Três grandes teorias que iremos estudar para compreendermos melhor o fenômeno da
linguagem. Sendo assim tentarei mostrar as três concepções da linguagem: Realismo, Mentalismo,
Pragmatismo. Esses três paradigmas são responsáveis na história da Filosofia da Linguagem.
Nesse trabalho iremos explorar a ascendência filosófica desses paradigmas para compreensão da
linguagem, sem esquecermos que a filosofia ocidental se preocupa com a linguagem na questão do
sentido (semântica).
A filosofia nos oferece três ângulos principais que se entende a linguagem humana.
1- Identifica parcelas da realidade (Realista)
2- Representa acontecimentos mentais compartilhados entre falantes e ouvintes (Mentalista)
3- É usada ou vinvenciada no fluxo das práticas e costumes de uma comunidade linguística,
histórica e culturalmente determinada (Pragmático).
Esses modos de ver a linguagem são entendidos de forma diferentes, as dimensões do
‘real’, do ‘mental’ e do ‘histórico cultural’. As diferenças entre esses ângulos nos permitem
condição de percebermos os variados sentidos mútuos e híbridos. O realismo, mentalismo se
associam no pensamento grego.
Portanto, daí surge os dois pensadores Platão e Aristóteles, que a Filosofia se deflaga pela
experiência do thauma, palavra grega que significa a espanto, admiração ou assombro. Para Platão
essa experiência se refere ‘o começo da filosofia’ e para Aristóteles atribui ‘o começo de todos os
saberes’. Trata-se de um lado os filósofos intitulados de Sofistas(Gógias, Protágoras, Pródicos) e
os Socráticos(Platão e Aristóteles).
Surge o antagonismo entre o pensamento Sofista: Verdade relativa, múltipla, mutável, não possui
uma essência fixa; o pensamento Socrático: A verdade prevalece sobre o consenso. Temos ai o
ponto exato do antagonismo entre Sofistas e Socráticos.
Sem deixarmos de mencionarmos a pragmática está ligada ao pensamento sofista.
Górgias dá sua contribuição para essa discussão sobre a linguagem, segundo Górgias ‘a linguagem
só é linguagem’, a linguagem não diz o real. Pois não há possibilidade de acesso ao objeto real, o
que a linguagem expressa são as próprias opiniões ou impressões dos homens. Esse pensamento de
Górgias associa-se com os sofistas.
Os sofistas eram um grupo de manipuladores da linguagem e possuíam um alto poder de
persuasão, um discurso verdadeiramente perfeito, segundo Platão é um discurso falso,
inescrupulosos.
Para Platão ‘a verdade prevalece sobre o consenso’, ou seja, a verdade prevalece sobre tudo, à
linguagem é clara, real e objetiva.
Chegamos à compreensão exata desses três caminhos da Filosofia da Linguagem.
I-Realismo (Platão)
É a compreensão realista do sentido está associada de que a função maior da linguagem é
descrever ou representar o real.
A linguagem no olhar platônico: as palavras têm propósitos, representam a realidade, não a
realidade fenomênica, mas a realidade essencial das coisas.
Algumas características do Realismo:
• Mundo sensível/ mundo inteligível
• Verdade sobre o consenso
• Estrutura da Preposição:Onoma(sujeito) + Rhema(predicado ou verbo)
• Representa a realidade
• Informar sobre as coisas
• Linguagem X Real
Há também Sócrates que na sua concepção diz que a função essencial da linguagem é
informar sobre as coisas; na sua analogia compara o tear com a linguagem, pois assim como ocorre
com o tear, a linguagem teria sido inventada com um propósito e que este propósito manifesta
patentemente com sua própria estrutura.
Sócrates sugere: não faz sentido começar investigar a natureza da linguagem a não ser partindo do
princípio de que ela funciona, essa funcionalidade da linguagem é a existência de falar das coisas.
II-Mentalismo(Aristóteles)
Agora vamos estudar a perspectiva da linguagem no pensamento de Aristóteles: ‘A metáfora
consiste em dar uma coisa o nome que pertence à outra coisa’. Essa metáfora quer dizer ‘coisa que
se refere à coisa’. Ou seja, o nome flor pertence somente á coisa FLOR, não podendo relacioná-la
com flor da idade indicando assim uma fase da vida.
A linguagem é um movimento na direção do mentalismo, as palavras representam alguma coisa
que tem lugar no interior do homem. A linguagem simbolizaria aquilo que vai ao espírito,
resultado do impacto do mundo sobre o homem, o modo como aquilo o afeta.
O real aristotélico deu lugar a outra teoria a ‘Lógica’. A lógica com a articulação racional do
pensamento. E essa teoria obteve um grande desenvolvimento nas reflexões sobre linguagem e o
sentido.
As divergências desses dois filósofos:
Para Aristóteles: A Alma, ou seja, as afecções da alma são as mesmas para todos.
Para Platão: O Real
Sendo que no campo do Sofistas os dois pensadores se opõem a essa corrente. Outros pontos que
Platão e Aristóteles se relacionam reconhecem na racionalidade a condição nuclear de
funcionamento da linguagem. As palavras representam o propósito fundamental de representar a
Objetividade.
Algumas características do Mentalismo:
Inteligência do homem
Tríade: linguagem♣ X alma X real
Simbolizasse o pensamento
Declarativo