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Jornal Interno de Saúde

(O Jornal Interno de Saúde é um documento interno do SMS desenvolvido com o objetivo de levar aos
colegas de trabalho informações úteis sobre o tema da Saúde. Lembramos que as informações aqui
contidas não se destinam a prescrever medicamentos e nem induzir os colegas a automedicação. Quem
deve avaliar o estado clínico e medicar é o Médico Especialista)

Assunto da Semana: GASTRITE

Sinônimos/nomes populares : Doença do estômago, inflamação do estômago.

I) O que é?

O estômago é um tipo de bolsa que recebe o que ingerimos. Internamente, é forrada por
mucosa, uma camada rosada parecida com a que temos em nossa boca.
Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago e, muitas vezes, tem diferente significado para os
leigos e para os médicos.
O público, freqüentemente, usa o termo gastrite como queixa, representando vários
desconfortos relacionados com o aparelho digestivo.
O médico, após examinar o paciente e fazer os exames necessários, conclui que existe
gastrite, inclusive, muitas vezes sem sintomas e outras vezes em que não existe significado
clínico destacável.

II) Como se desenvolve a gastrite?

a) Gastrite aguda
Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento
súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente causador.

Medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico podem levar a uma gastrite aguda.
 Ácido acetil-salicílico (aspirina, AAS), antiinflamatórios não esteróides, corticóides, bebidas
alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida de certas substâncias corrosivas são exemplos de
agentes agressores.
 Alimentos contaminados por germes, como bactérias, vírus, ou por suas toxinas são causa
freqüente de inflamação aguda do estômago, como parte de uma infecção, genericamente
conhecida como gastroenterite aguda.
 Situação bastante conhecida é a hemorragia digestiva superior aguda, com vômitos e
evacuações com sangue.
 A hemorragia digestiva pode ocorrer como complicação de situações graves como o estresse
pela longa permanência dos doentes em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), em períodos
pós-operatórios, em pacientes com queimaduras em extensas áreas do corpo, em
politraumatizados ou em pacientes com infecção generalizada (chamada de septicemia).

b) Gastrite crônica
Em relação à gastrite crônica, também, existe muita confusão, principalmente no que se
refere aos sintomas e à relação com os agentes causadores. Sabe-se que a bactéria Helicobacter
pylori pode determinar uma gastrite crônica.
Na gastrite crônica atrófica, situação em que diminuem muito as células da mucosa do
estômago, existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a
"esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos.
Por vezes, a bile que o fígado descarrega na porção inicial do intestino delgado (chamado
de duodeno), reflui para o estômago, causando inflamação crônica.
Estes fatores, atuando isoladamente ou em conjunto, podem determinar gastrite crônica.

Navarro/2003
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III) O que se sente?

A maioria dos casos crônicos não apresenta sintomas. Já na gastrite aguda, quando
existem queixas, são muito variadas:
 dor em queimação no abdômen
 azia
 perda do apetite
 náuseas e vômitos
 sangramento digestivo, nos casos complicados, demonstrado pela evacuação de fezes pretas
(melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).

Por deficiência de absorção de Vitamina B12 e ácido fólico, pode ocorrer anemia
manifestada por:
 Fraqueza
 ardência da língua (glossite)
 irritação dos cantos dos lábios (comissurite)
 diarréia
 mais raramente, alterações neurológicas envolvendo memória, orientação e coerência, quadro
clínico relacionado à gastrite atrófica.

IV) Como o médico faz o diagnóstico?

Na gastrite aguda, baseando-se na história clínica, sendo em geral desnecessário exames.


Na suspeita de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame
indicado. A endoscopia é um exame que permite enxergar diretamente a mucosa, mostrando
alterações sugestivas de algum tipo de gastrite. Entretanto, 40% dos casos de gastrite crônica
nada mostram. Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é,
fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo exame microscópico de fragmentos da mucosa
colhidos por pinça de biópsia que passa através do próprio endoscópio.

V) Qual é o tratamento?

O tratamento está relacionado ao agente causador. Nos casos de gastrite aguda associada
ao uso de medicações antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de
medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o
tratamento básico.
A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento,
além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos
locais.
Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há
gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas
digestivos.

VI) Como se previne?

 Evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e a aspirina.


 Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo.
 Existem controvérsias quanto ao hábito da ingestão de café e chá preto influir nas gastrites,
por isso o seu consumo deverá depender da tolerância individual.
 A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da
higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na

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conservação dos alimentos, faz decrescer significativamente as vítimas das toxinfecções


alimentares (gastroenterites).

VII) Perguntas que você pode fazer ao seu médico

 Gastrite e úlcera são parecidos?


 Todo mundo que tem gastrite sente alguma coisa?
 Existem alimentos que pioram a gastrite? E as comidas ácidas ou temperadas?
 É preciso fazer tratamento para todos tipos de gastrite?
 Existe perigo da gastrite evoluir para algo mais grave?

Navarro/2003

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