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A educação confessional protestante no Brasil

Stella Garrido

Monografia apresentada
como pré-requisito para conclusão
do Curso de Licenciatura em
História, do Centro de Ciências
Humanas, da Universidade Veiga de
Almeida, sob orientação da
professora Muza Clara Chaves
Velasques.

RIO DE JANEIRO - 2005

AGRADECIMENTOS

Na elaboração deste trabalho devo minha gratidão a:

- A Deus que está sempre ao meu lado me guardando e me protegendo


mesmo quando eu não mereço. Foi Ele quem me criou e fez e por isso dedico
ao meu Senhor o melhor que posso ser.

- A minha família que sempre acreditou em mim e nunca duvidou da


minha capacidade. Cada bronca que tomei foram bem utilizados e ouvidos.
Afinal meu trabalho de conclusão de curso se tornou realidade.

- Ao professor José Luiz Bello que me ajudou muito nesse trabalho e me


fez confiar no meu potencial. Uma pessoa a qual eu admiro pelo
profissionalismo e ética, a qual irei me espelhar não só em minha profissão,
mas em toda a minha vida.

- Ao meu namorado Renan que com o seu amor conseguiu ouvir


repetidas vezes tudo o que eu falava sobre protestantismo e educação sempre
com um sorriso nos lábios. Além disso, ele me ensinou que é possível amar
mesmo quando achei que não era mais possível.

- A minha professora orientadora Muza Clara Chaves Velasques, que


apesar dos desencontros e do pouco tempo que tivemos disponível, sempre
me ajudou e se colocou a minha disposição.

- Aos meus amigos de verdade que sempre ajudaram a renovar as


minhas forças e compartilharam comigo meus momentos de sufoco e transe
intelectual, durante a realização desse trabalho, com a maior paciência.

“Ainda que não existisse alma, nem inferno, nem céu, seria preciso ter
escolas para satisfazer nossas necessidades como habitantes deste
mundo, (...).”

Martinho Lutero (1520)

RESUMO

O objetivo desta monografia é apresentar como se procedeu o


surgimento da educação confessional protestante no Brasil, suas influências e
raízes. Através de uma abordagem histórica sobre surgimento do
protestantismo no mundo e posteriormente nas terras brasileiras. Esse trabalho
tenta demonstrar de onde vem e de que forma se deu a influência do
protestantismo na formação da pedagogia brasileira. Ao expor, a grande
contribuição do protestantismo na educação do Brasil, destaca sua importância
para o entendimento de nossa escola hoje.

ABSTRACT

The objective of this monograph is to present as the appearance of the


education Protestant confessional was proceeded in Brazil, your influences and
roots. Through a historical approach on appearance of the Protestantism in the
world and later in the Brazilian lands. That work tries to demonstrate from where
it comes and that forms if he/she gave the influence of the Protestantism in the
formation of the Brazilian pedagogy. When exposing, the great contribution of
the Protestantism in the education of Brazil, detaches your importance for the
understanding of our school today.

SUMÁRIO

1 Introdução

2 Origem do protestantismo
2.1 No mundo
2.2 No Brasil

3 Os dogmas da igreja protestante

4 As escolas protestantes (histórico)


4.1 Na Europa
4.2 No Brasil

5 Primeiras escolas protestantes do Brasil

6 Conclusão

Referências

1 Introdução
A questão educacional sempre esteve intrinsecamente ligada a ética
protestante. Os livros sobre a história do protestantismo, referentes às
questões brasileiras ou globais, sempre trazem alguma referência sobre
assuntos pedagógicos. Porém livros que abordem somente a educação
protestante não são encontrados com tanta facilidade, entretanto, essa
“contribuição do protestantismo para a educação brasileira tem sido um tema
bastante pesquisado pelos estudiosos da área de história da educação”. .
(MESQUITA, 2001, p. 9).
Esse trabalho tem como objetivo esclarecer ao leitor os elos de ligação
da ética protestante com a educação e fornecer um panorama geral do
desenvolvimento desses. Explicitando assim, a importância da chegada do
protestantismo no Brasil para a transformação da pedagogia e da criação de
um novo conceito educacional.
O instrumental de coleta de dados utilizado na metodologia deste
trabalho foi a análise de conteúdo, onde foram lidos textos de livros, sites” da
Internet e artigos de revistas especializadas. Esse tema por ser algo que está
começando a ser desvendado apresenta uma bibliografia escassa e pouco
difundida.
Para entendermos a ligação entre educação e protestantismo
precisamos compreender como se deu o surgimento do último. Neste sentido,
buscamos O primeiro capítulo aborda o surgimento de uma Igreja Reformada e
a introdução do seu pensamento nas terras brasileiras.
Quando estudamos educação religiosa precisamos entender os dogmas
que envolvem a religião em questão para que possamos ter uma verdadeira
compreensão da mesma. Logo, no segundo capítulo, tratamos de explicitar os
dogmas da Igreja Protestante, buscando aí, as bases nos dando base para que
possamos entender a sua ética e o seu comportamento.
O capítulo de número três relata exatamente a ligação entre
protestantismo e educação, no Brasil e no mundo, tentando trazer ao leitor um
panorama geral do histórico da criação dessa escola renovada. Essa parte do
estudo tenta demonstrar como essas escolas não eram apenas meras
instituições educacionais, mas sim o meio que os missionários encontraram
para evangelizar e pregar suas doutrinas.
O último capítulo da pesquisa tem por finalidade apresentar as primeiras
escolas protestantes brasileiras que surgiram e contar um pouco da sua
implantação. Ele traz também algumas das principais características e
inovações implantadas nessas instituições educacionais, apresentando o
impacto que isso causou na sociedade da época.

2 Origem do protestantismo

2.1 No mundo
O século XVI é marcado por uma série de transformações na sociedade,
como a ascensão burguesa e a explosão das idéias humanistas. Outro
acontecimento importante que ocorre e também contribui para mudar o
panorama da época: a Reforma Protestante. Como o próprio nome já diz, esse
movimento surge para contestar e exigir a reforma da Igreja Católica. Na
verdade, com o desenvolvimento do humanismo, com os absurdos cometidos
pelo clero e com a desorganização administrativa da igreja (prática da simonia,
cobrança de impostos abusivos, venda de cargos eclesiásticos e de
indulgências) o catolicismo é contestado e seus dogmas são postos em
cheque. (AVALIAÇÃO).
O movimento da Reforma cria a base de uma nova religiosidade, o
protestantismo. Vários discursos são criados a partir de uma base única.
Entretanto, esse protestantismo pode variar tendo vertentes diferentes
dependendo da região e da época onde ele apareceu, mas todos eles são
opositores a Igreja Católica.
Os opositores do catolicismo aparecem até mesmo antes do século XVI,
como, por exemplo, haviam movimentos camponeses que lutavam pela terra, e
esses colocavam que a Igreja deveria ser mais justa e próxima de seus fieis,
propondo uma religião pura e primitiva, seguindo os valores básicos do
cristianismo, e até mesmo sem a figura institucional da igreja.
O marco inicial do movimento protestante acontece em 31 de Outubro
de 1517 quando o Monge Martinho Lutero afixa na porta da catedral de
Wittenberg 95 teses. Essas foram escritas por ele e apontam falhas e
contradições na instituição católica. A reforma Luterana não é única, há
também a Reforma Calvinista, Anglicana e a Anabatista (considerada uma
Reforma mais Radical).
Como já era de se esperar a Igreja Católica reage. Essa instituição
combate um movimento que procura conter a expansão do protestantismo. Na
verdade essa reformulação da Igreja Católica, que tem como marco referencial
o ano de 1517, já vinha sendo pensada, mas só se torna realidade com o
aparecimento dos reformados protestantes. A Contra Reforma então marca o
início de uma nova era do catolicismo.
Dentro da reforma da Igreja Católica acontece o Concílio de Trento.
Nessa reunião o papa negou os valores protestantes, proibiu a venda de
indulgências, criou seminário, instituiu o index (índice dos livros proibidos), cria
a “Companhia de Jesus” e manteve a inquisição.
Para entender a Reforma Protestante temos que primeiramente saber
em que contexto e porque ela se deu. Isso significa buscar suas bases que
estão fincadas no Humanismo. Esse Renascimento é “um prodigioso florescer
da vida, e em todas as formas que, embora as suas maiores manifestações se
tenham verificado de 1490 a 1560, não ficou limitada dentro destes marcos”.
(MOUSNIER, 1960, p. 17).
Esse período é marcado por uma nova forma de pensar, pela ascensão
da classe burguesa, desenvolvimento nas relações de produção de capital e
trabalho e pela formação dos Estados Absolutistas. O homem é posto como
centro das atenções e o pensamento científico começa a questionar algumas
afirmações vigentes até então, e dentre elas, as religiosas. Existia naquele
contexto a necessidade de uma nova religião mais sensível e que não fosse
tão mal compreendida e mal conhecida como o catolicismo. Muitos dos
pensadores da época apesar de replicarem muitos aspectos do sistema vigente
e até mesmo da igreja ocidental eram religiosos e tinham fé.
Uma vertente do pensamento humanista leva a uma maior reflexão do
papel da igreja e das verdades que ela pregava. A Europa se vê envolta numa
efervescência contestadora, o que acaba chegando nas bases da Igreja
Romana. Alguns pensadores como o humanista Erasmo e o boêmio de Praga,
João Hus se opunham a alguns preceitos e dogmas do catolicismo. Em sua
obra Elogio a Loucura, Erasmo critica a postura da igreja e relata que:
Os monges consideram não saber ler um sinal de
sanidade. Zurzam os salmos nas igrejas como asnos. Não
entendem uma só palavra do que dizem, mas imaginam ser o
som agradável aos ouvidos dos santos. Os frades
mendicantes fingem assemelhar-se aos Apóstolos, mas não
passam de vagabundos imundos, ignorantes e ousados.
(ERASMO DE ROTERDAN apud DOWNS, 1969, p. 16).

Erasmo não só critica a igreja em si, outrossim, sua postura diante a


educação. Ele aponta que o modelo escolar do seu tempo era estático,
formado pela memorização e repetição de conceitos sendo altamente
disciplinar e controlado pelos princípios católicos fazendo com que a
capacidade crítica e a criatividade do aluno fossem podadas. Essas ideais
também influenciam no movimento reformista.
Na verdade, apesar de alguns opositores, a Igreja Católica irá sentir
mesmo o peso das suas contradições quando o monge agostiniano e professor
de teologia Martinho Lutero afixa, em 31 de outubro de 1517, suas 95 teses na
porta da catedral de Wittenberg. Lutero não apenas deu nova vida à teologia
cristã ocidental, como a revolucionou. (OLSON, 2001, p. 379).
As 95 teses luteranas tinham como objetivo principal à reforma do
catolicismo, para que esse viesse a ser calcado verdadeiramente nas “leis de
Deus”. É clara a denúncia que as teses fazem quanto às atividades papais, a
venda de indulgências entre outros fatos desse gênero, mas numa análise mais
detalhada se vê que a real preocupação de Lutero é a parte teológica que trata
da salvação do homem. Pois ele percebe que a igreja não estava preocupada
com aquele que deveria ser seu principal objetivo. Um aspecto interessante
que é defendido pelo criador do luteranismo é que esse se pronuncia sobre a
questão escolar, defendendo e exaltando à importância dessa instituição e de
seus conteúdos programáticos. (LIENHARD, 2005. p. 68).
Em pouco tempo as idéias de Martinho Lutero se espalham pela Europa.
Em 1520 o papa Leão X indignado com a situação de celeuma causada por ele
excomunga-o, chamando-o de “javali selvagem na vinha do Senhor”. Essa
excomunhão marca definitivamente a divisão entre igreja católica e protestante.
O Humanismo e o Renascimento aceleraram a produção literária
marcando as transformações da época. Lutero se valendo disso, ao romper
com a Igreja Católica e ser acolhido pelos príncipes locais, traduz a Bíblia para
o alemão. Todo distanciamento imposto pelo catolicismo acaba, e o cidadão a
partir da tradução das escrituras, passa a ter viabilidade de interpretação
individual da sua fé.
A Bíblia torna-se o livro mais lido da Europa no século XVII. Na
Inglaterra, uma erupção religiosa aparece nos campos sociais. Essa
possibilidade de discussão leva ao homem a questionar. Isso irá alimentar o
discurso em cima da igualdade, da liberdade e de futuras revoluções,
outrossim, formando as minorias religiosas. Atrelado a isso o contexto social
estava se transformando e as mudanças iam muito além da questão religiosa.
O protestantismo quebra definitivamente o poder único da igreja
Romana Ocidental e com isso se cria uma nova religião com uma base única.
Apesar da reforma ter sido inaugurada pro Lutero outros reformadores vão
aparecer, e com eles novas igrejas, mas todas elas seguiam três princípios
básicos: “a salvação pela graça mediante a fé somente, a autoridade especial e
final das Escrituras e o sacerdócio de todos os crentes”. (OLSON, 2001, p.
407). Outras linhas protestantes mais relevantes que apareceram foram o
Calvinismo e o Anglicanismo.
O Calvinismo foi pensado por Ulrico Zuínglio e João Calvino, e é esse
segmento que organiza e agrupa em um corpo de doutrinas a teologia
protestante. Além disso, o calvinismo dispõe de uma metodologia que uni
regras severas de conduta e postura somado a uma dedicação veemente ao
trabalho.
O doutrina calvinista vai ao encontro com os interesses da burguesia,
quando diz que o trabalho enobrece o homem e garante que a acumulação de
capital não é pecado, mas sim uma recompensa divina. Por esse motivo, ela
vai ter grande influência na Europa onde a burguesia estava em franco
desenvolvimento e ao chegar na Inglaterra transforma-se em puritanismo. Esse
puritanismo vai ser a maior manifestação do protestantismo na Inglaterra sendo
a população inglesa puritana e não anglicana. O anglicanismo possui o mesmo
culto católico, só que dentro dessa religião o poder é transferido ao rei,
caracterizando-o como uma religião da nobreza.
A reforma anglicana é classificada como um desastre social.
(MOUSNIER, 1960, p. 96). Na verdade ela é feita pelo rei da Inglaterra
Henrique VIII e era uma forma de satisfazer os anseios desse soberano. O que
acontece é que Henrique VIII gostaria de se divorciar de Catarina de Aragão e
se casar novamente com Ana Bolena, só que o Papa se recusar a atender
esse pedido. Atrelada a essa discussão, a Igreja Católica era dona de uma
vasta extensão de terras inglesas e se o rei rompesse com ela confiscaria
todas essas áreas. Henrique VII casa-se com Ana Bolena, apodera-se das
propriedades católicas na Inglaterra e rompe definitivamente com o catolicismo
criando o anglicanismo.

2.2 No Brasil
Em 1500 os portugueses chegam na terra que viria a se tornar o Brasil
de hoje. O que acontece é que esses ibéricos quando desembarcam trouxeram
sua bagagem cultural e com ela está o catolicismo. Essa era a religião oficial
de Portugal e que exercia uma grande influência e poder no reino, e na colônia
não seria diferente. Entretanto a implantação do catolicismo demoraria alguns
anos até ser realizada nessa nova colônia.
Pero Vaz de Caminha ao descrever o Brasil ao rei de Portugal se mostra
preocupado com a evangelização dos indígenas e declara: “O melhor fruto que
nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar”. (CÉSAR, 2000. p.
23).
Os primeiros missionários católicos chegaram em março de 1545 com o
primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Souza.A religião católica então
será imposta a todos, e até mesmo os índios que habitavam a terra tem sua
liberdade de expressão reprimida e são forçados a catequese.
Apesar disso o Brasil passa por duas tentativas fracassadas de
implantação do protestantismo. A primeira delas acontece com os franceses
que se estabelecem no Rio de Janeiro de 1555 a 1560 e a segunda é tentativa
é feita pelos holandeses que se estabeleceram no Nordeste entre 1630 a 1654.
(MENDONÇA, VELASQUES FILHO, 1990, p. 12). Apesar disso, em 1557, foi
celebrado por calvinistas franceses no Rio de Janeiro, o primeiro culto
evangélico 57 anos depois da primeira missa católica. (GWERCMAN, 2004, p.
53-54). Só que essa era uma prática proibida, já que nos territórios
portugueses só eram permitidas práticas católicas.
Um fato importante que irá propiciar o crescimento da cultura protestante
é que o catolicismo teve um período de estagnação na colônia portuguesa.
Esse período representa a era do Marques de Pombal, sendo que um dos
pontos centrais da política pombalina foi expulsão dos jesuítas e o confisco dos
seus bens, tendo como conseqüência uma maior laicização do sistema vigente.
Essa medida terá um grande impacto sobre a colônia e “pode ser
compreendida no quadro dos objetivos de centralizar a administração
portuguesa e impedir áreas de atuação autônomas por ordens religiosas cujos
fins eram diversos dos da Coroa”. (FAUSTO, 2002, p. 60). Com isso a Igreja
Católica apesar de ser uma das instituições mais notórias e influentes do
período imperial acaba perdendo espaço. Além dessas conseqüências o Brasil
também sofre na questão da educação, afinal, o sistema já era precário e após
a expulsão dos jesuítas ele se torna praticamente inexistente. Para exemplificar
essa falta de preocupação com a educação podemos citar a falta de bibliotecas
públicas, universidades e um ensino primário pouco difundido.
A implantação de protestantismo irá se tornar aceita somente a partir do
século XIX com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação entre
Portugal e Inglaterra que é uma conseqüência da abertura dos portos as
nações amigas que acontece em 28 de Janeiro de 1808. Devido à invasão de
tropas napoleônicas nos países Ibéricos a família real portuguesa se refugia
em sua colônia mais próspera, o Brasil, e assim com a abertura dos portos as
nações amigas uma série de acontecimentos são desencadeados. Como a
Inglaterra era a maior potencia da época, exercendo uma grande influência
sobre as demais nações, ela assina em 1810 outro tratado, que é o de
Comércio e Navegação. Com essa abertura de comércio a outras nações
aparece a necessidade de “se criar alguma regulamentação legal para que os
estrangeiros realizassem seus cultos, ainda que de modo restrito”. (MAFRA,
2001. p. 13). Mas a liberdade religiosa só é legitimada de fato com a
Independência do Brasil e a Constituição de 1824, mas, ainda assim, era
obrigatória algumas restrições na realização das reuniões religiosas.
O protestantismo era conhecido como a religião da palavra devido à
ligação direta que eles tinham com o uso da Bíblia. Essa era distribuída em
Portugal e depois trazida ao Brasil, mas isso se dá de uma forma discreta a
partir de 1814. A chegada do primeiro correspondente da Sociedade Bíblica
Americana, o missionário metodista Daniel Parish Kidder, irá trazer algumas
inovações quanto ao uso das escrituras sagradas. Kidder dizia que a Bíblia
deveria ser usada como um manual de conduta nas escolas primárias,
publicando até mesmo em 12 de dezembro de 1837 um anúncio no Jornal do
Comércio que dizia:

Vende-se por 1$000 [um mil réis], na rua Direita, n° 114, o


Novo Testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, traduzido
pelo Ver. Padre Antonio Pereira de Figueiredo. Este livro é
muito recomendável a todos os mestres e diretores de aulas e
colégios do Império do Brasil, para o adotarem como livro de
instrução para os seus alunos, porque nele se acha o tesouro
mais precioso que o homem pode exigir neste mundo. Ele é a
fonte de luz, a fonte da moral, a fonte de virtude, a fonte de
sabedoria. (CÉSAR, 2000, p. 69).

Os protestantes quando chegam ao Brasil podem ser divididos em dois


grupos: o que vem para fixar suas igrejas e aqueles que vem para fazer
missões e evangelizar, o que seria respectivamente os europeus e os norte-
americanos, principalmente.
Os pioneiros, no que tange a questão institucional, que seria a formação
de fato de comunidades evangélicas permanentes, foram os imigrantes
alemães. Esses fixaram em pontos como Rio de Janeiro (Nova Friburgo –
1824) e Rio Grande do Sul com instituições luteranas, mas essa não foi a
principal forma difusão dessa nova forma de crença.
O protestantismo começa a chegar e a se difundir no Brasil realmente a
partir de 1850, com os primeiros missionários que vinham para essa terra com
a verdadeira intenção de propagar a sua fé. A tentativa de inserção dessa
religião no país fica sendo conhecida como “protestantismo missionário” e
trouxe para o Brasil as seguintes denominações: Congregacional,
Presbiteriana, Metodista, Batista e Episcopal.
A partir da segunda metade do século XIX, toda a América Latina
começa a sofrer modificações em detrimento de três fatores: “projeto liberal, o
predomínio da presença dos Estados Unidos e a entrada do protestantismo”.
(BONINO, 2002, p. 9). A ideologia proposta pelas Igrejas Protestantes servem
para ajudar nessa penetração norte americana no país na tentativa de
implantação de um modelo liberal. Essa influência era reflexo da Doutrina
Monroe que pregava América para os americanos.
As raízes do protestantismo brasileiro, principalmente o de missões, tem
suas bases fincadas na América do Norte. O que acontece é que por esse tipo
de instituição ser minoritária e sem tanta expressão, no seu princípio ele se
apóia nas igrejas norte-americanas. Isso porque quando o protestantismo
chega ao Brasil a situação é diferente de quando ele chegou na colônia
inglesa. Atualmente os movimentos neoconservadores e reformistas que
chegam na sociedade e nas igrejas norte-americanas, tentando restaurar
paradigmas antigos, as instituições Brasileiras procuram valores que nunca
fizeram parte da sociedade brasileira. Por isso alguns autores propõem a idéia
de que no Brasil o protestantismo foi recebido como vanguarda do progresso e
da modernidade. (MENDONÇA, VELASQUES FILHO, 1990, p. 13).
Essa nova religião que chegava na colônia lusitana mais influente
despertava curiosidade e o interesse das pessoas, e atrelado a isso o
protestantismo é visto pela elite intelectual republicana como modelo da
modernidade, o que vai estimular a sua aceitação. Um bom exemplo é que um
ano e meio depois de se organizar em um salão de reunião para os cultos
localizado na travessa do Ouvidor, a igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro
(1862) que tinha registrado 22 membros apresenta nas suas reuniões
religiosas cerca de 60 a 90 pessoas.
Algo que irá ajudar na difusão da nova idéia religiosa que pregava o
protestantismo é o fato do catolicismo ser visto como a religião da aristocracia
e as camadas mais humildes, e até mesmo ex-escravos viam nessa nova igreja
um lugar de recognição de sua honestidade e respeitabilidade.
É importante salientar que apesar do protestantismo ter sido difundido e,
até de um certo modo, aceito, ele enfrentou algumas barreiras, criou polêmicas
e, outrossim, encontrou resistências diante do catolicismo brasileiro. O jornal
presbiteriano Imprensa Evangélica de 1° de setembro de 1877, em seu artigo
“Os dous systemas” tenta demonstrar o antagonismo entre a religião católica e
protestante, colocando a amostra a superioridade da última através das
seguintes palavras:

O Protestante separa o Estado da Igreja; o Romano


deseja que sejam reunidos. O Protestante edifica suas
instituições sobre a vontade do povo; o Papal propõe edifica-
las sobre a vontade do Papa. O Protestante segura a
liberdade religiosa; o Papa exige que cada um entregue sua
consciência ao cuidado de seu superior escolástico. O
Protestante desenvolve as faculdades do entendimento por
estimular o espírito de independência e vigor pessoal; o Papal
esmaga este espírito por sua doutrina de obediência e
submissão passiva. O Protestante já pôz o mundo na carreira
do progresso e prosperidade; o Papal deseja prende-la e
torna-lo atrazado por aquelles caminhos velhos e tortuosos,
pelos quaes já tem infelizmente conduzido tantas nações ao
naufrágio e desolação. (grafia de época). (BARBOSA, 2002, p.
62).

Após a era monárquica no Brasil inaugura-se o período republicano pelo


marechal Deodoro da Fonseca. Neste período de governo dele será
estabelecida a política do padroado, que depois da assinatura do Tratado de
Comércio e Navegação entre Portugal e Inglaterra, é uma medida fundamental
para o favorecimento da implantação do protestantismo em terras brasileiras.
Essa política é na verdade um decreto (nº 119-A, de 7/1/1890) que “em seu
Art.1o proíbe a autoridade federal e a dos estados federados de expedirem leis,
regulamentos ou atos administrativos que estabeleçam ou vetem alguma
religião, bem como de tratarem diferencialmente os habitantes do país, com
base em suas preferências religiosas ou opiniões filosóficas. Assegura, em seu
Art. 2o, a liberdade de culto, afirmando, no Art. 3o, que tal liberdade abrange
não apenas as práticas individuais, como também as das instituições. O Art.
4o. extingue o padroado e, finalmente, em seu 5o. e último artigo, o decreto
estabelece que todas as igrejas e confissões são pessoas jurídicas, podendo
adquirir bens”. (MUSEU).
A República rompe com o enlace com a Igreja criando assim um Estado
laico. Para exemplificar o desvencilhamento podemos citar a instituição do
casamento civil e secularização dos cemitérios, que passaram a ser
administrados pelos municípios. Com isso não havia mais a necessidade de se
ter uma vida totalmente pautada dentro da conduta religiosa católica, já que a
partir desse momento existia a liberdade de escolha entre outros tipos cultos.
Os missionários estrangeiros que vinham de outros países para poder pregar o
evangelho, ganhavam espaço para poderem exercer o objetivo maior que era
“arrebanhar almas para o Senhor pautados na verdadeira salvação”. Aí estava
o modelo protestante.
3 Os dogmas da igreja protestante
Para compreender a idéia protestante é fundamental que entremos na
questão dos seus dogmas, o que denota entender o conjunto das doutrinas e
filosofias que são apresentadas como imutáveis e imprescindíveis para essa
religião. O ponto fundamental da tese dogmática é que ela se apresenta como
algo essencial para se alcançar à real significação da idéia religiosa, como uma
expressão legítima da fé vigente que não admite discussão justamente porque
se coloca como algo definitivo.
Os dogmas do protestantismo que englobam todas as suas ramificações
e os diferem da igreja católica, são três princípios básicos: sola gratia et fides
(a salvação pela graça mediante a fé), sola Scriptura (as Escrituras acima de
todas as demais autoridades da fé e da prática cristã) e o sacerdócio de todos
os crentes. (OLSON, 2001, p. 380).
O monge Martinho Lutero será a maior referencia da reforma protestante
propriamente dita, entretanto caberá a João Calvino e Ulrico Zuínglio a
formulação da teologia dessa nova religião. Esses reformados calvinistas
deixam sua marca especificam quando elevam a condição do trabalho e o
encaixam dentro da visão do mundo protestante.
Um fato que merece consideração dentro dessa análise é que o
catolicismo prega uma idéia de asceticismo, desvalorizando o papel do homem
como agente modificador de seu próprio destino e salvação de sua alma,
dando a ele um caráter de resignação. O luteranismo também se encontra
numa situação parecida, pois diz que o processo de salvação dispensa a ação
humana por se basear no dogma paulino pela salvação pela fé. (WEBER,
2003, p. 21). Entretanto os calvinistas vão divulgar uma ideologia que prega
que a vida cotidiana deve ser santificada. Essa atitude transformaria o indivíduo
e o diferenciaria dos demais justamente porque o seu agir era vocacionado,
fazendo com que esse cidadão se sentisse obrigado a se aprimorar tanto
intelectualmente quanto profissionalmente, tornando-se assim, sendo um
exemplo de ética e de homem escolhido como um verdadeiro eleito de Deus.
Não há uma teologia protestante unificada, porque se prega uma
interpretação livre das Sagradas Escrituras e cada líder tinha seu modo e suas
peculiaridades de enxergarem a Bíblia. Entretanto, com toda diferença
apresentada, esses reformadores sustentavam os mesmos princípios e
difundiam basicamente as mesmas idéias.
A aceitação da Europa pelo calvinismo é facilmente entendida porque a
sociedade é burguesa e Calvino prega que: “O que engrandece e enobrece o
homem é o trabalho”. Com esse pensamento vigente a ação de acumular,
poupar e entesourar não é visto mais como ato pecaminoso e “historiadores de
economia consideram que Calvino e seus seguidores criaram as condições que
possibilitaram o aparecimento do capitalismo moderno”. (DOWNS, 1969, p. 26).
Ter uma boa educação fazia parte da crença do crescimento espiritual,
afinal, essa servia de base para um entendimento da sociedade e da
importância da figura santa de Deus. O estudo era elemento integrante para o
desenvolvimento da ética protestante.
Devido aos dogmas que a Igreja Reformada possui, pode se encontrar
dentro de sua ética um pensamento que os levam a crer na sua superioridade.
Em seu artigo “O romanismo e o progresso”, escrito em 21 de novembro de
1885, o rev. Eduardo Carlos Pereira faz a seguinte indagação:

Por que é que os países protestantes levam, geralmente,


imensa vantagem aos países romanos, na instrução, na
moralidade, na indústria, no comércio, na riqueza e na vida
social? (PEREIRA apud BARBOSA, 2002, p. 62).

A religião protestante prega que há um caminho para a verdade, esse só


pode ser através de Cristo Jesus, e que só é possível alcançar-lo através
deles, isso é, colocam o protestantismo como algo legitimo e as outras religiões
como imperfeitas. Com isso tentam arrebanhar fiéis alegando que são
moralmente melhores e mais santificados.

4 As escolas protestantes (histórico)


4.1 Na Europa
Com a ascensão da burguesia no século XVI alguns costumes e valores
começam a vigorar. A pedagogia predominante da atualidade tem as suas
bases e muitos dos seus hábitos fincados justamente nesse período de
emergência burguesa.
Com a criação da Companhia de Jesus em 1534 muitas coisas
acontecem. Na verdade essa ordem religiosa é criada para poder controlar os
fiéis da igreja católica, já que esses vinham perdendo muitos de seus membros
com o aparecimento do protestantismo. Nesse período vai ser criada a escola
simultânea que atende a vários alunos e é organizada em classes.
Os protestantes não ficam estagnados quanto à questão educativa e são
fundamentais para a formação da pedagogia que encontramos até hoje. A
questão protestante estava diretamente ligada a educação já que essa religião
vai pregar como uma obrigação à leitura, compreensão e a interpretação das
sagradas escrituras para a salvação, mas isso só se tornará possível se o
indivíduo tiver instrução. Essa lógica será chamada de teísmo pedagógico, que
significa o saber funcionando como amparo da fé. Com essa idéia tomando
espaço começa a surgir à necessidade de uma educação geral e mais
abrangente já que todos deveriam ler a Bíblia, sem distinção e discriminação,
para poderem buscar a Deus em Suas palavras.
Lutero não somente atinge a igreja católica com suas críticas, mas
influencia a educação quando produz uma reestruturação no sistema de ensino
alemão inaugurando uma escola moderna. A idéia da escola pública e para
todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior) e
voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero. (FERRARI,
2005, p. 30-32).
A educação era de fundamental importância dentro da concepção de
mundo de Martinho Lutero, e em uma de suas cartas a aos Prefeitos e
Conselheiros alemães ele escreve:

É realmente um pecado e uma vergonha que tenhamos


de ser estimulados e incitados ao dever de educar nossas
crianças e de considerar seus interesses mais sublimes, ao
passo que a própria natureza dever-nos-ia impelir a isso e o
exemplo dos brutos nos fornece variada instrução. Não há
animal irracional que não cuide e instrua seu filhote no que
este deve saber, exceção feita à avestruz, de quem diz Deus:
“Ela (a fêmea avestruz) põe seus ovos na terra e os aquece na
areia; e é dura para com seus filhotes, como se não fossem
dela”. E de que adiantaria se possuíssemos e realizássemos
tudo o mais, e nos tornássemos santos perfeitos, se
negligenciássemos aquilo por que, essencialmente vivemos, a
saber, cuidar dos jovens? Em minha opinião não há nenhuma
outra ofensa visível que, aos olhos de Deus, seja um fardo tão
pesado para o mundo e mereça castigo tão duro quanto a
negligência na educação das crianças.
Os pais negligenciam esse dever por vários motivos. Em
primeiro lugar, há alguns com tanta falta de piedade e
honestidade que não cumpririam esse dever mesmo que
pudessem, mas, como a fêmea da avestruz, têm coração duro
em relação a sua própria prole e nada fazem por ela. Em
segundo lugar, a grande maioria de pais não possui
qualificação para isso e não compreende como as crianças
devam ser criadas e ensinadas. Em terceiro lugar, mesmo que
os pais fossem qualificados e estivessem dispostos a educar
eles mesmo, em virtude de outras ocupações e deveres do lar
não têm tempo para fazê-lo, de modo que a necessidade
exige que tenhamos professores para as escolas públicas, a
menos que cada genitor empregue um instrutor particular.
Portanto, será dever dos prefeitos e conselheiros ter o
maior cuidado com os jovens. Pois dado que a felicidade,
honra e vida da cidade estão entregues em suas mãos, eles
seriam considerados covardes diante de Deus e do mundo
caso não buscassem, dia e noite, com todo o seu poder, o
bem-estar e progresso da cidade. (LUTERO apud MAYER,
1976, p. 250-251).

A figura inaugural dentro da pedagogia protestante é Jan Amos


Komenský mais conhecido como Comenius. Esse homem nascido em 1592 é o
criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII. A
idéia de Comenius, a partir dessa nova estrutura na educação era formar uma
figura que se encaixasse nos moldes e nos padrões do “bom cristão”. Ele foi o
responsável por uma ruptura abrupta no modelo escolar. Pregava que o ensino
deveria abranger tudo de uma maneira geral e deveria ser oferecido a todas as
pessoas como, por exemplo, as meninas e os portadores de deficiência mental.
Ele traz uma série de inovações como a realia, que é a utilização de objetos e
experimentos para poder exemplificar a matéria para que o aluno tenha noção
real do que está aprendendo, a escola mista e o primeiro livro ilustrado.
Outro nome de expressão dentro da pedagogia protestante é Johann
Heinrich Pestalozzi (1746 a 1827). Esse homem idealizou e tentou difundir um
ensino mais humano baseado no amor e na afetividade. Pestalozzi irá se
utilizar das suas crenças e de seus valores para poder transformar a educação
em um verdadeiro ato de amor. Ele fundou várias escolas e nelas aplicou a
educação integral e aboliu provas, notas, castigos e recompensas
transformando a instituição em algo construtor de saber e laços afetivos por
isso se diz que “a disciplina exterior, na escola de Pestalozzi, era substituída
pelo cultivo da disciplina interior, essencial à moral protestante”. (ARCE apud
FERRARI, 2004). Suas idéias foram tão inovadoras que irão inspirar a grande
reforma educacional americana que acontece de 1830 a 1860, que é o período
onde os missionários dessa mesma região começam a evangelização em
terras brasileiras.
Por outro lado, há uma medida instituída no Concílio de Trento que é de
fundamental importância para a compreensão da pedagogia atual era a
permanência do Tribunal da Santa Inquisição, que havia sido criado em 1231.
Esse órgão que tinha como principal objetivo oprimir faz com que a educação
se tornasse algo seriamente disciplinar. A inquisição tanto do lado católico
quanto do lado protestante marca profundamente a desvalorização do erro,
pois isso era sinônimo de culpa e castigo. Esses valores serão passados para
a educação e seus traços mais marcantes podem ser visto até hoje.

4.2 No Brasil
Para se entender a influência da cultura protestante na educação
brasileira é preciso primeiramente saber como se deu o desenvolvimento da
questão educacional nessa colônia desde 1500.
O modelo educacional católico se estabelece através dos portugueses
com os padres católicos jesuítas que em 1549, 15 dias após da sua chegada
na colônia, fundam a primeira escola brasileira em Salvador. Esses membros
da Companhia de Jesus propagavam a fé católica e a educação, sendo os
responsáveis pela catequização das indígenas.

Os jesuítas permaneceram como mentores da


educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759,
quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por
decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal,
primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da
expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17
colégios e seminários, além de seminários menores e escolas
de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia
casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com
isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já
implantado e consolidado como modelo educacional. (BELLO,
1998).

Diferente de outras colônias latino americanas que na época colonial já


possuíam até universidades, como por exemplo a Cidade do México e Lima, o
Brasil se encontrava em um panorama que pouco privilegiava a questão
educacional. Os membros da elite local que possuíam a oportunidade de
crescerem dentro do cerne intelectual viajavam para a Europa em busca de
uma verdadeira instrução, já que a colônia brasileira não apresentava uma
capacitação básica de qualidade no que tange a discussão pedagógica.
A chegada dos protestantes no Brasil irá dar um novo fôlego na questão
educacional brasileira. Com sua ética valorizando o ensino, o protestantismo
influenciará diretamente na reestruturação da escola no Brasil. Por serem
consideradas a religião da palavra, as doutrinas reformadas, oferecem o
acesso a escrita.
Na época em que as escolas protestantes chegam ao país, já haviam
por aqui núcleos educacionais. Um exemplo disso era o Colégio Pedro II uma
instiuição, que se originou do seminário dos Órfãos de São Pedro criado por
Frei Guadalupe em 1739, e que se transformou em uma escola secundária em
1837. (A CRIAÇÃO). Esse ato era uma tentativa de incentivo a educação
brasileira, entretanto as escolas que haviam no século XIX e início do XX eram
precárias e não alcançavam as camadas mais pobres, que constituíam a
maioria na sociedade, esse dado é comprovado quando se tem 1900 um índice
de 65% de brasileiros analfabetos. Em um aspecto geral as escola públicas
eram

Extremamente precárias, funcionavam em prédios adaptados


e , muitas vezes, na residência do professor. As classes – com
alunos de diferentes idades e graus de conhecimento e em
número excessivo – eram atendidas por apenas um professor,
em geral não habilitado a ministrar aulas. O currículo adotado
não ia alem das primeiras letras, noções de gramática
portuguesa, um pouco de aritmética, além de aulas avulsas de
francês e latim. (ELIAS, 2005, p. 82).
A primeira escola dominical foi fundada no Brasil em 1855 em Petrópolis,

no Rio de Janeiro, pelo casal de missionários escoceses Sarah e Robert Kalley


1[1]
, e que tinha como objetivo proporcionando os ensinamentos bíblicos,

usando uma pedagogia inovadora. Muitas dessas escolas, que aconteciam nas

igrejas, ao invés de ensinar “a palavra de Deus” e as lições da Bíblia,

começaram a se transformar em classes de alfabetização. Esse fato irá mudar

o perfil dos fieis que freqüentavam a igreja, que terá as camadas populares se

juntando com a reduzida classe média baixa que já fazia parte do corpo de

membros.

Dentro da questão educacional podemos apontar o apoio dado pela


doutrina calvinista quando ela afirmava que o homem é fruto do meio em que
vive e a melhor forma de construir bons cristãos era modificar esse meio
através de investimentos humanos, financeiros e culturais. Essa crença afirma
a idéia da ótica protestante valorizando a educação como meio de
transformação acreditando que essa “acabaria por transformar a sociedade
para melhor e inseri-la no corpus christianum”. (MENDONÇA; VELASQUES
FILHO, 1990, p. 32).
Num âmbito geral, a educação protestante serve como instrumento de
ligação e de aproximação da sociedade brasileira com as religiões reformadas,
ela é na verdade um grande instrumento de evangelização utilizado pelas
missões norte-americanas. Será esse êxito na área pedagógica produzida por
esses missionários que irá contribuir para a implantação do protestantismo no
Brasil. (BARBOSA, 2002, p. 55). Afinal a implantação de um sistema
educacional protestante era a melhor forma de evangelizar, porque nessas
escolas eles irão passar os seus valores, dogmas e conceitos de sociedade
tendo como conseqüência à formação de pessoas aptas e predispostas a
aceitarem a doutrina pregada por esses missionários reformistas.

1[1]
O casal Kalley fundou em 1855 a escola dominical juntamente com a Igreja Evangélica
Brasileira em Petrópolis. Eles tinham um estilo discreto de evangelização, que visava o bom
entendimento com as pessoas de outras religiões para evitar um atrito de idéias, e receberam,
algumas vezes, a visita do imperador D. Pedro II.
O primeiro missionário presbiteriano chega ao Brasil em 1859 e dentre
as obras que realizou encontram-se a formação da primeira escola e o primeiro
seminário, outrossim, o primeiro jornal protestante que se chamava Imprensa
Evangélica, que circulou de 1864 até 1892. O nome desse homem era
Simonton e suas propostas para a evangelização eram:

1) A santidade da igreja deve ser ciosamente mantida no


testemunho de cada crente; 2) é preciso inundar o Brasil de
Bíblias, livros e folhetos; 3) cada crente deve comunicar o
evangelho a outra pessoa; 4) é necessário formar um
ministério nacional idôneo; 5) escolas paroquianas para os
filhos dos crentes devem ser estabelecidas. (CÉSAR, 2000, p.
89).

Vale ressaltar que o protestantismo atraiu muito as massas populares,


mas nem tanto as elites. Para reverter esse quadro, a educação vai ser o
vínculo que os missionários encontraram para poderem penetrar nas classes
mais abastardas. Como a leitura da Bíblia é algo obrigatório para um
verdadeiro protestante, as camadas mais pobres tiveram a oportunidade de
aprender a ler nas escolas que se encontravam junto das igrejas. Entretanto
para as classes dominantes os protestantes irão construir os primeiros
colégios, que eram instituições voltadas somente para o ensino, mas que em
sua constituição tinha sua pedagogia baseada nas doutrinas das igrejas
renovadas.
O pensamento protestante era de que:
tais colégios prepararão o caminho para a marcha das Igrejas
(...). Colégios fundados, nestes princípios, triunfarão sobre
todo o inimigo e conquistarão a boa vontade até nossos
adversários. Mandai missionários que estabeleçam colégios
evangélicos, e o poder irresistível do Evangelho irá avante na
América do Sul e a terra do Cruzeiro brilhará com a luz
resplandecente do Reino de Cristo. (BAGBY apud BARBOSA,
2002, p. 56).

5 Primeiras escolas protestantes do Brasil


O aparecimento das primeiras instituições educacionais no Brasil deu-se
através da necessidade de evangelizar e também, como é o principio de toda
escola, promover o conhecimento. Esses colégios que começaram a aparecer
a partir da segunda metade do século XIX, irão proporcionar muitas mudanças
na pedagogia brasileira que são notórias até a atualidade.
Dentro das várias correntes missionárias que chegam as terras
brasileiras, a que mais se envolveu com as questões educacionais foram os
metodistas. Esses alegam não terem crescido tanto quanto os presbiterianos e
os batistas porque esqueceram um pouco da evangelização em uma
abordagem direta, para darem um espaço maior a educação, utilizando essa
como principal forma de pregar o evangelho. (MENDONÇA; VELASQUES
FILHO, 1990, p. 40). Contudo a primeira escola confessional protestante no
Brasil aparece em 1870, que é a Escola Americana de origem presbiteriana, já
a de origem metodista aparece em 1881, que é o conhecido Colégio
Piracicabano.
Em 1862 o missionário presbiteriano George Whitehill Chamberlain
chega ao Brasil e tem um contato direto com a obra de Simonton, juntando-se
a ela para o desenvolvimento dessas propostas. Seu envolvimento foi tão
grande que em 1866 ele resolve retornar aos Estados Unidos para que
pudesse aperfeiçoar-se e aprofundar-se em teologia, retornando dois anos
depois com a missionária Mary Annesley. Chamberlain retorna com a idéia de
fundar uma escola fundamentada na pedagogia confessional norte-americana.
Em 1870 ele então concretiza seu objetivo fundando em sua própria residência,
no bairro da Luz em São Paulo, a Escola América. Essa nova instituição
apresentava classes mistas com meninos e meninas e uma nova pedagogia
recebendo elogios até do imperador D. Pedro II, que a visitou em 1876 mesmo
sem poder reconhecê-la por fazer parte da uma doutrina contrária a Igreja
Católica. (O SONHO, 1998).
A importância fundação e do papel da Escola América em terras
brasileiras chegaram longe, e isso vai estimular e tocar o advogado Jonh
Theron Mackenzie a investir nessa instituição com uma doação em vida de
42.000 dólares e depois de sua morte deixou uma herança de 8.000 dólares.
Para que essa pudesse crescer e abrigar um curso superior de engenharia que
é inaugurado em 1896 fazendo com que a escola passasse a se chamar
Mackenzie College. (MACKENZIE).
A fundação da primeira escola metodista no Brasil se dá em 13 de
setembro de 1881 em Piracicaba, uma referência em educação que tinha a sua
frente a missionária Martha Hite Watts. Senhorita Watts fazia parte da
Woman’s Missionary Society da Igreja Metodista da sul dos Estados Unidos,
uma associação que foi de fundamental importância na fundação e
conservação das escolas confessionais brasileiras. Essa missionária chega ao
país devido a um pedido feito pelos irmãos Prudente de Moraes e Manoel de
Moraes ao um pastor metodista da cidade de Santa Bárbara d’Oeste, que
“requisitasse uma educadora metodista para abrir uma escola de pedagogia
inovadora, de modo a fazer frente à educação retrógrada das escolas da época
do Império”. (MESQUITA, 2001, p. 10-11).
O Colégio Piracicabano trás muitos aspectos inovadores em se tratando
de estrutura física, conceitos e práticas. Podemos observar essa características
nos:

prédios próprios, com arquitetura que os distinguia pelas salas


amplas e construídas especificamente para o ensino. As
classes eram mistas. As carteiras de estudante passaram a
serem individuais. Havia salas especiais para música,
geografia, com imensa quantidade de mapas, cartazes com
esqueleto do corpo humano, pesos e medidas para o ensino
do sistema métrico, microscópios. E, já no colégio
Piracicabano, as disciplinas eram latim, português, inglês,
francês, gramática, caligrafia, aritmética, matemática, álgebra,
geometria, astronomia, cosmografia, geografia, história
universal, história do Brasil, história sagrada, literatura,
botânica, física, química, zoologia, mineralogia, desenho,
música, piano, costura, bordado e ginástica. (ELIAS, 2005, p.
82).

A escola de Piracicaba quebrar alguns paradigmas e vai servir de apoio


para que outras escolas metodistas venham a se fixar no país como: o Colégio
Americano de Petrópolis (1895), que foi a base para da construção do atual
Benett no Rio de Janeiro,e em Minas Gerais se tem a fundação do Colégio
Mineiro (1902) em Juiz de Fora e do Colégio Izabela Hendrix (1904) em Belo
Horizonte, sendo que todos esses foram regidos durante algum tempo pela
missionária Martha Watts.
A contribuição financeira da Woman’s Missionary Society para a
manutenção das escolas protestantes metodistas brasileiras era, em 1882,
equivalente a 5% do orçamento dedicado educação no estado de São Paulo,
isso era equivalente a US$ 12.500,00. (ELIAS, 2005, p. 82). Esses dados
expostos, pelo pesquisador Peri Mesquita, nos ajudam a entender o quanto às
instituições eram importantes para a implantação do protestantismo no Brasil,
afinal boa parte do dinheiro arrecadado nas igrejas norte-americanas eram
destinados para os departamentos de missões encontrados nessa terra.
Em 1887 é fundado a Escola do Alto no Rio de Janeiro por mulheres que
queriam propagar o ensino baseado no modelo metodista, entretanto essa era
uma escola mantida pela comunidade batista. Essa instituição devido a um
surto de febre amarela que estava ocorrendo naquele contexto se viu obrigada
a sair de sua sede indo para a cidade de Petrópolis. E será nessa cidade que a
Escola do Alto fundirá com a Colégio Americano fazendo surgir dessa junção a
Colégio Bennet, que voltar depois para a então capital do país, Rio de Janeiro,
e é fundado oficialmente em 1° de março de 1921. (MUSEU).
O kindergarten, o que traduzindo seria o nosso Jardim de Infância é
também uma herança dos protestantes norte americanos, sendo que os
metodistas foram os maiores difusores dessa idéia. Entretanto primeiro
estabelecimento com esse tipo de educação infantil vai ser a instituição privada
o Colégio Menezes Vieira (1875-1887), fundado no Rio de Janeiro pelo médico
e educador Dr. Joaquim José de Menezes Vieira. (MUSEU). Em 1877 o jardim
de infância irá surgir em São Paulo na Escola Americana iniciada por
protestantes batistas norte-americanos. Contudo o kindergarten irá tomar
notoriedade no Colégio Piracicabano que após um ano de funcionamento já
contabilizava 24 matrículas.
O número de escolas protestantes irá crescer após a proclamação da
República (15/11/1889) e conseqüentemente a criação de um Estado laico,
assim a religião oriunda das reformas passa a ser mais aceita e com isso
começa a ganhar uma maior difusão e notoriedade. Isso se deve também as
influências e ao estímulo que a pedagogia inovadora trouxe, afinal os colégios
confessionais era usados como instrumentos de evangelização.

6 Conclusão
Podemos afirmar que a influência do protestantismo na educação
brasileira apesar de ser bastante significativa, ainda é algo pouco difundida e
estudada. A criação das escolas confessionais ajudou no crescimento e
desenvolvimento educacional no Brasil, já que trouxeram para o país um novo
fôlego à pedagogia que, em outros países, já estava mais desenvolvida.
Procuramos perceber um pouco da contribuição à educação brasileira
após a chegada do protestantismo no Brasil e da implantação dos seus
conceitos. Neste sentido, percebemos que a educação protestante só pode ser
pensada, a partir de suas origens, dentro de um processo de afirmação das
bases de um projeto que parte do Estado Americano. A intenção clara era a de
assegurar o domínio religioso na América Latina. A partir daí, a análise da
educação protestante no Brasil mostra a influência calvinista como formatadora
da nova educação que chegava ao país. Educar passa a fazer parte de um
projeto maior de sociedade. As missões protestantes deram um sentido
ideológico para o projeto liberal norte americano no Brasil, que trouxe com ele
as escolas confessionais que eram um meio de penetração nas camadas
burguesas.
A educação protestante, desde a alfabetização, procurou inserir as
camadas populares neste projeto. Afinal, estava ali o vínculo de penetração do
discurso nas camadas populares. O protestantismo então absorve uma parte
da sociedade que não era muito assistida pela Igreja Católica e dá a essas
pessoas uma nova perspectiva de vida. Isso ocorre porque esses indivíduos se
tornam mais valorizados após obterem uma escolarização que antes da
chegada das Igrejas Reformadas não era disponível. Com isso o
protestantismo ganha novos fiéis para o seu rebanho, e vai aumentando sua
influência e divulgando suas idéias pela sociedade.
Entretanto, há ainda a necessidade de se estudar mais esse tema pelo
seu grau de importância, não só para a história da educação, mas também
para que possamos entender e aprender com o fazer da educação nos outros
países de cultura protestante a dar um valor maior a nossa educação.
Devemos destacar ainda, que apesar do catolicismo ser a religião oficial
do país e de todos os percalços que o protestantismo passou para ser
implantado no Brasil, as escolas protestantes garantem o seu espaço e são
reconhecidas como instituições fundamentais para um reforma educacional.
O fato do esquecimento histórico a que ficaram relegadas as escolas
confessionais protestantes entende-se pelo fato da educação brasileira ter tido
a hegemonia da igreja católica, em suas diversas congregações, desde os
tempos dos jesuítas, a partir de 1549. Enquanto os livros de história da
educação valorizam as idéias da educação católica, marcando apenas o início
de funcionamento das escolas protestantes, outros segmentos religiosos
tiveram importância na educação brasileira, inclusive a protestante.

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