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Não basta saber identificar as Demonstrações Contábeis se não tiver um mínimo de
conhecimento sobre a analise de balanços como é mais conhecida a Análise das
Demonstrações Financeiras ou Demonstrações Contábeis.
Antigamente era analisado apenas o Balanço, daí a expressão da Analise de Balanços para
designar a análise das Demonstrações Financeiras (Contábeis) ter se mantido ao longo dos
tempos.
Todas as Demonstrações Contábeis são suscetíveis de analise e são as seguintes:
- Balanço Patrimonial
- Demonstrativo do Resultado do Exercício
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (ou Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido)
- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
A ênfase é dada as duas primeiras demonstrações, pois é através delas que se verifica a
situação Patrimonial, Econômica e Financeira de forma objetiva (identificadas no Balanço
Patrimonial e Demonstrativo do Resultado do Exercício)
É importante salientar que o analista de balanço corre o risco de oferecer parecer ou
apresentar índices que poucos subsídios darão aos usuários de suas informações e que estas
podem ser imprecisas ou enganosas. Assim acontecendo, o analista de balanços poderá ser
responsabilizado pelas informações prestadas, se o investidor ou credor sofrer prejuízos.
Observe também que empresas de auditoria, apesar de toda sua experiência, também já foram
ludibriadas e sofreram sanções. Por esse motivo, pelo menos uma das norte-americanas
famosas foi obrigada a fechar suas portas. As Agências Classificadoras de Risco, conhecidas
como Agências de Rating também estão sujeitas à processos judiciais caso eventuais
informações imprecisas venham a causar prejuízos a pessoas ou entidades que se utilizem de
suas informações profissionais. Veja o texto intitulado A Megalomania e a Irresponsabilidade
das Agências de Rating.
Veja no tópico Contabilidade Criativa o que já foi feito no sentido de ludibriar os analistas de
balanços, auditores independentes e investidores pouco cuidadosos ou incautos. Para evitar
esses problemas, algumas medidas foram tomadas não somente no Brasil como também no
exterior. Sobre essas medidas veja os textos:
- Governança Corporativa - Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria,
entre outras providências
- Chinesse Hall no Asset Management - Barreiras interpostas para evitar a manipulação de
Gerenciadores de Ativos
- Compliance Office - Gerenciamento de Controles Internos para evitar fraudes, desfalques,
lavagem de dinheiro e ocultação de bens, valores e direitos.
Com base no descrito o especialista em análise balanço pode examinar demonstrações
contábeis de qualquer tipo de empresa, incluindo as do sistema financeiro e também as
sociedades de capital aberto. O texto também serve para efeito de análise de crédito, tendo em
vista que tem explicações de como deve ser feita a avaliação da Situação Líquida e Patrimonial
das empresas. Evidentemente que, não sendo positiva a Situação Patrimonial, o credor corre
os risco de não receber seu crédito, pois haverá grande risco de inadimplência por insolvência
do devedor.
No caso da Análise de Balanços reconheço que não é tarefa fácil para um experiente Contador
efetuar a perfeita análise das Demonstrações Contábeis sem que as respectivas empresas
queiram colaborar. Por isso, acho praticamente impossível que outros profissionais tenham
condições de fazer uma perfeita análise de balanços. Nenhuma entidade daria informações a
pessoa que não seja efetivamente qualificada para o exercício da contabilidade. Até os
Conselheiros Fiscais representantes de acionistas minoritários de sociedades de capital aberto
muitas vezes têm dificuldade de obter informações precisas e por isso precisam recorrer ao
poder judiciário para obtê-las.
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Opiniões diversas afirmam que a análise de balanços não é coisa difícil. E essa é a opinião
comungada por muitos que estudam em material próprio. Dizem que estudando estes materiais
aprendem a calcular cada um dos índices em poucos minutos, a ponto de conseguir passar em
qualquer concurso público em que o cálculo ou a análise dos índices seja exigido.
Isso nos dá uma idéia da falta de preparo técnico das pessoas que elaboram as provas de
alguns concursos públicos. Ou seja, as provas são tão elementares e subjetivas que qualquer
pessoa ao decorar uma técnica consegue aprovação para exercer funções para as quais
deveria ser exigida formação técnico-cultural específica tais como as de contador,
administrador de empresas ou atuário. Mas, o principal erro é o fato de não ser exigida a
formação específica, principalmente para as funções características de contadores, que é a
escrituração contábil, a análise de demonstrativos contábeis, a auditoria, a perícia contábil e a
fiscalização cuja base seja a contabilidade. O mesmo acontece com os administradores de
empresas, dentre outras profissões de nível superior: A qualquer pessoa é delegada a
administração das entidades, menos aos profissionais com formação específica.
Alguns leigos, acreditando nessa facilidade de se aprender a analisar balanços, nomeados
para altos cargos em alguns bancos, andaram treinando funcionários de baixo salário para
fazer esse tipo de análise. Acreditamos que assim procederam sem antes ouvir a opinião dos
profissionais de contabilidade.
É sabido que as empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços também estão
sujeitas a esses tipo de análise e a esses tipos de irregularidades.
É exatamente com base nas "análises" efetuadas por tais funcionários (talvez treinados por
superiores) que bancos:
- emprestam dinheiro para empresas em que nos seus balanços anuais e nos seus balancetes
mensais nada se podia ver de material;
- efetuam "adiantamentos de contratos de câmbio" para empresas que nunca exportaram e
também não apresentavam materialidade em suas Demonstrações Contábeis; e
- adquirem "Export Notes" emitidas com base em compromissos de exportação firmados por
empresas estabelecidas no Brasil tendo como contrapartes importadores estrangeiros de
existência duvidosa, porque estavam constituídos em minúsculos paraísos fiscais cuja
economia não comportava aquele tipo de importação ou exportação.
Muitas dessas empresas, tomadoras dos empréstimos, nem balanços e balancetes têm porque
a legislação tributária brasileira, por mais absurdo que pareça, não exige a manutenção de
contabilidade para entidades com faturamento mensal xxx amparado por legislações diversas.
Das empresas sem contabilidade, os bancos exigiam apenas que apresentassem uma relação
de seu faturamento mensal assinada por um de seus representantes legais e por um contador.
Empresas, ditas especializadas em análise de balanço e em análise de crédito e cadastro,
também fazem o mesmo que os tais bancos. Algumas, inclusive internacionais, fecham suas
portas no Brasil porque não possuem pessoas com competência técnica e legal para efetuar as
análises que pretendiam "vender".
Qualquer pessoa poderá efetuar a análise de balanços, desde que previamente treinada. Mas,
a competência legal para firmar os pareceres fornecidos só os contabilistas têm.
  
   
Este curso não tem somente o intuito de mostrar como são calculados os Índices de Liquidez.
Tem também a finalidade de explicar como deve ser procedida a Análise da Situação Líquida
Patrimonial, a Avaliação do Capital de Giro e os Níveis de Endividamento. O curso tem também
a finalidade de levar aos profissionais direta ou indiretamente interessados, aos investidores do
mercado de capitais e aos profissionais de contabilidade e da área de auditoria e fiscalização
os conhecimentos necessários para que consigam perceber todas distorções que as
Demonstrações Contábeis podem apresentar. Para isso seriam necessários estudos sobre:
- os tipos de operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, que podem ser
utilizadas para desvio de recursos, para esconder lucros e eliminar ou postergar o pagamento
de impostos;
- o ³planejamento tributário´ (nacional e internacional), com as possíveis formas de
manipulação de balanços, incluindo a internacionalização do capital nacional e a transferência
de resultados para paraísos fiscais, onde não são tributados;
- a avaliação de ativos e de passivos, para descobrir bens ou direitos subavaliados ou super
avaliados e eventuais saldos fictícios;
- as novas regras práticas e eficientes de análise econômico-financeira das demonstrações
financeiras;
- os procedimentos de auditoria operacional e contábil;
- os procedimentos de auditoria fiscal e tributária;
- a avaliação de riscos operacionais, entre outros.





   
A introdução não foi para causar transtorno e nem decepções. O que foi escrito não é motivo
para a total incredibilidade das análises de balanços.
O que queremos mostrar é que antes dessas análises, utilizando-se meramente índices
calculados sobre números de demonstrativos contábeis, devem ser tomadas algumas
providências que dêem a segurança de que está sendo feito um trabalho quase perfeito, ou
seja, digno de fé pública.
No universo de analistas de balanço também existem profissionais que têm competência
técnica e legal e que querem fazer a coisa tecnicamente perfeita e de forma absolutamente
séria. O grande problema é que os profissionais de contabilidade enfrentam enormes
dificuldades para conseguir desempenhar essa função de analista de balanços, que os leigos
não conseguem medir por absoluta falta de competência técnica e legal.
Entre as dificuldades, estão principalmente:
- a falta de clareza das demonstrações contábeis e a falta de informações mais precisas nas
notas explicativas e em outras peças auxiliares dos balanços;
- a falta de vontade dos representantes de algumas entidades de prestar as informações
necessárias para que o profissional especializado possa efetuar a perfeita análise;
- a falta de auditoria operacional, patrimonial, financeira, fiscal e tributária das demonstrações
contábeis das entidades de capital fechado e
- a falta de credibilidade dos pareceres de auditores independentes, principalmente dos norte-
americanos.
Segundo o Decreto-lei 486/69, regulamentado no Decreto nº 64.567/1969 (em anexo à este
módulo), cujos artigos estão transcritos no RIR/99 - Regulamento do Imposto de Renda
baixado pelo Decreto nº 3000/99, a contabilidade deve ser processada com individuação e
clareza. No Sistema Financeiro Nacional, por exemplo, não há a individuação porque o Banco
Central admite que o livro Diário Geral seja substituído pelo de Balancetes Diários, onde se tem
para cada conta apenas o saldo anterior, o total dos débitos, o total dos créditos e o saldo
atual. Foi por essa razão que, para facilitar a fiscalização por parte da Receita Federal, tornou-
se obrigatória a escrituração individuada do Razão contábil. Mas para algumas empresas são
dispensadas o livro razão, sendo obrigatório somente o livro caixa e o livro de registro de
inventário.
No que se refere à clareza, não dos lançamentos contábeis, mas dos demonstrativos
contábeis, podemos salientar que os balanços são normalmente publicados com grupamentos
de contas até o 3º grau, quando deveriam mostrar pelo menos até o 4º grau, sendo ideal a sua
abertura até o 5º grau.
Exemplo de graus:
1º grau: Grupamento: ATIVO / PASSIVO / RECEITAS / DESPESAS / ...
2º grau: Subdivisão do Grupamento: DISPONIBILIDADES / ESTOQUES /...
3º grau: Título: Tipo de Disponibilidade: BANCOS / Moedas Estrangeiras / Aplicações Em Ouro
/ Caixa
4º grau: Subtítulo: Tipo de Conta: Bancos - Conta Movimento / Bancos - Conta Vinculada
5º grau: Conta: Denominação Social dos Bancos onde a entidade tem conta
Quanto à falta de vontade de esclarecer, podemos citar o Banco Central do Brasil, que não
abria para o público os balanços e balancetes das instituições sob sua fiscalização. Nem para
os funcionários aposentados, que na ativa tinham acesso a esses dados. Agora essas
demonstrações contábeis estão disponíveis ao público através do SISBACEN ± Sistema de
Informações do Banco Central do Brasil, mas somente até 3º grau, quando o órgão possui em
seus registros as contas até o 5º grau. Dizem que o BACEN assim faz a pedido dos bancos.
As normas do Sistema Financeiro Nacional estabelecem que as demonstrações contábeis
devem ser publicadas. Por que não, em sua totalidade? E como ficam as Sociedades de
Capital Aberto fiscalizadas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários?
Outro problema é a falta de fidedignidade dos demonstrativos contábeis das empresas com
faturamento mensal superior a R$ 4.000.000,00, que estão no grupo das que são obrigadas a
ter escrituração contábil com base no "lucro real".Será que o das outras é falso ou irreal? De
fato o lucro das demais é irreal, porque é presumido ou arbitrado. Vide o caput no RIR/99:
" Art. 246 Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de
1998, art. 14):
I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00
(quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando
inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 10.637/2002)"
No caso dessas entidades com faturamento mensal igual ou inferior a R$ 4.000.000,00, que
podem optar pela presunção ou arbitramento do lucro, são bastante comuns as operações
paralelas, não lançadas na escrituração fiscal, ou seja, as chamadas ³demais receitas´.
Alguns pequenos empresários fazem um rudimentar controle do que foi vendido e do que foi
comprado. Para eles, lucro é exatamente igual a quantidade de dinheiro que têm em seus
bolsos.
Existe ainda a falta de confiança nos trabalhos dos auditores independentes, principalmente
depois da quebra de bancos ocorrida durante o Governo FHC e também depois que se
tornaram públicos os processos judiciais contra auditores nos Estados Unidos da América.
Outro episódio que fez reduzir internacionalmente a credibilidade das demonstrações contábeis
foi a quebra do banco do qual era sócia a rainha da Inglaterra.
A própria globalização da economia e a facilidade que as empresas têm para esconder lucros
em paraísos fiscais, também contribuiu para a desconfiança geral. E no Brasil isso é feito por
intermédio das famosas contas CC5 - contas correntes bancárias de não residentes - com
anuência das autoridades monetárias, que as consideram legais ou normais, embora, até 2003
fosse permitida a abertura desse tipo de conta por instituições que NÃO ERAM inscritas no
CNPF - Cadastro nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda. Essas instituições
não residentes geralmente são constituídas em paraísos fiscais e não tem autorização do
Poder Executivo para operar no Brasil. Não há previsão legal para que essas contas possam
ser abertas e movimentadas no Brasil.
O "Acordo da Basiléia", firmado pelo Brasil e por diversos países, tem por finalidade justamente
tornar mais transparentes os Demonstrativos Contábeis mediante o estabelecimento de regras
únicas em todos os países que são membros do tratado para a escrituração e o levantamento
das peças contábeis.
No Brasil, os três órgãos incumbidos por Lei para efetuar as padronizações contábeis em suas
áreas de atuação não se entendem, ou melhor, não trocam informações entre si. São eles: o
CFC - Conselho Federal de Contabilidade, o Banco Central do Brasil (Bacen) e a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM). A CVM ultimamente começou a ceder. O cadastro de auditores
independentes, por exemplo, está passando para o CFC a partir do final de 2004.
De outro lado, também não se entendem a Secretaria da Receita Federal e os dois últimos
órgãos citados, embora o art. 28 da Lei nº 6.385/76 tenha estabelecido que deve haver
intercâmbio de informações entre eles. Esse intercâmbio de informações deve incluir
obviamente a padronização dos métodos e critérios de apuração de resultados e de
apresentação das Demonstrações Contábeis. A Lei nº 10303/2001 alterou ligeiramente a forma
desse intercâmbio, mediante a atualização do texto do art. 28 da Lei 6.385/76.
O grande motivo da falta de informações ou da dificuldade interposta para obtenção dessas
informações está na possibilidade de serem descobertas fraudes contábeis e documentais,
falsos planejamentos tributários, operações para desvios de lucros, entre outros crimes contra
investidores, crimes de sonegação fiscal e contra a ordem econômica e tributária.
 
  
1) Quais as demonstrações suscetíveis de análise?
2) Quais as finalidades da análise de balanço?
3) O que implica a falta de clareza nas demonstrações contábeis em uma análise de balanço?
4) Como se dá o "grau" de informações contábeis?
5) De que forma o planejamento tributário influencia na análise de balanço?
6) Qual a finalidade do Acordo da Basiléia?
ANEXOS (Texto Original)
DECRETO No 64.567, DE 22 DE MAIO DE 1969.
Regulamenta dispositivos do Decreto-lei nº 486, de 3 de março de 1969, que dispõem sôbre a
escrituração e livros mercantis e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o artigo 83, item II,
da Constituição, e tendo em vista o Decreto-Lei número 486, de 3 de março de 1969,
Decreta:
Art. 1º Considera-se pequeno comerciante, para os efeitos do parágrafo único do art. 1º do
Decreto-lei nº 486, de 3 de março de 1969, a pessoa natural inscrita no registro do comércio:
I - Que exercer em um só estabelecimento atividade artesanal ou outra atividade em que
predomine o seu próprio trabalho ou de pessoas da família, respeitados os limites
estabelecidos no inciso seguinte;
II - Que auferir receita bruta anual não superior a cem (100) vêzes o maior salário mínimo
mensal vigente no país e cujo capital efetivamente empregado no negócio não ultrapassar vinte
(20) vêzes o valor daquele salário mínimo.
§ 1º Poderá o Ministro da Indústria e do Comércio, ex officio ou mediante requerimento do
interessado, incluir na categoria de pequeno comerciante o executante de atividade cujas
condições peculiares recomendem tal inclusão, respeitados os critérios previstos neste artigo.
§ 2º Decidida a inclusão a que se refere o parágrafo anterior, o interessado encerrará, por
têrmo, a escrituração dos livros que mantiver, submetendo-os à autenticação do órgão
competente do registro do comércio.
§ 3º As obrigações decorrentes dêste Decreto serão imediatamente exigíveis do pequeno
comerciante que perder esta qualidade, admitida, se fôr o caso, a reabertura de livros
encerrados de acôrdo com o parágrafo anterior.
Art. 2º A individuação da escrituração a que se refere o artigo 2º do Decreto-Lei nº 486, de 3 de
março de 1969, compreende, como elemento integrante, a consignação expressa, no
lançamento, das características principais dos documentos ou papéis que derem origem à
própria escrituração.
Art. 3º Nas localidades onde não houver contabilista legalmente habilitado, a escrituração ficará
a cargo do comerciante ou de pessoa pelo mesmo designada.
§ 1º A designação de pessoa não habilitada profissionalmente não eximirá o comerciante da
responsabilidade pela escrituração.
§ 2º Para efeito dêste artigo, caberá aos Conselhos Regionais de Contabilidade informar aos
órgãos de registro do comércio da existência ou não de profissional habilitado naquelas
localidades.
Art. 4º Só poderão ser usados, nos lançamentos, processos de reprodução que não
prejudiquem a clareza e nitidez da escrituração, sem borrões, emendas ou rasuras.
Art. 5º Todo comerciante é obrigado a conservar em ordem os livros documentos e papéis
relativos à escrituração, até a prescrição pertinente aos atos mercantis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao pequeno comerciante no que se refere a
documentos e papéis.
Art. 6º Os livros deverão conter, respectivamente, na primeira e na última páginas,
tipogràficamente numeradas, os têrmos de abertura e de encerramento.
§ 1º Do têrmo de abertura constará a finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o
número de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertence, o local da sede
ou estabelecimento o número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de
registro do comércio e o número de registro no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério
da Fazenda.
§ 2º O têrmo de encerramento indicará o fim a que se destinou o livro, o número de ordem, o
número de folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil.
Art. 7º Os têrmos de abertura e encerramento serão datados e assinados pelo comerciante ou
por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado.
Parágrafo único. Nas localidades em que não haja profissional habilitado, os têrmos de
abertura e de encerramento serão assinados, apenas, pelo comerciante ou seu procurador.
Art. 8º As fichas que substituírem os livros, para o caso de escrituração mecanizada, poderão
ser contínuas, em forma de sanfonas, em blocos, com subdivisões numeradas mecânica ou
tipogràficamente por dobras, sendo vedado o destaque ou ruptura das mesmas.
Parágrafo único. Quando o comerciante adotar as fichas a que se refere êste artigo, os têrmos
de abertura e de encerramento serão apostos, respectivamente, no anverso da primeira e no
verso da última dobra de cada bloco que receberá número de ordem.
Art. 9º No caso de escrituração mecanizada por fichas soltas ou avulsas, estas serão
numeradas tipogràficamente, e os têrmos de abertura e de encerramento serão apostos na
primeira e última fichas de cada conjunto e tôdas as demais serão obrigatòriamente
autenticadas com o sinete do órgão de registro do comércio.
Art. 10 Os lançamentos registrados nas fichas deverão satisfazer todos os requisitos e normas
de escrituração exigidos com relação aos livros mercantis.
Art. 11 Na escrituração por processos de fichas, o comerciante adotará livro próprio para
inscrição do balanço, de balancetes e demonstrativos dos resultados do exercício social, o qual
será autenticado no órgão de registro do comércio.
Art. 12 Efetuado o pagamento da taxa cobrada pelo órgão de registro do comércio, êste
procederá às autenticações previstas neste Decreto, por têrmo, do seguinte modo:
a) nos livros, o têrmo de autenticação será apôsto na primeira página tipogràficamente
numerada e conterá declaração expressa da exatidão dos têrmos de abertura e de
encerramento, bem como o número e a data da autenticação.
b) nas fichas, a autenticação será aposta no anverso da primeira dobra de cada bloco, ou na
primeira ficha de cada conjunto, mediante lançamento do respectivo têrmo, com declaração
expressa da exatidão dos têrmos de abertura e do encerramento, bem como o número e a data
da autenticação.
Art. 13. Os órgãos de registro do comércio deverão possuir livro de registro das assinaturas
dos autenticadores, para eventuais averiguações ou confronto, bem como contrôle do registro
dos livros e das fichas devidamente legalizadas, inclusive dos que forem autenticados
mediante delegação de competência.
Art. 14. Quando do encerramento ainda que temporário, das atividades de comerciante ou dos
agentes auxiliares do comércio, dos armazéns gerais e dos trapiches e, conseqüentemente, de
sua escrituração, será consignada a ocorrência mediante têrmo apôsto na primeira fôlha ou
ficha útil não escriturada, datado e assinado pelo comerciante ou seu procurador e pelo
contabilista legalmente habilitado, ressalvado o disposto no artigo 3º dêste Decreto e
autenticado pelo órgão de registro do comércio.
Art. 15 Para os efeitos do artigo 9º do Decreto-lei nº 486, de 3 de março de 1969, será apôsto,
após o último lançamento, o têrmo de transferência datado e assinado pelo comerciante ou por
seu procurador e por contabilidade legalmente habilitado, ressalvado o disposto no artigo 3º
dêste Decreto, e autenticado pelo órgão de registro do comércio.
Parágrafo único. O têrmo de transferência conterá além de todos os requisitos exigidos para os
têrmos de abertura, indicação da sucessora e o número e data de arquivamento no órgão de
registro do comércio do instrumento de sucessão.
Art. 16 Estão sujeitos às normas dêste Decreto todos os livros mercantis obrigatórios, bem
como os de uso dos agentes auxiliares do comércio, armazéns gerais e trapiches.
Art. 17 O disposto neste Decreto não prejudicará exigências específicas referentes a
escrituração de livros ou fichas, a que estejam submetidos quaisquer instituições ou
estabelecimentos.
Art. 18 As disposições dêste Decreto aplicam-se também às sucursais, filiais e agências
instaladas no Brasil de sociedades mercantis, com sede no exterior.
Art. 19 Os casos omissos serão resolvidos pelo Departamento Nacional de Registro do
Comércio, ouvidos, quando necessário, os órgãos dos Podêres Públicos Federais, que, por
fôrça de suas atribuições, tenham relação com a matéria.
Art. 20 O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 22 de maio de 1969;148º da Independência e 81º da República.
A. Costa e Silva
Edmundo de Macedo Soares
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A verdadeira ANÁLISE DE BALANÇO não se limita apenas ao cálculo de índices de liquidez.Y

³O objetivo da Análise de´ Balanço é oferecer um diagnóstico sobre a situação econômica-


financeira da organização, utilizando-se dos relatórios gerados pela Contabilidade Financeira
(Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, etc.) e de outras informações necessárias à
análise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros.Y

O profissional que desenvolve este tipo de atividade, pode ter diversas denominações, quais
sejam: Analista de Balanço, Analista Econômico-Financeira, Analista de Crédito, Analista
Financeiro etc.Y

O produto da análise de Balanço é apresentado em forma de relatório, que inclui uma análise
da estrutura e composição do patrimônio e um conjunto de índices sobre os quais é formada a
conclusão do analista.Y

As informações da análise de balanços estão voltadas para dentro e fora da empresa."Y


Para que a análise possa espelhar a realidade econômico financeira de uma empresa ou
› › (termo este tecnicamente usado em contabilidade) é necessário inicialmente que o
profissional de contabilidade (único legalmente habilitado para efetuar o levantamento e a
análise de balanços) tenha certeza de que as Demonstrações Contábeis espelham a real
situação líquida e patrimonial da entidade analisada.Y

Para isso, no levantamento dos Balanços e das demais Demonstrações Contábeis, que os
leigos chamam de Demonstrações Financeiras, são necessários vários procedimentos que
estão nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade, na Lei das Sociedades por Ações, no
Regulamento do Imposto de Renda e em normas do Banco Central do Brasil (para o Sistema
Financeiro Nacional) e da Comissão de Valores Mobiliários (para as entidades do mercado de
capitais e para as sociedades por ações de capital aberto).Y

Então, para que o contabilista possa fazer uma perfeita análise do balanço, ele necessita saber
se foram observados todos os procedimentos recomendados pelas normas em vigor. Um
desses requisitos é a auditoria financeira, fiscal, tributária e operacional.Y

Recentemente a Lei nº 9.447/97 dispôs sobre a responsabilidade solidária de controladores de


instituições submetidas aos regimes de que tratam a Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974, e o
Decreto-lei nº 2.321, de 25 de fevereiro de 1987; sobre a indisponibilidade de seus bens; sobre
a responsabilização das empresas de auditoria contábil ou dos auditores contábeis
independentes; sobre privatização de instituições cujas ações sejam desapropriadas, na forma
do Decreto-lei nº 2.321, de 1987.Y

Na verdade essas disposições deveriam ser estendidas a todos os tipos de empresas. O


mesmo erro verifica-se na Lei nº 7.913/89 (dos Crimes contra investidores), que se limitou a dar
poderes apenas à CVM - Comissão de Valores Mobiliários e a proteger apenas os investidores
que fazem operações nas bolsas de valores, esquecendo-se dos demais investidores do
mercado financeiro e de capitais.Y

Vejamos alguns detalhes técnicos e conceituais sobre a análise de balanços:Y

A análise de balanços é uma das principais ferramentas para auxiliar a tomadas de decisões.
Pode ser dividida em:Y

a) Análise Contábil - tem por objetivo a análise de relatórios e demonstrações com a finalidade
de fornecer informações numéricas preferencialmente de dois ou mais períodos de modo a
instrumentar os administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em
conhecer a situação da empresa para que possam tomar decisões. A Análise Contábil
subdividi-se em:Y

- análise de estrutura;Y

- análise de evolução;Y

- análise por quocientes;Y

- análise por diferenças absolutas.Y

b) Análise Financeira - é a tradicionalmente efetuada através de indicadores para análise global


e a curto, médio e longo prazos da velocidade do giro dos recursos.Y

c) Análise da Alavancagem Financeira - é utilizada para medir o grau de utilização do capital de


terceiros e seus efeitos na formação da taxa de retorno do capital próprio.Y

d) Análise Econômica - é utilizada para mensurar a lucratividade, a rentabilidade do capital


próprio, o lucro líquido por ação e o retorno de investimentos operacionais.Y
Diante do que foi escrito até aqui, poderia surgir a seguinte pergunta: Quais são os
procedimentos que devem ser adotados na contabilização e no levantamento das
Demonstrações Contábeis?Y

Portanto, a verdadeira análise das Demonstrações Contábeis deve abranger:Y

- a avaliação de Ativos (Circulante, Realizável de Longo Prazo e Permanente) e Passivos


(Circulante e Exigível a Longo Prazo) utilizando-se os princípios e demais regras constantes
das Normas Brasileiras de Contabilidade, da Lei das S/A, do Regulamento do Imposto de
Renda;Y

- a análise das receitas e despesas, principalmente no que se refere à apuração de fraudes


documentais com o intuito de manipulação de resultados;Y

- a verificação e a apuração de ações administrativas ou judiciais tanto ativas como passivas


de cunho trabalhista, previdenciário, fiscal e tributário;Y

- a avaliação de riscos e de capital mínimo, no caso das instituições do SFN, segundo a


Resolução CMN 2099 (Acordo da Basiléia), incluindo limites de endividamento, de risco e
capital mínimo e de imobilização e de determinados tipos de operações.Y

Nesse sentido, alguns procedimentos devem ser adotados:Y

- para os Ativos: efetuar o levantamento, a verificação e a análise da documentação de suporte


à contabilidade nos casos de aplicações em títulos de renda fixa ou variável, em ouro ou
moedas, em duplicatas, notas promissórias ou ³commercial papers´, ³export notes´ ou notas de
exportação, em bens imóveis, móveis, maquinarias e veículos, em estoques, em participações
societárias e outros investimentos permanentes; todos esses ativos devem ser avaliados com
base nos preços de mercado no estado em que se encontram; também devem ser analisados
e avaliados alguns valores subjetivos tais como: o fundo de comércio, as marcas e patentes, os
créditos tributários (incluindo os prejuízos fiscais) e outros valores tão comumente não
considerados nas privatizações das empresas estatais.Y

- para os Passivos: efetuar o levantamento da documentação a ser analisada quanto às


despesas, aos riscos fiscais e contingências não contabilizadas, quanto à atualização dos
passivos,à provisão das causas judiciais, entre outros gastos não provisionados.Y

Todos esses procedimentos, evidentemente, não podem ser efetuados pelo analista de
balanços. Ele geralmente está distante da entidade em todos os sentidos da palavra "distante".Y

Então, o analista deve tomar algumas precauções. Primeiramente verificar os antecedentes da


entidade, seu porte, quem são seus administradores e controladores, procurando saber se
existem fatos passados que os desabone, não só quanto à entidade como também que
desabone todos os seus membros individualmente.Y

O analista deve também ter em mãos não um único balanço, mas os demonstrativos contábeis
de pelo menos três exercícios fiscais. Se possível, deve ter em mãos também balancetes
mensais de todo esse período para fazer o levantamento da regularidade das receitas e das
despesas e de preferência a lucratividade por segmento operacional e/ou por unidades fabris
e/ou comerciais.Y

Anexados aos balanços devem estar todos os demais demonstrativos exigidos pelas NBC -
Normas Brasileiras de Contabilidade, pela Lei das Sociedades por Ações e pelo Regulamento
do Imposto de Renda, incluindo um extrato do LALUR relativo aos períodos analisados.Y

Dentre esses demonstrativos devem estar o Relatório da Diretoria e/ou do Conselho de


Administração e o Relatório e o Parecer dos Auditores Independentes, quando a empresa tiver
tais serviços qualificados à sua disposição. É importante verificar a ocorrência de fatos no
Brasil ou no exterior que venham desabonar a conduta dos auditores, principalmente os
estrangeiros, que nada têm a perder aqui. É comum verificarmos que empresas estrangeiras
estão sendo processadas, inclusive em seus países de origem, por terem prejudicado
investidores quando deram informações imprecisas ou as sonegaram. Y

No relatório e no parecer do auditor deve ser ressaltado quais os procedimentos observados.


Dentre os procedimentos estão:Y

- a circularização de Ativos e Passivos e se foi efetuada eventual visita às empresas


circularizadas;Y

- a verificação da efetiva existência de bens relacionados por pessoas físicas ligadas à


entidade analisada, mediante o exame de certidões, escrituras, certificados de registro, entre
outros documentos, verificando também a eventual existência de penhora, hipoteca, ônus e
outros gravames;Y

- a verificação da existência de Ativos e Passivos fictícios, onde podem estar escondidos lucros
ou prejuízos, desvios de recursos, distribuição disfarçada de lucros, contas correntes
³Fantasmas´, de ³testas-de-ferro´ ou de ³laranjas´;Y

- a verificação de dados cadastrais - verificações que podem ser efetuadas no Cadastro de


Pessoas Físicas - CPF e no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ;Y

- a obtenção de Certidões da Dívida Ativa da União, dos Estados e dos Municípios e dos
cartórios de distribuição de títulos para apontamento ou protesto nas cidades onde a entidade
tenha a matriz, as filiais e representantes. Y

- a verificação da existência de operações para manipulação de resultados realizadas forae


dentro do Mercado de Capitais (com títulos públicos custodiados no SELIC, com títulos e
operações registradas na CETIP, com ouro e outros valores mobiliários realizadas no Mercado
de Balcão e nas Bolsas de Valores e de Mercadorias e de Futuros), incluindo a contabilização
de documentos inidôneos (recibos e notas fiscais frias) que possam ser considerados como
elementos para a falsificação material e ideológica da escrituração contábil e dos resultados da
entidade; Y

- a verificação da existência de eventuais operações utilizadas para o desvio de recursos,


esquentamento de recursos e planejamento tributário -nacional e internacional, que possam ser
consideradas como forma de burlar ao Fisco e possam ser impugnadas como simulação nos
termos dos artigos 167 a 188 do Código Civil Brasileiro; podem ser incluídas nessas operações
aquelas conhecidas como "day trade"; Y

- Operações simuladas para esconder a eventual situação patrimonial negativa ou deperecida-


Reavaliação de Ativos (laudos de avaliação, parecer dos auditores), Equivalência Patrimonial,
nacional e internacional e seus aspectos tributários, e aporte de capital do País ou vindo do
exterior. Y

- Operações com empresas e pessoas ligadas e a importância da Consolidação de Balanços


do Conglomerado da empresa sob análise. Y

- Provisão para Riscos e Contingências Fiscais, Provisão para Imposto de Renda (adições e
exclusões), Provisão Contribuição Social e Provisão para Imposto de Renda Diferido (Reserva
de Reavaliação, Reserva de Lucros a Realizar e Lucro Inflacionário). Y

- Situação dos acionistas ou cotistas controladoresY

É evidente que todos esses levantamentos devem ser efetuados pelos auditores internos ou
independentes em situações normais ou por peritos contábeis nas situações especiais. Por
isso o analista de Balanços, além de ter em suas mãos os Demonstrativos Contábeis, deve ter
também o Relatório da Diretoria e do Conselho de Administração, com o parecer do Conselho
Fiscal e o Relatório ou Parecer dos Auditores Independentes.Y

Quando as empresas não são auditadas fica muito difícil efetuar-se uma perfeita análise de sua
situação líquida patrimonial.Y

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Y

Relativamente ao levantamento dos balanços e balancetes veremos a seguir os seguintes


tópicos:Y

- O que dizem as normas sobre escrituração? Y

- O que devem esclarecer os documentos? Y

- O que deve fazer a fiscalização dos órgãos competentes? Y

- Como verificar se todos os procedimentos foram observados? Y

O levantamento dos balanços e balancetes baseia-se primordialmente na contabilidade. Y

Quando a entidade não possui contabilidade, pode ser levantado um balanço ou balancete
precário com base em saldos apurados, que podem partir de diversas fontes, tais como: saldos
em conta corrente bancária, empréstimos, débitos junto a fornecedores e outros credores,
débitos fiscais e previdenciários, ações nas esferas administrativa e judicial (contra e a favor),
dinheiro em caixa, títulos no cofre ou custodiados em instituições financeiras, inventário de
estoques, inventário do ativo permanente, entre outros. Y

A escrituração contábil deve calçada em documentos hábeis. Diante desses documentos a


contabilidade espelhará todos os atos e fatos que modifiquem ou venham a modificar a
situação patrimonial da entidade. Quando os lançamentos contábeis se basearem em meios
eletrônicos de processamento de dados, relatórios circunstanciados podem servir como
documentação hábil. Y

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  Y

Lei das Sociedades por Ações (Artigos 175 a 188): Y

A Lei 6.404/76, no que se refere à escrituração contábil, serviu de base para alguns ajustes
efetuados nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade e também para elaboração do
Decreto-lei 1.598/77, que adaptou as normas tributárias à Lei das Sociedades por Ações.Y

Código Civil Brasileiro 2002:Y

O novo Código Civil Brasileiro veio instituir responsabilidades para os profissionais de


contabilidade.Y

Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99):Y

O RIR/99, que incorporou o decreto-lei 1.598/77, estabelece que as Demonstrações Contábeis


devem ser levantadas de conformidade com o previsto na Lei 6.404/76. Porém, algumas leis
tributárias editadas a partir de 1994 alteraram alguns conceitos para apuração dos resultados
tributáveis.Y

A CORREÇÃO MONETÁRIA foi extinta a partir de 01/01/1996, pela Lei 9.249/95. As


PROVISÕES também passaram a ser não dedutíveis. Y
Ao não permitir a dedução do valor das provisões, a Lei nº 9.249/95 praticamente incentivou
que não mais sejam contabilizados esses ajustes ao preço de mercado. O não lançamento das
provisões pode alterar sensivelmente a análise das Demonstrações Contábeis.Y

Os mentores da nova legislação tributária defenderam a tese de que as provisões não devem
ser dedutíveis para efeito do cálculo do imposto de renda porque a mais valia de idênticos e
dos demais Ativos também não era contabilizada. Deveria ser obrigatória a contabilização
dessa mais valia, porém, o Banco Central do Brasil não admite a sua contabilização porque, se
efetuada, seriam inflados os limites operacionais das instituições do SFN - Sistema Financeiro
Nacional. O mais lógico, então, seria o registro desses valores em Resultados de Exercícios
Futuros, porque, dessa forma, não seria alterado o montante do Patrimônio Líquido.Y

 
 
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Y

- NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T.2.1) Y

- Lei das S/A (Artigos 175 a 188) Y

- RIR/99 - Regulamento do Imposto de Renda (art. 251) Y


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- Segundo as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T 6.2) Y

- Segundo o Banco Central do Brasil Y

- Segundo a Lei das Sociedades por Ações (Art. 176) Y

     



   
Y

- Segundo as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T 6.1) Y

- Segundo o Banco Central do Brasil (NB 1 - plano contábil instituições SFN) Y

- Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (Instrução CVM nº 308/99)YY

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Y

- Segundo o Banco Central do Brasil: Y

Lei nº 4595/64 - Lei do Sistema Financeiro Nacional que institui as políticas e as instituições
financeiras. Y

MNI - Manual de Normas e Instruções - Ação Fiscalizadora do Banco Central Y

- Manual de Supervisão das Instituições do SFNY

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários Y

Lei nº 4728/65 - Lei do Mercado de Capitais Y

Lei nº 6385/76 - Lei de Criação da CVM Y


- Segundo o Regulamento do Imposto de Renda - Administração do Imposto Y

 
Y


 Šc"#$%  c &&& Y

Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do


mercado de valores mobiliários, define os deveres e as responsabilidades dos administradores
das entidades auditadas no relacionamento com os auditores independentes, e revoga as
Instruções CVM nos. 216, de 29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março de 1998.Y

O  
 Š c    ÖŠc torna público que o Colegiado, em
reunião realizada nesta data, tendo em vista o disposto nos arts. 1º, inciso V, 22, parágrafo
único, inciso IV e 26, §§ 1º e 2º, da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e tendo em vista o
disposto no art. 177, § 3º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,   baixar a
seguinte Instrução: Y

 
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Y

Art. 1º - O auditor independente, para exercer atividade no âmbito do mercado de valores


mobiliários, está sujeito ao registro na Comissão de Valores Mobiliários, regulado pela presente
Instrução. Y

Art. 2º - O registro de auditor independente compreende duas categorias: Y

 Auditor Independente - Pessoa Física (AIPF), conferido ao contador que satisfaça os


requisitos previstos nos arts. 3º e 5º desta Instrução; Y
 Auditor Independente - Pessoa Jurídica (AIPJ), conferido à sociedade profissional,
constituída sob a forma de sociedade civil, que satisfaça os requisitos previstos nos
arts. 4º e 6º desta Instrução. Y

§ 1º A Comissão de Valores Mobiliários manterá, ainda, cadastro dos responsáveis técnicos


autorizados a emitir e assinar parecer de auditoria, em nome de cada sociedade, no âmbito do
mercado de valores mobiliários. Y

§ 2º Para efeito desta Instrução, os responsáveis técnicos compreendem os sócios, diretores e


demais contadores integrantes do quadro técnico de cada sociedade, que tenham atendido às
exigências contidas nesta Instrução. Y

Art. 3º - Para fins de registro na categoria de Auditor Independente - Pessoa Física, deverá o
interessado atender às seguintes condições: Y

 estar registrado em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador; Y


 haver exercido atividade de auditoria de demonstrações contábeis, dentro do território
nacional, por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir
da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador,
nos termos do art. Y
 estar exercendo atividade de auditoria independente, mantendo escritório profissional
legalizado, em nome próprio, com instalações compatíveis com o exercício da
atividade, em condições que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos
documentos e informações decorrentes dessa atividade, bem como a privacidade no
relacionamento com seus clientes; Y
 possuir conhecimento permanentemente atualizado sobre o ramo de atividade, os
negócios e as práticas contábeis e operacionais de seus clientes, bem como possuir
estrutura operacional adequada ao seu número e porte; e Y
 ter sido aprovado em exame de qualificação técnica previsto no art. 30. Y
Art. 4º - Para fins de registro na categoria de Auditor Independente - Pessoa Jurídica, deverá a
interessada atender às seguintes condições: Y

 estar inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sob a forma de sociedade civil,
constituída exclusivamente para prestação de serviços profissionais de auditoria e
demais serviços inerentes à profissão de contador; Y
 que todos os sócios sejam contadores e que, pelo menos a metade desses, sejam
cadastrados como responsáveis técnicos, conforme disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º Y
 constar do contrato social, ou ato constitutivo equivalente, cláusula dispondo que a
sociedade responsabilizar-se-á pela reparação de dano que causar a terceiros, por
culpa ou dolo, no exercício da atividade profissional e que os sócios responderão
solidaria e ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois de esgotados os bens da
sociedade; Y
 estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e demais responsáveis técnicos
regularmente registrados, em Conselho Regional de Contabilidade; Y
 terem todos os responsáveis técnicos autorizados a emitir e assinar parecer de
auditoria em nome da sociedade, conforme disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º, exercido
atividade de auditoria de demonstrações contábeis, comprovada nos termos do art. 7º;
dentro do território nacional por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não,
contados a partir da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na
categoria de contador; Y
 terem sido todos os responsáveis técnicos aprovados em exame de qualificação
técnica previsto no art. 30; Y
  manter escritório profissional legalizado em nome da sociedade, com instalações
compatíveis com o exercício da atividade de auditoria independente, em condições que
garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e informações decorrentes
dessa atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes; e Y
  manter quadro permanente de pessoal técnico adequado ao número e porte de seus
clientes, com conhecimento constantemente atualizado sobre o seu ramo de atividade,
os negócios, as práticas contábeis e operacionais. Y


    
 Y

Art. 5º - O pedido de registro de Auditor Independente - Pessoa Física será instruído com os
seguintes documentos: Y

 requerimento (Anexo I); Y


 cópia da carteira de identidade de contabilista, na categoria de contador, ou certidão
equivalente, expedida por Conselho Regional de Contabilidade; Y
 informação cadastral (Anexo II); Y
 cópia do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento, ou documento hábil
equivalente, expedido pela Prefeitura do Município onde o requerente exerça a
atividade, que comprove a legalização do escritório em nome próprio; Y
 comprovação do exercício da atividade de auditoria, conforme o disposto no art. 7º; Y
 certificado de aprovação em exame de qualificação técnica, previsto no art. 30; e Y
  declaração legal (Anexo III). Y

Art. 6º - O pedido de registro de Auditor Independente - Pessoa Jurídica será instruído com os
seguintes documentos: Y

 requerimento (Anexo IV); Y


 traslado ou certidão do instrumento de contrato social, ou ato constitutivo equivalente, e
alterações posteriores, com prova de inscrição e arquivamento no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, e inscrição em Conselho Regional de Contabilidade; Y
 relação dos endereços da sede e dos escritórios, se for o caso; Y
 relação das entidades nas quais a sociedade, seus sócios e responsáveis técnicos
tenham participação no capital social e que atuem ou prestem serviços no âmbito do
mercado de valores mobiliários, indicando as respectivas áreas de atuação; Y
 cópia do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento ou documento hábil
equivalente, expedido pela Prefeitura, da sede e dos escritórios, se for o caso, que
comprove a sua legalização; Y
 cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda da sede e
dos escritórios, se for o caso; Y
  cópia do Alvará de Registro expedido por Conselho Regional de Contabilidade da sede
e dos escritórios, se for o caso; Y
  declaração legal (Anexo V); Y
 indicação de até dois sócios como representantes da sociedade perante a CVM, que
se encarregarão de diligenciar e encaminhar a prestação de esclarecimentos
relacionados com o atendimento desta Instrução e com o exercício da atividade
profissional no âmbito do mercado de valores mobiliários; Y
 cópia da carteira de identidade de contabilista, na categoria de contador, ou certidão
equivalente expedida por Conselho Regional de Contabilidade, dos sócios e dos
demais responsáveis técnicos; Y
 informação cadastral dos sócios e dos demais responsáveis técnicos (Anexo II); Y
  comprovação do exercício da atividade de auditoria de cada um dos responsáveis
técnicos, nos termos do art. 7º; e Y
  certificado de aprovação no exame de qualificação técnica de cada um dos
responsáveis técnicos, previsto no art. 30. Y

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Art. 7º - O exercício da atividade de auditoria poderá ser comprovado mediante a apresentação


dos seguintes documentos: Y

 cópias de pareceres de auditoria acompanhados das demonstrações contábeis


auditadas, emitidos e assinados pelo interessado, publicados em jornais ou revistas
especializadas, bastando uma publicação para cada ano; ou Y
 cópia do registro individual de empregado ou declaração da sociedade de auditoria
registrada na CVM, firmada por seu sócio representante, e cópia da carteira de
trabalho do profissional, observado o disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo. Y

§ 1º A critério da CVM, a comprovação de experiência em trabalhos de auditoria de


demonstrações contábeis poderá ser satisfeita, ainda, mediante a apresentação de: Y

 cópias de pareceres de auditoria e respectivos relatórios circunstanciados, emitidos e


assinados pelo interessado, acompanhados das respectivas demonstrações contábeis,
autenticados pela entidade auditada, contendo expressa autorização para que tais
documentos sejam apresentados à Comissão de Valores Mobiliários, com a finalidade
de comprovação da atividade de auditoria do interessado, bastando uma comprovação
para cada ano; ou Y
 declaração de entidade governamental, companhia aberta ou empresa reconhecida de
grande porte, firmada por seu representante legal, na qual deverão constar todas as
informações pertinentes ao vínculo de emprego, atestando haver o mesmo exercido
cargo ou função de auditoria de demonstrações contábeis. Y

§ 2º Nos casos previstos no inciso II e na letra "b" do § 1º deste artigo, deverá ser comprovado
o exercício, pelo prazo mínimo de dois anos, em cargo de direção, chefia ou supervisão na
área de auditoria de demonstrações contábeis, a partir da data do registro na categoria de
contador. Y
§ 3º A comprovação de atendimento do disposto neste artigo poderá ser feita por períodos
parciais, consecutivos ou não, desde que o somatório do período de exercício de atividade não
seja inferior a cinco anos. Y

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 Y

Art. 8º - O pedido de registro como auditor independente será objeto de exame pela Comissão
de Valores Mobiliários, que poderá exigir a complementação dos documentos inicialmente
apresentados, a sua atualização, bem como a apresentação de outros documentos, inclusive
papéis de trabalho de auditoria, que julgar necessários. Y

Art. 9º - O prazo para concessão do registro é de trinta dias a contar da data do protocolo de
entrada do pedido na CVM. Y

§ 1º Decorrido o prazo previsto sem que haja qualquer manifestação da Comissão, presume-se
que o pedido de registro foi aprovado, podendo o interessado requerer a expedição do
respectivo Ato Declaratório, salvo os casos em que seja verificado que o mesmo não está
devidamente instruído e documentado. Y

§ 2º O prazo de trinta dias será suspenso uma única vez se a CVM solicitar informação ou
documento adicional necessário ao exame do pedido de registro, ou condicionar sua
aprovação a modificações na documentação pertinente. Y

§ 3º É assegurado à CVM, para manifestação final, período correspondente a cinco dias úteis,
caso o restante do prazo previsto no § 2º seja a este inferior. Y

Art. 10 - Será indeferido o pedido de registro como Auditor Independente - Pessoa Jurídica
quando estiver incluído contador que, nos termos dos arts. 15 e 35 desta Instrução, tenha tido
seu registro cancelado ou suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários, enquanto não
transcorrido o cumprimento da penalidade. Y

Parágrafo único. O pedido de registro como Auditor Independente - Pessoa Física será
também, nas mesmas condições, indeferido. Y

Art. 11 - Não será permitido o registro, na categoria de Auditor Independente - Pessoa Física,
de contador que seja sócio, diretor ou responsável técnico ou que tenha vínculo empregatício
com Auditor Independente - Pessoa Jurídica. Y

Art. 12 - Deferido o pedido, a Comissão de Valores Mobiliários expedirá o competente Ato


Declaratório, que será publicado no Diário Oficial da União. Y

Parágrafo único. O Ato Declaratório, publicado no Diário Oficial da União, constitui documento
comprobatório do registro na CVM, com validade em todo o território nacional. Y

Art. 13 - Indeferido o pedido, a Comissão de Valores Mobiliários cientificará o interessado


mediante correspondência, com esclarecimento das razões que deram causa ao indeferimento.Y

Art. 14 - Da decisão denegatória caberá recurso voluntário ao Colegiado da Comissão de


Valores Mobiliários, nos termos das normas em vigor. Y




 

 
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Y

Art. 15 - O Auditor Independente - Pessoa Física, o Auditor Independente - Pessoa Jurídica e


seus responsáveis técnicos poderão ter, respectivamente, o registro e o cadastro na Comissão
de Valores Mobiliários suspenso ou cancelado, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis,
nos casos em que: Y
 seja comprovada a falsidade dos documentos ou declarações apresentados para a
obtenção do registro na Comissão de Valores Mobiliários; Y
 sejam descumpridas quaisquer das condições necessárias à sua concessão ou à sua
manutenção ou se for verificada a superveniência de situação impeditiva; Y
 tenham sofrido pena de suspensão ou cancelamento do registro profissional, transitada
em julgado, aplicada pelo órgão fiscalizador da profissão; ou Y
 forem, por sentença judicial transitada em julgado:Y

- declarados insolventes; Y

- condenados em processo-crime de natureza infamante, ou por crime ou contravenção


de conteúdo econômico; Y

- impedidos para exercer cargo público; ou Y

- declarados incapazes de exercerem os seus direitos civis. Y

§ 1º A CVM comunicará previamente ao auditor independente a decisão de suspender ou


cancelar o seu registro, nos termos deste artigo, concedendo-lhe o prazo de dez dias úteis,
contados da data do recebimento da comunicação, para apresentar as suas razões de defesa
ou regularizar o seu registro. Y

§ 2º Da decisão de suspensão ou cancelamento do registro, segundo o disposto neste artigo,


caberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, ao Colegiado desta Comissão, de acordo
com as demais normas vigentes. Y


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Art. 16 - O Auditor Independente - Pessoa Física e o Auditor Independente - Pessoa Jurídica


deverão remeter anualmente, até o último dia útil do mês de abril, as informações requeridas
no anexo VI, relativas ao exercício anterior. Y

Art. 17 - Sem prejuízo de, a qualquer tempo, a Comissão de Valores Mobiliários poder exigir a
atualização de quaisquer documentos e informações, os auditores independentes deverão,
sempre que houver alteração, encaminhar à CVM: Y

 no prazo de dez dias da data da sua ocorrência: Y

- Informação Cadastral (Anexo II); e Y

- cópia da carteira de identidade de contabilista ou certidão equivalente dos novos


sócios ou responsáveis técnicos.Y

 no prazo de trinta dias da data da sua ocorrência: Y

- traslado, certidão ou cópia das alterações do contrato social, com prova de inscrição e
arquivamento no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Conselho Regional de
Contabilidade; e Y

- declaração legal (Anexos III e V) e demais documentos previstos nos arts. 5º e 6º


desta Instrução. Y

Art. 18 - Os auditores independentes que não mantiverem atualizado o seu registro ou não
apresentarem os esclarecimentos e informações especificadas nesta Instrução ficam sujeitos à
multa cominatória diária, observados os seguintes valores: Y
 Multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) - pela não apresentação das informações e
documentos requeridos no inciso II do art. 17 desta Instrução; Y
 Multa de R$ 100,00 (cem reais) - pela não apresentação das informações e
documentos requeridos no art. 16, no inciso I do art. 17 e nos §§ 1º e 2º do art. 28
desta Instrução. Y

Parágrafo único. Os valores referidos neste artigo serão reduzidos à metade quando o auditor
independente não possuir clientes no âmbito do mercado de valores mobiliários. Y


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Art. 19 - O auditor independente, no exercício de sua atividade no âmbito do mercado de


valores mobiliários, deve cumprir e fazer cumprir, por seus empregados e prepostos, as normas
específicas emanadas da Comissão de Valores Mobiliários. Y

Art. 20 - O Auditor Independente - Pessoa Física e o Auditor Independente - Pessoa Jurídica,


todos os seus sócios e integrantes do quadro técnico deverão observar, ainda, as normas
emanadas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e os pronunciamentos técnicos do
Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON, no que se refere à conduta profissional, ao
exercício da atividade e à emissão de pareceres e relatórios de auditoria. Y

Art. 21 - Os pareceres de auditoria e os documentos destinados a satisfazer as exigências da


Comissão de Valores Mobiliários deverão ser emitidos e assinados, com a indicação única da
categoria profissional e do número de registro no Conselho Regional de Contabilidade, quando
Pessoa Física, ou com a indicação da categoria profissional, do número de registro e de
cadastro no Conselho Regional de Contabilidade, respectivamente, do responsável técnico e
da sociedade, quando Pessoa Jurídica. Y


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Art. 22 - Não poderão realizar auditoria independente o Auditor Independente - Pessoa Física,
os sócios e os demais integrantes do quadro técnico de Auditor Independente - Pessoa
Jurídica quando ficar configurada, em sua atuação na entidade auditada, suas controladas,
controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico, a infringência às normas do
Conselho Federal de Contabilidade - CFC relativas à independência. Y

Art. 23 - É vedado ao Auditor Independente e às pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas,


conforme definido nas normas de independência do CFC, em relação às entidades cujo serviço
de auditoria contábil esteja a seu cargo: Y

 adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade, suas


controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico; ou Y
 prestar serviços de consultoria que possam caracterizar a perda da sua objetividade e
independência. Y

Parágrafo único. São exemplos de serviços de consultoria previstos no "caput" deste artigo: Y

 assessoria à reestruturação organizacional; Y


 avaliação de empresas; Y
 reavaliação de ativos; Y
 determinação de valores para efeito de constituição de provisões ou reservas técnicas
e de provisões para contingências; Y
 planejamento tributário; Y
 remodelamento dos sistemas contábil, de informações e de controle interno; ou Y
  qualquer outro produto ou serviço que influencie ou que possa vir a influenciar as
decisões tomadas pela administração da instituição auditada. Y

Vide Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003. Y

O inciso II e o parágrafo único deste artigo teve sua eficácia suspensa em relação às empresas
de auditoria no Estado de São Paulo, por força de decisão judicial proferida em Mandado de
Segurança impetrado pelo SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS
(processo nº 1999.61.00.037305-6, em curso perante a 1ª Vara Federal de São Paulo), bem
como em relação à empresa ERNST & YOUNG AUDITORES INDEPENDENTES, por força de
decisão proferida em Mandado de Segurança por ela impetrado (processo nº
1999.61.00.029964-6, em curso perante a 9ª Vara Federa de São Paulo). A CVM apresentou
os competentes recursos em ambos os processos perante do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, o quais se encontram pendentes de julgamento. Y

Art. 24 - O auditor independente deverá renunciar à função na ocorrência das situações


previstas no art. 22. Y

Este artigo teve sua eficácia suspensa em relação às empresas de auditoria no Estado de São
Paulo, por força de decisão judicial proferida em Mandado de Segurança impetrado pelo
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS a que se refere a nota ao inciso II
e parágrafo único do art. 23. A CVM apresentou o competente recurso perante do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, o qual se encontram pendentes de julgamento. Y

Parágrafo único. Constatada a não observância do disposto neste artigo, a Comissão de


Valores Mobiliários poderá determinar a substituição do auditor independente. Y


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Y

Art. 25 - No exercício de suas atividades no âmbito do mercado de valores mobiliários, o


auditor independente deverá, adicionalmente: Y

 verificar: Y
 se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria foram divulgados nos
jornais em que seja obrigatória a sua publicação e se estes correspondem às
demonstrações contábeis auditadas e ao relatório ou parecer originalmente
emitido; Y
 se as informações e análises contábeis e financeiras apresentadas no relatório
da administração da entidade estão em consonância com as demonstrações
contábeis auditadas; Y
 se as destinações do resultado da entidade estão de acordo com as
disposições da lei societária, com o seu estatuto social e com as normas
emanadas da CVM; e Y
 o eventual descumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis
às atividades da entidade auditada e/ou relativas à sua condição de entidade
integrante do mercado de valores mobiliários, que tenham, ou possam vir a ter
reflexos relevantes nas demonstrações contábeis ou nas operações da
entidade auditada. Y
 elaborar e encaminhar à administração e, quando solicitado, ao Conselho Fiscal,
relatório circunstanciado que contenha suas observações a respeito de deficiências ou
ineficácia dos controles internos e dos procedimentos contábeis da entidade auditada;Y
 conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cinco anos, ou por prazo superior por
determinação expressa desta Comissão em caso de Inquérito Administrativo, toda a
documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e pareceres
relacionados com o exercício de suas funções; Y
 indicar com clareza, e em quanto, as contas ou subgrupos de contas do ativo, passivo,
resultado e patrimônio líquido que estão afetados pela adoção de procedimentos
contábeis conflitantes com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como os
efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por ação, conforme o caso,
sempre que emitir relatório de revisão especial de demonstrações trimestrais ou
parecer adverso ou com ressalva; Y
 dar acesso à fiscalização da CVM e fornecer ou permitir a reprodução dos documentos
referidos no item III, que tenham servido de base à emissão do relatório de revisão
especial de demonstrações trimestrais ou do parecer de auditoria; e Y
 possibilitar, no caso de substituição por outro auditor, resguardados os aspectos de
sigilo e mediante prévia concordância da entidade auditada, o acesso do novo auditor
contratado aos documentos e informações que serviram de base para a emissão dos
relatórios de revisões especiais de demonstrações trimestrais e pareceres de auditoria
dos exercícios anteriores. Y

Parágrafo único. Constatada qualquer irregularidade relevante em relação ao que estabelece


os incisos I e II, o auditor independente deverá comunicar o fato à CVM, por escrito, no prazo
máximo de vinte dias, contados da data da sua ocorrência. Y


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 Y

Art. 26 - A entidade, ao contratar os serviços de auditoria independente, deve fornecer ao


auditor todos os elementos e condições necessários ao perfeito desempenho de suas funções.Y

§ 1º A entidade auditada deverá fornecer ao auditor independente a carta de responsabilidade


da administração, de acordo com as normas aprovadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC. Y

§ 2º A responsabilidade dos administradores das entidades auditadas pelas informações


contidas nas demonstrações contábeis, ou nas declarações fornecidas, não elide a
responsabilidade do auditor independente no tocante ao seu relatório de revisão especial de
demonstrações trimestrais ou ao seu parecer de auditoria, nem o desobriga da adoção dos
procedimentos de auditoria requeridos nas circunstâncias. Y

Art. 27 - Os administradores das entidades auditadas serão responsabilizados pela contratação


de auditores independentes que não atenderem às condições previstas nesta Instrução,
especialmente quanto à sua independência e à regularidade de seu registro na Comissão de
Valores Mobiliários. Y

Parágrafo único. Sem prejuízo das sanções legais cabíveis, constatada a falta de
independência do auditor ou a ausência de registro nesta CVM, o trabalho de auditoria será
considerado sem efeito para o atendimento da lei e das normas da Comissão. Y

Vide nota ao inciso II e parágrafo único do art. 23. Y

Art. 28 - A administração da entidade auditada deverá, no prazo de vinte dias, comunicar à


CVM a mudança de auditor, havendo ou não rescisão do contrato de prestação dos serviços de
auditoria, com justificativa da mudança, na qual deverá constar a anuência do auditor
substituído. Y

§ 1º Decorrido o prazo sem que haja manifestação da administração da entidade auditada


quanto à informação requerida, o auditor independente deverá comunicar à CVM a
substituição, no prazo de dez dias, contados a partir da data do encerramento do prazo
conferido à administração da entidade. Y

§ 2º O auditor independente que não concordar com a justificativa apresentada para a sua
substituição deverá encaminhar à CVM as razões de sua discordância, no prazo de trinta dias,
contados a partir da data da substituição. Y
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo sujeitará a entidade e o auditor independente
à multa cominatória diária, nos termos do art. 18 desta Instrução. Y

Art. 29 - O conselho fiscal da entidade auditada, quando em funcionamento, deverá verificar o


correto cumprimento pelos administradores do disposto nos arts. 27 e 28. Y

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Art. 30 - O exame de qualificação técnica será realizado, no mínimo no primeiro semestre de


cada ano, com vistas à habilitação do auditor independente para o exercício da atividade de
auditoria de demonstrações contábeis para todas as entidades integrantes do mercado de
valores mobiliários. Y

Parágrafo único. O exame de qualificação técnica será aplicado pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC em conjunto com o Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON ou por
instituição indicada pela CVM, nos moldes a serem definidos em ato próprio. Y

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Y

Art. 31 - O Auditor Independente - Pessoa Física e o Auditor Independente - Pessoa Jurídica


não podem prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo superior a cinco anos
consecutivos, contados a partir da data desta Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de
três anos para a sua recontratação. Y

     Y

Art. 32 - O auditor independente deverá implementar um programa interno de controle de


qualidade, segundo as diretrizes emanadas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e do
Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON, que vise a garantir o pleno atendimento das
normas que regem a atividade de auditoria de demonstrações contábeis e das normas
emanadas desta Comissão de Valores Mobiliários. Y

§ 1º O programa interno de controle de qualidade será estabelecido de acordo com a estrutura


de sua equipe técnica e a complexidade dos serviços a seu cargo, no caso de Auditor
Independente - Pessoa Jurídica e quanto à competência técnico-profissional, no caso de
Auditor Independente - Pessoa Física. Y

§ 2º O programa interno de controle de qualidade poderá ser desenvolvido em conjunto com


outros auditores independentes ou em convênio com instituição especializada, devendo o
Auditor Independente - Pessoa Jurídica indicar sócio responsável pela implementação e
condução desse programa. Y

§ 3º O programa interno de controle de qualidade será exigido após doze meses da publicação
das normas e diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC que
regulamentem essa matéria. Y

      Y

Art. 33 - Os auditores independentes deverão, a cada quatro anos, submeter-se à revisão do


seu controle de qualidade, segundo as diretrizes emanadas do Conselho Federal de
Contabilidade - CFC e do Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON, que será realizada por
outro auditor independente, também registrado na Comissão de Valores Mobiliários, cuja
escolha deverá ser comunicada previamente a esta Autarquia. Y

§ 1º No caso de Auditor Independente - Pessoa Jurídica, a revisão do controle de qualidade


será efetuada por sociedade de auditores que possua estrutura compatível com o trabalho a
ser desenvolvido. Y
§ 2º O auditor revisor deverá emitir relatório de revisão do controle de qualidade a ser
encaminhado ao auditor independente e à CVM até 31 de outubro do ano em que se realizar a
revisão. Y

§ 3º A primeira revisão de controle de qualidade deverá ser efetuada, no máximo, até dois anos
contados a partir da publicação desta Instrução. Y

§ 4º O auditor independente responsável pela revisão do controle de qualidade também deverá


observar, em relação ao auditor revisado, as normas de independência aprovadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Y

§ 5º A Comissão de Valores Mobiliários poderá determinar a substituição do auditor


independente escolhido para a realização do controle de qualidade quando, a seu critério, não
atenderem às condições para a realização da revisão ou por inobservância do disposto nos §§
1º e 4º. Y

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Art. 34 - Os auditores independentes deverão manter uma política de educação continuada de


todo o seu quadro funcional e de si próprio, conforme o caso, segundo as diretrizes aprovadas
pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC e pelo Instituto Brasileiro de Contadores -
IBRACON, com vistas a garantir a qualidade e o pleno atendimento das normas que regem o
exercício da atividade de auditoria de demonstrações contábeis. Y


 
Y

Art. 35 - O Auditor Independente - Pessoa Física, o Auditor Independente - Pessoa Jurídica e


os seus responsáveis técnicos poderão ser advertidos, multados, ou ter o seu registro na
Comissão de Valores Mobiliários suspenso ou cancelado, sem prejuízo de outras sanções
legais cabíveis, quando: Y

I. atuarem em desacordo com as normas legais e regulamentares que disciplinam o mercado


de valores mobiliários, inclusive o descumprimento das disposições desta Instrução; Y

II. realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem dados ou números, ou sonegarem


informações que sejam de seu dever revelar; ou Y

III. utilizarem, em benefício próprio ou de terceiros, ou permitirem que terceiros se utilizem de


informações a que tenham tido acesso em decorrência do exercício da atividade de auditoria. Y

Art. 36 - O descumprimento das disposições contidas nesta Instrução sujeita os seus infratores
às penalidades previstas no art. 11 da Lei nº 6.385/76. Y

Art. 37 - Constitui infração grave, para o efeito do disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385/76,
o descumprimento do disposto nos arts. 20, 22, 23, 25, 31, 32, 33 e nos incisos II e III do art. 35
desta Instrução. Y

Art. 38 - Constituem hipóteses de infração de natureza objetiva, sujeitas ao rito sumário de


processo administrativo, o descumprimento dos arts. 16, 17, 21, parágrafo único do art. 25, § 1º
do art. 26, 27 e §§ 1º e 2º do art. 28 desta Instrução. Y

Parágrafo único. Não será adotado o rito sumário em caso de reincidência específica ou
genérica. Y

Art. 39 - A Comissão de Valores Mobiliários dará conhecimento, em publicação no Diário Oficial


da União, do cancelamento ou da suspensão do registro de auditor independente e comunicará
a ocorrência ao Conselho Regional de Contabilidade pertinente, nos casos de aplicação das
penalidades previstas nesta Instrução. Y

Parágrafo único. No caso de cancelamento, os documentos e declarações apresentados para


obtenção e manutenção do registro ficarão à disposição do interessado, por um prazo de
sessenta dias, após o qual poderão ser destruídos. Y

Art. 40 - A Comissão de Valores Mobiliários divulgará, periodicamente, e manterá atualizada e


disponível para o mercado, a relação dos auditores independentes que tenham sido
penalizados em inquérito administrativo. Y




 

 
 
Y

Art. 41 - O exame de qualificação técnica, previsto no art. 30, não será exigido dos auditores
independentes que já estiverem registrados nesta CVM, na data em que esta Instrução entrar
em vigor. Y

Parágrafo único. Os auditores independentes que vierem a se registrar nesta CVM, a partir da
vigência desta Instrução, estarão dispensados da apresentação do certificado de aprovação no
exame de qualificação técnica, enquanto o mesmo não estiver regulamentado. Y

Art. 42 - Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. Y

Art. 43 - Ficam revogadas as Instruções CVM nº 216, de 29 de junho de 1994, e 275, de 12 de


março de 1998. Y

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Requerimento para registro de Auditor Independente Y

Pessoa Física Y

À COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Rio de Janeiro - RJ Y

(Nome completo) requer o registro de "Auditor Independente - Pessoa Física", para o que
anexa: Y

1. cópia da carteira de identidade de contabilista, na categoria de contador, ou certidão


equivalente expedida por Conselho Regional de Contabilidade, indicando a data da
homologação do registro na categoria de contador; Y

2. informação cadastral (Anexo II); Y

3. declaração legal (Anexo III); Y

4. cópia do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento ou documento hábil


equivalente, expedido pela Prefeitura Municipal; Y

5. cópia do certificado de aprovação no exame de qualificação técnica; Y


6. documentos para comprovação do exercício da atividade de auditoria, nos termos do art. 7º;
eY

7. comprovação de haver se desligado do quadro de auditores de "Auditor Independente-


Pessoa Jurídica" (se aplicável, conforme o art.11). Y

Local e data Y

Nome completo e assinatura Y

CRC - nº Y

Informação Cadastral Y

1. Nome completo:Y

2. Forma abreviada que comumente use: Y

3. Endereço particular: (indicar o logradouro, número, complemento, bairro, cidade, UF, CEP,
telefone, fax, e-mail etc). Y

4. Nacionalidade, local e data do nascimento: Y

5. Filiação: Y

6. Estado civil: (se casado, indicar o nome do cônjuge e o regime de casamento). Y

7. Documento de identidade: (indicar número de registro, data da expedição e o órgão


expedidor). Y

8. Documento de identidade profissional: (indicar número de registro, data da expedição e o


Conselho Regional de Contabilidade expedidor). Y

9. Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda: Y

10. Denominação do "Auditor Independente - Pessoa Jurídica" registrado na Comissão de


Valores Mobiliários, do qual seja sócio, diretor ou empregado (quando for o caso): (indicar a
denominação ou razão social no pressuposto da obtenção do registro). Y

11. Endereço profissional: (indicar o logradouro, número, complemento, bairro, cidade, UF,
CEP, telefone, telex, fax, e-mail etc). Y

12. Atividades exercidas e participação em cursos, congressos e seminários na área de


contabilidade, auditoria ou mercado de capitais: (a critério do interessado, as informações
deste item poderão ser apresentadas em documento anexo). Y

13. Participação como sócio ou acionista de entidades, inclusive do cônjuge e dos


dependentes: (relacionar, separadamente, a participação do próprio e dos dependentes,
indicando a denominação/razão social, a quantidade de ações ou quotas possuídas e o
percentual de participação ou informar que não há nada a declarar). Y

14. Informações complementares, à discrição do requerente: Y

Local e data Y

Nome completo e assinatura Y


CRC - nº Y

Declaração Legal Y

(Nome completo), para fins de registro de "Auditor Independente - Pessoa Física" junto à
Comissão de Valores Mobiliários, declara que: Y

1. não sofreu pena de suspensão ou exclusão por parte dos Conselhos Regionais de
Contabilidade e está regularizado naquele Órgão; Y

2. não teve título protestado, por falta de aceite ou de pagamento, nem sofreu processo de
execução fiscal ou hipotecária; Y

3. não foi, por sentença judicial transitada em julgado, declarado insolvente, condenado em
processo-crime de natureza infamante ou por crime ou contravenção de conteúdo econômico,
impedido de exercer cargo público ou declarado incapaz de exercer seus direitos civis; Y

4. não pertenceu nem pertence à administração de sociedade que tenha tido títulos
protestados, ou que tenha sido responsabilizada em ação judicial; Y

5. não faliu nem requereu concordata, e não participou como sócio nem integrou a
administração de sociedade falida ou concordatária; Y

6. não integrou nem integra órgãos de administração de sociedade que tenha estado ou esteja
em liquidação extrajudicial ou sob intervenção do governo; Y

7. não foi advertido, multado, suspenso ou declarado inabilitado para o exercício de atividade
profissional, cargos de administração ou de conselho fiscal em instituição autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela Superintendência de Seguros Privados, nem
condenado em inquérito administrativo instaurado pela Comissão de Valores Mobiliários; Y

8. não está respondendo a processo instaurado, associado a qualquer penalidade ou espécie


de condenação antes citadas; e Y

9. possui escritório compatível com o exercício da atividade de auditoria independente,


devidamente legalizado na Prefeitura Municipal de seu domicílio. Y

Os documentos e informações apresentados para fins de registro são verdadeiros e,


conseqüentemente, quaisquer erros ou omissões poderão ser tidos como indícios ou provas de
falsidade de declaração, ficando a Comissão de Valores Mobiliários autorizada a utilizar a
presente declaração legal em juízo ou fora dele. Y

Local e data Y

Nome completo e assinatura Y

CRC - nº Y


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c 


    Y

1. Especificar com minudência quaisquer ocorrências em contrário às declarações acima. Y

2. A Comissão de Valores Mobiliários, a seu critério, poderá examinar e avaliar a situação do


pretendente com vistas a conceder ou não o registro pleiteado, cabendo-lhe, portanto, poder
discricionário na análise das circunstâncias de cada caso. Y
3. Qualquer ocorrência posterior à obtenção do registro, relativamente aos itens especificados,
deverá ser comunicada à CVM no prazo máximo de trinta dias, sendo aplicável o disposto no
art. 15. Y

Requerimento para registro de "Auditor Independente - Pessoa Jurídica" Y

c

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c  
 Y

Rio de Janeiro - RJ Y

(Denominação ou razão social) requer o registro de "Auditor Independente - Pessoa Jurídica",


para o que anexa: Y

Da Sociedade: Y

1. traslado ou certidão de inteiro teor ou cópia do instrumento de contrato social ou ato


constitutivo equivalente e alterações posteriores registradas em Cartório do Registro Civil de
Pessoas Jurídicas e no Conselho Regional de Contabilidade (conforme o caso); Y

2.endereço da sede social e de cada uma das filiais e/ou escritórios (se for o caso);(indicar o
logradouro, número, complemento e bairro, CEP, cidade, estado, telefone, telex, fax, e-mail
etc). Y

3. relação de entidades nas quais a sociedade, seus sócios e responsáveis técnicos tenham
participação no capital social e que atuam ou prestam serviços no âmbito do mercado de
valores mobiliários, indicando as respectivas áreas de atuação; Y

4. cópia do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda, da sede social
e de cada uma das filiais e/ou escritórios (se for o caso); Y

5. cópia do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento ou documento hábil


equivalente, expedido pela Prefeitura Municipal da sede e de cada uma das filiais e/ou
escritórios (se for o caso); Y

6. cópia do Alvará expedido pelo Conselho Regional de Contabilidade, da sede e de cada uma
das filiais e/ou escritórios (se for o caso); Y

7. relação dos sócios e demais contadores que integram o quadro de responsáveis técnicos,
autorizados a emitir e assinar parecer de auditoria em nome da sociedade no âmbito do
mercado de valores mobiliários; e Y

8. declaração legal. Y

Dos sócios e dos responsáveis técnicos: Y

1. Informação Cadastral (Anexo II); Y

2. cópia da carteira de identidade de contabilista, na categoria de contador, ou certidão


equivalente expedida por Conselho Regional de Contabilidade que indique a data em que o
registro foi concedido; Y

3. cópia do certificado de aprovação no exame de qualificação técnica, dos responsáveis


técnicos; e Y
4. documentos para comprovação do exercício da atividade de auditoria dos responsáveis
técnicos autorizados a emitir e assinar parecer de auditoria em nome da sociedade no âmbito
do mercado de valores mobiliários. Y

Local e data Y

(denominação ou razão social) Y

(número de inscrição da sociedade no CRC) Y

(nome completo e assinatura do sócio representante) Y

CRC - nº (do sócio) Y

Declaração Legal Y

(Denominação ou razão social), para fins de registro de "Auditor Independente - Pessoa


Jurídica" junto à Comissão de Valores Mobiliários, declara: Y

Quanto à sociedade: Y

1. não sofreu penalidade por parte dos Conselhos Regionais de Contabilidade e se encontra
em situação regular com aquele(s) Órgão(s); Y

2. não teve título protestado, por falta de aceite ou de pagamento, nem sofreu processo de
execução fiscal ou hipotecária; Y

3. possui escritório compatível com a atividade de auditoria independente, legalizado(s) perante


a(s) Prefeitura(s) Municipal(ais) do(s) domicílio(s) da sede e dos escritórios (se for o caso). Y

Quanto aos sócios e aos responsáveis técnicos: Y

1. não sofreram pena de suspensão ou exclusão por parte dos Conselhos Regionais de
Contabilidade e se encontram regularizados naquele(s) Órgão(s); Y

2. não tiveram título protestado, por falta de aceite ou de pagamento, nem sofreram processo
de execução fiscal ou hipotecária; Y

3. não foram, por sentença judicial transitada em julgado, declarados insolventes, condenados
em processo-crime de natureza infamante ou por crime de contravenção de conteúdo
econômico, impedido de exercer cargo público ou declarado incapaz de exercer seus direitos
civis; Y

4. não pertenceram nem pertencem à administração de sociedade que tenha títulos


protestados, ou que tenha sido responsabilizada em ação judicial; Y

5. não faliram, não requereram concordata, não participaram como sócio e nem integraram a
administração de sociedade falida ou concordatária; Y

6. não integraram nem integram órgãos de administração de sociedade que tenham estado ou
estejam em liquidação extrajudicial ou sob intervenção do governo; Y

7. não foram advertidos, multados, suspensos ou declarados inabilitados para o exercício de


atividade profissional, cargos de administração ou de conselho fiscal em instituição autorizada
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela Superintendência de Seguros Privados, nem
condenados em inquérito administrativo instaurado pela Comissão de Valores Mobiliários; e Y
8. não estão respondendo a processo instaurado, associado a qualquer penalidade ou espécie
de condenação antes citada. Y

Os documentos e informações, em relação à sociedade, aos sócios, diretores e demais


responsáveis técnicos, apresentados para fins de registro são verdadeiros, sendo que
quaisquer erros ou omissões poderão ser tidos como indícios ou provas de falsidade de
declaração, ficando a Comissão de Valores Mobiliários autorizada a utilizar a presente
declaração legal em juízo ou fora dele. Y

Local e data Y

(denominação ou razão social) Y

número de inscrição da sociedade no CRC Y

nome completo e assinatura do sócio representante Y

CRC - nº (do sócio) Y


Š 

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   + Y

1. Especificar com minudência quaisquer ocorrências em contrário às declarações acima. Y

2. A Comissão de Valores Mobiliários, a seu critério, poderá examinar e avaliar a situação do


pretendente com vistas a conceder ou não o registro pleiteado, cabendo-lhe, portanto, poder
discricionário na análise das circunstâncias de cada caso. Y

3. Qualquer ocorrência posterior à obtenção do registro relativamente aos itens acima


especificados deverá ser comunicada à Comissão de Valores Mobiliários, no prazo máximo de
trinta dias, sendo aplicável o disposto no art. 15. Y

Anexo VI Y

Informação Anual Y

- Identificação do Auditor Independente: Y

a) nome completo (se pessoa física) ou; denominação ou razão social (se pessoa jurídica)Y

b) endereço(s) (a pessoa jurídica deverá indicar o endereço da sede social e de todas as filiais
e/ou escritórios) Y

c) nome do(s) sócio(s) representante(s) perante a CVM ( pessoa jurídica); Y

- Relação nominal das entidades para as quais presta serviços de auditoria, subdivididas em: Y

- Companhias Abertas: Y

Companhias Abertas (a)Y Data (b)Y +10% (c)Y

a) relacionar em ordem alfabética, independentemente do ramo de atividade, todas as


companhias registradas na CVM, com ações negociadas em bolsa ou mercado de balcão.Y

b) em se tratando de primeira auditoria, indicar a data do contrato. Y


c) indicar a porcentagem de participação em relação ao faturamento total quando for superior a
10%. Y

- Integrantes do Mercado de Valores Mobiliários: Y

Integrantes do MVM (d)Y Data (e)Y +10% (f)Y

- relacionar as instituições, sociedades ou entidades que integram o mercado de valores


mobiliários, a saber: Bolsa de Valores, Corretoras de Valores Mobiliários, Distribuidoras de
Valores Mobiliários, Fundos de Conversão Capital Estrangeiro, Fundos Mútuos de Ações,
Fundos de Investimento Capital Estrangeiro, Prestadores de Serviço de Custódia Fungível,
Sociedades de Investimento Capital Estrangeiro, Prestadores de Serviço de Emissão de
Certificados, Prestadores de Serviço de Administração de Carteira, Fundos de Privatização,
Fundos Imobiliários, Fundos de Cias. Emergentes, Empresas Emissoras de Certificados de
Investimentos na Área Audiovisual. Y

d) em se tratando de primeira auditoria, indicar a data do contrato. Y

e) indicar a porcentagem de participação em relação ao faturamento total quando for superior


a 10%. Y

f) Companhias Incentivadas: Y

Companhias Incentivadas (g)Y Data (h)Y +10% (i)Y

g) relacionar as companhias beneficiárias de incentivos fiscais, previstos na Lei nº 8.167/91,


conforme disposto no Decreto-lei nº 2.298/86. Y

h) em se tratando de primeira auditoria, indicar a data do contrato. Y

i) indicar a porcentagem de participação em relação ao faturamento total quando for superior a


10%. Y

1. Quantidade de entidades não enquadráveis nos itens anteriores: Y

(informar o número de entidades auditadas durante o exercício anterior, que não se enquadram
nos itens anteriores) Y

2.Valor do faturamento anual e horas trabalhadas em serviços de auditoria, conforme


discriminado; Y

Faturamento em Serviços de Auditoria:Y R$Y

Percentual do faturamento em auditoria em relação ao faturamento total:Y %Y

Total de horas trabalhadas em auditoria no exercício:Y Y

1. Critérios adotados na determinação dos honorários profissionais: Y

(descreva sumariamente os critérios utilizados para estabelecer a cobrança de honorários por


serviços prestados) Y

2. Número de sócios e de empregados permanentes da área técnica: Y


Número de sócios:Y

Número total de empregados da área técnica:Y

1. Relação das entidades nas quais a sociedade, seus sócios e responsáveis técnicos tenham
participação no capital social e que atuam ou prestam serviços no âmbito do mercado de
valores mobiliários, indicando as respectivas áreas de atuação ou alterações ocorridas no
período: Y

Entidades (denominação ou razão social)Y Ramo de atividadeY

2. Política de educação continuada desenvolvida no exercício: Y

Nome/CargoY Participação emY

(relacionar todos os cursos, seminários e treinamentos dos quais o AIPF tenha participado ou
os sócios, gerentes e supervisores do AIPJ). Y

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES QUANTO À APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO ANUAL: Y

1. Todos os itens deverão ser respondidos. Caso não exista informação a ser apresentada, em
qualquer item, deverá ser indicada a expressão "NÃO APLICÁVEL". Y

2. O prazo para apresentação dessas informações é até o último dia útil do mês de abril. Y

3. O documento deve ser assinado pelo Auditor Independente - Pessoa Física ou pelo sócio
representante do Auditor Independente - Pessoa Jurídica perante a CVM. Y

 
Y

1) Quais as principais normas para elaboração de escrituração?Y

2) Qual a finalidade da análise de balanço?Y

3) Como pode se dividir a análise de balanço?Y

4) Qual a finalidade da análise de alavancagem financeira?Y

5) O que as demonstrações contábeis devem contar para que sejam realmente analisadas?Y

6) Dentro dos procedimentos para levantamento de demonstrações o que deve ser observado
no ativo e passivo?Y

7) No relatório e no parecer do auditor quais os procedimentos devem ser observados?Y

8) O que consiste a análise financeira?Y

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Y

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 c 
c
Š
Y

É praticamente impossível saber se todos os procedimentos previstos nas normas foram


adotados. O analista de balanço terá de confiar no que escreveram os auditores
independentes, quando as demonstrações contábeis passarem por processo auditoria. Estes,
por sua vez, como fazem o seu trabalho por amostragem, são obrigados a confiar no que
dizem os signatários das peças contábeis.Y

Cremos que devido à grande quantidade de fraudes contábeis que não puderam ser
encontradas pelos auditores independentes, mas que foram denunciadas ou apontadas depois
do encerramento de seus trabalhos na ENTIDADE, o CFC - Conselho Federal de Contabilidade
optou por baixar resolução instituindo a CARTA DE RESPONSABILIDADE DA
ADMINISTRAÇÃO (Res.CFC Nº 752 - Normas de Auditoria).Y

  
 
  Š Y

Adiante discorremos sobre as seguintes legislações:Y

- Decreto-lei 1.598/77 - artigo 7º - crime de falsificação material e ideológica da escrituração e


de seus comprovantes.Y

- Lei 7.492/86 - Lei do "Colarinho Branco"Y

- Lei 7.913/89 - Lei dos "Crimes Contra Investidores"Y

- Lei 4.729/65 - Lei dos "Crimes de Sonegação Fiscal"Y

- Lei 8.137/90 - Lei dos "Crimes contra a Ordem Econômica e Tributária"Y

- Lei 9.613/98 - Lei dos "Crimes de Lavagem de Dinheiro"Y

DECRETO-LEI Nº 1598/77:Y


 
  Y

No artigo 256 do RIR/99 - Regulamento do Imposto de Renda, baixado pelo Decreto 3.000 de
1999 lê-se:Y

              


 
       
         
 
     
    
 

  
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 Y

No artigo 981 do RIR/99 lê-se:Y

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 ,       -(
    
 (   .  
   % !"#$$ %$
&/0$%1 2#"  %/"'%Y

Entretanto, como não existem fiscais em número suficiente para visitar todas as empresas
estabelecidas no Brasil e considerando, ainda, que a maioria dos fiscais não têm os
conhecimentos mínimos de contabilidade, porque não é exigida a formação específica para o
exercício da função, é de se supor que a maioria das fraudes não sejam identificadas.Y

Para se ter uma idéia da falta de fiscais, podemos fazer a seguinte colocação: se cada fiscal do
Imposto de Renda ficar em média apenas 5 dias úteis em cada empresa, com a quantidade de
fiscais existentes, seriam necessários mais de 40 (quarenta) anos para visitação de todas as
empresas existentes no Brasil. Porém, a exigibilidade do imposto prescreve em 5 (cinco) anos.Y

Por isso, com base nas normas baixadas sobre o Sigilo Fiscal e Bancário introduzidos pela Lei
Complementar 104/2001 e pela Lei Complementar 105/2001, novo métodos de fiscalização
foram introduzidos como os mencionados no texto Ação Governamental Contra Sonegação
Fiscal.Y

Lei nº 7.492/86 - Lei dos "Crimes do Colarinho Branco" Y

Na "Lei do Colarinho Branco" ver em especial os artigos 6º, 9º, 10, 11 e 21, que se referem à
escrituração contábil e à documentação pertinente. Essa lei restringe-se somente às
instituições do Sistema Financeiro Nacional ou àquelas que a elas se assemelhem
operacionalmente, quando deveria atingir quaisquer tipo de entidades.Y

Lei nº 7.913/89 - Lei dos "Crimes Contra Investidores" Y

A "Lei dos Crimes contra Investidores" abrangeu apenas as operações realizadas nas Bolsas
de Valores, desde que denunciadas apenas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Os
investidores em títulos de renda fixa, em fundo do investimentos, em fundos de pensão e em
consórcios para aquisição de bens ficaram e continuam sem proteção legal específica.Y

Como essa lei 7.913/89 se transformou em "letra morta" na área de fiscalização da CVM -
Comissão de Valores Mobiliários, a Lei 10.303/2001, entre as alterações, introduziu os artigos
27-C a F na Lei 6.385/76 que versam sobre o mesmo tema "Dos Crimes Contra o Mercado de
Capitais".Y

Lei nº 4.729/65 - Lei dos "Crimes de Sonegação Fiscal" Y

A "Lei dos Crimes de Sonegação Fiscal" teve vários de seus artigos revogados. Parte dela
continua em vigor apesar de seu texto ter sido repetido na Lei nº 8137/90.Y

Lei nº 8.137/90 - Lei dos "Crimes contra a Ordem Econômica e Tributária" Y

A "Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária, Econômica e contra as Relações de Consumo"
veio reforçar a Lei de Sonegação Fiscal, enquadrando também alguns outros atos que nela não
estavam previstos.Y

Lei nº 9.613/98 - Lei dos "Crimes de Lavagem de Dinheiro" Y

A "Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro" após muita discussão e punições a funcionários
públicos que se rebelaram contra os esquemas reinantes, veio fechar uma lacuna, pois não
havia legislação para os crimes que define. As grandes aliadas dos lavadores de dinheiro sujo
(sem origem legal e tributada) são as contas conhecidas como CC5 ( contas correntes
bancárias de não residentes), geralmente abertas por entidades financeiras constituídas em
paraísos fiscais, que apesar de não autorizadas pelo poder executivo para operar no Brasil,
vêm operando normalmente, utilizando-se de tais contas com a anuência e a vista grossa dos
dirigentes da política monetária.Y

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Perante os avanços da informática, a contabilidade é feita quase que automaticamente em


sistemas integrados de processamento de dados, cujos lançamentos contábeis são efetuados
por programas de computador. Os analistas sistemas, os programadores e os estrategistas de
negócios, além das operações corriqueiras, podem elaborar rotinas e simular negociações para
maximização ou minimização de resultados e, conseqüentemente, para manipulação das
demonstrativos contábeis com a finalidade de iludir investidores, credores, fornecedores e
analistas de crédito e cobrança, muitas vezes, com a cumplicidade dos profissionais de
contabilidade. Y

De outro lado, profissionais ligados à contabilidade e os demais, que dela necessitam para
tomar decisões, ficam a mercê dessas manipulações, se considerarmos que na maioria dos
casos essas pessoas não têm suficientes conhecimentos técnicos e práticos para digerir tais
programas de computadores eletrônicos. De outro lado também estão os negócios complexos
que são realizados principalmente no mercado financeiro e de capitais e os artifícios contábeis,
operacionais e jurídicos que geralmente são utilizados. Assim, resta a esses profissionais
confiar nos números das demonstrações contábeis e, com base nelas, efetuar uma análise
superficial, que pode levar a conclusões equivocadas.Y

Para uma perfeita análise, é necessário conhecer uma enorme gama de operações de domínio
quase exclusivo de operadores do mercado financeiro e de capitais, inclusive e principalmente
as que possibilitam as manipulações, os desvios de recursos, a ³    ´ e o
³
    ´, nacional e internacional. Y

Dificultando as análises temos também as falhas ou brechas na legislação tributária e nas


normas operacionais e regulamentares, que, em alguns casos, acabam legalizando operações
duvidosas. Existem ainda as regras e interpretações divergentes entre os diversos órgãos
oficiais.Y

Não há muitas esperanças de que as Demonstrações Contábeis passem a ser mais sérias
(dignas de fé). Ainda mais sabendo-se que a informática permite que se tenha em questão de
minutos um balanço manipulado, para publicação, e outro verdadeiro, que não é exposto ao
público. Como isso, é muito difícil que a coisa venha a se tornar séria. Y

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Sempre que se quer apurar algo no presente, faz-se com base em experiências e fatos
passados. Com base nesses princípios vamos demonstrar como ocorreram alguns casos de
manipulação de balanços, que em muitos casos são tidos como formas de Planejamento
Tributário.Y

Entre esses fatos estão a:Y

- Transformação de capital de risco em empréstimos por empresas multinacionaisY

- Internacionalização do capital nacionalY

Falsificação Material e Ideológica das Demonstrações Contábeis e de seus livros e registrosY

O Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), baixado pelo Decreto nº 3.000/99, menciona:Y


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O crime de falsidade também está previsto nos artigos 981 a 983 do RIR/99.Y

A Lei 7.492/86 dos crimes contra o SFN - Sistema Financeiro Nacional também menciona
vários delitos ligados à realização de operações fraudulentas especialmente nos seus artigos
3º, 6º, 7º, 9º, 10, 11, 21 e 22.Y

 


 
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Tanto no Banco Central do Brasil como na Secretaria da Receita Federal e na Comissão de


Valores Mobiliários, assim como nos quadros de fiscalização de modo geral (federal, estadual e
municipal), não existem contadores em número suficiente para exigir que as Demonstrações
Contábeis sejam dignas de fé.Y

Alguns fiscalizadores de carreiras diversas chegam a repudiar a contabilidade como meio de


apurar fraudes fiscais, tributárias, trabalhistas e previdenciárias, o que os torna improdutivos e
em muitos casos facilmente corruptíveis.Y

Exatamente porque a maioria dos fiscalizadores não entendem da coisa, por serem leigos,
também não fazem questão da fidedignidade das Demonstrações Contábeis, o que é
lamentável, porém é a mais pura verdade.Y

Quando ministrava cursos sobre a fiscalização das instituições do SFN, sempre observava a
dificuldade dos leigos para entender os artifícios contábeis, jurídicos e operacionais utilizados
para esconder resultados tributáveis. Por isso, sempre comentava com alguns membros dos
escalões superiores da necessidade de contratação de contadores.Y

Foi a partir daí que no site da ESAF - Escola de Administração Fazendária passou a oferecer
curso de contabilidade à distância como pós-graduação, que seria ministrado em 18 meses.Y

Pergunta-se: Não seria mais fácil que os concursos públicos para o cargo de Auditor Fiscal da
Receita Federal fossem dirigidos somente aos contadores? E por que não são?Y

Por que são efetuados concursos específicos para médicos, psicólogos, engenheiros,
advogados e economistas e não são realizados concursos para contadores e administradores
de empresas?Y

Se contratados contadores, estes estariam tecnicamente aptos a desempenhar a função de


fiscalizador deste o seu primeiro dia de trabalho, porque conhecem as técnicas de auditoria e
de perícia contábil e, ainda, na maioria dos casos também conhecem no seu dia a dia todas as
práticas de sonegação fiscal e tributária e dos métodos de planejamento tributário e de
engenharia financeira. Ao contrário, os leigos contratados, necessitam de muitos anos para que
possam adquirir essa prática. Muitos não conseguem obtê-la e acabam tendendo à corrupção.Y

O mesmo acontece no Banco Central do Brasil, na Comissão de Valores Mobiliários e em


muitos órgãos fiscalizadores cuja base é a contabilidade. Em todos esses órgãos são
realizados concursos específicos para advogados, para economistas e para muitos outros
profissionais de nível superior, mas não são realizados concursos para contadores, tão
necessários aos quadros de fiscalização. Na fiscalização do Sistema Financeiro Nacional, por
exemplo, são encontrados profissionais de diversas formações de nível superior, tais como:
engenheiros, médicos, dentistas, entre muitos outros.Y

Pergunta-se: Com que base técnica e profissional eles vão fazer a fiscalização do SFN?Y
É por isso que os meios de comunicação vulgarmente chamados de "mídia" dizem que a
fiscalização é ineficiente. Não funciona.Y

As provas dos concursos públicos, por sua vez, são elaboradas por pessoas ou entidades de
competência discutível de tal forma que normalmente os contadores não conseguem
aprovação. Nos últimos concursos têm sido aprovados em sua maioria engenheiros. Depois de
aprovados, o que fazer com eles? Eis a questão. Esses e outros profissionais de nível superior
sem formação específica vão ter de se adaptar ou serem reciclados para a realização de
serviços administrativos e para analisar demonstrações contábeis, documentos contábeis de
operações realizadas, entre outros atos e fatos administrativos, financeiros, fiscais e tributários
e sobre a contabilização dos mesmos, atividades estas para as quais não foram preparados
em seu currículo universitário. Ou seja, esses profissionais não estão técnica e legalmente
preparados para exercer as funções que vêm sem êxito tentando desempenhar.Y

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O Banco Central do Brasil estabeleceu que as instituições por ele autorizadas a funcionar estão
obrigadas a seguir as normas contidas naquela padronização. Muitas determinações
contrariam o contido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, no Regulamento do Imposto de
Renda, na Lei das S/A, nos normativos baixados pela CVM e no "Acordo da Basiléia" (Acordo
de Padronização Internacional firmado pelo Banco Central do Brasil).Y

Um dos ditames da ³Lei das S/A´, quando de sua edição, contrariava as Normas Brasileiras de
Contabilidade. Era o caso da apropriação de receitas que na Lei determina sejam efetuadas
pelo ³Regime de Competência´ (a receita deve ser contabilizada independentemente do seu
recebimento), enquanto que, segundo os princípios fundamentais de contabilidade baixados
pelo CFC antes da publicação da citada lei, as receitas deviam ser apropriadas pelo ³Regime
de Caixa´, ou seja, deviam ser contabilizadas somente quando recebidas, procedimento este
ainda adotado pelo Banco Central em alguns casos.Y

As normas do CFC foram posteriormente adaptadas à lei, ou seja, as receitas devem de fato
ser contabilizadas pelo regime de competência. Depois de 1995 a legislação tributária passou a
admitir a apropriação pelo regime de caixa em alguns casos em que o Banco Central obriga
que sejam apropriadas assim. Isso acontece com os créditos com inadimplência dos
devedores.Y

A CVM, de outro lado, ao baixar as normas relativas as Demonstrações Financeiras em Moeda


Constante (Correção Monetária Integral), desprezou as normas baixadas pelas instituições já
citados. O Banco Central do Brasil passou a admitir que as instituições financeiras, constituídas
na forma de sociedades de capital aberto, elaborassem seus balanços segundo as regras da
Correção Monetária Integral, instituída pela Comissão de Valores Mobiliários. Porém, também
admitiu que as demais instituições sob sua fiscalização, não a utilizassem. Note-se que essa
diversidade de procedimentos acaba prejudicando a Análise das Demonstrações Contábeis. Y

Por ocasião do advento da Lei 8.541/92, que obrigou a apuração mensal de resultados para
efeito de tributação do imposto de renda, o Banco Central do Brasil somente admitia a
apuração semestral, recusando-se a aceitar as regras impostas pela nova lei, o que causou
problemas entre as instituições do sistema financeiro nacional e a Secretaria da Receita
Federal.Y

A legislação tributária do imposto de renda, estabelece diversos limites de dedutibilidade de


despesas, que se contrapõem com determinações do Banco Central do Brasil, gerando
demandas judiciais. Esses limites são tantos que as pessoas jurídicas são obrigadas a
preencher um livro de ajustes, conhecido oficialmente pelo nome de Livro de Apuração do
Lucro Real - LALUR, para efeito de demonstração do lucro tributável, que os mentores da
norma chamaram de LUCRO REAL. Na verdade, lucro real é aquele obtido de conformidade
com as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade.Y
Essa série de limites e tratamentos diferenciados entre os diversos segmentos de contribuintes
vem facilitando o ³Planejamento Tributário´, inclusive em razão das diversas alíquotas do
imposto de renda incidentes, o que, a nosso ver, é inconstitucional (ver a Constituição Federal
de 1988 - Da Tributação e do Orçamento).Y

O Governo Federal, através da Lei 8.200/91, regulamentada pelo Decreto 332/91, reconheceu
que os índices de correção monetária oficiais haviam ficado defasados em relação a outros
índices (que melhor retratavam a inflação real) e permitiu que as demonstrações financeiras
fossem reavaliadas por esses outros índices, mais elevados, o que gerou sensíveis perdas nos
balanços das empresas em 1991 em contrapartida com a valorização dos ativos das empresas
e a conseqüente redução de seu imposto de renda a pagar. Isso provocou uma verdadeira
balbúrdia na comparação das demonstrações contábeis, visto que permitiu a atualização de
vários exercícios em um só.Y

Antes disto, a CVM - Comissão de Valores Mobiliários expediu a Instrução CVM 56 de 1986,
sem antes ter obrigado que as sociedade de capital aberto reavaliassem seus ativos com base
nos mais altos índices inflacionários (conforme determinou anos depois a Lei 8.200/91) ou com
base nos preços de mercado (conforme já determinava o artigo 183 da Lei 6.404/76), o que
fosse maior. Em razão dessa falta de atualização monetária, grande parte dos acionistas
minoritários foram alijados do capital das empresas porque a quantidade de ações foi dividida
por 1000 (mil). Assim, todos aqueles que possuíam menos de mil ações ou frações, quando
tinham quantidades superiores a 1000, acabaram perdendo essas frações para os acionistas
controladores das empresas. Veja outras informações em Crimes Contra Investidores.Y

Essa mesma Lei 8.200/91, que determinou a correção dos bens das empresas, não determinou
que fossem corrigidos os direitos dos trabalhadores, tais como o FGTS, a caderneta de
poupança, entre outros depósitos sujeitos à correção oficial, o que gerou muitas demandas
judiciais, que ainda em 2007 algumas se encontravam pendentes de julgamento.Y

Com a proliferação dos paraísos fiscais e dos ³derivativos´ no mercado financeiro internacional
(incluído o brasileiro) e também com a proliferação de diversas técnicas e artifícios de
³planejamento tributário´ (nacional e internacional), as demonstrações financeiras passaram a
³esconder´ voluntária ou involuntariamente a real situação econômico-financeira das empresas,
apesar da obrigatoriedade de publicação de NOTAS EXPLICATIVAS, que muitas vezes nada
explicam e, pelo contrário, confundem ainda mais o seu leitor, porque os contadores ou
auditores, que as elaboraram, não entenderam ou não têm conhecimento de como as
operações no SFN foram ou são realizadas.Y

Alguns profissionais de contabilidade, entre outros profissionais ligados ou não a ela,


invocando o sigilo das operações (sigilo profissional, bancário e fiscal), preferiram
departamentalizar os lançamentos contábeis. Ou seja, a confecção dos lançamentos contábeis
passou a ser efetuado pelos departamentos em que se realizam as operações nas empresas e
não mais na própria contabilidade. com a utilização de sistemas de processamento de dados
avançados, os lançamentos contábeis também passaram a ser efetuados automaticamente
pela programação dos computadores, bastando que funcionário autorizado procure na tela a
transação que está sendo realizada e preencha as lacunas com os dados solicitados.Y

Disso resultou o distanciamento das transações de quase todos os profissionais de


contabilidade, agravado pela conseqüente falta de conhecimento do mecanismo das mesmas.
Com isso, foram ao longo do tempo se avolumando as falhas de contabilização, obrigando o
Banco Central do Brasil a estabelecer formas padrão de escrituração de quase todos os
negócios realizadas no mercado financeiro e de capitais. Y

Esses esquemas padronizados utilizados pelas entidades de modo geral afastaram mais ainda
as operações da contabilidade e os contabilistas dos negócios. Agora, com base nesses
esquemas contábeis, qualquer pessoa pode preencher lacunas com os números necessários
ao registro das transações. Como já foi mencionado, em grande parte das grandes empresas
os computadores eletrônicos fazem os lançamentos contábeis automaticamente. Com isso, os
contadores não tiveram mais a necessidade de conhecer a mecânica operacional para
escriturá-las e, conseqüentemente, têm grande dificuldade para realizar a auditagem as
operações.Y

Por falta de conhecimento das regras básicas de avaliação de ativos e passivos, dos princípios
fundamentais de contabilidade e das finalidades das demonstrações financeiras (o balanço
patrimonial e seus auxiliares), alguns ³ditadores de regras´ dos órgãos citados e o poder
legislativo cometeram falhas gritantes na elaboração das lei e das normas. A principal dessas
falhas é não permitir a contabilização da mais valia de ativos, obrigando que fiquem
escriturados pelo seu custo corrigido, mesmo quando o preço de mercado no estado em que
se encontram é superior ao contábil. Isso faz com que um imóvel, adquirido pelo valor residual
numa operação de arrendamento mercantil (³leasing´ operacional ou ³leasing´ financeiro) seja
contabilizado por valor bem inferior ao de mercado e que o balanço, por essa razão, deixe de
espelhar a real situação econômico-financeira da empresa. Este é apenas um exemplo dentre
muitos outros que poderiam ser citados neste momento.Y

As regras impostas para cálculo do lucro tributável, em razão das inúmeras adições e
exclusões ao lucro contábil, acaba distorcendo o resultado e, muitas vezes, obrigando a
empresa a pagar imposto quando teve prejuízo contábil.Y

 
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1) Por quais motivos o Conselho Federal de Contabilidade optou por baixar resolução
instituindo a CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO (Res.CFC Nº 752 -
Normas de Auditoria)?Y

2) Quais as penalidades cabíveis no caso de "contabilidade criativa"?Y

3) Quais os principais pontos para verificar irregularidades em balanços fraudulentos?Y

4) Quais os principais deveres da auditoria para combater os artifícios manipulados na


realidade da empresa?Y

5) Quais as conseqüências na proliferação dos paraísos fiscais e dos ³derivativos´ no mercado


financeiro internacional?Y

6) Quais as providências tomadas pelo Banco Central para fiscalizar estes artifícios?Y

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Um dos ³absurdos´ da nossa legislação tributária do imposto de renda e proventos de qualquer


natureza é a dispensa de escrituração para empresas que optarem pela tributação com base
no LUCRO PRESUMIDO. A partir de 2005 essas empresas podiam ter renda bruta de até R$
48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) anuais. Ou seja, as empresas com renda
bruta igual ou inferior a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões) mensais podiam deixar de escriturar
os livros contábeis e optar pela escrituração apenas do Livro Caixa diariamente, incluindo as
movimentações bancárias, e do Livro de Inventário anualmente, desde que guardam todos os
documentos necessários à escrituração durante o prazo em que a obrigação tributária não
esteja prescrita.Y

Diante disso, perguntamos: Como pode um empresário administrar uma empresa com receita
bruta dessa ordem, SEM ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL? Y

 

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Considerando que muita gente não afeita à profissão de contabilista acha que analisar a
situação líquida patrimonial é somente verificar a evolução das contas do Patrimônio Líquido,
este tópico mostrará os procedimentos que devem ser adotados para a perfeita apuração da
situação líquida patrimonial das entidades. Para isso, serão estudadas as NBC - Normas
Brasileiras de Contabilidade, os estabelecido pela Lei das Sociedades por Ações, o
Regulamento do Imposto de Renda.Y

Discorremos também sobre as formas de manipulação do Patrimônio Líquido por intermédio de


vários tipos de operações e pela reavaliação de ativos.Y


 Y

A Situação Líquida Patrimonial será analisada levando-se em conta os seguintes normas e


critérios:Y

- as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade Y

- a Lei das Sociedades por AçõesY

MNI - Manual de Normas e Instruções do Banco Central do Brasil Y

- MNI 2-2-1 - Disposições GeraisY

- MNI 2-2-2 - De Endividamento, de Imobilizações e de RiscoY

- MNI 2-2-3 - Patrimônio Líquido Exigido (PLE)Y

- MNI 2-2-4 - Acompanhamento e ControleY


- MNI 2- - AuditoriaY

Ö RIR/99 - Regulamento do Imposto de RendaY

Serão necessárias as seguintes Demonstrações Contábeis e respectivos relatórios, incluindo


as das empresas controladoras, controladas e coligadas: Y

· Balancetes Mensais dos últimos três anos mais os do ano em cursoY

· Balanço Patrimonial dos últimos três anosY

· Demonstração dos Resultados dos últimos três anosY

· Notas Explicativas dos últimos três anosY

· Relatório dos Administradores dos últimos três anosY

· Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados dos últimos três anosY

· Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos últimos três anosY

· Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos últimos três anosY

· Parecer dos Auditores Independentes dos últimos três anosY

· Relatório dos Auditores Independentes dos últimos três anosY

· Demonstrações Contábeis Consolidadas dos últimos três anosY

  
    Y

Uma empresa pode ser ligada a outra na forma de controladora, controlada ou coligada.Y

CONTROLADORA é aquela pessoa ou empresa que detém mais de metade do capital da


CONTROLADA. Y

COLIGADA é aquela em que não há um controlador com mais da metade do seu capital. O
controle só é exercido mediante acordo entre dois ou mais acionistas ou cotistas, que se unem
com esse intuito de somar mais da metade do capital.Y

LIGADA também pode ser a empresa, que, embora não tenha a participação em ou de outras
empresas,está sendo administrada por pessoa que também administra outras empresas.Y

Ou seja, as empresas administradas pela mesma pessoa são indiretamente ligadas, quando
não há participação de capital, enquanto que nos demais casos citados elas são diretamente
ligadas, quando há participação no capital.Y

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- Segundo as Normas Brasileiras de ContabilidadeY

- Segundo o RIR/99 Y

- Reavaliação de Bens (do art.434 ao art.441) Y


- Reavaliação de Bens do Permanente (do art.434 ao art.438) Y

- Diferimento da Tributação (art.434)Y

- Tributação na Realização (art.435)Y

- Reavaliação de Bens Imóveis e de Patentes (do art.436 ao art.437)Y

- Reavaliação de Participações Societárias Avaliadas pelo Valor de Patrimônio Líquido (art.438)Y

- Reavaliação na Subscrição de Capital ou Valores Mobiliários (art.439)Y

- Reavaliação na Fusão, Incorporação ou Cisão (do art.440 ao art.441)Y

- Segundo as Normas do Banco Central do Brasil Y

- Reservas de ReavaliaçãoY

      Y

Na qualidade de controladores de determinadas empresas ou de grupos empresariais


geralmente aparecem pessoas jurídicas. Porém, quando se está analisando o fluxograma de
grupos empresariais, tem-se que chegar até o ponto em que aparecem pessoas físicas como
detentoras do capital.Y

Este é o método utilizado, por exemplo, pelo Banco Central do Brasil quando efetuada a
análise dos detentores do controle acionário de instituições do SFN - Sistema Financeiro
Nacional. No item 3 da Circular 518 lê-se:Y

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Basicamente os critérios enunciados a seguir são os mesmos, porém, colocados de forma


diferente e acabam se completando.Y

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Os critérios de avaliação de ativos e passivos e os de apropriação de receitas e despesas


estão nos PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE e nos comentários expedidos
pelo CFC, os quais podem ser obtidos através das referências contidas nos Princípios de
Contabilidade.Y

O princípio básico que norteia a apropriação de receitas e despesas é o Princípio da


Competência. Sobre ele foi feito um trabalho intitulado Regime de Competência, onde está um
arrazoado com as normas expedidas pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade, pela Lei
das Sociedades por Ações, pelo Regulamento do Imposto de Renda e pela Normas do Banco
Central do Brasil.Y

Os critérios de avaliação de ativos e passivos pode ser depreendidos a partir da leitura dos
demais princípios fundamentais de contabilidade.Y

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- Critérios de Avaliação de AtivosY

- Critérios de Avaliação de Passivos Y

- Critérios de Apropriação de Receitas e DespesasY

Os critérios de Avaliação de Ativos estão no art. 183 da Lei nº 6404/76.Y

Os critérios de Avaliação de Passivos estão no art. 184 da Lei nº 6404/76.Y

Os critérios básicos de apropriação de receitas e despesas estão no art. 187 da Lei 6404/76,
especialmente no § 1º, onde se lê:Y

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O regulamento do imposto de renda menciona que as Demonstrações Financeiras devem ser


elaboradas de conformidade com a legislação comercial (e obviamente com base nas NBC,
que não cita), observado o regime de competência (art. 273) e a Lei nº 6404/76 (§ 1º do art.
274).Y

Mas, assim como a Lei de Sonegação Fiscal (art 1º da Lei nº 4729/65), o RIR/99 também cita
as penalidade pela falsificação material e ideológica da escrituração, que é mencionada no
tópico relativo à análise das receitas e despesas a seguir.Y

Sobre os critérios de avaliação a apropriação, além da inobservância do regime de


competência, cita a Lei das Sociedades por Ações (Capítulo XV - art. 175 e seguintes) como
parâmetro. Mas, estabelece critérios para avaliação dos estoques.Y

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          Y

O Banco Central do Brasil estabelece em especial critérios de avaliação e apropriação de


receitas e despesas com títulos de renda fixa e variável, distinguido os títulos de própria
emissão das instituições do SFN dos títulos emitidos por terceiros. Y

   Y
As receitas e despesas devem ser contabilizadas observando-se o Regime de Competência. Y

Além desse procedimento básico previsto nos Princípios Fundamentais de Contabilidade,


baixado pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade, deve ser observada também
legislação do imposto de renda relativamente à dedução de custos e despesas para efeito do
cálculo do imposto de renda a pagar e da contribuição social sobre o lucro líquido.Y

A existência de reavaliações de ativos permanentes, deve ser observado o montante de


receitas correspondentes ao exercício fiscal em análise.Y

Portanto, a análise das receitas e despesas visa principalmente a constituições de provisões


para impostos, além de se observar a possibilidade de contabilidade de despesas inidôneas ou
omissão de receitas. Nestes casos, a legislação do imposto de renda prevê penalidades como
a cobrança do imposto que se queria sonegar, adicionado de multa e independentemente do
processo judicial cabível por falsificação material e ideológica da escrituração e de seus
comprovante (art. 256 do RIR/99), onde se lê:Y

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Todo contador ou técnico em contabilidade deve solicitar dos dirigentes da empresa da qual
está responsável pela escrituração contábil ou dos advogados da empresa a relação as ações
administrativa contra ou a favor no sentido de efetuar a provisão para contingências fiscais,
trabalhistas ou previdenciárias.Y

O auditor interno ou externo (independente) também deve efetuar o mesmo pedido. As


eventuais causas pendentes também devem ser mencionadas no Relatório da Administração e
em Notas Explicativas anexadas aos Balanços Patrimoniais, que serviram de base para
analistas de balanço.Y

  
         Y

Além da análise das receitas e despesas e dos resultados mencionados acima, o responsável
pela escrituração contábil, assim como os auditores e analistas de balanço devem solicitar
declaração positiva ou negativa da existência de débitos fiscais na esfera administrativa,
municipal, estadual, federal, assim como na área trabalhista e previdenciária, que obviamente
ainda estejam na esfera administrativa.Y

A contabilização de uma provisão para contingências (No Passivo Circulante) ou, melhor ainda,
de uma reserva para contingências (no Patrimônio Líquido) não significa o reconhecimentos
dos débitos. Este método de contabilização se coaduna com o disposto no Princípio Contábil
da Prudência.Y

- 
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  Y

· Situação Líquida Patrimonial Y

- Patrimônio LíquidoY

- Ajustes do Patrimônio LíquidoY

- Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) ou Patrimônio de Referência (PR)Y


· Capital de GiroY

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 Y

1Y Capital RealizadoY


1Y Atualização Monetária do Capital RealizadoY
2Y Capital CorrigidoY
1Y Reservas de LucrosY
1Y Reservas de CapitalY
1Y Reservas de ReavaliaçãoY
1Y Outras ReservasY
1)ÖY Lucros ou Prejuízos AcumuladosY
2Y Patrimônio LíquidoY
1Y Contas de Resultado CredorasY
ÖY Contas de Resultado DevedorasY
2Y Patrimônio Líquido Ajustado IY
1Y Ajustes Positivos:Y
YY Mais Valia de Imóveis de Uso (*)Y
YY Mais Valia de Imóveis Não de Uso (*)Y
YY Mais Valia de Veículos (*)Y
ÖY Ajustes Negativos:Y
YY DiferidoY
YY Adiantamento Salariais e do 13º salárioY
YY Despesas AntecipadasY
YY Adiantamentos para DespesasY
YY Empréstimos e Depósitos CompulsóriosY
YY Depósitos JudiciaisY
YY CauçõesY
YY Estoques de Materiais de ReposiçãoY
YY Estoques de material de ExpedienteY
ÖY Provisões Não Contabilizadas:Y
YY Provisão para Oscilação de títulos e Valores MobiliáriosY
YY Provisão para PerdasY
YY Ações nas Esferas JudiciaisY
YY Ações nas Esferas AdministrativasY
YY Autos-de-Infração Fiscais e TributáriosY
2Y Patrimônio Líquido Ajustado IIY

(*) O Banco Central do Brasil não aceita a inclusão das mais valias não contabilizadas para
efeito de apuração do PLA ou PR, assim como não acima a reavaliação e mais valia de bens
móveis. Y

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) - Utilizado para fins de apuração dos limites


operacionais das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil. É obtido pelo somatório dos níveis I e II de patrimônio, conforme
definido na Resolução nº 2.802, de 21.12.2000Y

Veja ainda as referências que o BACEN (Banco Central do Brasil) faz relativamente ao PLA -
Patrimônio Líquido Ajustado no MNI 2-2-1 e que faz a outros limites, incluindo os de
ponderação de Riscos, constantes de gráfico adiante, que estão no MNI - Manual de Normas e
Instruções:Y

MNI 2-2-1 - Disposições GeraisY


MNI 2-2-2 - De Endividamento, de Imobilizações e de RiscoY

MNI 2-2-3 - Patrimônio Líquido Exigido (PLE)Y

MNI 2-2-4 - Acompanhamento e ControleY

&   Y

2Y Patrimônio Líquido Ajustado IIY


ÖY Ativo PermanenteY
2Y Capital de GiroY

É o Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) ou Patrimônio de Referência (PR), como denomina o


Banco Central do Brasil, menos o Ativo Permanente.Y

#
  
Ö

    Y

Veja os limites fixados pelo Banco Central do Brasil para as instituições do SFN - Sistema
Financeiro Nacional:Y

 
  Y


 +Y

MNI - MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES Y

2 - NORMAS OPERACIONAIS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ASSEMELHADAS Y

2-1 - Disposições Especiais Y

2-1-1 - Regras Gerais Y

2-1-2 - Sistemas de Controle do Risco de Liquidez Y

2-1-9 - Garantias de operações Y

2-1-10 - Prestação de Garantias Y

2-1-19 - Operações de "Swap" Y

2-1-28 - Atuação por Conta e Ordem de Clientes Y

2-1-31 - Administração de Recursos de TerceirosY

2-2 - LimitesY

2-2-1 - Disposições Gerais Y

2-2-2 - De Endividamento, de Imobilizações e de Risco Y

2-17 - Central de Risco de CréditoY



+ Y

MNI - MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES Y


2 - NORMAS OPERACIONAIS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ASSEMELHADAS Y

2-1 - Disposições Especiais Y

2-1-12 - Bens de Uso e Não de Uso Y

2-2 - LimitesY

2-2-1 - Disposições Gerais Y

2-2-2 - De Endividamento, de Imobilizações e de Risco Y

2-15 - Imobilizações Y

2-15-1 - Participação SocietáriaY

2-15-2 - Título Patrimonial de Sociedades CorretorasY

 
 +Y

MNI - MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES Y

2 - NORMAS OPERACIONAIS DE I NSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ASSEMELHADAS Y

2-2 - LimitesY

2-2-3 - Patrimônio Líquido Exigido (PLE) Y

 



cc Y

É interessante notar que o Banco Central do Brasil estabelece limites de risco para diversos
investimentos, incluindo para responsabilidades assumidas que se encontram contabilizadas
nas Contas de Compensação. De conformidade com determinados percentuais de
ponderação, há a necessidade de determinado capital mínimo para que possam ser assumidos
tais riscos.Y

  c  


cc Y
Y  
Y Y  
Y
     Y   

Y
34 Y 3 4Y 34Y 34 Y 3 4Y 34Y
Caixa Y 5Y 5Y 50Y 0%Y 0Y 0Y 0Y
Aplicações Tít. 65Y 335Y 450Y 0%Y 0Y 0Y 0Y
Públ. FederaisY 50Y 190Y 100Y 50%Y 25Y 95Y 50Y
Aplicações 80Y 120Y 200Y 20%Y 16Y 24Y 40Y
InterfinanceirasY 600Y 400Y 300Y 50%Y 300Y 200Y 150Y
Dispon. 300Y 100Y 100Y 100%Y 300Y 100Y 100Y
Moedas 200Y 150Y 100Y 100%Y 200Y 150Y 100Y
EstrangeirasY
Aplicações Tít.
Públic. Estad. Y
Operações de
CréditoY
Oper. Arrend.
MercantilY
ATIVO 1300Y 1300Y 1300Y YY 841Y 569Y 440Y
CIRCULANTE Y
Créd. Export. 10Y 80Y 90Y 50%Y 5Y 40Y 45Y
ConfirmadosY 90Y 20Y 10Y 100%Y 90Y 20Y 10Y
Benef.
Garantias
PrestadasY
COMPENSAD 100Y 100Y 100Y YY 95Y 60Y 55Y
OY
TOTAL ATIVO Y 1400Y 1400Y 1400Y YY 936Y 629Y 495Y
Limite MínimoY 74,88Y 50,32Y 39,6Y
Capital e ReservasY 50Y 50Y 50Y
Excesso/ (deficiência)Y (24,88)Y (0,32)Y (10,40)Y

No gráfico acima verifica-se a comparação entre as aplicações de três bancos ou do mesmo


banco em três exercícios diferentes.Y

Note-se que os três bancos têm Capital e Reserva iguais no valor de 50 e seus respectivos
totais do Ativo também são iguais no valor de 1400. Porém, aplicados os coeficientes de
ponderação de risco estipulados pelo Banco Central do Brasil, o BANCO "A" têm um índice
total de 936, o BANCO "B" de 629 e o BANCO "C" de 495. Para se encontrar o Limite de
Capital Mínimo aplica-se a taxa vigente à época (que era de 8%) e assim obtêm-se os limites
de 74,88 para o BANCO "A", de 50,32 para o BANCO "B" e de 39,60 para o BANCO "C". Assim
sendo, comparados os respectivos capitais mínimos necessários com o capital de 50 que
realmente têm, encontra-se os valores dos aportes de capital necessários aos Bancos "A"
(24,88) e "B" (0,32). No caso em questão, o Banco "C" não necessita fazer aporte de capital.Y

Veja ainda outros limites fixados nas normas do Banco Central do Brasil, incluindo os de
ponderação constantes do gráfico acima, que estão no MNI - Manual de Normas e Instruções:Y

2-2-1 - Disposições GeraisY

2-2-2 - De Endividamento, de Imobilizações e de RiscoY

2-2-3 - Patrimônio Líquido Exigido (PLE)Y

2-2-4 - Acompanhamento e Controle - exposição em ouro e em ativos e passivos referenciados


em variação cambialY

c  c ! 


Y

Por ocasião da confecção deste trabalho, o limite de imobilizações fixado pelo Banco Central
do Brasil era de 70% (setenta por cento) do valor do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) ou
Patrimônio de Referência (PR).Y

Veja o que menciona o MNI 2-2-2- Limites: De Endividamento, de Imobilizações e de RiscoY

c   Šc  Y

Por ocasião da confecção deste trabalho, Os limites de endividamento eram fixados para as
cooperativas de crédito e para sociedade de crédito ao microempreendedor.Y

Veja o que menciona o MNI 2-2-2- Limites: De Endividamento, de Imobilizações e de RiscoY

c   


Š
 

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c 
Y

Veja o MNI 2-2-4 - Acompanhamento e Controle - exposição em ouro e em ativos e passivos


referenciados em variação cambial.Y
c

Š
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Y

O Banco Central do Brasil estabelece ainda alguns outros limites. Entre eles estão os
estabelecidos para as Reservas Técnicas de investidores institucionais como é o caso das
entidades de previdência privada abertas e fechadas, para as companhias seguradoras e para
as empresas de capitalização.Y

Essas normas estão no MNI - MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES: Y

MNI 4-1 - Sociedades Seguradoras, de Capitalização e Entidades Abertas de Previdência


PrivadaY

MNI 4-2 - Entidades Fechadas de Previdência PrivadaY

 
   Y

1) Qual a importância da contabilidade e das demonstrações contábeis?Y

2) Quais as preliminares da situação líquida patrimonial?Y

3) Quais os Critérios de Avaliação e de Apropriação, Segundo as NBC?Y

4) Como é feita a apuração do Capital de Giro?Y

5) Qual a influência do Banco Central do Brasil na análise de balanços?Y

6) Qual o limite de imobilização imposto pelo BCB?Y

7) Quais os Critérios de Avaliação e de Apropriação, Segundo o RIR/99?Y

8) Quais os Critérios de Avaliação e de Apropriação, Segundo a Lei das Sociedades por


Ações?Y

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Y

  Y

Preliminarmente devem ser observados alguns procedimentos básicos porque nem sempre os
demonstrativos contábeis espelham a realidade econômico-financeira das entidades. Como já
mencionamos há a possibilidade da existência de balanços fraudulentos e relatórios de
Administradores que escondam a real situação da entidade analisada. Em muitos casos, até os
relatórios e pareceres dos auditores independentes procuram esconder certa situação
desfavorável.Y

Certa vez, um auditor independente confidenciou que não iria colocar uma ressalva (situação
negativa) contra seu cliente (uma instituição financeira). Foi quando disse a ele que os clientes
(a verdadeira freguesia) dos auditores independentes não são as pessoas físicas ou jurídicas
que pagam pelos seus serviços e sim aquelas que vão tentar entender e tirar conclusões sobre
as peças contábeis por eles auditadas.Y

Por isso, algumas observações preliminares se tornam necessárias, como por exemplo ver se
o Ativo Permanente abriga bens subavaliados (contabilizados por valores inferiores ao de
mercado). Neste grupo situam-se os bens geralmente adquiridos pelo valor residual em
operações de arrendamento mercantil. Essa não deixa de ser uma situação positiva, se vista
pelo lado conservador do princípio da Prudência.Y

Ainda no Ativo Permanente há a possibilidade de superavaliação, quando houver a reavaliação


de bens com o intuito de compensar prejuízos acumulados. Essa seria uma situação negativa,
considerando-se a necessidade de se fazer uma provisão para que o valor contábil se iguale
ao valor de mercado.Y

No SFN - Sistema Financeiro Nacional, logo após a promulgação da Constituição Federal de


1988, diante da mudança de regras para se obter a autorização do Banco Central do Brasil
para constituir uma instituição financeira, várias entidades de pequeno porte do sistema
distribuidor efetuaram a reavaliação de imóvel recebido de seus titulares como integralização
de capital ou mesmo de imóveis do seu Ativo Permanente, que se encontravam contabilizados
por inferior ao de mercado. A intenção era a de transformar, por exemplo, uma distribuidora de
valores em banco comercial ou financeira, tendo em vista que alguns sócios dessas pequenas
entidades já operavam informalmente como agiotas. Assim, na ânsia de conseguir a
autorização do Banco Central, muitos superestimaram o valor do imóvel contabilizado.Y

Outras precauções devem ser tomadas antes das análises das Demonstrações Contábeis:Y

  + Y

1. solicitar a relação ou inventário dos bens de uso próprio do Ativo Permanente com seu valor
histórico corrigido ou valor contábil e o eventual preço de mercado no estado de cada item
(móveis, utensílios, equipamentos de escritório, máquinas industriais, veículos e embarcações,
imóveis, terrenos, entre outras), verificando a real existência dos bens de valor mais
significativo; móveis, utensílios, equipamentos de escritório e máquinas antigas podem não ter
valor comercial por serem obsoletas.Y

2. solicitar a relação ou inventário dos bens não de uso próprio do Realizável a Longo Prazo
com o mesmo objetivo do item anterior.Y

3. idêntico procedimento quanto aos direitos e títulos e valores mobiliários do Ativo Circulante.Y

4. verificar se há excesso de imobilizações que vai gerar capital de giro negativo e quem o está
financiando, verificando quais os bens que estão gravados por dívidas ou ônus reais.Y

  +Y

1. Os passivos também podem estar subavaliados, o que significa que despesas não foram
aprovisionadas ou não lançadas, como provisões para férias, 13º salário e encargos sociais a
eles pertinentes, compras de mercadorias não contabilizadas em contrapartida com
fornecedores, etc.Y

2. Verificar se foram contabilizadas a provisão para imposto de renda e para impostos diferidos,
entre muitos outros passivos como ações nas esferas judicial e/ou administrativa, autos-de-
infração e impostos a pagar.Y

Tendo em vista o princípio da Continuidade, verificar quais os tipos de seguros contratados,


inclusive sobre bens arrendados.Y

O Tipo de Sociedade e o montante do capital social também pode influir na análise. Nas
sociedades por quotas de responsabilidade limitada, a responsabilidade financeira dos sócios
está limitada ao montante do capital social descrito no contrato social arquivado na Junta
Comercial. Neste caso é importante saber se o total do Passivo Circulante menos o Ativo
Circulante é superior ao capital social. Se for, os sócios não serão responsabilizados pelo
pagamento do excedente.Y

Nas Sociedades por Ações (S/A) a responsabilidade dos dirigentes e dos acionistas
controladores é ilimitada, por isso deve ser solicitada a relação dos bens dos mesmos com sua
avaliação a preço de mercado. Também é necessário saber se esses bens estão gravados por
dívidas ou ônus reais (penhora, hipoteca).Y

Além desses procedimentos e de outros que se fizerem necessários, devem ser verificadas
informações cadastrais e de crédito em diversas instituições especializada, tais como,
SERASA, SPC, principais fornecedores, e a ficha regressa da empresa, dos sócios, dirigentes
e acionistas controladores em cartórios de protestos e distribuidores civis e criminais.Y
É necessário identificar quais são os demonstrativos disponíveis:Y

· Disposições Gerais - NBC T 3.1 Y

· Balanço Patrimonial dos últimos três anos - NBC T 3.2Y

· Balancetes Mensais do mesmo períodoY

· Demonstração do Resultado NBC T 3.3Y

· Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - NBC T 3.4Y

· Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - NBC T 3.5Y

· Demonstração da Origem e Aplicação dos Recursos - NBC T 3.6 Y

· Notas ExplicativasY

· Relatório da AdministraçãoY

· Parecer do Conselho FiscalY

· Parecer dos Auditores IndependentesY

· Relatório dos Auditores IndependentesY

· Demonstrações Contábeis Consolidadas (matriz e filial)Y

· Demonstrações Contábeis em Moedas ConstantesY

· Demonstração do Lucro Real (artigo 275 do RIR/99)Y

· Demonstração de Prejuízos Fiscais Acumulados (artigos 504 a 515 do RIR/99)Y

· Controles Complementares (se julgar necessário)Y

- Compliance OfficeY

- Governança Corporativa & Conselho FiscalY

- Auditoria Independente & Comitê de AuditoriaY

· Fluxograma de Investimentos da e na Empresa (Conglomerado)Y

- ControladoresY

- Empresas ControladasY

- Empresas ColigadasY

   c


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Y

É importante sabermos o conceito de empresa controladora, controlada e coligada. Alguns


dispositivos legais e regulamentares oferecem essa distinção. São eles:Y
· Banco Central do Brasil Y

- Participações em Coligadas e ControladasY

· Lei das Sociedades por Ações Y

- Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas - artigos 243 a 264Y

· Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3000/1999) Y

- Investimento em Sociedades Coligadas ou Controladas Avaliado pelo Valor de Patrimônio


Líquido Y

- Dever de Avaliar pelo Valor de Patrimônio LíquidoY

- Desdobramento do Custo de AquisiçãoY

- Tratamento Tributário do Ágio ou Deságio nos Casos de Incorporação, Fusão ou CisãoY

- Avaliação do InvestimentoY

- Ajuste do Valor Contábil do InvestimentoY

- Contrapartida do Ajuste do Valor do Patrimônio LíquidoY

- Reavaliação de Bens na Coligada ou ControladaY

- Amortização do Ágio ou DeságioY

 
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Y

Para realização da ANÁLISE HORIZONTAL são necessárias no mínimo duas Demonstrações


Contábeis de exercícios consecutivos. O ideal é que se tenha três ou mais.Y

As análises também devem ser efetuadas com base em balancetes mensais, principalmente
quando se destinam para fins de fiscalização.Y

Vejamos um exemplo:Y

 
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 Y
ATIVO Y 31/12/ 21/12/ DIF. Y %Y OB 31/12/ DIF. Y %Y OB
x1 Y x2Y S.Y x3 Y S.Y
Ativo 300,00Y 500,00Y 200, 66,47 1Y 700,00Y 200, 40%Y 8Y
circulanteY 500,00Y 300,00Y 00Y %Y 2Y 100,00Y 00Y - 9Y
Real. à 200,00Y 400,00Y - -40%Y 3Y 700,00Y - 66,67 10Y
longo prazoY 200, 100%Y 200, %Y
Ativo 00Y 00Y 75%Y
permanenteY 200, 300,
00Y 00Y
Total do 1.000, 1.200, 200, 20%Y Y 1.500, 300, 25%Y Y
Ativo Y 00Y 00Y 00Y 00Y 00Y
PASSIVOY 31/12/ 21/12/ DIF. Y %Y OB 31/12/ DIF. Y %Y OB
x1 Y x2Y S.Y x3 Y S.Y
Passivo 100,00Y 200,00Y 100, 100%Y 4Y 500,00Y 300, 150%Y 11Y
circulanteY 200,00Y 300,00Y 00Y 50%Y 5Y 600,00Y 00Y 100%Y 12Y
Exigível à 500,00Y 100,00Y 100, -80%Y 6Y 0,00Y 300, - 13Y
longo prazoY 200,00Y 600,00Y 00Y 200%Y 7Y 400,00Y 00Y 100%Y 14Y
Resultados - Y - -
Ex.futurosY 400, 100, 33,33
Patrimônio 00Y 00Y %Y
LíquidoY 400, -
00Y 200,
00Y
Total do 1.000, 1.200, 200, 20%Y Y 1.500, 300, 25%Y Y
PassivoY 00Y 00Y 00Y 00Y 00Y

Resultado da Análise comparativa entre os Balanços de 31/12/X1 e 31/12/X2:Y

Comparando-se o balanço de 31/12/X1 com o de 31/12/X2, verifica-se que houve um


acréscimo de 200,00 no Ativo Circulante (OBS.1). Como não há desmembramento do Ativo
Circulante, não é possível saber em quais subgrupos ocorreu o acréscimo, que pode ter sido
em Disponibilidades, em Contas a Receber, em Investimentos de Curto Prazo ou em Estoques.Y

Na OBS.2 verifica-se que houve redução de 200,00 no Realizáveis a Longo Prazo, na mesma
proporção do aumento do Ativo Circulante, indicando, a primeira vista, que os valores a receber
a longo prazo passaram para o curto prazo em razão do tempo decorrido.Y

Na OBS.3 vê-se que houve um acréscimo do Ativo Permanente no valor de 200,00, que
corresponde a soma dos acréscimos verificados no Passivo Circulante (100,00) e no Exigível a
Longo Prazo (100,00) (OBS.4 e 5). Isso pode significar que os bens correspondentes ao
acréscimo do Ativo Permanente foram adquiridos a prazo, sendo parte para pagamento a curto
prazo e parte a longo prazo.Y

Na OBS.6 vê-se que houve uma redução dos Resultados de Exercícios Futuros, mostrando
que os 400,00 foram lançados como receita no exercício findo em 31/12/X2.Y

Na OBS.7 verifica-se que o acréscimo do Patrimônio Líquido no valor de 400,00 foi exatamente
igual a apropriação das Receitas de Exercícios Futuros, demonstrando que neste último
exercício não houve lucros. Ou seja, as receitas contabilizadas são oriundas de operações
realizadas no exercício anterior para entrega no exercício findo.Y

Observação: A veracidade dessas suposições iniciais pode ser verificada mediante a obtenção
de Demonstrações Contábeis mais detalhadas. Note-se ainda a importância dos documentos a
seguir enumerados: Y

- Notas ExplicativasY

- Relatório da AdministraçãoY

- Parecer dos Auditores IndependentesY

- Relatório dos Auditores IndependentesY

Além dos documentos supracitados, também devem ser analisadas as Demonstrações do


Resultados, com as características dispostas nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade -
NBC T 3.3. Y

No caso do Relatório dos Auditores Independentes, somente o Banco Central do Brasil exige a
expedição desse documento, além do parecer. O MNI 2-1-20, em seu item 7, menciona:Y
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Vejamos outro exemplo:Y

 
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ATIVO Y 31/12/ 21/12/ DIF. Y %Y OB 31/12/ DIF. Y %Y OB
x1 Y x2Y S.Y x3 Y S.Y
Ativo 300,00Y 500,00Y 200, 66,47 1Y 700,00Y 200, 40%Y 8Y
circulanteY 500,00Y 300,00Y 00Y %Y 2Y 100,00Y 00Y - 9Y
Real. à 200,00Y 400,00Y - -40%Y 3Y 700,00Y - 66,67 10Y
longo prazoY 200, 100%Y 200, %Y
Ativo 00Y 00Y 75%Y
permanenteY 200, 300,
00Y 00Y
Total do 1.000, 1.200, 200, 20%Y Y 1.500, 300, 25%Y Y
Ativo Y 00Y 00Y 00Y 00Y 00Y
PASSIVOY 31/12/ 21/12/ DIF. Y %Y OB 31/12/ DIF. Y %Y OB
x1 Y x2Y S.Y x3 Y S.Y
Passivo 100,00Y 200,00Y 100, 100%Y 4Y 500,00Y 300, 150%Y 11Y
circulanteY 200,00Y 300,00Y 00Y 50%Y 5Y 600,00Y 00Y 100%Y 12Y
Exigível à 500,00Y 100,00Y 100, -80%Y 6Y 0,00Y 300, - 13Y
longo prazoY 200,00Y 600,00Y 00Y 200%Y 7Y 400,00Y 00Y 100%Y 14Y
Resultados - Y - -
Ex.futurosY 400, 100, 33,33
Patrimônio 00Y 00Y %Y
LíquidoY 400, -
00Y 200,
00Y
Total do 1.000, 1.200, 200, 20%Y Y 1.500, 300, 25%Y Y
PassivoY 00Y 00Y 00Y 00Y 00Y

Resultado da Análise comparativa entre os Balanços de 31/12/X2 e 31/12/X3:Y

Novamente o aumento do Ativo Circulante (OBS.8) foi igual a diminuição do Realizável a Longo
Prazo (OBS.9), demonstrando que pode ter sido em razão da transferência de valores entre os
grupamentos de contas pela diminuição do prazo de vencimento em decorrência do tempo.Y

Por sua vez, houve novos investimentos no Ativo Permanente com idêntico acréscimo no
Passivo Circulante, ou seja, compra de bens de produção para pagamento em prestações ou
de forma integral em curto prazo. Porém, nota-se que o Exigível a Longo Prazo também teve
acréscimo pelo mesmo valor verificado no Passivo Circulante. Então, resta a questão: Os bens
de produção foram comprados a curto ou a longo prazos?Y
Na Observação nº 13 nota-se que 100,00 foram apropriados como receita no exercício findo.
Mas, mesmo assim houve a redução do Patrimônio Líquido em 200,00 (OBS.14). Daí podemos
deduzir que houve no exercício findo um Prejuízo Operacional de 300,00. Por que 300,00?
Porque a redução foi de 200,00, mas foram apropriadas receitas de operações realizadas em
exercícios anteriores no valor de 100,00. Assim sendo, é mais provável que a compra de bens
de produção tenha sido efetuada para pagamento a longo prazo e que o aumento do Passivo
Circulante tenha sido em razão da obtenção de capital de giro para repor o prejuízo sofrido no
exercício findo.Y

Note-se que a redução do Patrimônio Líquido (OBS.14) também pode ter sido em razão da
distribuição de lucros. Por essa razão é importante ver as Demonstrações dos Resultados, as
Demonstrações Lucros ou Prejuízos Acumulados e as Demonstrações das Mutações do
Patrimônio Líquido. Y

As dúvidas mencionadas talvez estejam explicadas em Balanços mais detalhados com contas
até o 3º, 4º ou 5º grau, por exemplo, ou nos seguintes documentos: Y

- Notas ExplicativasY

- Relatório da AdministraçãoY

- Parecer dos Auditores IndependentesY

Além dos documentos supra, também devem ser analisadas as Demonstrações do Resultados,
com as características dispostas nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 3.3.Y

A obtenção de balancetes mensais é muito importante para os profissionais de auditoria e de


fiscalização incumbidos de apurar a existência de operações duvidosas que propiciaram a
manipulação de resultados. Permitem também saber quais os setores da empresa estão
oferecendo resultados positivos e quais os que estão sofrendo prejuízos. Essas apurações
serão melhores ainda se a empresa ou entidade dispuser de contabilidade de custos. Y

 
Š 
 c
 
 
Y

A ANÁLISE VERTICAL pode ser realizada com um único balanço, mas geralmente utiliza-se os
mesmo balanços utilizados para a Análise Horizontal. Y

   
Š  Y
c Y
ATIVO Y 31/12/x1Y %Y 21/12/x2Y %Y 31/12/x3Y %Y
Ativo circulanteY 300,00Y 30%Y 500,00Y 41,67%Y 700,00Y 50%Y
Real. à longo prazoY 500,00Y 50%Y 300,00Y 25%Y 100,00Y 7,14%Y
Ativo permanenteY 200,00Y 20%Y 400,00Y 33,33%Y 600,00Y 42,86%Y
Total do Ativo Y 1.000,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y
PASSIVO Y 31/12/x1Y %Y 21/12/x2Y %Y 31/12/x3Y %Y
Passivo circulanteY 100,00Y 10%Y 200,00Y 16,67%Y 500,00Y 35,71%Y
Exigível à longo prazoY 200,00Y 20%Y 300,00Y 25%Y 500,00Y 35,71%Y
Resultados Ex.futurosY 500,00Y 50%Y 100,00Y 8,33%Y 0,00Y 0%Y
Patrimônio LíquidoY 200,00Y 20%Y 600,00Y 50%Y 400,00Y 28,57%Y
Y
Total do Passivo Y 1.000,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y

Note-se que na análise constante do gráfico acima não há algo de tão importante que se possa
observar, salvo o percentual do saldo em relação aos totais de cada grupamento de contas. No
caso em questão, esse percentual se refere ao Total do Ativo e do Passivo, respectivamente. Y

 

 c
 
 
  
Y

  ! Y

- Índice de Liquidez Imediata ou InstantâneaY

- Índice de Liquidez Corrente ou ComumY

- Índice de Liquidez Seca ou Teste ÁcidoY

- Índice de Liquidez Geral ou TotalY

* /
     Y

O índice de liquidez imediata é calculado pela fórmula: Y

DISPONIBILIDADES Y

 !c  = _____________________________Y

PASSIVO CIRCULANTE Y

É evidente que as disponibilidades nunca são em valores significativos, porque há uma


tendência lógica, principalmente em países com altos índices inflacionários, das
disponibilidades estarem aplicadas a curto prazo. No Brasil as empresas geralmente aplicam
os recursos no chamado "OPEM MARKET" em operação por um dia útil, que são conhecidas
como "OVER NIGHT". Note-se que, além das importâncias em dinheiro no Caixa, os saldos
bancários, as aplicações financeiras por um dia útil, as aplicações em moedas estrangeiras e
as aplicações em ouro devem ser consideradas disponibilidades. Y

* /   



Y

ATIVO CIRCULANTE Y

 !  = _____________________________Y

PASSIVO CIRCULANTE Y

* /
   Y

ATIVO CIRCULANTE Y

 !  = ______________________________Y

PASSIVO CIRCULANTE Y

DISPONIBILIDADES + CRÉDITOS CURTO PRAZO Y

 !
 = __________________________________________________Y

PASSIVO CIRCULANTE Y

* /   Y

ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL À LONGO PRAZO Y

 ! = ____________________________________________________


Y
PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL À LONGO PRAZO Y

  
 
 Šc  Y

- Participação de capitais de Terceiros em relação aos recursos totaisY

- Composição do endividamentoY

- Grau de endividamentoY

*  


    Y

Revela quanto a empresa utiliza de capitais de terceiros em relação ao total dos capitais.Y

EXIGÍVEL TOTAL Y

  


  
=
____________________________________________Y

EXIGÍVEL TOTAL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

*
    
  Y

Revela quanto a empresa deve à curto prazo em relação ao total das obrigações existentes.Y

PASSIVO CIRCULANTE Y

Šc  = ____________________________Y

EXIGÍVEL TOTAL Y

* 
   ± 
  * Y

Revela quanto a empresa deve à curto e longo prazos em relação aos capitais próprios.Y

EXIGÍVEL TOTALY

  Šc  = _____________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

Aplicando-se os referidos índices no Balanço Patrimonial a seguir, teremos os índices


mostrados abaixo do mesmo:Y

 
 
Š  Y
c Y
Š Y ))Y 7Y ))Y 7Y ))Y 7Y
ATIVO 200,00Y 22,22 500,00Y 41,67 700,00Y 50%Y
CIRCULANTE Y 1,00Y %Y 1,00Y %Y 1,00Y 0,07%Y
DisponibilidadesY 49,00Y 0,11%Y 99,00Y 0,08%Y 8,00Y 0,57%Y
Aplicações 50,00Y 5,44%Y 200,00Y 8,25%Y 391,00Y 27,93
financeirasY 100,00Y 5,56%Y 200,00Y 16,67 300,00Y %Y
Duplicatas a 500,00Y 11,11 300,00Y %Y 100,00Y 21,43
receberY 499,00Y %Y 299,00Y 16,67 99,00Y %Y
EstoquesY 1,00Y 55,56 1,00Y %Y 1,00Y 7,14%Y
REALIZÁVEL À 200,00Y %Y 400,00Y 25%Y 600,00Y 7,07%Y
LONGO PRAZO Y 0,00Y 55,44 200,00Y 24,92 200,00Y 0,07%Y
Contas à receberY 200,00Y %Y 200,00Y %Y 400,00Y 42,86
OutrosY 0,11%Y 0,08%Y %Y
ATIVO 22,22 33,33 14,29
PERMANENTE Y %Y %Y %Y
ImóveisY 0,00%Y 16,67 28,57
Bens de produçãoY 22,22 %Y %Y
%Y 16,67
%Y
Total Ativo Y 900,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y


Š Y ))Y 7Y ))Y 7Y ))Y 7Y


PASSIVO 100,00Y 10%Y 200,00Y 16,67 500,00Y 35,71
CIRCULANTE Y 90,00Y 9%Y 190,00Y %Y 490,00Y %Y
FornecedoresY 10,00Y 1%Y 10,00Y 15,83 10,00Y 35%Y
OutrosY 200,00Y 20%Y 300,00Y %Y 500,00Y 0,71%Y
EXIGÍVEL À 200,00Y 20%Y 300,00Y 0,83%Y 500,00Y 35,71
LONGO PRAZO Y 500,00Y 50%Y 100,00Y 25%Y 0,00Y %Y
FornecedoresY 500,00Y 50%Y 100,00Y 25%Y 0,00Y 35,71
RESULTADO DE 200,00Y 20%Y 600,00Y 8,33%Y 400,00Y %Y
EXERCÍCIOS 170,00Y 17%Y 170,00Y 8,33%Y 170,00Y 0%Y
FUTUROSY 20,00Y 2%Y 20,00Y 50%Y 20,00Y 0%Y
Receitas 10,00Y 1%Y 410,00Y 14,17 210,00Y 28,57
Exercícios futurosY %Y Y %Y
PATRIMÔNIO 1,67%Y 12,14
LÍQUIDOY 34,17 %Y
Capital socialY %Y 1,43%Y
ReservasY 15%Y
Lucros ou
Prejuízos
acumuladosY
Total Passivo Y 1.000,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y
))Y ))Y ))Y
  
   7Y    7Y    7Y
 ! Y
Y Y Y
Índice de Liquidez 0,0100Y 1%Y 0,0050Y 0,50%Y 0,0020Y 0,20%Y
Imediata ou 2,0000Y 200%Y 2,50000Y 250%Y 1,4000Y 140%Y
InstantâneaY 1,0000Y 100%Y 1,50000Y 150%Y 0,8000Y 80%Y
Índice de Liquidez -3,000Y -300%Y 1,0000Y 100%Y 1,2000Y 120%Y
Corrente ou Y
ComumY
Índice de Liquidez
Seca ou Teste
ÁcidoY
Índice de Liquidez
Geral ou TotalY
Y
   ))Y ))Y ))Y
Šc     7Y    7Y    7Y
Y Y Y Y
Índice de Capitais 0,6000Y 60%Y 0,4545Y 45,4%Y 0,7142Y 71,42
de TerceirosY 0,3333Y 33,3%Y 0,4000Y 40%Y 0,5000Y %Y
Índice de 1,5000Y 150%Y 0,8333Y 83,3%Y 2,5000Y 50%Y
EndividamentoY 250%Y
Índice de Grau de
EndividamentoY
Y

*
  
  ./ Y
Estes índices são também conhecidos como índices de Imobilização do Capital Próprio, e
mostram quanto do Patrimônio Líquido foi investido no grupo do Ativo Permanente e nos
subgrupos Imobilizado e Investimentos.Y

Os índices de Imobilização do Capital Próprio são encontrados através das seguintes fórmulas:Y

ATIVO PERMANENTE Y

IMOBILIZAÇÃO DO PAT. LÍQ. = __________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

ATIVO PERMANENTE - DIFERIDO


IMOBILIZAÇÃO TOTAL = _______________________________Y

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

IMOBILIZADO
MOBILIZAÇÃO TÉCNICA = ______________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

INVESTIMENTOS Y

IMOBILIZAÇÃO FINANCEIRA = ___________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

Deve-se observar que um alto grau de imobilização pode comprometer a liquidez da empresa,
portanto, é interessante que a mesma mantenha um Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o
Permanente, e que haja sobra para financiar o seu Ativo Circulante, ou seja, quanto menor este
índice melhor para a empresa.Y

*
  
   Y

Esse índice demonstra qual o percentual de recursos não-correntes (Exigível a Longo Prazo +
Patrimônio Líquido) que foram destinados à aplicação no Ativo Permanente.Y

A Imobilização de Recursos Permanentes também é conhecida como imobilização de recursos


não-correntes e encontra-se por meio da fórmula:Y

ATIVO PERMANENTE Y
IMOBILIZAÇÃO RECURSOS PERMANENTES =
________________________________________Y
ELP + PLY

 
    Y

A rentabilidade mostra quanto o capital investido rendeu, indicando assim qual a situação
econômica da empresa.Y

São índices de rentabilidade:Y

a) giro do ativo;Y

b) margem líquida;Y
c) margem bruta;Y

d) margem operacional;Y

e) rentabilidade do ativo;Y

f) rentabilidade do patrimônio líquido.Y

Os índices de rentabilidade são de interesse dos sócios que, através deles, verificam a
remuneração do capital aplicado. Também os bancos e fornecedores têm Y

interesse na rentabilidade da empresa, uma vez que medem a capacidade de pagamentos de


dívidas assumidas. Quando comparamos lucro com ativo, ou lucro com patrimônio líquido,
devemos considerar 2 (dois) aspectos:Y

I - muitos conceitos de lucro poderão ser utilizados: lucro líquido, lucro operacional, lucro bruto,
etc. É imprescindível que o numerador seja coerente com o denominador. Se utilizarmos o
lucro líquido no numerador, utilizaremos o ativo total no denominador. Utilizando o lucro
operacional no numerador, utilizaremos ativo operacional no denominador;Y

II - tanto o ativo como o patrimônio líquido, utilizados no denominador para cálculo da taxa de
retorno, deverão ser o médio:Y

ATIVO INICIAL + ATIVO FINAL Y


ATIVO MÉDIO = ____________________________Y

2Y
PL INICIAL + PL FINAL Y
PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = _______________________
2Y

A razão é que nem o ativo final nem o ativo inicial geraram o resultado, mas a média do ativo
utilizado no ano. Idem para o patrimônio líquido.Y

    Y

Este quociente mede o volume de vendas em relação ao investimento total. Quanto maior for o
giro do ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de lucro. Por isso é aconselhável manter o
ativo a um mínimo necessário. Ativos ociosos, grandes investimentos em estoques, elevados
valores de duplicatas a receber prejudicam o giro do ativo e, conseqüentemente, a
rentabilidade.Y

É encontrado utilizando-se a fórmula:Y

VENDAS LÍQUIDAS Y
GIRO DO ATIVO = _______________________
ATIVO TOTAL MÉDIO Y

Obs.: O valor das vendas líquidas é encontrado da seguinte forma: Y

Š  ±  *Y

(-) Impostos sobre as vendas


(-) Descontos/abatimentos
(-) Devoluções/cancelamentos
(-) PIS sobre o faturamento
(-) COFINS
= Vendas líquidas Y

A obtenção de uma lucratividade satisfatória depende do volume de vendas efetuadas, que


servirão para cobrir os custos e despesas e, ainda, proporcionar uma boa margem de lucro.
Portanto, quanto maior for o giro do ativo melhor para a empresa.Y

 c
./ Y

A margem líquida indica a lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento
líquido. Quanto maior for este quociente maior será a lucratividade da empresa, pois ele indica
quanto a empresa ganhou em cada real de vendas líquidas realizadas.Y

A margem líquida é encontrada usando-se a fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDOY

MARGEM LÍQUIDA = ______________________


VENDAS LÍQUIDAS Y

 c
 Y

Este quociente revela o percentual remanescente da receita líquida, após a dedução do custo
das mercadorias vendidas; assim sendo, quanto maior se apresentar este índice, melhor para a
empresa.Y

A margem bruta é determinada pela fórmula:Y

LUCRO BRUTO
MARGEM BRUTA = ____________________Y

VENDAS LÍQUIDAS Y

Obs.: O lucro bruto é determinado da seguinte forma: Y

Š  ±  *Y

(-) deduções sobre vendas


(=) vendas líquidas
(-) custo das mercadorias vendidas
(=) Lucro bruto
ou: RCM = vendas líquidas - CMV Y

 c
 Y

Este coeficiente identifica o desempenho operacional da empresa, medido exclusivamente em


função das operações normais da mesma. Vale salientar que tal coeficiente corresponde ao
ganho puro, não sendo computadas despesas e receitas financeiras.Y

A margem operacional é determinada através do uso da fórmula:Y

LUCRO OPERACIONAL
MARGEM OPERACIONAL =_________________________ Y

VENDAS LÍQUIDAS Y
Obs.: O lucro operacional corresponde ao seguinte valor: Y

    Y

(-) despesas com vendas


(-) despesas administrativas
(-) despesas financeiras
= Lucro operacional Y

     Y

Este índice procura mostrar quanto a empresa obtém de lucro líquido em relação ao ativo.
Superior a 1 (um), indica que a lucratividade superou as aplicações do ativo.Y

Sendo inferior a 1 (um), indica que a lucratividade não foi à altura para cobrir o valor investido
na empresa. Y

A rentabilidade do ativo é encontrada através da fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO Y

RENTABILIDADE DO ATIVO = _______________________


ATIVO TOTAL MÉDIO Y

     


  ./ ±* Y

Este índice mostra qual a taxa de rendimento do capital próprio. O resultado pode ser
comparado com outros rendimentos do mercado financeiro como: poupança, ações, etc.Y

A rentabilidade do patrimônio líquido é encontrada através da fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO
RPL = ______________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Y

 +Y

PL INICIAL + PL FINAL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = ________________________ Y

2Y

 -  ./   


  /± * Y

Este índice é importante para se determinar o rendimento do capital aplicado em estoques.Y

Esta rentabilidade é encontrada pela fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO DE VENDAS


RLCIE = ______________________________________Y

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Y

-
 Š Y
Este grupo de índices apresenta quantos dias a empresa demora, em média, para receber
suas vendas, para pagar suas compras e renovar o seu estoque. Para fins de análise, quanto
maior for a velocidade de recebimentos de vendas e de renovação de estoque melhor. Por
outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não corresponda a
atrasos, melhor.Y

São índices de rotatividade:Y

a) Rotação dos estoques;Y

b) Prazo médio de recebimentos;Y

c) Prazo médio de pagamentos.Y

Alguns aspectos para cálculo dos índices de rotatividade:Y

I - quando falamos em prazo médio de recebimentos de vendas (PMRV) não estamos


considerando apenas as vendas a prazo, mas o total de vendas;Y

II - o total de vendas a ser utilizado para o cálculo do PMRV é a receita bruta (incluindo IPI,
ICMS), por um lado, e o total de duplicatas a receber, por outro (sem excluir a provisão para
devedores duvidosos e duplicatas descontadas);Y

III - um problema que sempre surge para o cálculo do prazo médio de pagamento de compras
(PMPC) é o valor de compras, já que a demonstração do resultado do exercício não a destaca,
mas apenas os custos das vendas;Y

IV - estes índices não refletem a realidade se aplicados em empresas que não têm compras e
vendas uniformes durante o ano. Em outras palavras, não é adequado para empresas com
vendas sazonais ou compras esporádicas;Y

V - Se, por um lado, vamos utilizar vendas, compras e custo das vendas (contas da DRE), por
outro, para cálculo dos prazos médios, utilizaremos duplicatas a receber, fornecedores e
estoques, respectivamente (contas do BP).Y

-     / Y

A rotação dos estoques pode ser calculada sobre o estoque de mercadorias, matéria-prima,
produtos em elaboração e indica quantas vezes o estoque é totalmente vendido, e novamente
adquirido. Para o cálculo da rotação dos estoques é necessário que os mesmos sejam
avaliados pelo custo de aquisição ou produção, e que seja determinada uma média para os
estoques durante o período.Y

A rotação dos estoques é determinada através da fórmula:Y

CUSTO DAS VENDAS


ROTAÇÃO =_______________________________________ Y

ESTOQUES MÉDIO DAS MERCADORIAS Y

ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE FINAL


ESTOQUE MÉDIO = __________________________________________Y

2Y
O resultado encontrado, quando usa-se a fórmula da rotação dos estoques, indica quantas
vezes o estoque foi renovado. Para avaliar o desempenho da empresa, é necessário fazer
comparações entre empresas do mesmo ramo de atividade.Y

-Ö c      /±c * Y

O prazo médio da rotação dos estoques poderá ser informado em dias, meses, semanas, etc.
Indica, em média, quantos dias a empresa leva para vender o seu estoque.Y

Tal dado poderá ser encontrado utilizando-se a fórmula:Y

360 X ESTOQUES MÉDIOS Y

PMRE = ____________________________ Y

CUSTO DAS VENDAS Y

-   ±*Y

Este quociente demonstra quantas vezes o saldo médio de duplicatas a receber ou clientes foi
renovado no período. Quanto maior o quociente, mais rápido ocorre a renovação das
duplicatas a receber. Isto significa que os clientes estão liquidando suas dívidas mais
rapidamente. Uma diminuição deste quociente não é interessante para a empresa, significando
que os clientes estão demorando para pagar suas duplicatas. Y

Para o cálculo da rotação das duplicatas a receber, usa-se a seguinte fórmula:Y

VENDAS BRUTAS A PRAZO


RDR = __________________________________________Y

SALDO MÉDIO DE DUPLICATAS A RECEBER Y

 +Y

SMDR = SIDR + SFDR


2Y

 +Y

SMDR - Saldo Médio de Duplicatas a Receber


SIDR - Saldo Inicial de Duplicatas a Receber
SFDR - Saldo Final de Duplicatas a Receber Y

O resultado encontrado indica quantas vezes houve a renovação de duplicatas a receber.Y

- c  


  ±c* Y

O prazo médio de recebimento das duplicatas indica em quantos dias em média ocorre o
recebimento das duplicatas de emissão da empresa e pode ser calculado usando-se a fórmula:Y

360 dias X DUPLICATAS A RECEBER MÉDIAS


PMR = _________________________________________________ Y

VENDASY

-  ±* Y


Este quociente demonstra quantas vezes o saldo médio de duplicatas ou fornecedores a pagar
foi renovado no período. Quanto maior for o quociente da rotação, mais rápido a empresa está
pagando seus fornecedores, o que pode representar um ponto desfavorável para a empresa.
Uma redução na rotação indica que a empresa está atrasando seus pagamentos ou tendo um
prazo maior para pagamento junto a seus fornecedores.Y

O cálculo da rotação de duplicatas a pagar será feito através da seguinte fórmula:Y

360 DIAS x SMDP MÉDIO Y

RDP = ____________________________Y

COMPRASY

* SMDP = SIDP + SFDP2 Y

Onde: Y

SMDP - Saldo Médio de Duplicata a Pagar; SIDP - Saldo Inicial de Duplicatas a Pagar; SFDP -
Saldo Final de Duplicatas a Pagar.Y

$ 
  Š
c ±* Y

Este índice determina a capacidade da empresa em obter lucros com seus ativos. Quanto
maior este índice melhor para a empresa. Y

Pode ser calculado usando a seguinte fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA


ROI = _____________________________________________Y

ATIVO TOTAL MÉDIO Y

 +Y

ROI = MARGEM LÍQUIDA X GIRO DO ATIVO Y

& 
  c5±
* Y

Este índice determina a remuneração do capital próprio aplicado na empresa. É importante


para que os acionistas/investidores tenham uma noção de qual o rendimento oferecido pela
empresa.Y

Pode ser calculado usando a seguinte fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA


RSPL = ______________________________________________Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Y

#  Y

Este índice mede o ganho potencial das ações, dado que o lucro líquido do exercício não é
todo distribuído. Através dele os acionistas/investidores avaliam os resultados apresentados
pela empresa em relação às ações em seu poder.Y
O lucro por ação é determinado através da fórmula:Y

LUCRO LÍQUIDO
LUCRO POR AÇÃO = ______________________________Y

Nº DE AÇÕES DO CAPITAL Y

Šc  Y

Este índice indica a parcela do capital próprio da empresa que compete às ações emitidas.
Constitui a expressão de quanto caberia a cada fração do total do Capital Social, na hipótese
de serem realizados todos os valores componentes do Ativo, bem como liquidadas todas as
obrigações de acordo com os saldos informados no Balanço Patrimonial.Y

O valor patrimonial da ação poderá ser encontrada através da fórmula:Y

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO = ___________________________ Y

Nº DE AÇÕES DO CAPITAL Y

   ) Y

Este índice expressa o número de anos que seria necessário para o investidor obter o retorno
do capital aplicado na aquisição de ações.Y

Ele permite avaliar a cotação da ação em relação ao lucro por ação. Y

A relação preço/lucro é obtida através da fórmula:Y

VALOR DE MERCADO DA AÇÃO Y

PREÇO/LUCRO = __________________________________Y

LUCRO POR AÇÃO Y

Š   Y

Este índice indica quanto do lucro distribuído deverá caber a cada ação.Y

É encontrado através da fórmula:Y

DIVIDENDOS PAGOS
DIVIDENDO POR AÇÃO = ________________________ Y

Nº DE AÇÕES Y

 Š c  ±* Y

A alavancagem financeira representa a capacidade da empresa em aumentar o seu lucro


líquido usando a estrutura de financiamento.Y

Este índice poderá ser encontrado através da seguinte fórmula:Y


RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUI DO
GAF = __________________________________________Y

RETORNO SOBRE O ATIVO Y

 Š c ±* Y

O grau de alavancagem operacional representa a variação percentual nos lucros operacionais,


relacionada com uma determinada variação percentual no volume de vendas. Isto é possível
levando-se em conta a possibilidade de haver um aumento no nível de atividade sem no
entanto expandir seus ativos fixos, mantendo-se a estabilidade dos custos fixos. Y

O Grau de Alavancagem Operacional é encontrado através da fórmula:Y

GAO = (PV - CV) Q (PV - CV) - CFY

 +Y

Q = Quantidade
PV = Preço de Venda por Unidade
CV = Custo Variável por Unidade
CF = Custo Fixo Y

 
  
   Y

     Y

Indica quantos reais a empresa descontou para cada R$ 1,00 de duplicatas a receber.Y

DUPLICATAS DESCONTADAS
IDD = ______________________________Y
DUPLICATAS A RECEBER Y

solvente.Y

Se o índice for menor do que 1 (um), pode-se dizer que a empresa é insolvente.Y

$ 
Š Ö  6! Y

No Brasil, o Prof. Stephen C. Kanitz desenvolveu um modelo de como prever falências, por
meio de tratamento estatístico de índices financeiros de algumas empresas que realmente
faliram.Y

O modelo consiste, em primeiro lugar, em encontrar o fator de insolvência da empresa em


análise com base na seguinte fórmula:Y

X1 = LUCRO LÍQUIDO X 0,05


PATRIMÔNIO LÍQUIDO
X2 = LIQUIDEZ GERAL X 1,65
X3 = LIQUIDEZ SECA X 3,55
X4 = LIQUIDEZ CORRENTE X 1,06
X5 = EXIGÍVEL TOTAL X 0,33
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y

FATOR DE INSOLVÊNCIA = X1 + X2 + X3 - X4 - X5 Y
Em segundo lugar, averigua-se em que intervalo recai o fator de insolvência no termômetro de
insolvência, de acordo com o gráfico abaixo:Y

Y
Exemplo:Y

Considerando-se que determinada empresa apresente os seguintes índices, apurados em seu


último balanço:Y

I - Dados:Y

Lucro Líquido = (0,20)


Patrimônio Líquido
Liquidez Geral = 0,50
Liquidez Seca = 0,10
Liquidez Corrente = 2,60
Exigível Total = 2,60
Patrimônio LíquidoY

II - Cálculo do fator de insolvênciaY

X1 = (0,20) X 0,05 = (0,010)


X2 = 0,50 X 1,65 = 0,825
X3 = 0,10 X 3,55 = 0,355
X4 = 2,60 X 1,06 = 2,756
X5 = 2,60 X 0,33 = 0,858
FI = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
FI = (0,010) + 0,825 + 0,355 - 2,756 - 0,858
FI = (2,444).Y

Esse resultado coloca a empresa na faixa de penumbra, bem próximo da insolvência.Y


Na aplicação do termômetro de Kanitz deve-se observar o seguinte:Y

a) o modelo é claramente destinado à indústria e comércio, não devendo ser aplicado


indiscriminadamente a qualquer empresa;Y

b) há necessidade de que as demonstrações financeiras reflitam a realidade financeira da


empresa;Y

c) o modelo não deve ser considerado de maneira isolada, mas outros indicadores também
deverão ser tomados para que haja maior eficiência da análise.Y


 c 
Y

Examinando-se os índices de liquidez dos três últimos balanços apresentados imediatamente


acima, podemos ver que houve uma sensível melhora na liquidez geral, embora no último ano
a empresa tenha apresentado prejuízo ou tenha distribuído lucros ou dividendos, o que reduziu
sensivelmente o seu patrimônio líquido. Note-se que os dois fatos hipotéticos são totalmente
extremos, mas não alteraram o índice de liquidez. Note-se ainda que no primeiro ano
analisado, o índice de liquidez geral era negativo em 300%. Isso aconteceu porque o índice
não leva em consideração os resultados de exercícios futuros, que são muito comuns nas
instituições financeiras.Y

A análise por índices é como aquele caso em que alguém resolveu analisar numa amostra
populacional de 30 pessoas quantas comiam frango. Na pesquisa, foi apurado que 15 comiam
2 frangos por dia e os outros 15 não comiam frango algum, porque não tinham dinheiro para
comprá-los. A análise dos números totalizados, sem que se saiba os detalhes de como foi
efetuada a pesquisa, força-nos a concluir que em média cada indivíduo comia um frango por
dia e todos podiam ser considerados como pertencentes à classe média. Mas, na realidade, 15
não comiam frango porque eram miseráveis e outros 15 comiam 2 frangos porque eram ricos.Y

Das análises enumeradas, a mais importante é indiscutivelmente a análise horizontal não só


dos Balanços Patrimoniais, mas também dos Balancetes Mensais e das Demonstrações dos
Resultados. A partir delas podemos chegar a conclusões muito mais importantes.Y

Aliás, para os acionistas minoritários das empresas de capital aberto, é mais importante saber
se os dirigentes das empresas estão desviando recursos, contabilizando notas fiscais frias ou
efetuando operações para gerar despesas e desviar recursos para o exterior, dos quais
somente os controladores vão se beneficiar.Y

No caso dos credores inscritos no Passivo Circulante e no Exigível a Longo Prazo, é mais
importante, para eles, saber qual é o patrimônio pessoal dos acionistas controladores, porque
em caso de insolvência da empresa, somente o patrimônio pessoal destes vai de fato garantir o
pagamento das dívidas.Y

Portanto, a verdadeira análise das Demonstrações Contábeis e Auxiliares (não só a do


Balanço) é muito mais elucidativa do que o simples cálculo de índices de liquidez.Y

 
   Y

1) Determine os índices com base no balanço abaixo:Y

- LIQUIDEZ CORRENTE Y

- GRAU DE ENDIVIDAMENTO Y

- IMOBILIZAÇÃO TOTAL Y
- GIRO DO ATIVO Y

- MARGEM OPERACIONAL Y

- PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Y

- RPLY

- PMREY

- RSPLY

 
 
Š  Y
c Y
Š Y ))Y 7Y ))Y 7Y ))Y 7Y
ATIVO CIRCULANTE Y 200,00Y 22,22%Y 500,00Y 41,67%Y 700,00Y 50%Y
DisponibilidadesY 1,00Y 0,11%Y 1,00Y 0,08%Y 1,00Y 0,07%Y
Aplicações financeirasY 49,00Y 5,44%Y 99,00Y 8,25%Y 8,00Y 0,57%Y
Duplicatas a receberY 50,00Y 5,56%Y 200,00Y 16,67%Y 391,00Y 27,93%Y
EstoquesY 100,00Y 11,11%Y 200,00Y 16,67%Y 300,00Y 21,43%Y
REALIZÁVEL À LONGO 500,00Y 55,56%Y 300,00Y 25%Y 100,00Y 7,14%Y
PRAZO Y 499,00Y 55,44%Y 299,00Y 24,92%Y 99,00Y 7,07%Y
Contas à receberY 1,00Y 0,11%Y 1,00Y 0,08%Y 1,00Y 0,07%Y
OutrosY 200,00Y 22,22%Y 400,00Y 33,33%Y 600,00Y 42,86%Y
ATIVO PERMANENTE Y 0,00Y 0,00%Y 200,00Y 16,67%Y 200,00Y 14,29%Y
ImóveisY 200,00Y 22,22%Y 200,00Y 16,67%Y 400,00Y 28,57%Y
Bens de produçãoY
Total Ativo Y 900,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y


Š Y ))Y 7Y ))Y 7Y ))Y 7Y


PASSIVO CIRCULANTE Y 100,00Y 10%Y 200,00Y 16,67%Y 500,00Y 35,71%Y
FornecedoresY 90,00Y 9%Y 190,00Y 15,83%Y 490,00Y 35%Y
OutrosY 10,00Y 1%Y 10,00Y 0,83%Y 10,00Y 0,71%Y
EXIGÍVEL À LONGO 200,00Y 20%Y 300,00Y 25%Y 500,00Y 35,71%Y
PRAZO Y 200,00Y 20%Y 300,00Y 25%Y 500,00Y 35,71%Y
FornecedoresY 500,00Y 50%Y 100,00Y 8,33%Y 0,00Y 0%Y
RESULTADO DE 500,00Y 50%Y 100,00Y 8,33%Y 0,00Y 0%Y
EXERCÍCIOS FUTUROS Y 200,00Y 20%Y 600,00Y 50%Y 400,00Y 28,57%Y
Receitas Exercícios 170,00Y 17%Y 170,00Y 14,17%Y 170,00Y 12,14%Y
futurosY 20,00Y 2%Y 20,00Y 1,67%Y 20,00Y 1,43%Y
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Y 10,00Y 1%Y 410,00Y 34,17%Y 210,00Y 15%Y
Capital socialY Y
ReservasY
Lucros ou Prejuízos
acumuladosY
Total Passivo Y 1.000,00Y 100%Y 1.200,00Y 100%Y 1.400,00Y 100%Y
YY

2) Uma empresa apresentou os seguintes saldos no seu balanço patrimonial de 31.12.2002:Y

Lucros acumulados -R$ 55.000,00Y

Capital Social -R$ 200.000,00Y

Empréstimos a pagar (daqui a 1,5 ano) -R$ 45.000,00Y

Salários a pagar -R$ 40.000,00Y


Fornecedores (curto prazo) -R$ 100.000,00Y

Contas a pagar (curto prazo) -R$ 15.000,00Y

Obras-de-arte -R$ 10.000,00Y

Máquinas e Equipamentos -R$ 40.000,00Y

Imóveis (em uso nas atividades fins da empresa) -R$ 100.000,00Y

Gastos pré-operacionais -R$ 50.000,00Y

Móveis e Utensílios -R$ 30.000,00Y

Caixa -R$ 70.000,00Y

Veículos -R$ 80.000,00Y

Duplicatas a Receber -R$ 85.000,00Y

Impostos a Recolher -R$ 10.000,00Y

Responda:Y

a) Qual o total de bens e direitos da empresa?Y

b) Quanto a empresa tem de dívidas no curto prazo?Y

c) Qual o capital próprio da empresa?Y

d) Quanto a empresa tem disponível para efetuar pagamentos à vista?Y

e) Quanto a empresa tem de bens e direitos realizáveis daqui a um ano?Y

f) Qual o valor do Ativo Permanente Diferido?Y

g) Qual o valor do Ativo Permanente Imobilizado? Y

h) Quanto a empresa deve a empregados, ao governo e a fornecedores?Y

i) Qual o valor do Ativo Permanente Investimentos? Y

j) Quanto a empresa tem de bens e direitos que não pretende transformar em dinheiro? Y

3) Analisando o Balanço e DRE abaixo responda algumas perguntas:


Y
Y
YY

Y
PerguntasY

1 - Qual é o total do passivo da empresa?Y

2 - Qual é o total do Patrimônio Liquido da empresa?Y


3 - Quanto a empresa tem de estoque?Y

4 - Quais são os bens que a empresa tem? E quanto valem?Y

5 - Quais são os direitos que a empresa tem? E quanto valem?Y

6 - Qual o total da divida de impostos da empresa?Y

7 - Qual o total da despesa com imposto no período da empresa?Y

8 - Qual o total da divida de aluguel da empresa?Y

9 - Qual o total da despesa com aluguel da empresa?Y

10 - Você acha que a empresa está atrasando o pagamento dos impostos? E o pagamento dos
Alugueis?Y

11 - O custo da mercadoria é muito alto?Y

12 - A empresa tem algum empréstimo? De quanto?Y

13 - E quanto custou esse empréstimo a empresa no período?Y

14 - Se não tivesse esse empréstimo quanto seria o lucro da empresa?Y

Š  Y
YY
Y

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