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Galliano (1986:70)

A LEITURA E SEU APRIMORAMENTO

A leitura é tão significativa que nos motiva ao aprendizado logo nos primeiros anos de
nossas vidas. Sem a leitura o avanço no conhecimento científico torna-se impossível, pois nos
detemos ao discurso dos outros.
Podemos afirmar que a leitura constitui um fator decisivo, porque, através dela, temos a
oportunidade de ampliar e aprofundar os estudos, visto que os textos formam uma fonte
praticamente inesgotável de conhecimentos.
Normalmente existem duas espécies de leitura: uma praticada por cultura geral ou
entretenimento desinteressado, que ocorre quando você lê uma revista ou um jornal; e outra
que requer atenção especial e profunda concentração mental, realizada por necessidade de
saber, como por exemplo, quando você lê um livro, um texto de estudo ou uma revista
especializada.
Para que a leitura seja eficiente, eficaz e proveitosa, orienta-se dedicada atenção no
que se está lendo, caso contrário a leitura será superficial e, portanto, pouco entendida.
Além de atenção, há necessidade de velocidade na leitura. Pela orientação de Galliano
(1986:70), ao ler um parágrafo, o leitor deve fazer uma leitura rápida, obedecendo as pausas
que, com um bom treinamento, passam ser momentos de fixação.
Em um texto já existem as pausas, que se apresentam em forma de pontuação, já
efetivadas pelo autor. A pontuação tanto assinala as pausas e entonação na leitura, como
também serve para separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas.
Uma outra finalidade da pontuação é esclarecer o sentido da frase. A duração da
pausa é também um problema importante, porque está diretamente relacionada com a
sustentação da atenção do leitor no texto. A leitura é tanto melhor quanto mais curta é a pausa
de fixação dos olhos.
Com relação a velocidade na leitura proveitosa, Galliano (1986:79) ressalta que ³campo
de visão, quanto à leitura, é o número de palavras que os olhos são capazes de absorver numa
única parada. Quando encontram seu momento de fixação eles enfocam uma palavra, mas são
capazes de captar outras tantas à esquerda e à direita da enfocada. Ora, quanto maior for o
número de palavras captadas entre uma pausa e outra, maior será o campo de visão do leitor.
E quanto mais amplo for este campo, melhor será a leitura, pois em cada parada poderá
absorver maior quantidade de texto, ou seja, abranger maior µextensão¶ do conteúdo expresso
pelas palavras´.
Se o seu campo de visão for estreito, limitando somente a palavra que você está lendo
naquele momento, torna-se prejudicial e sua leitura fica comprometida, e, portanto, lenta.
Quando o comportamento ocorre desta maneira, sua percepção acaba ligando palavras sem
sentido, devido às interrupções das pausas e o ritmo apropriado. Quanto mais lenta é a leitura,
mais facilmente a atenção se dispersa.
Convém você aumentar o seu campo de visão, treinando absorver na leitura o máximo
de palavras à esquerda e à direita da palavra enfocada no momento da leitura.
Outra orientação importante sugerida por Galliano (1986:80) para você tornar a leitura
mais veloz é a seguinte: ao enfocar a última palavra de uma linha, passe rapidamente para a
primeira palavra da linha seguinte, mas já se fixando nas palavras que se encontram no centro
desta mesma linha.
Cada assunto requer uma velocidade própria de leitura. A velocidade visual e mental
de um livro técnico é diferente da de uma história em quadrinhos, pois a literatura de ficção
pode ser absorvida mais rapidamente do que uma obra teórica especializada, já que exige
menos reflexão por parte do leitor.
Após um bom treinamento em sua leitura, mostrando sensíveis melhoras, que unem
melhor rendimento com maior velocidade de leitura, não se pode esquecer que, para o domínio
de um texto, exige-se: avaliação, discussão e aplicação. É preciso questionar a validade do
texto, discutir com outras pessoas, porque, às vezes, a opinião de outras pessoas permite a
descoberta de pontos importantes que passaram despercebidos durante a leitura, ou então
acrescenta informações em alguns aspectos, bastante relevantes. Discutir é também uma
forma de melhor analisar e avaliar o que se lê. Para concluir o significado da leitura, devemos
fazer aplicação, quando possível, do conteúdo lido. Tal procedimento corresponde ao
coroamento final da aprendizagem de um texto absorvido.
A eficiência de uma boa leitura está, geralmente, relacionada com o ambiente. É
preciso, portanto, que o leitor proporcione condições ambientes favoráveis para efetuar sua
leitura, de modo que se sinta fisicamente confortável para dedicar toda a sua atenção ao que
lê.
Para um bom rendimento na leitura, devem ser evitados: má iluminação, agitação,
posição de má acomodação do corpo e barulho. Estes fatores perturbam a concentração e
conduzem à dispersão das idéias. Quando as condições ambientais não são propícias para a
leitura, torna-se difícil captar o sentido do que se lê.
Caso seja impossível dispor de condições ambientais favoráveis, deve-se estabelecer
um determinado controle, concentrando bem mais na leitura, esquecendo os fatores externos.
O que também colabora com uma boa leitura é o silêncio interior. Cada leitor pode
desenvolver seu processo pessoal. A preparação mental por alguns minutos, buscando a
concentração, é uma ótima técnica para se obter o silêncio interior, e tem mostrado ser um
fator positivo em numerosos estudantes.
Um outro fator preponderante na leitura de um texto é o domínio do vocabulário. Se o
leitor tem o hábito de ler freqüentemente e sua leitura é ampla e abrange vários assuntos
distintos, então deve realmente dominar um vocabulário significativo. Existem vocábulos de uso
comum, popular e geral, e vocábulos especializados, de uso restrito a determinadas áreas.
Quando o vocabulário do leitor for reduzido, constitui-se um obstáculo à leitura proveitosa.
Quando se desconhece o significado de certas palavras, a melhor maneira é consultar
um dicionário, a fim de que seu sentido seja imediatamente esclarecido. Outra possibilidade
consiste em prorrogar este esclarecimento, dando-lhe a possibilidade de ocorrer no
prosseguimento da leitura, isto é, tentar descobrir o sentido do vocábulo desconhecido, através
do contexto em que está inserido. Uma palavra mal compreendida ou mal interpretada pode
definir ou mudar todo o sentido do texto. Quando esta palavra acontece de ser a palavra-
chave, então a situação será ainda mais desastrosa.

ESTUDO DO TEXTO

Para estudar um determinado texto, devemos fazê-lo como um todo até adquirir uma
visão global, para que possamos dominar e entender a mensagem que o autor pretendia
relatar quando escreveu. Os textos de estudos requerem reflexão por aqueles que os estudam
e, portanto, a leitura dos mesmos exige um método de abordagem. Devemos compreender,
analisar, interpretar e, para isso, temos que criar condições capazes de permitir a
compreensão, a análise, a síntese e a interpretação de seu conteúdo.
̅Analisar ± decompor um texto completo em suas partes para melhor estudá-las.
̅Sintetizar ± reconstituir o texto decomposto pela análise.
̅Interpretar ± tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas no texto, isto
é, dialogar com o autor.

"#&(%."$&!"".

Como sublinhar:

Sublinhar é passar um traço abaixo de uma palavra ou frase. Hoje, com o emprego do
computador, podemos sublinhar de uma outra forma, ora digitando em *, ora em R R.
Galliano (1986:86) sugere as seguintes etapas para o leitor sublinhar corretamente:
I ± Ler atentamente o texto e questioná-lo, procurando encontrar as respostas para os
questionamentos iniciais.
II ± Assinalar em uma folha de papel os termos, conceitos, idéias etc, que deverão ser
pesquisados após a leitura inicial.
III ± Fazer a segunda leitura e, a partir daí, sublinhar a idéia principal, os pormenores
mais significativos, enfim, os elementos básicos da unidade de leitura.
A prática possibilitará que o leitor perceba que raramente será necessário sublinhar
uma oração inteira. Quase sempre é uma palavra-chave que se apresenta como elemento
essencial. Na realidade, a regra fundamental é sublinhar apenas o que é importante para o
estudo realizado, e somente depois de estar seguro dessa importância. O correto é que, ao ler
o sublinhado, seja possível obter claramente o conteúdo do que foi lido.

Como esquematizar:

Esquematizar é fazer um esquema do que se leu, que na realidade corresponde a uma


representação gráfica e sintética do texto. O esquema é montado em uma seqüência lógica,
que apresenta as principais partes do conteúdo do texto, mediante divisões e subdivisões. Ele
facilita a compreensão do texto, permitindo uma reflexão melhor, além de possibilitar a rápida
recordação da leitura no caso de consultas futuras. Exemplo:

Ocorrência periódica Águas do Oceano Atividade de pesca do Peru


(época do Natal) Pacífico

Águas frias das regiões Inflete para oeste antes de atingir o


polares para as regiões equador
Corrente marítima (costas da Austrália e das Ilhas
de Humboldt sul-equatorianas
Salomão)

Microrganismos animais e vegetais de Alimentos para


vida aquática (plâncton) os peixes
FENÔMENO
EL NIÑO

Desvio da corrente de Inflete para oeste, antes de atingir as


águas frias costas do Peru

Ventos provindos Aquecimento das águas


do oeste Ar quente costeiras do Peru

Diminuição da Queda do rendimento


quantidade de plâncton pesqueiro
Uma outra forma de apresentar um esquema é através de uma listagem hierarquizada
por diferenciação de espaço e/ou subdivisão numérica, como o seguinte:

FENÔMENO EL NIÑO
1. Ocorrência periódica (época do Natal).
Águas do Oceano Pacífico.
1.1.1. Atividades de pesca do Peru.
2. Corrente marítima de Humboldt.
Águas frias das regiões polares para as regiões sul-
equatorianas.
2.1.1. Inflete para oeste antes de atingir o equador
(costas da Austrália e das Ilhas Salomão).
3. Microrganismos animais e vegetais da vida aquática (plâncton).
Alimentos para os peixes.
4. Desvio da corrente de águas frias.
Inflete para oeste, antes de atingir as costas do Peru.
5. Ventos provindos do oeste
Ar quente.
5.1.1. Aquecimento das águas costeiras do Peru.
6. Diminuição da quantidade de plâncton.
Queda do rendimento pesqueiro.

Como resumir:

O resumo é uma técnica empregada para a condensação de um texto, sendo bastante


útil quando há necessidade de uma rápida leitura, para recordar o essencial do que se estudou
e a conclusão a que se chegou.
A Norma NB-88, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define resumo
como ³apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto´. Em outras palavras:
apresentação sucinta, compacta, sintética, dos pontos mais importantes de um texto,
selecionando as principais idéias do autor.
Para fazer um resumo é aconselhável uma primeira leitura, seguida de um esboço do
texto, na tentativa de captação da idéia principal. Duas questões deverão ser levantadas: de
que trata este texto? O que pretende demonstrar? Acreditamos que ao proceder desta
maneira, o estudante identificará a idéia central e os propósitos que nortearam o autor a
escrever o texto. Segue-se a este procedimento a tentativa de descoberta das partes principais
que estruturam o texto.
Galliano (1986:90) destaca três itens que apresentam as normas práticas de
elaboração do resumo:
̅ ? 
R    
       R  
É praticamente impossível resumir o que não se conhece. Por isso, para elaborar o
resumo o estudante deve basear-se em suas anotações prévias e guiar-se pelo esquema do
texto. É possível resumir o que se conhece sobre algum assunto. No entanto, resumo de texto
implica, necessariamente, fidelidade ao texto original e, neste caso, não se pode confiar na
memória.
̅ Y RR    R  R .
O resumo tem a finalidade essencial de abreviar. É preciso ser conciso e claro ao
transpor o pensamento do autor. Para isso, use as idéias mais importantes do texto, tratando
de abrevia-las em poucas palavras e encadeá-las em seqüência.
Mas não se deve ser tão conciso no resumo quanto no esquema. Havendo
necessidade, as transcrições devem ser feitas e colocadas entre aspas, completando a
referência com o número da página entre parênteses, a fim de indicar o local onde se encontra
no texto original.
̅ Y  R RRR      
 
R.
Como o esquema, o resumo é também um instrumento de trabalho e deve ser o mais
funcional possível. Portanto, pode e deve oferecer, ainda que de maneira concisa, todos os
elementos necessários à evocação do que se estudou, sem que seja necessária uma nova
leitura do texto original. Como a fidelidade do texto é obrigatória, assegure-se de que fique
clara a diferenciação entre o que é resumo do texto e o que é complementar e resultado do
estudo, tais como idéias integradoras, referências bibliográficas, e observações de caráter
pessoal ou citações de outras fontes.
As regras para a elaboração de um resumo, segundo Serafini (1986:149), citado em
Medeiros (1997:104), são: ", *,, ,, (",.
A supressão elimina palavras secundárias do texto. Em geral são os advérbios,
adjetivos, preposições, e outras, desde que não necessários à compreensão do texto.
A generalização permite substituir elementos específicos por outros genéricos. Por
exemplo:
³‘
      R    R  

R R
 R
R   R  R 
  R ´.
(&:
³‘
   R  R 
   ´.
A seleção cuida de eliminar obviedades ou informações secundárias e ater-se às idéias
principais. Exemplo:
³  R R
    R     R   R 
 R  
  R  R       R R    Y

 
 
R      R
          
  R
  
   
 R   ´.
(*"& :
÷  R     R     R  R          
R 

    R
       R
    R  
 !
A construção de uma nova frase (paráfrase), respeitando-se, porém, o conteúdo
daquela que lhe deu origem, torna este texto anterior apresentado como:
Y    R     
  R
   "  R  R  
R  #       R           
      R   


R 
O resumo difere do esquema quanto à forma de apresentação, mas ambos apresentam
a mesma finalidade: sintetizar as idéias do autor, mantendo fidelidade.
Para Lakatos e Marconi (1992:74), os tipos de resumo são: (%"(%,
% " +(, e (+(. Ele é indicativo ou descritivo, quando faz referência às
partes mais importantes, componentes do texto. Esta forma de resumo utiliza frases curtas,
cada uma correspondendo a um elemento importante da obra. Não é simples enumeração do
sumário ou índice do trabalho e não dispensa a leitura do texto completo, pois apenas
descreve sua natureza, forma e propósito. Conforme Medeiros (1997:119), o resumo do tipo
indicativo caracteriza-se como um sumário narrativo, que elimina dados qualitativos e
quantitativos e refere-se às partes mais importantes do texto. O resumo informativo ou analítico
é mais amplo do que o indicativo contém todas as informações principais apresentadas no
texto e permite a dispensa da sua leitura. Tem a finalidade de informar o conteúdo e as
principais idéias do autor, salientando:

̅ os objetivos e o assunto (a menos que se encontre explicitado no título);


̅ os métodos e as técnicas (descritivas de forma concisa, exceto quando um dos
objetivos do trabalho é a apresentação de novas técnicas);
̅ os resultados e as conclusões.

Este tipo de resumo não deve conter comentários pessoais ou julgamento de valor, do
mesmo modo que não deve formular críticas. Deve ser seletivo e não mera repetição
sintetizada de todas as idéias do autor. Utilizam-se, de preferência, as próprias palavras de
quem fez o resumo, e quando citam-se as do autor, estas são apresentadas entre aspas. Ao
final do resumo, deve-se indicar as palavras-chaves do texto e evitar expressões como: o autor
disse, o autor falou, segundo o autor ou segundo ele, a seguir, este livro (ou artigo, ou
documento) e outras do gênero. Ou seja, todas as palavras supérfluas. Nesse tipo de resumo
deve-se dar preferência à forma impessoal.
O resumo crítico é aquele onde se efetua um julgamento sobre o trabalho. É a crítica
da forma, no que se refere aos aspectos metodológicos; do conteúdo, quanto ao
desenvolvimento da lógica da demonstração; da técnica da apresentação das idéias principais.
No " (+(   $% (,1. Medeiros (1997:120) enfatiza que o resumo
crítico também é denominado de resenha e compreende a análise e interpretação de um texto.
Segundo a NB 88, da ABNT, deve-se evitar o uso de parágrafos no meio do resumo.
Portanto, o resumo é constituído de um só parágrafo.

Análise de Texto:
É necessário o leitor relembrar que análise significa estudar um todo, dividindo em
partes, interpretando cada uma delas, para a compreensão do todo. Quando se faz análise de
texto, penetramos na idéia e no pensamento do autor que originou o texto. Para que o estudo
do texto seja completo, temos que decompô-lo em partes e, ao fazê-lo, estamos efetuando sua
análise.
Para a análise do texto, Galliano (1986:91), apresenta um esquema que inclui:
a) Análise Textual ± leitura visando obter uma visão do todo, dirimindo todas
as dúvidas possíveis, e um esquema do texto.
b) Análise Temática ± compreensão e apreensão do texto, que inclui: idéias,
problemas, processos de raciocínio, comparações e esquema do pensamento do autor.
c) Análise Interpretativa ± demonstração dos tipos de relações entre as idéias
do autor em razão do contexto científico e filosófico, de diferentes épocas, e exame crítico e
objetivo do texto: discussão e resumo.
Severino (2000:54) elaborou um modelo de análise de texto, com o acréscimo de mais
dois itens: problematização e síntese pessoal.
A problematização consiste no levantamento dos problemas e discussão, enquanto a
síntese pessoal trata da reunião dos elementos de um todo, após a reflexão.
Lakatos e Marconi (1992:23) enfatizam que ³a análise do texto ou a maneira de estudá-
lo depende sempre do fim a que se destina. Os textos de estudo de caráter científico requerem,
por parte de quem os analisa, um método de abordagem e certa disciplina intelectual´. Afirmam
ainda que a análise do texto tem como objetivo levar o estudante a:
̅ aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto:
̅ reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto;
̅ interpretar o texto, familiarizando-se com idéias, estilos, vocabulários;
̅ chegar a níveis mais profundos de compreensão;
̅ reconhecer o valor do material, separando o importante do secundário ou acessório;
̅ desenvolver a capacidade de distinguir fatos, hipóteses e problemas:
̅ encontrar as idéias principais ou diretrizes e as secundárias;
̅ perceber como as idéias se relacionam;
̅ identificar as conclusões e as bases que as sustentam.

Análise Textual:
Para efetivar a análise textual, inicialmente o leitor deve ler o texto do começo ao fim,
com o objetivo de uma primeira apresentação do pensamento do autor. Não há necessidade
dessa leitura ser profunda. Trata-se apenas dos primeiros contatos iniciais, quando se sugere
que já sejam feitas anotações dos vocábulos desconhecidos, pontos não entendidos em um
primeiro momento, e todas as dúvidas que impeçam a compreensão do pensamento do autor.
Após a leitura inicial, o leitor deve esclarecer as dúvidas assinaladas que, dirimidas, permitem
que o leitor passe a uma nova leitura, visando a compreensão do todo. Nesta segunda leitura,
com todas as dúvidas resolvidas, o leitor prepara um esquema provisório do que foi estudado,
que facilitará a interpretação das idéias e/ou fenômenos, na tentativa de descobrir conclusões a
que o autor chegou.
Para Galliano (1986:92), um melhor entendimento da análise textual é ³informar-se
melhor a respeito do autor. Freqüentemente uma pesquisa em boas enciclopédias é suficiente
para a obtenção de dados muito úteis ao estudo, pois costuma oferecer referências valiosas
sobre a vida, a obra e, quando é o caso, a doutrina do autor. Ao mesmo tempo, o estudante
deve aproveitar a oportunidade para resolver as ambigüidades e dúvidas que por aca so
persistirem em determinados conceitos ou idéias expostas no texto e cuja compreensão deixou
a desejar. Muitas vezes as enciclopédias também apresentam pequenos resumos de obras
específicas, dando destaque e explicitando seus elementos fundamentais, o que ajuda
consideravelmente a elucidar questões surgidas durante a leitura. Se o texto faz referência a
outros elementos que o estudante não domina, tais como fatos históricos, obras, doutrinas,
autores etc., é ainda indispensável que obtenha os esclarecimentos requeridos. Para isso deve
recorrer aos dicionários gerais e especializados, enciclopédias, manuais didáticos, apostilas,
enfim, às obras de referência que se façam necessárias, ou consultar especialistas da área em
foco´. Severino (2000:51) aborda a análise textual através da leitura, visando o levantamento
de todos os elementos importantes do texto, ou seja, credenciais do autor, metodologia, estilo,
vocabulário, fatos, autores e doutrinas.

Análise Temática:
A análise temática vem logo após a análise textual, cuja finalidade é compreender
profundamente o texto. Nesta etapa o leitor ainda não interpretará o texto, preocupando-se
apenas em aprender, sem discutir nem debater com o autor. Questiona e procura respostas.
Nesta análise o leitor deverá descobrir a idéia principal, diretriz do trabalho do autor, tarefa nem
sempre fácil, visto que, às vezes, ela não está incluída no título do texto, dificultando a
percepção através da leitura do sumário ou do índice da obra. Quando a diretriz não está clara,
o leitor deve investigar, e Galliano (1986:93) sugere que a maneira mais prática de se
encontrar a temática do texto é durante a leitura, quando se busca permanentemente respostas
para as perguntas:

̅ De que trata este texto?


̅ O que mantém sua unidade global?

Nem todos os textos são redigidos com clareza, alguns são até confusos. Nesses
casos, o leitor tem que procurar o processo do raciocínio do autor, e reconstituí-lo
esquematicamente, fornecendo a representação gráfica do que vem a ser, conforme Galliano
(1986:93), a ³coluna vertebral´ do texto. Este esquema pode ser diferente do realizado na
primeira leitura, durante a análise textual, que após obtido, possibilitará a compreensão de todo
o conteúdo essencial exposto pelo autor no desenvolvimento do seu problema.
A análise temática estará concluída quando o leitor conseguir estabelecer, com
segurança, o esquema definitivo do pensamento do autor, evidenciando que realmente
aprendeu o conteúdo do texto.
Para Severino (2000:53), a análise temática trata da apreensão do conteúdo, isto é,
tema, problema, idéias (central e secundárias), raciocínio e argumentação. É importante a
análise para a elaboração de resumos e organogramas.
Análise interpretativa:
Esta análise visa a interpretação do texto. De acordo com Medeiros (1997:86),
³interpretação é processo, num primeiro momento, de dizer o que o autor disse, parafraseando
o texto, resumindo-o; é reproduzir as idéias do texto. Num segundo momento, entende-se
interpretação como comentário, discussão das idéias do autor´.
Nas duas análises anteriores, o leitor ³ouviu´ o autor, mas na análise interpretativa já há
um ³diálogo´, levando aquele a tomar uma posição própria a respeito das idéias deste. É o
momento do leitor também apresentar suas idéias.
Para realizar a análise interpretativa de um texto, Galliano (1986:94) sugere o seguinte
procedimento:
̅ Não se deixe tomar pela subjetividade;
̅ Relacione as idéias do autor com o contexto filosófico e científico de sua época e de
nossos dias;
̅ Faça a leitura das ³entrelinhas´ a fim de inferir o que não está explícito no texto;
̅ Adote uma posição crítica, a mais objetiva possível, com relação ao texto.
Essa posição tem de estar fundamentada em argumentos válidos, lógicos e
convincentes;
̅ Faça o resumo do que estudou;
̅ Discuta o resultado obtido no estudo.
Ao finalizar a análise interpretativa, com certeza, o leitor terá adquirido conhecimento
qualitativo e quantitativo sobre o tema estudado.
A análise interpretativa conduz o leitor a atuar como crítico do que o autor escreveu.
Lakatos e Marconi (1992:24) não consideram os três tipos de análises separadamente,
mas simplesmente ³análise de texto´. Orientam, portanto, o seguinte procedimento para
realizá-la:
̅ Escolhida a obra ou selecionado o texto, que deve ter sentido completo, procede-se à
leitura integral do mesmo, para se ter uma visão do todo;
̅ Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou expressões desconhecidas,
valendo-se de um dicionário para esclarecer seus significados;
̅ Dirimidas as dúvidas, fazer nova leitura, visando a compreensão do todo. Se
necessário, consultar fontes secundárias;
̅ Tornar a ler, procurando a idéia principal ou palavra-chave, que pode estar explícita
no texto; às vezes, confundida com aspectos secundários ou acessórios;
̅ Localizar acontecimentos ou idéias, comparando-os entre si e procurando
semelhanças e diferenças existentes;
̅ Agrupá-los pelo menos por uma semelhança importante e organizá-los em ordem
hierárquica de importância;
̅ Interpretar as idéias e/ou fenômenos, tentando descobrir conclusões a que o autor
chegou.

Ë : (informações extraídas do livro)

SILVA, Airton Marques da e MOURA, Epitácio


Macário.   R     R "R . Fortaleza,
2000. 188p.

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