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AÇO INOXIDÁVEL

STAINLESS STEEL

André Milton Vieira Pimentel Nº3462

Daniel Francisco Martinho Dias Pimentel Nº3209

Rui Filipe Martinho Dias Pimentel Nº3470 Hewlett-Packard Company


AÇO INOXIDÁVEL STAINLESS STEEL

Conteúdo

Introdução .................................................................................................................................. 3
A Origem do Aço Inoxidável.................................................................................................. 4
Tipos de aço inoxidável e suas Propriedades.................................................................. 4
Classificação dos aços inoxidáveis............................................................................................. 7
 Austenítico ........................................................................................................................ 7
 Ferrítico ............................................................................................................................. 9
 Martensítico (dureza ......................................................................................................... 9
Corrosão em Aços Inoxidáveis .......................................................................................... 11
Corrosão Geral ........................................................................................................................ 11
Corrosão Intercristalina (ou intergranular) ............................................................................. 11
Corrosão sob tensão ............................................................................................................... 12
Corrosão Galvânica ................................................................................................................. 12
Corrosão Alveolar .................................................................................................................... 12
Corrosão em frestas ................................................................................................................ 13
Ar e gases oxidantes em geral ................................................................................................. 13
Resistência á corrosão dos aços inoxidáveis ................................................................ 13
Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Austeníticos ...................................................... 14
Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Ferríticos .......................................................... 15
Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Martensíticos ................................................... 15
Aplicações em Engenharia .................................................................................................. 16
Conclusão .................................................................................................................................. 20
Bibliografia ................................................................................................................................. 21

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Introdução

No âmbito da unidade curricular de ciências dos materiais, este trabalho sobre o aço
inoxidável, foi realizado com a intenção de apresentar o material, bem como todos os seus
bens envolventes.

O aço inoxidável é um material, que pode ser utilizado em diversas aplicações nos
vários ramos de engenharia, e, por isso tivemos que realizar um trabalho sucinto e objectivo
relativo ao aço inoxidável.

Neste trabalho está exposta a história do aço inoxidável, os vários tipos de aço
inoxidável (ferríticos, austeníticos e martensíticos) e as suas propriedades químicas, bem como
os vários tipos de corrosão e a sua resistência. Para finalizar, estão apresentados os vários
tipos de aplicações em engenharia que o aço inoxidável pode desempenhar.

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A Origem do Aço Inoxidável

O aço inoxidável foi descoberto pelo Harry Brearley (1871-1948), que, com apenas 12
anos saiu da escola para trabalhar como operário de uma fábrica, na sua terra natal, Sheffield.
Mais tarde foi transferido para o laboratório químico da fábrica.

Em 1912, descobriu uma liga metálica – a que ele chamou Stainless Steel( aço sem
manchas) - a partir de um estudo realizado a pedido de um fabricante de armas, que tinha
como objectivo descobrir uma liga que oferecesse maior resistência ao desgaste causados
pelo calor e gases libertados após cada disparo. Contudo o estudo era focado para a
prevenção do desgaste e não da sua corrosão, mas, acabou por descobrir uma liga metálica
que era não corrosiva. Esta liga teve uma aplicação imediata em fabrico de talheres devido a
testes realizados com alimentos que continham ácidos, e que corroíam com facilidade a
matéria usada ate então (aço carbono).

Um ano mais tarde na Alemanha, Eduard Maurer, estudava uma liga de Ferro e
Crómio, que continha além dos elementos da liga de Brearley, cerca de 8% de Níquel. Como
resultado observou que a liga resistiu após vários meses de exposição a vapores agressivos.

Presentemente, os aços inoxidáveis evoluíram bastante, em função da indústria


petrolífera, aeronáutica, entre outras, e, até mesmo devido á 2º guerra mundial.

Tipos de aço inoxidável e suas Propriedades

A liga descoberta por Harry Brearley contém ligas de Ferro - Crómio, podendo albergar
outros metais que actuam como elementos de liga, como por exemplo, o Níquel e o Molibdénio.
A sua principal característica é a alta resistência à oxidação atmosférica, devido a presença de
Crómio, em comparação com os aços comuns. É necessário no mínimo 11% de Crómio para
que as ligas de Ferro – Crómio sejam resistentes. A presença de Crómio oxida-se em contacto
com o oxigénio formando uma fina e estável película de Óxido de Crómio. Esta película
chamada de camada passiva tem como função proteger o aço contra processos corrosivos.

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O gráfico na Figura 1, indica a quantidade de Crómio que é necessária para que as


ligas de Ferro – Crómio sejam resistentes á corrosão atmosférica.

Quando comparamos os aços inoxidáveis com alguns metais ou ligas, observamos


diferenças importantes. O comportamento típico de um metal em presença de um
determinado meio agressivo é mostrado na figura 2. Imaginemos um metal qualquer imerso
numa solução ácida que tenha um certo poder oxidante, indicado pelo ponto A na figura.
Nestas condições, o metal estará em condições adversas e sofrerá corrosão. Se o poder
oxidante da solução é aumentado, adicionando-se, por exemplo, catião férrico, a taxa de
corrosão também aumenta rapidamente.

Como pode ser observado na figura 3, o comportamento dos aços inoxidáveis é


diferente. A princípio, apresentam um comportamento semelhante a outros metais (região l a 2

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na figura 3) mas, quando se atinge um determinado poder oxidante na solução, produz-se uma
grande diminuição na taxa de corrosão, como é observado nos pontos 3 e 4 (tanto que no
ponto 3 a taxa de corrosão é da ordem de 1.000 a 10.000 vezes menor que em 2).

A partir do ponto 3, por mais que se aumente o poder oxidante da solução, não
existirão aumentos da taxa de corrosão. No entanto, a partir do ponto 4, novos aumentos no
poder oxidante provocarão novamente um aumento na taxa de corrosão. A região l - 2 é
conhecida como região de actividade, a 3 - 4 como região de passividade e, a partir de 4
passando pela 5, temos a região de transpassividade.

As figuras 2 e 3 mostram claramente as diferenças existentes, em termos de


resistência à corrosão, entre os aços inoxidáveis e alguns outros metais e ligas. O fenómeno
da passividade é comunicado aos aços inoxidáveis pelo Cromio e é por isso que apresentam
excelente comportamento em muitos meios agressivos.

Já o estado passivo é consequência da formação de uma camada extraordinariamente


fina de óxido protector (espessura de 3O a 5O A) na superfície dos aços inoxidáveis.

A quantidade de elementos de liga presentes vai definir as diversas microestruturas


dos aços. Existem dois tipos de elementos de liga: os estabilizantes da ferrite (Cr - Crómio, Si -
Silício, Mo - Molibdénio, Ti - Titânio e Nb - Nióbio); e os estabilizantes da austenite (Ni - Níquel,
C - Carbono, N - Nitrogénio e Mn - Manganês). Estes elementos de liga, nas proporções
indicadas caracterizam a estrutura, propriedades mecânicas e o comportamento final, têm um
papel importante ao serviço dos aços inoxidáveis.

O Níquel provoca uma mudança na estrutura do material, apresentando melhores


características de ductilidade, resistência mecânica a quente, melhor soldagem; e aumenta a
resistência à corrosão de uma maneira geral. O Crómio e o Níquel constituem os elementos
principais dos aços inox. Os outros elementos complementam as suas funções.

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O Molibdénio e o Cobre têm a finalidade de aumentar a resistência à corrosão por via


húmida.

O Silício e o Alumínio melhoram a resistência à oxidação a altas temperaturas.

O Titânio e o Nióbio são elementos estabilizadores nos aços auteníticos, impedindo o


empobrecimento de Crómio via precipitação em forma de carbonetos durante o aquecimento
e/ou arrefecimento lento, que provocaria uma perda de resistência local à corrosão.

Os aços inoxidáveis têm diferentes composições químicas, como também o seu


processamento termo-mecânico, conferindo, propriedades e aplicações diferentes.

Classificação dos aços inoxidáveis

Dentro dos tipos de Aços inoxidáveis, temos:

 Austenítico (resistentes à corrosão) – Contém Niquel como elemento de liga.


São resistentes à corrosão em meios muito agressivos. Outros elementos
como o Molibdênio, Titânio e Nióbio, quando adicionados, melhoram a
resistência à corrosão. Este grupo de aços, combinam baixo limite de
escoamento com alta resistência a tracção e bom alongamento, oferecendo
melhores propriedades para trabalhar a frio. Não são ferromagnéticos, e
possuem uma ampla faixa de propriedades mecânicas, oferecendo boa
ductilidade, e boa resistência a altas e baixas temperaturas. São fáceis de
trabalhar, e são fáceis de soldar. São indicados a equipamentos para a
indústria química e petroquímica, equipamentos para a indústria alimentar e
farmaceutica, construção civil e utensílios alimentares e domésticos. Existe
uma variedade muito grande de aços inoxidáveis austeníticos. Os aços
convencionais são classificados pelo AISI (American Iron and Steel Institute)
em dois grupos, denominados: série 300 e série 200. A série 300, que é a mais
importante, abrange aços com 16% – 25% de Crómio e 7% – 22% de Níquel,
contendo, algumas pequenas quantidades de liga. A tabela1 mostra os aços
mais comuns desse grupo. Nos aços da série 200, o Níquel é parcialmente
substituído pelo Manganês, tendo esta série até 6% de Ni e até 15% de Mn.

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Tabela 1 – Tipos de aço inoxidável austeníticos

De todos os aços inoxidáveis austeníticos, o tipo 304 (vulgarmente 18-8) é o mais


utilizado na prática, por ser uma óptima combinação de excelente resistência à
corrosão, cabendo, por isso, a esse tipo de aço, cerca de 50% de todas as aplicações
de aços inoxidáveis em geral.

Figura 4: Aço Inoxidável Austenítico ABNT 304 – Microestrura Típica

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 Ferrítico (resistente à corrosão) – Contém de 16% a 30% de Crómio. Após o


resfriamento rápido de alta temperatura, mostram uma estrutura macia e tenaz,
altamente homogénea, conhecida como ferrítica. São mais resistentes á
corrosão que os aços martensíticos devido ao maior teor de Crómio. Possuem
boas propriedades físicas e mecânicas e são efectivamente resistentes á
corrosão atmosférica e a soluções fortemente oxidantes. Como não contém
Níquel é dos aços mais baratos, sendo usado em, electrodomésticos, balcões
frigoríficos, moedas, indústria automóvel, talheres e placas de sinalização e
fachadas. Esses aços inoxidáveis têm, dependendo do tipo, de 12% a 30% de
Crómio, e a maior parte é isenta de Níquel, tendo alguns, pequenas
quantidades desse metal. São todos aços magnéticos. Os aços ferríticos
apresentam Ferro em qualquer temperatura, por isso não temperam qualquer
que seja o tratamento térmico, podendo, entretanto, endurecer quando
submetida a deformação a frio.

Figura 5: Aço Inoxidável Ferrítico ABNT 409 – Microestrura Típica

 Martensítico (dureza elevada) – Contém de 12% a 17% de Crómio e 0,1% a


0,5% de Carbono, e podem atingir diversos graus de dureza pela variação das
condições de aquecimento e resfriamento. Este tipo de aços, após o
resfriamento rápido de altas temperaturas, caracteriza uma alta dureza e
fragilidade, denominada Martensítica. Apresentam difíceis condições de
trabalhar as demais classes que possam constituir no mercado, e têm uma
soldabilidade muito fraca. São indicados para a indústria de cutelaria (objectos
cortantes), instrumentos cirúrgicos, facas de corte e disco de freio especiais.
Existem ainda os aços inoxidáveis de estrutura mistas ferrítica-martensítica,
que são capazes de têmpera parcial. A próxima tabela 2 mostra os principais
tipos de aços desses grupos, com a designação numérica da AISI. A

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resistência mecânica em temperaturas elevadas e a resistência à fluência


desses aços inoxidáveis ferríticos e martensíticos são comparáveis com as
resistências dos aços de baixa liga, sendo a resistência à fluência
sensivelmente inferior a dos aços inoxidáveis austeníticos. Por esse motivo, as
temperaturas máximas limites de uso prático são também inferiores às dos
aços austeníticos, como pode ser observado na tabela 2.

Tabela 2 – Tipos de aço inoxidável ferríticos e martensíticos

TABELA 2

Figura 6: Aço Inoxidável Martensítico ABNT 420 – Microestrura Típica

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Corrosão em Aços Inoxidáveis

A corrosão é geralmente conhecida como a destruição parcial ou total de um metal ou


liga metálica, por via química ou electroquímica. De acordo com o tempo de exposição, a
proporção, a forma e as circunstâncias, podemos dividir em vários tipos de corrosão.

Corrosão Geral

É a corrosão que se desenvolve, de uma forma uniforme em toda a superfície da peça


que está a submetida ao ataque corrosivo.

Corrosão Intercristalina (ou intergranular)

Este tipo de corrosão origina-se no interior da peça, com poucos sinais visíveis á superfície,
ocorre nos contornos dos grãos dos metais. Esta forma de desenvolvimento é perigosa,
porque, a corrosão pode progredir consideravelmente sem ser notada.

A causa deste tipo de corrosão intercristalina nos aços inoxidáveis é devido á


permanência mais ou menos prolongada do aço na faixa de temperatura entre os 400 e
9000ºC, que dá origem da precipitação de carbonetos de Crómio nos contornos de grão. Para
evitar, ou pelo menos reduzir este tipo de ataque de corrosão, podemos:

 Quando viável, realizar um recozimento destinado a promover uma completa


redissolução dos carbonetos precipitados.

 Usar aços estabilizados, ou seja, aços com adição de elementos de liga de


Crómio, como o Titânio, Tântalo ou Nióbio, que possuem maior afinidade pelo
carbono do que o Crómio.

 Usar aços com teor de carbono extremamente baixos, na ordem dos 0,02 a
0,03%.

Os aços do tipo austeníticos, são os aços mais sensíveis a este tipo de corrosão.

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Corrosão sob tensão

Este tipo de corrosão ocorre quando um metal se encontra sob acção simultânea de
um meio corrosivo e de uma tensão mecânica, produzida por exemplo, por uma deformação a
frio.

Para reduzir os efeitos da corrusão, recomenda-se remover a tensão por meio de um


recozimento, a uma temperatuda adequada.

Corrosão Galvânica

Este tipo de corrosão corre quando dois metais de potenciais electroquímicos


diferentes se encontram imersos num mesmo electrólito e mantêm um contacto galvânico entre
si. O mesmo processo pode realizar-se no caso de metais de igual potencial, imersos em
electrólitos diferentes, ou no caso de metais diferentes em electrólitos diferentes.

Existem vários processos que são utilizados para eliminar ou reduzir a corrosão
galvânica. Como regra geral, deve-se evitar, dentro das possibilidades do projecto e da
operação, o contacto galvânico entre metais que apresentem grande diferença de potencial
electroquímico. Isso obtém-se pelo uso de materiais isolantes como borracha, pela aplicação
de camadas protectoras (como tintas, plásticos, etc.) e em alguns casos por um rearranjo do
projecto, etc.,

Outro sistema de medidas consiste na remoção do electrólito, sobretudo quando de


natureza acidental (água da chuva ou de condensação, acumulação de agentes corrosivos,
etc.)
Em algumas aplicações é necessário o uso de protecção catódica; no entanto este processo é
muito complexo e requer a assistência de especialistas.

Corrosão Alveolar

Também conhecida como corrosão localizada, consiste num ataque localizado de uma
peça por um agente corrosivo. Este tipo de corrosão caracteriza-se por uma penetração do
ataque em pontos isolados, que pode eventualmente provocar a perfuração da peça enquanto
as regiões circundantes/vizinhas permanecem praticamente intactas. Um dos casos mais
frequentes de corrosão alveolar ocorre em peças metálicas imersas em água do mar. As
causas da corrosão alveolar são muito diversas e estão geralmente ligadas ao estado de
superfície da peça, a composição do electrólito, etc.

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A adição de molibdénio aos aços inoxidáveis austeníticos aumenta consideravelmente


a resistência desses após a corrosão alveolar. Em muitas aplicações é praticamente inevitável
a ocorrência desse tipo de corrosão, para minorar seus efeitos, recomenda-se ter a peça em
bom estado de limpeza, com a superfície polida e livre de corpos estranhos aderentes, etc.
A corrosão alveolar é muitas vezes associada a corrosão galvânica e nesses casos torna-se
necessário combater simultaneamente as duas formas de ataque.

Corrosão em frestas

Este tipo de corrosão ocorre em frestas, recessos, cavidades e outros espaços


confinados onde se acumulam o agente corrosivo. Atribui-se geralmente a corrosão em frestas
a uma deficiência da presença de oxigénio suficiente para formar e manter a camada
passivadora de óxido de Crómio. A protecção contra corrosão em frestas consiste
principalmente em evitar dentro do possível a criação de espaços confinados, por meio de
projecto e construções adequadas.

Ar e gases oxidantes em geral

O ataque por gases oxidantes é provavelmente a causa mais frequente de corrosão


dos aços inoxidáveis em temperaturas elevadas. O ataque provoca a partir de certa
temperatura a formação de uma espessa camada de óxido. Essa temperatura é fortemente
afectada pela composição de gases presentes.

As temperaturas de oxidação, em serviço contínuo e em serviço intermitente,


mencionadas em catálogos de aços inoxidáveis, são normalmente determinadas em ar
atmosférico praticamente puro, sobretudo isento de gases sulfurados e devem ser
considerados como indicações de orientação. É muito importante analisar este facto na fase de
selecção dos aços, pois a presença de contaminantes produz um abaixamento considerável da
temperatura de oxidação.

Resistência á corrosão dos aços inoxidáveis

Os aços inoxidáveis são mais ou menos resistentes dependendo da sua composição


química e da sua micro estrutura.

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Os mais resistentes á corrosão são os austenisticos, e os menos resistentes são os


aços inoxidáveis martensiticos. Sendo assim deve-se considerar cada tipo de aço
individualmente, no entanto, antes disso é necessário analisar genericamente o fenómeno da
passivação e a influencia dos elementos de liga na resistência á corrosão.

A passivação nos aços inoxidáveis é originada pela presença de uma fina película de
oxido hidratado de metal na superfície. A presença da película depende da natureza do meio
ambiente e ela condiciona o comportamento mais ao menos nobre do aço. Esta, quando
presente, o aço inoxidável aproxima-se de um comportamento dos metais nobres, caso
contrario assemelha-se á actividade do aço comum.

A destruição da película num determinado ponto pode conduzir à corrosão de uma


peça pelos seguintes tipos de corrosão: por pites, por frestas, intergranular e sob tensão. De
um modo geral, consoante o tipo de aço inoxidável e das condições do meio ambiente a
corrosão pode ser devidamente evitada, caso contrário, manifesta-se de uma forma rápida e
destrutiva.

Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Austeníticos

Os aços inoxidáveis austeníticos, como já referi anteriormente, são considerados os


aços mais resistentes à corrosão em meios ambientes de atmosfera industrial ou de meios
ácidos, mantendo a superfície brilhante e praticamente isenta de produtos de corrosão.

Em condições mais severas, tal como temperaturas mais elevadas ou ácidos mais
fortes, os elementos de liga devem ser accionados em maiores teores.

A adição de Molibdénio em teores acima de 2% eleva a resistência à corrosão


localizada, para meios mais agressivos (com teor de cloretos mais elevado). Os teores de
níquel e Molibdénio são mais elevados, contudo, é muito importante a manutenção no aço de
baixos teores de inclusões e de precipitados durante a sua fase de fabricação.

Na corrosão intergranular deve-se considerar a denominada temperatura de


sensibilização (600ºC a 870 ºC) e procurar evitá-la. A liga quando recozida para solubilização é
resfriada rapidamente para evitar a sensibilização tornando-se mais resistente a esse tipo de
corrosão.

A redução do teor de carbono reduz o efeito da sensibilizacão (usar em vez do 304 ou


316, os 304L ou 3l6L). A adição de Nióbio ou Titânio produz um aço "estabilizado" aumentando
a resistência a corrosão intergranular.

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Muitos aços são susceptíveis a corrosão sob tensão (particularmente em soluções


contendo cloretos com pH de 2 a 10, e temperatura acima de 300oC), os aços com níquel
acima de 30%, são praticamente imunes a esta corrosão.

A corrosão galvânica pode ocorrer dependendo da natureza de um outro metal em


contacto, e da condição passivada ou activada em que se encontra no meio líquido; na
condição passivada é relativamente nobre, caso contrário comporta-se como aço comum.

Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Ferríticos

Este tipo de aços inoxidáveis apresenta maior resistência a corrosão no estado


recozido. A resistência a corrosão generalizada aumenta com o teor de Crómio e com o
tratamento térmico de recozimento para solubilização.

A corrosão por pites e por frestas manifesta-se menos com a adição de Crómio e
Molibdénio. A composição para garantir uma boa resistência é no mínimo 23% Crómio e 2%
Molibdénio.

A temperatura de sensibilização à corrosão intergranular permanece na faixa de 600 a


650ºC. Para prevenir este dano pode-se accionar estabilizadores como o Titânio e o Nióbio, ou
reduzindo os teores de carbono e Nitrogénio (um teor abaixo de 0,02% de Carbono impede a
presença deste tipo de corrosão) ou realizar um recozimento aproximadamente dos 700ºC.

A resistência a corrosão sob tensão é obtida com um mínimo de 20% Crómio e 1%


Molibdénio, em ambiente de iões de cloro, contudo a dureza do metal em geral contribui muito
para elevar a resistência.

A intensidade de corrosão por formação de par galvânico depende da condição de


passividade. O aço inoxidável ferrítico apassiva-se com maior dificuldade do que o aço
austenítico.

Resistência a corrosão dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Os aços inoxidáveis martensíticos apresentam teor máximo de Crómio de 14%, para


permitir a transformação martensítica, mas de qualquer forma, são seleccionados para
condições ambientas não severas e para peças onde a resistência mecânica é fundamental;
além do relativamente baixo teor de Crómio, esses aços possuem alto carbono que conduz a
formação de precipitados.

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Aplicações em Engenharia

O aço inoxidável, está cada vez mais presente na indústria, e em praticamente todos,
se não todos os ramos da engenharia. Este fenómeno deve-se a quatro factores determinantes
do objecto de estudo. Estes factores são nomeadamente a aparência, a resistência à corrosão,
a resistência a oxidação, e a resistência mecânica.

A aparência brilhante e atraente dos aços inoxidáveis, que se mantêm ao longo do


tempo com simples limpeza, associada a resistência mecânica, torna esses materiais
adequados aos usos nas construções arquitectónicas, na fabricação de móveis e objectos de
uso doméstico e a outros semelhantes.

A resistência a corrosão dos aços inoxidáveis aos diversos meios químicos permitem o
seu emprego em, recipientes, tubulações e componentes de equipamentos de processamento
de produtos alimentares e farmacêuticos, de celulose e papel, de produtos de petróleo e de
produtos químicos em geral.

A resistência a oxidação, em temperaturas mais elevadas, torna possível o seu uso em


componentes de fornos, câmaras de combustão, trocadores de calor e motores térmicos.
A resistência mecânica relativamente elevada, tanto à temperatura ambiente como as baixas
temperaturas, faz com que sejam, usados em componentes de máquinas e equipamentos nos
quais se exige alta confiança de desempenho como, por exemplo, partes de aeronaves e
mísseis, vasos de pressão, e componentes estruturais menores como parafusos e hastes.

Para as demais aplicações em engenharia, de diferente tipos de aços inoxidáveis,


temos:

Aços inoxidáveis Austeníticos

 301 - Fins estruturais; correias transportadoras; utensílios domésticos;


ferragens; diafragmas; adornos de automóveis; equipamentos para transporte;
aeronaves; ferragens para postes; fixadores (grampos, fechos, estojos);
conjuntos estruturais onde alta resistência é exigida; em aeronaves;
automóveis, caminhões I e carroçarias, carros ferroviários.
 302 - Gaiolas de animais; guarnições arquitectónicas, exteriores
arquitectónicos; garrafas térmicas e esterilizadores; equipamentos para
recozimentos; pias; lavadores de pratos; utensílios domésticos; equipamentos
hospitalares; tanques de gasolina; equipamentos para fabricação de sorvetes;
congeladores; guarnições para portas; equipamentos para lacticínios;
maquinaria para engarrafamento; tanques de fermentação; equipamentos para

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armazenagem e processamento de produtos alimentícios; dobradiças,


refinarias de açúcar; carros ferroviários.
 302 B - Peças resistentes ao calor; elementos de aquecimento de tubos
radiantes; caixas de recozimento; suportes de tubos; aplicações onde exija
resistência à oxidação a temperaturas até 926oC e para serviço intermitente
envolvendo resfriamento rápido a temperaturas até 870ºC (ex: partes de
fornos, secções de queimadores, abafadores de recozimento).
 303 - Parafusos; porcas; pregos; eixos; cabos; fechaduras; componentes de
aeronaves; buchas; peças produzidas em máquinas automáticas de parafusos
e outros equipamentos de máquina ferramenta.
 304 - Utensílios domésticos; fins estruturais; equipamentos para indústria
química e naval; indústria farmacêutica; indústria têxtil; indústria de papel e
celulose; refinaria de petróleo; permutadores de calor; válvulas e peças de
tubulações; indústria frigorífica, instalações criogénicas; depósitos de cerveja;
tanques de fermentação de cerveja; equipamentos para refino de produtos de
milho; equipamentos para leitaria; cúpula para casa de reactor de usina
atómica; tubos de vapor; equipamentos e recipientes para usinas nucleares;
peças para depósito de algumas bebidas carbonatadas; condutores
descendentes de águas pluviais; carros ferroviários; calhas.
 304 L - Revestimento para trajas de carvão, tanques de pulverização de
fertilizantes líquidos; tanques para stock de massa de tomate; quando se faz
necessário um teor de carbono menor que o tipo 304 para restringir a
precipitação de carbonetos resultantes da solda, particularmente quando as
peças não podem ser tratadas termicamente após a solda; carros ferroviários.
 305 - Peças fabricados por meio de severas deformações a frio.
 308 - Fornos industriais; válvulas; vergalhões para a solda; soluções de sulfeto
a alta temperatura.
 309 - Aplicações a altas temperaturas; suportes de tubos; abafadores; caixas;
depósitos de bebidas; partes de queimadores a óleo; refinarias; equipamentos
para fábrica de produtos químicos; partes de bombas; revestimento de fornos;
componentes de caldeiras; componentes para fornalha de máquinas a vapor;
aquecedores, trocadores de calor; peças para motores a jacto.
 310 - Aquecedores de ar; caixas de recozimento; estufa de secagem;
anteparos de caldeira de vapor; caixa de decantação; equipamentos para
fábrica de tinta; suportes para abóbada de forno; fornos de fundição;
transportadores e suportes de fornos; revestimento de fornos; componentes de
turbinas a gás; trocadores de calor; incineradores; componentes de
queimadores a óleo; equipamentos de refinaria de petróleo; recuperadores;
cilindros para fornos de rolos transportadores; tubulação de soprador de
fuligem; chapas para fornalha; chaminés e comportas de chaminés de fornos;

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conjuntos de diafragma dos bocais para motores turbo - jactos; panelas de


cristalização de nitratos; equipamentos para usina de papel.
 314 - Caixas de recozimento; caixas de cimentação; acessórios para
tratamentos térmicos; tubos de radiação.
 316 - Peças que exigem alta resistência à corrosão localizada; equipamentos
de indústrias químicas, farmacêutica, têxtil, petróleo, papel, celulose, borracha,
nylon e tintas; peças e componentes diversos usados na construção naval;
equipamentos criogénicos; equipamentos para processamento de filme
fotográfico; cubas de fermentação; instrumentos cirúrgicos;
 316 L - de válvulas; bombas; tanques; evaporadores e agitadores;
equipamentos têxteis condensadores; peças expostas à atmosfera marítima;
adornos; tanques soldados para stock de produtos químicos e orgânicos;
bandejas; revestimento para fornos de calcinação.
 317 - Equipamentos de secagem; equipamentos para fábricas de tintas.
 321 - Para estruturação soldadas e peças sujeitas a aquecimento na faixa de
precipitação de carbonetos; anéis colectores de aeronaves; revestimentos de
caldeiras; aquecedores de cabines; parede corta-fogo; vasos pressurizados;
sistema de exaustão de óleo sob alta pressão; revestimento de chaminés;
componentes de aeronaves; super - aquecedor radiante; foles; equipamentos
de refinaria de petróleo; aplicações decorativas.
 347 - Tubos para super - aquecedores radiantes; tubo de exaustão de motor de
combustão interna; tubulação de vapor a alta pressão; tubos de caldeiras;
tubos de destilação de refinaria de petróleo; ventilador; revestimento de
chaminé; para estruturas soldadas e peças sujeitas, a aquecimento na faixa de
precipitarão de carbonetos; tanques soldados para transporte de produtos
químicos; anéis colectores; juntas de expansão; resistências térmicas.

Aços Inoxidáveis Ferríticos

 403 - Lâminas de turbina sujeitas à corrosão e desgaste por abrasivo e


corrosão húmida; anéis de jactos; secções altamente tensionadas em
turbina a gás.
 405 - Caixas de recozimento
 409 - Sistemas de exaustão de veículos automotores; tanques de
combustível; banco de capacitares.
 430 - Adornos de automóveis; calhas; máquinas de
lavar roupa; revestimento da câmara de combustão para motores
diesel; equipamentos para fabricação de ácido nítrico; fixadores;
aquecedores; portas para cofres; moedas; pias e cubas; baixelas;

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AÇO INOXIDÁVEL STAINLESS STEEL

utensílios domésticos; revestimentos de elevadores.

Aços Inoxidáveis Martensíticos

 410 - Válvulas; bombas; parafusos e fechaduras; tubo de controle de


aquecimento; chapa para molas; cutelaria (facas, canivetes etc.); mesa de
prancha; instrumentos de medida; peneiras; eixos accionadores;
maquinaria de mineração; ferramentas manuais; chaves; para aplicações
que exigem boa resistência à oxidação à elevada temperatura tais como as
partes de fornos, queimadores etc. Equipamentos rodoviários; sedes de
válvulas de segurança para locomotivas; plaquetas tipográficas; apetrechos
de pesca; peças de calibradores; fixadores.
 416 - Parafusos; porcas; engrenagens; tubos; eixos; fechaduras.
 420 - Cutelaria; instrumentos hospitalares, cirúrgicos e dentários; réguas;
medidores; engrenagens; eixos; pinos; rolamentos de esferas; bolas de
milho; disco de freio.
 440 A B C - Eixos; pinos; instrumentos cirúrgicos e dentários; cutelaria;
anéis.
 442 - Componentes de fornos; câmara de combustão.
 446 - Caixas de recozimento; chapas grossas para abafadores;
queimadores; aquecedores; tubos para pirómetros; recuperadores; válvulas
e conexões; aplicações a altas temperaturas quando necessária resistência
á oxidação.

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AÇO INOXIDÁVEL STAINLESS STEEL

Conclusão

A realização deste trabalho de pesquisa relativo ao aço inoxidável permitiu alargar o


conhecimento sobre este material. Sendo um dos materiais mais conhecidos a nível mundial,
em termos de pesquisa houve uma certa facilidade em encontrar material de estudo.

Um dos grandes problemas na realização deste trabalho foi seleccionar o que era mais
importante de referir, visto que estávamos limitados a um certo número de páginas.

Contudo este desafio de seleccionar o que era importante, tornou-se uma vantagem
visto que fomos obrigados a levar a fundo a leitura de toda a informação relativa ao aço
inoxidável.

Em suma, esperamos que este trabalho esteja sucinto e claro, de acordo com o
material que escolhemos para objecto de estudo.

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AÇO INOXIDÁVEL STAINLESS STEEL

Bibliografia

 http://www.importubos.com/breve-historia-do-aco-inox.html
 http://translate.google.pt/translate?hl=pt-
PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.ssina.com/overview/history.html
 http://www.pipesystem.com.br/Artigos_Tecnicos/Aco_Inox/body_aco_inox.html
#TOP

 http://www.nucleoinox.org.br/upfiles/arquivos//downloads/Acesita_Aplica_Espec
ifica.pdf
 http://pt.shvoong.com/books/1749926-caracteristicas-
a%C3%A7ohttp://xa.yimg.com/kq/groups/21784460/1858665406/name/Aco+in
oxidavel.pdf-inox/
 http://xa.yimg.com/kq/groups/21784460/1858665406/name/Aco+inoxidavel.pdf

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