CIÊNCIA POLÍTICA
Já foi abordado que o Liberalismo, que pode ser definido como “como um conjunto
de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da
liberdade política e econômica”. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte
controle do Estado na economia e na vida das pessoas.
O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre
política publicados pelo filósofo inglês John Locke e no século XVIII, o liberalismo
econômico ganhou força com as idéias defendidas pelo filósofo e economista escocês
Adam Smith.
Eis os princípios básicos do liberalismo:
- Defesa da propriedade privada;
- Liberdade econômica (livre mercado);
- Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado);
- Igualdade perante a lei (estado de direito);
A reforçar esse entendimento, eis passagem de Sieyès: “É para a utilidade comum que
os cidadãos nomeiam representante, bem mais aptos que ele próprios a conhecerem o
interesse geral e a interpretar sua própria vontade”. E mais veemente Condocert:
“Mandatário do povo, farei o que cuidar mais consentâneo com seus interesses.
Mandou-me ele expor minhas idéias, não as suas: a absoluta independência das
minhas opiniões é o primeiro de meus deveres para com o povo”. (Bonavides, 222)
Mandatos:
Partidos Políticos:
A mais antiga definição de partido político que se tem noticia é Burke, que em 1770
definiu partido como “um corpo de pessoas unidas para promover, mediante esforço
conjunto, o interesse nacional, com base em algum princípio especial, ao redor do
qual todos se acham de acordo”.
“(...) é uma organização de pessoas que inspiradas por idéias ou movidas por
interesses, buscam tomar o poder, normalmente pelo emprego de meios legais, e nele
conservar-se para a realização dos fins propugnados” (A importância dos Partidos
Políticos no funcionamento do Estado, p. 41)
Bolingbroke: “a pior de todas as divisões vem a ser com certeza aquela que resulta das
divisões partidárias”
David Hume: “Do mesmo modo que os legisladores e fundadores de Estados devem
ser honrados e respeitados pelo gênero humano, os fundadores de partidos políticos e
facções devem ser odiados e detestados”.
John Marshall: “nada rebaixa ou polui mais o caráter humano do que um partido
político”
Jellineck: “em sua essência, são grupos que, unidos por convicções comuns, dirigidas
a determinados fins estatais, buscam realizar esses fins”.
Kelsen: “os partidos políticos são organizações que congregam homens da mesma
opinião para afiançar-lhes verdadeira influência na realização dos negócios públicos”
PT – 17,2%
PMDB – 15,4%
PSDB – 10,3%
DEM – 8,4%
PR – 8%
PP – 8%
PSB – 6,6%
PDT – 5,5%
PTB – 4,1%
PSC – 3,3%
PC do B – 2,9%
PV – 2,9%
PPS – 2,3%
PRB – 1,6%
PMN – 0,8%
PT do B – 0,6%
PSOL – 0,6%
PRTB – 0,4%
PHS – 0,4%
PRP – 0,4%
PSL – 0,2%
PTC – 0,2
Grupos de Pressão:
“Grupos de pressão não são outra coisa senão as forças sociais, econômicas e
espirituais da nação, organizadas e atuantes” (Bonavides, 461).
Esses grupos exercem influência sobre o poder político para obtenção eventual de
uma determinada medida de governo que lhe favoreça os interesses.
a) persuasão
b) corrupção
c) intimidação
Opinião Pública:
Que é opinião pública? Para responder a questão e situar o problema, merece ser
transcrito nessas notas de aula trechos de artigo sobre o tema, escrito por um
especialista chamado Harwood L. Childs:
“O ponto que desejo salientar é apenas este: opinião pública é qualquer coleção
de opiniões individuais, independentemente do grau de concordância ou
uniformidade. O grau de uniformidade é um assunto a ser investigado, e não algo a ser
fixado arbitrariamente, como condição para a existência da opinião pública”.
Opinião Pública é a opinião da maioria? Nem sempre, como ensina o Mestre Darci
Azambuja, senão veja:
Como se forma a opinião pública? “Vê-se, pois, que os diversos fatores que influem
no espírito do indivíduo e da sociedade para formar aopinião são os variados modos
de comunicação do pensamento: a conversação, a impresa, livros, discursos,
conferências, o rádio, o cinema, etc” (Azambuja, 301)
Há limites para a opinião pública? “Não é possível traçar regras para determinar
rigorosamente os limites da opinião pública, para especificar quais as matérias em que
ela é competente e quais as que lhe escapam à compreesão” (Azambuja, 302). E
continua o professor Azambuja, “de modo geral, a opinião pública é mais competente
nos assuntos locais, nas pequenas cidades, nos municípios, porque conhece
diretamente os problemas, as necessidades e os homens” (302).
Devem os governantes ignorar a opinião pública? “Os grande erros políticos foram
sempre cometidos por homens que ludibriaram ou esmagaram a opinião pública. Nos
momentos mais difíceis, e sobre os mais graves problemas, a decisão da opinião
pública é geralmente acertada, generosa e justa” (Azambuja, 304).
a) o referendum:
b) o plebiscito:
O veto e referendum asseguram ao povo que ele não será submetido a uma legislação
que não queira, mas não obrigam o parlamento a legislar, a iniciativa, ao contrário,
confere ao povo o exercício de uma verdadeira orientação governamental na medida
em que este propõe formalmente a legislação que no seu parecer melhor atenda ao
interesse público1 Como deve ser apresentado um projeto de iniciativa? Veja o passo a
passo:
• É obrigatória a apresentação das assinaturas de 1% dos eleitores brasileiros
divididos entre cinco estados, com não menos de 0,3% do eleitorado de cada
estado.
É o sistema adotado em alguns países onde é possível por fim ao mandato eletivo de
um funcionário ou parlamentar antes da expiração do prazo legal. A Suíça e os
Estados Unidos o admitem em seus respectivos ordenamentos jurídico. A forma mais
conhecida de revogação é o recall que é a forma de revogação individual daqueles
cujo comportamento merece censura do eleitor: “determinado número de cidadãos,
em geral a décima parte do corpo de eleitores, formula, em petição assinada,
acusações contra o deputado ou magistrado que decaiu da confiança popular, pedindo
sua substituição ou intimando-o a que se demita de seu mandato”.
1
Constituição Federal, art. 61, II, § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de
cada um deles.
e) o veto.