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Artes Deco
orativaas 
   
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Apontamentos coligidos por Joana Sousa do Departamento de Design e Marketing de moda do Citex. 
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Índice 
 
1. Artes Deecorativas ....................................................................................................................................... 2 
1.1 Campo de aplicação das arrtes decorattivas ........................................................................................ 2 
2. Egipto ......................................................................................................................................................... 3 
2.1. Enquadramentto histórico .................................................................................................................. 4 
2.2. Artee não Arte ....................................................................................................................................... 6 
2.1.1. Convençõees da arte eegípcia: ....................................................................................................... 6 
2.3. Joalharia ............................................................................................................................................ 12 
3. Grécia ....................................................................................................................................................... 14 
4. Roma ........................................................................................................................................................ 20 
4.1 Arte Romana ...................................................................................................................................... 20 
4.1.1. Pintura da arte roman na ............................................................................................................. 20 
5. Idade MMédia ............................................................................................................................................. 28 
6. Época Barroca .......................................................................................................................................... 43 
6.1 Talha Barroca ..................................................................................................................................... 44 
6.2. O Azulejo Barro oco ............................................................................................................................. 50 
7. Mobiliárrio na corte francesa de Luís XV ................................................................................................. 56 
7.1 Mob biliário Estilo o Luís XV ..................................................................................................................... 59 
8. Paixão ppela Modern nidade – Arrte Nova ................................................................................................... 73 
8.1 Influ
uências da A Arte Nova: ....................
. .............................................................................................. 75 
8.3. Vidrro e Joias dee René Laliq que ........................................................................................................... 82 
9. Arte Decco ................................................................................................................................................. 86 
9.1.Influ
uências da A Arte Deco .................................................................................................................... 86 

 
 

   

 
 
 
Arttes Decoraativas 
 
1. Artes D
Decorativaas 
 
Arte: definne o conjunto de objecctos criadoss pelo ser humano com m perfeita ddestreza e qque, para além 
de uma fun nção directaa, possui umma intencio
onalidade quue os leva aa usufruir essteticamentte. 
 
Está  ultrap
passada  a  diferença  que 
q dividia  o  processo o  artístico  entre  Artees  maiores  (arquitectu
ura, 
pintura e eescultura) e  as Artes menores (as restantes). Contudo, continua‐se a privilegiar as primeirras, 
opondo‐ass ao núcleo mais alargaado do que hoje se den nomina por Artes Deco orativas. 
 
Artes deco orativas: conjunto das artes ornammentais, por oposição ààs designad das de criatiivas. 
Ornamentto: todo o géénero de deecoração ou u enfeite nu
uma obra dee arte. 
 
1.1 Camp
po de apliccação dass artes deccorativas
 
Temos sem mpre que teer em conta que os m materiais se  unem paraa conceber  os objectoss sempre co om 
uma funcio onalidade, aaplicabilidad de, seja com
mo ornamento ou com mo utensílio,, ou mesmo o ambas.  
Como  matteriais,  antees  de  mais  convém  referir  que  esstes  se  diviidem  em  orrgânicos  e  inorgânicoss,  e 
como tal, o o leque seráá diverso deesde a madeira, os me etais, o vidro
o e o papel,, a pedra e os pigmenttos, 
entre outro os. 
                                        
O campo d de aplicação o das artes  decorativas será extenso e alargado quer nas suas técnicas, quer  na 
sua funcion nalidade. Ao longo da História da Arte estas estarão preesentes com mo: 
 
Pintura mu ural / Pinturra a fresco 
Cerâmica // Porcelana 
Mobiliário / Talha 
Vitrais / Vidro 
Azulejo / M Mosaico 
Joalharia 
Rendas / B Bordados / TTapeçaria 
Iluminura… … 
 
 
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
2. Egipto 
“Todas as ccoisas receiiam o tempo, mas o tempo tem re
eceio das piirâmides” A
Adb‐ul‐Latif  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 
2.1. Enqu
uadramen
nto históriico 
 
Período   Principais A
Acontecimeentos   Paralelos  

5000‐310000   Populações instalam‐sse no vale d
do Nilo   
Período  Pré‐ Vida  comunitária  organiza‐‐se  em  aldeias, 
Dinástico   desenvolveendo‐se a agricultura e
e a criação d
de gado  

3100‐27000   Constituiçãão do Estado Faraónicoo.  Nascimen nto 


Período Tin
nita   Governo  de 
d 1  só  mon narca  que  une 
u o  Baixo
o  e  o  Alto  da escritaa  
Egipto 

2700‐22000   Reinado  de  Djoser,  primeiro 


p faraó  a  consstruir  uma   
Império An
ntigo   pirâmide  em  Sakara,  tendo o  como  arquitecto 
a
Imhotep. 
Capital em
m Menfis  
  
Apogeu  das 
d pirâmiides  com  Seneferu,  Quéops, 
Djedefré, Q
Quéfren e MMiquerinos.  
Construçãoo das 3 granndes pirâmides 
  
Deus Rá assume grande importân
Culto de D ncia com a 
construçãoo de temploos solares ju
untos das pirâmides.  
2200‐ 2033
3   Grande convulsão pollítica.   
Primeiro  Período  Povos do P
Próximo Oriente fixam‐‐se no Deltaa. 
o  
Intermédio Reunificaçãão do Egipto por Menttuhotep.  

2033‐16500   Reforma  da  admin nistração  pública,  política 


p e   
Império Médio   expediçõess mineiras.

1710‐ 1540
0   País  é  invadido  pelos  Hicsos,  oriundos 
o do
o  Próximo   
Segundo  Período  Oriente,  sendo  po osteriormen nte  expulsos  pelos 
o  
Intermédio egípcios. 
Regresso àà ordem  
1550‐10699   Apogeu  do  reino  egípcio  com mandado  por  faraós   
Império No
ovo   como  Hatchepsut,  Tutmés,  Amen‐H Hotep  e 
Tutankamo on. 
Tebas tornna‐se a capiital e assiste‐se à consstrução de 
grandes ob bras de arqu
uitectura reeligiosa com
mo Karnak, 
e Luxor, asssim como ffunerária coom o Vale ddos Reis, o 
Vale  das  Rainhas  e e o  Vale  dos  Nobres  (lado 
ocidental).. 

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Arttes Decoraativas 
 

Deus  Amo on  assumee  grande  importânciia,  sendo 


interrompiida  por  um m  breve  período 
p com  Amen‐
hotep  (Akhhenaton)  que  transferre  a  capital  para  Tell 
el‐Amarna. 
Seti I e Ramsés II pro osseguem uma políticaa de obras 
de temploss como o dee Abu Simbe el. 
Ramsés  IIII  –  período
o  de  grand
des  revoltas,  greves, 
profanação o  de  túmulos  reais  e 
e convulsõees  e  lutas 
pela sucesssão.  
1069‐664   Capital  traansfere‐se  para 
p Tânis,  onde  é  descoberta   
Terceiro  Período  em 1939 uma necrópo ole real inviiolada.  
Intermédio
o  

664‐332   Período  marcado 


m peelo  inicio  do 
d contacto o  com  os   
Época Baixxa   gregos,  qu
ue  começam m  a  visitar  o  Egipto  e 
e dando  a 
conhecer eeste aos habbitantes da bacia mediterrânica 

332‐30   Chegada de Alexandree Magno ao o Egipto.   


Época Ptolomaica   Cleópatra  VII é a ultim
ma rainha aa reinar entre 48‐30, 
ano em quue o imperador romano o Augusto I derrota e 
conquista o
o país.  
 
 
A Sociedad
de egípcia eestava hierarquizada do o seguinte mmodo: 
Faraó
Sacerdotees 
Alltos funcionnários 
Nomarcaas 
Soldadoss 
Escribass 
Artessãos e come erciantes 
Camponesses 
Escravoss 
 
A sua Religgião era po
oliteísta – cu
ulto das divvindades, teendo sempre como paano de fund
do a vida paara 
além da morte, ou sejja, a vida etterna.  
   

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Arttes Decoraativas 
 
2.2. Arte não Arte 

 
Pintura mural de uma necróp
pole de Hierako
onpolis (reprodução moderna)) 
Tempera, pigmmentos naturaiss 
Época Pré dináástica 
Museu de Turim 
 
2.1.1. Convençõess da arte e
egípcia: 
 
Noção de ssilhueta evoocada a duaas dimensõees – bidimensionalidad de. 
 
Escrita  ornamental  – – não  servve  para  exxprimir  uma  confidên ncia  nem  ppara  transm
mitir  qualqu
uer 
mensagem m estética. EEncontra‐see ao serviço
o de leis relligiosas parra criar um  mundo quee não se deeve 
mostrar tal como aparece. 

 
Pintura sobre linho da necrop
pole de Gebelin
n  
Época Pré dináástica 
Museu de Turim 
 

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Arttes Decoraativas 
 
A figura huumana era rrepresentad da do seguin nte modo:
Cabeça e rosto repressentados dee perfil, com m olho de frente. 
Ombros reepresentado os de frentee. 
Bacia  reprresentada  quase 
q de  perfil,  tendo
o  o  homem m  mais  que  a  mulher,  uma  pernaa  adiantadaa  à 
outra. O péé avançado é geralmen nte o que see encontra mais longe do espectador. 
Pés representados dee perfil (basee do ser hum mano), send do o dedo ggrande visto
o de perfil n
nos dois péss. 
O artista / artífice estáá ao serviço
o das convenções e só as altera qu uando receb be uma ordem.   
 
Ausência d de perspectiva 
 
A Cor na arte egípcia  era um meeio de transpor valoress e noções ffundamentaais ligadas àà natureza d dos 
seres e dass coisas, e n
não ao seu aaspecto. Algguma da sim mbologia daas cores usaadas:  
Verde: fresscura e juveentude – paapiro tenro
Negro: terra que dá vida às duas margens 
Amarelo‐avermelhado o: esterilidaade, areias ddo deserto
Branco: luzz 
Amarelo‐vivo: ouro, ccarne dos deeuses, incorrruptível, etternidade 
Amarelo‐claro: epiderrme das mu ulheres 
Pardo‐averrmelhado: eepiderme dos homens
Vermelho: cor do sanggue, vida co oncentrada
Lápis‐lazúli: cabeleira das divindaades 
Turquesa: anúncio de uma nova vida, luz an ntes da auroora. 
 
A técnica dda pintura ssobre pared de envolvia o os seguintees passos: 
Artífice reccobria previiamente a ssuperfície co om uma cam mada de estuque feita de cal bran nca. 
Traçava o d desenho a vvermelho (ee raramentee a branco).. 
Mestre traaça com um pincel com m tinta negraa pura. 
Aglutinante para os pigmentos – goma aráb bica e clara d
de ovo maiss pequenas quantidade es de água.
Partir da XVIIIª dinastia será usad da a cera dee abelha, quue mais tardde servirá de base paraa a encáustica.  
Pincéis eraam feitos de caniços m mascados numa das exxtremidadees às quais  se juntavam m erva e finnas 
nervuras  de 
d folhas  de 
d palmeira.  Serviam  assim  parra  espalharr  as  cores  sobre  supe erfícies  mu
uito 
extensas. 
Tintas prep paradas emm godés feito os de conch has. 
Paletas poderiam ter de 8 a 10 pastilhas de cores. 
 
Têmpera:  processo de pintura eem que os p pigmentos ssão aglutinaados numa  emulsão de água e co ola, 
gema ou o ovo.  
Pigmentoss: matéria p pulverizada  orgânica (vvegetal ou  animal) ou  inorgânica (mineral) q que, agregaada 
com um agglutinante rresulta nas ccores usadaas em pintura. 
 
Os sacerdo otes são quem dita os  temas, as aatitudes, os agrupamentos e os geestos, não h havendo luggar 
para a fanttasia. A temmática dividee‐se por cen nas religiosaas, do quotidiano e cen
nas de guerrra.  
A decoraçãão da superfície distrib bui‐se por rregistos horrizontais, soobrepostos  e separado os por uma só 
linha.  

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Arttes Decoraativas 
 

 
Friso dos ganssos de Meidum  
Monarquia An ntiga c. 2700 a.cc.  
Museu do Cairro 
 
Uma das p primeiras pinnturas muraais. 
Utilizados  os pigmenttos em estado natural: óxido de fe erro para o os vermelho os e castanh hos; malaquuite 
para os esveerdeados e azuis 
e lazulite p
 
Estilo  realiista  havend
do  uma  preeocupação  pelas 
p formaas  e  pelos  coloridos,  p
permitindo  reconheceer  a 
espécie figgurada. 
 
Opondo‐see  sempre  que q era  representadaa  a  figura  humana: 
h seem  expresssão  no  rosto  e  estátiica. 
Contudo, aas figuras seecundárias ccomo camp poneses, são o representtados de mo odo mais livvre. 
 
 

 
Túmulo de Meenena 
Monarquia Noova c.1420 a.c. 
Pintura mural a têmpera sobre estuque 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
 

 
 
Os patos abatidos rep
presentam d
demónios vencidos. 
Os peixes q
que parecemm ascenderr são símbolo das almaas dos defun
ntos. 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Pintura do túm
mulo de Khnoumm‐hotep  
Império Médioo 
Pintura a têmp
pera sobre estu
uque 
 

 
Pintura mural sepultura de N
Nebamun  
British Museum  
 
Banquete eem celebração do “Diaa do Vale”, eem honra dos deuses ee dos defuntos, parentes e amigoss. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Pintura mural do palácio de TTell el‐Amarna.  
Pintura a frescco 
Império Novo 
Ashmolean Museum Oxford 
 

 
Pintura mural tumulo de Sen
nedjem  
Pintura a têmp
pera sobre estu
uque 
Império Novo 
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
2.3. Joalh
haria 
São  elemeentos  de  addorno  ou  amuletos 
a ussados  por  todos,  desd de  homenss,  mulheress  e  crianças  a 
divindadess e animais sagrados. 
As suas forrmas e motivos são insspirados na natureza e nas divindaades. 
 
Encontram mos  quer  através 
a de  pinturas  quer  atravvés  de  ob bjectos  enccontrados  nos  túmullos: 
ornamento os  de  peruccas,  pulseiras  –  rígidass,  flexíveis,  para  torno
ozelos,  paraa  braço  ‐  co
olares,  anéis  e 
coroas. 
 
Os  materiaais  usados  vão  desde  o  ouro,  àss  pedras  prreciosas  e  semipreciosas  (cornalina,  turqueesa, 
lápis‐lazúli, ametista, feldspato…) 
 
 

Bracelete da rrainha Hetepheres  
Império Antigo o 
Placa de prataa, pasta de vidro
o, cornalina, lap
pis‐lazuli, turqu
uesa 
 

Pulseiras do reei Djoser  
Império Antigo o 
Ouro, lapis‐lazzuli, turquesa, aametista 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Coroa da princcesa Khnoumett  
Império Médio o 
Ouro, cornalin
na, lapis‐lazuli, tturquesa 

 
Peitoral de Tutankhamon rep presentando o Ba (alma) pássaaro 
Império Novo 
Ouro, pasta dee vidro, turquessa, cornalina 

 
Pendente com m escaravelho dde Tutankhamon 
Império Novo 
Ouro, prata, p
pasta de vidro, lápis‐lazúli, turq
quesa, cornalina, quartzo 

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Arttes Decoraativas 
 
3. Grécia 
São três ass fontes parra o estudo da arte grega: 
 
Monumentos que cheegaram até nós. 
Cópias de peças execu utadas peloos romanos,, sem as quaais muitas d delas não ch
hegariam atté nós: 
algumas dee qualidadee excelente que levantaa a questão o da certeza de serem ccópias 
 algumas leevantam a q questão da fidelidade aao modelo, pela existêência de várias cópias d
do mesmo.
Fontes literárias deixaadas pelos ggregos e coppiadas pelos romanos.  
 
Permitiramm a identificcação de algguns artistaas e que obrras executaaram. Contuudo, algumaas delas fazem 
menção a  monumenttos que não o existem e,, por outro  lado, não ffazem mençção a obrass conhecidaas e 
consideraddas obras‐primas. 
 
 
Período   Princcipais acontecimentos  Paralelos  

1100‐770 aa.c.   Form
mação da civvilização gre
ega    

776 a.c.  Instittuição dos Jogos Olímp
picos.   Ponto  de 
d partidaa 
Funddação de várrias cidadess.   para  a  cronologiaa 
grega 

650‐500 a.c.      
Estilo geom
métrico  

480 a.c   Vitórrias gregas ssobre os persas.   
Estilo Arcaico   Eclossão  do  gén nio  artísticco  na  pintura  e  na 
arquiitectura moonumental e e escultura.  

500‐300 a.c.   Apoggeu da arte grega.    
Estilo Clásssico  

Séc. IV e I aa.c.  Arte pela arte e sua expanssão pelo terrritório.    
Período Heelenístico 

 
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 
Cerâmica: Modelação o de objectoos em barroo húmido, p posteriormeente seco e cozido. Con nsoante o tipo 
de pasta uttilizado, cozzedura e revvestimentoo, classifica‐sse por: 
‐ cerâmica em terraco ota 
‐ cerâmica vidrada 
‐ cerâmica grés: pastaa de quartzo o, feldspato
o, argila e arreia fina 
pasta porosa, revestidaa de esmaltee sobre a qual é pintad
‐ faiança: p da a decoração 
‐ porcelanaa: aspecto ttranslúcido, composta de caulino, quartzo e ffeldspato. 
 
Cerâmica ggrega surge em três graandes formatos: 
‐  Ânfora:  vasilha  em 
e forma  de  coraçção,  com  o  gargalo o  largo  orrnado  com m  duas  assas;  
‐ Hidra: (deerivado de  ydor, água) tinha três  asas, uma  vertical parra segurar eenquanto ccorria a água e 
duas para levantar;  
  ‐ Cratera: tinha a bocca muito larrga, com o ccorpo em fo orma de um m sino invertido, servia para mistu urar 
água com o o vinho  
 
Estilo Geométrico  
Tem por baase a pinturra de vasos com motivvos e representações figgurativas dee carácter ggeométrico  
Os principaais testemuunhos são ânforas e craateras. São recipientess de grande formato, decorados co om 
pintura  a  negro  sobrre  fundo  ro
osáceo,  com
mbinando  motivos 
m geo
ométricos,  ccom  assunttos  figurativvos 
alusivos aoo defunto. OOrganizados em registtos horizonttais, onde aas figuras hu umanas e d de animais ssão 
representaadas em silh hueta, de naatureza esqquemática e e geometrizaada. 

 
Vaso de Dipylo
on – séc. VIII a.c.  
 
As urnas fu
unerárias seerviam paraa depositar  as oferend
das ou as cinzas dos mortos. Os te
emas tratad
dos 
raramentee  remetemm  para  um ma  vida  além  da  morte,  dand do  primazia  a  cenass  meramennte 
comemoraativas, como o por exemplo, o corteejo do enterrro. 

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Arttes Decoraativas 
 
 
Elementoss  geométriccos  e  figuraativos  coexxistem,  sen ndo  difíceis  de  distingguir:  uns  lo osangos  tan nto 
podem serr as pernas d de um hom mem, como aas pernas de uma cadeeira.  
 
Estilo Arcaaico 
Menores  que q os  preecedentes  uma  vez  que 
q não  são  servem  como  urnaas  funeráriaas  que  foram 
substituídaas pelos mo onumentos de pedra. 
Decoração o  acentuadamente  mais  figuratiiva,  com  cenas  c da  mitologia, 
m d
da  lenda  e 
e da  vida  do 
quotidiano o. 
As personaagens encon ntravam‐se normalmente de perfil. 
 
A par destee estilo, a ppartir dos m meados do séc. VI os arttistas (oleirros e pintorees) começam a assinarr as 
suas obrass, demonstrando talvezz um orgulh ho nestas e ttentando gaanhar igualmente umaa fama. 
Alguns criaaram mesm mo um estilo o próprio, o
originando u uma caligraffia artística,, permitindo desse mo odo 
a sua rápid da classificação e o estu udo da sua evolução enquanto arttista. 
 
Figuras Ne egras 
 
Nos  finais  do  século  VII,  os  pinttores  adopttaram  o  esstilo  de  “figguras  negraas”,  traçadaas  em  silhueeta 
sobre  fund do  avermelhado  do  baarro.  Os  po ormenores  internos 
i são  riscados  com  um  esstilete  sobree  a 
tinta lisa, p
podendo ap plicar‐se braanco e roxo sobre o neggro para reaalçar certass zonas.  
Esta técnicca permite u um efeito decorativo ee bidimensio onal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dionísio num barco  
Exéquias 
540 a.c. 
Munique 
 

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Arttes Decoraativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Héracles mataando o leão de Nemeia  
Psíax 
Museu Civico Brescia  
 
Aqui, Psíaxx conferiu aalguma tridiimensionaliidade demo onstrando cconhecimen nto pelo corrpo humano o e 
perícia no tratamento o do escorço
o. 
Denota‐se  o ventre e  os ombros de Héraclees, apesar d de ainda se  existir a combinação ttradicional d
das 
duas persppectivas, de frente e dee perfil, visívveis no olho
o do herói. 
 
Figuras Veermelhas 
 
Psíax deve tter sentido  que a técn
O artista P nica anterior criava difiiculdades ao desenho  dos escorçços, 
tendo tenttado o proccedimento iinverso algu umas vezess: pintando  todo o fun ndo a negro
o e deixando o à 
vista a superfície ocree‐avermelhaada destinada às figuraas. 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Eos e Memmo on  
Douris  
490‐480 a.c. 
Museu do Lou uvre  
 
Peça do peeríodo arcaico final, representa a  deusa da aaurora segurando o corpo do seu  filho, morto e 
despojado da armadu ura de Aquiles. 
Perante um ma liberdad
de artística ee expressivaa do desenh ho. 
Estão  pressentes  as  assinaturass  do  oleiroo  e  do  pintor.  Tem  ainda  um ma  inscrição o  dedicatória: 
“Hermógenes é belo”. 
 
Estilo Clásssico 
 
Poucos  foram  os  veestígios  de  pintura  mural 
m ou  em
m  painéis  que  sobrevviveram  paara  poderm mos 
entender aa nova conccepção do eespaço pictó órico. 
Contudo,  tal 
t como  annteriormente,  recorrem mos  à  cerâmica,  nestee  caso  a  jarrros  de  aze
eite  –  lécitos  – 
usados com mo oferenddas funerárias. 
Lécitos: vaaso grego de forma cilííndrica comm grande gaargalo e asaas, destinad do a conter  óleos, usad dos 
nos rituais funerários.. 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Musa com cítaara 
Pintor de Aquiles 
c. 445 a.c. 
Munique 
 
 
Com  o  creescimento  da 
d pintura  mural,  e  a  dificuldade
e  em  transmitir  cenass  pensadas  para  granddes 
espaços  em 
e pequenos  objecto os  como  eram  os  de e  cerâmica,,  dentro  d
de  um  século  esta  arte 
a
desaparecia por comp pleto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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4. Roma 
Expansão tterritorial, d
desde a cidaade‐estado ao Império o 
Lutas políticas e militaares 
Transformação da esttrutura social 
Desenvolvimento das instituições, vida públlica e privad da 
Grande herança literáária: poesia,, filosofia atté aos registtos do dia‐aa‐dia. 
Conjunto dde monumeentos espalh hados desd de a Inglaterrra ao Golfo o Pérsico, d
desde a Península Ibéria à 
Roménia. 
 
4.1 Arte R
Romana 
Os  romano os  tiveram  sempre  uma  profunda  admiraçção  pela  arrte  grega.  Desde  cedo o  importaram 
originais arrcaicos, clásssicos e heleenísticos, co
opiando‐os.  
A produção artística rromana asssentava em  fontes gregas e muito os dos seuss artistas eram de origem 
helénica.  
O Império era uma so ociedade cosmopolita eem que as ccaracterísticcas nacionais ou region nais iam sen ndo 
absorvidass  e  fundidaas  num  pad drão  comum m,  puramente  romano,  estabeleecido  pela  sua  capitall,  a 
cidade de Roma. 
 
4.1.1. Pin
ntura da aarte roman
na 
Depois doss frescos etruscos, a pintura romaana representa o grand de conjunto o de pinturaa antiga, ten ndo 
em Pompeeia e Herculano o seu eexpoente máximo. 
Descobertaa no séc. XVIII, sobrevviveu soterrrada desde  a erupção  do Vesúvio o no ano de e 79. Uma vvez 
que  não  chegaram 
c a nós  pin
até  nturas  muraais  gregas  clássicas  ou  helenísticas  é  difíciil  observar  os 
elementoss de origem romana do os da grega, mais que nna esculturaa ou na arqu uitectura.  
 

 
Batalha de Issus ou Batalha d
de Alexandre co
ontra os Persas
Pompeia – sécc. I a.c.  
Mosaico pavimmentar 
Reprodução de uma pintura grega do final sséc. IV referida por Plínio. 

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Arttes Decoraativas 
 
Mosaico: TTécnica de p pintura executada com m tesselas ligadas por aargamassas especiais, jjustapostas de 
maneira a formar umaa composição ornamental ou figurada, aplicaada no reveestimento de pavimenttos, 
paredes ouu coberturaas de edifícioos.  
 
Fresco: Téccnica de pin
ntura murall, executadaa sobre argaamassa húm mida, com ccores diluídaas em água.  
Revestido  o  muro  com 
c sucesssivas  camad das  de  cal  e  areia,  entre 
e as  quais  é  feitto  o  desen
nho 
preparatórrio,  são  ap
plicadas  as  tintas  sobre  a  prepaaração  húm mida,  não  ssendo  posssível  qualquuer 
retoque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fresco romano o  
c. 300‐280 a.c. 
 
Primeiro EEstilo ‐ séc. II a.c. / 80 d
d.c.  
Mostra umma clara relaação com o mundo helenístico. 
Caracterizaa‐se  pela  imitação  dee  revestimeento  de  mármores  co oloridos,  seendo  por  issso  um  esttilo 
abstracto. 
Aplicavam  cores vivass sobre o reboco divid dido em áre eas quadranngulares em m relevo, immitando desse 
modo os blocos de peedras e suass texturas. 
Como as ccasas roman nas possuíam poucas janelas paraa o exteriorr, as paredees internas  tendiam a  ser 
contínuas, e o Primeirro Estilo pro ocura enfatizar essa un
nidade crian
ndo ambientes integrad dos.  
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Pompeia ‐ dettalhe 
                                                                                                                      Villa di Arianna  
 
Com  o  passsar  do  tem mpo  acresccentaram  frrisos  decoraados  com  padrões 
p flo
orais,  arabescos  e  figuras 
humanas, e outros eleementos dee arquitectu ura como coolunas e corrnijas simulaadas.  
Na  altura  do  século  I  a.C.,  esse  tipo  de  decoração  já  havia  deseenvolvido  no o  romano  uma 
o  território
complexidade e refinaamento quee o afastavaa enormeme ente de seuus protótipo os gregos.  
As áreas d de cor comeeçam a não o mais obed decer ao de esenho do rrelevo, ultraapassando  suas bordas e 
gerando  in nteressantees  efeitos  illusionísticoss.  O  interesse  nas  combinações  de  cores  contribui 
c paara 
desvincular cada vez m mais o estilo de sua origem estruttural, empreegando ton ns jamais en ncontrados em 
pedras  verrdadeiras  e  padrões  geométricos
g s  eminentem mente  deco orativos  quue  subvertem  a  lógica  da 
arquitectura. 
 
Segundo EEstilo ou Arq quitectónicco 
Ambicioso  e trabalhad do estilo quue procura “abrir” ou ““afastar” a ssuperfície p plana da parede por meio 
de perspecctivas arquittecturais ilu usionísticas e pelos “effeitos de jannela”, incluindo paisage ens e figuraas.  
Exigia  a  in
ntegração  do d trabalho o  entre  o  arquitecto 
a e 
e o  artista,,  uma  vez  que  o  uso  extensivo  da 
perspectiva  pintada  podia  anu ular  ou  dessvirtuar  o  efeito  da  arquitectura  real.  O  projecto  era  e
desenvolviido  em  pap des  atravéss  de  um  siistema  de  quadriculado, 
pel,  e  transferido  parra  as  pared
facilitandoo a sua ampliação. 
Por  seu  laddo  o  artistaa devia  sab o  de ilusão  em 
ber executar  as técnicaas  necessárrias  para  criiar  o efeito
painéis de grandes dim mensões qu ue cobriam aposentos inteiros, criiando um esquema unificado. 
Deveria  saaber  igualm mente  saberr  representtar  objectos  desde  vaasos,  máscaaras,  fontess,  ornamentos 
dourados ee objectos d de vidro. 
 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Villa de Boscoreale  
Pompeia 
Séc. I a.c. 
 

 
Villa de Livia –– vista de um jardim 
c. 20 a.c  
 

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Villa dos Mistéérios 
c. 50 a.c. Pompeia 
 
Programa que no seu conjunto representa vvários aspecctos dos miistérios dion nísiacos, culto antigo qque 
Itália impo
ortara da Grrécia. Estão presentes Dionísio e A Ariadne, e aa realidade humana e m mítica tendem 
a fundir‐see numa só. 
m são  contudo  aind
Os  gestos  e  atitudess  são  retiraados  da  artte  grega,  mas  da  rígidas,  acentuando
a o  o 
carácter mmonumentall e racionalm mente organizado. 
Contudo, o o conjunto éé dinamizad do pelo coloorido vibran nte e pela vaariedade dee atitudes d
das figuras.
 
 
Terceiro Esstilo ou Ornnamental 
Estilo maiss livre e orn
namental que o anteriior, incluind do uma ten ndência classsicizante, ccontinuando o o 
gosto pela cópia ou deerivação dee autores grregos, assim m como umaa influencia da arte egíípcia. 
Florescem o tema da paisagem, m mas a persppectiva já nãão tende a “furar” as p paredes e a profundidaade 
é achatadaa. 
Aparecem cores escuras ‐ algumas salas são o completam mente negrras ‐ e se deesenvolve uma técnica de 
representaação de pintturas dentro de pinturas.  
O artista ddeveria sabeer recriar ambientes h históricos de e várias épo
ocas e reprresentar figuras human nas 
em grandee variedade de situaçõees.  
A  pintura  adquire  uma 
u função o  de  decorração  de  interiores,  sendo  a  aarquitecturaa  dividida  em 
temáticas: tectos – ceenas pintadaas; chão – p padrões geo ométricos. 
 
O especttador já não o precisava  abranger o o todo de uma 
só vez, ccomo se esp perava no p período antterior, e podia 
desfrutá‐lo  como  se  estivessse  a  passe ear  por  uma 
galeria  de 
d quadros  emoldurad dos,  emborra  as  próprrias 
molduras ainda fosssem fictícias, pintadas  directamen nte 
na pared de.  
 
 
 
 
Villa de Farn
nesina – sala neegra 

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Casa de Lucrettius Fronto, Pom
mpéia.  
 

 
Casa do Bracelete de Ouro 
Pompeia 
 
 

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Quarto Esttilo 
Algumas de suas características ggenéricas sãão:  
‐ uma inclinação para composiçõ ões mais asssimétricas, 
‐ uma tenddência para o uso de co ores mais quentes e vivvas, 
‐ um maiorr requinte, vvariedade ee liberdade nas orname entações. 
Além destaas, as figuraas são mais animadas,  a técnica d da pinceladaa ficou maiss livre, com uso intenssivo 
de tracejad
do para obtter as somb bras e os volumes, e se e popularizaa a simulaçãão pictórica de tapeçarrias 
através do uso de larggas áreas dee uma só co or com bord das e faixas ornamentais. 
Certos  auttores  prop
põem  uma  subdivisão o  em  quatro  expressões:  Tapeççaria,  Plana a,  Teatral ou 
Cenográficca, e Barrocca, uma vezz que estas  coexistem. Contudo issto não é un nânime, havvendo autores 
que caractterizam estee estilo pelaa sua multip
plicidade. 
 

 
Pompeia – cassa desconhecida 
 

Pompeia 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Pompeia 
 

Herculano (basílica) 
 

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5. Idade
e Média 
Compreende dois perríodos: 
 
Românico: Construçõ ões em locaais remotos, longe de  locais de baatalha, paraa protecção o das relíqu uias 
dos santoss… 
 
Gótico:  Naasce  juntam
mente  com  o  nascimen nto  das  cidades  que  crescem 
c em
m  torno  dass  relíquias  dos 
d
santos, quee levam a pperegrinações. Exige um m local de cculto maior,, igrejas de peregrinaçãão e catedraais, 
que se tornnam o centro da cidade. 
 
A. Româniico 
 
Termo empregue pelaa primeira vvez em 1824 4 pelo arqueólogo De C Caumont. 
 
Pretendia exprimir do ois conceitos: 
 
− sem melhança en ntre o proceesso de form
mação de líínguas (espaanhol, franccês, italianoo), construíd das 
pela mistura d
do latim vulggar aos idio
omas dos invasores gerrmânicos co
om a das arrtes figurativvas 
reaalizadas  noss  países  maais  ou  menos,  ao  messmo  tempo,  através  da  ligação  de 
d tudo  o  que 
q
restava da grande tradiçãão artística rromana com
m as técnicaas e as tend
dências bárb
baras 
 
− asp
piração da n
nova arte see assemelhaar à da antigga Roma. 
 
Na  Arte  românica 
r foram  de  facto 
f utilizaados  eleme entos  romanos  e  germânicos,  mas  també ém 
bizantinoss, islâmicos e arménioss. Sobretudo é uma artte original.
 
Enquadram mento históórico ‐ Compreende oss séculos XI a XII: 
 
Crescente  entusiasmo  religioso  com  o  au umento  dass  peregrinações  e  culminando,  em  e 1095,  nas 
n
Cruzadas ppara libertarr a Terra Santa da alçad da dos infiééis. 
 
Reaberturaa  das  viass  comerciaais  do  Mediterrâneo  pelos  barrcos  de  V Veneza,  Génova  e  Piisa. 
Reavivameento do com mércio e da indústria. 
 
Desenvolvimento  da  vida  urban na.  Nova  classe  média  urbana:  artesãos  e  mercadore es,  acima  dos 
d
camponesees e abaixo da nobrezaa senhorial.
 
Papel  do  Papa 
P fundamental  com mo  unificaddor  dos  paísses  de  cariz  católico  ccristão.  Pap
pa  Urbano  II 
I – 
Primeira Cruzada. 
 
Dominantee no ocidente e parte d do centro da Europa du urante os sééculos XI e X XII. 

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Arttes Decoraativas 
 
Espalha‐see  lentamentte  a  partir  de  focos  regionais,  e  e apesar,  da 
d ausênciaa  de  uma  fonte  central, 
apresenta afinidades marcantes. 
 
Embora  apresente 
a u
uma  profuunda  unidaade  em  muitos 
m das  suas  caraacterísticas,  também  se 
caracterizo ou  por  um  grande  número  de  escolas 
e locaais,  ou  seja,  modos  dee  aplicação o  dos  mesmmos 
princípios ffundamentais mas reggionalmentee diferenciados. 
 
Arquitectu ura: 
 
‐  arco de ppleno centro 
‐  abóbodaa de berço, d de aresta e cúpula + teemplos de p planta longittudinal = ed dificações em cruz latinna. 
 
Escultura:  
 
‐ Preenchee dominanteemente as ffunções arq quitectónicaas 
‐ obedece às necessid dades de um m discurso n narrativo centrado nos tímpanos ee arcadas de e portais 
‐ figuras dee proporção o antinaturaal, motivos abstractos ou zoomórfficos 
 
Pintura:  
 
‐ pintura a fresco 
‐  iluminuraas 
 
Pouco cheggou até hoje da pinturra desta épo oca. Contuddo, sabemoss que esta ffuncionou e em painéis, em 
decoração  mural dos edifícios e n na ilustração das iluminuras. 
 
No caso do o fresco e nno mosaico  estes aindaa podem se er vistos em m Itália, locaal de grande e tradição ddas 
duas técniccas, e do co ontacto com m Bizâncio.
 
No caso daas iluminuraas criarão uma grande variedade nesta arte d de pequenaas dimensõe es, sendo uma 
especialidaade da arte românica. 
 
ILUMINUR RA ROMÂNIICA 
 
Entre  o  sééculo  I  e  o  século  IV  d.C.  o  cód
dice  vem  su
ubstituir  o  rolo  de  paapiro,  suporte  até  enttão 
utilizado,  revolucionaando  o  prrocesso  dee  transmisssão  da  escrita  e  faccilitando  a  produção o  e 
conservaçãão  de  imaggens,  já  quee  no  rolo  as  camadas  da  pinturaa  estalavam m  frequente emente  com m  o 
sucessivo  enrolamen nto  do  manuscrito. 
m Esta  proofunda  alteração  téccnica  teve e  implicaçõ ões 
significativvas,  o  iluminador  tem  agora  um  espaço  maais  reduzido o,  o  do  fólio
o,  onde  deve  concenttrar 
toda a sua atenção naa relação texto / imageem. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Para  além  das  imageens  de  página,  das  pááginas  tape ete  e  das  cenas  narrativas,  o  arttista  medieeval 
descobriu  um novo espaço privilegiado parra as imagens e ornam mentos, as iniciais que  podem tom mar 
forma histo oriada ou oornada. 
 
A iluminura era produ uzida em mo osteiros por monges co opistas quee trabalhavaam no scripttorium.  
 
O  responsável  pelo  scriptorium  coordenavaa  o  trabalho  da  cópia  dos  textoss  que,  nestaa  época,  eram 
essencialmmente  religiiosos.  Distrribuía  os  caadernos  peelos  monges  que  prim meiramente  copiavam  os 
textos deixxando espaços livres p para a rubriccação a verrmelho e paara a ilumin nura. Apesar do exemp plar 
que  serviaa  de  cópia  os 
o artistas  mostraram,  ao  longo  da  Idade  Média, 
M umaa  enorme  criatividade 
c na 
inserção  da  imagem  no  fólio  e  no 
n contexto o  do  códice
e.  Em  algun
ns  manuscrritos  são  ain nda  visíveiss  as 
notas  deixxadas  à  maargem  indiccando  ao  illuminador  a  letra  a  ser 
s historiad da  ou  ornaamentada  e  e a 
respectiva cor. 
 
As  imagenns  no  códicee  podiam  teer  um  carácter  narrativo,  ou  sejaa,  contar  attravés  das  imagens,  uma 
história próóxima do teexto ou um carácter orrnamental, criando um m discurso paaralelo a esste.  
 
Na iluminu ura as coress eram (missturadas) co om a cola d de pergaminho, gomas vegetais,  como a goma 
arábica, ouu clara de ovo; tanto a cola de perrgaminho co omo as solu uções de go omas vegetaais são obtid das 
por dissoluução do ligaante em águ ua; a clara dde ovo já é u um meio aq quoso, per si.  

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Arttes Decoraativas 
 

 
O suporte  do códice m medieval é  o pergamin nho. Este é  preparado  a partir da  pele de animais, como o o 
carneiro,  a 
a cabra  e  o 
o vitelo.  Ass  operaçõess  que  transsformam  uma  pele  an nimal  num  suporte  paara 
escrita são
o a depilação o e descarn nagem, dimiinuição de e espessura ee polimento o. 
 
Após a mo orte do anim mal, a pele sseria arranccada e lavada em águaa corrente m muito fria, p
para retirarr as 
maiores su ujidades e oo sangue. Seeguir‐se‐ia eentão uma ssegunda fasse, a depilaçção, bastan nte morosa, na 
qual a pelee era submetida a um  processo d de maceraçãão, em água e cal duraante vários  dias. Isto,  em 
fossas que deveriam sser pequenas e fundass, onde seriaam introduzidas 20 a 3 30 peles de cada vez, q que 
seriam  remmexidas  diaariamente.  Terminadaa  esta  fase,  as  peles  seriam 
s de  novo  passaadas  por  ággua 
limpa. 
 
De  seguid da,  a  pelee  seria  un niformemen nte  esticad
da  em  caixxilhos  de  madeira,  circulares  ou 
rectangulaares: os basttidores. A teensão aplicada deveriaa ser distrib buída homoggeneamentte, esticando a 
pele, sem  a rasgar. Asssim esticad da, a pele sseria desbasstada com u um lunelariium (cutelo concavo paara 
raspar as impurezas d da pele) pelo reverso (llado dos pe elos) e polid
da com pedra‐pomes e e um pouco de 
água  peloo  verso.  Deepois  de  convenienteemente  rasspada  e  po olida,  a  peele,  ainda  húmida, 
h seeria 
lentamente esticada, até se obteer a espessu ura de folha desejada. 
 
Esta etapa de secagem m/ estirameento poderia levar sem manas.  
 
Quando  o   pergaminh ho  se  destinava  ao  faabrico  de  livros,  ambos  os  lado os  seriam  utilizados 
u paara 
escrever, ppelo que eraa costume p polir o reveerso com a aajuda de pó ó de giz (carrbonato de cálcio), quee se 
poderia  applicar,  com  a  palma  daa  mão,  no  pergaminho o  ainda  húmido.  Deste  modo,  oss  poros,  antes 
preenchido os  com  os  pelos  do  animal,  seeriam  colmaatados  com m  o  pó  de  giz,  tornaando‐se  a  sua 
s
superfície  mais homo ogénea e im mpermeável, permitind do uma esccrita homoggénea e um ma boa fixaçção 
da tinta (e não absorçção da mesm ma). A esta pele, assimm tratada, dáá‐se o nomee de pergam minho.  
 
Este pergaminho enco ontra‐se pro onto para ser cortado e e transformmado em fóllio (folha). 
 
O  papel  do
o  escriba  de 
d passar  paara  o  fólio  a  mensageem  escrita  era 
e efectuaada  com  reccurso  a  várrios 
instrumenttos.  

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A preparaçção para a eescrita no p pergaminho começava com a marccação do co orpo de textto, traçando o 
regramentto  com  o  auxílio 
a de  um 
u estilete,,  um  esquaadro,  uma  régua  e  um m  compasso o.  Esta  grelha 
compositivva,  formadaa  por  um  coonjunto  de  linhas  recttas  verticaiss  e  horizontais,  delimiitava  não  só
ó  a 
área  reservada  à  colo
ocação  do  texto 
t (caixaa  de  texto),,  mas  definia  também  as  linhas  de 
d escrita  que 
q
auxiliavam
m  o  copista  na  execuçãão  da  sua  tarefa 
t (pauttado).  O  esstilete,  um  instrumentto  comprido o  e 
pontiagudo o  numa  daas  extremid dades  e  achhatado  na  outra,  utiliizado  na  m marcação  do o  regramen nto 
apresenta  uma  duplla  funcionaalidade:  se  por  um  lado  permite  marcarr,  furar  ou  escrever  no 
pergaminh ho  (através  da  sua  poonta  pontiaguda,  que  podia  ser  de  ferro,  ccobre,  chum mbo,  prata  ou 
ouro), por outro perm mite, com a extremidad de oposta achatada, an nular os erros que posssam surgir n nas 
marcaçõess.  

A pena de pássaro fo oi o meio de escrita m mais usado n na Idade M Média. Patoss, gansos, ggalos, corvo os e 


pavões são o algumas d das aves quee poderiam m fornecer p penas para eescrever. Co ontudo, ape enas deveriam 
ser usadas as penas d de direcção de voo, carracterizadass pela rigideez e fixas ao os principaiss ossos da aasa. 
Após serem m escolhidaas eram seccas e talhad das, sendo oo bico da peena cortado o pelo escriba, consoan nte 
o tipo e espessura do traço que p pretendia. 
 
A  faca  ou  o  canivete  eram  usad
dos  não  só  para  segurar  o  pergaaminho  com m  uma  mão o,  enquanto o  a 
outra  escrevia  mas  taambém  parra  evitar  qu
ue  esta  pud
desse  sujar  o  fólio.  Servia  ainda  para  talharr  as 
penas de aave e os cálaamos, raspaar o pergam minho, o alissar ou apagaar os erros.  

 
Iluminura:: Decoração o à pena ouu pincel de  um texto m
manuscrito.  Usual até àà difusão daa imprensa  na 
ilustração  de fólios so
oltos, ou orrganizados  em volumee, compreende desde  as pequenaas decoraçõ ões 

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de  vinhetas  ou  cap pitais  de  um 
u texto  paginado 
p completame
c ente  desennhadas  e  policromad das, 
recorrendo o ao uso do douramento.  
 
Temas  são o  comuns  aos 
a da  escu ultura,  obed
decendo  ao os  mesmos  conceitos  dde  divulgaçção  da  fé  e  da 
história atrravés das immagens:  
 
‐  episódios do Velho e do Novo TTestamento o 
‐  vidas de santos 
‐  ilustrações sobre as actividades humanas
‐  acontecimentos lendários ou d de glorias paassadas. 
 
Característticas: 
 
‐  preocupaação mais ccom o efeito o do que co om a elegância 
‐  maior ateenção a relaatar do quee a decorar
‐  uso de coores vivas  
‐  figuras desajeitadass mas sempre expressivvas 
‐ abandono o com a tradição e cân nones da antiga arte cláássica. 
 
Artistas  nãão  se  esforçam  por  daar  de  modoo  realista  o  bre  o  qual  se  move  a  personageem, 
o fundo  sob
recorrendo o a modos  simbólicos  para tal: um ma planta p para simbollizar o Paraíso terrestrre ou o uso  de 
riscas  paraa  simbolizaar  o  mar…  Não  se  preocupava
p m  com  a  manifesta  irrealidade e  daquilo  que 
q
desenhavaam.  Deform mavam  as  figuras  dee  modo  a  acentuarem  a  expreessividade  do  conjun nto, 
chamando o a atenção  para os pormenores m mais significcativos, exaagerando oss gestos parra tornar m mais 
evidentes  as situaçõees. O sentido de ritmo  e estilizaçãão é dado aatravés de eesquemas rrepetitivos  em 
bandas horizontais. 
 
Campo de decoração da iluminurra: 
 
‐ Ilustraçãoo de um epiisódio, relattiva ao textoo ou não, co onsiderado acessório 
‐ decoração das letrass iniciais doss capítulos ou parágraffos, as capittulares. 
 
Característticas das iluuminuras: 
 
‐  vivacidadde do coloriido 
‐  fantasia 
‐  habilidad
de na condeensação num m pequeno espaço de grandes e m movimentados episódiios 
‐  destreza  de execuçãão 

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Corbie, c. 800 
oteca Municipall 
Amiens, Biblio

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Evangeliário do Abade de Weedricus, São Joãão Evangelista
c. 1147 Françaa 
 
Dinamismo o  do  contorno  com  prrecisão  queer  da  figura  central,  qu
uer  do  enqu uadramento,  que  une  os 
variados elementos d da composiçção num to odo coerentte. As pregas da roupaa, os desen nhos florais  da 
moldura poossuem vivacidade. 
 
A  unidade  é  dada  peelas  formass  e  pelo  seu
u  conteúdo modo  central  que  não
o.  A  figura  reside  no  m o  o 
podemos d deslocar sem lhe retirrarmos o tin nteiro, assim
m como a ffonte  de in nspiração: aa pomba, ou u  o 
seu símbollo identificaador: a águaa. Restantess medalhões representtam cenas d da vida do ssanto. 

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Carmina Buran
na, Paisagem de Primavera 
 
Composto  no fim do  séc. XII, deedicado aoss deleites da natureza,, do amor ee da bebidaa, à alegria  de 
viver. 
 
O códex é subdividido o em seis paartes: 
 
‐Carmina m moralia et ssatirica de ccaráter satírrico e morall;  
 
‐Carmina vveris et amo oris cantos p primaveris ee de amor;  
 
‐Carmina lusorum et p potatorum, cantos orgiásticos e fe estivos 
 
‐Carmina d divina, de coonteúdo mo oralístico‐saacro  
 
‐Ludi, jogos religiosos 
 
‐Supplemeentum, supleemento com m diferentees versões dos carmina. 
Primeira paisagem deesde a arte ttardo‐romana.  

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Nicholas de Veerdun, Passagem do mar Verm
melho 
1181 
Esmalte em pllaca de ouro 
 
Demonstraa uma procu
ura de hum manidade e n na naturezaa, que despeerta então p
por toda a EEuropa. 
 
Novo modo de encaraar a literatura e aceitaçção da legitimidade dos prazeres ddos sentido
os. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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B. Gótico 
 
Desenvolve‐se na Europa na últim ma fase da Idade Médiia: séculos X XII a XIV 
 
Superação da sociedaade feudal 
 
Formação  de  novos  centros  dee  poder:  ass  primeiras  monarquiaas,  as  grandes  cidade es,  o  clero,  as 
classes “no ovas” e ricas dos comerciantes e b banqueiros. 
 
Arte góticaa nascida numa região o do norte d de Paris, coom a reconsstrução do  coro da ab badia de Saiint‐
Denis entre 1140 e 11 144. 
 
Daqui espaalha‐se por várias regiõ ões da Europa. 
A luz é a ccomunicaçãão do divino o, o sobrenatural, é o  veículo reaal para a co omunhão co om o sagrado, 
através  deela  o  homeem  comum m  pode  adm mirar  a  gló
ória  de  Deeus  e  melh hor  aperceb ber‐se  da  sua 
s
mortalidad de e inferioridade. Fisicamente a  luz vai ter  um papel d de importân ncia crucial  no interior  da 
catedral, vvai‐se difund dir através ddos grandess vitrais num ma áurea de misticism mo e a sua caarga simbóllica 
vai ser refo orçada pela acentuação o do verticaalismo.  
 
Vitral: Com mposição figgurada ou d decorativa, formada po or um mosaaico de vidro os cerrandoo um vão, cujo 
efeito plástico deriva do jogo de transparência à luz. 
 
Técnica po ouco se mod dificou ao loongo dos teempos, parttindo de um m desenho  à escala natural, copiaado 
em filetes  de chumbo o que para aalém de unirem os divversos vidro os, estabelecem a silhu ueta de figuras 
e ornatos.  
 
Os  contorn nos  da  silhuueta  eram  definidos  com 
c uma  tiinta  escura  junto  ao  cchumbo,  a  mesma  usaada 
para desen nhar os porm menores deentro da figura, como aas pregas do o panejameento.  
 
Arte  intim mamente  associada 
a à arquitecttura,  assim
à  m  como  àss  oficinas  das  grand des  catedraais, 
influencian ndo os deseenhadores aatravés da sua arquitecctura e escu ultura. 
 
O  vitral  asssume  um  forte 
f caráctter  abstractto  sem  efeiito  tridimen
nsional,  proofundamentte  geométrrico 
onde os ún nicos pormenores perrmitidos são o as delineaações a neggro dos olh hos, cabeloss e pregas d das 
roupas. 
 
Cenas são  episódios  retirados da Bíblia ou  dos  Evangelhos, e cenas do quo otidiano, cujo objectivo o é 
instruir o fiel. 
 
A  rosácea  torna‐se  um  elemento  importtante  e  característico o  da  arquittectura  góttica,  com  um 
significado o duplamentte simbólico o: 
‐  sol: símbbolo de Cristto 
‐  rosa: sím
mbolo de Maaria 
Constitui u uma nova fo onte de luz qque atravesssa a igreja até à zona d do altar‐mo or.  

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Catedral de No
otre Dame de C
Chatres  
 

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As figuras  são privadaas de volum
me corpóreoo, alongadaas e bidimen nsionais. A  expressivid
dade, antes  do 
rosto, enco
ontra‐se nos gestos, nuum intuito d
de tornar clara a sua leeitura.  
 

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O espaço ddo fundo éé também b bidimension nal, com rarras indicaçõ
ões de proffundidade.  O ambientee é 
sugerido por elementtos arquitecctónicos, e eesboços de paisagem eestilizadas o
ou do mar estilizados. 
 

 
 
As cores sãão em gerall puras: verm
melhos, azu
uis, amarelo
os e verdes.  

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6. Época Barroca 
Estende‐see consoantee as regiões entre os fin
ns do séculoo XVI e meaados do Setecentos. 
 
Característticas gerais:: 
 
− asppecto  dram mático,  ceno
ográfico  e  alegre  dass  diferentess  disciplinas  artísticass,  de  modo
o  a 
susscitar emoçõ
ões no espeectador. 
− dom
mínio  das  superfícies 
s curvilíneas  e  agitação
o  de  todas  as  formas  inseridas  num 
n contexxto 
mo
onumental ee sumptuoso 
− sob
brevalorizaçção do movimento e effeito expresssivo apoiad
do na luz e ccor. 
 
Tradicionalmente  Poortugal  não o  goza  de  grande  protagonism
p mo  na  arq quitectura,  sendo  enttão 
necessário
o dinamizar o espaço arrquitectónicco através d
do azulejo, talha, estuqque, pinturaas, até porq
que 
eram maniifestações dde baixo cussto. 
 
Desse moddo, a arquiteectura já erra pensada p
para recebe
er estas técnicas artístiicas.  

 
Igreja de São FFrancisco, Porto

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6.1 Talhaa Barroca 
 
A talha barrroca é talveez o que meelhor explicca o fenómeeno e sentim
mento religioso em Portugal. 
 
Estamos num contextto de Contraa‐Reforma ((segundo oss cânones d do Concílio d
de Trento) 
 
O encomendador tem m na Igreja o
o seu principal actor. Será vista co
omo tendo u uma funçãoo pedagógicca e 
retórica, asssim como o azulejo. 
 
É uma prod dução controlada pela igreja 
 
Os artistas: 
− Maais importan nte é o entaalhador porq que pode assumir qualquer obra.  
− iscaador é o autor do projeecto. Em Po os que podem 
ortugal são os arquitecctos e mestres pedreiro
ser riscadores..  
 
Contra Refforma: 
 
1563 o Con ncílio de Treento vai deffinir um con njunto de no ormas espeecíficas paraa a realizaçãão artística.
 
A arte religgiosa não po ode ter um serviço auttónomo, esttando assocciada à Igrejja e respondendo a estta. 
 
Via essencialmente m mística e sen nsorial da mmanifestação o da Fé quee pretende aa adesão inconsciente do 
crente, esttimulado peelo espectácculo visual, auditivo e aaté olfactivo o do espaço o sagrado. 
 
Assim,  surrge  a  talha  e  o  azulejo
o  que  estão
o  ao  serviçoo  de  uma  liturgia,  tornando‐se  uma 
u arte  mais 
m
simbólica ee metafórica. 
 
A  decoraçãão  pictóricaa  do  interioor  terá  umaa  função  pe
edagógica  e e narrativa,  animando  assim  todo o  o 
interior, opposto ao exxterior que sse torna maais austero.
 
Em todos o os interiores surgem oss púlpitos q que recebem m igualmentte grande d decoração dde talha. 
 
Talha:  Esccultura  em  madeira  nas  n diversaas  modalidaades  de  reelevo,  desd de  o  ornato
o  à  escultu
ura 
arquitectural lavrada por artífice. Incisão feiita com o bu uril na madeira 
 
Organizand do‐se  em  oficinas 
o ain
nda  de  estrrutura  med dieval,  os  entalhadores  recebiam m  os  riscos  ou 
traçados dos retábulo os dos arquiitectos ou p pintores. Por vezes eram m eles mesmo a execu utá‐los. 
 
As madeiraas a que davvam preferêência eram o castanho o e o carvalh ho. 
 
Entalhe 

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Arttes Decoraativas 
 
Ensamblaggem (ligação o da estrutuura ou peças de madeira) 
 
Douramen nto 
 
Policromiaa (ou não) 
 
Douramen nto e policro omia: 
 
Cor  por  exxcelência  ligada  a  Deus,  a  sua  profusão 
p de
eve  ser  enttendida  como  um  pro ocesso  paraa  a 
atracção seensitiva do crente.  
 
Impacto céénico do outro era encarado peloss fiéis como o um serviço o que era deevido a Deu us. 
Mestres do ouradores: 
 
Intervençãão  do  bate‐‐folhas  que  fornecia  a  matéria‐prrima,  o  ourro,  em  folhas  finíssimaas  que  seriam 
aplicadas ssobre a mad deira entalh
hada.  
 
Madeira limpa recebia então duas ou mais  capas finass de bolo arrménio, gessso, cola e  pó de lápis  de 
chumbo. 
 
Douramen nto a mordeente e douraamento a ággua: 
 
Mordente:: 
 
− Cob brir a madeira com um ma camada d de goma‐lacca e deixar ssecar. 
− darr uma ou mais mão de óleo 
− aplicar o mord
dente 
− assentar as follhas de ouro

− revvestir toda aa superfície com um veerniz (goma‐‐laca) 
 
Água:  
 
− Apllicação unifforme de um
ma cola fracca em toda a superfíciee 
− aplicação da fo
olha de ouro 
− seccagem 
− bru
unir – passagem suave do brunido
or sobre a su
uperfície do
ourada paraa obter o brrilho desejado. 
O b
brunidor devia ser molh
hado em ággua pura, ou
u se sabão p
para não daanificar o ou
uro 
− Envvernizamento 

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Arttes Decoraativas 
 
Policromiaa 
 
Paleta  ricaa  de  cores  “finas 
“ e  boas”:  branco
o,  azul,  vermmelhão,  verde‐florestaa,  verde‐esm meralda,  ruubi, 
carmesim e roxo. 
 
Simbologiaa: 
 
Negro  e  branco:  corees  antagóniicas  por  naatureza,  que e  justapostas  represenntam  a  noite  e  o  dia,  as 
trevas  e  a  luz.  O  negro  exprime  a tristeza,  o  luto  e  a  penitencia,  o  branco  é  símbolo  da  pureza,  da 
castidade ee da divina sabedoria. 
 
Vermelho:  conotado  com  o  sangue,  corressponde  tam mbém  ao  ammor  divino  e  humano  e  à  morte  de 
Cristo. Associado ao M Mistério da Eucaristia éé escolhido para pintarr o interior d dos sacrárioos 
 
Azul: cor ddo céu, simb boliza Cristoo como Verdade (veste es); manto dda Virgem ((serenidade e e candura da 
Mãe de Deeus. Represeenta tambéém a Fé. 
 
Verde: cor da cruz, sím mbolo de essperança e de regeneração. 
 
Ouro e am marelo: luz ee sol, símbo olo do próprrio Cristo. SSimboliza taambém a etternidade e e a inteligênncia 
iluminada por Deus.  
 
Estilo Naciional: 
 
Último  qu uartel  do  século 
s XVII,  caracterizada  pelo  retábulo  com  colun nas  pseudo o‐salomónicas 
rematadass por arcos cconcêntrico os e igual nú
úmero de esspirais. 
 
Colunas  saalomónicas  metáfora  com  a  colu una  do  Tem mplo  de  Saalomão  num ma  concord dância  comm  o 
Antigo e Novo Testam mento, ondee Cristo afirmma no Evan ngelho de Sãão João: “Eu u sou a videe” 
 
Decoração o  submergee  praticameente  em  tod da  a  estruttura,  onde  dominam  o os  símboloss  eucarísticcos: 
cachos de uva, parrass, pássaros, e folhas de acanto e caabeças de aanjos. 
 
Abertura d do espaço ceentral para o trono parra a exposiçção do Santtíssimo. 
 
Assunção d de um carácter escultu ural por parte da talhaa que tendee a ocupar aa capela‐mor, sair para o 
arco‐triunffal, estendeendo‐se pelaas paredes da igreja, fo ormando a “igreja forraada a ouro””. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Igreja de São B
Bento da Vitóriaa, Porto 
 
Surge o tro
ono eucarísttico 
 
Arquitectuura mascarada com elementos veggetais: folhaas de vide, ccachos de u
uva, anjos, e
etc.  
 
As colunass contudo, n
não são salm
mónicas maas sim torsass.  

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Arttes Decoraativas 
 

 
Convento de A
Arouca  
1720 
 
Grande importância d dada ao tron no eucarístiico. 
 
Remate tem um conto orno que trransmite certo movime ento, de arranjos posteeriores. 
 
 
Talha de estilo joanin no: 
 
Primeira m
metade do século XVIII, divulgada n no reinado de D. João V. 
 
Caracterizaa‐se  pelo  reetábulo  arq
quitectónico
o,  de  colunaas  salomón
nicas,  com  ccoroamento o  e  decoraçção 
que revelaam o conhecimento do o Barroco italiano, e a  vinda de arrtistas estraangeiros ao  serviço do  rei 
(pintores, eescultores, arquitectoss, ourives) q
que divulgam m igualmen nte o que see fazia lá forra. 
 
Figuras  ceelestiais  e  alegóricas  acompanh hadas  de  conchas,  festões 
f com  rosas  e e girassóis,,  e 
desapareceem os símb bolos eucarísticos.  

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Arttes Decoraativas 
 

 
Igreja de Santaa Clara, Porto 
 
Talha  bastante  requ
uintada,  co
om  grandee  minúcia  e  teatralid
dade  confeerida  pela  presença  da 
sanefa/corrtina. 
 
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
6.2. O Azzulejo Barrroco 
 
Azulejo:  Ladrilho  vidrado  de  fo
orma  e  dim mensão  variiada,  usado o  em  revesstimento  de e  pavimenttos, 
muros e co oberturas.  
 
A sua origeem não é p portuguesa  tendo esta  ligações mouriscas, seendo que a  partir do século XV jáá se 
encontra ddentro do nosso vocabulário. 
 
Em  Portuggal  nunca  foi  conceb bido  como  criação  au utónoma,  estando 
e seempre  articculado  com m  a 
arquitectura. 
 
Motivos dee forte expaansão: 
 
‐ recursos limitados 
‐ carência d
de matériass primas 
‐ respondee às necessid dades sump ptuárias pella sensualiddade pictórica, brilho 
‐ ao serviço
o das conveenções conttra‐reformisstas 
 
Vai  provoccar  a  desm
materializaçãão  e  a  anim
mação  do  espaço 
e pariietal,  introd duzindo  umm  espaço  co om 
profundidaade, perspeectivado, fictício. 
 
 
Tipologia ee Decoração o: 
 
Albarrada:: motivo deecorativo independente (século X XVII) que poode ser repeetido (sécullo XVIII) e q que 
consiste emm ramos dee flores em  jarra, cesto o, vaso ou ttaça com ou utros elemeentos figuraativos a ladeear 
(pássaros, crianças ou u golfinhos).  
 
Azulejos  enxaquetad
e dos:  agrupaamento  dee  azulejos  a a formar  uma 
u malhaa  geométricca  em  xadrez 
utilizando elementos alternados de cores diiferentes. Também apllicado em P Portugal no século XVI aaté 
meados do o século XVII. 
 
Azulejo de e figura avuulsa: em quue cada azulejo representa uma ccomposição o isolada (flor, animal,  ou 
até  mesmo o,  descrição
o  de  cenas  mais  comp plexas).  Em  Portugal  divulgou‐se 
d mais  o  gén
nero  de  figu
ura 
simples a aazul durantte o século  XVIII com eelementos  decorativoss nos canto os a ajudar  à união visual 
entre os váário azulejos.  
 
Azulejo dee tapete: azzulejos em ggrande núm mero, em re evestimento o parietal, q que pela mu ultiplicação  de 
determinados  modelos  resulta  num  padrãão  polícrom mo.  Pode  seer  rematad do  com  frissos,  barras  ou 
cercadurass apresentando‐se no sseu conjuntto total sem melhante a u um tapete. 
 
motivo decorrativo com  apogeu no Barroco qu
Cartela: m ue serve dee fundo a um ma determinada imagem 
ou cena dee modo a d destacá‐la dos elementtos circundaantes. Podee ter a form ma de um pergaminho  ou 
escudo em m que os can ntos enroladdos ou deco orações veggetalistas seervem de moldura. 

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Arttes Decoraativas 
 
Figura  de  convite:  caaracterísticaa  dos  século
os  XVIII  e  XIX, 
X esta  figgura  represeenta  uma  pessoa 
p (lacaaio, 
dama, gueerreiro) trajaado a rigor  e posicionaado em loccais de entrada de umaa habitação o nobre (átrrio, 
patamar  de 
d escada  etc.) 
e em  geesto  de  booas  vindas,  como  que  a  receberr  as  visitas  que  chegaam. 
Símbolo do o protocolo o aristocrátiico, do poder e riquezaa. Produzida em tamanho real co om o contorrno 
recortado. 
Barra:  Rem mate  horizo ontal  e  vertical  (em  painéis)  co ompostos  por 
p duas  ou  mais  filaas  de  azuleejos 
adjacentess  com  motiivos  decoraativos  variados.  Com  a  a mesma  fu unção  a  cercadura  é  composta  por 
p
uma só fileeira de azulejos. A faixxa é compossta por meiios azulejoss (peças rectangulares)) e pode serrvir 
ou não de remate a um painel. 
Painéis  historiados:  painéis  deescritivos  reepresentand do  um  detterminado  acontecime ento  ou  ceena 
histórica, rreligiosa, miitológica ou
u do quotidiiano. 
 
 
Vai ter duaas grandes ffases: 
 
1ª metade e do século XVII: 
 
Organizaçãão seiscentista mais estática: azuleejo tipo pad drão/tapetee 
 
Produção h historiada ssó para pequenos regisstos.  
 
Sobriedadee e simplicid dade, sendo o a paleta ccromática re eduzida: azu ul, amarelo e branco. 
 
Último  quuartel  encaminha‐se  para p os  azulejos  azul  e  branco,,  que  se  p prende  com m  uma  maaior 
especializaação do ofíccio. A clienttela torna‐sse mais exiggente. Não  esquecend do a produçção holandeesa 
que  introd duz  estas  duas 
d cores  em  Portuggal,  levand do  os  artisttas  nacionaais  a  melho
orarem  a  sua 
s
produção, quer a níveel estilístico,, quer a nível estético
  
1ª metade e do século XVIII 
 
 
Século XVIII: 
 
Realizam‐sse composiçções de enxxaquetadoss, azulejos d de cor lisa qque, na sua  alternânciaa, iam crianndo 
malhas  deecorativas  nas  paredees.  Era  esssencial  o  uso  u de  cerccaduras  e  barras  parra  uma  eficaz 
integraçãoo nos contorrnos das arq quitecturas. 

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Arttes Decoraativas 
 

«Ponta de Diam
« mante», 
I
Igreja de São Rooque, 
  L
Lisboa, 
Igreja de Jesuss,  f
finais do século
o XVI 
Setúbal, finaiss do século XVI 
 
Os  pintorees  de  azulejjos  serviam
m‐se  de  gravvuras  de  orrnamentos  que  lhes  chhegavam  daa  Europa  para 
criarem revestimento os cerâmicos destinado os a grandes superfíciees parietais,, trabalho q que obrigavva a 
uma  imagginativa  transposição  de  escala. Entre  este es  destacamm‐se  no  sééculo  XVII  os  chamad dos 
“grotescoss",  motivos  profanos  da d antiga  Ro oma  recupe erados  pelo
o  pintor  Rafael,  no  sécculo  XVI,  paara 
decorações do Vaticano.  
 
Divulgadass  na  Europaa,  em  Portu ugal  foram  usados  no  revestimento  de  igreejas,  emborra  envolven ndo 
temas  religgiosos.  Os  pintores  dee  azulejos  inspiram‐se
i e  igualmentte  nos  exótticos  tecidos  estampad dos 
provenienttes  da  Índiia  que  em  Portugal  se  s usaram  como  fron ntais  de  altar,  transppondo‐os  paara 
cerâmica, aaliando‐se p por vezes a temas ocid dentais e aju ustando‐se a uma simb bologia cató ólica, no que é 
uma das mmais interesssantes evidências de trransculturação nas artees decorativvas portugu uesas. 
 

 
Frontal de altaar, 
segundo quarttel do século XV
VII 
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 
Século XVIII‐XVIII 
 
As  importaações  holan
ndesas  obriigaram  à  reeacção  das  oficinas  naacionais,  qu
ue  chamamm  a  si  pintores 
com  formaação  na  pinntura  acadéémica,  resp
pondendo  assim 
a a  um
ma  clientelaa  agora  maais  exigentee,  e 
perante oss novos azu ulejos portu
ugueses assistiu‐se ao  abandono  natural dass importaçõ ões, datando o a 
última grannde encomenda de 1715. 
 
Para além dos grandees painéis figgurativos, cchegaram‐n nos também m dos Paísess Baixos azu ulejos comu uns, 
chamados  de  “figuraa  avulsa",  cada 
c um  representan ndo  uma  ceena  autóno oma,  produução  intimista 
própria  ao
o  gosto  hoolandês,  maas  aplicadoos  em  Porttugal  de  accordo  com  a  nossa  tradição, 
t co
om 
molduras ppintadas noo azulejo 
 

 
Igreja da «Madre de Deus», 
Lisboa, c. 1700
0. 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 
Século XVIIII – Os messtres 
 
O pintor de azulejo vo olta a assum
mir o estatu uto de artissta assinand do, com freequência, oss seus painééis. 
 
O precurso or desta situação foi o o espanhol G Gabriel del  Barco, actiivo em Porttugal em fin nais do século 
XVII, introdduzindo umm gosto por  envolvimento decorattivo mais exxuberante,  e uma pinttura liberta  do 
contorno rrigoroso do desenho. 
 
Estas  inovaações  abrirram  caminh ho  a  outross  artistas,  dando 
d início
o  a  um  perríodo  áureo
o  da  azulejaaria 
portuguesaa como reaacção às imp portações h holandesas,, tendo os p pintores aplicado às su uas obras uma 
original  esspontaneidaade  na  utilização  mais  livre  e  pictórica 
p das  gravurass,  e  na  criiatividade  das 
d
composiçõ ões de azuleejos ajustadas aos espaaços arquite ectónicos. 
 
António  Pereira,  Manuel  dos  Santos  e  o  monogram mista  PMP,  são  os  pin ntores  maiss  importanttes, 
devendo‐se, no entan nto, destacar António  de Oliveiraa Bernardess e o seu filho Policarp po de Oliveeira 
Bernardes 

 
Cena Mitológica, Gabriel del Barco, 
c. 1695 
 
 
Século XVIIII: A Grande Produção o Joanina 
 
Segundo q quartel do século XVIII  assistiu‐se  a um aume
ento sem prrecedentes  do fabrico  de azulejoss, o 
que  se  fico
ou,  também
m,  a  dever  a  grandes  encomendas  chegadaas  do  Brasill.  É  o  perío
odo  da  gran
nde 

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Arttes Decoraativas 
 
produção,  em parte ccoincidente  com o rein nado de D. JJoão V (17006‐1750), a  que corresspondeu o u uso 
dos maiorees ciclos de painéis histtoriados jam
mais executtados em Po ortugal. 
O  aumento  da  produ ução  conduuziu  à  repetição  das  figurações, 
f ao  recursoo  a  motivoss  seriados  e 
e à 
simplificaçção  da  pin
ntura  das  cenas,  gan nhando  as  molduras  grande  im mportânciaa  cenográfiica. 
Num  prolo ongamento  do  Ciclo  dos 
d Mestres,  evidenciam‐se,  aind da,  pela  qu
ualidade  daa  obra,  alguuns 
pintores  como  Niccolau  de  Freitas,  Teotónio  dos  Santtos  ou  V Valentim  de  Almeida. 
A par dos  temas religgiosos encomendados  pela Igreja,, utilizam‐see agora parra os palácios mais cen nas 
bucólicas, mitológicass, de caça e guerreiras,, ou relacionadas com um dia a dia cortesão, bem paten nte 
nas chamaadas figuras de convite colocadas nas entradaas. 
 

Figuras de con
nvite, Paço dos Arcebispos, 
escadaria, San
nto Antão do Toojal, c. 1730 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Arttes Decoraativas 
 
7. Mobiliiário na co
orte france
esa de Luíís XV 
Luís XV 
 
Luís XV, O Bem‐amado, nasceu eem Versaillees a 15 de FFevereiro dee 1710 e aí  faleceu, a 1 10 de Maio de 
1774.  Foi  rei  de  França  de  1723
3  a  1774.  Quando 
Q o  se
eu  bisavô  Luís 
L XIV  mo orreu,  tinha  apenas  cin
nco 
anos e, devvido a esse facto, a reggência do reeino foi exercida pelo d duque Filipee de Orléans, sobrinho de 
Luís XIV, quue se manteeve no carggo até 1723,, data da su ua morte. 
 

 
 
                                                                              
 
Maurice Quentin de Laa Tour, 1748  
 
Casou com
m Maria Leszzczynska, fillha do rei da Polónia, d
de quem tevve dez filho
os:  
 
Isabel (172
27 – 1759),  
Henriquetaa (1727 – 17
752),  
Maria Luísaa (1728‐173
33),  
Luís Fernan
ndo (1729 –– 1765) Delffim de França.  
Filipe (1730‐1733), Du
uque de Anjjou  
1732 – 1800
Adelaide (1 0),  
Vitória (1733 – 1799),,  
Sofia (1734
4 – 1782),  
Teresa (1736‐1744),  
7 – 1787),  
Luísa (1737

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Arttes Decoraativas 
 

 
Luís XV eraa um homem inteligen nte, muito cculto, de grande sensib bilidade e uum grande iimpulsionad dor 
das  artes.  Grande  seddutor,  o  rei  abandonaava‐se  ao  prrazer e  às  paixões, 
p ten
ndo  tido  váárias  favorittas, 
das quais sse destacarram Madam me Pompado our, também ela impu ulsionadora  das artes, e e Madame  Du 
Barry.  
 
No plano eeconómico ee político o seu reinado foi pautad do por vário os fracassoss, não obstaante, no plaano 
intelectuall e artístico foi um dos períodos em m que a Fraança mais see destacou.. 
 

 
  Madame de Pompadour 
 

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Arttes Decoraativas 
 
Século XVIII 
 
Com a morte de Luís  XIV (1715),, o tempo d de rigidez daa corte e do o aparato m majestoso d dá lugar a uma 
certa aberrtura e flexiibilidade qu ue, na verdaade, já se vvinha a fazeer sentir 
nos últimoos anos do seu reinado.  
 
Quando  Lu uís  XIV  morre,  Luís  XV V  tem  apen nas  cinco  anos 
a e  o  reeino  fica 
entregue aa Filipe de O Orleans, sob brinho de Lu uís XIV.  
 
O  período  da  regência  é  uma  época 
é de  transição.  O  regente  ab bandona 
Versailles ee toda a sua monumentalidade ee instala‐se  em Paris, n no Palais 
Royal, procurando am mbientes mais restritos, que convvidam a um ma maior 
liberdade. 
 
Quando em m 1723 Luíss XV sobe aao trono, reegressa a Ve ersailles e aa toda a pompa e prottocolo que  lhe 
são inerentes mas, no o entanto, o o monarca  não escond de a sua preeferência po or uma vidaa privada m mais 
recatada.  Ele  vai  habbitar  os  pettits  apparteements,  dep pendências  mais  pequ uenas  e  acoolhedoras  que 
q
proporcion nam  uma  maior 
m intim
midade.  Estaa  tendênciaa  de  buscaa  de  espaço os  mais  inttimistas  vai‐se 
propagar p pela sociedaade francessa que se m modifica e adquire caraacterísticas  que se vão o manter até à 
Revolução. 
 
Os  primeirros  três  quaartéis  do  sééc.  XVIII  são
o  um  períoodo  de  relattiva  acalmiaa  e  prosperridade.  É  uma 
época  em  que  se  vãão  dar  transformaçõess  importanttes  na  man neira  das  p
pessoas  se  relacionareem, 
conviverem m.  
 
O  gosto  peelo  conforto,  pelo  reqquinte  e  pelo  exótico 
(é  a  épocaa  das  chino
oiseries,  turrqueries,  do os  móveis 
decorados  com  laca  japonesaa,  etc.)  sãão  agora 
característticas  indispensáveis  a  esta  sociedade  dita 
civilizada. Em paralelo o, há transfo ormação daas formas, 
a  linha  direita  e  e rígida  vai  dand do  lugar, 
progressivaamente, à llinha curva;; a simetria vai sendo 
substituídaa pela assimmetria.  
 
Os  interiorres  também m  se  vão  alterar; 
a espaaços  mais 
pequenos  e  acolhedores  são  agora  a prefeeridos  aos 
grandes  e  imponentees  salões.  Há  H uma  mu udança  de 
escala e isso também m se reflectee no mobiliiário. Este 
torna‐se  mais 
m pequeeno  e,  sim multaneamente,  mais 
confortáveel. Há uma h humanizaçãão do espaço.  
 
Com  uma  sociedade  tão  exigentte  e  sofisticcada  e  que  busca  cada  vez  mais  o  conforto o,  o  mobiliáário 
diversifica‐‐se,  adaptaando‐se  às  novas  necessidades.  Esta  atmosfera  de  abertura  e  de  d uma  ceerta 
liberdade  leva  a  umaa  maior  criaatividade  po or  parte  do
os  marceneeiros  e  eban nistas,  o  qu
ue  vai  origin
nar 

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Arttes Decoraativas 
 
diferentes  interpretaçções de mó óveis existentes ou mo odelos completamentee novos. Surgem diverssos 
tipos de m mesa, de cad deira, de caanapé, de secretária, eetc. Por outtro lado, rellativamente e à técnica,  há 
também allguns avançços.  
 
Nesta épocca, atraídoss pelo presttígio e qualiidade do mobiliário fraancês, vêm  para Paris  vários artisstas 
estrangeiro os, oriundos principalm mente dos PPaíses Baixo
os e da Alem manha. Estees ebanistass, ao contráário 
de  criar  um
m  estilo  próprio,  assim
milam  completamente e  o  gosto  frrancês  pondo  o  seu  virtuosismo 
v ao 
serviço dessta arte.  
 
Cria‐se um m verdadeiro o estilo naccional, com  uma unidaade estilísticca que se affirma de tal maneira q que 
se vai prop pagar e impor por todaa a Europa. É o chamad do Século de e Ouro do mmobiliário francês. 
 
 
7.1 Mobiiliário Estiilo Luís XV

 
Surge  por  volta  de  1730‐1735, 
1 cheio  de  criatividade,,  espontaneeidade  e  diinamismo.  Os  elementos 
decorativo os  vegetalisstas  são  vaariados  –  fllores  das  mais 
m diverssas  espéciees,  grinaldaas,  folhageens, 
enrolamen ntos de acanto.  
 
Depois de 1750, esta “explosão d decorativa” abranda um m pouco, to ornando‐se mais contid da. A partir de 
1760,  com m  o  crescen nte  desenvvolvimento  do  neoclasssicismo,  há  h uma  sim mplificação  e  uma  maaior 
contenção de toda a ggramática d decorativa, aas próprias formas torn nam‐se mais suaves. 
 
A  estética  vai  estar  ao 
a serviço  da  mentaliidade  da  época,  da  busca  dos  p prazeres  do  quotidiano o  e 
intimamen nte  ligado  à  figura  feeminina,  a  sua  maior  inspiração  e  a  autoridade  em m  matéria  de 
decoração   na  corte.  Provavelme
P ente a  figurra  de  maiorr  destaque  no  impulsoo  das  artes  decorativas  é 
Madame d de Pompado our, amantee do rei, quee o incentivva a promovver a produção artísticaa. 
 
O  estilo  Lu
uís  XV  caraacteriza‐se  pela  adopçção  da  linha  curva  emm  detrimen nto  da  linhaa  direita,  pela 
p
assimetriaa, pelo moviimento.  
 
As  formas  arredondaam‐se  e  torrnam‐se  elaas  próprias  parte  da  decoração.  Os  motivo os  decorativvos 
acompanham‐nas e acentuam‐naas.  
 
Os ornameentistas tiveeram um paapel muito iimportante na criação e difusão d deste estilo.. Estes artisstas 
criaram divversos motivos decoraativos, entree eles a con ncha assimé étrica e reccortada, que e será um d dos 
motivos mais utilizado os na épocaa ‐ é o chammado rocaillle, que tem o seu apoggeu neste pe eríodo.  
 
O estilo Luuís XV é criaativo, dinâmmico, de uma grande faantasia, em  que muitass vezes, na sua gramáttica 
decorativa, o abstractto e o figurativo se confundem m mantendo, n no entanto, equilíbrio e e harmonia no 
seu conjun nto. 
 

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Arttes Decoraativas 
 
Nos  interioores,  onde  o  salão  se  destaca  coomo  o  espaaço  de  eleiçção  para  esstar  em  socciedade,  o  pé‐
direito redduz em altu ura e aplicam m‐se cores  suaves e to ons pasteiss nas paredes. O mobiliário torna‐se 
mais  confoortável  pelaa  redução  para 
p uma  escala 
e mais  humana  e  as  diferentes  peças  (agora  de  fáácil 
transportee) espalham m‐se por todo o espaço,, convidand do ao relaxaamento e à intimidade. O mobiliárrio, 
que agora  não fica só ó encostado o à parede,  relegado para áreas d de periferia,, passa a te er um trabalho 
mais  cuidaado  também m  nas  facess  traseiras  que  antes  ficavam  esscondidas  ao  olhar.  O  acréscimo  de 
riqueza  noo  seio  da  burguesia 
b introduz  estte  estilo  taambém  noss  interioress  habitacion nais  da  classe 
média. 
 
Sistema co orporativo: 
 
O fabrico dde um móveel era um p processo com m alguma ccomplexidad de. Envolviaa a colaboraação de várrios 
artesãos,  cada 
c um  peertencendo o  à  sua  corrporação,  que  se  regiaa  por  regraas  muito  re estritas.  O  seu 
s
executantee, que era m muitas vezes o próprio criador, eraa o marceneiro ou ebaanista. Os outros artesããos 
trabalhavaam sob a suaa direcção –– o entalhad dor, cinzelaador, fundiddor, dourado or, serralhe
eiro, etc.  
 
A  corporação  dos  marceneiros 
m e  ebanistaas  possuía  estatutos  bem  definidos.  A  formação  destes 
aspirantes  a  mestress  era  idênttica.  Começçavam  com mo  aprendizes,  numa  oficina,  on nde  deveriam 
permaneceer  vários  an nos  até  podderem  apreesentar  a  sua  melhor  peça  à  Jurranda.  A  Juranda  era  um 
órgão de ggrande podeer dentro da corporaçãão e tinha ccomo funçãão avaliar oss candidato os à mestran nça 
e, ao mesm mo tempo,  avaliar a q qualidade da sua produção. As ob bras aprovaadas eram e estampilhad das 
com  as  lettras  JME  (Juranda  de  Marceneiro ha  passa  a  ser 
os  Ebanistaas).  A  partirr  de  1743  aa  estampilh
obrigatóriaa,  regra  seguida  princcipalmente  em  Paris,  até  1790,  altura  em m  que  foram m  extintas  as 
corporaçõees. Este sisttema corporativo originou uma ve erdadeira “política de ccasamentoss” para quee se 
mantivessee a oficina n na família, ffazendo com m que surgissem assim m “dinastias”” de artesão os.  
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
Materiais:   madeiras  indígenas  e 
e exóticas, tais  como::  nogueira,  faia,  carvaalho,  pau‐roosa,  pau‐rooxo, 
pau‐santo,,  pau‐cetim
m,  painéis  dee  laca,  placcas  de  porccelana  e  máármore  (para  tampos),  aplicação  de 
bronzes. 
 
Pintura  e  laca:  utilizam‐se  painéis  de  laaca  orientaal.  Principaalmente  as  cadeiras  são  pintad das, 
empregand do‐se meno os a madeira dourada q que no estillo anterior.
 
Elementoss decorativo os:  
 
− fan ntasia de insspiração na natureza 
− esaaparece a fiigura humana e animaal em detrim
mento de m
motivos veggetais: flor ccom caule,  de 
rep
presentação
o  naturalistta  ou  estilizada,  sozzinha,  em  ramos  ou  grinaldas,  e  folhageens 
reto
orcidas e en
nroladas  
− con
nchas 
− rocchas  
− crisstas de ondaas (espumaa) 
− trofféus  
− currvas em C e S 
− figu
uras geoméétricas 
− marchetaria de contornos sinuosos.
 
Tipologias:  
 
Proliferam móveis peq quenos e paara diferenttes fins.  
 
‐ Cómodass (sem travees horizontaais a separar as gavetass), toucadorres, mesas ccom espelh
ho  
 

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‐ Secretáriaas com inúm
meras gavettas e compaartimentos secretos 
 
‐ Mesas peequenas parra escrever,, jogar, costturar, etc; 
 
‐ Assentos estofados dde diversas tipologias dde acordo ccom a funçãão 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Construção
o de uma m
mesa 
 

 
 
Depois de  cortadas ass árvores sãão feitas prranchas de  madeira qu
ue vão ser u
utilizadas naa estrutura  do 
móvel. 
 

 
 
O marceneeiro transfo orma estas  pranchas em placas m
mais finas dee madeira ccom as quaais vai fazerr as 
várias parttes da estrutura. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
 
Na execuçãão desta tarefa o marcceneiro utiliza diversas ferramentaas. 

 
Vista de um
ma oficina d
de marcenaria. 

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Arttes Decoraativas 
 

A construçção de um m
móvel partee sempre dee um desenh
ho. 

 
Começa  por  se  fazerr  a  estruturra  do  móveel.  O  marceneiro  faz  as  várias  p
partes  que  constituem
m  a 
da mesa, uttilizando mu
estrutura d uitas vezes u
um cavalete e para executar o seu ttrabalho. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
Uma partee muito imp portante na construção o da estrutu
ura são os vvários tipos  de encaixes utilizados na 
junção dass diversas paartes, pois ssão eles quee dão robusstez ao móvvel. 

 
Exemplos d
de encaixess 

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Feita a esttrutura commeça‐se a dar forma à  mesa – esculpem‐se  as pernas aaté se obte er a sua forma 
arqueada,  recorta‐se  o  tampo,  dá‐se  a  fo
orma  curva  aos  lados  (frente  e  ilhargas)  –  para  isso  são 
s
utilizadas vvariadas ferrramentas. A
A estrutura fica então preparada para recebeer a decoração. 
 

 
 
A decoraçãão é compo
osta pelo follheado, marchetado e também peelos bronzees douradoss. Para se fazer 
o folheado
o e o marcheetado é neccessário obtter folhas de madeira m
muito finas. 

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Arttes Decoraativas 
 

 
 
A maneira de cortar aa madeira é essencial p
para se obte
er os diferen
ntes efeitoss do veio da madeira. 
 

 
 
Nas  partess  curvas  daa  mesa,  o  folheado 
f ad
dere  à  estrutura  pela  acção  do  ccalor.  São  aplicados, 
a s
sob 
pressão, saacos de areia quente que fazem activar a colaa. 

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É também aplicada a marchetariaa. 
 

 
 
Depois  de  aplicados  o  folheado
o  e  a  marchetaria  vaai‐se  proceder  ao  acaabamento  da 
d mesa  co
om 
polimento. A aplicação dos elementos de brronze douraado completa a decoraação. 

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Termos: 
 
Ebanisteriaa:  É  a  arte  de  enriqueecer  a  estrutura  de  um  móvel  revestindo‐aa  de  madeiiras  preciossas, 
metais ou  diversos m materiais de  origem animal (tartarruga, osso,  etc.) É umaa técnica, o ou melhor,  um 
conjunto dde técnicas  cujo fim é  puramentee estético – folheado ee marchetad do são técn nicas utilizad
das 
pelo  ebaniista.  A  sua  origem  rem monta  à  Arrte  Italiana  do  final  daa  Idade  Média  mas  é  no  séc.  XVIII  e 
sobretudo no XVIII qu ue ela atingee o seu apogeu.  
 
Ebanista:  Pessoa  qu ue  executaa  móveis  de  d ebanistteria.  Artessão  que  faaz  móveis  folheadoss  e 
marchetad dos  com  maadeiras  exó óticas.  Os  primeiros 
p arrtesãos  quee  utilizaram
m  esta  técnica  de  folheear 
utilizaram o ébano, e por isso a p palavra ebanista. 
  
Marchetarria:  É  uma  técnica  quee  consiste  em  e comporr  um  desen nho  com  finnas  placas  de 
d madeiraa.  É 
uma  técnicca  à  superffície,  isto  é,,  faz‐se  geralmente  no os  móveis  folheados; 
f o
o  desenho  é  “aberto”  na 
folha que rreveste o m móvel. Pode representaar flores, fru utos, motivo os alegóricoos, etc. Este
es motivos ssão 
feitos com madeiras d diferentes, d de cores variadas – as madeiras eexóticas com m a sua variedade de to ons 
e de brilho
os são as maais utilizadaas para estee fim. Por ve ezes também m se utilizam outros m materiais como 
o marfim, ttartaruga, m metais (cobre e latão), etc.  
 
Neste  proccesso,  podeem‐se  colar  os  elemeentos  justap pondo‐os  à  medida,  m mas  o  maiss  comum  é  as 
diferentes  partes  quee  compõem m  o  desenho  serem  prreviamente  juntas.  Deepois  do  de esenho  que  se 
pretende eestar feito, ccola‐se um papel nestee motivo, do o lado que será visível e, seguidam mente, cola‐se 
todo o connjunto na esstrutura do móvel, ond de o desenh ho já está reecortado; q quando a co ola seca retiira‐
se o papel..  
 
Folheado: Consiste em m revestir aa estrutura d de um móvvel, geralmeente de umaa madeira m menos nobrre e 
mais resisttente, com uma folha ((1 a 2 mm d de espessurra) de uma madeira exótica ou maais decoratiiva.  
Se o aspeccto económ mico é evideente, este p processo qu ue se desen nvolve no séc. XVIII, pe ermite utilizar 
madeiras ffrágeis e ob bter efeitos decorativo os difíceis de obter com m madeirass maciças, ssobretudo n nas 
partes curvvas dos móvveis. 
 
Faixeado:  A técnica éé a mesma d do folheado o, consiste  em revestirr a estrutura de um mó óvel com uma 
folha de uma madeira mais deco orativa ou vvaliosa. A d diferença esstá na espeessura da m madeira (folha) 
que neste caso é maiss grossa quee no folhead do.  
 
Frisage: É  um tipo de marchetarria que conssiste em ob bter efeitos  a partir do  veio da maadeira. Muitas 
vezes os mmotivos geo ométricos sãão consegu uidos tirando partido d do próprio vveio da madeira, crian ndo 
assim  diveersos  efeittos:  escama  de  peixxe,  asa  de  borboletaa,  encanasttrados  variiados,  efeitos 
geométrico os, etc. As ffolhas (placaas finas de madeira) uttilizadas na marchetaria podem se er cortadas de 
várias manneiras, de fo orma a obteer diferentes efeitos co onsoante o ccorrer do veeio da made eira:  
 
1. 1. Corte de Topo  
2. 2. Corte oblíquo 
3. 3. Corte longitudinaal 

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Arttes Decoraativas 
 
Bronzes  ciinzelados  e 
e douradoss:  A  sua  exeecução  envvolve  uma  série  de  arrtesãos.  O  escultor  fazz  o 
modelo daa peça, geralmente em madeira, cera ou barrro.  
 
Depois de  fazer um m molde a partir deste m modelo, o ffundidor fazz a peça, jáá em bronze e. Esta peça é 
ainda  um  pouco  toscca  e  tem  que 
q ser  acaabada  ‐  estte  é  o  trabalho  do  cin
nzelador  –  aperfeiçoar  e 
peça quand
finalizar a p do sai da funndição.  
 
Para finalizzar, o douraador aplica aa folha de o
ouro, um doos processos utilizados para o dou urar uma peeça. 
Só então eesta está pro onta para seer aplicada no móvel.
 
Estampilhaa: A estamp pilha é a “aassinatura”  de um móvvel. É a marrca do mestre aplicadaa por meio  de 
um ferro p percutido so obre a estruutura do mó óvel. Deste ferro constta as inicias e apelido ddo mestre, em 
maiúsculass. 
 
Jean‐Franççois Oeben 1721‐1763 
 

 
 
Mesa Mecânicca (1760 ‐ 1761 1) 
Estrutura de ccarvalho e tília  
Marchetaria eem pau‐rosa, paau‐cetim, pau‐santo, amaranto
o, buxo e ébano
o; bronze douraado; laca japon
nesa; veludo  
 
Mesa  meccânica  de  silhueta  eleggante  aindaa  ao  gosto  Luís  XV  ‐  as  pernas  liggeiramente  arqueadass,  o 
tampo recortado, as  linhas ondu ulantes e haarmoniosas. Os bronzees são sóbrios e sublin nham as linhhas 
elegantes d
da mesa. A marchetariia é geométtrica, no tam mpo e na cintura triparrtida. 
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
Mathieu C
Criaerd 1669
9‐1776 
 

 
Cómoda ,1742

madeira 
uvre, Paris 
Musée du Lou
 
Cómoda deecorada com
m flores e aanimais de ggosto orienttal e pintados em azul e branco.  
 
 
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
8. Paixão
o pela Mod
dernidade
e – Arte N
Nova 
 
Estilo Arte
e Nova:  189
92 1914 
 
Nascido  na 
n década  final  do  séc. 
s XIX,  expande‐se 
e pela  Euro
opa  e  América  tomaando  diversas 
designaçõees: 
 
− Libeerty e Modern Style em
m Inglaterraa 
− Juggendstil na A
Alemanha 
− Wieener Sezesssion na Áusttria 
− Artt Noveau em
m França 
− Stile Liberty e Florale em Itália 
− Mo
odernismo eem Espanhaa 
 
Estilo  estéético  que  encontra  antecedentess  nos  Arts  & & Crafts  qu ue  surge  emm  Inglaterrra  na  segun nda 
metade do o séc. XIX. 
 
Arts & Crafts: 
 
Movimento fundado  por William m Morris em m 1888, deffendia o arttesanato criativo como o alternativa à 
mecanização  e  à  prod dução  em  massa 
m e  prregava  o  fim o  artesão  e  o  artista.  Fez 
m  da  distinçção  entre  o F
frente aos avanços daa indústria ee pretendia imprimir em móveis ee objectos o o traço do artesão‐artissta, 
que mais tarde seria cconhecido ccomo design ner.  
 
Fizeram  paarte  deste  movimento o  entre  outros  o  rom mântico  John 
Ruskin. 
 

 
W. Morris defendia a importânciia dos motivvos relacion
nados com a 
dia.  
Idade Méd

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Arttes Decoraativas 
 
Belle Époq que  
 
Designa o clima inteleectual e artíístico do peeríodo em q questão. Foii uma épocaa marcada por profund das 
transformaações  cultu urais  que  see  traduziram m  em  novoos  modos  de d pensar  e  viver  o  quotidiano. 
q As 
novas inveenções torn navam a vid da mais fácil em todoss  os  níveis ssociais, e a  cena cultu ural estava  em 
efervescên ncia:  cabaréés,  o  canca an,  e  o  cineema  haviamm  nascido,  e  a  arte  to
omava  novas  formas.  As 
inovações  tecnológicaas  como  o  telefone,  o  o telégrafo  sem  fio,  o  cinema,  a  b
bicicleta,  o  automóvell,  o 
avião, insppiravam novvas percepções da realiidade.  
 
Paris: 
 
Com seus  cafés‐conceerto, opereetas, livrariaas, teatros,  boulevardss e alta‐costtura, Paris,  a Cidade LLuz, 
era considerada o centro produtor e exporrtador da cultura mun ndial. A culttura boémiaa imortalizaada 
nas páginaas do roman nce de Henri Murger,  Scènes de lla vie de bo ohème (1848), era um  referencial  de 
vida assim como os esscritos de B Baudelaire, R Rimbaud, VVerlaine, Zola e Balzac  
 
A indústriaa do divertim mento (parq que de diveersão e cine ema) foi posssível devido ao desenvvolvimento da 
electricidade  e  a  dim
minuição  da  jornada  dee  trabalho,  fazendo  co om  que  os  operários  tivessem 
t m
mais 
horas  livrees  para  o  laazer.  Os  paarques  e  oss  cinemas  transformar
t ram‐se  em  divertimen nto  de  masssa, 
porque o iingresso eraa barato e  esses diverrtimentos p provocavam m um despreendimento  momentân neo 
da realidad de quotidiana das pesssoas. 
 
Ou seja, a  arte Nova  relaciona‐sse especialm mente com  a 2ª Revolução Industtrial em curso na Euro opa 
com a exploração de  novos mateeriais (como o o ferro e  o vidro, principais elementos doss edifícios q que 
passaram aa ser constrruídos segundo a novaa estética) e e os avançoss tecnológiccos na área gráfica, como 
a técnica dda litografiaa colorida que teve grande influên ncia nos cartazes. 
 
Surge  commo  a  manifestação  dee  uma  vonttade  muito  firme  de  criar  um  estilo  radicaalmente  novo, 
fazendo táábua rasa daas formas o oriundas doss estilos históricos anteeriores, pro ocurando saatisfazer a vida 
contemporânea.  
 
Várias  foraam  as  escolas  e  correntes,  protagonizadas  por  artistass  e  grupo  d de  artistas  pela 
p Europaa  e 
Inglaterra, chegando mesmo à América. 
 
Apesar de  uma crono ologia iniciall, esta mosttra um desffasamento q quando asssociado com m a localizaçção 
geográfica tratada.  
 
   

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Arttes Decoraativas 
 
Cartazes de Alphonse Mucha: 

 
8.1 Influê
ências da Arte Novaa: 
 
Arte  Orienntal,  que  começava 
c a ser  comeercializada  no  Ociden
a  nte,  atravéss  da  primeeira  exposiçção 
mundial,  que  m  Londres  e  em  Paris,  nas  quais  se 
q deu  oriigem  à  criaação  de  lojaas  da  especcialidade  em
expunham m  e  vendiam m  também m,  artigos  de 
d Arte  No ova.  Eram  principalmeente  comerrcializadas,  as 
cerâmicas,, os tecidos,, o mobiliárrio, e sobrettudo, a gravvura japoneesa, que eraa muito aprreciada. Era de 
notar,  a  importânciaa  da  sua  linha,  as  figuras  eram m  contornaadas,  cromaticamente e  planas,  sem 
volumes, ee com assim metrias, em oposição ao o Renascimento.  
 
Arte de outras culturaas, como a aarte Islâmica, Viking ou u Celta. 
 
A naturezaa, na qual suurgiu o interesse, atravvés do desenvolvimentto das ciênccias com elaa relacionad das, 
tal como aa Botânica, o ou a Biologgia. Com o aavançar do  movimento o, há uma cada vez maaior estilizaçção 
dos elementos, tais co omo, borbo oletas, pavões, vespõess, ou até o n nu feminino o. 
 
O cinema,  a imagem  em movim mento e o m movimento  das máquin nas, contagiaram a Artte Nova, daado 
que foi um
ma das suas maiores inffluências. 
 
Romantism mo  e  revivaalismo  na  decoração, 
d ao  contrárrio  das  artees  anteriorees,  em  que
e  a  decoraçção 
pouco tinh ha a ver comm o objecto o, na Arte N
Nova, a deco oração estava implícitaa ao objecto o, estando  em 
harmonia ccom a funçãão. 

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Arttes Decoraativas 
 
Surge  entãão,  uma  no ova  capacidade  decoraativa,  em  que,  o  Homem  deixa  d de  anexar  a 
a decoraçãoo  à 
estrutura, passando eentão a inclu uía‐la na pró ópria estruttura, sendo valido tam mbém, o con ntrario.  
 
“O adorno o, não dimin nui a funcioonalidade, ccomplemen nta‐a”.  
 
Assim  conforme  os  id deais  de  Wiliam 
W Morrris,  surge  a  criação  dee  formas,  que  uniam  em 
e si,  tanto
o  o 
aspecto técnico, com o aspecto eestético, a fforma e a fu unção.  
 
No  entanto,  é  na  áreea  do  mobilliário  que  se 
s sente  um ma  maior  diificuldade,  na  materialização  destes 
ideais. Dad
do que estees móveis erram produzzidos industtrialmente, não possuíam a mesm ma qualidade e 
beleza  dos  seus  origginais  man nufacturado os,  sendo  quase 
q semmpre  reles  imitações,  criando  uma 
contradição com os id deais do mo ovimento. 
 
Victor Horrta – Casa Taassel 1892 e 1893, Bru uxelas 
 

 
 
O ferro e o o vidro passaram a com mpor ornammentos interrnos e fachaadas. 
 
Como  fortte  tendência  inovadora  e  simbo olista,  a  Arte  Nova  deestacou  as  linhas  currvas  e  form
mas 
orgânicas iinspiradas eem elementtos da naturreza como ffolhagens ee flores.  
 
E  só  a  paartir  do  uso
o  desses  novos  materiais  foi  poossível  a  in
ntrodução  d
desses  novvos  elementos 
decorativo os que tinhaam formas d delicadas, irrregulares ee assimétricas. 
 
 

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Antoni Gau
udi – Casa M
Mila 1905 e
e 1907, Barccelona 
 

 
Estilo  deco
orativo  esseencialmente  fitomórfico  caracterrizado  pelo o  uso  de  lin
nhas  orgânicas,  longass  e 
e formas  ondulantes  de  todoss  os  tipos,  elegantes 
sinuosas,  em  e e rítmicas,  em  especiaal  a  curva  em 

chicote  reetiradas  dos  caules  e 
e das  gavin nhas  das  plantas, 
p chaamas,  os  d drapeados  e  os  cabeelos 
ondulantess batidos peelo vento. 
 
A  Arte  No
ova  tem  commo  linguaggem  a  estiliização  das  formas  natturais,  espeecialmente  da  flora  e  da 
figura feminina. Na Arrquitectura as formas ttridimensio onais são submergidas por curvas que fundem m a 
estrutura ccom o ornam mento.  
 
Charles Re ennie Mackintosh, 186 68 ‐1928 
 
Oferece  um pertório  da 
ma  interpreetação  novva  e  fascinaante  do  rep
d decoraçções  são  usados  como 
Arte  Nova:  arabescoss  lineares  das 
meio  parra  a  quaalificação  espacial  dos  d ambie entes;  um 
relacionammento  novo o,  mais  diirecto,  é  estabelecid
e o  entre  a 
ossatura  mural, 
m frequentemente  maciça  e  e disposta  em  ângulo 
recto. 
 
 
 
 

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 Otto Prutschher, Copos,  19005 
 

 Hector Guim
mard, Claraboia  

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 Emile
e Gallé  
 

 Hecto
or Guimard  

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 Louis Maajorelle  
 

 Hoffman
nn  

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 M
Mucha, Joia  
 

 
Guimard, joia  
 
 
   

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8.3. Vidro
o e Joias d
de René Laalique  
 
Nasceu em m 1860 e mo orre em 19445. 
 
Foi um meestre vidreirro e joalheirro francês.  É em Françça que comeeça desde ccedo a sua aprendizagem 
junto de uum joalheiro o parisiensee. Estudo em Londres  e de regresso a Françça trabalha  para algum mas 
das casas mmais famossas. Em 188 86 abre a su ua própria jjoalharia, seendo já reconhecido e em 1890 como 
joalheiro d
do estilo Artte Nova, criiando peçass para a cassa La Maiso on de l'Art NNouveau de e Samuel Bing, 
em Paris. 
 
Seguindo  as 
a fontes  de d inspiraçãão  da  Arte  Nova  criou u  peças  rep
presentando o  fauna  e  flora, 
f (pavõ
ões‐
reais, borb
boletas e ou utros insectoos reais e immaginários). 
 
Inovou  utiilizando  maateriais  pou uco  comun ns  à  joalharia  da  época,  como  oo  vidro,  essmalte,  couuro, 
e  perfume  em 
marfim,  náácar,  e  utiliizando  maiss  pedras  seemi‐preciosas  que  preciosas.  Criaa  frascos  de
vidro sendo tido como o primeirro a imaginaar a comerccialização d de tal produuto, associando a estéttica 
e refinameento à produção em séérie. 
 
 
 
Os répteeis serão effectivamentte motivo d de inspiraçãão que Laliq que 
irá trabaalhar um poouco ao longgo de toda a sua vida, tanto ao níível 
da joalhaaria como dda sua produção vidreira, de bronzes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peitoral Serpeentes, Ouro e essmalte 
Museu Calousste Gulbekian  
 
De  entre  o 
o bestiário  reproduzid do  na  obra  de  Lalique
e,  o  pavão  pode  ser  cconsiderado
o  a  obra  mais 
m
emblemátiica  do  espíírito  da  Artte  Nova  sendo  um  tema  recorreente  na  obra  do  artista,  quer  su
urja 
isolado, co
omo aqui, quer apareçaa aos pares como em o outras jóias..  
O tema é ttambém mu uito represeentado na p pintura simb
bolista, commo símbolo  por excelência da beleeza 
natural emm todo o seuu esplendorr. 

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Peitoral Pavão
o,Ouro, esmaltee, opalas, diamaantes, 
Museu Calousste Gulbenkian 
 
A papoila p
pode considderar‐se umma das flores emblemátticas da Artte 
Nova, pelaas suas cono
otações simmbólicas com
m o mundo onírico. Estte 
pendente,  constituíd do  por  um  rosto  feminino,  de  frentee, 
executado  em  vidro  opalino,  é  envolvido  por  uma  cabeleira 
c d
de 
prata  patinada,  encim
mada  por  um  toucad do,  tambémm  em  prataa, 
formado ppor várias papoilas abeertas. Dos cabelos que emolduram m 
a  parte  inferior  doo  rosto,  pende 
p uma  pérola  barroca  de  d
considerávveis dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pendente Rostto Feminino, Viidro, prata, esm
malte, ouro e péérola barroca 
Museu Calousste Gulbenkian 
 
 
Uma  paisaagem  com  arvoredo 
a à  beira  dum
m  lago  em  vidro 
v esmaltado  e  ourro  decora  o 
o coroamen nto 
deste  pen nte,  de  novve  dentes,  executado o  em  chifree.  Esta  peçça  única  é  bem  representativa  da 
revolução  trazida pelo o artista ao
o conceber  jóias utilizaando materriais menos  nobres com mo o chifree, o 
vidro  e  o  esmalte.  A 
A natureza,,  sempre  presente 
p naa  obra  de  Lalique,  suurge  aqui  uma 
u vez  mais 
m
magnificam mente  reprresentada  por 
p uma  paisagem 
p de 
d belo  arvvoredo  junto  a  um  lago  à  luz  do 
crepúsculo o.  

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O  seu  gossto  pela  fo
otografia  muito 
m contrribuiu  tamb
bém  para  a 
realização  de jóias co
om paisagen ns onde é bbem eviden nte a relação 
entre o arttista fotógraafo e a obraa do joalheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pente Paisagem,Chifre e ouro
o esmaltado 
Museu Calousste Gulbenkian  
 
 
 
Uma  vez  mais  u  temas  da  natureza,  do  reino  an
m o  artissta  escolheu nimal  e  veggetal,  para  a  composiçção 
desta placa de garganntilha ondee o elementto mais imp portante reeside na eno orme opalaa cabochon de 
formato quuadrangular, ao centroo da jóia. 

 
Placa de gargaantilha Águias eentre os pinheirros, Ouro, opalaa e esmalte  
Museu Calousste Gulbenkian 
 
Prodígio  téécnico  de  execução,  este  cálice,  em  vidro o  branco,  so oprado 
numa estrutura vazad da de prata e bronze, aapresenta d decoração ggravada 
e  cinzeladaa  de  motivvos  vegetalistas  de  vid
deiras  e  uvaas.  O  nó,  dee  vidro 
branco  mo oldado  em  alto‐relevo o,  é  constituuído  por  umm  entrelaçado  de 
figuras.  Esstes  objecttos  de  viddro  soprad do  em  arm mações  meetálicas 
constituemm  uma  evollução  importante  nas  técnicas  de e  fabrico  doo  vidro 
de  Laliquee  e  vêm  na  senda  de  uma  tradição,  já  conhecida  na 
Antiguidadde, retomad da por Veneeza no sécullo XIX.  
 
Cálice com mo
otivos de videiras e figuras, Vid
dro, prata e bro
onze, 
Museu Calousste Gulbenkian 
 

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Foi em 189 96 que Laliq que apresentou pela p primeira vezz, no Salon,, uma pulseeira executaada em chiffre. 
Nos  anos  seguintes,  porém,  dado  o  sucessso  obtido,  sucedem‐sse  as  criaçõ ões  de  jóias  em  chifree  e 
marfim. A exótica orq quídea foi umma das flores símbolo do movimeento estéticco do final d do século XIX e 
foi  tratadaa  pelos  joalheiros  do  período  Arrte  Nova  coom  muito  realismo,  aaqui  realçad do  ainda  pela 
p
mestria  técnica  de  Reené  Laliquee,  que  baseeando‐se  seempre  na  flor  real,  con
nsegue  simultaneamen nte 
conferir a eesta jóia eleegância e fo
orte sentido o erótico. 
 

 
Diadema Orquuideas, Marfim,, chifre, ouro e topázio  
Museu Calousste Gulbenkian 
 
   

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9. Arte Deco 
 
O  estilo  deeve  o  seu  nome 
n à  Exp
posição  Inte
ernacional  de  Artes  Decorativas 
D e  Industriaais  Modernnas, 
realizada  em 
e Paris,  em  1925.  Naa  mostra,  nus  n feminin nos,  animaiss  e  folhageens  são  apreesentados  em 
cores discrretas, traçoss sintéticos,, formas esttilizadas ou geométricaas.  
 
Está situad da entre as d duas grandees guerras, nos chamados “loucoss anos 20”.  
 
Edifícios,  esculturas, 
e j
jóias,  luminnárias  e  mó
óveis  são  geometrizaddos.  Sem  ab brir  mão  doo  requinte,  os 
objectos têêm decoraçção modern na, mesmo q quando feittos com basses simples, como (bettão) armado e 
compensad do de madeeira, ganham m ornamen ntos de bronnze, mármo ore, prata, m marfim e ou utros materiais 
nobres.  
 
Diferentem mente da arrt nouveau, mais rebusscada, a arte e déco tem mais simplicidade de e estilo. 
 
Afectou ass artes deco orativas, a arquitecturaa, design de interiores e desenho industrial, aassim como o as 
artes visuaais, a moda, a pintura, aas artes grááficas e cine ema.  
 
Foi, de cerrta forma, u uma misturra de várioss estilos (ecletismo) e  movimento os do início  do século X XX, 
incluindo:  
 
− con nstrutivismo o,  
− cub
bismo,  
− mo
odernismo,  
− mo
ovimento Baauhaus,  
− artee nova  
− futurismo.  
 
Embora  muitos 
m movimentos  de  design  tivessem  raízees  em  intenções  filosó
óficas  ou  políticas, 
p a  Art 
Déco foi m
meramente d
decorativa, visto como o estilo elegante, funcioonal e ultra moderno. 
 
9.1.Influê
ências da Arte Deco

 
O inicio das viagens coom maior frequência ee a continuaação das escavações arrqueológicaas nesta épo oca 
influenciou
u artistas e designers, iintegrando elementos oriundo dee países estrrangeiros, taais como: 
 
− Artte de África 
 
− artee greco‐rom
mana clássicca  

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− artee da Babilónia, Assíria e Antigo Eggipto  
− artee azteca  
− artee mexicana  
 
Grande intteresse em Pompeia, TTutankhamo on, cidade d
de Tróia. 
 
A Idade daas Máquinaas e das teccnologias co omo  a aviação, electricidade, a rádio, o  arraanha‐céus ssão 
igualmentee fontes de inspiração.. 
 
Outros tem
mas popularres na Arte Deco são aa forma trap pezoidal, em m ziguezaguue, geométricos e form
mas 
desordenaadas,  que  pode 
p ser  visto  em  muitas  parte
es  iniciais,  sendo 
s form
mas  matem
máticas  a  baase 
estrutural da Arte Decco. 
 

 
 
Adolphe Mourron Cassandre, cartaz do Nord
d Express 

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Tamara de Lem
mpicka, Retrato
o da duquesa de La Salle, 1925
5  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Bibliografia 
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JANSON, H. W. (1992) ““História dee arte”, Fund dação Calouuste Gulben nkian, Lisbooa 
GOZZOLI, Maria Cristinaa (1978) “Como reconh hecer a arte
e gótica”, Eddições 70, LLisboa 
NOBLECOURTT, Christiane Desrochees – “A pinttura Egípcia”, capítulo  4, Pijoan, J (direc.) Hisstória de arrte, 
volume I, PPublicaçõess Alfa 
TEIXEIRA, Lu
uís Manuel ((1985) “Diciionário Ilusttrado de Beelas‐Artes”, Editorial Prresença, Lisboa 
 
Imagens 
Iconothequ ue numeriq que, Universsité Libre dee Bruxelles, 2006 in htttp://bib18.uulb.ac.be/in
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www.wikip pedia.com  
http://www w.wga.hu/  
 
Recursos EElectrónicoss 
http://www w.museu.gu ulbenkian.p
pt/  
http://lartnnouveau.co om/  
http://cvc..instituto‐caamoes.pt/coonhecer/exxposicoes‐viirtuais/a‐artte‐do‐azuleejo‐em‐portugal.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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