Energia
1 Neste anexo apresentamos os procedimentos detalhados para operação do Mercado
Atacado de Energia (MAE), como complementação às recomendações feitas na Seção 2 do
Relatório principal.
(a) Questão 1: como tratar as perdas de transmissão de energia e sua relevância para
os Contratos Iniciais;
(b) Questão 2: como tratar os fluxos entre os Submercados e suas implicações para
os Contratos Iniciais;
(h) Questão 8: cálculo da energia garantida para as unidades existentes, para nova
geração e interconexões;
(j) Questão 10: cálculo dos custos da provisão para o serviço do sistema e sua
recuperação.
Nossas recomendações principais estão resumidas no início da discussão de cada uma das
questões.
Questão 1: As perdas de transmissão nos fluxos reais de energia e nos contratos. Nossas
recomendações-chave nesta área são as seguintes:
5 Há duas áreas nas quais as perdas de transmissão terão que ser consideradas no modelo
detalhado do MAE:
6 Os ajustes que reflitam as perdas reais de transmissão podem ser feitos seguindo qualquer
uma das abordagens a seguir:
13 Do ponto de vista do varejista, existe uma razão mais forte para um sinalizador de
localização. Não há acordos que correspondem ao MRE para os varejistas e o padrão de carga
poderá variar muito de um varejista para outro.
15 Finalmente, lembramos que os FPT deverão se basear em perdas previstas, e que estas serão
diferentes das perdas reais, com a necessidade de um ajuste para equacionar geração e demanda totais.
Recomendamos que um ajuste simples, pelo qual toda a demanda dos varejistas, no âmbito de um
Submercado, seja ajustada de forma equitativa de acordo com a diferença entre as perdas reais e as
perdas previstas.
16 A principal questão considerada aqui é se os volumes nos contratos devem ser escalonados em
vista dos efeitos das perdas de transmissão no processo do Sistema de Contabilidade de Liqüidação de
Energia (SCLE). Esta questão poderá ser tratada definindo-se o ponto do sistema em que se supõe que o
contrato seja aplicado (“o contrato-padrão”), relativo à localização dos geradores e de seus varejistas
contratados. Enfatizamos que o contrato-padrão não inclui a “entrega física” em sí. É apenas uma
convenção pela qual o Sistema de Contabilidade da Energia para os Contratos Iniciais e o MAE possam
se tornar consistentes.
18 Se a abordagem preferida para as perdas reais de transmissão for a utilização dos FPT
tanto para geração como para demanda (como recomendamos), então a opção (b) do parágrafo
anterior será a abordagem correspondente para os contratos. Esta questão será discutida mais
detalhadamente no Anexo B.
• Com estas regras, os fluxos dos contratos podem ser conciliados aos
fluxos reais, e o preço correspondente ao Submercado pode ser
fixado para compra e venda para varejistas e geradores no
Submercado.
20 Algumas questões críticas para o MAE e para o escopo do Contrato Inicial são levantadas
com a introdução dos Submercados e das conseqüências dos intercâmbios entre eles. Tais
questões abrangem:
Definição de um Submercado
22 Os critérios para definição dos Submercados podem se basear, por exemplo, no número
de horas no ano em que a restrição foi efetiva e o custo que impôs ao sistema. Seria necessário
elaborar normas durante a implementação.
26 Estes pontos terão reflexos importantes nos procedimentos dos contratos, como agora
passamos a explicar.
28 A Figura A.1 demonstra como considerar os fluxos não contratados utilizando um caso
simples. Há um fluxo de 200 entre o Submercado 1 e o Submercado 2. Os procedimentos
contábeis para este fluxo seriam os seguintes:
(a) no Submercado 1, G1 tem uma geração real de 275, enquanto que a demanda de
D1 é de apenas 75. A diferença, que é direcionada para o Submercado 2, é
registrada como demanda “limítrofe” do Submercado 1 em uma conta de Trânsito,
T1;
Submercado 1 Submercado 2
G1 200 MWh
D2
D1 G2
PL PH
G1 D2
275g 350a
D1 G2
75d
150g
(b) no mercado de importação, os consumidores terão que enfrentar preço mais alto
do que com a eliminação da restrição. Os geradores, no entanto, obtêm receita
maior do que receberiam se a restrição fosse relaxada, pois o preço do MAE no
seu Submercado seria maior.
31 Uma questão importante em relação à alocação do excedente diz respeito aos direitos de
acesso à transmissão. Como explicaremos a seguir, os geradores teriam direitos ao acesso
garantido em seus próprios Submercados, e conseqüentemente seriam compensados pelos efeitos
das restrições de transmissão. No entanto, as restrições entre os Submercados são, por definição,
importantes, e um obstáculo à operação do sistema a custo mínimo. Portanto, estritamente
falando, os direitos de acesso à transmissão garantida não seriam apropriados para tais fluxos.
33 A primeira abordagem é vista por todos com quem conversamos como impraticável pela
volatilidade dos preços do MAE no decorrer do tempo. Se tiver ocorrido racionamento em um
Submercado e não no seu vizinho, os fluxos ao OIS poderão ser muito volumosos. A segunda
abordagem permitiria a alocação do excedente aos varejistas e possivelmente aos geradores nos
dois Submercados, o que permitiria aplicar uma regra para o procedimento geral sugerido na
Seção 2. A forma precisa de alocação seria uma questão a ser decidida durante a implementação.
38 Lembramos que há outro caso, onde se supõe que tanto demanda quanto geração tenham
ocorrido no Submercado do gerador. Este caso não merece maiores comentários porque
implicaria a existência de um acordo correspondente ao MRE para a demanda.
40 No caso 1:
Contabilidade Padrão de
Bases contratuais
Energia
ref. para 39
BR4_A1.pre
Figura A.3 : Caso 1 Geração e demanda nos próprios Submercados, contrato no ponto de fornecimento
Submercado 1 Submercado 2
G1 50 MWh
D2
D1 sob restrição
G2
PL PH
G1 D2
125g 50d 100c 200d
75 100
D1 G1
75d 50g 100c
50
Submercado 1 Submercado 2
G1 50 MWh
D2
Sob restrição
D1 G2
PL PH
G1 D2
125g 100c 50g 200d
25 150
D1 G2
75d 150g
Submercado 1 Submercado 2
G1 50 MWh
D2
Sob restrição
D1 G2
PL PH
D1 D2
100c 200d
75d 100
G2 G2
50g 100g
BR4_A1.pre ref.para. 41
(a) G1 tem geração real de 125 MWh. Seu contrato de 100 MWh com D2 está
registrado para fins do SCLE no Submercado 2 e não consta de sua conta no
Submercado 1. No entanto, G1 teria uma demanda de 50 MWh registrada em sua
conta no Submercado 1, refletindo sua exportação limitada ao Submercado 21 (se
este limite não tivesse sido obrigatório, teria apresentado uma demanda de
100MWh registrada no Submercado 1). Portanto, G1 seria um vendedor líqüido
de 75 MWh ao preço PL;
(b) o volume contratado de 100 MWh para G1 está registrado em sua conta no
Submercado 2. A “exportação” de 50 MWh de G1 do Submercado 1 (isto é,
geração “na área limítrofe”) também está registrada. Portanto, ele é um comprador
líqüido de 50 MWh ao PH no Submercado 2; e
(c) o compromisso de D2 é sua demanda real de 200 MWh, menos sua demanda
contratada de 100 MWh, resultando uma compra líqüida de 100 MWh ao preço
PL.
42 No caso 2:
(a) no Submercado 1, G1 tem geração real de 125 MWh e contratos de 100 MWh
com D2, portanto ele é um vendedor de 25 MWh ao preço PL;
(c) D2 também está exposto no Submercado 2. Sua demanda real é de 200 MWh. No
entanto, as importações reais de 50 MWh estão registradas como “geração” em
sua conta. Logo, ele é um comprador líqüido de 150 MWh no Submercado 2.
44 No caso 3:
1
Por convenção, as exportações deverão ser registradas como demanda na área limítrofe do Submercado exportador
e como geração na área limítrofe do Submercado importador. Os FPT seriam aqui aplicados, conforme apropriado.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 9 SEN/Eletrobrás
(a) a geração de G1 está registrada no Submercado 2, até o limite do seu volume
contratado. Sua geração real é de 125 MWh, dos quais 100 MWh estão
registrados no Submercado 2; sua geração remanescente é necessária no
Submercado 1 e está registrada neste Submercado, tornando-o um vendedor
líquido de 25 MWh no Submercado 1;
45 De acordo com esta abordagem, G2 corre o risco de que uma parte de sua energia possa
ser vendida ao preço PL e não a PH. Isto porque a geração não contratada pode ocorrer onde se
fizer necessária como residual (após considerar os fluxos contratados). Isto é aceitável, em
princípio, porém recomendamos que geradores cuja produção tem localização específica (por
exemplo, termogeradores) e que claramente fornecem a um Submercado específico, possam
optar pelo crédito de sua exposição residual no mercado “spot” ao seu próprio Submercado.
(c) no entanto, no caso 3, todos os benefícios dos fluxos entre os Submercados são
acumulados pelos geradores. Isso ocorre porque se pressupõe que toda a geração
tenha ocorrido no Submercado onde é consumida e os geradores, então, receberão
o Preço Marginal do Sistema (PMS) predominante. Não haveria conta separada
para fluxos entre os Submercados em que o benefício do fluxo pode ser alocado
de maneira mais geral. Discutiremos este ponto mais detalhadamente logo a
seguir; e
47 Existem várias questões muito mais detalhadas e mais práticas que devem ser tratadas na
implementação dos procedimentos, que incluem:
(a) decidir se alguma restrição deve ser feita quanto ao volume dos contratos entre os
Submercados e como as exportações seriam reduzidas se vários geradores, em
conjunto, celebrarem contratos que excedam a potência da conexão;
(b) regras detalhadas para alocação da geração, por exemplo, quando um gerador
celebra contratos com vários Submercados:
(d) para os casos em que foram celebrados vários Contratos Iniciais entre as partes em
Submercados vizinhos, como alocar os fluxos de energia real e os contratada entre
eles. Uma regra pro rata nos pareceria mais adequada; no entanto, os detalhes
teriam que ser acordados durante a implementação.
48 Nos exemplos demonstrados nas Figuras A.3 a A.5 há um fluxo de 50 MWh entre dois
Submercados. No entanto, os fluxos entre os Submercados foram contratados em sua íntegra.
Nas Figuras A.6a e b apresentamos exemplos de contabilidade de energia onde existem fluxos
não contratados. Nos dois exemplos, o fluxo total entre os Submercados excede os volumes
contratados.
Submercado 1 Submercado 2
G1 200 MWh
D2
D1 G2
PL PH
G1 D2
275g 100d 100c 350a
175 250
D1 G1
75d 100g 100c
Leg c = volume contratado, MWh
Submercado 1 Submercado 2
G1 200 MWh
D2
D1 G2
PL PH
D1 D2
75d 100c 350d
250
G2 G2
35g 115g
BR4_A1.pre ref.para. 52
Conexões entre os sistemas principais
54 Quando tal interconector entrar em operação, formará uma conexão entre os dois
Submercados. Os fluxos entre eles e a alocação dos benefícios seriam determinados da mesma
forma, como descrito, com benefícios a outros Submercados alocados por intermédio das
mudanças no padrão geral dos fluxos do sistema.
(b) as partes comprando os direitos aos benefícios dos circuitos existentes por
intermédio de processo de licitação; ou
(c) na eventualidade de nenhuma das partes ter adquirido estes direitos, os benefícios
seriam divididos igualmente entre os dois sistemas interligados. A quota brasileira
dos benefícios deverá permanecer com o OIS para distribuição entre os membros
do MAE.
Lembramos que a parte detentora do direito da conexão não estará obrigada a manter um contrato
de volume fixo de energia associado. Esta seria uma decisão comercial para a parte envolvida, da
mesma forma como seria para um novo gerador ou varejista.
(c) o grau de exposição nos sistemas adjacentes seria assunto para acordos
comerciais entre os países pertinentes.
Apresentamos exemplos ilustrativos deste mecanismo nas Figuras A.7a e A.7b. A Figura A.7
demonstra o exemplo de quando as exportações do Brasil são econômicas e a Figura A.7b o de
quando os preços de mercado são os mesmos em ambos sistemas. Nas Figuras, pressupõe-se que
o Governo Brasileiro (GB) tenha o direito de acesso ao interconector internacional para seu
volume contratado (500MWh).
2
Lembramos que este não seria o caso para qualquer outra capacidade de transmissão. Se os ativos formarem parte
do sistema de transmissão, o construtor celebrará um CPST com o OIS. Se ele tiver qualquer atividade comercial,
esta terá que ser completamente separada do seu negócio de transmissão.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 14 SEN/Eletrobrás
Figura A.7a -Transações entre interconectores internacionais - Exemplo 1
GB G(External)
400g 500c 500c 500
100
D(External) D
500c 450d
500c 500d
50
BR4_A1.pre
ref. para. 61
Figura A.7b -Transações entre interconectores internacionais - Exemplo 2
GB tem um contrato de energia fixa de 500MWh com DE, PB = PE> Preço do contrato
G G(Externo)
500g 500c 200g
500c
300
D(External) D
500c 200d 500c 500d
300
ref. para. 61
BR4_A1.pre
• as restrições de transmissão no âmbito de um Submercado sejam
identificadas pelo uso de uma programação a posteriori, baseada na
demanda real e na disponibilidade do gerador;
65 Um termogerador poderá estar sujeito a uma limitação de transmissão que provoque uma
das seguintes situações:
• “operando, sob restrição”. Neste caso, seu custo de despacho o coloca fora
da ordem de mérito, porém ele precisa continuar operando devido à
restrição de transmissão3; ou
• “sem operar, sob restrição”. Quando poderia ter gerado com o melhor
aproveitamento de seu despacho, porém uma restrição da transmissão no
Submercado impediu.
• se ele esteve “sem operar, sob restrição”, o gerador deverá ser ressarcido
pela remuneração líqüida que não pôde perceber no MAE - a diferença
entre seu combustível e o preço operacional variável e o preço (mais alto)
do MAE em seu Submercado. Este seria seu custo de oportunidade pelo
fato de ter estado “sem operar, sob restrição”.
68 A indicação de que um hidrogerador está “operando, sob restrição” ou “sem operar, sob
restrição” é muito parecida com a de um termogerador. Será determinada pelo valor da água no
reservatório pertinente (ou área de restrição, dependendo da especificação precisa do modelo de
otimização), referente ao preço do MAE em seu Submercado.
70 Existe ainda um outro efeito. A restrição de transmissão afetará o valor hídrico no sistema
e, portanto, o preço do MAE no futuro. A restrição levou a um aproveitamento inferior da água e,
desta forma, a um custo mais elevado no sistema, agora e no futuro. Este é o verdadeiro custo do
recurso hídrico na restrição da transmissão.
71 Passamos, agora, a uma abordagem para tratar a questão relacionada à melhor maneira de
ressarcir o hidrogerador. Em seguida, poderemos avaliar os custos econômicos das restrições no
sistema de transmissão.
(b) quando convocado a gerar energia e usar aquele volume de água, reporá
o volume do período sem operação, sob restrição, ao preço do MAE no
momento da geração. Desta forma, a restrição será calculada no
momento em que realmente acontecer (interessante notar que esta
conduta poderá levar o gerador a repor mais se o preço no MAE estiver
mais elevado no momento da geração do que na ocasião em que esteve
sem operar, sob restrição). Os efeitos do desconto do fluxo futuro do
gerador serão recuperados ao se permitir que ele retenha os juros em
seu pagamento pela restrição; e
(c) se ele estiver operando sob restrição receberá o preço vigente no MAE
para esta geração no momento em que teria usado água, e sem restrição
de transmissão.
75 Enquanto esta é uma abordagem teórica aceitável, haverá enormes dificuldades para
aplicá-la na prática. Os procedimentos terão que levar em conta os padrões complexos de geração
e das restrições. O SCLE terá que determinar quando a água “sob restrição” foi usada para
geração. Tendo em vista o número de hidrelétricas envolvidas, esta abordagem dificilmente terá
aplicação prática.
(a) cada hidrogerador teria uma conta de restrição que seria zerada no início de um
“período de contabilidade da restrição” ( por exemplo, um mês), o que definiria o
período em que o pagamento pela restrição seria feito - esta é a duração prevista
para a restrição no âmbito do MAE4.
(b) se um gerador estivesse “sem operar, sob restrição” ele receberá o pagamento
referente:
(ao preço vigente no MAE para o volume “sem operar, sob restrição”*) *taxa
diária de juros *número de dias remanescentes do período de contabilidade da
restrição;
4
Note-se que se a restrição se deu o tempo todo, o gerador receberá o pagamento dos juros correspondentes, pois a
reprogramação será feita no início de cada período contábil.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 17 SEN/Eletrobrás
(d) se a restrição for suspensa, não haverá pagamento. Os pagamentos para
compensação serão feitos supondo-se que a restrição seja efetiva para o período
contábil remanescente da restrição.
78 Este mecanismo exigirá que o MRE exclua a geração operando sob restrição e a geração
fora de operação, sob restrição. De outra forma, significa que os hidrogeradores serão
compensados em valores maiores que o devido pela restrição, pois sua geração será (pelo menos
parcialmente) restabelecida. Tal regra poderá ser incorporada ao MRE, e determinará os custos
das restrições de transmissão no âmbito de cada Submercado, assim como identificará toda a
geração em operação, sob restrição e fora de operação, sob restrição.
79 Para simplificar este mecanismo ainda mais, a compensação definida anteriormente pode
ser realocada via MRE a todos os geradores afetados dentro do Submercado. Esta abordagem
será também mais consistente como a filosofia do MRE no sentido de que desvinculará a geração
real da geração alocada.
83 Uma abordagem relativamente simples será calcular os custos da restrição por uma tabela
de liqüidação a posteriori, utilizando-se a demanda real, as afluências e os dados sobre a
disponibilidade do gerador (incluindo as transferências reais entre os Submercados). No entanto,
ela não incluirá os efeitos da restrição de transmissão no âmbito de cada Submercado. Esta
reotimização :
(a) identificará as usinas que tenham estado “operando, sob restrição”e as que
estiverem “sem operar, sob restrição”; e
(b) fornecerá uma estimativa dos custos adicionais do sistema resultantes do padrão
de subaproveitamento da água decorrente da restrição de transmissão.
86 Explicaremos, na Questão 8, como os geradores que negociam com o MAE, e que são
embutidos (isto é, conectados a um sistema de distribuição), teriam sua produção ajustada
conforme as perdas na subtransmissão/distribuição, de tal forma que sua energia seja considerada
como venda na área limítrofe do sistema de transmissão.
5
Se um gerador de pequeno porte, sem despacho central, não estiver disposto a participar do MAE, então ele deverá
celebrar um contrato direto com um varejista, caso em que a demanda do varejista, para efeitos do ASCLE, será
registrada em valores líqüidos para esta geração contratada. Em princípio, tais contratos se basearão nos custos
evitados do varejista (isto é, o preço do MAE com ajuste para perdas).
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 19 SEN/Eletrobrás
incluídos nos procedimentos do SCLE5. Se não for este o caso, algumas das partes poderão
aproveitar os benefícios sem incorrer nos custos nos serviços e na energia fornecida por outras,
pois não haveria como exigir pagamento.
5
O benefício fiscal atual oferecido pela co-geração terá que ser considerado durante a implementação. Em nosso
ponto de vista, tais questões devem ser tratadas pela via fiscal e não via MAE, pois podem introduzir mais
distorções no mercado.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 20 SEN/Eletrobrás
(a) comprando diretamente do MAE, por conta própria. Isto irá exigir que
estejam legalmente comprometidos com todos os dispositivos e condições do
Contrato do Mercado Atacado de Energia (CMAE), inclusive a exigência de
efetuar um depósito de segurança. É pouco provável que muitos consumidores
estejam dispostos a se submeter a isto, pois em termos operacionais será, para
eles, muito mais fácil negociar e celebrar contratos com outro varejista
concorrente, evitando assim a administração e os depósitos de segurança
associados à filiação direta ao MAE.
100 Esta abordagem pode também ser estendida a consumidores de grande porte em licitação
direta ao MAE, aos varejistas agindo em seu nome. Sempre que os varejistas tenham meios
físicos e contratuais para desconectar consumidores de grande porte, poderão ocupar melhor
posição conduzindo os elementos operacionais e comerciais da redução de carga. Da mesma
forma, seus custos de compra de geração serão reduzidos se puderem repassar este benefício a
consumidores interrompíveis. Acreditamos que esta seja a forma mais viável pela qual a
licitação da demanda pode ser desenvolvida a médio prazo.
7
A redução real de carga alcançada por um consumidor nunca pode ser calculada com precisão, pois não se pode
saber qual teria sido a demanda na ausência da redução. As metodologias que envolvem o uso das curvas de carga
típicas podem ser utilizadas para determinar se o comportamento de um consumidor é consistente com a redução da
carga. Se provar que não, poderá haver a aplicação de uma multa.
8
Este fato seria particularmente importante durante os períodos de escassez de capacidade, quando os altos preços
do MAE poderão não ser necessariamente conhecidos com antecedência. Se o consumidor confiar no Preço MAE a
priori pode estar arriscando alta exposição caso um período de escassez ocorra inesperadamente.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 22 SEN/Eletrobrás
• deve-se alocar à nova geração o acréscimo de energia garantida que
cria ao sistema; não haverá restrições sobre as possíveis
negociações desta energia garantida com outros geradores; e
102 A definição da quota de energia garantida no sistema alocada a cada usina é importante
por duas razões relacionadas:
A mesma abordagem deve ser aplicada nos dois casos para que não se dêem distorções
potenciais.
103 Na Seção 2 sugerimos que o OIS terá a responsabilidade de alocar a energia garantida,
com aprovação da ANEEL. No entanto, propomos que o PI exerça um papel importante no
desenvolvimento de novos projetos, especificamente na definição da energia firme antes da
licitação para a concessão. Por outro lado, o OIS é responsável pelas operações do sistema e pelo
funcionamento do MAE e do MRE; portanto, é o mais indicado para calcular as alocações que
serão revisadas no futuro.
104 Este aparente conflito será melhor resolvido atribuindo-se a responsabilidade total
da alocação da energia garantida ao OIS, seguindo uma metodologia acordada. O OIS definirá
os valores juntamente com o PI para as novas usinas.
105 A metodologia exata para se determinar os valores da energia garantida deverá ser
definida durante a implementação do MAE; assim, não tentaremos defini-la aqui. No entanto,
existem questões específicas que devem ser examinadas:
(b) decidir se uma nova usina deve receber a alocação de toda a energia garantida que
incorpora ao sistema; e
(c) decidir se, e, se for o caso, com que freqüência a alocação da energia garantida
deve ser modificada.
As primeiras duas questões são tratadas na Seção 2 do relatório principal. Aqui, trataremos da
última questão.
107 No entanto, existe a necessidade de reajustes periódicos nos níveis da energia garantida a
fim de refletir as mudanças fundamentais nas características do sistema e de assegurar que os
resultados do MRE também reflitam de maneira razoável as expectativas genuínas de energia
garantida dos hidrogeradores. Uma forma de se atingir este objetivo seria uma reformulação dos
valores da energia garantida a intervalos pré-especificados. Para se obter um razoável grau de
segurança, recomendamos um intervalo não inferior a 10 anos. Da mesma forma, para encorajar
investimentos, novas usinas devem estar protegidas contra qualquer revisão em sua energia
garantida, pelo menos durante 15 anos.
110 Conforme explicamos na Seção 2, estes contratos serão parte integrante do pacote dos
Contratos Iniciais. Assim, não haverá a questão de hidrogeradores reterem a venda de energia
garantida aos distribuidores/varejistas. No futuro, à medida que se construírem novas gerações
térmicas flexíveis, a forma de contratos e a identidade de seus parceiros no contrato teriam cunho
comercial para eles.
111 O significado de energia firme nestes contratos se refere não à capacidade instalada da
usina termelétrica, mas à contribuição de energia garantida desta usina ao sistema. Portanto, a
alocação inicial destes contratos e a energia contratada entre os hidrogeradores e os
distribuidores/varejistas deverão ser consistentes. Os custos dos encargos da usina termelétrica
serão recuperados por intermédio dos Contratos Iniciais entre os hidrogeradores e os
distribuidores/varejistas, e não pela CCC.
9
Lembramos que a energia garantida é muito importante para as alocações do MRE e para as expectativas quanto ao
nível adequado de contratação com geradores. Não afeta a otimização ou a operação de outras áreas do MAE.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 24 SEN/Eletrobrás
113 O impacto destas mudanças na distribuição dos custos para os consumidores terá que ser
examinado. Recomendamos que os Contratos Iniciais com os distribuidores/varejistas sejam
alocados de tal forma a distribuir os custos das usinas termelétricas entre os consumidores em
proporção semelhante aos atuais na CCC. Se as alocações nos Contratos Iniciais não permitirem
uma distribuição regular de custos, então, talvez a CCC deva ser mantida por um período de
transição. Esta questão terá que ser analisada na implementação, com base no escopo detalhado
dos contratos.
114 Nossas propostas básicas para provisão dos serviços do sistema e os mecanismos para a
recuperação de seus custos foram apresentados na Seção 2. Aqui, descreveremos com maiores
detalhes algumas questões referentes à sua aplicação, particularmente no que se refere à potência
reativa.
(b) se o distribuidores não cumprirem estes padrões, terão que comprar potência
reativa do sistema de transmissão ou, a longo prazo, investir em equipamento
próprio quando for mais econômico.
116 O objetivo desta abordagem é, portanto, o de criar os incentivos econômicos corretos para
que a empresa de distribuição possa decidir se deve comprar potência reativa do sistema de
transmissão ou instalar seu próprio equipamento de compensação.
(a) os termogeradores que estiveram operando sob restrição para produzir MVArs
receberão os custos de combustível e os custos operacionais conforme o volume
da operação sob restrição. Isto significa que o modelo de otimização do sistema
deve poder fazer a distinção entre geração sob restrição para restrição de
transmissão e as razões para dar suporte do sistema;
As regras detalhadas do MAE devem incluir um mecanismo pelo qual estes custos possam ser
avaliados.
A recuperação dos custos de potência reativa
119 Os custos de potência reativa poderão ser recuperados por uma maneiras seguintes:
(a) distribuição dos custos por toda a demanda em cada Submercado; e/ou
(b) centralizando o pagamento nas partes que causaram a necessidade de serviço,
quando a definição for possível.
10
Muito embora alguns elementos dos custos seriam fixados - especificamente os encargos de capacidade.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 26 SEN/Eletrobrás
(b) a definição de uma tarifa fixada antecipadamente, com base na previsão de custos
da provisão para energia reativa. Isto poderá ser definido, digamos, anualmente, e
todas as vendas e aquisições de energia reativa serão realizadas com base nesta
tarifa. Isto quer dizer que os custos reais incorridos serão diferentes da tarifa, o
que provocará déficit ou superávit
124 A adoção da abordagem da tarifa fixa poderá levar a distorções se a tarifa não refletir os
custos reais da provisão para energia reativa em cada momento. Enquanto a abordagem que
envolve o cálculo em “tempo real” para os custos da energia reativa é mais complexa, é a que foi
usada com sucesso em outros países (como por exemplo a Colômbia e a Argentina).
(b) os custos da energia reativa na parte ampla do sistema serão recuperados por meio
dos encargos de serviços do sistema aplicados a toda a demanda do MAE,
variáveis diariamente de acordo com os custos reais incorridos; e
(c) os elementos específicos dos encargos serão alocados aos distribuidores que
consumirem maior energia reativa do que especificado em seu limite nodal ou
pagos aos distribuidores que consumirem menos ou produzirem mais. O
pagamento total corresponderá às provisões dos custos da energia reativa real
para o suporte de tensão local.
126 Lembramos que os acordos sugeridos representam uma abordagem consistente, pela qual
os custos da energia reativa podem ser fixados e recuperados. Há outras abordagens possíveis,
como as técnicas probabilisticas, que deverão ser consideradas em detalhe como parte do
programa de implementação.
136 Nesta parte consideraremos o potencial de novos programas que já estejam em fase
avançada de desenvolvimento e prestes a substituir ou complementar os programas utilizados no
momento. Lembramos que o desenvolvimento de tais programas foi provocado pelas
necessidades de melhoras detectadas nas metodologias atuais, e ainda que eles se baseiam em
técnicas de otimização distintas.
137 Nas descrições que se seguem dos programas NEWAVE, SUISHI e DECOMP, estaremos
nos concentrando nos aspectos que entendemos como de particular relevância ao gerenciamento
futuro dos sistemas interligados e do MAE, e na Seção 3 faremos recomendações específicas
referentes à sua validação e teste de aceitação.
(a) em cada estágio mensal, os custos da geração térmica e da energia não servida são
modelados de maneira explícita;
(d) o procedimento geral de otimização é iterativo por sua própria natureza, e como o
utilizado no programa DECOMP, se baseia na aplicação do Princípio de
Decomposição de Bender.
141 Em termos de estratégias de médio prazo para a operação do sistema após a definição do
MAE, o papel principal a ser desempenhado pelo NEWAVE será disponibilizar as funções para
o valor hídrico para cada sistema integrado. Espera-se que o tratamento mais detalhado das
restrições de transmissão reduzam a volatilidade demonstrada atualmente pelos valores
individuais de água nos subsistemas produzidos pelo programa BACUS, e forneçam dados mais
precisos sobre as ‘condições finais’ para o DECOMP.
143 Os benefícios principais da aplicação deste novo programa são derivados de opções que
permitem:
Programa DECOMP
145 A diferença principal entre o DECOMP e o SUSI é que enquanto o SUSI é um programa
de simulação semanal interativo que incorpora os procedimentos heurísticos de vazão dos
reservatórios, o DECOMP utiliza uma algoritmo formal (com base em Programação Linear - PL)
para otimização das produções dos reservatórios em um horizonte de planejamento
multissemanal.
146 O DECOMP tem uma história de desenvolvimento longa, com um trabalho da CEPEL
que descreve a metodologia básica publicada originalmente em 1985 [1]. O conceito se baseia
no Princípio de Decomposição de Bender, no qual grandes problemas de programação linear
podem ser resolvidos pela redução de uma série de problemas PL relativamente pequenos com
fatores de multa ajustados de maneira iterativa.
(c) uma fonte de energia de alto custo para representar os custos da energia não
servida;
Estágio ‘s’ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
12
Combina- 1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024
ções
2056
151 Um aspecto importante da fórmula é que a demanda a ser atendida em cada estágio
(semanal) pode ser dividida em períodos de demanda múltipla, conseqüentemente verificando
tanto a cobertura para carga quanto para potência, o que pode ser especialmente crítico durante os
períodos com reservatórios baixos e perdas significativamente altas nas hidrelétricas
correspondentes. Os cronogramas específicos programados para manutenção podem também ser
considerados.
(c) ausência de um modelo provado para gerar fluxos hídricos específicos associados
a situações alternativas.
154 De uma maneira mais geral, entendemos que tem havido resistência por parte de
membros individuais do GCOI à introdução de métodos cujos resultados possam implicar
mudanças nos atuais padrões operacionais. Por exemplo, qualquer redistribuição de “energia
otimizada” a longo prazo poderá ter repercussões comerciais significativas para geradores
individuais.
156 A primeira vantagem se refere ao uso de um algoritmo formal para otimização da vazão
dos reservatórios dentro dos sistemas interligados, e conseqüentemente o escopo para uma
redução significativa do nível de interação e interpretação por parte do usuário relativas aos
procedimentos atuais. Em outras palavras, para que ofereça os níveis de transparência que terão
que estar presentes na operação do MAE futuro. Ao mesmo tempo, esperamos que os valores
hídricos no sistema (interligado), obtidos do programa, sejam menos voláteis do que os
resultantes da interpretação das tabelas dos mesmos valores no subsistema atual.
157 Benefícios secundários significativos deverão surgir com todas as melhorias gerais na
eficiência operacional, decorrente da consideração explícita e modelagem das
159 Lembramos, também, que muito embora o DECOMP tenha sido desenvolvido para rodar
em computadores do tipo PC, sua estrutura atual tem mais afinidade com um programa “batch”
para mainframe. Por exemplo, todos os dados estão contidos em um único arquivo, que é apenas
tabulado, e não há produções gráficas.
161 Esta seção considera até que ponto os requisitos para a otimização operacional do
sistema, no âmbito do MAE, podem ser atendidos com as metodologias atuais ou as que estejam
em desenvolvimento. Uma consideração detalhada dos atuais procedimentos para planejamento
de operações, de metodologias e de programas de computador confirmam nosso ponto de vista
sobre a necessidade de se manter uma abordagem de programação hierárquica como a adotada
atualmente pelo GCOI.
162 Enquanto seria claramente preferível que a operação do futuro MAE se baseie em
desenvolvimentos lógicos das metodologias e dos programas existentes, ao selecionar a adoção
de ferramentas adequadas não podemos deixar de considerar:
164 A Figura 8.A ilustra os principais programas de computador, insumos e produtos que
sugerimos como necessários para a futura operação do MAE. Três horizontes hierárquicos são
identificados, especialmente o de Longo Prazo (até 5 anos à frente), Médio Prazo (até 12 meses à
frente) e Curto Prazo (até 1 semana à frente). Os procedimentos associados serão discutidos
mais detalhadamente a seguir.
166 Propomos que, sujeito à aceitação satisfatória e aos testes de validade, conforme
explicitado na Seção 3 a seguir, este planejamento de longo prazo deve ser realizado com os
programas NEWAVE e SUISHI. No entanto, deve-se atentar para a modelagem dos custos
de energia não servida e racionamento preventivo, para o grau de precisão que refletirá as
perdas significativas resultantes dos períodos sustentados de baixa vazão, e para a
sensibilidade das funções dos valores hídricos produzidos pelo programa NEWAVE para a
previsão dos níveis de vazão.
168 Enquanto o planejamento operacional de curto prazo tem atualmente um horizonte entre
1 e 5 semanas, sugerimos que o planejamento futuro de médio prazo tenha um horizonte de
otimização máximo de 12 meses.
169 O papel do planejamento operacional de médio prazo será otimizar a operação semanal
do sistema interligado, levando em conta:
P Horizonte de
R otimização: Programa
Séries ajustes Programa
NEWWAVE
A 5 anos históricas de SUISHI
Z vazões
O
Avaliação de
Valores de água longo prazo da
mensais no confiabilidade
Projeções longo prazo do suprimento
M Discretização semanais/
É temporal: mensais de
D semanal e afluências
I mensal
O Níveis de
Programa reservatório Programa
DECOMP "Alvo" ao final da SUSI
P
semana
R
A Horizonte de
Projeções de demanda
Z otimização: Plano e
semanais/mensais Níveis do sistema
O relatório de
12 meses Valores de água Preços do
Disponibilidade operações de
semanais MAE médio prazo
das unidades
térmicas, custos Valores de água
operacionais, por reservatório
preços ofertados Custos
marginais de
C Discretização Projeções operação de
diárias de médio prazo
U temporal:
horas/ afluências
R
Despacho de carga Software de análise
O meia hora
otimização/software de de Load Flow
T alocação de unidades p.ex.. ANNAREDE
O
Projeções
P diárias de
R Horizonte de demanda Programa de
Plano
otimização: despacho de
A aleatório de
7 dias corridos carga horário,
Z operações de
0 a 30 min. curto prazo
O
D Discretização
E temporal:
S tempo real
P
A Centro de
Centros de Análise
C Horizonte de co-ordenação despacho
despacho regionais pós-operação
H otimização: principal (ISO)
O 1 dia
BR4_A2.pre
do contrato de combustível ou por razões operacionais, os geradores térmicos poderão
desejar submeter propostas de curta duração e preço baixo, por exemplo, cobrindo horas,
dias ou até mesmo semanas específicas.
171 Após aceitação satisfatória e testes de validação como os descritos na Seção 3 a seguir,
propomos que a operação semanal dos sistemas interligados seja otimizada pela utilização
do programa DECOMP, possivelmente em conjunto com SUSI. Os resultados chaves
incluirão, para a semana seguinte:
(a) meta para produção do reservatório e capacidade de ‘final de semana’;
(b) objetivos da geração térmica; e
(c) valores hídricos globais para os sistemas interligados.
173 Prevemos que no futuro muito provavelmente haverá um escopo melhor delineado para
gerenciamento da demanda a curto e médio prazo, e que o programa DECOMP poderá
representar uma ferramenta chave para o modelo na investigação dos efeitos de curto e médio
prazos das demandas alternativas, dos cenários hidrológicos e das restrições de transmissão. Por
exemplo, o aumento do custo de geração, que estaria associado à manutenção do fornecimento
interrompível ou de exportação em um dado período, avaliando o risco de ter que impor um
racionamento a médio prazo, e os benefícios potenciais associados ao reforço do sistema de
transmissão.
174 No entanto, conforme lembramos na Parte 1, o DECOMP pode, atualmente, ser descrito
como operando em “batches” , não sendo particularmente adequado para responder as questões
do tipo “ what if?” Assim, sujeito à aceitação satisfatória e à validação dos testes, sugerimos
que se considere, logo de início, desenvolver um ambiente favorável de funcionamento e
relacionamento com o usuário para o programa DECOMP, incorporando, por exemplo, a
edição de tela/formatação dos dados, execução e monitoramento de programa, tela gráfica e
impressão de resultados, e interfaces com banco de dados. Sabemos que estes aspectos estão
sendo trabalhados atualmente.
175 Entendemos que recursos para geração de relatórios adicionais estão sendo acrescentados
ao DECOMP, de maneira a fornecer informação semelhante à obtida com o SUSI, que
efetivamente fazem parte do PMO. À medida que forem completados, estes recursos eliminarão
a necessidade de aplicação do SUSI além do DECOMP.
176 Programações de geração por hora estão sendo atualmente implantadas por
geradores individuais e analisadas pela equipe do GCOI/Eletrobrás quanto à consistência e
conformidade com o PMO. No entanto, com o objetivo de promover maior eficiência e de
garantir transparência acreditamos que a realização do planejamento operacional de curto
prazo e da programação diária deverão ser realizados pelo OIS.
178 Propomos que o planejamento operacional de curto prazo tenha um horizonte (móvel) de
7 dias, conseqüentemente criando uma interface contínua com os objetivos semanais produzidos
pelo DECOMP.
180 Esforços consideráveis têm sido feitos no mundo todo para se desenvolver programas de
computador que otimizem as programações de despacho de carga de 1 hora e meia hora para os
sistemas de geração térmica e hidrotérmica. Grande parte das complicações surge das restrições
e dos custos associados à operação de unidades térmicas, e, conseqüentemente, da solução do
problema que se denominou ‘comprometimento da unidade’.
181 No entanto, no caso dos sistemas interligados brasileiros atuais, o requisito principal para
tal programa será a modelagem precisa da rede hidráulica e, em especial, a representação das
características da turbina/do gerador e os efeitos cascata. Neste contexto, sugerimos que o nível
de detalhe necessário seja pelo menos o que se encontra incorporado ao SUSI no momento.
(a) curvas cronológicas de carga, com dados separados para demandas normais,
interrompíveis e de exportação;
(b) cálculo de custos operacionais marginais de curto prazo, para uso no ambiente dos
preços ‘spot’ do MAE de acordo com ‘as horas do dia’;
(j) programação otimizada das unidades térmicas, com base na operação da ordem de
mérito sob restrição (pedido comprometido), e levando em conta:
- a disponibilidade da unidade;
- custos iniciais;
(k) dados gráficos e tabulares para cada intervalo de tempo, detalhes das alocações de
energia, horas de funcionamento, números de usinas iniciando operação, consumo
e custos de combustível, demandas não cobertas, fluxos hídricos, capacidade e
níveis do reservatório, etc.
(a) programações otimizadas de despacho por hora e por meia hora para todas as
usinas em cada sistema interligado, juntamente com transferências internacionais;
(b) custos marginais de curto prazo para serem utilizados na definição do preço
vigente do MAE, calculado por hora e por meia hora ou possivelmente por grupos
de horas para se chegar aos valores ‘de pico’ e ‘fora de pico’;
187 Os escritórios regionais do OIS desempenharão uma função crucial e contínua a no fluxo
diário e semanal e nas previsões de demanda, pois a exatidão destes dados será altamente
responsável pelo grau de eficiência da otimização das operações de curto prazo.
188 Conforme demonstrado pela Figura A.8, prevemos que o preço do MAE será fixado com
base nos valores de água e/ou custos operacionais marginais determinados pelos modelos
utilizados pelos procedimentos no planejamento operacional de Médio e Curto Prazo.
189 Serão causa de preocupação a volatilidade histórica dos valores de água mensais no
subsistema, sua vulnerabilidade às previsões de afluências e as discrepâncias quando comparados
aos custos operacionais marginais (de médio prazo). Na Parte 1 lembramos que os programas
NEWAVE e DECOMP fornecerão os valores de água para os sistemas interligados diretamente,
e espera-se que sejam menos voláteis do que os utilizados para os subsistemas individualmente.
Isso terá que ser confirmado pelo estudo dos valores de água realmente produzidos por estes
programas para se verificar até que ponto tais valores refletem a volatilidade “natural” do sistema
hidrológico e até que ponto a volatilidade observada anteriormente terá sido uma função dos
modelos utilizados.
190 Especial atenção deverá ser dedicada à duração de um determinado preço no MAE e a
freqüência com que é ajustado, especialmente à luz de resultados de testes, conforme
recomendado na Parte 3.
191 Conforme indicado na Figura A.8, prevemos que os valores de água serão obtidos com o
programa DECOMP, tanto para os sistemas interligados ‘globais’ como para os reservatórios
individuais e as hidrelétricas. O valor de água do sistema para a semana seguinte poderia, assim,
ser o preço do MAE, e, no caso de três ou mais conjuntos de curvas de carga serem utilizados, os
valores hídricos correspondentes serão obtidos para um conjunto de condições de carga
(semanal).
192 No entanto, será mais recomendável ter como base para os preços do MAE a informação
de custo marginal fornecida pelo programa de otimização proposto para o despacho de carga,
para ser coerente com o cumprimento do objetivo de armazenamento de ‘fim de semana’ ou com
o valor de água disponível em cada hidrelétrica, conforme dados do DECOMP. Os custos
operacionais marginais serão calculados para cada período definido no horizonte de otimização
193 Na estrutura do modelo, conforme delineada, o OIS será responsável pela operação dos
sistemas interligados de maneira a minimizar os custos de longo prazo previstos, isto é,
custos diretos acrescentados dos custos de energia não servida. Como resultado, será
essencial que a função de penalidades pelo deficit e os custos unitários de energia não servida
utilizados sejam consistentes com os critérios para planejamento de expansão (vide Parte 3,
Anexo D).
195 Enquanto tais freqüências podem ser avaliadas com base nas seqüências de fluxo gerado
históricas e/ou ‘igualmente prováveis’, sugerimos que apenas as seqüências históricas sejam
utilizadas para o Planejamento Operacional. Nossas razões para a sugestão são as seguintes:
(c) a necessidade de desenvolver modelos complexos para geração hídrica com vários
locais será evitada (pressupondo-se que os dados sobre previsões mensais para o
DECOMP sejam baseados em transformações relativamente simples dos valores
históricos);
197 Para se obter e se manter tal aprovação serão necessárias a documentação completa
dos programas utilizados e as metodologias implícitas. Apesar de termos disponíveis muitos
trabalhos técnicos e relatórios que descrevem os procedimentos, notamos uma falta de manuais
1
Manual de Programação, Contabilização e Faturamento dos Intercâmbios de Energia Elétrica. SCEN (Subcomitê
de Estudos Energéticos) & CPCE (Comissão de Critérios para Programação e Contabilização de Energia): Minuta
02, 15 de setembro de 1994.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 40 SEN/Eletrobrás
201 No Volume IV apresentamos uma visão geral do Plano de Implementação. A seguir,
forneceremos algumas questões mais detalhadas a serem tratadas na implementação dos novos
modelos e procedimentos para o planejamento operacional. Na Parte 2, anterior a esta,
indicamos os modelos de programas para computador que acreditamos sejam necessários para a
operação do MAE conforme descrito na Seção 2 do relatório principal. Aqui, identificaremos a
validação de programas individualmente, assim como os requisitos para seu desenvolvimento,
que acreditamos devem ter prioridade se a expectativa é de que o MAE seja implantado em um
espaço de, digamos, dois anos. Ao advogar ações de tão curto prazo, entendemos haver a
necessidade de se estabelecerem a metodologia e os procedimentos a serem utilizados o mais
rapidamente possível para se obter o consenso no setor.
(b) modelo explícito para incerteza hidrológica para um período de planejamento de,
digamos, 12 meses, proporcionando melhor tomada de decisão a curto prazo com
relação à geração térmica programada, transferências energéticas inter-sistemas e
alocação de vazão de reservatório, e ainda cálculo dos valores hídricos
‘probabilisticos’ [DECOMP];
(d) cálculo explícito dos valores de água globais correspondentes aos sistemas
interligados, para a definição do preço ‘spot’ de energia no MAE, com a
expectativa de menor volatilidade quando comparado aos valores históricos do
sub-sistema [DECOMP];
206 Da mesma forma, aqui sugerimos séries de testes que acreditamos devam ser conduzidos
com os programas DECOMP e NEWAVE, cientes de que alguns já tenham sido considerados ou
estejam disponíveis. Além disso, fazemos sugestões referentes aos passos que devem ser
tomados para se adquirir ou desenvolver programas adequados à otimização do despacho de hora
ou de meia hora da usina geradora, e fazemos recomendações gerais que se dê atenção, o mais
rapidamente possível, à provisão de um banco de dados comum para tais programas, o que
também facilitaria o processo de auditoria das operações do MAE.
DECOMP
208 Fomos informados que o valor de água do sistema é fornecido em unidades por
R$/MWh, enquanto que os valores duais associados a reservatórios ou usinas individualmente
serão expressos em custo por volume d’água por unidade, por exemplo, R$Mm3. Assim, se tais
números forem usados diretamente para despachos de carga, será necessário considerar a melhor
maneira de se converter a R$/MWh, provavelmente com base na ‘produtividade’ incremental de
tal turbinamento levando-se em conta as usinas a jusante (a fio d’água) no mesmo efeito-cascata.
209 Foi-nos sugerido, também, que preços “sombra” elevados associados à restrição de
capacidade aplicados às instalações ‘a fio d’água’ poderiam indicar que o aumento da capacidade
de geração instalada poderá ser economicamente atraente.
210 Sugerimos três tipos de testes a serem realizados para validação do DECOMP, em
especial:
(a) comparação dos resultados semanais obtidos com o DECOMP aos que utilizaram
os procedimentos para planejamento de curto prazo atuais (SUSI);
(b) rodar programas para testar a vulnerabilidade dos resultados frente a uma gama de
parâmetros de entrada, valores de dados e níveis de detalhe do modelo; e
211 A primeira série de testes deverá ser planejada para determinar até que ponto a
modelagem dos sistemas integrados S/SE e N/NE é compatível com o uso do SUSI,
especialmente em termos da representação adequada de variações na produção de energia como
função de descarga de caudal e de turbina (isto é, levando em conta a capacidade do reservatório
e as variações do nível do rio), e da definição da causa e da significância de quaisquer
discrepâncias.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 42 SEN/Eletrobrás
212 A segunda série de testes deverá ser planejada para confirmar a força da metodologia
empregada e a sensibilidade das soluções obtidas como função do nível de detalhe da formulação
do problema. Ao mesmo tempo, o efeito do maior detalhamento sobre os períodos de execução
deve ser estudado. Especificamente, sugerimos que as análises de sensibilidade sejam
conduzidas pela variação de cada um dos aspectos que seguem, individualmente ou em
combinação:
(a) o número de estágios, isto é, o número de semanas e meses que formam cada
período de planejamento;
(f) a taxa de desconto utilizada entre os estágios (que deve ser consistente com a taxa
utilizada em outras áreas tanto de planejamento operacional como de longo
prazo); e
213 Ao mesmo tempo em que se deve dar atenção ao efeito das mudanças mencionadas sobre
a operação otimizada no primeiro estágio (semana), deve-se também verificar a
viabilidade/aceitabilidade dos ciclos de baixa e de reposição implícitos nos reservatórios
individualmente. Além disso, sugerimos que seria interessante registrar e analisar a maneira
como os valores hídricos tanto do sistema quanto da hidrelétrica, individualmente, variam de um
estágio para outro no horizonte do planejamento.
214 A terceira série de testes deverá ser planejada parra quantificar os benefícios prováveis da
aplicação do DECOMP em lugar do SUSI. Conforme lembramos anteriormente, espera-se que
as vantagens potenciais do novo programa aumentem ao se considerarem explicitamente, no
processo de otimização da incerteza hidrológica, as restrições elétricas e as variações de
demanda em um horizonte de planejamento de 12 meses. Da mesma forma, tais vantagens só
poderão ser avaliadas corretamente se rodarmos os dois programas paralelamente durante um
longo período de tempo. Com o objetivo de minimizar os resultado enganosos, sugerimos que
esta terceira série de testes seja conduzida durante um período de 6 meses contínuos, com
relatórios esporádicos sendo redigidos depois de, digamos, 1 a 3 meses.
215 Reconhecemos que alguns elementos dos testes que acabamos de mencionar já foram
considerados, e que, em alguns casos, realizados para versões anteriores do DECOMP. Da
mesma forma, fica aparente que os resultados da terceira série de testes serão consideravelmente
influenciados pela adequação do fluxo e das previsões de demanda de eletricidade disponíveis.
Trataremos destes assuntos mais à frente.
Programa NEWAVE
218 A comparação dos resultados de testes específicos e dos obtidos com o programa BACUS
começou em janeiro de 1997. A aprovação para uso do NEWAVE para derivação de planos
operacionais futuros de longo prazo deverá ser obtida nos próximos meses.
(a) mudanças na maneira pela qual é alocada a energia garantida do sistema entre as
usinas geradoras; e
(b) o comportamento dos valores hídricos (de longo prazo) do sistema, para ser
utilizado como ‘condições finais’ no DECOMP.
222 Acreditamos que poderá haver escopo significativo para aperfeiçoar a eficiência
operacional atual com a introdução rápida dos programas se as restrições institucionais atuais
sobre a otimização do despacho centralizado puderem ser superadas.
223 Da mesma forma, sugerimos que se tomem ações imediatas para iniciar uma
pesquisa de mercado abrangente dos programas disponíveis para otimização de despacho
de carga que possam, ou que venham a poder após pequenas modificações, atender os
requisitos enumerados na Parte 2. Enquanto a pesquisa deve se concentrar na identificação
comercial de produtos disponíveis, os programas desenvolvidos por instituições de pesquisa,
como a CEPEL, e por departamentos de universidades, devem também ser incluídos se houver
garantia de procedimentos adequados para transferência de código e futura manutenção.
225 Sugerimos que esta pesquisa de mercado seja conduzida em âmbito mundial e que
os resultados sejam analisados com cuidado antes de se iniciar o desenvolvimento de
qualquer programa especial.
227 Conforme indicado na Parte 2, entendemos que as dificuldades em gerar fluxos semanais
e mensais em todos os pontos necessários para o modelo da rede hidráulica e em cenários
hidrológicos alternativos têm agido como uma restrição significativa em termos de validação do
DECOMP. Da mesma forma, sugerimos que a devida prioridade seja dada para concluir o
desenvolvimento e validação dos modelos hidrológicos que possam fornecer a previsão para
os cenários múltiplos. Sugerimos que estes se baseiem em transformações matemáticas
relativamente simples de dados históricos.
229 Muito embora o tempo nos tenha impedido de obter detalhes dos modelos utilizados em
cada companhia, quer-nos parecer que já existe uma grande parte da capacidade necessária para
calcular a previsão diária de fluxo para alimentar o programa proposto de otimização do
despacho de carga. Sugerimos seja construído um inventário, com detalhes dos modelos em
vigor e sua cobertura geográfica, de maneira que as deficiências possam ser identificadas.
Lembramos que de acordo com nossas propostas para a Estrutura do Setor, as previsões de fluxo
e, conseqüentemente, a operação de tais modelos, será de responsabilidade dos escritórios
regionais do OIS.
231 Entendemos que o GCOI tem, atualmente, uma série de projetos para previsão de carga
sendo realizados pela Eletrobrás e pela CEPEL, cobrindo os seguintes períodos:
232 Tais desenvolvimentos devem, sem dúvida, aperfeiçoar a precisão de futuras previsões e
portanto da operação do MAE quando for introduzido. No entanto, tendo-se em vista o
horizonte de tempo semanal que previmos para o programa de otimização para o despacho
de carga, poderá ser aconselhável estender o escopo dos módulos de previsão diária sendo
desenvolvidos atualmente.
234 Tendo-se em vista que os novos programas, como o DECOMP e o NEWAVE são
compatíveis com PC, pressupomos que os programas no MAE e os bancos de dados
correspondentes serão desenvolvidos para rodar em uma estação de trabalho/sistema de servidor
da rede com base em PC, com servidores múltiplos a fim de proporcionar os níveis necessários
de segurança para standby e back-up, e capacidade de execução em um sistema operacional com
a força adequada como o Windows NT.
236 Dependendo do escopo do DECOMP no que se refere a recursos para gerar relatórios, há
que se considerar se o programa SUSI deve ser convertido para rodar em PC. Lembramos,
especificamente, que relatórios operacionais semanais semelhantes aos gerados pelo SUSI
continuarão a ser necessários, e, conforme demonstrado pela Figura A.8, o SUSI pode ser rodado
no módulo ‘totalmente sob restrição’ utilizando os níveis de armazenamento ‘fim de semana’
otimizados, produzidos pelo DECOMP.
237 Para que o desenvolvimento destes programas possam ser controlados adequadamente,
sugerimos que se constitua um grupo de trabalho para considerar as funções necessárias e
a estrutura do banco de dados do MAE. Entendemos que tal grupo já está constituído.
238 Neste sentido, deverão ainda ser consideradas as maneiras pelas quais a informação
deverá ser transferida (eletronicamente) no âmbito do OIS e entre os membros do MAE, por
exemplo, por modem e linhas telefônicas dedicadas.
Introdução
240 Não temos a intenção de cobrir todas as complexidades ou nuances que os acordos
exigirão para serem totalmente operacionais; o que também deverá ocorrer durante o processo de
implementação. Nossa intenção será, isto sim, a de fornecer uma visão panorâmica da estrutura
do MAE e dos procedimentos para seu funcionamento.
241 Lembramos, ainda, que os acordos aqui descritos referem-se exclusivamente ao MAE.
Portanto, não discutiremos:
242 Esta parte do anexo está estruturada para cobrir as seguintes áreas:
(c) descrição de cada um dos passos principais para o cálculo do preço do MAE,
incluindo:
A programação não será utilizada para despachar o sistema - isso será feito pelo
OIS em um processo paralelo, utilizando uma versão mais detalhada do programa
de computador. Este processo também está descrito na Parte 2 deste anexo;
(e) despacho: o OIS divulgará instruções aos geradores em tempo real, baseadas no
processo de otimização utilizado para este objetivo e nos requisitos de previsão do
sistema. Tais instruções serão registradas no processo do Sistema de
Contabilidade e Liqüidação de Energia (SCLE), e utilizadas para determinar as
multas para geradores que não as tenham cumprido;
(f) agregação dos dados medidos: após o despacho real, a geração medida e os
dados de demanda serão coletados de forma que a geração e o consumo de cada
membro do MAE (com ajustes para perdas de transmissão no sistema para
geradores e consumidores conectados a tensões de subtransmissão e distribuição)
para cada período de liqüidação possam ser determinados e agregados de forma a
definir a demanda e a geração total do sistema (vide Seção 2 para perdas na
transmissão);
(m) Encargo pelo Serviço do Sistema: além disso, haverá um Encargo pelo Serviço
do Sistema (ESS), pago pelos varejistas com relação à toda a sua demanda (isto é,
tanto a contratada quanto a não contratada). Haverá diferença de encargos entre
os Submercados. Eles deverão recuperar:
(vi) custos de operação no MAE (se não forem recuperados pelas taxas dos
membros - vide Seção 2);
(b) liqüidação significa a execução das regras do MAE e a fixação dos pagamentos
relevantes a pagar ou a receber pelos participantes do MAE;
(g) período de liqüidação é o período para o qual cada preço distinto do MAE é
calculado;
246 A operação das regras do MAE exige que os seguintes tipos de dados sejam submetidos:
247 Esta seção das regras do MAE descreverá todos os dados necessários para a operação de
liqüidação2. Os dados permanentes são uma descrição detalhada das características tanto do
sistema de eletricidade quanto de liqüidação, e conterão seis elementos principais:
2
Dados mais completos serão necessários para a programação e o despacho no sistema, e serão descritos nos
códigos técnicos para operação do sistema.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 52 SEN/Eletrobrás
(a) dados de todo o sistema, definindo os parâmetros gerais dentro dos quais ocorre
a liqüidação, e incluem:
(b) dados físicos a serem submetidos pelos geradores para suas unidades e estações
geradoras, compreendendo:
(ii) com relação a cada unidade geradora com despacho central (isto é,
geradores com capacidade instalada acima de 30MW) sua capacidade
registrada medida em MW;
3
Estes dados de preço estarão sujeitos à aprovação regulatória.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 53 SEN/Eletrobrás
(i) operação acordada, manutenção e custos de royalties (em R$/MWh) para
hidrelétricas, referentes às transferências energéticas entre hidrogeradores,
para uso no MRE;
(ii) o Volume de Contrato a ser aplicado para cada Período de Liqüidação (em
MWh); e
(iii) decisão sobre serem os contratos transferíveis ou não (o que será relevante
apenas para o sistema N/NE e se aplicará apenas a um subconjunto de
contratos. Neste caso, o preço do contrato também será solicitado pelo
ASCLE).
(g) outros dados permanentes sobre medidores, inclusive o tipo de medição, fatores
de perda que se aplicarão à leitura para refletir as conexões a tensões mais baixas.
Os fatores de perda definirão a escala para geração ou demanda até o nível onde
estariam se estivessem conectados diretamente ao sistema de transmissão; e
249 Todos os geradores com despacho central (isto é, com capacidade instalada acima de
50MW4) terão que submeter dados sobre suas unidades de geração conforme previsto nos
códigos técnicos de operação do sistema. Cada gerador deverá submeter dados sobre a
disponibilidade de cada unidade geradora (ou estação, dependendo da natureza de sua conexão).
251 O gerador submeterá os seguintes dados (na prática, estes dados seriam obtidos de dados
técnicos submetidos e utilizados na otimização e no despacho do sistema, muito embora os
requisitos de dados serão, também, definidos nas regras do MAE para dirimir quaisquer
dúvidas):
(a) a disponibilidade técnica prevista de cada uma das unidades geradoras para o
período de liqüidação seguinte, expressos em MW por hora, sujeita a quaisquer
restrições em suas operações. Estes dados estarão relacionados à disponibilidade
técnica das turbinas, e não à disponibilidade hídrica;
(ii) quaisquer alterações nas restrições para capacidade mínima e máxima dos
reservatórios e represas, etc., com base nos dados permanentes;
(iii) quaisquer alterações nas restrições para vazão mínima e máxima dos
reservatórios e represas, com base nos dados permanentes;
4
Esta definição inclui usinas a fio d’água. Muito embora do ponto de vista técnico não terão despacho pelo OIS, sua
capacidade instalada - e sua conexão à tensão de transmissão - indicam que serão incluídas na liqüidação contábil de
energia do MAE.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 55 SEN/Eletrobrás
(d) geradores sem despacho central deverão notificar o OIS (possivelmente via seu
distribuidor/varejista hospedeiro) sobre a geração pretendida para o Dia de
Liqüidação seguinte sob os termos dos Procedimentos da Rede.
(a) uma série de preços para licitação aos quais se dispõe a desconectar diferentes
quantidades de carga (em R$/MWh). Inicialmente, haverá limite a (por exemplo)
dois preços, porém dependerá das capacidades dos modelos;
253 Acreditamos que as interconexões internacionais serão regidas pela aproximação das
transações sistema a sistema discutidas na Parte 1 deste anexo. O operador estrangeiro da
interconexão5 deverá submeter, no estágio do dia posterior:
(a) um ou mais preços para licitação ao(s) qual(quais) esteja disposto a comprar e
vender geração (em R$/MWh). O número adequado de estágios na curva de carga
implícita no sistema terá que ser definido durante a implementação, e dependerá
da natureza do sistema adjacente;
254 Para a geração de Itaipu, o Agente de Produção de Itaipu (AP) fornecerá a geração
prevista à divisão do operador do sistema do OIS referente à duração do período de liqüidação.
Esta informação será repassada ao ASCLE.
255 A qualquer momento, antes do despacho real, um gerador, gerente de carga ou operador
da interconexão poderá submeter ao OIS - em sua função como operador do sistema (conforme
descrito nos procedimentos técnicos para operações do sistema) - uma redeclaração que
substitua qualquer declaração ou redeclaração de disponibilidade anterior.
5
O operador da interconexão será responsável por toda a capacidade do interconector no que se refere às regras do
MAE. Quaisquer contratos que possam ser celebrados pelo operador da interconexão para uso da capacidade de
interconexão com outras partes não deverá fazer parte do MAE.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 56 SEN/Eletrobrás
(a) uma unidade geradora passou a ter uma disponibilidade diferente da declarada
anteriormente;
(b) uma unidade geradora com declaração anterior de disponibilidade foi declarada
não disponível, ou uma unidade geradora declarada não disponível tornou-se
disponível em seguida;
(c) alguma restrição à operação da usina passa a ser aplicável, ou uma declaração
anterior de restrição foi removida; e
260 Ao final da liqüidação, o ASCLE receberá todos os dados finais sobre disponibilidade da
divisão de operação do sistema do OIS, conforme acabamos de descrever, para uso na liqüidação.
261 O ASCLE deverá realizar uma série de verificações para garantir que os dados
submetidos pelos geradores, administradores de demanda e operadores da interconexão estejam
consistentes e válidos para uso na liqüidação. Tais verificações podem incluir situações em que:
262 Esta seção das regras do MAE identificará os valores medidos para todos os geradores,
varejistas, consumidores de grande porte, geradores embutidos e interconectores para determinar
como deverão ser ajustados de forma a fornecerem os dados para o processo de liqüidação.
(a) as leituras dos medidores dos varejistas terão que ser ajustadas se eles não
estiverem situados em um ponto de fornecimento a grosso no sistema de
transmissão;
(b) as leituras dos medidores que monitoram mais de uma saída para o
distribuidor/varejista terão que ser alocadas entre estes varejistas. Isso pode ser
feito por uma regra simples acordada, e poderá permitir a variações na alocação
conforme a hora do dia, se isto refletir o padrão da demanda;
264 Um outro elemento para o cálculo de perdas são os FPT nodais, que se aplicarão a fatores
de perda para toda a demanda e geração no sistema. Serão definidos por referência a um nó
central definido no sistema. Cada medidor do varejista em um PSE , ou cada medidor de um
consumidor de grande porte associado a um PSE em especial terá, conseqüentemente, a
designação de um FPT. Este fator de perda será utilizado para calcular a leitura para uso do
SCLE.
265 Um ajuste semelhante será aplicado às leituras do medidor do gerador7. Toda a produção
de um gerador embutido com despacho central será ajustada para os efeitos de perdas de
distribuição conforme descrito anteriormente, na seção sobre medição.
6
Uma questão detalhada no escopo das regras do MAE neste contexto é se o ajuste para as perdas deve se basear em
fatores padrão determinados pela tensão ou se fatores específicos devem ser calculados para cada gerador ou
consumidor conectado a tensões mais baixas. No nosso ponto de vista, a primeira abordagem é a preferida, pois será
muito mais simples de aplicar e reduzirá a margem para disputas. Os fatores de perda padronizados serão aprovados
pelo EXMAE (vide Anexo I) e revisados conforme calendário acordado.
7
Para geradores cujas unidades geradoras estiverem diretamente conectadas ao sistema de alta tensão, a carga da
usina será medida separadamente, registrada como demanda do consumidor, e o pagamento calculado conforme
descrito em seguida. Procedimentos análogos se aplicarão para geração com demanda local, e, além disso, com
ajuste apropriado para as perdas de distribuição. Para geradores conectados por um transformador único na usina,
não haverá separação de carga na usina.
Visão geral
269 O preço do MAE para cada Submercado será calculado com base na programação a
priori. Apenas se ocorrer escassez de potência os PMS seriam baseados em dados reais.
Programação a priori
270 A programação a priori prevê dados de previsão para a duração da liqüidação. Isto inclui
previsão da demanda no sistema, da hidrologia, das disponibilidades declaradas dos geradores,
dos gerentes de carga e dos interconectores, e preços. Também deverá registrar se algum
racionamento preventivo está programado.
(a) geração programada para cada unidade geradora com despacho central, em cada
período de liqüidação, tanto para termogeradores quanto para hidrogeradores;
8
Propusemos que a otimização do sistema e os valores hídricos correspondentes sejam calculados por um modelo
baseado na metodologia do DECOMP - vide parte III deste Anexo.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 59 SEN/Eletrobrás
(b) programação de redução ou racionamento de carga;
(f) valor de água para cada reservatório no sistema (em R$/MWh) ou para cada parte
principal do Submercado, dependendo da forma precisa do modelo de otimização.
Estes serão calculados ao valor adequado de racionamento se ocorreu diminuição
involuntária de carga. Descreveremos este mecanismo a seguir.
Programação a posteriori
276 Além destes ajustes, deve-se permitir geração conectada à distribuição com auto-
despacho.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 60 SEN/Eletrobrás
(a) se o gerador conectado à distribuição não estiver comercializando no MAE, ele
não participará das programações a priori e a posteriori, pois sua produção estará
implicitamente registrada como redução na demanda do sistema (ou seja, reduzirá
a demanda medida no PSE correspondente); e
277 A demanda e a geração medidas e as instruções para níveis de despacho para cada
unidade geradora, conforme publicação do OIS, deverão ser obtidas nos registros de despacho.
(a) geração programada para cada unidade geradora com despacho central em cada
período de liqüidação;
Visão geral
279 Os Preços Marginais dos Submercados (PMS) são calculados a partir da produção
programada a priori e compreendem um preço único para cada um dos Submercados. Expressos
em R$/MWh, são o preço mais alto para geração ou racionamento de carga programado para
cada período de liqüidação em cada Submercado. Se em qualquer período de liqüidação houver
desligamentos causados por uma escassez genuína da energia disponível, o preço do MAE será
calculado ao preço apropriado de racionamento. Isto será provocado pela determinação do OIS
de que o racionamento é necessário, com aprovação da ANEEL, se possível. No caso de ter
havido uma real escassez de capacidade no sistema (a potência de geração disponível não
conseguiu atender a demanda de pico), o preço do MAE (ou seja, os PMS em todos os
Submercados) aumentará até o valor de racionamento no período de liqüidação em que a
escassez ocorreu.
280 Sob condições operacionais normais do sistema (isto é, quando não há racionamento), o
preço do MAE em cada Submercado (PMS) será determinado como:
(a) o custo térmico ou a geração hidrelétrica de maior valor para atender a demanda
na programação a priori;
283 O processo para se determinar os pagamentos no MAE consiste dos seguintes passos:
285 O valor dos Encargos pela Prestação de Serviço no Sistema a ser recuperado em cada
Submercado será calculado somando-se os custos de cada um de seus componentes para cada
Submercado e em seguida dividindo pela demanda total medida para aquele Submercado, para
determinar o Encargo pela Prestação de Serviços no Sistema (em R$/MWh).
Restrições na transmissão
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 63 SEN/Eletrobrás
287 A programação a posteriori será utilizada para determinar o volume de restrições na
transmissão em cada Submercado. A programação a posteriori calcula a geração otimizada
programada para cada unidade geradora de acordo com a demanda real e as disponibilidades
reais do gerador. Para a liqüidação, pressupõe-se que qualquer diferença entre os níveis reais de
geração e os níveis programados na programação a posteriori serão o resultado de uma restrição
na transmissão quando estes não forem decorrentes de erro do gerador. Explicaremos, a seguir,
como os custos decorrentes de erros dos geradores podem ser determinados e deduzidos do
Encargo pela Prestação de Serviço no Sistema a serem pagos pelos varejistas e consumidores de
grande porte que comprem do MAE diretamente.
288 Os geradores serão pagos pelos efeitos das restrições na transmissão dependendo se o
gerador for considerado “operando, com restrição” (a geração real excede a geração programada),
ou “não operando, com restrição” (geração real é inferior à geração programada). A seguir,
apresentamos um esboço de como os pagamentos são calculados:
- cada hidrogerador terá uma conta de restrição que será calculada a zero no
início de um “período contábil de restrição” (por exemplo, um mês);
289 Os custos adicionais incorridos como resultado dos pagamentos que acabamos de
mencionar serão recuperados pelos Encargos de Prestação de Serviços no Sistema. A
compensação será alocada por todos os hidrogeradores afetados pela restrição proporcionalmente
à sua energia garantida, via MRE.
290 Lembramos, na Parte 1 deste Anexo, que há alternativas para a condução do processo no
âmbito do SCLE. A seguir, discutiremos o Caso 1 da Parte 1.
291 As regras do MAE para a alocação de vantagens decorrentes dos fluxos entre os
Submercados serão as seguintes:
(a) o MAE terá que registrar os Submercados onde as duas partes contratantes
estiverem localizadas, para os registros:
(b) fluxos reais serão registrados da seguinte forma (vide Figura A.2):
(i) a produção total transferida entre os Submercados será limitada aos fluxos
reais medidos;
(v) para o varejista, sua demanda será comparada ao volume fixo de energia
contratada em seu Submercado e a diferença liqüidada ao preço vigente
no MAE;
(vi) além disso, haverá um ajuste para os efeitos das perdas de transmissão na
interconexão entre os Submercados (se tal valor for apropriado no
contexto da conexão afetada). As perdas serão alocadas de acordo com a
direção do fluxo em cada período de liqüidação e serão pagas pelo
Submercado importador;
Interconexões internacionais
(i) se não houve contrato para volume fixo de energia, se houve exportação
para toda a interconexão internacional, o dono do direito pagará ao preço
vigente no MAE (no Submercado onde q importação foi registrada) para a
“demanda” do interconector, e se houve importação, receberá o preço do
MAE para sua “geração”;
(c) exposições não contratadas nos sistemas adjacentes serão uma questão para
contratos comerciais nos países envolvidos.
294 A multa aplicada aos geradores que não cumprirem as instruções de despacho dependerão
da condição de geração deficiente ou excedente do gerador:
295 Explicamos, na Seção 2, que para os hidrogeradores, os custos de reserva serão tratados
como parte do MRE. Quaisquer custos adicionais incorridos por um gerador para manter sua
capacidade de prestar serviços ao sistema (por exemplo, resposta de frequência), serão acordados
entre o gerador e o OIS, que será responsável pelo reembolso destes custos ao gerador, e
recuperados pelo Encargo de Prestação de Serviço ao Sistema. Litígios referentes ao nível de
capacidade poderão ser encaminhados à ANEEL para recurso.
296 Os termogeradores instruídos a fornecer reserva serão pagos pela diferença entre seus
custos registrados e o PMS vigente, o que permitirá ao gerador a recuperação de suas perdas no
MAE.
297 Os pagamentos aos fornecedores de energia reativa deverão operar da seguinte forma:
(a) quando um termogerador estiver sob restrição para fornecer energia reativa,
receberá pelo seu combustível registrado e por outros custos operacionais
variáveis. Este caso será tratado da mesma forma como qualquer outra geração
sob restrição (muito embora seja identificado separadamente);
9
Calculado pelo valor correspondente ao PMS.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 67 SEN/Eletrobrás
(b) quando um hidrogerador estiver sob restrição para fornecer energia reativa,
receberá compensação com base no mecanismo descrito anteriormente para
restrições de transmissão; e
298 Com relação à recuperação dos custos pelos serviços prestados ao sistema, pode-se
aplicar as seguintes regras:
(a) para a reserva, quaisquer custos adicionais serão recuperados pelos Encargos pela
Prestação de Serviços ao Sistema;
(b) para energia reativa, os custos da energia fornecida para fins de transmissão serão
determinados e os custos recuperados pelos encargos de prestação de serviços ao
sistema. Enquanto a energia reativa for produzida para atender as necessidades de
suporte à tensão, as regras a seguir se aplicam:
(ii) quaisquer encargos adicionais pela energia reativa serão recuperados pelos
Encargos de Prestação de Serviços ao Sistema.
Solução de litígios
301 Serão determinados como os custos totais identificados nos elementos isolados dos
Encargos pela Prestação de Serviços ao Sistema alocados a usuários específicos, e serão
expressos em R$/MWh.
304 Nesta abordagem, os hidrogeradores não terão incentivo para se declararem disponíveis
quando não estiverem. Um gerador que agir desta forma descobrirá que sua energia garantida foi
reduzida à disponibilidade observada e estará sujeito a multa por geração deficiente10.
305 Para efeito de liqüidação, os hidrogeradores receberão energia baseada em sua energia
garantida acordada e sua geração real. O mecanismo de realocação de energia consiste de três
estágios, e é apresentado a seguir:
10
Cria-se um problema quando um gerador faz uma declaração falsa e não é solicitado a gerar. A situação somente
será resolvida com testes regulares da disponibilidade deste gerador. Todos aqueles que fizerem declarações falsas
estarão sujeitos a multas.
11
Energia garantida oficial, ajustada para toda e qualquer multa ao gerador.
12
Conforme lembrado anteriormente, todos os custos alocados a hidrogeradores, decorrentes de restrições na
transmissão ou restrições pela provisão de potência reativa, serão alocados proporcionalmente à sua energia
garantida. O MRE será um meio pelo qual isso será feito.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 69 SEN/Eletrobrás
- metade do excedente será distribuída a hidrogeradores cuja geração foi
superior à sua energia garantida. Cada um destes hidrogeradores receberá
uma parte deste excedente, proporcionalmente à magnitude de seu
excedente individual de energia garantida.
306 A explicação para esta abordagem é apresentada na Seção 2. O quadro 2.1 contém um
exemplo.
307 Haverá um registro para os Contratos Iniciais, onde cada contrato receberá um número
com todos os detalhes deste contrato.
309 Dois importantes princípios dos Contratos Iniciais na liqüidação devem ser lembrados:
311 O registro do contrato deverá conter os volumes vigentes para cada período de liqüidação
para cada contrato.
312 Quando houver racionamento e o preço do MAE não for “muito alto” (vide a seguir), a
conduta para os contratos será a seguinte:
(ii) comparar (i) à geração total ajustada para o gerador (ou seja, depois do
MRE, os termogeradores deverão fazer ajustes para os FPT e para a
realocação da geração) e determinar o volume líqüido;
(b) para os hidrogeradores que não estejam participando do MRE, comparar a geração
ajustada para as perdas de transmissão e erros ao volume contratual para volume
de energia fixo aplicável;
(c) para os termogeradores que não celebraram contratos com hidrogeradores,
comparar a geração ajustada para as perdas de transmissão e os erros ao volume
fixo contratado de energia aplicável;
(d) para os varejistas, o processo será comparar a demanda total de cada varejista
(ajustada para perdas de transmissão) ao volume contratual fixo de energia
aplicável em cada período de liqüidação. A diferença será exposta a liqüidação ao
preço do MAE.
313 Em caso de período muito seco, ou seja, em que o PMS (Preço Marginal do Submercado)
tenha aumentado acima do nível pré-acordado, todos os volumes dos Contratos Iniciais serão
reajustados para retornar às proporções acordadas. Estas proporções deverão variar de acordo
com o PMS vigente. Todos os Contratos Iniciais sofrerão um reajuste pro rata. O maior preço
será o imediatamente abaixo do índice mais baixo da função do valor de racionamento.
(a) à geração ajustada de cada gerador (após ajuste para o MRE, para os erros do
gerador, para os FPT, etc.), à diferença determinada. Esta diferença será liqüidada
ao preço vigente do PMS;
(b) à demanda ajustada de cada distribuidor/varejista (considerando-se os FPT, a
demanda dos consumidores livres com fornecimento por outro varejista) para
determinar as transações líqüidas no MAE;
(c) à demanda ajustada de cada varejista quando este fornecer a consumidores livres.
Pagamentos ao varejista
319 Os pagamentos do MAE devidos aos varejistas consistirão de (lembramos que estes
pagamentos serão aplicados a qualquer consumidor de grande porte comercializando no MAE
por si mesmo):
(a) pagamentos para transações líqüidas no MAE: o volume de energia
comercializada no MAE é multiplicado pelo preço do MAE no Submercado
correspondente. Lembramos que o resultado poderá ser negativo se o varejista for
um vendedor líqüido no MAE;
(b) pagamentos para Encargos pela Prestação de Serviços ao Sistema: a Demanda
Medida do Varejista em cada Submercado é ajustada pelos FPT correspondentes,
multiplicada pelo Encargo pela Prestação de Serviços ao Sistema em cada
Submercado; e
(c) no caso de distribuidores/varejistas, quaisquer pagamentos referentes a encargos
de energia reativa.
Pagamentos pelas interconexões internacionais
320 A determinação dos pagamentos do MAE a operadores de interconexões internacionais
dependerá de ser a energia importada ou exportada:
(a) pagamento pela energia importada: fluxo do interconector multiplicado pelo
preço do MAE naquele Submercado;
(b) pagamento (devido) por exportações: fluxo do interconector multiplicado pelo
preço do MAE mais o Encargo pela Prestação de Serviço ao Sistema naquele
Submercado.
13
Para hidrogeradores que receberam energia sob as regras do MRE, este seria um pagamento ao MAE.
Report IV-1: Anexo A, Parte 1 73 SEN/Eletrobrás
Anexo B: Contratos Iniciais
Parte 1: Introdução
Cláusula 1: Preâmbulo
1
Esta cláusula pressupõe que os Contratos Iniciais serão redigidos e assinados antes da conclusão do
MAE para facilitar a privatização. Para contratos posteriores celebrados entre geradores e varejistas,
ser membro do MAE e uma das partes no MAE deverão constar como especificações nas questões
precedentes do contrato.
(b) falha de uma das partes em manter um título ou carta de crédito com
validade;
2
Este requisito é incorporado ao requisito imposto aos varejista no MAE para que ofereçam garantias
financeiras para suas compras no MAE. Como as compras no MAE são determinadas em valores
líqüidos nos contratos, esta cláusula dos Contratos Iniciais diz respeito a obrigações diferentes das
constantes nos requisitos de segurança do MAE.
24 A cláusula deverá especificar três circunstâncias sob a quais uma nova cessão
será permitida:
25 Nestas circunstâncias, haverá uma cláusula para que o volume contratado seja
automaticamente transferido em parte para outro varejista ou a um setor diferente
(sem o consentimento do gerador). A mecânica para se determinar o índice de
transferência de cessão em qualquer Período de Liqüidação será prevista no Contrato
do MAE.
27 Força maior. Propomos que o escopo da cláusula sobre força maior seja o
mais simples possível, pois o contrato é um instrumento financeiro e não um contrato
para fornecimento físico de energia, ou seja, o cumprimento das obrigações
contratuais do gerador não dependem da capacidade de operação de sua usina. A
cláusula 5 trata das condições excepcionais de racionamento e de seca. A cláusula de
força maior deve cobrir apenas situações de emergência nacional ou setorial.
Obviamente este será um assunto para negociação bilateral entre geradores e
varejistas para decidir se a cláusula de força maior deve estar incluída em contratos de
negociação livre.
Documento 1: “Termos”
Período seco
(datas)
d dd j jj p pp v vv
Segunda a Sexta e ee k kk q qq w ww
Sábado f ff l ll r rr x xx
Domingo
Concordamos com os termos e condições acima e com os cronogramas anexos que fazem parte deste contrato.
Assinatura_______________ Data__________ Assinatura_______________ Data_________________
(pelo gerador) (pelo varejista)
ref B.32
(c) a quantidade (em kWh) a ser fornecida em qualquer Período de
Liqüidação. Haverá uma matriz na qual a quantidade poderá variar de
acordo com ano, mês/estação, dias da semana, horas do dia;
Documento 2: Indexação
(d) Caso um dos índices não seja publicado, seja retirado ou sofra
alterações substanciais, as partes utilizarão um índice alternativo ou a
informação alternativa que mais se aproxime dos efeitos pretendidos
ou do índice original.
Introdução
(b) Calcular o total de energia garantida disponível para cada gerador por
meio de uma das seguintes fórmulas:
3
Para a maior simplicidade possível, propomos que os volumes do Contrato Inicial permaneçam os
mesmos durante o período inicial (e portanto não incluam energia nova chegando ao sistema). No
entanto, o volume do Contrato Inicial poderia incluir energia disponível de uma usina em construção no
momento e cujo cronograma prevê, com segurança suficiente, o início de operações antes da vigência
dos Contratos Iniciais.
4
Os geradores terão que recuperar os encargos pagos pela transmissão por intermédio do preço
cobrado pela sua energia.
(b) A ANEEL deve ser responsável pela aprovação única do preço médio
aplicado a cada um dos Contratos Iniciais com o gerador antes da
assinatura; sem dúvida, as bases para qualquer aumento de preço
concedido aos envolvidos na privatização terão que ser totalmente
justificados pelos custos e serem considerados com vistas a manter os
preços reduzidos para o consumidor.
(c) A tarifa agregada de energia terá que ter um perfil traçado para
determinar que o preço de energia conste no contrato para cada período
de tempo. Recomendamos que o OIS desenvolva alguns modelos-
padrão para tarifas contratuais que flexibilizem a tarifa agregada de
forma que os incentivos sazonais/diários/para diferentes horas do dia
sejam incluídos nos preços do contrato. A tarifa ponderada de
demanda deve se equacionar à tarifa de energia agregada.
Sábado Sábado
Domingo Domingo
G i = gerador i
R i = varejista i
ref B.46
− Para R > 1, há um déficit de energia garantida
disponível em relação às necessidades do
distribuidor/varejista. Nestes períodos, os volumes dos
Contratos Iniciais estarão a 100% da energia garantida
disponível pelo gerador; o inverso de R será aplicado
como fator de ajuste para as necessidades de todos os
distribuidores/varejistas de maneira que cada um seja
contratado para a mesma proporção de suas
necessidades de energia.
Inicial Máx
1 Proprietários de transmissão - o investidor era proprietário 3 4
de concessionárias que transferem o controle de transmissão
para o OIS.
2 Companhias governamentais/municipais - companhias 3 4
municipais, órgãos federais de venda de energia, órgãos
públicos de energia e distritos de irrigação que atendem à
carga de varejo interligada à área de controle operada pelo
OIS.
3 Vendedores - entidades que vendem energia através da rede 3 3
do OIS, por exemplo: vendedores não ligados ao serviço
público, tais como os Produtores Independentes de Energia.
4 Usuários finais - organizações representantes dos interesses 4 4
de usuários finais nos processos estaduais de fixação de
preços ou nos processos realizados por empresas municipais.
5 Não acionistas/público - indivíduos que não têm interesse 2 3
comercial na operação do OIS, mas com experiência técnica
ou profissional na área.
• Subcomissões da PEC; e
pelos geradores:
• PowerGen;
• National Power;
• Nuclear Electric;
31 No que se refere aos fornecedores, os grupos das CERs fazem um rodízio dos
direitos de representação no PEC entre as empresas membros de cada grupo
representado. Os fornecedores independentes têm eleição própria para seu
representante.
Princípios
O Presidente terá uma pequena equipe para lhe dar apoio em seus deveres de
coordenação e para atender ao Conselho Administrativo. Ele também terá assento no
Conselho de Administração. Os Gerentes Gerais se reportarão ao Presidente e serão
responsáveis pela gestão e administração diária da organização, incluindo a elaboração
dos documentos financeiros necessários, o encaminhamento de questões contratuais e
de pessoal, além de quaisquer outras responsabilidades a eles delegadas pelo Conselho
de Administração.
Objetivo
Funções e Responsabilidades
Forma e organização
58 O OIS será um órgão setorial constituído como entidade sem fins lucrativos,e
não um órgão governamental ou comissão sem personalidade jurídica formal. Terá
seus próprios quadros permanentes e será financiado através de um componente dos
encargos de Uso do Sistema de Transmissão -UST. O OIS estabelecerá anualmente a
alíquota deste componente, com aprovação da ANEEL, de maneira a atingir o
equilíbrio econômico-financeiro de um ano para o outro.
• GCOI e CCON;
• CNOS;
Sistema de controle
69 Prevemos que um único Conselho de Administração seja responsável por
todas as operações do OIS no Brasil. O MAE terá seu próprio Conselho de
Administração.
• geradores;
• companhias de transmissão;
• empresas de distribuição/varejo;
• interesse público;
80 Propomos, portanto, que o MME detenha um direito especial de voto que lhe
permita vetar qualquer proposta em qualquer uma das categorias enumeradas.
• nenhuma classe poderá vetar uma ação - o que só pode ocorrer com um
terço dos votos;
• duas classes não poderão se unir para formar maioria suficiente na
tomada de decisões - o que pode ser feito pela necessidade de dois
terços para acordo sobre ações a serem tomadas; e
• deve haver representação de grupos minoritários tais como os novos
participantes (Produtores Independentes) e previsão de representantes
regionais.
84 Recomendamos, portanto, que a alocação de cargos de Diretoria seja como
segue:
Classe Nº de diretores
Empresas de geração 5
Empresas de distribuição/varejo 5
Empresas de transmissão 2
Consumidores de grande porte ligados ao sistema 2
Interesse público 2
ANEEL (sem direito a voto) 1
MME (sem direito a voto) 1
Número total de votos 18
Votos necessários para aprovar a maioria das 12
medidas1
Votos necessários para vetar a maioria das 6
medidas2
1
Prevê maioria de dois terços dos votos para a maioria das atividades do Conselho de Administração.
2
Prevê maioria de um terço dos membros do Conselho de Administração para vetar a maioria das
medidas.
86 Prevemos que a maioria das decisões venha a ser tomada por discussão e
consenso. Contudo, se for necessário que decisões sejam submetidas a voto, para
todas as questões - exceto as de natureza genuinamente nacional (como por exemplo
as referentes à interligação entre os dois sistemas regionais)- , só terão direito de voto
os diretores representantes da região envolvida.
Atividades-chave
11 A escolha fica bastante indiferente entre um plano único integrado para os dois
sistemas principais ou planos separados, intimamente ligados. No entanto, após
considerar todos os aspectos, somos favoráveis a planejamentos separados porém
intimamente coordenados para os dois principais sistemas interligados, para que
haja maior flexibilidade no processo de planejamento.
Taxa de desconto
15 Para o planejamento de médio e longo prazo, o GCPS tem utilizado uma taxa
real de desconto de 10%. Recentemente, como resultado da tendência real em
direção ao investimento privado no setor, estudos têm sido conduzidos à base de 12%,
considerado o máximo permitido pelo governo. No entanto, é possível que o setor
privado tente usar taxas mais altas, especialmente para os projetos de geração com
maiores riscos (conforme será discutido na Seção 10).
16 Muito embora sob limitações para a taxa de desconto que utiliza para o
planejamento de expansão, a Eletrobrás tem realizado estudos de sensibilidade
utilizando descontos reais de 10% e 18%. Na taxa de 10%, o programa de expansão
de geração é dominado pelos projetos hidrelétricos. Na de 18%, no entanto, dominam
os projetos de geração térmica. A diferença é claramente explicada pelos períodos
maiores necessários para a realização dos projetos hidrelétricos em comparação aos
térmicos, e sua relativa intensidade de capital.
21 Até agora, o sistema de transmissão tem sido em geral planejado com base no
critério de segurança determinístico N-1, ou seja, a interrupção no funcionamento de
apenas um componente não deveria causar redução de fornecimento no pico de carga
no sistema.
1
O tempo para a realização de projetos hidrelétricos é longo. Não é fácil acelerá-los, e muito caro
interrompê-los depois de iniciada a construção. Com a abordagem do cenário, os projetos hidrelétricos
podem ser utilizados para cenários de baixo crescimento, com projetos térmicos introduzidos para
cenários de maior crescimento. Os projetos térmicos podem, portanto, ser acelerados ou atrasados
dentro do plano, dependendo das projeções de demanda mais recentes.
(d) outros riscos que devam ser detectados nos cenários incluem os
diferentes níveis de crescimento de carga, custos de capital e projeções
alternativas dos preços de combustível.
32 Além do mais, muito embora se calcule que o Brasil tenha fontes hidrelétricas
totais que atingem 213.000 MW, as projeções indicam que as usinas mais econômicas
estarão totalmente desenvolvidas dentro de 20 anos. Se as tentativas de desenvolver
fontes hidrelétricas na bacia da Amazônia forem interrompidas por motivos
ambientais, a energia hidrelétrica estará esgotada antes do prazo previsto. Em
qualquer um dos casos, a transição da energia hidrelétrica para a térmica é inevitável
nas próximas duas décadas. Portanto, a geração térmica, operando tanto a carga
básica quanto complementar, muito provavelmente se tornará uma característica dos
planos indicativos a médio prazo.
Financiamento
Desenvolver
Projeção para
programa para
carga local
incentivo de
(D/V)
estudos
Elaborar Informações
Previsão para Elaborar plano
planejamento para plano de
o sistema de longo prazo
indicativo transissão de
integrado (PI) (25 anos) 1
(12 anos) 2 curto prazo
br4_d.pre
Anexo E: Suporte para o desenvolvimento de novas hidrelétricas
2 Recomendamos que:
3 Recomendamos que:
Financiamento (Seção 7)
(a) prover empréstimos com prazos mais longos para melhor conciliação
entre fluxo de caixa e obrigações de serviço da dívida;
(c) Apêndice F.3 no qual fornecemos uma avaliação do trabalho já realizado pela
Eletrobrás/DNAEE para encargos de transmissão;
Definição de transmissão
(b) os ativos de transmissão devem ser definidos pela tensão, e não pela
função; e
6 Recomendamos que esta definição substitua a da Portaria 244, que é uma simples lista
de ativos.
9 Há duas opções para se definir o sistema de transmissão: pela tensão ou por função.
Recomendamos enfaticamente que o sistema de transmissão seja definido com base na
tensão, pois a conduta é objetiva e fácil de implementar. Nossa experiência tem
demonstrado, no entanto, que as definições funcionais são objetivas e de difícil
implementação considerando-se que a função de um ativo:
• em geral é complexa;
12 Reconhecemos que o maior sistema de 138kV, que serve o Mato Grosso, pode
precisar de medidas especiais que permitam sinalizadores locais dentro da rede de 138kV.
16 Para este fim, recomendamos que os ativos de conexão sejam definidos como
apenas os utilizados exclusivamente por um usuário e, da mesma forma, que todos os
outros ativos de transmissão sejam definidos como pertencentes ao sistema principal.
(a) a “conexão rasa”, na qual o usuário paga apenas pelos ativos de conexão
direta que o conectam (e nenhum outro usuário) ao sistema principal de
transmissão; e
(b) a “conexão profunda”, na qual o usuário paga tanto pelos ativos diretos de
conexão como por qualquer reforço ao sistema principal que resulte de sua
conexão ao sistema.
1
Lembramos que nesta parte do trabalho estamos preocupados apenas com conexão ao sistema de transmissão.
O “usuários” aqui referidos são, portanto, geradores, clientes de grande porte conectados diretamente ao sistema
de transmissão e companhias de distribuição, e não clientes de menor porte conectados aos sistemas de
distribuição.
G1 ∼ ∼ G2
G3 ∼
C D
(c) clientes de grande porte podem construir, possuir e manter suas próprias
conexões, porém, a prática normal é pagar à companhia de transmissão (ou
distribuição) correspondente por estes serviços. Entendemos, no entanto, que
atualmente os clientes às vezes contribuem para o reforço do sistema principal
e conseqüentemente pagam pelos encargos de conexão profunda. Nossa
opinião é a de que esta conduta deve ser modificada para a de conexão rasa. E
da mesma forma, CCTs deverão ser celebrados para garantir o livre acesso.
• uma entrada, paga pelo usuário, com isenção ou redução dos encargos
mensais;
G1 ∼ G1 ∼
G2
B
∼
A A
Conexões existentes
40 Discutiremos agora os encargos pelo uso dos ativos do sistema principal: encargos
pelo uso do sistema (UST). Tais ativos são compartilhados por todos os usuários. A própria
existência da rede de transmissão proporciona a prestação de serviços (tais como segurança
do sistema e a ordem de mérito do despacho), que devem ser fornecidos em conjunto.
Portanto, qualquer abordagem à cobrança pela transmissão terá que alocar os custos
referentes a estes ativos compartilhados por todos os usuários do sistema.
42 Trataremos dos encargos de transmissão com mais detalhes nos apêndices F.1 a F.4.
(b) custos marginais de longo prazo (CMLP): a longo prazo, a rede pode ser
expandida para atender o uso incremental. O usuário é cobrado à base do
investimento incremental e dos custos operacionais ocasionados pelo uso
incremental da rede de transmissão; e
(c) custos contáveis: o usuário é cobrado à base de alguma medida de seu uso da
rede de transmissão (carga freqüente em períodos de pico).
(a) as metodologias de custos marginais de curto prazo não são ideais para o
Brasil porque:
46 A metodologia do CMLP pode ser vista como um compromisso útil que preserva os
incentivos de eficiência ao mesmo tempo em que é significativamente mais simples do que a
de CMCP. No entanto, a de CMLP apresenta vantagens inerentes, especialmente:
• uma relação até certo ponto direta com o custo principal subjacente - os custos
do investimento na capacidade de transmissão.
51 A análise principal diz respeito à elaboração dos preços nodais que refletem os custos
incrementais do investimento em potência adicional e até que ponto cada usuário contribui
para a necessidade de investimento naquele nodo. Os preços nodais dependem, portanto, dos:
53 Baseamos o encargo pelo uso do sistema para o uso daquele nodo nos custos
marginais, e assim sinalizamos aos usuários os benefícios/custos resultantes da
redução/aumento do seu uso do sistema naquele nodo.
54 Os encargos podem ser definidos para geração e carga. Antes de efetuar modificações
com vistas à recuperação da receita ou por quaisquer outras considerações, os encargos para
carga serão simplesmente os encargos negativos sobre geração. Por exemplo, em um nodo de
importação, a geração reduz a necessidade de potência para importar energia do resto do
sistema, enquanto a carga aumenta a necessidade de importar energia.
• afeta o nível absoluto dos encargos em cada nodo mas não a diferença de
encargos entre os diferentes nodos; e
Modelo de rede
• uma rede nocional seja utilizada com base na rede existente, porém com
capacidade de linha ajustada para atender com exatidão as necessidades do
fluxo, sem restrições; ou
• que a rede existente seja utilizada com linhas classificadas por sua potência
efetiva.
61 Os CMLP podem também basear-se na rede existente. Neste caso, poderá ser mais
difícil explicar as suposições, especialmente as relacionadas à potência e às limitações da
linha. No entanto, os encargos derivados devem ser semelhantes aos derivados da abordagem
de rede nocional. Discutiremos esta questão mais detalhadamente no Apêndice F.2. No
entanto, uma rede nocional terá que ter um modelo para segurança do sistema, como
passaremos a discutir.
(c) acreditamos que estes problemas seriam particularmente críticos para este
período de cinco anos dos encargos, tendo-se em vista que:
68 A abordagem para o modelo dos critérios de segurança do sistema poderá ser revisada
depois do primeiro período de cinco anos, conforme discutiremos a seguir na revisão dos
encargos.
76 Recomendamos que:
77 Para os geradores, a capacidade para o uso do sistema está bem definida - a conexão e
outros ativos estão construídos com base na capacidade instalada (sem contar a carga da
estação) do gerador, e propomos que os encargos pelo uso do sistema se baseiem na mesma
medida. Autoprodutores e outros geradores que não precisam de toda a capacidade de
despacho para a capacidade de geração total devem ser cobrados à base da capacidade
disponível declarada para exportar. Procedimentos diferentes são necessários para geradores
conectados à distribuição (embutidos), que discutiremos mais tarde nesta seção.
78 A situação não é tão simples para distribuidores e clientes de grande porte, pois eles
não têm uma capacidade bem definida. Na metodologia pela PPRCI os encargos refletem os
critérios de planejamento do sistema. Portanto, tanto quanto possível, a medição do uso do
sistema por distribuidores e clientes de grande porte deve ser realizada sob condições em que
imponham maior sobrecarga sobre o sistema e portanto criem a necessidade de capacidade
adicional. No entanto, algumas das condições hidrológicas e de demanda que são
consideradas no planejamento do sistema ocorrem apenas raramente e algumas, menos
prováveis, poderão nunca ocorrer na prática. Portanto, não podemos, como regra geral, medir
a máxima contribuição dos distribuidores e clientes de grande porte à sobrecarga sobre o
sistema.
(b) devem conter nodos com encargos nodais com semelhança razoável;
(c) as mudanças futuras nas zonas limítrofes devem ser levadas em conta. Por
exemplo, se o desenvolvimento do sistema for exigir que a zona seja dividida
em duas em pouco tempo, já se deve definir duas zonas desde o início; e
(d) o número de zonas dever ser o mínimo possível para manter a consistência
com os princípios descritos.
83 Enfatizamos não ser necessário aplicar estes princípios mecanicamente, muito embora
se possa usar uma diferença percentual nos encargos nodais para definir as zonas. Muito
freqüentemente, zonas com encargos nodais semelhantes surgem de divisões geográficas e
elétricas no sistema. Acreditamos que o número de zonas no sistema S/SE deva ser entre 15 e
20, mais ou menos (acreditamos que um número muito menor de zonas, digamos, cinco, não
conseguiriam registrar a variação de custos, enquanto que um número muito mais alto,
digamos 25, apresentariam uma complexidade indevida). Sugerimos algumas zonas
limítrofes baseadas em análises ilustrativas preliminares no Apêndice F.4.
Transparência
(a) os geradores paguem pelos novos encargos de transmissão com tarifa cheia a
partir da data de sua introdução; enquanto
(b) a carga tenha uma introdução escalonada durante quatro anos para os novos
encargos, pagando uma média ponderada dos:
87 Por exemplo, no primeiro ano de transição, os encargos para carga seriam calculados a
20% do novo preço e 80% do preço antigo; no segundo ano, 40% e 60%, e assim por diante
até que o quinto ano tome como base apenas os novos encargos.
89 Neste período de transição, as modificações nos encargos pelo uso do sistema com o
objetivo de atender as necessidades de receita do OIS deverão levar em conta o fato que uma
parte desta receita terá que ser levantada dos encargos antigos.
• na configuração do sistema;
• na operação do sistema; e
94 Reconhecemos que esta metodologia pode ser vista como uma certa dose de incerteza
para os usuários do sistema. No entanto, acreditamos que alterações anuais menores sejam
mais aceitáveis do que revisões amplas em um período mais longo. Além disso, enfatizamos,
novamente, nossa sugestão para que o OIS elabore previsões para encargos futuros e coloque
toda a informação relativa ao cálculo - premissas, dados, procedimentos de cálculo - à
disposição das partes interessadas. Isso permitirá que os usuários potenciais elaborem suas
previsões se suas expectativas forem diferentes das do OIS.
96 Temos que nos assegurar que todos os geradores com despacho central paguem o
encargo de transmissão adequado, que reflita seu uso pelo sistema de transmissão, para que
possamos oferecer-lhes os sinalizadores econômicos corretos. É muito importante que os
geradores “de grande porte” (definidos como aqueles sujeitos a despacho central2) recebam os
sinalizadores em sua íntegra e não se deparem com incentivos artificiais para conexão a
tensões de distribuição que tentem evitar os encargos de transmissão. Portanto, apresentamos
nossas propostas para a aplicação dos encargos de transmissão e distribuição para os
geradores conectados à distribuição (“embutidos”).
(i) paga encargos pelo uso do sistema de transmissão para a zona à qual
seu sistema de distribuição associado está conectado. Sugerimos que
caiba à ANEEL determinar qual a zona “mais próxima” se houver
qualquer dúvida;
2
i.e. geradores com capacidade instalada acima de 50MW.
99 Reconhecemos que geradores de pequeno porte (sem despacho central) poderão criar
alguma demanda para capacidade de transmissão, porém, acreditamos que não apresentariam
a complexidade necessária para exigir que estes geradores assumissem encargos de
transmissão. Assim, propomos que a capacidade de tais geradores seja tratada como demanda
negativa para a companhia de distribuição/varejo à qual estão conectados. Geradores sem
despacho central terão, portanto, uma redução de pagamentos pela transmissão total às
companhias de distribuição e varejo ao reduzir sua demanda.
100 Nenhum dos dois tipos de geradores paga encargos pelo Uso do Sistema de
Distribuição (UST), pois os geradores em geral não incorrem em altos custos de longo prazo
pelo uso das redes de distribuição. As redes de distribuição são normalmente caracterizadas
por fluxos de energia unidirecionais e a geração não exigirá aumento de capacidade, pois
reduzirá os fluxos durante a geração.
A
230kV
N
M1
B 138kV
∼
M2
G1( 80MW) M3
∼
C
69kVe
abaixo G2 ( 5MW)
102 Os ativos na área A acima da linha pontilhada são os de 230kV e definidos como
ativos de transmissão (incluindo o Nodo N). A linha 138kV na área B tem um gerador de
despacho central de 80MW (Gerador G1) anexado. Os ativos de baixa tensão e tensão média
na área C têm um gerador pequeno sem despacho central de 5MW (Gerador G2). Os valores
métricos M1, M2 e M3 são tomados em vários pontos para definição de períodos. As perdas
são ignoradas neste exemplo, para maior facilidade.
Encargos de transmissão
Encargos de distribuição
105 Pode ser que os ativos de 138kV sejam de propriedade de outra companhia, como a de
transmissão, ou uma companhia regional ou outra de distribuição, e que os ativos de baixa
tensão na área C sejam de propriedade de uma companhia de distribuição de pequeno porte
(um distribuidor municipal, por exemplo). Neste caso, o proprietário dos ativos na área B
cobrarão da companhia menor da área C pela leitura M3 medida para o USD.
106 O varejista na área C também será cobrado internamente pelo uso da rede de tensão
média e baixa tensão de acordo com a carga de cada uma.
107 Nenhum dos geradores paga pelo UST. Os geradores G1 e G2 também poderão pagar
encargos pela conexão ao proprietário da rede de distribuição correspondente se não
quiserem ser proprietários de seus ativos de conexão. Ambos terão que celebrar contratos de
conexão à distribuição (CCD) (vide a seguir), independentemente de optarem por serem
proprietários de seus ativos de conexão ou não.
Contratos comerciais
109 Os CPSTs serão a base para que o OIS tenha controle sobre os ativos do sistema
principal e possa pagar ao detentor da concessão pelos ativos do sistema principal. Propomos
um pagamento básico com ajustes de acordo com a disponibilidade.
111 Os CCTs são um mecanismo para garantir a compatibilidade técnica, o livre acesso, e
o pagamento referente aos ativos de conexão - quando for o caso - feito pelos usuários ao
detentor da concessão da transmissão. Os CCTs serão assinados por todos os usuários
diretos de conexões ao sistema de transmissão, independentemente de eles próprios ou um
terceiro serem proprietários da conexão em si.
112 Os geradores conectados a tensões de distribuição não precisam assinar CCTs (pois
eles não pagam encargos de conexão à transmissão), exceto no caso excepcional mencionado
anteriormente de geradores conectados à distribuição utilizando uma conexão que foi ajustada
especificamente para acomodar exportações ao sistema de transmissão.
116 Recomendamos que a inscrição para uma nova conexão ou a modificação de uma
conexão existente consista dos seguintes passos:
• período para que o usuário considere a oferta. A oferta poderá ser aceita
provisoriamente, para que os trabalhos de conexão se iniciem nesta fase se as
garantias financeiras adequadas forem fornecidas;
118 A Fase (b) é o início formal do processo. As fichas de inscrição serão enviadas pelos
usuários ao OIS para aprovação. O usuário poderá fornecer informação adicional à contida no
Formulário de Inscrição fornecida no Apêndice F.5. No entanto, recomendamos que os
formulários contenham pelo menos a informação desta ficha.
119 O OIS deve aprovar ou rejeitar a inscrição e informar o candidato de sua decisão
dentro de 45 dias do recebimento da inscrição. A aprovação pode ser negada se:
120 No caso de uma rejeição por necessidade de reforço ao sistema, o OIS deve:
122 A Fase (d) é o período em que as companhias de transmissão formulam suas ofertas
ao usuário. No caso de uma companhia de transmissão local formular uma oferta seguindo a
regulamentação, deverá haver um limite máximo, segundo a regulamentação, para que a
oferta seja feita, como, por exemplo, 45 dias a contar da aprovação pelo OIS. Os cronogramas
para as ofertas de conexão por parte de outros fornecedores potenciais para este serviço não
seguirão a regulamentação.
124 Quando as companhias de transmissão fazem uma oferta formal, na Fase (e), devem
enviar uma cópia da oferta ao OIS. Esta cópia pode excluir detalhes de muitos procedimentos
comerciais entre a companhia de transmissão e o usuário, para preservar o sigilo comercial.
Conforme também especificado anteriormente, as ofertas deverão conter pelo menos a
informação contida na ficha-modelo fornecida pelo Apêndice F.5.
125 Na Fase (f), o OIS tem 21 dias para rejeitar o oferta se assim desejar. Tal rejeição
pode ser feita apenas se:
(b) a oferta descrever uma conexão que se contraponha aos padrões técnicos do
Procedimento da Rede: ou
(c) se, na opinião do OIS, a oferta for inconsistente com a inscrição original no
que diz respeito à necessidade e ao cronograma de reforço ao sistema para
acomodar a conexão,
128 Sob os termos do CCT, o usuário se torna responsável pelos encargos de conexão, se
houver, incluindo o pagamento de eventuais encargos residuais se o usuário deixar de usar a
conexão. A data da celebração do CCT é, portanto, o momento em que o usuário sela seu
compromisso com a conexão.
130 Nossa recomendação para determinar a receita permitida à transmissão na Seção 6 faz
uma distinção entre a receita para ativos existentes, incluindo pequenos trabalhos para sua
manutenção, e a receita para novos investimentos feitos a pedido do OIS. Na primeira etapa
de encargos de transmissão, estamos preocupados apenas em determinar a receita para os
ativos existentes.
131 Propomos que a receita permitida relativa aos ativos existentes (antes dos ajustes pelo
desempenho de disponibilidade) sejam determinados da seguinte forma:
(a) cada companhia com ativos de transmissão deve fornecer os valores contábeis
brutos e líqüidos de cada ativo, acompanhados de uma breve descrição física;
(b) a base acordada para o ativo deve ser fixada pela comparação destes ativos
com os valores atualizados dos ativos. Para tal, quaisquer ativos com valor
contábil bruto acima de 110% do valor atualizado devem ser considerado
como valendo 110% do valor atualizado (é um assunto interno da companhia
decidir se os ativos serão reavaliados em sua contabilidade financeira);
(c) dados sobre os custos operacionais para cada companhia devem ser coletados
e comparados a fim de:
(d) de acordo com (c), um montante anual permitido para operação e manutenção,
incluindo um elemento para pequenos gastos de capital na manutenção de
ativos existentes, seria determinado para cada companhia de transmissão; e
(e) a receita de transmissão permitida seria definida como a soma permitida para
O&M em (d), juntamente com uma contribuição que reflita a depreciação
sobre o valor contábil e uma taxa razoável de retorno sobre o valor contábil
líqüido do valor do ativo acordado em (b).
Objetivo
(Eq. F.1.1) ()
πj = ∂T g / ∂gj
136 Estes encargos deverão, em seguida, ser modificados para recuperação da receita.
Metodologia principal
137 A equação F.1.1 indica que o encargo básico (antes das modificações para
recuperação da receita) em um nodo j é igual ao aumento do custo total na rede de
transmissão (custos de investimento mais custos operacionais e de manutenção) em
decorrência de um aumento unitário na geração líqüida naquele nodo. A demanda é tratada
como geração negativa e os encargos sobre a carga têm, conseqüentemente, um sinal
contrário.
onde
140 Definimos a matriz β como uma matriz (n x m) dos fatores de distribuição da matriz
de energia que determina a alteração de fluxos em cada linha i para alterações da energia
injetada em cada nodo j. A linha j da matriz β mede, portanto, o efeito de um aumento
unitário no nodo j em todas as linhas i da rede. A matriz β é também comumente chamada de
matriz sensitiva..
141 Utilizando a matriz β e a Expressão F.1.4, podemos construir uma versão simplificada
da Equação F.1.1, que pode ser calculada diretamente a partir de dados operacionais e
financeiros sobre a rede. Em primeiro lugar, fluxos multiplicados pelo custo da linha e
divididos pela capacidade devem ser iguais ao custo total da rede, quando não ocorrerem
interrupções na potência ou limitações:
n
ci m
(Eq. F.1.5) T ( g) = ∑ × ∑ βij ( gj − dj ) , onde dj é a demanda no nodo j.
i =1 f i j =1
143 A escolha de um nodo de referência nos permite determinar T(gj) sem considerar os
fluxos de energia no sistema todo, como fizemos para o segundo termo da soma em F.1.5. A
geração líqüida no nodo de referência será o oposto à geração líqüida no nodo j, enquanto que
a geração líqüida em todos os outros nodos será zero. Portanto, podemos dar os três passos
que seguem:
m
∑ βij( gj − dj ) = βij ( gj − dj ) + βir ( gr − dr ) = βij ( gj − dj ) - βir ( gj − dj ) = ( βij - βir )( gj − dj )
j=1
144 Incluindo a última expressão na Equação F.1.5 e fazendo a diferenciação com relação
a g temos uma equação mais simples, para substituir a Equação F.1.1:
n
ci
(Eq. F.1.6) πj = ∂T ( g ) / ∂gj = ∑ ( βij − βir ) que é o encargo básico por MW para cada
i =1 f i
nodo j.
145 Apresentamos agora uma prova das demonstrações no texto principal deste anexo
com referência à escolha do nodo de referência:
(a) de que a alteração do nodo de referência não altera as diferenças absolutas entre
os preços nodais; e
146 Consideremos dois nodos j1 e j2. Os encargos para j1 e j2 quando r é usado como nodo
de referência são, respectivamente:
n
ci
(Eq. F.1.7) πj1 = ∂T ( g ) / ∂gj1 = ∑ ( βij1 − βir )
i =1 f i
n
ci
(Eq. F.1.8) πj 2 = ∂T ( g ) / ∂gj 2 = ∑ ( βij 2 − βir )
i =1 f i
n
c
∑ (β − βij 2)
i
(Eq. F.1.11) = ij 1
i =1 f i
g1
g2
g ≡ , o vetor da geração líqüida em cada nodo (sendo a demanda considerada geração
..
gm
negativa)
e bis é a linha i da matriz βs derivada usando o nodo s como o nodo de referência, então
147 A demonstração acima deve ser verdadeira para qualquer nodo de referência, pois os
fluxos reais em qualquer linha i não são afetados pela escolha do nodo de referência, que
apenas determina os fluxos resultantes de um aumento marginal no uso do sistema.
Finalmente, para quaisquer nodos de referência s e t:
(Eq. F.1.14) (bis − bit ). g = 0 para qualquer s e qualquer t e portanto fluxos bis . g e bit . g
são iguais.
∑ π . g , ou
j j
j =1
g.π
g. π + g. α1
= g. π, conforme acima.
151 A incerteza relativa à demanda e às condições hidrológicas cria incerteza com relação
ao despacho do sistema. O sistema é construído para prestar serviços de transmissão a todos
os usuários segundo uma gama de casos hidrológicos e de demanda. Os componentes do
sistema de transmissão são, portanto, construídos de acordo com a capacidade que deverão
suprir em picos extremos de demanda ou para acomodar configurações de despacho extremas
resultantes de circunstâncias hidrológicas.
152 A implicação do modelo PPRCI é que deveremos ter o modelo para cada componente
sob o despacho resultante da demanda e das circunstâncias hidrológicas (que chamamos de
“casos”) que provocariam a sobrecarga máxima ao componente. Dos despachos possíveis
(modelados segundo g) resultantes da demanda e dos casos hidrológicos cobertos pelas
limitações de planejamento do sistema, portanto, escolhemos g para cada linha de maneira
que o fluxo naquela linha seja o maior possível.
• segurança do sistema;
• demanda e hidrologia;
• custos de equipamentos; e
(a) a escolha do nodo de referência afeta o nível absoluto dos encargos, mas não a
diferença de encargos entre os diferentes nodos;
(b) a receita da companhia de transmissão não é afetada pelo nível absoluto dos
encargos nodais, apenas pelas diferenças, e, portanto, não é afetada por uma
alteração no nodo de referência; e
(c) a alteração do nodo de referência altera apenas o equilíbrio dos encargos entre
geração e demanda.
156 O exemplo que segue pode ajudar a fornecer uma explicação intuitiva dos efeitos da
escolha do nodo de referência. Considere os três nodos A, B e C, ilustrados na Figura 5, a
seguir. Quando C é o nodo de referência, o encargo para geração em C é zero por definição,
enquanto neste exemplo pressupõe-se que o encargo em B seja R$5/MW. Em outras
palavras, um aumento na geração líqüida em B, para ser equiparada a um aumento de
demanda no nodo de referência C, aumenta a capacidade necessária da linha B-C, em R$5 por
MW de geração em B. A diferença relativa entre os encargos em B e C é R$5 por MW.
A B C
C = nodo de refer. 8 5 0
B = nodo de refer. 3 0 -5
A = nodo de refer. 0 -3 -8
157 Consideremos agora o efeito de ser B o nodo de referência. O encargo para geração
em B é agora zero. É fácil ver que o encargo em C deve ser -R$5. Se os aumentos na
geração em B para consumo em C exigirem maior investimento na linha B-C, então um
aumento na geração líqüida em C para consumo em B (equivalente a um decréscimo em
demanda em C e aumento de geração em B), deve reduzir as necessidades de investimento
para a linha B-C na mesma proporção. Assim, o encargo em C deve ser -R$5 e a diferença
em encargos entre os nodos B e C é a mesma de antes.
159 Portanto, como demonstra o exemplo, a alteração do nodo de referência não afeta as
diferenças entre os preços nodais.
160 Os pagamentos totais ao OIS não serão afetados pelas alterações no nodo de
referência. No exemplo anterior, todos os geradores pagaram menos R$5 por MW após a
mudança do nodo de referência de C para B. Portanto, de maneira inversa, os encargos
nodais para demanda aumentaram R$5/MW naquele exemplo - encargos positivos para a
geração líqüida são equivalentes a encargos negativos para demanda. Todas as cargas
pagam, portanto, R$5 a mais por MW e a receita total não é afetada3.
3
Se tanto a geração quanto a carga forem cobradas à mesma base. Na verdade, a geração é em geral cobrada
com base na potência, enquanto que a carga com base em alguma medida de demanda. A receita total pode,
portanto, apresentar pequenas diferenças à medida que o equilíbrio entre os encargos de geração e de cargas
Report IV-1: Anexo F - Apêndices 39 SEN/Eletrobrás
161 No entanto, mesmo a alteração em pagamentos relativos para geração e carga tem
pouco efeito. Em primeiro lugar, a viabilidade financeira dos geradores não será
afetada. Se os encargos de geração sofrerem um aumento de R$5/MW para todos os
geradores, então os preços da eletricidade no atacado aumentarão à mesma proporção - a
concorrência entre os geradores apenas será afetada pelos movimentos de preço relativos.
Em segundo lugar, os incentivos não são afetados pela escolha do nodo de referência - se
era R$ 3 mais barato por MW para operar no nodo B do que no nodo A antes a alteração do
nodo de referência, então ainda será R$3 mais barato operar no nodo B, mesmo que o encargo
por MW em cada nodo tenha sido alterado.
162 Esta discussão tem o intuito de demonstrar que a escolha do nodo de referência é
essencialmente arbitrária. As mesmas considerações se aplicam para comparar a análise
usando um único nodo de referência e vários nodos, ou uma média ponderada de nodos. Tal
metodologia não afetará os resultados mais do que afetaria a alteração de um único nodo de
referência. Assim, para maior facilidade, deve-se utilizar um único nodo de referência.
163 A análise pressupõe que o aumento nos fluxos resultante de uma alteração na geração
líqüida em um nodo (um aumento na geração em um nodo com exportação líqüida ou um
aumento de demanda em um nodo com importação líqüida) seria atendido com investimentos
na capacidade de transmissão. Tal suposição não é nada realista para redes existentes, pois:
(b) quando a transmissão enfrenta limitações não térmicas, não será necessário nem
eficiente investir em nova capacidade para aumentar a transmissão - porém, via
de regra, haverá um aumento de suporte de tensão.
164 Além do mais, como os encargos podem ser negativos (o usuário é pago) de acordo
com a metodologia aqui apresentada, por exemplo, quando a geração ocorre em áreas de alta
demanda e portanto cria fluxos incrementais negativos (amenizando as limitações) pode-se
efetivamente supor que a capacidade da rede pode ser reduzida com conseqüente economia
de custos para a companhia de transmissão.
muda, e refletir perdas e potência ociosa de geração. O efeito é em geral insignificante, e pode ser eliminado
pelo aumento do uso calculado da carga no sistema de forma que o total seja igual à capacidade total de geração.
166 No entanto, a apresentação dos resultados desta análise com base em custos
marginais e na rede existente pode levar a litígios sobre os encargos. Um gerador com
capacidade muito pequena, por exemplo, pode argumentar que não requer potência extra,
pois usará apenas a capacidade existente na rede, e portanto, seu encargo seria zero. Da
mesma forma, os geradores poderão objetar a outro gerador sujeito a encargos negativos em
uma região de alta demanda, pois não haverá desmonte de capacidade de transmissão como
resultado de sua geração e não haverá nenhuma economia de custos.
167 Estes argumentos são extemporâneos, pois os encargos estão relacionados aos custos
de oportunidade do uso do sistema, e não aos custos reais. Um gerador gerando fluxos de
apenas 100MW em uma linha de 300MW ainda cria necessidades para 100MW de potência -
se um novo gerador criando um fluxo de 350MW se conectasse naquele nodo, então a
capacidade teria que ser aumentada para 450MW, com um aumento líqüido de 150MW. Se o
primeiro gerador não estivesse ali, então haveria uma necessidade líqüida de apenas 50MW.
O custo extra resultante da presença do primeiro gerador é, portanto, o total dos 100MW de
seu próprio uso. Da mesma forma, um gerador que reduza sua necessidade para capacidade
de transmissão por estar em uma área de demanda líqüida terá custos de investimento
menores do que seriam.
169 O uso de limites de planejamento tem como vantagem o fato de que sua proximidade
a estes limites é o que move a necessidade de investimento no sistema. É importante
assegurar, no entanto, que os limites fixados para cada linha e transformador levem em conta
as características inerentes do sistema de transmissão. A metodologia deve considerar
claramente se, por exemplo, as linhas são limitadas por:
(b) regulagem de tensão, na própria linha ou dentro dos sistemas aos quais a linha
está conectada - para a linha, a sobrecarga da regulagem de tensão pode ser
melhorada pela aplicação de um equipamento de compensação. Se isso já foi
feito em determinada rota, os custos de capital e a classificação da linha deverão
ser ajustados adequadamente; ou
170 Temos convicção de que é importante que a classificação dos equipamentos não
deixe de dar a devida consideração às limitações inerentes às redes de transmissão,
especialmente no Brasil. Isto se explica pela localização remota de muitas das fontes de
geração hidrelétrica, distantes dos centros de carga, resultando longas distâncias de transporte
e conseqüente reclassificação das linhas de transmissão em decorrência da regulagem de
tensão e da instabilidade potencial. As limitações do sistema “real” poderiam, no entanto, ser
também representadas por classificações operacionais e de planejamento.
171 A rede de transmissão não é construída sob a premissa de que será necessário
aumentar 1 MW na potência de transmissão para acomodar 1 MW de aumento no uso. Há
duas razões para se construir uma rede com capacidade maior que o mínimo:
Contingências e Segurança
173 É importante assegurar que os encargos baseados na PPRCI levem em conta não
apenas o investimento necessário para a interconexão de geração e carga sob condições
normais, mas também os custos associados à garantia de segurança da rede.
174 Recomendamos que, para maior facilidade, a análise dos encargos pelo UST se
baseie em premissas deterministas de planejamento.
176 Recomendamos que a segurança do sistema siga o modelo da análise da PPRCI com
um multiplicador de custos que chamamos de “fator de segurança”, refletindo o custo
adicional do fator de segurança nos padrões de segurança do sistema, comparado ao custo de
se fornecer a rede nocional mínima sem segurança. Apresentamos agora nossas razões para
tal recomendação e em seguida fornecemos maiores detalhes de como o fator segurança é
determinado.
177 Se for prático, os encargos pela PPRCI devem ser formulados utilizando os mesmos
critérios utilizados pelo planejamento do sistema. Entendemos que a Eletrobrás está agora
em processo de mudança de seu critério de planejamento do padrão N-1, no qual o
planejamento baseava-se no atendimento das necessidades de todos os usuários, mesmo em
caso de falha de qualquer item do equipamento (muito embora este padrão não fosse
cumprido em todas as partes da rede), para uma abordagem probabilista. O trabalho dos
encargos de transmissão sendo realizados pela Eletrobrás (que serão discutidos em detalhe no
Apêndice F.3 deste anexo) baseou-se diretamente neste padrão de segurança N-1.
4
Os requisitos de segurança para ativos de conexão serão tratados nos requisitos técnicos no Procedimento da
Rede.
179 Acreditamos que o trabalho realizado até agora representa uma troca aceitável entre a
maior precisão dos encargos e a maior complexidade da análise resultante do modelo
explícito do critério N-1. Endossamos a alteração proposta no padrão geral de planejamento
em direção à metodologia probabilista, porém, não acreditamos que a incorporação explícita
deste padrão à análise de encargos represente uma troca aceitável entre precisão e
complexidade, pois:
(c) a mudança nos encargos por zonas, resultante da adoção desta metodologia à
análise de encargos, provavelmente seria pequena.
183 Este fator de segurança não será o mesmo para toda a rede, especialmente em um
sistema te tamanha diversidade como o brasileiro, pois:
(a) os níveis planejados de segurança podem ser mais baixos para algums
componentes do sistema ou áreas do país, tais como:
(ii) áreas nas extremidades do sistema, onde a segurança pode ser garantida
apenas pela duplicação total dos ativos (por nenhuma outra razão exceto
segurança); e
184 Estas questões têm causado dificuldades à análise N-1 já sendo conduzida - o uso de
um fator de segurança pode representar uma maneira simples, porém eficiente, de resolvê-las.
O Planejador do sistema deve estar em uma posição de poder definir as categorias de
equipamento e as áreas do sistema adequadas que terão fatores de segurança relativamente
semelhantes, com base na experiência de planejamento do sistema e simulações específicas
em casos que não estão claros. Nossa experiência demonstra que tal abordagem pode resultar
fatores de segurança que reflitam os custos de se oferecer segurança de tal forma a resultar
encargos que:
5
Vale lembrar neste momento que os encargos serão agregados em zonas. Não é necessário, e nem desejável,
ter alta sensibilidade de encargos para as circunstâncias específicas dos usuários.
185 Estes fatores de segurança devem ser aplicados aos custos do equipamento individual,
a fim de servir de modelo para os custos extras de transmissão segura de 1MW para uso
adicional do sistema de acordo com a análise PPRCI.
186 Conforme lembrado anteriormente, o sistema é planejado para fornecer energia sob
uma variedade de condições ( a que nos referiremos como “casos”), para os quais a
localização e o cronograma de demanda, assim como a localização da geração disponível
poderão variar. Estas considerações deverão ser modeladas pelo recálculo dos fluxos de
linha.
187 Para todos os casos que terão que ser modelados (discutiremos a seleção dos casos a
seguir) os fluxos para cada linha serão aqueles em que as linhas tenham a maior sobrecarga
(fluxos totais de energia mais elevados), calculados pelo redespacho do sistema segundo as
condições hidrológicas e de demanda relevantes.
188 Por exemplo, consideremos uma linha que transporte 100MW na estação das chuvas e
20MW na estação da seca. A necessidade de potência para esta linha é considerada na sob
condições das chuvas. Isto é, o aumento de demanda em um nodo particular, que aumenta o
uso da linha (isto é, para 101MW) na estação das chuvas exige capacidade incremental da
linha, enquanto que o aumento de demanda em um nodo particular que aumenta o uso da
linha durante o período de seca (isto é, a 21 MW), não necessita de capacidade incremental.
189 Uma conseqüência desta abordagem é que poderá haver encargos diferentes para
capacidade de geração hidrelétrica e térmica em um mesmo nodo, visto que as sobrecargas
na linha podem ser diferentes para os dois tipos quando estão gerando. Por exemplo, se a
maioria das linhas conectadas a um nodo particular estiverem sobrecarregadas durante a
estação das chuvas, a geração térmica pode impor menor necessidade de capacidade
incremental do que a geração hidrelétrica. A importância deste fato depende inteiramente das
circunstâncias do sistema, e recomendamos que sejam realizados estudos sobre o efeito
diferencial entre a geração hidrelétrica e térmica durante o processo do projeto.
190 O ponto chave é que os custos da linha não são calculados como média para todos os
casos - os custos são calculados à base de qual caso causa maior sobrecarga sobre cada linha,
o que refletirá os critérios para o planejamento do sistema. Se um caso é considerado
apresenta justificativa suficiente para construção de capacidade, os custos totais desta
capacidade devem ser recuperados por intermédio de encargos, mesmo se o caso refletir
condições que raramente ocorrem (e talvez não ocorram nunca).
194 A probabilidade deve também ser considerada ao se decidir quantos casos considerar.
Para os casos que parecem tão improváveis a ponto de os planejadores do sistema não
considerá-los quando do projeto do sistema devem ser excluídos. O objetivo da análise é
cobrir uma série de condições que determinem a capacidade do sistema. Se houver condições
que são possíveis porém tão improváveis que as decisões do projeto sequer as levem em
conta, então os encargos não deverão tê-las como base. Os mesmos critérios de probabilidade
devem ser utilizados ao selecionar os casos para definição de tarifas como as utilizadas no
planejamento de longo prazo do sistema.
196 Em princípio, claro, cada uma das linhas do sistema S/SE/CW poderia atingir seu pico
de carga em um caso diferente. Na prática, um número razoável de casos terá que ser
identificado, apresentando cargas que se aproximem dos valores de pico.
197 Nosso trabalho sobre as características do sistema brasileiro indicaram que os fluxos
de carga nos circuitos de transmissão são influenciados principalmente por:
• níveis de carga do sistema, que sugerem que as trocas de pico entre os nodos
do sistema de transmissão tendem a ocorrer em momentos que não os da
demanda de pico, devido ao fato de que em altos níveis de demanda sempre há
a necessidade de se disponibilizar o maior volume de geração possível em todo
Report IV-1: Anexo F - Apêndices 47 SEN/Eletrobrás
o sistema, conseqüentemente reduzindo a defasagem regional entre
geração/carga.
199 Os Casos Indicativos são, por outro lado, úteis para ilustrar os princípios deste aspecto
da metodologia proposta para encargos, e foram utilizados para calcular um conjunto de
tarifas nodais indicativas para geração que apresentaremos no Apêndice F.4.
203 Notamos, pelas tabelas anteriores, que sem dúvida há mais diversidade nos casos
possíveis de despacho associados a demandas intermediárias e mínimas do que de demanda
máxima. Isso reflete o que mencionamos anteriormente sobre a necessidade de geração em
todo o sistema na demanda máxima. A principal diferença entre os casos de demanda máxima
está associada ao despacho das usinas hidrelétricas no sul (na bacia do Iguaçu), juntamente
com as usinas térmicas.
206 Os outros casos desenvolvidos foram projetados para identificar as condições de carga
de pico localizadas em circuitos específicos, e representam variações de despacho nos
sistemas regionais.
207 A análise dos resultados do estudo sobre o fluxo de carga elaborado pela Eletrobrás
para os diferentes Casos Indicativos demonstra os números de linhas de transmissão e
transformadores a 230 kV e acima que atingem os picos de carga em cada uma das situações
estudadas. A tabela a seguir resume os dados a que chegamos:
209 Um único caso sob condições de demanda máxima em julho de 1997 serviu de
modelo para as tarifas nodais básicas que discutiremos no Apêndice F.4.; um trabalho mais
detalhado foi também realizado para identificar casos de despacho mais realista para a análise
final. Foram desenvolvidos pela Eletrobrás e estão resumidos na Tabela 5 para referência: de
maneira ampla representam extremos no sistema de transmissão se comparados aos Casos
Indicativos. Sugerimos uma análise mais profunda para examinar os números de linhas
atingindo sua carga máxima em cada um dos novos casos, com vistas a uma possível redução
no número de casos-modelo propostos (onze).
Geração
Base Caso 1 Caso 2 Caso 3 Base Caso 1 Caso 2 Caso 3 Base Caso 1 Caso 2
Rio Grande 6496 5757 6690 6465 5544 4994 5710 5954 3660 1915 4026
Paranaíba 6161 4691 6171 6081 5430 2990 4895 5715 3887 2141 2761
Paraná 4211 4454 4555 4286 3415 3451 3517 3486 2364 2242 2542
Paranapanema 1769 1829 1809 1829 1004 1550 1610 1250 710 935 1070
Tietê 1321 1351 1397 1351 711 1217 1013 1063 486 449 753
Itaipu 60Hz 5300 5400 5200 5100 5300 5350 5550 4800 5300 4150 4200
Itaipu 50Hz 6052 5951 6051 5550 5460 5460 4658 5260 3657 4458 3857
Iguaçu 4843 5318 3973 5528 4207 5082 3731 4330 1634 4248 1157
Jacuí 720 755 660 750 680 580 380 640 90 370 160
Paraíba + RlaJ 894 1055 904 1055 833 833 857 933 627 650 859
Angra 300 600 300 0 300 600 300 0 300 600 300
J Lacerda 296 710 750 216 296 654 760 216 296 562 558
P Medici 130 360 130 220 130 300 180 130 130 250 130
TOTAL 38538 38531 38790 38631 33355 33141 33361 33777 23166 23030 22573
211 A questão chave é, portanto, decidir se será apropriado que os custos associados às
linhas com o objetivo de uma otimização hidrelétrica geral sejam recuperados por intermédio
dos usuários nos nodos utilizando estes ativos. Um preceito fundamental subjacente aos
encargos para a rede de transmissão é que os usuários devem pagar pela facilitação do
despacho econômico otimizado que é fornecido pela rede interligada. Considerando-se este
fato, e ainda o fato que os geradores devem aceitar o conceito de despacho econômico
otimizado que define sua operação, nosso entendimento é de que será razoável que os custos
das linhas com objetivos de otimização geral sejam recuperados às mesmas bases de outras
linhas na rede.
212 Como alternativa, seria possível calcular os encargos pelo uso de tais linhas da mesma
forma como para todos os outros circuitos, porém dividir os custos calculados com base na
utilização de pico entre todos os usuários do sistema. Tal procedimento implicaria a retirada
destas linhas do cálculo dos encargos normais, e o tratamento das transferências de energia
entre as bacias hídricas como casos separados para tarifação. Nossa preocupação é que tal
conduta poderia deixar de reconhecer as vantagens à segurança local que estas linhas
inevitavelmente proporcionariam ao sistema. Portanto, sugerimos que não se justifica,
realmente, um tratamento separado destas linhas em termos de responsabilidades do usuários
com relação a encargos.
213 Pode ser interessante utilizar um fator de segurança inferior para estas linhas em
comparação ao sistema como um todo, a fim de refletir o nível inferior de segurança
necessário. Em princípio, isso não é diferente da necessidade de refletir as variações nos
custos de segurança em todo o sistema brasileiro, o que discutimos no texto principal deste
anexo.
Custos unitários
214 Consideramos que os encargos finais devem ser desenvolvidos com base nos preços
de ativos atualizados equivalentes (como na metodologia da Eletrobrás/DNAEE , e conforme
discutiremos no Apêndice F.3.), e que devem ser derivados tanto quanto possível de dados
orçamentários internacionais. Entendemos, no entanto, que haverá limitações quanto à
disponibilidade e precisão de tais informações sobre os custos no momento. Sem dúvida,
qualquer informação disponível por companhias estaduais e federais referente a contratos de
transmissão recentes ou atuais provavelmente será o melhor parâmetro para o nível de custos
a serem recuperados para os projetos executados no Brasil. Mais tarde, quando o Operador
Independente do Sistema for responsável pela fixação dos encargos de transmissão, será
possível, com cláusulas constantes dos Procedimentos da Rede, assegurar que os dados
estejam disponíveis, em caráter sigiloso, a partir dos quais encargos médios poderão ser
elaborados. Enquanto isso, no entanto, se a expectativa for de um conjunto inicial preciso
para os encargos de transmissão, muito provavelmente será necessário que o DNAEE solicite
as informações necessárias sobre custos aos participantes do setor.
215 Examinamos os dados do custo unitário atualmente utilizados pela Eletrobrás para as
linhas de transmissão à luz de nossa experiência sobre preços em licitações internacionais
recentes. Deve-se ter muito cuidado ao tentar comparar tarifas médias internacionais às que
sejam relevantes a qualquer país em particular, pois empreiteiros e fabricantes tendem a
definir preços para os projetos de acordo com sua concepção do mercado futuro, da
concorrência doméstica e internacional e do aquecimento geral de sua carteira interna de
pedidos. Conseqüentemente, encontramos extrema dificuldade em elaborar qualquer
sugestão além de parâmetros muito gerais sobre os níveis de custos sendo desenvolvidos pela
Eletrobrás.
230kV 500kV
US$/km US$/km
218 Recomendamos que uma análise mais detalhada seja realizada de contratos
disponíveis de companhias brasileiras que se utilizaram de empreiteiros internacionais para o
projeto e a engenharia das linhas de transmissão a fim de um maior burilamento das
estimativas de custos para a base da metodologia de preços. Enquanto qualquer recuperação
financeira inferior à esperada como conseqüência de custos unitários baixos pode ser
recuperada por intermédio de provisões residuais, é sem dúvida desejável que os custos
unitários sejam adotados o mais realisticamente possível.
220 Propomos uma série de modificações à abordagem atual para discussão e possível
incorporação à metodologia final de encargos. Na maioria dos casos, elas representam níveis
mais altos de processamentto de dados para o banco de dados inicial de custos entre nodos;
uma vez completada esta fase, no entanto, o banco de dados permanecerá praticamente o
mesmo para os cálculos futuros. Além disso, gostaríamos de lembbrar que o cálculo para os
encargos de transmissão baseados em parâmetros mais detalhados serão mais objetivos se,
conforme nossa proposta, a definição do sistema de transmissão for alterada e incluir as linhas
e subestações a 230 kV e acima.
221 As alterações específicas que acreditamos devam ser incluídas são as seguintes:
(c) deve-se fazer uma revisão dos fatores de potência de operação das linhas e dos
transformadores para verificar se um fator típico pode ser adotado para conversão
de custos por MVA de potência a custos por MW de fluxo de linha;
222 A receita regulamentada de um OIS com relação à transmissão será obtida por
intermédio de encargos de conexão e de uso do sistema. É desejável alterar os encargos de
conexão para atender este requisito, pois:
223 Portanto, os encargos pelo uso do sistema terão que ser alterados para atender a
necessidade de receita. Em tese, isso pode ser feito considerando-se usuários específicos, ou
classes de usuários, com cada classe recebendo tratamento diferente. A teoria econômica
sugere que a maneira mais eficiente para taxar os usuários do sistema para esta necessidade
de “uma tarifa única e grande ” é aplicar a teoria de preços de Ramsey - ou seja, os maiores
aumentos para os usuários com a menor possibilidade de evitá-los pela administração de
demanda ou mudança de local. No entanto, tal técnica entraria em conflito com os objetivos
de não discriminação para o setor (prejudicando a abordagem de eqüidade para geração), seria
de implementação complicada e muito provavelmente não teria aceitação por parte dos
usuários. Portanto, propomos que todos os encargos nodais sejam aumentados para cobrir a
necessidade de receita - independentemente da identidade dos usuários do sistema em cada
nodo.
(a) os encargos reajustados de certa forma reduzem os incentivos locais, visto que
os diferenciais entre os encargos em diferentes nodos será alterado. Muito
embora a localização mais barata ainda será a mais barata depois do
escalonamento, a comparação dos custos de transmissão de eletricidade com
custos de transporte de combustível, por exemplo, já não será válida; e
(b) os encargos reajustados para cima reduzem os encargos negativos ainda mais,
representando um resultado perverso para um processo que se propõe a aumentar
a receita, enquanto que a abordagem alternativa de reajustar apenas encargos
positivos para cima distorce os diferenciais entre encargos negativos e positivos
ainda mais.
227 Estamos pressupondo que os pagamentos pelos serviços auxiliares estejam fora do
escopo das necessidades de receita, estando diretamente relacionados a custos.
229 Em alguns aspectos, a análise da Eletrobrás já foi alterada, após conversas com
consultores de nosso consórcio; assim, a classificação, aqui, será baseada no que entendemos
ser o raciocínio subjacente à análise. Discutiremos algumas questões que ainda não foram
tratadas, ou que sentimos necessitam maior consideração, para que sejam alcançados os
objetivos necessários dos encargos pelo uso do sistema. No Apêndice F.4 apresentaremos
alguns resultados preliminares, elaborados pela Eletrobrás em resposta às nossas sugestões
iniciais de alterações à análise.
Metodologia principal
(a) nodos de referência múltipla (vide discussão nos Apêndices F.1 e F.2);
235 Mesmo este efeito é mínimo. A redução da proporção de encargos pagos, por
exemplo, pela geração, não afeta os incentivos, pois as diferenças entre os encargos
permanece. Se, em média, os encargos dos geradores fosse zero, não seria o mesmo que dizer
que todos os encargos seriam iguais a zero - as diferenças entre os encargos nodais
permaneceriam, porém algumas seriam positivas e outras negativas. Tampouco a
viabilidade financeira dos geradores é afetada - a redução de todos os preços nodais dos
geradores em proporção igual por MW não resulta maior lucratividade pois em um mercado
competitivo os preços ao consumidor registrarão queda exatamente na mesma proporção - a
mesma proporção de queda para todos os geradores não criará vantagem competitiva para
ninguém.
238 Recomendamos que uma decisão final seja tomada quanto ao equilíbrio de receita
proveniente de geração e carga, respectivamente, e que os encargos nodais sejam alterados
para atingir este equilíbrio6. Isto equivale a encontrar um nodo de referência que por acaso
atinja um equilíbrio de encargos considerado desejável. Entendemos que a metodologia
adotada pela Eletrobrás/DNAEE tem por objetivo refletir uma escolha “natural” do(s) nodo(s)
de referência, o que implica que a intenção é que o equilíbrio dos encargos entre geração e
carga sejam considerados resultado da análise, e não decisão. Não acreditamos que tal
abordagem seja apropriada - não se pode permitir que o uso de nodos múltiplos de referência
defina o equilíbrio de encargos entre geração e carga, o que deve ser feito por intermédio de
critérios como credibilidade dos geradores e distribuidores no que diz respeito a pagamento.
(b) que o equilíbrio dos encargos entre geração e carga seja tratado como uma
variável da decisão, e não como um resultado da análise.
6
Apresentamos uma fórmula para a alteração dos encargos desta forma no Apêndice F.2.
242 Desde 1994 a Eletrobrás tem encontrado dificuldades em obter informações precisas
sobre custos de outras companhias por razões de confidencialidade. Entendemos que essa
situação está sendo tratada pelo DNAEE, com vistas à obtenção de dados mais precisos. A
Eletrobrás também tentou uma alternativa para a informações sobre custos entrando em
contato com empreiteiros e fabricantes; no entanto, estes também se mostraram relutantes em
fornecer informações sobre orçamento. Tal fato pode ser conseqüência, em parte, do
histórico do mercado de transmissão no Brasil, dominado por fornecedores nacionais e
requisitos de contratação também nacional e não internacional nos últimos anos. Há uma
necessidade clara de se obter dados sobre preços internacionais para se ter uma base de custos
na metodologia final, devido ao fato de que a maioria dos projetos de transmissão
provavelmente serão concedidos com base nas licitações competitivas internacionais.
243 A Tabela 6 demonstra a variação típica dos custos de linha incluídos nos dados da
Eletrobrás - as linhas selecionadas na tabela representam os extremos do tamanho do
condutor no nível de tensão. A relação entre os preços de circuitos simples e duplos
apresentam uma variação aproximada entre 1.5 e 1.8, uma aproximação bastante razoável das
expectativas internacionais. A Tabela 7 demonstra a discriminação de alguns dos dados
típicos de linha, que parecem abrangentes. Em seguida, comentaremos sobre os aspectos
específicos dos custos apresentados.
(a) os custos da linha representam os custos de circuito simples; que são então
multiplicados por dois para os custos do circuito duplo. Esta simplificação foi
necessária para resolver o problema da incerteza se algumas linhas específicas na
rede são de configuração de circuito duplo ou se compreendem dois circuitos
simples.
(b) os custos de equipamento de compensação têm sido incluídos nos custos dos
compartimentos do mecanismo de distribuição, supondo-se que o equipamento
tenha uma localização típica em subestações e faça parte da configuração global
da subestação. Da mesma forma, os custos do equipamento comum nas
subestações, tais como interruptores de circuito de barra e acopladores, proteções,
edificações, cercas, iluminação, etc., foram incluídos no compartimento dos
mecanismos de distribuição. Há uma distinção entre os preços unitários de
compartimentos de linha e de transformadores.
(c) os custos dos transformadores são derivados dos custos por capacidade MVA,
classificados pelo nível de tensão associado ao enrolamento da alta tensão. A
Eletrobrás está preocupada com o fato que cifras gerais fornecidas desta forma
podem distorcer os custos em certos níveis, por exemplo, 345kV e 230kV.
250 Os custos são fixados com base em uma vida econômica de trinta anos para o
equipamento de transmissão, com um desconto de 6% ao ano.
251 A Eletrobrás pretende agregar os encargos nodais em zonas, com base em nodos com
encargos semelhantes, conforme recomendamos. Até o momento em que este relatório
estava sendo elaborado, no entanto, o plano era fazer isto automaticamente, por intermédio de
um algoritmo que fará uma busca pelos encargos nodais e indicará os nodos contíguos com
preços semelhantes para formar zonas. A intenção é evitar qualquer diferenciação na
alocação de zonas, o que poderá afetar os encargos que os usuários devem pagar.
(a) fixar uma diferença máxima entre preços em dois nodos adjacentes;
(b) fixar uma diferença máxima entre o preço nodal mais alto e mais baixo na zona;
e
(c) pesquisar a rede, alocando nodos que atendem a condição de (a) em uma zona
única até que a condição (b) seja atingida, quando então uma nova zona se inicia.
253 Acreditamos que o objetivo desta abordagem seja boa, porém temos dúvidas se a
aplicação do algoritmo, ou de algum processo semelhante, possa evitar decisões arbitrárias
quanto à alocação de nodos em zonas. O exemplo a seguir deve tornar esta questão mais
clara.
D:4
B:2 C:-1
A:0
256 Além disso, não há um método especial para o agrupamento em zonas. Uma
abordagem sensata (porém arbitrária) seria a de aplicar a regra de busca: mudar para o nodo
com a menor diferença do nodo atual. Se o nodo A é escolhido como o inicial, então a busca
irá para o C, e em seguida ao B, e o resultado será a alocação ABC/D. Se o D for escolhido
como o ponto inicial, então a busca irá para B e A e a alocação ABD/C será o resultado. O
início em B daria um dos dois resultados.
257 O uso do algoritmo resulta, portanto, uma estrutura de zona que depende da escolha
arbitrária das regras de busca e da escolha arbitrária do ponto inicial. Assim, acreditamos que
a inspeção visual dos encargos nodais provavelmente levará a um resultado pelo menos tão
aceitável quanto a da aplicação de um algoritmo. Fizemos uma alocação inicial em zonas com
base nos encargos nodais iniciais e apresentamos os resultados no Apêndice F.4. Nossa
proposta não é final quanto às zonas, mas meramente pretendem demonstrar os resultados de
uma alocação simples em zonas por inspeção.
(a) foi considerado apenas um caso de carga e despacho (Julho de 1997, demanda
máxima). Do descrito anteriormente sobre os casos de sobrecarga de
transmissão, é muito provável que este único estudo tenha captado apenas as
condições de pico de carga em cerca de 8% dos circuitos na rede;
(c) as extensões das linhas, e portanto dos custos, foram baseadas em classificação
aproximada a partir de parâmetros elétricos;
(d) encargos de geração nodal foram calculados com base na capacidade instalada
em cada nodo, e não no despacho nodal necessário para o máximo de carga em
julho de 1997, no caso considerado. A conseqüência deste fato é que o encargo
por nodo de MW foi subestimado em proporção equivalente à proporção do
despacho real da capacidade instalada;
(e) os encargos não foram escalonados para recuperação total da receita (isto é, o
componente residual é omitido destas cifras);
260 Nossa preocupação com relação ao banco de dados a partir do qual os custos unitários
de transmissão foram elaborados, conforme discutido em F.3., deve ser lembrada.
262 Na Figura 7 demonstramos alguns valores nodais típicos para geração em pontos-
chave da rede S/SE/CW, expressos em UFIR/MW/mês - enfatizamos, no entanto, que neste
estágio os valores absolutos dos números demonstrados são de pequena relevância. O que
interessa, neste estágio de desenvolvimento, são os níveis relativos de encargos em diferentes
partes do sistema. Estes foram calculados com base nos nodos de referência múltiplos: todos
os pontos com geração ou demanda com excesso de 10MW.
263 Os preços nodais calculados neste caso variam entre 4.8, associados à geração do
nodo de 500kV em Itaipu, e -6.7, na extremidade remota de 230kV do sistema de transmissão
em Mato Grosso. Portanto, isso indica que o ponto mais caro para geração no sistema de
transmissão é o de Itaipu, refletindo o custo do sistema de 750kV para saída da energia. O
ponto mais favorável para geração na rede atual está no sistema de Mato Grosso, conforme
indicado pelo encargo negativo de boa proporção (isto é, pagamento para geradores) nesta
área. Conforme lembramos anteriormente, o equilíbrio preciso dos encargos positivos e
negativos no sistema como um todo depende da escolha dos nodos de referência.
265 Efeitos semelhantes são demonstrados nos resultados para outras partes da rede. Pelo
nosso conhecimento do sistema S/SE/CO, os sinalizadores locais de maior importância estão
sinalizados corretamente, e incluem:
ref.para 270
br4_f.pre
(c) as condições favoráveis para conexão à geração nos centros de carga de São
Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo provocaram encargos negativos crescentes
em cada área - o fato de o Espirito Santo apresentar o encargo negativo mais alto
se deve à sobrecarga da conexão radial de 345kV proveniente do Rio de Janeiro;
(f) encargos positivos por todos os centros de geração existentes nos rios Paranaíba
e Rio Grande.
266 Discutimos as abordagens que podem ser consideradas para combinar os preços
nodais em valores por zonas para uma implementação mais direta. Sem dúvida este é um
processo que deve ser realizado com cuidado, a fim de se garantir que as distorções não sejam
introduzidas por um processo de valores médios. Este aspecto terá que ser explorado mais
detalhadamente no momento em que um conjunto abrangente de encargos, com base em uma
ampla gama de casos, tenha sido elaborado. Na Figura 7 demonstramos uma distribuição por
zonas bastante aproximada, com base na combinação de nodos onde os preços diferem menos
de 3 UFIR/MW/mês.
267 Isto sugere que um conjunto de preços razoável pode ser obtido ao se dividir a rede
SE/CW em 16 zonas aproximadamente, preservando uma gama adequada de diferenciais de
preços locais em um esquema de encargos flexível. A seleção final de zonas deverá, no
entanto, ser realizada de maneira mais rigorosa e será influenciada pela gama de preços finais
da metodologia. Uma parte importante da validade da seleção por zona será verificar a
continuidade de preços nas zonas - o que não foi feito em detalhe para o conjunto de dados
provisonais representados na Figura 7, muito embora uma série de verificações pontuais
sugeriu que em geral a continuidade é boa.
(i) conversão dos encargos nodais para geração em valores baseados na capacidade
nominal da usina; e
Conexão ou Modificação
Introdução
7
Neste contexto, utilizamos o termo “Companhia da Rede” para nos referirmos a qualquer companhia de
transmissão signatária de um CCT e qualquer companhia de distribuição signatária de um CCD. Os termos
“OIS” e “empresa de distribuição” são utilizados para os provedores do sistema sob CUST e CUSD,
respectivamente
2.
− nome;
− endereço;
− sede da empresa; e
− dados técnicos; e
(d) Programa:
4.
− nome;
− endereço;
− sede da empresa; e
− localização; e
A oferta incluirá: