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Julho de 2008

A comunidade em números –Junho 30/06/2008


• A comunidade INI conta com 4.838 associados individuais, 32.308 investidores cadastrados, 348 clubes de
investimento associados, 45 Membros Orientadores, 32 corretoras parceiras, 23 empresas fundadoras e 5
empresas associadas.
Agenda INI, Parceiros, Fundadores e Associados

Cursos e Palestras
• SC – 09/07 – Curso Método INI de investimento em ações – Blumenau
• SP – 12/07 – Curso iniciação ao mercado de ações – São Paulo
• SP – 14/07 – Curso Método INI de investimento em ações – São Paulo (Bloomberg)
• PR – 19/07 – Curso Método INI de investimento em ações – Curitiba
• SP – 19/07 – Opções e Mercado Futuro – Estratégias de investimento e proteção – São Paulo
• PR – 23/07 – Curso Método INI de investimento em ações – Florianópolis
• RJ – 23/07 – Curso Método INI de investimento em ações – Rio de Janeiro
• SP – 26/07 – Estratégias de investimento – Opções e Termo – São Paulo
• DF – 28/07 – Curso Método INI de investimento em ações – Brasília
• SP – 28/07 – Curso iniciação ao mercado de ações – São Paulo
• RS – 29/07 – Curso iniciação ao mercado de ações – Porto Alegre
• SP – 02/08 – Curso Método INI de investimento em ações – São Paulo (Ciesp-Sul)
• SP – 09/08 – Curso Método INI de investimento em ações – São Paulo (Bovespa)
• SP – 16/08 – Curso iniciação ao mercado de ações – São Paulo
• SP – 20/08 – Curso Método INI de investimento em ações – São Paulo (Bloomberg)
• AM – 30/08 – Curso Método INI de investimento em ações – Manaus

Reuniões e eventos de Associados e Fundadores


• RS – 14/07 – Banco Itaú Holding Financeira – Associado Fundador – Reunião Apimec – Caxias do Sul
• SP – 25/07 – Programa TOP V – Palestra sobre o método INI para professores universitários
• DF – 06/08 a 07/08 – EXPOMONEY Brasília – Palestra do INI

Aconteceu no INI
• Em junho de 2008 o INI, através de seus membros orientadores ministrou 15 cursos e palestras em: São
Paulo (4), Rio de Janeiro, Porto Alegre (2), Florianópolis (2), Brasília, Holambra, Curitiba (2), Salvador e Foz do
Iguaçu. Foram 551 presentes com 104 novos associados.
• O INI participou das edições da Expo Money Florianópolis e Porto Alegre, com estande e palestras.
• O INI participou com estande no X Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais, promovido pelo IBRI e pela
ABRASCA.
• O INI participou da Assembléia Geral da Euroshareholders (www.euroshareholders.org) como convidado, na
cidade de Ljubljana, capital da Eslovênia.

1
TEMA DESTA EDIÇÃO: Compro agora ou vai cair mais? O investidor
inteligente tem metas bem definidas para definir quando comprar ou
vender ações.
Os investidores experientes costumam dizer que, para entrar em um papel, você deve ter uma estratégia
de saída. A lógica é interessante: - Se você não sabe em que circunstâncias vai querer sair do papel,
então não sabe por que entrou. A moral dessa história é que o investidor deve ter metas bem definidas
para sua carteira e métodos objetivos para geri-la.
Nesse período de turbulência os investidores oscilam entre “vender porque já subiu demais” ou “manter
porque ainda vai subir mais”, ou ainda “comprar porque não vai cair mais” ou “manter porque não vai cair
mais” ou ainda “vender porque vai cair mais”. Isso não é método, isso é adivinhação. Os investidores
que definem métodos objetivos de gestão de sua carteira não passam por esse tipo de dúvida, pois suas
ações se baseiam em indicadores objetivos (quantitativos). A leitura do livro “O Investidor Inteligente” de
Benjamin Graham indica algumas variáveis objetivas que devem ser observadas pelo investidor para que
suas decisões não fiquem dependentes de adivinhações.
O artigo atual vai mostrar uma técnica simples de gestão de carteira pessoal e estudar seu efeito nos
últimos 10 anos.
A metodologia
O método proposto é: manter uma carteira com 50% do valor em ações e 50% do valor em renda fixa. O
investidor vai avaliar esses percentuais periodicamente e ajustá-los se necessário.
Um dos benefícios dessa metodologia é obrigar o investidor a seguir a regra de ouro: comprar ações na
baixa e vender na alta. Isso porque, caso as ações disparem e o percentual de distribuição da carteira
fique, por exemplo, com 65% em renda variável para 35% em renda fixa, ele deverá vender ações para
recompor a distribuição desejada (50% - 50%). Não dá para ele fazer diferente, pois a meta é quantitativa
e bem definida. Sem adivinhações.
Para verificar a eficácia dessa metodologia vamos analisar o período que vai de janeiro de 1998 até junho
de 2008, num total de 126 meses. O investidor vai iniciar, em janeiro de 1998, com R$ 50.000 em renda
fixa e com R$ 50.000 em renda variável.
Algumas premissas:
- O retorno da renda fixa será a taxa Selic do mês, menos o IR.
- O retorno em renda variável será baseado no índice Ibovespa, ou seja, consideraremos que a carteira de
renda variável do investidor está atrelada ao índice.
- Não consideraremos o custo de corretagem, porém ficará fácil estimá-lo ao final do estudo pela
quantidade de operações de compra/venda realizadas no período.
- Consideraremos 6 modelos de operação: 1- Não realizar qualquer venda ou compra no período, ou seja,
deixar que a carteira, inicialmente em 50%-50% flutue livremente, sem interferência; 2- Ajustar a carteira
(comprando ou vendendo ações) para a meta de 50% em renda variável e 50% em renda fixa TODA VEZ
que a diferença entre os montantes ultrapassar 5%; 3- Ajustar a carteira TODA VEZ que a diferença
ultrapassar 10%; 4- Ajustar a carteira TODA VEZ que a diferença ultrapassar 20%; 5- Ajustar a carteira
TODA VEZ que a diferença ultrapassar 30%; 6- Ajustar a carteira TODA VEZ que a diferença ultrapassar
40%.

2
- O investidor vai avaliar os percentuais EXCLUSIVAMENTE no final de cada mês. Não vai nem olhar o
que acontece durante o mês, somente o valor de fechamento.
ATENÇÃO! Esse método é de gestão de carteira, não confundir com o método INI para seleção de
empresas de crescimento. Os objetivos são outros.
O início
Para não haver dúvidas sobre a metodologia vejamos um exemplo prático:
Mês Ibovespa Tx Selic Bolsa Renda Fixa Dif % Bolsa Renda Fixa Dif %
jan/98 9.720 2,67% 50.000 50.000 0,0% 50.000 50.000 0,0%
fev/98 10.570 2,13% 54.372 50.831 7,0% 52.601 52.602 0,0%
Em Jan/98 o investidor conta com R$ 50.000 em ambas as aplicações (R$ 100.000 no total). Em Fev/98, a
bolsa subiu de 9.720 pontos para 10.570 pontos, fazendo com que a aplicação em bolsa ficasse em R$
54.372, já a renda fixa rendeu 2,13% (menos IR) fazendo com que o montante ficasse em R$ 50.831.
A diferença entre os montantes está em 7% (54.372/50.831 - 1), indicando que o valor em bolsa está 7,0%
superior ao valor em renda fixa. Pela regra número 2, ajustar toda vez que a diferença ultrapassar 5%,
deve-se vender um pouco das ações e aplicar em renda fixa, restabelecendo o objetivo de ter 50% - 50%.
O investidor vendeu R$ 1.771 em ações, ficando com R$ 52.601 e aplicou esses R$ 1.771 em renda fixa,
ficando com R$ 52.602.
É evidente que o patamar de 5% de diferença vai exigir do investidor muito trabalho, pois é comum que a
bolsa oscile bastante de um mês para outro, mas é importante fazer essa análise e compará-la com outros
patamares mais dilatados para responder: Devo comprar e vender ao menor sinal de variação ou é melhor
trabalhar somente quando as diferenças forem muito grandes?
Veja seguir a base de dados utilizada:
Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic
jan/98 9.720 2,67% jan/99 8.171 2,18% jan/00 16.388 1,46%
fev/98 10.570 2,13% fev/99 8.910 2,38% fev/00 17.660 1,45%
mar/98 11.946 2,20% mar/99 10.696 3,33% mar/00 17.820 1,45%
abr/98 11.677 1,71% abr/99 11.350 2,35% abr/00 15.537 1,30%
mai/98 9.846 1,63% mai/99 11.089 2,02% mai/00 14.772 1,49%
jun/98 9.678 1,60% jun/99 11.626 1,67% jun/00 16.727 1,39%
jul/98 10.707 1,70% jul/99 10.441 1,66% jul/00 16.454 1,31%
ago/98 6.472 1,48% ago/99 10.564 1,57% ago/00 17.346 1,41%
set/98 6.593 2,49% set/99 11.106 1,49% set/00 15.828 1,22%
out/98 7.047 2,94% out/99 11.700 1,38% out/00 14.867 1,29%
nov/98 8.631 2,63% nov/99 13.778 1,39% nov/00 13.287 1,22%
dez/98 6.784 2,40% dez/99 17.091 1,60% dez/00 15.259 1,20%
Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic
jan/01 17.672 1,27% jan/02 12.721 1,53% jan/03 10.941 1,97%
fev/01 15.891 1,02% fev/02 14.033 1,25% fev/03 10.280 1,83%
mar/01 14.438 1,26% mar/02 13.254 1,37% mar/03 11.273 1,78%
abr/01 14.917 1,19% abr/02 13.085 1,48% abr/03 12.556 1,87%
mai/01 14.649 1,34% mai/02 12.861 1,41% mai/03 13.421 1,97%
jun/01 14.559 1,27% jun/02 11.139 1,33% jun/03 12.972 1,86%
jul/01 13.754 1,50% jul/02 9.762 1,54% jul/03 13.571 2,08%
ago/01 12.840 1,60% ago/02 10.382 1,44% ago/03 15.174 1,77%
set/01 10.635 1,32% set/02 8.622 1,38% set/03 16.010 1,68%
out/01 11.364 1,53% out/02 10.167 1,65% out/03 17.982 1,64%
nov/01 12.931 1,39% nov/02 10.508 1,54% nov/03 20.183 1,34%
dez/01 13.577 1,39% dez/02 11.268 1,74% dez/03 22.236 1,37%

3
Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic
jan/04 21.851 1,27% jan/05 24.350 1,38% jan/06 38.382 1,43%
fev/04 21.755 1,08% fev/05 28.139 1,22% fev/06 38.610 1,15%
mar/04 22.142 1,38% mar/05 26.610 1,53% mar/06 37.951 1,42%
abr/04 19.607 1,18% abr/05 24.843 1,41% abr/06 40.363 1,08%
mai/04 19.544 1,23% mai/05 25.207 1,50% mai/06 36.530 1,28%
jun/04 21.148 1,23% jun/05 25.051 1,59% jun/06 36.630 1,18%
jul/04 22.336 1,29% jul/05 26.042 1,51% jul/06 37.077 1,17%
ago/04 22.803 1,29% ago/05 28.044 1,66% ago/06 36.232 1,26%
set/04 23.245 1,25% set/05 31.583 1,50% set/06 36.449 1,06%
out/04 23.052 1,21% out/05 30.193 1,41% out/06 39.262 1,09%
nov/04 25.128 1,25% nov/05 31.916 1,38% nov/06 41.931 1,02%
dez/04 26.196 1,48% dez/05 33.455 1,47% dez/06 44.473 0,99%
Mês Ibovespa Tx Selic Mês Ibovespa Tx Selic
jan/07 44.641 1,08% jan/08 59.490 0,93%
fev/07 43.892 0,87% fev/08 63.489 0,80%
mar/07 45.804 1,05% mar/08 60.968 0,84%
abr/07 48.956 0,94% abr/08 67.868 0,90%
mai/07 52.527 1,03% mai/08 72.592 0,88%
jun/07 54.392 0,91% jun/08 65.017 0,96%
jul/07 54.182 0,97%
ago/07 54.637 0,99%
set/07 60.465 0,80%
out/07 65.317 0,93%
nov/07 63.006 0,84%
dez/07 63.886 0,84%

Resultados

Tópico de comparação S/ venda 5% 10% 20% 30% 40%


Patrimônio Final R$ 536.939 R$ 603.244 R$ 595.673 R$ 602.984 R$ 616.748 R$ 618.622
Diferença para o "sem venda" 0,0% 12,3% 10,9% 12,3% 14,9% 15,2%
Maior diferença % ND 14,8% 13,1% 14,0% 17,4% 16,9%
Mês da maior diferença ND set/06 set/06 set/06 set/06 abr/07
Patrimônio Mínimo R$ 88.354 R$ 89.227 R$ 88.730 R$ 88.354 R$ 88.354 R$ 88.354
Patrimônio Máximo R$ 574.400 R$ 633.947 R$ 625.990 R$ 634.669 R$ 650.594 R$ 655.909
Quantidade de operações - 73 36 17 11 6

Caso o investidor simplesmente deixasse os montantes iniciais aplicados e não mais mexesse nos
mesmos, em junho de 2008 teria R$ 536.939, sendo que o patrimônio máximo verificado seria de R$
574.400 (maio de 2008).
Se comprasse/vendesse a cada 5% de diferença, teria obtido um patrimônio de R$ 603.244, 12,3%
superior ao obtido sem gestão da carteira. Porém, teria realizado 73 operações de compra/venda para
ajustar seu patrimônio. A um custo médio de R$ 25 por operação teríamos mais de R$ 1.800 de custos de
operação no período.
Os resultados da gestão da carteira são, em todos os casos, melhores do que a opção de nada fazer,
sendo que o patrimônio máximo obtido teria sido em abril de 2007, seguindo a estratégia de
comprar/vender SOMENTE quando a diferença chegasse a 40% entre os montantes. O patrimônio foi de
655.909, 16,9% superior ao patrimônio obtido sem gestão alguma.

4
Durante o estudo, algumas interessantes observações vieram à tona, são elas:
- O método mostrou-se mais eficaz em períodos de baixa, ou seja, protege bem a carteira, permite comprar
ações a preços mais baixos e garante ao investidor um retorno superior ao verificado deixando a carteira
flutuar livremente.
- Em períodos de alta da bolsa, o método praticamente mantém os ganhos obtidos na baixa, mas não
permite ganhos mais expressivos.
- Não faz sentido trabalhar com diferenças muito pequenas, como 5% e 10%, pois haverá necessidade de
fazer muitas operações (73 e 36, respectivamente) e o resultado foi inferior ao obtido com diferenças
maiores, como 20%, 30% e 40% (17, 11 e 6 movimentações respectivamente).
- Em momentos de grande volatilidade o método proporciona bons ganhos à carteira.
- Em todo o estudo, somente em um momento e para um método a carteira gerida ficou com patrimônio
inferior ao da carteira não gerida. Foi no mês de março de 1998 e para o método de comprar/vender toda
vez que a diferença fosse igual ou superior a 5%. Em todos os outros meses e para todos os outros
métodos a carteira gerida foi SEMPRE superior à carteira não gerida.

Concluindo
Há algumas vantagens subjetivas da metodologia. A principal delas é retirar o investidor do caminho da
“adivinhação” e das angústias derivadas desse caminho. Não raro vemos investidores atormentados
diariamente com a questão de comprar/vender na hora certa, principalmente em momentos como o atual,
onde se oscila entre recordes históricos e depressões abissais. Discute-se diariamente se estamos ou não
no Bear Market, debate-se abertamente se podemos ou não podemos estar enfrentando mais um Crash
como em 1929.
Tudo isso deixa o investidor angustiado e arisco, principalmente em épocas de Home Broker, onde as
facilidades de comprar/vender podem ser exatamente a perdição para os mais apaixonados.
As vantagens objetivas já foram todas expostas. A carteira rende mais, com menor risco (menor
volatilidade), com base em premissas objetivas e sem tomar muito tempo do investidor que, quase sempre,
tira seu sustento de outras atividades que demandam concentração e dedicação, as quais não devem ser
divididas com o dia-a-dia agitado do mercado de ações.
Uma observação importante. Os clubes de investimento também podem fazer essa gestão, porém devem
manter-se com, no mínimo, 2/3 da carteira em ações, para cumprir a legislação que lhes garante os
benefícios fiscais. Talvez estabelecer uma meta de 80%-20% para os clubes seja adequada, dadas as
limitações impostas pela regulamentação.
Relembrando, o método INI para seleção de empresas de crescimento ajuda a montar sua carteira de
ações enquanto o método demonstrado é para gestão de portfólio pessoal. São motivos diferentes e
métodos complementares.

5
TEMA DESTA EDIÇÃO: “Comprar ações de uma só vez” x “Comprar
regularmente”. O Primeiro Princípio do INI na prática.

O mercado de ações sempre esteve repleto de profetas do passado. Sempre há quem olhe para um
gráfico das cotações dos últimos dois anos de Telemar ON e diga: - Aqui eu teria vendido e aqui eu teria
comprado, ou ainda: - Se tivesse colocado todo meu dinheiro na Randon PN em 2002, estaria rico!.
Pois, quando nos deparamos com o futuro, a situação é um pouco diferente. Desafio o leitor a responder: -
Qual será o valor mínimo (ou valor máximo) que poderá chegar a ação da Vale nos próximos 3 meses?
Pensando no futuro fica mais difícil, não é? Principalmente num prazo tão curto como 3 meses.
O presente artigo vai tratar de como podemos (e devemos) nos aliviar dessas tensões decorrentes da
volatilidade natural do mercado de ações. A idéia é mostrar os efeitos de se investir regularmente, em vez
de tentar descobrir o “melhor momento” para investir em uma ação.
O método proposto é o seguinte:
O investidor dispõe de R$ 24.000,00 aplicados em um bom fundo DI, no dia 30/06/2006, e decide entrar no
mercado de ações. Decide fazê-lo aos poucos, colocando algo em torno de R$ 1.000,00 por mês e
mantendo o restante no fundo.
A cada mês ele verifica a cotação da ação, e vê quantas ações conseguiria comprar com R$ 1.000,00.
Compra as ações RIGOROSAMENTE no último dia útil de cada mês.
As premissas são:
• Rentabilidade média real de 12% ao ano entre 2006 e 2008, no fundo de renda fixa.
• Custos de transação com as ações de 1% do valor comprado.
• As cotações estão ajustadas à base acionária atual.
Nosso investidor não é um profeta do passado, ou seja, não vai escolher “com certeza” Vale e Petrobras,
pois em meados de 2006 a Vale ainda não tinha comprado a INCO nem a Petrobras tinha descoberto os
mega-campos de petróleo. O petróleo não estava em US$140.
Em meados de 2006 ele decide escolher um hit da época, muito recomendada: Natura (NATU3). Poderia
ser Braskem ou Telemar, ou mesmo Lojas americanas, mas ele decide escolher a Natura.
Em 30/06/2006 ele, então com exatos R$ 24.000,00 na renda fixa, verifica que a NATU3 estava cotada a
R$ 20,86, então consegue comprar 48 ações (mercado fracionário). Seu custo fica:
Valor a pagar: R$ 20,86 X 48 ações = R$ 1.001,28 X 1% de taxas = R$ 1.011,29
Restará a ele, no fundo de renda fixa: R$ 24.000,00 – R$ 1.011,29 = R$ 22.988,71
Em 31/07/2006 a cotação está em R$ 22,20, 6,4% superior ao valor inicial. Nosso investidor, ainda
imbuído do “espírito do longo prazo de 2 semanas”, que assombra a todos nós no início de nossas
experiências, lamenta não ter colocado mais do que R$ 1.000,00 no primeiro mês.
No fundo de renda fixa, ele agora tem: R$ 23.206,84, pois o dinheiro está aplicado à taxa de 12% reais
(valor médio, pois a taxa SELIC variou bastante nesse período). Repete então o processo, comprando algo
em torno de R$ 1.000,00 em ações da Natura.

6
Vejamos os resultados para os primeiros 8 meses:
30/06/06 31/07/06 30/08/06 29/09/06 31/10/06 30/11/06 28/12/06 31/01/07
Renda Fixa 24.000 23.207 22.386 21.558 20.722 19.874 19.031 18.180
Valor Investido 1.011 1.031 1.031 1.030 1.036 1.021 1.022 1.027
Cotação NATU3 20,86 22,20 24,89 24,88 26,29 27,32 28,11 26,76
QTD Comprada 48 46 41 41 39 37 36 38
total de ações 48 94 135 176 215 252 288 326
Percebam que nosso investidor vai ficar, realmente, propenso a colocar TODO o dinheiro da renda fixa,
pois a ação subiu quase 35% nos 6 primeiros meses de investimento. É certo que o “profeta do passado”
que existe em cada um de nós, falará em seu ouvido: R$ 24.000 aplicados no dia 30/06/2006 poderiam ter
se transformado em R$ 32.341,32!!!
O mais interessante é que, olharia para os lados, para outras empresas como Vale e Petrobras que, até
28/12/2006 estavam com rendimentos próximos a 20% e sentiria que está fazendo a coisa certa! O futuro,
entretanto, pode mudar. Os custos aumentam, as vendas não atingem o proposto, entre outras coisas.
Vejamos os resultados para os 16 meses restantes:
28/02/07 30/03/07 30/04/07 31/05/07 29/06/07 31/07/07 31/08/07 28/09/07
Renda Fixa 17.316 16.456 15.575 14.701 13.820 12.918 12.018 11.109
Valor Investido 1.014 1.027 1.012 1.011 1.024 1.013 1.014 1.013
Cotação NATU3 25,11 22,11 22,78 25,02 26,68 22,29 20,07 21,33
QTD Comprada 40 46 44 40 38 45 50 47
total de ações 366 412 456 496 534 579 629 676

31/10/07 30/11/07 28/12/07 31/01/08 29/02/08 31/03/08 30/04/08 30/05/08


Renda Fixa 10.192 9.260 8.316 7.370 6.415 5.452 4.482 3.496
Valor Investido 1.019 1.023 1.015 1.015 1.014 1.012 1.019 1.025
Cotação NATU3 20,17 18,08 16,48 16,48 16,73 17,90 19,40 18,80
QTD Comprada 50 56 61 61 60 56 52 54
total de ações 726 782 843 904 964 1.020 1.072 1.126
Bom, nosso investidor, em 30/05/2008, tinha comprado 1.126 ações da Natura e ainda dispunha de R$
3.496 na renda fixa. Seu patrimônio total era de:
Patrimônio: 1.126 ações X R$ 18,80 = 21.168,80 + R$ 3.496,82 = R$ 24.664,62
Como ele tinha, no início, R$ 24.000, sua rentabilidade foi de: 2,8%
Se ele fosse realmente um vidente, poderia ter escolhido para entrar em 28/12/2007, e colocaria todos os
R$ 24.000,00 de uma só vez, com a ação a R$ 16,48, o que daria para comprar 1.456 ações,
aproximadamente. Ficaria então:
Patrimônio MÁXIMO em 30/05/2008: 1.456 ações X R$ 18,80 = R$ 27.372,80
Rentabilidade MÁXIMA possível: 14,1%, bem melhor que os 2,8%
Porém, ele poderia ter comprado tudo, ao ver a ação disparando, no dia 28/12/2006, a R$ 28,11
(compraria 853 ações, apenas). Sua situação patrimonial ficaria:
Patrimônio MÍNIMO em 30/05/2008: 853 ações X R$ 18,80 = R$ 16.040,00
Rentabilidade MÍNIMA possível: -33,1%, muito pior do que 2,8%

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Muitos leitores devem estar pensando: Isso não aconteceria, pois ele venderia as ações antes de
despencarem. Infelizmente o padrão é o contrário.
É muito comum os investidores, quando compram a ação a um valor alto, e ela despenca, não venderem,
esperando a reversão do prejuízo.
Lembrem-se, o futuro é REALMENTE uma incógnita, ele não pode saber! Acredita que a ação já caiu
muito e não pode cair mais.
Por que investir regularmente?
Bom, no caso da Natura, ficou evidente que o patrimônio foi protegido, dado que o investidor teve um
ganho de 2,77% apenas, mas se tivesse “tentado acertar” a posição dos astros, poderia ter ganhado
14,1% ou perdido 33,1%.
Infelizmente, o mais provável é que não tivesse ganhado os 14,1%, pois venderia antes, mas perdido os
33,1%, pois dificilmente os investidores vendem no prejuízo. Pensam que a ação “já está baratíssima e
que só pode subir”.
É evidente que, para muitas ações como Vale, Petrobras, Randon, Gerdau etc., teria sido melhor se o
investidor colocasse TUDO em ações no dia 30/06/2006, mas na época não se sabia.
Algumas empresas como Lojas Americanas, Porto Seguro, Net, ALL, TIM entre outras, sempre
estiveram como algumas das mais indicadas da época e, realmente apresentaram rentabilidade espantosa
no período inicial (entre 30/06/2006 e 28/12/2006).
Vejam: Lojas Americanas (54%), Porto Seguro (84%), Net (38%), ALL (51%) e TIM (55%).
Provavelmente as indicações dos analistas estavam corretas, dados os resultados de curto prazo,
entretanto, para muitas delas, o futuro não se apresentou tão brilhante.
Vamos ver o resultado de algumas empresas sujeitas à mesma situação em que colocamos a Natura, e
que poderiam ter dado grandes prejuízos caso o investidor escolhesse a “hora errada” para colocar seu
dinheiro:
Patrimônio Rentab. Rentab. Rentab.
Obtido Obtida Máxima Mínima
TAM PN - TAMM4 R$ 20.567 -14,3% 5,8% -47,2%
TIM ON - TCSL3 R$ 20.891 -13,0% 0,0% -45,5%
COSAN ON - CSAN3 R$ 23.615 -1,6% 24,5% -44,0%
LJ AMERICANAS PN - LAME4 R$ 29.183 21,6% 69,9% -35,6%
NATURA ON - NATU3 R$ 24.665 2,8% 14,1% -33,1%
UOL PN - UOLL4 R$ 24.330 1,4% 29,2% -33,6%
EMBRAER ON - EMBR3 R$ 22.068 -8,1% 0,0% -34,1%
TELEMAR ON - TNLP3 R$ 24.487 2,0% 1,8% -30,3%
A leitura da tabela acima é a seguinte:
Patrimônio obtido e Rentabilidade obtida: É o valor total do patrimônio (ou rentabilidade) do investidor,
se ele investisse exatamente como proposto para a Natura, no exemplo anterior.
Rentabilidade Máxima: A que ele obteria se investisse tudo na maior baixa.
Rentabilidade Mínima: A que ele obteria se investisse tudo na maior alta.
Perceba que, para quem investiu regularmente a perda real é MUITO menor do que a perda potencial,
caso tivesse escolhido o momento errado. Poderia, como no caso das Lojas Americanas, Natura, Uol e
Telemar, ainda ser um pequeno ganho.

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No caso de TIM e Embraer a cotação mínima (considerando os últimos dias úteis de cada um dos 24
meses avaliados) foi justamente a do dia 30/05/2008, ou seja, em nenhum dos outros dias se pôde
comprar a ação por um valor mais baixo.
No caso das Lojas Americanas, se o investidor acertasse o momento de comprar, poderia ter uma
rentabilidade de 69,9%, mas se errasse perderia 35,6% de seu patrimônio.
Vejamos outras ações, com resultados mais expressivos:
Patrimônio Rentab. Rentab. Rentab.
Obtido Obtida Máxima Mínima
PETROBRAS PN - PETR4 R$ 48.898 103,7% 157,8% 0,0%
VALE PN - VALE5 R$ 43.739 82,2% 180,7% 0,0%
RANDON PN - RAPT4 R$ 41.483 72,8% 174,5% -10,5%
PÃO DE AÇUCAR PN - PCAR4 R$ 32.556 35,7% 41,7% 0,0%
ALL UNIT - ALLL11 R$ 31.580 31,6% 66,3% -11,2%
PORTO SEGURO ON - PSSA3 R$ 28.007 16,7% 65,9% -24,0%
NET PN - NETC4 R$ 27.550 14,8% 33,4% -27,5%
BRASKEM PN - BRKM5 R$ 25.923 8,0% 23,5% -23,7%
No caso de Petrobras, Vale e Pão de Açucar, o investidor, mesmo que quisesse, não conseguiria perder
no período, pois as cotações do dia 30/05/2008 foram as maiores observadas nos dias do estudo, por isso
a rentabilidade mínima, para elas é 0%.
Se o investidor colocasse os R$ 1.000 todo mês em Petrobras obteria 103,7% de rentabilidade, mas, se
acertasse o momento de menor preço poderia ter 157,8%.
Pela tabela acima, observa-se que há certa proteção para o investidor que se comporta de maneira
regular, investindo todo mês. Evidentemente, não será o sortudo de achar o “dia certo”, mas não amargará
prejuízos expressivos, no caso de achar o “dia errado”.
Investir regularmente?
Bom, sabemos que o mercado é tentador. Sabemos que, quando se vê crescimentos de 1.000%, a
primeira coisa que o investidor faz é a seguinte conta:
“Se eu tivesse colocado R$ 100.000 há 3 meses, teria hoje R$ 1.000.000!!!!”
Isso é profecia do passado. Isso é tortura. É melhor fazer o seguinte: Pegue 200.000 bilhetes da Sena e
preencha todos com combinações diferentes. NÃO JOGUE, mas confira as dezenas toda semana. Se,
porventura, você acertar nos números, dirá: Puxa, se eu tivesse jogado!
A natureza do problema é a mesma. Jogar 200.000 bilhetes seria investir R$ 300.000 em um negócio de
altíssimo risco. Você não faz isso, normalmente pega um trocado, uns R$ 3,00, e faz dois joguinhos. Se
ganhar ótimo, se perder, tudo bem.
É por isso que você não pega 90% do seu patrimônio e coloca em Telebrás, Kepler Weber, TecToy,
Bicicletas Monark entre outras. Aliás, o investidor não coloca 90% do seu patrimônio nem em Vale ou
Petrobras, pois sabe da regra de ouro de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Responda: Você
colocaria TUDO hoje em VALE? Difícil, não é...
A sugestão é simples: Se você é empresário, médico, advogado, engenheiro, guitarrista etc., estude,
trabalhe, empenhe-se no seu negócio, escritório, consultório, prancheta ou palco para ser cada vez melhor
no que faz e cada vez melhor remunerado. Daí invista todo mês, um pouco, com cautela e conhecimento
das companhias onde está investindo. Deixe o tempo fazer o seu papel. Deixe o longo prazo de 3
semanas para os “profetas do passado”.

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TEMA DESTA EDIÇÃO: Sites dos Membros Orientadores.

Nossos Membros Orientadores (MO’s) estão cada vez mais ativos, promovendo eventos e cursos em mais
de 12 estados da federação, além da abertura de clubes de investimento e da divulgação da metodologia
INI em salas de aula, eventos, palestras etc.
Alguns disponibilizam websites para que os investidores possam tirar dúvidas, montar clubes ou dar sua
opinião sobre o mercado. Aproveitamos esse espaço para divulgar essas iniciativas:
• Marcelo Navarini e Rafael Romagna (Serra Gaúcha) – www.fortuno.com.br
• Jurandir Sell Macedo – Florianópolis – www.edufinanceira.org.br
• Nilton Farinati – Rio Grande do Sul - www.niltonfarinati.com.br ou
www.administradores.com.br/home/nfarinati/artigos
• Mauro Calil - São Paulo e interior - www.calilecalil.com.br
• Clodoir Vieira – São Paulo - http://clodoirvieira.blog.terra.com.br/
• André Zucchi – Juiz de Fora - www.valoriza.com.br ou http://blog.valoriza.com.br/ ou
http://forum.valoriza.com.br
• Milton Gomes Pacheco - Campinas - http://papodeinvestidor.blogspot.com/
• Juliana Teixeira – www.multiacoes.com
Dos Orientadores que ainda não constam de nosso website, temos:
• Giacomo Leonardo – Paraná e Santa Catarina – www.bomfundamento.com.br
• Daniel Oliveira – Bahia, Ceará e Sergipe – www.futurainvestimentos.com.br

Disclaimer
O Instituto Nacional de Investidores não se responsabiliza pelas decisões de investimento tomadas com
base nas idéias aqui exprimidas, nem pela exatidão e/ou veracidade dos dados aqui colocados, sendo
todas estas opiniões e/ou informações de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.

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