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Análise Financeira de

Balanço

Aluno(s):

Luiz Eduardo Rodrigues Pinto 11513


Luana Alice de Carvalho 11464

Índice Itajubá, 14 de junho de 2005.


ÍNDICE

1 – INTRODUÇÃO 3

2 – OBJETIVOS 4

3 – JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DA EMPRESA 4

4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7

5 - ANÁLISE DA EMPRESA 14

6 – CONCLUSÃO 28

7 – BIBLIOGRAFIA 29

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1 – INTRODUÇÃO

Através da Análise Financeira de Balanços pode-se avaliar o patrimônio da


empresa, as decisões tomadas e consequentemente verificar as condições financeiras e
econômicas das empresas. É uma excelente ferramenta e um dos elementos mais
importantes na tomada de decisões à disposição de qualquer pessoa relacionada à empresa.
A análise é feita através das Demonstrações Financeiras que devem ser fornecidas
pelos contadores. A partir das informações retiradas da demonstração financeira, os
interessados em algum aspecto particular da empresa, como os acionistas, fornecedores,
clientes, bancos, governo entre outros, podem analisar diretamente o que lhes interessa.

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2 – OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é analisar a situação econômica e financeira da


empresa Bunge Brasil S/A nos anos de 2001, 2002 e 20031 a partir de informações
extraídas do seu balanço e demonstração de resultados. Para obtenção dessas
informações primeiramente deve-se entender o funcionamento das principais contas
financeiras da empresa e a partir daí fazer uso de índices e ferramentas: índices de
rentabilidade, liquidez e estrutura de capital, índices de prazo médio, previsão de
falência, cálculo do EVA, análise vertical e horizontal e comparação da empresa com
outras do mesmo ramo. Para uma melhor compreensão das informações que a análise
nos apresenta é necessária a observação conjunta da situação do mercado como um
todo, enfim, procurar informações externas para uma melhor compreensão dos
resultados.
Com essa análise em mãos pode-se concluir se a empresa em questão é uma boa
opção de investimento.

3 – JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DA EMPRESA

A partir da divulgação de notícias a respeito de empresas do ramo do


agronegócios na mídia de grande circulação nos interessamos pelas empresas do setor.
Optamos pela Bunge Alimentos SA devido ao seu tamanho e conseqüentemente à sua
importância para o país e também devido ao fato da empresa estar completando 100
anos de atuação no Brasil em 2005, estando hoje presente em 16 estados brasileiros. Um
fato que demonstra a importância da empresa é que a Bunge juntamente com três
gigantes multinacionais do setor, já se prepara para ficar com pelo menos 55% da
produção de soja nacional. Esse setor foi responsável por 6% das exportações em 2004,
atingindo US$ 5,7 bilhões.

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Informações sobre a empresa

A história da Bunge começa em 1818, quando foi fundada a Bunge & Co., em
Amsterdã. Hoje sua sede se encontra nos Estados Unidos.
__________
1 – Devido ao fechamento de capital da empresa, não obtemos o balanço patrimonial e demonstração
resultado referente ao ano de 2004.
A Bunge veio para o Brasil em 1905, onde participa minoritariamente do capital
da S.A. Moinho Santista Indústrias Gerais, empresa de compra e moagem de trigo de
Santos (SP - Brasil). É o início de uma rápida expansão no País, adquirindo diversas
empresas nos ramos de alimentação, agribusiness, químico e têxtil, entre outros.

Abaixo temos um breve histórico de sua atuação no Brasil nesses 100 anos
mostrando a contribuição da empresa para o desenvolvimento do país:

Anos 20 – lança o primeiro óleo vegetal para fins comestíveis, o óleo Salada.
Anos 30 - a Bunge funda sua primeira fábrica no ABC paulista, contribuindo para o
desenvolvimento da região. E estende sua atuação para novas áreas, como a exploração
de cimentos e jazidas de minérios, origem da Bunge fertilizantes.
Anos 40 - Investe em pesquisa para desenvolvimento de nutrientes básicos adequados
ao solo brasileiro passando a ser decisiva para o desenvolvimento do agronegócio no
Brasil.
Anos 50 – inaugura uma fabrica de óleos vegetais no rio grande de sul, marco de
pioneirismo na industrialização da soja e contribui para a transformação do Rio Grande
do Sul em um importante pólo de produção de soja.
Anos 60 – Bunge continua investindo no Brasil, impulsionando pesquisas de combate
às pragas e criação de novas fontes de energia. Começa a exportar know-how em
extração de minerais e lança a margarina Mila, a única feita com puro óleo de milho.
Anos 80 – com a implementação de um projeto de industrialização de ácido fosfórico
purificado, a Bunge contribui para um salto importante no desenvolvimento das
indústrias químicas, automobilísticas, de eletrodomésticos e alimentos. O Brasil torna-se
auto-suficiente na matéria-prima e economiza U$15 milhões por ano.
Anos 90 – trabalha com responsabilidade sócio ambiental em prol do desenvolvimento,
prestando serviços aos agricultores, institui programas de palestras técnicas e contribui
com o projeto pomar em são Paulo.
2000- ao completar um século no país, a Bunge reforça seu diferencial como empresa
integrada, que participa da vida do brasileiro do campo à mesa, atuando desde a
extração de minérios para a produção e comercialização de fertilizantes até os produtos
voltados para o consumidor final. Adquire a indústria de fertilizantes Manah, uma das
maiores do setor. Surge, então, em agosto, a Bunge Fertilizantes, união da Serrana,
Manah, Iap e Ouro Verde e, em setembro, a Bunge Alimentos, união da Ceval e da
Santista.
Em 2001, no Brasil, a Bunge reestrutura o capital acionário das empresas Bunge
Alimentos e Bunge Fertilizantes, criando a Bunge Brasil S.A. A nova empresa nasce
como a maior produtora de fertilizantes da América do Sul, maior processadora de trigo
e soja da América Latina e maior fabricante brasileira de margarinas, óleos
comestíveis, gorduras
vegetais e farinhas de trigo.

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Atuação e Produtos

Por meio de suas subsidiárias integrais - Bunge Fertilizantes e Bunge Alimentos,


produz fertilizantes e ingredientes para nutrição animal, processa e comercializa soja,
trigo e outros grãos, fornece matéria-prima para a indústria de alimentos e food service,
além de produzir alimentos para o consumidor final.
Marcas como Serrana, Manah, Iap, Ouro Verde, Salada, Soya, Delícia e Primor,
entre outras, estão profundamente ligadas não apenas à história econômica brasileira,
mas também aos costumes, à pesquisa científica, ao pioneirismo tecnológico e à
formação de gerações de profissionais.

Prêmios e Responsabilidade Social

A Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio do mundo, vem investindo


continuamente no desenvolvimento de programas de Responsabilidade Social em todo o
país, especialmente nos 16 estados em que tem unidades.
Mantêm a Fundação Bunge, que concede anualmente os Prêmios Moinho
Santista e Incentivo à Educação Fundamental, e promove ações amplas, como o
Comunidade Educativa e o ReciCriar”,
A Bunge foi uma das vencedoras do ranking As Melhores Empresas do Brasil,
editado pela Revista IstoÉ Dinheiro, uma das publicações mais importantes do país na
área de negócios.
A inclusão da Bunge no Anuário Expressão de Gestão Social, editado pela
Revista Expressão, em parceria com o Instituto Ethos, é um dos mais recentes
reconhecimentos conquistados pela empresa
Outra importante conquista da Bunge foi a sua inclusão no Guia Exame –
Melhores empresas para se trabalhar, considerado um dos principais indicadores que
mede a satisfação dos funcionários no ambiente de trabalho, e também fora dele.

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4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 – Índices

Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações


Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou
financeira de uma empresa. Os índices constituem a técnica de análise mais empregada.
Eles são divididos em índices que evidenciam aspectos da situação financeira (de
estrutura de capital e liquidez) e índices que evidenciam aspectos da situação econômica
(de rentabilidade).

4.1.2 – Índices de Estrutura de Capitais:

Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em


termos de obtenção e aplicação de recursos, caracterizados por, quanto menores forem,
melhor será a condição financeira da empresa. São eles:

Participação de Capitais de Terceiros: indica o quanto a empresa tomou de


capital de terceiros por capital próprio investido;

(CT/PL) x 100

Onde:
CT – capitais de terceiros;
PL – Patrimônio Líquido.

Composição do Endividamento: indica qual o percentual de obrigações em curto


prazo em relação às obrigações totais;

(PC/CT) x 100

Onde:
PC – Passivo Circulante;
CT – Capitais de Terceiros.

Imobilização do Patrimônio Líquido: indica o quanto a empresa aplicou no ativo


permanente por cada $100 de capital próprio;

(AP/PL) x 100

Onde:
AP – Ativo Permanente;
PL – Patrimônio Líquido.

Imobilização dos Recursos Não-Correntes: indica qual o percentual de recursos


não correntes a empresa aplicou no ativo permanente;

[AP/(PL+ELP)] x 100

Onde:

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AP – Ativo Permanente;
PL – Patrimônio Líquido.
ELP – Exigível a Longo Prazo.

4.1.3 – Índices de Liquidez

Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa,


procurando medir quão sólida é esta. Uma empresa com bons índices de liquidez tem
condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, sendo, portanto caracterizados por
quanto maiores for, melhor será a condição da empresa. São eles:

Liquidez Geral: indica a condição da empresa pagar as suas dívidas em longo


prazo;

[(AC+RLP)/(PC+ELP)]

Onde:
AC – Ativo Circulante;
RLP – Realizável a Longo Prazo;
PC – Passivo Circulante;
ELP – Exigível a Longo Prazo.

Liquidez Corrente: indica a condição da empresa pagar suas dívidas de curto


prazo;

LC = AC/PC

Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante.

Liquidez Seca: indica o quanto a empresa é dependente de seus estoques para pagar
suas dívidas de curto prazo;

[(AC – Estoques)/PC]

Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante.

4.1.4 – Índices de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade mostram o quanto renderam os investimento realizados


pela empresa e, desta forma, qual o seu grau de êxito econômico. Os índices deste grupo são
do tipo quanto maior melhor, exatamente pelo fato de retratarem o resultado dos
investimentos da empresa. São eles:

Giro do Ativo: fórmula: V/AT: indica quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de
investimento total;

V/AT

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Onde:
V – Vendas Líquidas;
AT – Ativo.

Margem Líquida: fórmula: LL/V: indica quanto a empresa obtém de lucro para
cada $100 vendidos;

(LL/V) x 100

Onde:
LL – Lucro Líquido;
V – Vendas Líquidas.

Rentabilidade do Ativo: fórmula: LL/AT: indica quanto a empresa obtém de lucro


para cada $100 de investimento total;

(LL/AT) x 100

Onde:
LL – Lucro Líquido;
AT – Ativo.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido: fórmula: LL/PL: indica quanto a empresa


obteve de lucro para cada $100 de capital próprio investido;

(LL/PL) x 100

Onde:
LL – Lucro Líquido;
PL – Patrimônio Líquido Médio (média do patrimônio líquido inicial com o final).

4.2 - Análise vertical e horizontal

São técnicas adicionais para a análise. A análise vertical mostra como cada conta
se relaciona com um valor-base. Para a análise vertical do balanço calcula-se a
porcentagem de cada valor em relação ao total do ativo, podendo assim observar melhor
se há intens fora das proporções normais.
A análise horizontal por sua vez tem como objetivo mostrar a evolução de cada
conta ao longo dos anos, baseia-se na evolução de cada conta de uma série de
demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma
demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. Pode-se assim,
analisar a evolução da empresa como um todo.

4.3 – Previsão de falência

A partir dos índices da empresa é possível prever a insolvência de uma empresa


baseando-se na análise discriminante, que é uma técnica estatística aprimorada, a qual é
utilizada quando se quer determinar se o elemento pertence a uma população X ou a uma
população Y, no caso da análise, se a empresa é solvente ou insolvente.

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Diversos estudiosos efetuaram, no Brasil, testes estatísticos sobre a previsão de
insolvência com base na análise discriminante. Utilizaremos no presente trabalho as
fórmulas de Kanitz e de Pereira.
Fórmula de Kanitz:

Fi = 0,05X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 - 1,06X4 - 0,33 X5

Onde:
Fi = Fator de Insolvência
X1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido;
X2 = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo )/ Exigível Total;
X3 = (Ativo circulante – Estoques) / Passivo Circulante;
X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante;
X5 = Exigível Total / Patrimônio Líquido;

Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se Fi for inferior a -3; a sua
classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência.

Pereira:

Z = 0,722 – 5,124E23 + 11,016L19 – 0,342L21 – 0,048L26 + 8,605R13 – 0,004R29

Onde:
Z = total de pontos obtidos
E23 = duplicatas descontadas/duplicatas a receber
L19 = estoques (final)/custo das mercadorias vendidas
L21 = fornecedores/vendas
L26 = estoque médio/custo das mercadorias vendidas
R13 = (lucro operacional + despesas financeiras)/(ativo total – investimento médio)
R29 = exigível total/(lucro líquido + 0,1 imobilizado médio + saldo devedor da
correção monetária)2.

4.4 – Índices de prazo médio

Uma das descobertas mais interessantes da Análise de Balanços é a de que, através


dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados, por exemplo, quantos dias,
em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicadas. Este é o chamado índice
de Prazo Médio de Recebimento de Vendas.
Outros índices que podem ser calculados são os de Prazo Médio de Renovação de
Estoque e Prazo Médio de Pagamento de Compras.
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre
em conjunto. Também não é recomendável misturar a análise dos índices de prazos médios
com a dos índices econômicos e financeiros.
A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional
e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto
comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso
de uma empresa.
A partir dos ciclos operacionais e de caixa são construídos modelos de análise do
capital de giro e do fluxo de caixa.
Basicamente existem três índices de prazo médios que podem ser encontrados a
partir das demonstrações financeiras.

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4.4.1 - Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Determina o volume de investimentos de duplicatas a receber

PMRV=360.(DR/V)

Onde:
DR - Duplicatas a receber
V – Vendas
__________

2. No caso de saldo credor, o sinal deverá ser negativo.

4.4.2 – Prazo Médio de Pagamento de Compras

Mostra em quanto tempo as compras, isto é, as dívidas vão ser pagas. É importante
para a empresa pra controlar o recebimento de vendas.

PMPC=360.(F/C)

Onde:
F – Saldo de Fornecedores de pagamento de compras
C – Compras

4.4.3 – Prazo Médio de Renovação de Estoque

Mostra de quanto em quanto tempo a empresa em questão faz compras para o


estoque. Com o cálculo deste prazo pode-se analisar como funciona a rotatividade do
estoque.

PMRE=(E/CMV)

Onde:
E – Estoques
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas

4.5 – EVA

O EVA, ou Economic Value Added (Valor Econômico Agregado), é um conceito


desenvolvido pela consultoria Stern Stewart & Co. no início da década de 80 que se
baseia na idéia de lucro econômico (lucro residual). Este conceito afirma que lucro só
existe após a remuneração do capital empregado pelo seu custo de oportunidade.O EVA
é uma medida de desempenho que considera todos os custos de operação, inclusive os
de oportunidade. De uma maneira simples, ele é o resultado operacional depois de
impostos da empresa, menos o encargo pelo uso do capital fornecido por terceiros e por
acionistas; mede o quanto foi gerado em excesso ao retorno mínimo requerido pelos
fornecedores de capital da empresa (terceiros e acionistas).
Utilizamos para o cálculo a seguinte fórmula:

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EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido

Onde:
NOPAT = Lucro operacional depois dos impostos.

4.6 – Avaliação setorial

A avaliação setorial é feita para se observar como empresas de um mesmo setor se


relacionam. Para isso compara-se os índices com índices de outras empresas e verifica-se
onde a empresa em questão se encontra. Para esta comparação, é recomendado o uso dos
decis e o maior número possível de empresas do ramo.
Para esta análise primeiramente faz-se a listagem dos índices da empresa a ser
analisada, posteriormente analisa-se cada índice usando a tabela de índices-padrão das
empresas do setor transformados em decis e encontra-se a posição relativa de cada índice. A
partir de sua posição dá-se uma nota a cada índice. Para a obtenção da nota global da
empresa, considera-se os diferentes pesos para cada índice, somam-se as notas, multiplica-
se pelo peso geral do tipo de índice e soma-se novamente.

Estrutura de Capital
EC = 0,6*(CT/PL)+0,1*PC/CT+0,2*AP/PL+0,1*AP/(PL+ELP)

Liquidez
L = 0,3*(AC+RLP)/CT+0,5*AC/PC+0,2*(AC-EST)/PC

Rentabilidade
R = 0,2*V/AT+0,1*LL/V+0,1*LL / AT+0,6*LL/PL

Nota Global
NG = 0,4*EC+0,2*L+0,4*R

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5 - ANÁLISE DA EMPRESA

A seguir são apresentadas as tabelas com o balanço patrimonial consolidado e


demostração de resultados obtidas no site da Comissão de Valores Mobiliários. Logo
após as tabelas são mostradas padronizadas.

Balanço Patrimonial Consolidado ATIVO


Código da Conta Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
1 Ativo Total 11.192.879 10.294.199 8.061.815
1.01 Ativo Circulante 6.303.363 5.260.079 3.508.632
1.01.01 Disponibilidades 709.859 897.715 339.313
1.01.01.01 Caixa E Bancos 59.831 79.413 27.023
1.01.01.02 Aplicações Financeiras 650.028 818.302 312.290
1.01.02 Créditos 2.865.862 2.047.330 1.678.808
1.01.02.01 Clientes 1.114.899 863.274 806.410
1.01.02.02 Impostos E Contribuições A Recuperar 251.141 203.173 250.172
1.01.02.03 Impostos Diferidos 64.310 51.848 65.804
1.01.02.04 Impostos Diferidos Sobre Diferenças Temp 35.441 33.787 0
1.01.02.05 Adiantamento A Fornecedores De Soja 794.261 725.006 376.813
1.01.02.06 Partes Relacionadas 267.978 22.757 0
1.01.02.07 Demais Contas A Receber 281.124 103.073 129.298
1.01.02.08 Despesas Do Exercício Seguinte 56.708 44.412 50.311
1.01.03 Estoques 2.727.642 2.315.034 1.490.511
1.01.04 Outros 0 0 0
1.02 Ativo Realizável A Longo Prazo 886.019 1.127.083 799.239
1.02.01 Créditos Diversos 393.671 226.310 194.951
1.02.01.01 Depósitos De Emprést.moeda Estrangeira 40.481 46.960 29.939
1.02.01.02 Depositos Judiciais 131.122 110.647 95.306
1.02.01.03 Contas A Receber 58.938 68.703 69.706
1.02.01.04 Adiantamento A Fornecedores De Soja 163.130 0 0
1.02.02 Créditos Com Pessoas Ligadas 4.657 331.019 199.315
1.02.02.01 Com Coligadas 0 0 0
1.02.02.02 Com Controladas 0 0 0
1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 4.657 331.019 199.315
1.02.03 Outros 487.691 569.754 404.973
1.02.03.01 Impostos Diferidos 43.664 178.108 58.087
1.02.03.02 Impostos Dif. S/diferenças Temporárias 185.386 149.131 188.314
1.02.03.03 Impostos E Contribuições A Recuperar 171.781 159.080 101.167
1.02.03.04 Outros Créditos 86.860 83.435 57.405
1.03 Ativo Permanente 4.003.497 3.907.037 3.753.944
1.03.01 Investimentos 251.740 85.334 1.301.055
1.03.01.01 Participações Em Coligadas 0 0 0
1.03.01.02 Participações Em Controladas 237.373 78.281 1.292.350
1.03.01.03 Outros Investimentos 14.367 7.053 8.705
1.03.02 Imobilizado 2.707.610 2.575.367 2.367.383
1.03.03 Diferido 1.044.147 1.246.336 85.506

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Balanço Patrimonial Consolidado PASSIVO
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
2 Passivo Total 11.192.879 10.294.199 8.061.815
2.01 Passivo Circulante 4.963.534 4.135.668 2.676.027
2.01.01 Empréstimos E Financiamentos 275.596 253.681 250.229
2.01.02 Debêntures 0 0 0
2.01.03 Fornecedores 2.028.863 1.371.089 848.835
2.01.04 Impostos, Taxas E Contribuições 210.007 150.683 136.118
2.01.05 Dividendos A Pagar 153.108 138.893 70.141
2.01.06 Provisões 104.054 64.044 74.086
2.01.06.02 Provisão P/imposto De Renda 42.281 30.088 25.248
2.01.06.03 Provisão Para Comissões E Outras 56.770 27.956 43.938
2.01.06.04 Provisão Para Benefícios 5.003 6.000 4.900
2.01.07 Dívidas Com Pessoas Ligadas 41.096 51.127 392.417
2.01.08 Outros 2.150.810 2.106.151 904.201
2.01.08.01 Obrigações Por Compra De Investimentos 0 0 0
2.01.08.02 Adiantamento Clientes 73.247 69.133 59.914
2.01.08.03 Demais Contas A Pagar 282.766 286.758 198.059
2.01.08.04 Pré-pagamentos E Financ. De Exportações 1.794.797 1.750.260 646.228
2.02 Passivo Exigível A Longo Prazo 3.219.331 3.604.122 2.246.059
2.02.01 Empréstimos E Financiamentos 617.756 864.637 751.816
2.02.02 Debêntures 0 0 0
2.02.03 Provisões 591.354 508.502 473.653
2.02.03.01 Provisões Para Contingências 472.010 400.120 376.950
2.02.03.02 Provisão Para Benefícios 119.344 108.382 96.703
2.02.04 Dívidas Com Pessoas Ligadas 709.399 571.394 0
2.02.05 Outros 1.300.822 1.659.589 1.020.590
2.02.05.01 Pré-pagamentos. E Financ. De Exportações 1.294.117 1.652.672 979.374
2.02.05.03 Demais Contas A Pagar 6.705 6.917 41.216
2.03 Resultados De Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
2.04 Participações Minoritárias 476.437 387.649 385.946
2.05 Patrimônio Líquido 2.491.516 2.124.506 2.711.695
2.05.01 Capital Social Realizado 780.150 1.091.971 1.091.971
2.05.01.01 De Residentes No País 268.918 496.628 496.628
2.05.01.02 De Residentes No Exterior 511.232 595.343 595.343
2.05.02 Reservas De Capital 1.171.354 1.171.354 1.425.129
2.05.03 Reservas De Reavaliação 0 0 0
2.05.03.01 Ativos Próprios 0 0 0
2.05.03.02 Controladas/coligadas 0 0 0
2.05.04 Reservas De Lucro 540.012 0 194.595
2.05.04.01 Legal 39.144 0 15.180
2.05.04.02 Estatutária 0 0 0
2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0
2.05.04.04 De Lucros A Realizar 0 0 0
2.05.04.05 Retenção De Lucros 505.478 0 179.415
2.05.04.05.01 Reserva Para Investimentos 505.478 0 179.415
2.05.04.06 Especial P/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0
2.05.04.07 Outras Reservas De Lucro -4.610 0 0
2.05.05 Lucros/prejuízos Acumulados 0 -138.819 0

14
Demonstração do Resultado Consolidado Demonstração do
Resultado
Código da Conta Descrição da Conta 01/01/03 a 31/12/03 01/01/02 a 31/12/02 01/01/01 a 31/12/01
3.01 Receita Bruta De Vendas E/ou Serviços 18.443.371 13.007.120 3.895.096
3.02 Deduções Da Receita Bruta -1.367.396 -1.054.318 -401.962
3.03 Receita Líquida De Vendas E/ou Serviços 17.075.975 11.952.802 3.493.134
3.04 Custo De Bens E/ou Serviços Vendidos -13.895.971 -9.109.272 -2.647.692
3.05 Resultado Bruto 3.180.004 2.843.530 845.442
3.06 Despesas/receitas Operacionais -1.813.324 -3.040.182 -372.716
3.06.01 Com Vendas -1.461.959 -1.047.769 -172.476
3.06.02 Gerais E Administrativas -413.273 -305.561 -117.534
3.06.02.01 Gerais E Administrativas -405.681 -297.905 -115.133
3.06.02.02 Honorários Da Diretoria -7.592 -7.656 -2.401
3.06.03 Financeiras 237.174 -1.579.001 -80.366
3.06.03.01 Receitas Financeiras 91.318 777.640 315.523
3.06.03.02 Despesas Financeiras 145.856 -2.356.641 -395.889
3.06.04 Outras Receitas Operacionais 67.889 105.638 84.631
3.06.04.02 Outras 67.889 105.638 84.631
3.06.05 Outras Despesas Operacionais -243.155 -213.489 -86.971
3.06.05.01 Amortização De Ágio -15.234 -18.842 -14.030
3.06.05.02 Outras -227.921 -194.647 -72.941
3.06.06 Resultado Da Equivalência Patrimonial 0 0 0
3.07 Resultado Operacional 1.366.680 -196.652 472.726
3.08 Resultado Não Operacional 9.611 -5.681 -17.033
3.08.01 Receitas 40.484 39.791 30.183
3.08.02 Despesas -30.873 -45.472 -47.216
3.09 Resultado Antes Tributação/participações 1.376.291 -202.333 455.693
3.10 Provisão Para Ir E Contribuição Social -402.315 31.348 -147.548
3.11 Ir Diferido 0 0 0
3.12 Participações/contribuições Estatutárias 0 0 0
3.12.01 Participações 0 0 0
3.12.02 Contribuições 0 0 0
3.13 Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 148.780 0 0
3.14 Participações Minoritárias -205.664 -162.430 -105.601
3.15 Lucro/prejuízo Do Exercício 917.092 -333.415 202.544

15
Balanço Patrimonial Padronizado
Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 59.831 79.413 27.023
Aplicações Financeiras 650.028 818.302 312.290
Subsoma 709.859 897.715 339.313
Operacional
Clientes 2.865.862 2.047.330 1.678.808
Estoques 2.727.642 2.315.034 1.490.511
Subsoma 5.593.504 4.362.364 3.169.319
Total do Ativo Circulante 6.303.363 5.260.079 3.508.632
Ativo Realizável a Longo 886.019 1.127.083 799.239
Prazo
Ativo Permanente
Investimentos 251.740 85.334 1.301.055
Imobilizado 2.707.610 2.575.367 2.367.383
Diferido 1.044.147 1.246.336 85.506
Total do Ativo Permanente 4.003.497 3.907.037 3.753.944
Total do Ativo 11.192.879 10.294.199 8.061.815

16
Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores 2.028.863 1.371.089 848.835
Outras obrigações 2.659.075 2.510.898 1.576.963
Subsoma 4.687.938 3.881.987 2.425.798
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos 275.596 253.681 250.229
Duplicatas descontadas 0 0 0
Resultados de Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
Subsoma 275.596 253.681 250.229
Total do Passivo Circulante 4.963.534 4.135.668 2.676.027
Passivo Exigível a Longo Prazo 3.219.331 3.604.122 2.246.059
Capitais de Terceiros 8.182.865 7.739.790 4.922.086
Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado e reservas capital 2.491.516 2.263.325 2.711.695
Lucros e Prejuizos acumulados 0 -138.819 0
Total do Patrimônio Líquido 2.491.516 2.124.506 2.711.695
Resultados de Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
Participações minoritárias 476.437 387.649 385.946
Total do Passivo 11.192.879 10.294.199 8.061.815

17
Demonstração de Resultados Padronizada
Descrição da Conta 01/01/2003 a 01/01/2002 a 01/01/2001 a
31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 17.075.975 11.952.802 3.493.134
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -13.895.971 -9.109.272 -2.647.692
Resultado Bruto 3.180.004 2.843.530 845.442
Despesas/Receitas Operacionais -2.050.498 -1.461.181 -292.350
Resultado Operacional antes result financeiros 1.129.506 1.382.349 553.092
Receitas Financeiras 91.318 777.640 315.523
Despesas Financeiras 145.856 -2.356.641 -395.889
Resultado Operacional 1.366.680 -196.652 472.726
Resultado Não Operacional 9.611 -5.681 -17.033
Resultado Antes Tributação/Participações 1.376.291 -202.333 455.693
Provisão para IR e Contribuição Social -402.315 31.348 -147.548
IR Diferido 0 0 0
Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0
Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 148.780 0 0
Participações Minoritárias -205.664 -162.430 -105.601
Lucro/Prejuízo do Exercício 917.092 -333.415 202.544

5.1 – Análise através de índices

Em seguida são calculados os índices a partir das fórmulas acima descritas e dos
valores padronizados:

Índices Fórmula 2003 2002 2001


Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros CT/PL= 328% 364% 182%
Composição do endividamento PC/CT= 61% 53% 54%
Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL= 161% 184% 138%
Imobilização de recursos não correntes AP/(PL+ELP)= 70% 68% 76%
Liquidez
Liquidez Geral (AC+RLP)/CT= 0,88 0,83 0,88
Liquidez Corrente (circulante) AC/PC= 1,27 1,27 1,31
Liquidez Seca (AC-EST)/PC= 0,72 0,71 0,75
Rentabilidade
Giro do Ativo V / AT= 1,53 1,16 0,43
Margem líquida LL / V= 5% -3% 6%
Rentabilidade do Ativo LL / AT= 8% -3% 3%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PL = 37% -16% 7%

18
Podemos observar que os índices de estrutura de capital não são muito
satisfatórios. A participação de capital de terceiros, ou seja, o grau de endividamento da
empresa, aumento drasticamente de 2001 para 2002 e sofreu uma ligeira diminuição em
2003, encontrando-se em 328%, o que mostra que a empresa não tem muito poder de
decisão. Porém, analisando outros fatores como notícias e seu relatório da
administração, percebemos que grande parte desta dívida é junto à controladora no
exterior, concluímos então que este índice não prejudica muito a situação da empresa.
Vemos também que suas dívidas a curto prazo aumentaram um pouco, mas como a
empresa tem um bom índice de liquidez corrente ela consegue quitar essa dívidas.
Quanto aos índices de liquidez empresa apresenta valores bons, com índices
maiores que um para a liquidez corrente, o que significa que a empresa tem dinheiro
para pagar suas dívidas a curto prazo. Os índices de liquidez seca se encontram menores
que 1, mas levando em consideração que se trata de um empresa do ramo do
agronegócio e possui estoques enormes, isto não significa muito para a análise.
Os índices de rentabilidade encontram-se excelentes em 2003, sendo mais
expressivo seu índice de rentabilidade do patrimônio líquido, que alcança o valor de
37%. Esses índices melhoraram significantemente em relação aos anos anteriores,
principalmente em relação ao ano de 2002, em que a empresa sofreu um prejuízo que
será analisado mais adiante.

5.2 – Análise Setorial

Para uma melhor análise dos índices obtidos no item anterior, é necessária a
comparação com outras empresas do setor e posteriormente calcular a sua nota global.
As empresas utilizadas para a comparação foram: Ambev, Cia. Iguaçu, Parmalat, Perdigão,
Sadia, Seara, Vigor, Cacique e Excelsior.

Cálculo dos decis para 2002:

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
28.12% 122.04% 136.64% 199.82% 254.60% 268.34% 342.77% 345.09% 364.31% 402.82%
24.03% 34.34% 49.88% 53.43% 59.03% 61.18% 66.39% 67.60% 71.50% 93.03%
92.02% 95.80% 99.38% 104.58% 116.96% 121.56% 149.36% 183.90% 188.68% 208.40%
43.03% 43.34% 49.82% 64.31% 68.20% 75.31% 82.97% 86.20% 87.47% 90.40%

0.65 0.73 0.82 0.83 0.86 0.95 0.98 1.00 1.03 1.28
0.65 0.65 0.96 1.00 1.06 1.12 1.27 1.38 1.79 1.97
0.40 0.54 0.57 0.65 0.71 0.76 0.80 0.95 1.66 1.67

0.36 0.52 0.59 0.66 0.73 0.86 0.87 0.96 0.97 1.16
-
14.49% -7.34% -3.00% 0.28% 5.32% 5.90% 7.33% 11.62% 19.97% 55.88%
-
12.56% -11.65% -6.08% -3.00% 0.27% 5.07% 5.13% 5.37% 11.82% 20.09%
-
58.59% -27.88% -21.55% -16.00% 1.22% 9.34% 12.71% 22.71% 25.74% 35.43%

19
Cálculo da nota global da empresa:

Nota Peso Nota


Índices 2002 Notas Conceito PESO Final Nota Geral Geral
Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros 2 fraco 0.6 1.20 3.10 0.4 1.24
Composição do endividamento 7 bom 0.1 0.70
Imobilização do Patrimônio Líquido 3 razoável 0.2 0.60

Imobilização de recursos não correntes 6 bom 0.1 0.60


Liquidez
Liquidez Geral 3 razoável 0.3 0.90 4.70 0.2 0.94

Liquidez Corrente (circulante) 6 bom 0.5 3.00

Liquidez Seca 4 satisfatório 0.2 0.80


Rentabilidade
Giro do Ativo 10 ótimo 0.2 2.00 5.10 0.4 2.04
Margem líquida 3 razoável 0.1 0.30
Rentabilidade do Ativo 4 satisfatório 0.1 0.40
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 4 satisfatório 0.6 2.40

Nota final da empresa: 4,22 Satisfatório

A partir dos valores calculados vemos que em relação às empresas do mesmo setor a
Bunge possui bons índices de rentabilidade, ou seja, a empresa possui uma boa situação
econômica. Seus índices de liquidez também são bons, o que nos diz que ela tem capital para
pagar suas dívidas. O que atrapalha a análise de sua situação econômica e sua nota global
são seus índices de estrutura de capital, com notas baixas, pois como já visto anteriormente, a
empresa possui um alto grau de endividamento, mas também como já foi abordado, são
empréstimos junto à própria controladora.

Cálculo dos decis para 2003:

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
12.01% 52.70% 193.93% 241.05% 244.23% 250.04% 264.13% 274.02% 328.43% 430.74%
31.73% 38.93% 44.86% 52.99% 60.66% 61.25% 65.50% 78.68% 80.02% 92.41%
47.92% 50.93% 61.90% 63.61% 65.62% 67.71% 73.90% 74.30% 94.06% 160.69%
66.15% 70% 75.67% 108.64% 113.91% 129.40% 142.45% 164.74% 173.97% 188.38%

0.67 0.68 0.83 0.83 0.88 0.89 0.94 0.96 1.64 3.03
0.60 0.82 1.14 1.17 1.26 1.27 1.51 1.59 1.62 2.98
0.34 0.50 0.72 0.73 0.75 0.96 1.09 1.13 1.32 2.15

0.48 0.58 0.59 0.75 0.99 1.00 1.19 1.37 1.38 1.53
-
17.65% 0.64% 0.87% 3.23% 5.00% 5.06% 6.71% 8.96% 16.29% 48.32%
-
17.71% 0.51% 1.29% 4.45% 6.04% 8.00% 8.87% 9.22% 9.54% 23.35%
-
52.05% 1.90% 6.84% 8.20% 14.08% 16.19% 21.16% 26.16% 32.83% 37%

20
Cálculo da nota global da empresa:
Nota Peso Nota
Índices 2003 Notas Conceito PESO Final Nota Geral Geral
Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros 2 fraco 0.6 1.20 2.90 0.4 1.16
Composição do endividamento 6 bom 0.1 0.60
Imobilização do Patrimônio Líquido 1 deficiente 0.2 0.20
Imobilização de recursos não correntes 9 ótimo 0.1 0.90
Liquidez
Liquidez Geral 5 satisfatório 0.3 1.50 5.10 0.2 1.02
Liquidez Corrente (circulante) 6 bom 0.5 3.00
Liquidez Seca 3 razoável 0.2 0.60
Rentabilidade
Giro do Ativo 10 ótimo 0.2 2.00 9.10 0.4 3.64
Margem líquida 5 satisfatória 0.1 0.50
Rentabilidade do Ativo 6 bom 0.1 0.60
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 10 ótimo 0.6 6.00
Nota final da empresa: 5,82 Bom

No ano de 2003 a empresa obteve um desempenho excepcional em relação às


empresas do mesmo setor. Alcançou excelentes índices de rentabilidade, ou seja, a empresa
continui possuindo uma excelente situação econômica. Seus índices de liquidez são bons, o
que nos diz que ela tem capital para pagar suas dívidas. O que atrapalha a análise de sua
situação econômica são novamente seus índices de estrutura de capital, problema já abordade
anteriormente.

5.3 - Analise Vertical e Horizontal

Ativo:
Descrição da Conta 12/31/2003 AV AH 12/31/2002 AV AH 12/31/2001 AV AH
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 59,831 1% 221 79,413 1% 294 27,023 0% 100
Aplicações 650,028 6% 208 818,302 8% 262 312,290 4% 100
Financeiras
Subsoma 709,859 6% 209 897,715 9% 265 339,313 4% 100
Operacional
Clientes 2,865,862 26% 171 2,047,330 20% 122 1,678,808 21% 100
Estoques 2,727,642 24% 183 2,315,034 22% 155 1,490,511 18% 100
Subsoma 5,593,504 50% 176 4,362,364 42% 138 3,169,319 39% 100
Ativo Circulante 6,303,363 56% 180 5,260,079 51% 150 3,508,632 44% 100
Ativo Realizável a 886,019 8% 111 1,127,083 11% 141 799,239 10% 100
Longo Prazo
Ativo Permanente
Investimentos 251,740 2% 19 85,334 1% 7 1,301,055 16% 100
Imobilizado 2,707,610 24% 114 2,575,367 25% 109 2,367,383 29% 100
Diferido 1,044,147 9% 1,221 1,246,336 12% 1,458 85,506 1% 100
Ativo 4,003,497 36% 107 3,907,037 38% 104 3,753,944 47% 100
Permanente
Total do Ativo 11,192,879 100% 139 10,294,199 100% 128 8,061,815 100% 100

21
Na análise do ativo algumas contas se destacaram devido à sua variação, uma
delas foi a de investimentos, que teve um decréscimo muito grande de 2001 para 2002,
isso devido ao fato de que ela começou a transferir esse recurso para o diferido, fato
bem visível na análise vertical. O aumento do diferido deve-se ao fato de que a
Companhia investiu em 2002 R$ 318 milhões em projetos estratégicos, dentre os
quais destacam-se a conclusão do projeto de expansão da unidade industrial em
Rondonópolis - MT, que representa o maior parque industrial de esmagamento de soja
no Brasil.
Outro destaque é o aumento expressivo do ativo circulante, este que teve uma
alavancada de 80% nesses dois anos. Este aumento significa que a empresa possui mais
dinheiro disponível em caixa, sendo um fator positivo para esta. O ativo permanente
teve um leve aumento apenas 8%,o fato mais relevante foi a mudança na sua
estruturação. O gráfico abaixo mostra bem a mudança da composição do ativo no
decorrer dos anos.

Análise Vertical do Ativo:

100%

80%
Ativo Permanente
60%
Ativo Realizável a Longo
Prazo
40%
Ativo Circulante
20%

0%
2001 2002 2003

22
Passivo:

Descrição da Conta 12/31/2003 AV AH 12/31/2002 AV AH 12/31/2001 AV AH


Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores 2,028,863 18% 239 1,371,089 13% 162 848,835 11% 100
Outras obrigações 2,659,075 24% 169 2,510,898 24% 159 1,576,963 20% 100
Subsoma 4,687,938 42% 193 3,881,987 38% 160 2,425,798 30% 100
Financeiro
Empréstimos e 275,596 2% 110 253,681 2% 101 250,229 3% 100
Financiamentos
Duplicatas 0 0 0 100
descontadas
Resultados de 42,061 0% 100 42,254 0% 100 42,088 1% 100
Exercícios Futuros
Subsoma 275,596 2% 110 253,681 2% 101 250,229 3% 100
Passivo Circulante 4,963,534 44% 185 4,135,668 40% 155 2,676,027 33% 100
Passivo Exigível a 3,219,331 29% 143 3,604,122 35% 160 2,246,059 28% 100
Longo Prazo
Capitais de Terceiros 8,182,865 73% 166 7,739,790 75% 157 4,922,086 61% 100
Patrimônio Líquido
Capital Social 2,491,516 22% 92 2,263,325 22% 83 2,711,695 34% 100
Realizado e reservas
capital
Lucros e Prejuizos 0 -138,819 -1% 0 100
acumulados
Patrimônio Líquido 2,491,516 22% 92 2,124,506 21% 78 2,711,695 34% 100
Resultados de 42,061 0% 100 0% 100 1% 100
Exercícios Futuros 42,254 42,088
Participações 476,437 4% 123 4% 100 5% 100
minoritárias 387,649 385,946
Total do Passivo 11,192,879 100% 139 10,294,199 100% 128 8,061,815 100% 100

23
Análise Vertical do Passivo:

100%
90%
80%
70% Patrimônio Líquido
60%
50% Passivo Exigível a Longo
40% Prazo
30% Passivo Circulante
20%
10%
0%
2001 2002 2003

Demonstração de Resultados:

Descrição da Conta 01/01/2003 AV AH 01/01/2002 AV AH 01/01/2001 AV AH


a a a
31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 17,075,975 100% 489 11,952,802 100% 342 3,493,134 100% 100
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -13,895,971 -81% 525 -9,109,272 -76% 344 -2,647,692 -76% 100
Resultado Bruto 3,180,004 19% 376 2,843,530 24% 336 845,442 24% 100
Despesas/Receitas Operacionais -2,050,498 -12% 701 -1,461,181 -12% 500 -292,350 -8% 100
Resultado Operacional antes result 1,129,506 7% 204 1,382,349 12% 250 553,092 16% 100
financeiros
Receitas Financeiras 91,318 1% 29 777,640 7% 246 315,523 9% 100
Despesas Financeiras 145,856 1% -37 -2,356,641 -20% 595 -395,889 -11% 100
Resultado Operacional 1,366,680 8% 289 -196,652 -2% -42 472,726 14% 100
Resultado Não Operacional 9,611 0% -56 -5,681 0% 33 -17,033 0% 100
Resultado Antes Tributação/Participações 1,376,291 8% 302 -202,333 -2% -44 455,693 13% 100
Provisão para IR e Contribuição Social -402,315 -2% 273 31,348 0% -21 -147,548 -4% 100
IR Diferido 0 0% 100 0 0% 100 0 0% 100
Participações/Contribuições Estatutárias 0 0% 100 0 0% 100 0 0% 100
Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 148,780 1% 100 0 0% 100 0 0% 100
Participações Minoritárias -205,664 -1% 100 -162,430 -1% 100 -105,601 -3% 100
Lucro/Prejuízo do Exercício 917,092 5% 100 -333,415 -3% 100 202,544 6% 100

A empresa apresentou um crescimento de 39% no seu ativo total de 2001 para


2003. Este crescimento deu-se principalmente por causa do ativo circulante que cresceu
80% nesse mesmo periodo. O ativo permanente permaneceu praticamente constante
nesse periodo, mostrandoq ue a empresa não investiu muito em expansão. Esse
crescimento foi financiado por capitais de terceiros (aumento de 66%), empréstimos a
longo prazo (aumento de 43%) e de curto prazo (aumento de 85%). A distribuição
vertical da dívida da empresa se manteve constante durante o período de 2001 à 2003.

A grande responsável pelo prejuízo em 2002 foi as despesas financeiras. Isto


deu-se em decorrência da variação cambial sobre os empréstimos da Companhia e de
suas controladas. Do total da variação cambial que afetou o resultado do ano em R$
24
1.521,1 milhões, cerca de R$ 961,5 milhões não representaram desembolso de caixa e
estão sujeitos ao comportamento futuro da taxa de câmbio. Deste total, cerca de R$
720,9 milhões correspondem à parcela de variação cambial sobre empréstimos junto a
controladora no exterior. Em razão das características desses empréstimos, as variações
cambiais incidentes são reconhecidas apenas nas demonstrações financeiras locais, não
produzindo efeitos nos resultados apurados de acordo com os princípios contábeis
norte-americanos (US GAAP). Com base no US GAAP, a Bunge Brasil teve um lucro
de R$ 626 milhões.
Fatos que comprovam que o prejuízo nao influenciou a empresa são que a Bunge
Alimentos obteve um crescimento de 39% em relação a 2001, que contribuiu para a
empresa obter significativos avanços nos indicadores operacionais. A empresa
conseguiu um crescimento de 49% na receita de exportações.

5.4 - Prazo médio

0 203 376
Renovação de Estoque Vendas
2001 Compras Ciclo de Caixa
264

0 91 153
Renovação de Estoque Vendas
2002 Compras Ciclo de Caixa
60

0 71 131
Renovação de Estoque Vendas
2003 Compras Ciclo de Caixa
54

Os prazos médios da Bunge mostram que esta está diminuindo seu ciclo
operacional com o decorrer dos anos, fato muito importante. Em 2001 o ciclo
operacional da empresa era de 376 dias e caiu para 131 dias em 2003. Porém este não é
tão importante quanto o ciclo de caixa, que mostra quanto tempo a empresa precisará de
capital para financiar o ciclo. Nesses dois anos a Bunge apresentou uma evolução,
diminuindo esse tempo, que era de 92 dias em 2001 e caiu para 77 dias em 2003.
Outro fator relevante na análise dos prazos médios é que em 2001 a Bunge
apresentava o ciclo de compras maior do que o de renovação de estoque, isto significava
que seus fornecedores financiavam todo o estoque e uma parte das suas vendas,
diminuindo assim seu ciclo de caixa, fato que não ocorreu nos dois anos posteriores.

25
5.5 – Previsão de Falência

São apresentados os índices de previsão de falência calculados para os três anos.

2003 2002 2001


Kanitz (FI) 1,60 1,33 2,14 todos maiores que (-3)!
Pereira (Z) 4,03 4,39 3,67 todos maiores que zero!

A partir dos índices calculados podemos observar que a empresa está solvente.

5.6 - EVA

Cálculo do Eva
NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 727,191 1,413,697 405,544
WACC 12% 12% 12%
Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo 5,710,847 5,728,628 4,957,754
WACC x (PL + ELP) 685,302 687,435 594,930
EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido 41,889 726,262 -189,386

A partir dos valores calculados podemos observar que a empresa somente nao
agregou valor no ano de 2001 e nos seguintes anos obteve valore bons, ou seja,
positivos, e portanto agregou valor nas suas atividades. Como o prejuízo de 2002 foi
devido a despesas financeiras, às variações cambiais ocorridas no ano, podemos ver que
o valor do EVA nesse ano foi bem grande, até maior que do ano de 2003, e isso também
devido ao fato de que a empresa nao pagou imposto de renda devido ao prejuízo.

Notícia referente ao fechamento de capital:

NOVA YORK/SÃO PAULO, 26 de maio (Reuters) - A Bunge Ltd., maior


processadora de oleaginosas do mundo, estipulou o valor nesta quarta-feira para a oferta
de 8,5 milhões de ações comuns para venda nos EUA, operação que está ligada ao uso
dos recursos advindos para a compra de ações de minoritários da Bunge Brasil S.A.
O preço da oferta da companhia foi de 35,20 dólares por ação, e o resultado da
colocação deve ser de 287 milhões de dólares. Do total, 283 milhões de dólares serão
usados para comprar de volta a parte dos minoritários da Bunge Brasil .
O Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é o maior detentor de
ações da Bunge Brasil entre os minoritários, com cerca de 7 por cento.
Além dos 7 por cento da empresa nas mãos do Previ, outros 10 por cento das ações
estão com minoritários. Os 83 por cento restantes são da controladora Bunge Limited,
com sede em White Plains, EUA.

26
5.7 – Ações

Ibovespa BUNGE

Rendimento Médio (3 anos) 2,1% 5,1%

Desvio (3 anos) 8,4% 12,7%

Beta 1,00 0,34

Rendimento
1,81 5,46
01/2002 – 10/2004

6
5
4
3
2
1
0
May 02

May 03

May 04
Mar-02

Nov-02

Mar-03

Nov-03

Mar-04

Nov-04

Mar-05
Jan-02

Jul-02
Sep 02

Jan-03

Jul-03
Sep 03

Jan-04

Jul-04
Sep 04

Jan-05

Ibovespa Bunge

Avaliando as ações da Bunge, constatamos que esta apresentou um lucro bom


para quem investiu, pricipalmente de março de 2003 à maio de 2004. No geral de
janeiro/2002 à março/2005 ela teve um rendimento bom de 5,1%, acima do da bovespa
que foi de 2,1%.
Fazendo uma comparação, se tivessemos investido R$ 1,00 na bovespa em
janeiro/2002, passados um pouco mais de dois anos, em outubro/2004 teriamos R$1,81,
se este investimento tivesse sido efetuado na Bunge, o investidor teria R$ 5,46 após esse
mesmo período. Mostrando sua ótima rentabilidade.

27
6 – CONCLUSÃO

Podemos concluir a partir da análise financeira que a empresa Bunge Brasil


encontra-se em uma excelente situação econômica e financeira e vem apresentando um
grande crescimento e destaque no país. Se a empresa ainda possuísse capital aberto seria
uma ótima opção de investimento.

28
7 – BIBLIOGRAFIA

MATARAZZO, Dante. C., “Análise Financeira de Balanços”, 6ª Edição, Atlas.

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