.02.04 Sandra Regina Iraildes de Oliveira
Dispensa 478 R$ 5.191,76 27.02.04 Daniela da Silva Moura Queiroz
Dispensa 483 R$ 200,00 28.02.04 Sandra Regina Iraildes de Oliveira
Dispensa 667 R$ 3.143,26 19.03.04 Comercial de Estivas Romão Ltda
Dispensa 668 R$ 771,60 19.03.04 Distribuidora Queiroz Ltda
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 10
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Modalidade Proc. Data Licitantes
Valor
Pagto. Pagto.
Dispensa 746 R$ 6.782,00 25.03.04 Daniela da Silva Moura Queiroz
Dispensa 937 R$ 3.089,26 16.04.04 Comercial de Estivas Romão Ltda
Dispensa 965 R$ 790,20 19.04.04 Maria José Ribeiro de Oliveira
Dispensa 1070 R$ 278,00 27.04.04 Sandra Regina Iraildes de Oliveira
José Francisco Oliveira dos
Dispensa 1071 R$ 200,00 27.04.04
Apóstolos
José Francisco Oliveira dos
Dispensa 1157 R$ 200,00 04.05.04
Apóstolos
Dispensa 1226 R$ 2.254,40 14.05.04 Comercial de Estivas Romão Ltda
José Francisco Oliveira dos
Dispensa 1386 R$ 200,00 21.05.04
Apóstolos
Comércio de Generos Alimentícios
Dispensa 1388 R$ 1.632,70 21.05.04 Dourado Ltda

A empresa Maria de Oliveira Nunes Lima, apesar de ter participado sistematicamente das licitações
do PNAE, nunca foi a vencedora, entretanto nos dois certames em tela foi vencedora.
A proprietária, Maria de Oliveira Nunes Lima, é cunhada do Prefeito e mãe do Sr. Jackson Nunes
Lima, membro da Comissão de Licitação à época.
A proprietária da firma individual Daniela da Silva Moura Queiroz é ex-sócia e esposa do Sr. José
Romildo Pinheiro Queiroz, proprietário da Distribuidora Queiroz.
A Distribuidora Queiroz não venceu em nenhum item dos certames licitatórios, entretanto foi
vencedora de todas as licitações com recursos do PNAE.

Em 2004, o fracionamento de despesas beneficiou duas empresas, conforme quadro abaixo:

EMPRESA PROC. DATA VALOR R$


PAGTO. PAGTO.
478 27/02/04 5.191,76
DANIELA DA SILVA QUEIROZ 746 25/03/04 6.782,00
TOTAL 11.973,76
667 19/03/04 3.143,26
COMERCIAL DE ESTIVAS ROMÃO 937 16/04/04 3.089,26
1226 14/05/04 2.254,40
TOTAL 8.486,92

A empresa Comercial de Estivas Romão pertence a José Robson Pinheiro Queiroz, irmão de José
Romildo Pinheiro Queiroz (sócio da Distribuidora Queiroz) e de Delmar Pinheiro Queiroz
funcionário municipal.

Evidência:
Análise de processos licitatórios, documentação comprobatória do FUNDEF – relação e processos
de pagamento -, análise do quadro societário das empresas.

2 – Programa: Toda Criança na Escola


Ação: Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE
Objetivo da Ação de Governo: Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, com
vistas a contribuir para a melhoria do desempenho escolar, para a redução da evasão e da
repetência, e, para formar bons hábitos alimentares.
Ordem de Serviço: 149991 e 150117

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Objeto Fiscalizado: Atuação do controle social, fornecimento de merenda aos alunos e aquisição
de gêneros alimentícios para escolas.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Teofilândia/BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura
Montante de Recursos Financeiros: R$ 445.343,00
Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados à Prefeitura Municipal nos
exercícios de 2002 e 2003.

2.1) Simulação de Licitações e Fracionamento de Despesas em benefício de empresa dos familiares


de servidor Municipal no montante de R$445.343,00.

Fato(s):
A prefeitura realizou as seguintes licitações para aquisição de gêneros alimentícios com recursos do
PNAE no decorrer dos exercícios de 2002 e 2003:

Modalidade Licitantes Vencedor Valor (R$)


Convite 62/2002 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 45.103,19
Daniela da Silva Moura Queiroz
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 48/2002 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 70.223,10
Paulo de Jesus de Teofilândia
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 29/2002 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 69.238,00
Paulo de Jesus de Teofilândia
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 10/2002 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 21.010,00
Paulo de Jesus de Teofilândia
Maria de Oliveira Nunes Lima
TOTAL 205.574,29

Modalidade Licitantes Vencedor Valor (R$)


Convite 20/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 47.082,60
Daniela da Silva Moura Queiroz
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 34/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 63.009,49
Daniela da Silva Moura Queiroz
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 47/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 18.956,60
Daniela da Silva Moura Queiroz
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 60/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 75.499,55
Comercial de Estivas Romão
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 66/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 16.253,89
Mônica Carneiro dos Santos
Maria de Oliveira Nunes Lima
Convite 73/2003 Distribuidora Queiroz Distribuidora Queiroz 18.966,58
Comercial de Estivas Romão
Maria de Oliveira Nunes Lima
TOTAL 239.768,71

A empresa Distribuidora Queiroz Ltda, vencedora de todas as licitações no exercício de 2002 e


2003 no âmbito do PNAE, pertence ao Sr. Romildo Pinheiro Queiroz, irmão do funcionário da
Prefeitura, Delmar Pinheiro Queiroz.

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.
Os proprietários das demais empresas participantes das licitações possuem as seguintes relações de
parentesco com o Prefeito e com membros da Comissão de Licitação:

1) Maria de Oliveira Nunes Lima: A proprietária é irmã da esposa do Prefeito e mãe do Sr. Jackson
Nunes Lima, membro da Comissão de Licitação à época. Apesar de ter sistematicamente
participado das licitações para aquisição de merenda escolar no âmbito do PNAE, nunca ganha
nesse certame. Outrossim, sagra-se sempre vencedora das licitações com recursos do FUNDEF;

2) A proprietária da firma individual Daniela da Silva Moura Queiroz é ex-sócia e esposa do Sr.
José Romildo Pinheiro Queiroz, proprietário da Distribuidora Queiroz;

3) Comercial de Estivas Romão: pertence a José Robson Pinheiro Queiroz, irmão de José Romildo
Pinheiro Queiroz (sócio da Distribuidora Queiroz) e de Delmar Pinheiro Queiroz (servidor da
Prefeitura).

Portanto, evidenciamos que, nos exercícios de 2002 e 2003, os recursos do PNAE, num montante
de R$445.343,00, foram canalizados para a Distribuidora Queiroz. O processo licitatório na
modalidade Convite, que visava respaldar a respectiva contratação, consubstancia sérios indícios de
simulação. As empresas que concorreram com a vencedora do certame pertencem ao mesmo grupo
familiar e, apesar de subsistirem no objeto da licitação mais de 20 itens, os preços cotados
obedeciam um mesmo padrão em termos percentuais superiores aos da Distribuidora Queiroz.

Além de beneficiar empresas de familiares, como acima referido, a administração municipal deixou
de realizar um procedimento licitatório transparente, dando oportunidade de participação a outras
empresas da região. As contratações foram fracionadas a fim de não atingir o valor mínimo para a
realização da Tomada de Preços, em detrimento da competitividade.

Dos fatos acima relatados evidencia-se que:


a) O mesmo grupo de empresas participa de todos os processos licitatórios no âmbito do
município, revezando entre si a posição de vencedora nos certames (Por exemplo: uma empresa
vence as licitações do FUNDEF, outra vence as do PNAE e assim sucessivamente);
b) com o objetivo de conferir aparência de legalidade ao rateio de recursos entre parentes e
apadrinhados, são simulados processos de licitação na modalidade Convite;
c) para realizar a simulação foram utilizadas três empresas: a empresa previamente escolhida
como vencedora e mais duas empresas que serão ganhadoras em outras processos e funcionam
como “colaboradoras” da fraude em troca de “colaborações” de igual natureza em outros
Convites.

Evidência:
Análise de processos licitatórios, documentação comprobatória do PNAE, entrevistas.

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Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos”.

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