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Curso Preparatório para Concursos

DIREITO ADMINISTRATIVO
Prof. Rafael Gimenes
 
 
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Noções de Direito Administrativo

1 INTRODUÇÃO

O Direito Administrativo é o conjunto de princípios e normas que regem a


atividade administrativa do Estado, suas entidades, órgãos e agentes públicos
com objetivo atender as necessidades da coletividade e do próprio Estado.

Suas fontes são:

a) Fontes Formais: Leis e demais atos normativos.

b) Outras Fontes: Jurisprudência, doutrina, princípios gerais do direito e


costumes.

2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

É o conjunto de entidades e órgãos públicos, tendo função de administrar


visando satisfazer as necessidades da coletividade, ou seja, sociedade,
baseando suas atividades nos fins desejados pelo Estado.

2.1 Organização do Estado Brasileiro

Primeiramente, o Estado brasileiro é uma República que consiste na forma de


governo onde os representantes do povo são eleitos pelo povo, ou seja,
eletividade, cabendo ainda o caráter temporário destes representantes que
possuem mandato fixo.

As eleições para escolha dos representantes do Executivo e Legislativo são


periódicas e existe ainda o regime de responsabilidade dos ocupantes de
cargos públicos.
 
 
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Nossa forma de Estado é a Federação, ou seja, há a união de dois ou mais


Estados para a formação de um novo, no qual as unidades conservam a
autonomia política, enquanto a soberania é entregue ao Estado Federal.

As entidades da Federação brasileira são: União, Estados, Distrito Federal e


Municípios.

Por último, adotamos como forma de governo o Presidencialismo, onde temos


a união do Chefe de Estado e Chefe de Governo na mesma pessoa, existindo
independência entre Legislativo e Executivo.

2.2 Da União

É a entidade voltada para assuntos de interesse de todo o Estado


brasileiro, sendo o ente central da Federação.
A União não se confunde com o Estado brasileiro e exerce dois papéis
distintos:
a) Entidade federativa com autonomia política.
b) Órgão de representação da República.

2.2.1 Competências da União

Classificação segundo o José Afonso da Silva:

a) Competências Internacionais: Compete a União manter relações com


Estados estrangeiros, participar de organizações internacionais, declarar
guerra, dentre outros (art. 21, I e IV).

b) Competências Políticas: Compete a União, decretar estado de sítio e de


defesa, intervenção federal e conceder anistia (art. 21, V e XVII)

c) Competências Financeiras: Administrar as reservas cambiais, fiscalizar as


operações financeiras e emitir moeda (art. 21, VII e VIII).
 
 
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d) Competências Administrativas: Organizar e manter o Poder Judiciário, o


Ministério Público, as polícias, o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal,
serviços de geografia e estatística, fiscalizar a produção de material bélico,
dentre outro (art. 21, VI, XIII a XVI, XIX e XXII).

e) Competências em Matéria Urbanística: Fixar políticas de ocupação do


território nacional, seja urbano ou rural (art. 21, IX, XX, XXI).

f) Competências Econômicas: Compete a União elaborar e executar planos


nacionais e regionais de desenvolvimento econômico e estabelecer áreas de
garimpo (art. 21, IX e XXI)

g) Competências na Área de Prestação de Serviços: Devido a relevância,


certos serviços são considerados de interesse público e competem a União.
Dentre eles: serviço postal e correio, telecomunicações, instalação de energia
elétrica, distribuição de água e aproveitamento energético dos cursos de água,
navegação aérea e espacial, estrutura portuária, transportes ferroviários,
aquaviários, serviços e instalações nucleares e outros (art. 21, X a XII e XXIII).
h) Competências Sociais: Compete a União elaborar e executar planos
nacionais e regionais de desenvolvimento social e planejar e promover a
defesa permanente contra calamidades públicas (art. 21, IX e XVIII).

i) Competências Legislativas: Compete legislar sobre todos principais ramos


do Direito: civil, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, comercial,
trabalhista (art. 22 e 24), juntamente com outras matérias enunciados no art. 22
da CF. Compete também, estabelecer normas gerais sobre Direito Tributário,
financeiro e penitenciário e outras matérias enunciadas no art. 24 da CF.

Por fim, qualquer invasão dos Estados e Municípios nestas esferas de


competência será inconstitucional.

2.3 Dos Estados Federados

Surgiram no Brasil com a proclamação da República e adoção do Federalismo


e as antigas províncias foram elevadas a condição de Estado-Membro.
 
 
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Cabe lembrar que embora os Estados-Membros não tenham Soberania,


possuem autonomia política.

Assim, possuem os Estados-Membros determinadas características baseadas


em sua Autonomia que é parte fundamental de um Estado-Membro, sendo a
capacidade de autodeterminação dentro das regras preestabelecidas pela
Constituição.

Deste poder, decorrem as outras características:

a) auto-organização: É a competência de cada Estado elaborar sua própria


Constituição Estadual (art. 25, CF).

b) auto-legislação: Compete a cada Estado elaborar leis estaduais dentro de


sua autonomia política e nos limites das competências fixadas pela
Constituição. A competência dos estados é remanescente, ou seja, o que não
foi atribuído para a União e Municípios pertencem ao Estado (art. 25, § 3º).

c) autogoverno: Cabe a cada estado organizar seus próprios poderes,


escolhendo seus integrantes no modelo federal.

d) auto-administração: A cada Estado compete organizar, manter e prestar


serviços que lhe forem próprios.

2.4 Dos Municípios

São entidades federativas voltadas para assuntos de interesse local, ou seja,


os Estados Federados são divididos em Municípios.

Possuem autonomia política e características próximas das estaduais embora


estejam diretamente ligados ao seu Estado-Membro.

Seguem as suas características:


 
 
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a) auto-organização: É a competência de cada Município elaborar sua própria


Lei Orgânica Municipal (art. 29, CF).
b) auto-legislação: Compete a cada Município legislar dentro de sua
autonomia política e nos limites das competências fixadas pela Constituição.
Dentre suas competências temos:
Competências exclusivas: Legislar sobre assuntos locais. (art. 30, I)
Competências comuns: São as atribuições do art. 23.
Competências suplementares: Compete aos Municípios suplementar a
legislação federal e estadual no que couber (art. 30, II)
Competências materiais: Competências dadas pelo art. 30 relacionadas
simplesmente a gestão municipal.

c) autogoverno: Cabe a cada município organizar seus próprios poderes,


excluindo-se o Poder Judiciário que no que for necessário caberá ao governo
Estadual.

d) auto-administração: A cada Município compete organizar e manter seu


corpo próprio de funcionários e servidores, regidos por lei municipais, que não
podem contrariar os princípios da Administração Pública.

2.5 Do Distrito Federal

Instituído e construído para abrigar a sede do Estado Federal, podendo assim


restringir a influência dos governos estaduais na administração Federal.

Não se confunde com Brasília, possuindo auto-organização e auto-governo.

A auto-legislação está presente acumulando as atribuição e competências dos


Estados e Municípios, sendo esta a informação mais importante para qualquer
questionamento sobre o Distrito Federal.

2.6 Organização Administrativa

Consiste na forma como a Administração Pública se organiza, com relação aos


seus entes e órgãos.
 
 
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Compreendemos como Administração Direta a União, Estados, Distrito Federal


e Municípios.

Já a Administração Indireta são entidades com funções específicas como


autarquias, agências, fundações, entidades empresárias (economia mista,
públicas e suas subsidiárias) e consórcios públicos.

Na administração pública indireta as pessoas jurídicas podem ser de direito


público ou privado e são criadas ou autorizadas por lei específica.

As chamadas Paraestatais são entidades privadas que concorrem com o


Estado para as chamadas atividades de interesse social. Não fazem parte da
Administração Indireta.

São Paraestatais: serviços sociais autônomos, entidades de apoio,


organizações sociais e organizações da sociedade civil.

2.7 Atividades da Administração Pública

As atividades da Administração se dividem em:

a) Centralizadas: atividade exercida pela própria entidade estatal.

b) Descentralizada: quando a atividade é deferida a outras entidades de


personalidade jurídica, por lei, contrato ou ato.

c) Desconcentrada: sempre que a atividade é repartida ou espalhada por


diversos órgãos da mesma pessoa jurídica.

3 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

3.1 Princípios Constitucionais

Os princípios básicos estão previstos no art. 37 da CF, sendo eles:


 
 
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Princípio da Legalidade: trás a segurança jurídica para a sociedade, tendo


em vista que a Administração Pública só pode fazer de acordo com a lei, ou
seja, seus atos serão válidos se a lei assim autorizar. É o inverso do Princípio
da Legalidade inerente a qualquer pessoa, onde todos são livres para fazer ou
deixar de fazer alguma coisa, senão, em virtude de lei.

Princípio da Impessoalidade: Liga-se ao fato onde a Administração deve


atuar pelo interesse da coletividade e não de particulares, cabendo ainda a
necessidade do tratamento igual a todos.

Princípio da Moralidade: As atividades administrativas não devem se


distanciar da moral, dos princípios éticos e da boa-fé.

Princípio da Publicidade: Consiste na atuação transparente da Administração


Pública, dando publicidade aos seus atos e levando o conhecimento destes a
todos para possibilitar o controle.

Princípio da Eficiência: Primeiramente ligado a situação onde os agentes


públicos devem ser profissionais e especialistas em suas funções, cabendo
ainda a situação organizacional da Administração, onde suas atividades devem
ser eficientes, rápidas, econômicas e objetivando os melhores resultados
possíveis.

Legalidade – Impessoalidade – Moralidade – Publicidade – Eficiência


 
 
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3.2 Princípios do Regime Jurídico-Administrativo

Além dos Princípios Constitucionais previstos no art. 37 da CF, existem outros


de grande importância para a Administração Pública, sendo eles:

Princípio da Supremacia do Interesse Público: É a afirmação da atuação


administrativa ser voltada para o bem comum, ou seja, os interesses coletivos
estão acima dos particulares.

Princípio da Indisponibilidade: Não há liberdade de disposição ou renúncia


de bens ou atividades do Estado.

Princípio da Continuidade: As atividades públicas não podem sofrer


paralisação para não prejudicar a sociedade.

Princípio da Autotutela: A administração deve rever seus atos para revogá-


los ou anulá-los quando necessário.

Princípio da Especialidade: Só pode atuar naquilo que a lei estabeleceu, ou


seja, a Administração é limitada pela lei.

Princípio da Presunção de Legitimidade (Veracidade): O que a


administração faz, presume-se verdadeiro e correto, baseando-se no fato que
ela atua respeitando a lei e buscando a satisfação da coletividade.

Princípio da Razoabilidade: O administrador não deve atuar segundo seus


valores e sim pelos valores comuns a sociedade.

Princípio da Proporcionalidade: Adequação entre meios e fins, assim os atos


da administração devem ser proporcionais com sua finalidade, as punições
devem ser proporcionais e assim como seus gastos.

Princípio da Motivação: Os atos da administração devem ser motivados de


fato e de direito, afinal, a administração só pode agir se a lei autorizar e esta
atuação deve ser necessária de fato, na situação concreta.
 
 
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Princípio da Segurança Jurídica: Quando legal e moralmente possível, atos


irregulares que cumpram a finalidade pública podem ser convalidados.

4 AGENTES PÚBLICOS

É toda pessoa física que exerce função pública, sendo este vinculo decorrente
de: eleição, nomeação, designação, contratação, convocação e delegação.

Podem ainda serem remunerados ou gratuitos.

4.1 Espécies de agentes públicos

A) Agentes Políticos: mandatos eletivos e funções primárias.

B) Servidores Públicos: funções administrativas civis, não militares e com


regime jurídico Estatutário.

C) Empregados Públicos: funções não próprias de públicas e regime jurídico


Celetista.

D) Servidores Temporários: situações transitórias e temporárias.

E) Servidores Militares: Servidores de carreiras militares dos Estados,


Distritos Federais, Territórios e Forças Armadas.

4.2 Regimes Jurídicos

É o conjunto de normas e princípios sobre as relações entre a Administração e


seus agentes.

Estatutário: regime aplicável a todos os servidores de determinada pessoa


política ou aplicável a determinadas carreiras com Estatutos específicos.
 
 
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Celetista: servidores ocupantes de empregos públicos, seguindo as normas da


CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Não existe mais o “regime jurídico único” (Ementa n. 19/98).

Administração Federal é regida pelas Leis: Lei n. 8.112/1990 (estatutários) e


Lei n. 9.962/2000 (regime de emprego público).

4.3 Acessibilidade

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis na forma da lei a


brasileiros e estrangeiros.

Naturalizados podem exercer funções públicas, exceto aquelas privativas de


brasileiros natos.

A acessibilidade pode ocorrer por:

4.4 Acumulações de Cargos e Funções

A acumulação de outra função para ocupantes de cargos e empregos públicos


é proibida com outros cargos remunerados, salvo se houver compatibilidade de
horário e se referir:

a) A dois cargos de professor


 
 
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b) A um cargo de professor com outro, técnico ou científico.

c) À de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde,


com profissões regulamentadas.

Existem também as acumulações “especiais”:

4.5 Investidura ou Provimento

É a forma de vinculação do agente ao cargo ou função pública, sendo seu


inverso é a Vacância.

A Investidura pode ser dos seguintes tipos:

a) Investidura Política: Decorre da eleição para cargo eletivo.

b) Investidura Originária: É a primeira vinculação com a administração


pública, decorrente de concurso público.

c) Investidura Derivada: É a investidura em outros cargos após a investidura


originária, podendo ser por concurso interno ou por Promoção (Plano de
Carreira), Remoção (mudança de órgão ou local que o agente labora), Permuta
(troca de agentes dentro da administração pública), Readmissão (com a
decisão administrativa que cancela a demissão), Reintegração (com a decisão
judicial que manda o agente ser reintegrado), Aproveitamento (o agente público
é aproveitado para exercer outro cargo ou função) e Recondução (volta do
agente para seu cargo ou função anterior a atual), Readaptação (Situação onde o 
 
 
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agente por sofrer algum tipo de limitação, por exemplo, física, sendo
readaptado para exercer função diversa a originária sem redução de sua
remuneração) e Reversão (situação onde o servidor aposentado retorna ao seu
cargo revertendo a aposentadoria, sendo isso possível até os 70 anos devido a
aposentadoria provisória).

d) Vitaliciedade: É aquela que garante a perpetuidade do seu titular como nos


casos de juízes, promotores e outros.

e) Efetivação: É a investidura após o término do Estágio Probatório,


conferindo estabilidade aos servidores estatutários e admitidos por concurso.

f) Investidura em Comissão: É o ato discricionário da administração para


nomear pessoas a cargos e funções de confiança, não conferindo a eles
efetividade e vitaliciedade.

4.6 Estágio Probatório

Foi imposto pela Constituição Federal como período de avaliação necessário


para a Efetivação em cargo ou função pública decorrente de concurso.

Pela lei 8.112/90 sua duração é de 24 meses e no final será feita uma
Avaliação Especial que observará:

Assiduidade: Quantidade de faltas e horário de trabalho.

Disciplina: comprometimento e obediência as ordens de superiores


hierárquicos.

Capacidade de Iniciativa: É a capacidade do agente de trabalhar sem


precisar ser pressionado, sua capacidade de tomar iniciativas e buscar um
serviço efetivo.
 
 
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Produtividade: Ligado ao rendimento dos trabalhos realizados durante o


período de estágio.

Responsabilidade: Exercício de suas atividades de forma responsável.

A questão do Estágio Probatório é extremamente polêmica quando


falamos sobre o prazo. Vejam que embora a lei 8.112/90 indique 24 meses, a
Constituição Federal de 1988 prevê em seu Art. 41 que são considerados
estáveis somente os servidores efetivamente ativos a mais de 3 anos.

Isso gerou um impasse entre a Lei e a CF/88, o que fez o poder


judiciário em suas últimas decisões se posicionar a favor da CF/88.

Assim, por ser a estabilidade e o estágio probatório dependentes,


seguindo as decisões atuais, deve-se utilizar o período de 3 anos para a
duração do estágio probatório.

4.7 Vacância

O desligamento do Agente Público causa a vacância e pode ocorrer nas


seguintes hipóteses:

a) Exoneração (a pedido ou não): É o desligamento da administração pública


por vontade do agente ou por decisão administrativa, nos casos de servidores
efetivos, ou seja, estatutários e com estabilidade.

b) Demissão: É o desligamento da administração a pedido ou não do agente,


nos casos de emprego público, ou seja, celetistas.

c) Falecimento: Com a morte do agente.

d) Aposentadoria: Com o desligamento da função devido a aposentadoria do


agente.
 
 
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e) Readaptação: Situação onde o agente por sofrer algum tipo de limitação,


por exemplo, física, sendo readaptado para exercer função diversa a originária.

4.8 Sindicalização e Greve

Todos os agentes públicos têm direito a sindicalização e não poderá ser


dispensado o agente público quando estiver inscrito a cargo de direção ou
representação sindical.

Durante o mandato e até um ano após o eu término, também não poderá ser
dispensado, a não ser que exista “justa causa”.

O direito a greve também poder ser exercido pelos agentes públicos,


obedecendo às normas e os limites impostos por lei.

Assim, nas situações de greve os serviços essenciais não podem parar, como
por exemplo, hospitais, tratamento de água e esgoto, fornecimento de energia,
transporte público, e outros.

4.9 Sistemas Remuneratórios

A Remuneração é a contraprestação recebida pelo servidor público pelo


período trabalhado.

O Subsídio consiste na forma de remuneração percebida por cargos eletivos,


ministros, membros do judiciário e servidores militares.

Salário é a forma de pagamento dos empregados públicos (celetistas).

Por fim, vencimentos é o produto final percebido somando remuneração e


vantagens pessoais (indenização, gratificação e adicionais).

Cabe lembrar-se da Irredutibilidade, art. 37, XV, CF, que diz que todos
servidores gozam de garantia de irredutibilidade de vencimentos.
 
 
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4.10 Aposentadoria

Existem dois tipos de aposentadoria, sendo um utilizado para os celetistas e


outro aplicável aos ocupantes de cargos efetivos.

Regime Geral da Previdência Social – RGPS: Aplicável aos Celetistas,


ocupantes de cargos em comissão e temporários.

Regime Próprio do Servidor Público – RPSP: Aplicável a agentes de cargos


efetivos, titulares de cargos vitalícios.

Pode ocorrer ainda a aposentadoria por invalidez que é a impossibilidade


absoluta do agente, além de ser inviável a readaptação para outro cargo
compatível. Depende de prévia avaliação médica.

O valor percebido na aposentadoria por invalidez será integral decorrer de:


acidente em serviço, doença profissional ou doença grave.
 
 
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Pode ocorrer também a aposentadoria voluntária, para a qual são


necessários os requisitos abaixo:

A aposentadoria compulsória é aquela onde obrigatoriamente o agente


deverá se aposentar e ocorre quando este completar 70 anos de idade e
perceberá proventos proporcionais. Entretanto, caso tenha atingido os
requisitos da voluntária, recebe integral.

4.11 Deveres dos Agentes Públicos

Os deveres que são indispensáveis para o agente público são a Lealdade com
a administração, a Obediência as ordens dos superiores e a lei e por último a
Conduta Ética, baseando suas atividades na lei e nos princípios já estudados.

4.12 Responsabilidades do Agente

Responsabilidade Administrativa: É a responsabilização administrativa dos


agentes públicos, tendo em vista a existência de uma série de normas e a
própria lei limitando e guiando a atuação da Administração, qualquer atividade
irregular praticada pelos agentes cabe a administração investigar, sanar e
punir.

PAD: Processo Administrativo Disciplinar é o processo utilizado para infrações


graves.
 
 
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Sindicância: utilizada para infrações que suportem punição de suspensão


menor que 30 dias ou advertência.

Responsabilidade Civil: É a responsabilização civil dos agentes, como nos


casos de reparação de danos e afins. Se os danos causados forem a
administração pública, o agente responde diretamente. Se os danos causados
forem a terceiros, ao particular, a Administração será a responsável direta,
cabendo o direito de regresso perante o agente infrator.

Responsabilidade Penal: São as situações onde o agente público pratica um


fato típico, ou seja, ele realiza uma conduta reconhecida como crime pela lei
brasileira. Nestes casos a perda do cargo ocorre quando a pena privativa de
liberdade for igual ou maior que um ano nos crimes com abuso de poder ou
violação de deveres ou nos crimes em geral com condenações maiores que 4
anos.

5 ATOS ADMINISTRATIVOS

Primeiramente, para que se possa compreender os atos administrativos, é


necessário ter certos conceitos, que inclusive são alvos de questionamentos
em concursos públicos.

Atos Jurídicos: É toda manifestação de vontade que tenha a finalidade de


Adquirir, Resguardar, Transferir, Modificar e Extinguir direitos.

Atos Administrativos: manifestação de vontade, sendo esta submetida às


normas do regime jurídico administrativo.
Fato Jurídico: algo que ocorre, mesmo que naturalmente, produzindo efeitos
jurídicos (Nascimento, Morte, Casamento, Criação de uma sociedade
empresária).

Fato Administrativo: acontecimento que gera efeitos PARA a administração


pública.

Fato da Administração: acontecimento gerado PELA administração pública.


 
 
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5.1 Validade dos Atos Administrativos

Para que os Atos Administrativos sejam considerados válidos, é necessário


que exista competência. Consiste a Competência na autorização legal que o
agente da administração recebe para agir.

Além da competência, deve existir uma Finalidade, sendo que esta deve ser o
interesse público.

A Forma como o ato deve ser praticado é um dos requisitos de validade, pois
não basta praticar o ato, este deve ser realizado da maneira como a lei
estabelece.

Não se pode descartar que o Motivo é de extrema importância para a validade


do ato. É a situação de direito ou de fato que determina a necessidade do ato.

Por fim, o Objeto do Ato Administrativo é um requisito de validade, ou seja, o


efeito ou bem jurídico pretendido pelo ato que deve ser adequado a lei e aos
outros requisitos e princípios da administração.

5.2 Pressupostos Dos Atos Administrativos

São pressupostos de existência: Objeto (para existir é necessário que o ato


tenha um objeto, um conteúdo) e Pertinência Administrativa (deve caber ao
Estado realizar tal ato).
Os pressupostos de validade são aqueles que observamos no tópico anterior,
que são: Sujeito, Motivo, Requisitos Procedimentais, Finalidade, Causa,
Formalização

5.3 Atributos Do Ato Administrativo

Todo ato administrativo possui atributos próprios, sendo eles:


 
 
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Presunção de legitimidade: Presumem-se como legais e verdadeiros os atos


praticados pelos agentes públicos.

Autoexecutoriedade: O ato é executado mesmo que sem consentimento do


destinatário. (Como nos casos de desapropriação)

Imperatividade: Relativo ao poder de coercibilidade, ou seja, os atos


administrativos devem ser cumpridos, a administração tem poder de impor seu
cumprimento, pelos agentes ou por particulares.

Observa-se que é chamado de Ato Administrativo Perfeito aquele que reúne


eficácia e exeqüibilidade, em outras palavras, aquele que é válido e possível de
ser realizado, sendo assim, feito com perfeição.

5.4 Classificação Dos Atos Administrativo

a) Quanto ao destinatário: Gerais e individuais, assim gerais são aqueles


impessoais, destinados de forma abstrata a todos, já os individuais são
destinados a determinada ou mesmo determinadas pessoas.

b) Quanto aos efeitos: Internos e Externos, se produzirem efeitos somente


dentro da administração corresponde ao primeiro e se os efeitos forem fora da
administração, serão externos.

c) Quanto ao objeto: De império, De gestão e De expediente. Atos de império


serão aquele que demonstrarem o poder do Estado, confirmar sua supremacia,
já os Atos de Gestão são atos de administração de bens e serviços, por último
os Atos de Expediente são aquele de controle de rotina e procedimentos
internos da administração.

d) Quanto ao regramento: Vinculados e discricionários. É a classificação mais


importante, assim os Atos Vinculados são aqueles que a administração é
obrigada a fazer ou a simplesmente fazer na forma como a lei estabelece, em
outras palavras, se a lei prevê se ato pode ser praticado, como e quando será
vinculado. Os atos discricionários são liberais, são realizados por oportunidade
 
 
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e conveniência, ou seja a lei estabelece se pode e como será o ato, mas deixa
livre ao administrador escolher quando, sendo assim, Discricionário.

e) Quanto à composição da vontade: Simples, Complexos, Compostos. Os


atos simples são aqueles praticados por uma pessoa, um agente, um órgão.
Os compostos são aqueles realizados em conjunto com outro(s) órgão(s). No
caso dos Atos compostos temos a necessidade da intervenção de outro órgão
para dar eficácia ao ato, sendo este, diferente do que editou o ato.

5.5 Espécies de Atos Administrativos

Existem várias formas de atos administrativos, sendo eles:

5.6 Extinção Dos Atos Administrativos

Exaurimento dos efeitos do ato: É a forma normal, usual de extinção do ato,


ou seja, é o fim de seus efeitos e ocorre naturalmente.

Revogação: É a decisão da administração de extinguir o ato por oportunidade


e conveniência. É importante saber diferenciar de anulação.
 
 
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Anulação: Quando existe ilegalidade praticada pelo agente, assim, pode vir a
ocorrer por decisão judicial ou administrativa.

Cassação: É a extinção do ato devido ao descumprimento de alguma


obrigação que o ato previamente fixou. Ocorre principalmente nas licenças.

Caducidade: É a conseqüência quando existe uma norma nova que seja


contrária aos efeitos do ato e como os atos administrativos devem estar de
acordo com a lei, ocorre sua extinção.

Contraposição: É a extinção do ato pela edição de um novo e contrário ao


anterior.

Renúncia: É a extinção pela vontade manifesta do beneficiário do ato.

5.7 Diferenças entre: Anulação e Revogação

Para melhor compreensão, o quadro abaixo enumera as principais diferenças


entre Anulação e Revogação.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

Quem pode ordenar? Administração e Judiciário Apenas Administração

Motivo Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

Efeitos Ex tunc Ex nunc

Direitos Adquiridos Não existem Prevalecem

Processo judicial ou
Pressupostos Processo Administrativo
Administrativo

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