Balanço
Aluno(s):
1 – INTRODUÇÃO 3
2 – OBJETIVOS 4
4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
5 - ANÁLISE DA EMPRESA 14
6 – CONCLUSÃO 28
7 – BIBLIOGRAFIA 29
2
1 – INTRODUÇÃO
3
2 – OBJETIVOS
4
Informações sobre a empresa
A história da Bunge começa em 1818, quando foi fundada a Bunge & Co., em
Amsterdã. Hoje sua sede se encontra nos Estados Unidos.
__________
1 – Devido ao fechamento de capital da empresa, não obtemos o balanço patrimonial e demonstração
resultado referente ao ano de 2004.
A Bunge veio para o Brasil em 1905, onde participa minoritariamente do capital
da S.A. Moinho Santista Indústrias Gerais, empresa de compra e moagem de trigo de
Santos (SP - Brasil). É o início de uma rápida expansão no País, adquirindo diversas
empresas nos ramos de alimentação, agribusiness, químico e têxtil, entre outros.
Abaixo temos um breve histórico de sua atuação no Brasil nesses 100 anos
mostrando a contribuição da empresa para o desenvolvimento do país:
Anos 20 – lança o primeiro óleo vegetal para fins comestíveis, o óleo Salada.
Anos 30 - a Bunge funda sua primeira fábrica no ABC paulista, contribuindo para o
desenvolvimento da região. E estende sua atuação para novas áreas, como a exploração
de cimentos e jazidas de minérios, origem da Bunge fertilizantes.
Anos 40 - Investe em pesquisa para desenvolvimento de nutrientes básicos adequados
ao solo brasileiro passando a ser decisiva para o desenvolvimento do agronegócio no
Brasil.
Anos 50 – inaugura uma fabrica de óleos vegetais no rio grande de sul, marco de
pioneirismo na industrialização da soja e contribui para a transformação do Rio Grande
do Sul em um importante pólo de produção de soja.
Anos 60 – Bunge continua investindo no Brasil, impulsionando pesquisas de combate
às pragas e criação de novas fontes de energia. Começa a exportar know-how em
extração de minerais e lança a margarina Mila, a única feita com puro óleo de milho.
Anos 80 – com a implementação de um projeto de industrialização de ácido fosfórico
purificado, a Bunge contribui para um salto importante no desenvolvimento das
indústrias químicas, automobilísticas, de eletrodomésticos e alimentos. O Brasil torna-se
auto-suficiente na matéria-prima e economiza U$15 milhões por ano.
Anos 90 – trabalha com responsabilidade sócio ambiental em prol do desenvolvimento,
prestando serviços aos agricultores, institui programas de palestras técnicas e contribui
com o projeto pomar em são Paulo.
2000- ao completar um século no país, a Bunge reforça seu diferencial como empresa
integrada, que participa da vida do brasileiro do campo à mesa, atuando desde a
extração de minérios para a produção e comercialização de fertilizantes até os produtos
voltados para o consumidor final. Adquire a indústria de fertilizantes Manah, uma das
maiores do setor. Surge, então, em agosto, a Bunge Fertilizantes, união da Serrana,
Manah, Iap e Ouro Verde e, em setembro, a Bunge Alimentos, união da Ceval e da
Santista.
Em 2001, no Brasil, a Bunge reestrutura o capital acionário das empresas Bunge
Alimentos e Bunge Fertilizantes, criando a Bunge Brasil S.A. A nova empresa nasce
como a maior produtora de fertilizantes da América do Sul, maior processadora de trigo
e soja da América Latina e maior fabricante brasileira de margarinas, óleos
comestíveis, gorduras
vegetais e farinhas de trigo.
5
Atuação e Produtos
6
4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 – Índices
(CT/PL) x 100
Onde:
CT – capitais de terceiros;
PL – Patrimônio Líquido.
(PC/CT) x 100
Onde:
PC – Passivo Circulante;
CT – Capitais de Terceiros.
(AP/PL) x 100
Onde:
AP – Ativo Permanente;
PL – Patrimônio Líquido.
[AP/(PL+ELP)] x 100
Onde:
7
AP – Ativo Permanente;
PL – Patrimônio Líquido.
ELP – Exigível a Longo Prazo.
[(AC+RLP)/(PC+ELP)]
Onde:
AC – Ativo Circulante;
RLP – Realizável a Longo Prazo;
PC – Passivo Circulante;
ELP – Exigível a Longo Prazo.
LC = AC/PC
Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante.
Liquidez Seca: indica o quanto a empresa é dependente de seus estoques para pagar
suas dívidas de curto prazo;
[(AC – Estoques)/PC]
Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante.
Giro do Ativo: fórmula: V/AT: indica quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de
investimento total;
V/AT
8
Onde:
V – Vendas Líquidas;
AT – Ativo.
Margem Líquida: fórmula: LL/V: indica quanto a empresa obtém de lucro para
cada $100 vendidos;
(LL/V) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;
V – Vendas Líquidas.
(LL/AT) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;
AT – Ativo.
(LL/PL) x 100
Onde:
LL – Lucro Líquido;
PL – Patrimônio Líquido Médio (média do patrimônio líquido inicial com o final).
São técnicas adicionais para a análise. A análise vertical mostra como cada conta
se relaciona com um valor-base. Para a análise vertical do balanço calcula-se a
porcentagem de cada valor em relação ao total do ativo, podendo assim observar melhor
se há intens fora das proporções normais.
A análise horizontal por sua vez tem como objetivo mostrar a evolução de cada
conta ao longo dos anos, baseia-se na evolução de cada conta de uma série de
demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma
demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. Pode-se assim,
analisar a evolução da empresa como um todo.
9
Diversos estudiosos efetuaram, no Brasil, testes estatísticos sobre a previsão de
insolvência com base na análise discriminante. Utilizaremos no presente trabalho as
fórmulas de Kanitz e de Pereira.
Fórmula de Kanitz:
Onde:
Fi = Fator de Insolvência
X1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido;
X2 = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo )/ Exigível Total;
X3 = (Ativo circulante – Estoques) / Passivo Circulante;
X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante;
X5 = Exigível Total / Patrimônio Líquido;
Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se Fi for inferior a -3; a sua
classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência.
Pereira:
Onde:
Z = total de pontos obtidos
E23 = duplicatas descontadas/duplicatas a receber
L19 = estoques (final)/custo das mercadorias vendidas
L21 = fornecedores/vendas
L26 = estoque médio/custo das mercadorias vendidas
R13 = (lucro operacional + despesas financeiras)/(ativo total – investimento médio)
R29 = exigível total/(lucro líquido + 0,1 imobilizado médio + saldo devedor da
correção monetária)2.
10
4.4.1 - Prazo Médio de Recebimento de Vendas
PMRV=360.(DR/V)
Onde:
DR - Duplicatas a receber
V – Vendas
__________
Mostra em quanto tempo as compras, isto é, as dívidas vão ser pagas. É importante
para a empresa pra controlar o recebimento de vendas.
PMPC=360.(F/C)
Onde:
F – Saldo de Fornecedores de pagamento de compras
C – Compras
PMRE=(E/CMV)
Onde:
E – Estoques
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
4.5 – EVA
11
EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido
Onde:
NOPAT = Lucro operacional depois dos impostos.
Estrutura de Capital
EC = 0,6*(CT/PL)+0,1*PC/CT+0,2*AP/PL+0,1*AP/(PL+ELP)
Liquidez
L = 0,3*(AC+RLP)/CT+0,5*AC/PC+0,2*(AC-EST)/PC
Rentabilidade
R = 0,2*V/AT+0,1*LL/V+0,1*LL / AT+0,6*LL/PL
Nota Global
NG = 0,4*EC+0,2*L+0,4*R
12
5 - ANÁLISE DA EMPRESA
13
Balanço Patrimonial Consolidado PASSIVO
Código da Conta Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
2 Passivo Total 11.192.879 10.294.199 8.061.815
2.01 Passivo Circulante 4.963.534 4.135.668 2.676.027
2.01.01 Empréstimos E Financiamentos 275.596 253.681 250.229
2.01.02 Debêntures 0 0 0
2.01.03 Fornecedores 2.028.863 1.371.089 848.835
2.01.04 Impostos, Taxas E Contribuições 210.007 150.683 136.118
2.01.05 Dividendos A Pagar 153.108 138.893 70.141
2.01.06 Provisões 104.054 64.044 74.086
2.01.06.02 Provisão P/imposto De Renda 42.281 30.088 25.248
2.01.06.03 Provisão Para Comissões E Outras 56.770 27.956 43.938
2.01.06.04 Provisão Para Benefícios 5.003 6.000 4.900
2.01.07 Dívidas Com Pessoas Ligadas 41.096 51.127 392.417
2.01.08 Outros 2.150.810 2.106.151 904.201
2.01.08.01 Obrigações Por Compra De Investimentos 0 0 0
2.01.08.02 Adiantamento Clientes 73.247 69.133 59.914
2.01.08.03 Demais Contas A Pagar 282.766 286.758 198.059
2.01.08.04 Pré-pagamentos E Financ. De Exportações 1.794.797 1.750.260 646.228
2.02 Passivo Exigível A Longo Prazo 3.219.331 3.604.122 2.246.059
2.02.01 Empréstimos E Financiamentos 617.756 864.637 751.816
2.02.02 Debêntures 0 0 0
2.02.03 Provisões 591.354 508.502 473.653
2.02.03.01 Provisões Para Contingências 472.010 400.120 376.950
2.02.03.02 Provisão Para Benefícios 119.344 108.382 96.703
2.02.04 Dívidas Com Pessoas Ligadas 709.399 571.394 0
2.02.05 Outros 1.300.822 1.659.589 1.020.590
2.02.05.01 Pré-pagamentos. E Financ. De Exportações 1.294.117 1.652.672 979.374
2.02.05.03 Demais Contas A Pagar 6.705 6.917 41.216
2.03 Resultados De Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
2.04 Participações Minoritárias 476.437 387.649 385.946
2.05 Patrimônio Líquido 2.491.516 2.124.506 2.711.695
2.05.01 Capital Social Realizado 780.150 1.091.971 1.091.971
2.05.01.01 De Residentes No País 268.918 496.628 496.628
2.05.01.02 De Residentes No Exterior 511.232 595.343 595.343
2.05.02 Reservas De Capital 1.171.354 1.171.354 1.425.129
2.05.03 Reservas De Reavaliação 0 0 0
2.05.03.01 Ativos Próprios 0 0 0
2.05.03.02 Controladas/coligadas 0 0 0
2.05.04 Reservas De Lucro 540.012 0 194.595
2.05.04.01 Legal 39.144 0 15.180
2.05.04.02 Estatutária 0 0 0
2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0
2.05.04.04 De Lucros A Realizar 0 0 0
2.05.04.05 Retenção De Lucros 505.478 0 179.415
2.05.04.05.01 Reserva Para Investimentos 505.478 0 179.415
2.05.04.06 Especial P/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0
2.05.04.07 Outras Reservas De Lucro -4.610 0 0
2.05.05 Lucros/prejuízos Acumulados 0 -138.819 0
14
Demonstração do Resultado Consolidado Demonstração do
Resultado
Código da Conta Descrição da Conta 01/01/03 a 31/12/03 01/01/02 a 31/12/02 01/01/01 a 31/12/01
3.01 Receita Bruta De Vendas E/ou Serviços 18.443.371 13.007.120 3.895.096
3.02 Deduções Da Receita Bruta -1.367.396 -1.054.318 -401.962
3.03 Receita Líquida De Vendas E/ou Serviços 17.075.975 11.952.802 3.493.134
3.04 Custo De Bens E/ou Serviços Vendidos -13.895.971 -9.109.272 -2.647.692
3.05 Resultado Bruto 3.180.004 2.843.530 845.442
3.06 Despesas/receitas Operacionais -1.813.324 -3.040.182 -372.716
3.06.01 Com Vendas -1.461.959 -1.047.769 -172.476
3.06.02 Gerais E Administrativas -413.273 -305.561 -117.534
3.06.02.01 Gerais E Administrativas -405.681 -297.905 -115.133
3.06.02.02 Honorários Da Diretoria -7.592 -7.656 -2.401
3.06.03 Financeiras 237.174 -1.579.001 -80.366
3.06.03.01 Receitas Financeiras 91.318 777.640 315.523
3.06.03.02 Despesas Financeiras 145.856 -2.356.641 -395.889
3.06.04 Outras Receitas Operacionais 67.889 105.638 84.631
3.06.04.02 Outras 67.889 105.638 84.631
3.06.05 Outras Despesas Operacionais -243.155 -213.489 -86.971
3.06.05.01 Amortização De Ágio -15.234 -18.842 -14.030
3.06.05.02 Outras -227.921 -194.647 -72.941
3.06.06 Resultado Da Equivalência Patrimonial 0 0 0
3.07 Resultado Operacional 1.366.680 -196.652 472.726
3.08 Resultado Não Operacional 9.611 -5.681 -17.033
3.08.01 Receitas 40.484 39.791 30.183
3.08.02 Despesas -30.873 -45.472 -47.216
3.09 Resultado Antes Tributação/participações 1.376.291 -202.333 455.693
3.10 Provisão Para Ir E Contribuição Social -402.315 31.348 -147.548
3.11 Ir Diferido 0 0 0
3.12 Participações/contribuições Estatutárias 0 0 0
3.12.01 Participações 0 0 0
3.12.02 Contribuições 0 0 0
3.13 Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 148.780 0 0
3.14 Participações Minoritárias -205.664 -162.430 -105.601
3.15 Lucro/prejuízo Do Exercício 917.092 -333.415 202.544
15
Balanço Patrimonial Padronizado
Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 59.831 79.413 27.023
Aplicações Financeiras 650.028 818.302 312.290
Subsoma 709.859 897.715 339.313
Operacional
Clientes 2.865.862 2.047.330 1.678.808
Estoques 2.727.642 2.315.034 1.490.511
Subsoma 5.593.504 4.362.364 3.169.319
Total do Ativo Circulante 6.303.363 5.260.079 3.508.632
Ativo Realizável a Longo 886.019 1.127.083 799.239
Prazo
Ativo Permanente
Investimentos 251.740 85.334 1.301.055
Imobilizado 2.707.610 2.575.367 2.367.383
Diferido 1.044.147 1.246.336 85.506
Total do Ativo Permanente 4.003.497 3.907.037 3.753.944
Total do Ativo 11.192.879 10.294.199 8.061.815
16
Descrição da Conta 31/12/03 31/12/02 31/12/01
Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores 2.028.863 1.371.089 848.835
Outras obrigações 2.659.075 2.510.898 1.576.963
Subsoma 4.687.938 3.881.987 2.425.798
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos 275.596 253.681 250.229
Duplicatas descontadas 0 0 0
Resultados de Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
Subsoma 275.596 253.681 250.229
Total do Passivo Circulante 4.963.534 4.135.668 2.676.027
Passivo Exigível a Longo Prazo 3.219.331 3.604.122 2.246.059
Capitais de Terceiros 8.182.865 7.739.790 4.922.086
Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado e reservas capital 2.491.516 2.263.325 2.711.695
Lucros e Prejuizos acumulados 0 -138.819 0
Total do Patrimônio Líquido 2.491.516 2.124.506 2.711.695
Resultados de Exercícios Futuros 42.061 42.254 42.088
Participações minoritárias 476.437 387.649 385.946
Total do Passivo 11.192.879 10.294.199 8.061.815
17
Demonstração de Resultados Padronizada
Descrição da Conta 01/01/2003 a 01/01/2002 a 01/01/2001 a
31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 17.075.975 11.952.802 3.493.134
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -13.895.971 -9.109.272 -2.647.692
Resultado Bruto 3.180.004 2.843.530 845.442
Despesas/Receitas Operacionais -2.050.498 -1.461.181 -292.350
Resultado Operacional antes result financeiros 1.129.506 1.382.349 553.092
Receitas Financeiras 91.318 777.640 315.523
Despesas Financeiras 145.856 -2.356.641 -395.889
Resultado Operacional 1.366.680 -196.652 472.726
Resultado Não Operacional 9.611 -5.681 -17.033
Resultado Antes Tributação/Participações 1.376.291 -202.333 455.693
Provisão para IR e Contribuição Social -402.315 31.348 -147.548
IR Diferido 0 0 0
Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0
Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 148.780 0 0
Participações Minoritárias -205.664 -162.430 -105.601
Lucro/Prejuízo do Exercício 917.092 -333.415 202.544
Em seguida são calculados os índices a partir das fórmulas acima descritas e dos
valores padronizados:
18
Podemos observar que os índices de estrutura de capital não são muito
satisfatórios. A participação de capital de terceiros, ou seja, o grau de endividamento da
empresa, aumento drasticamente de 2001 para 2002 e sofreu uma ligeira diminuição em
2003, encontrando-se em 328%, o que mostra que a empresa não tem muito poder de
decisão. Porém, analisando outros fatores como notícias e seu relatório da
administração, percebemos que grande parte desta dívida é junto à controladora no
exterior, concluímos então que este índice não prejudica muito a situação da empresa.
Vemos também que suas dívidas a curto prazo aumentaram um pouco, mas como a
empresa tem um bom índice de liquidez corrente ela consegue quitar essa dívidas.
Quanto aos índices de liquidez empresa apresenta valores bons, com índices
maiores que um para a liquidez corrente, o que significa que a empresa tem dinheiro
para pagar suas dívidas a curto prazo. Os índices de liquidez seca se encontram menores
que 1, mas levando em consideração que se trata de um empresa do ramo do
agronegócio e possui estoques enormes, isto não significa muito para a análise.
Os índices de rentabilidade encontram-se excelentes em 2003, sendo mais
expressivo seu índice de rentabilidade do patrimônio líquido, que alcança o valor de
37%. Esses índices melhoraram significantemente em relação aos anos anteriores,
principalmente em relação ao ano de 2002, em que a empresa sofreu um prejuízo que
será analisado mais adiante.
Para uma melhor análise dos índices obtidos no item anterior, é necessária a
comparação com outras empresas do setor e posteriormente calcular a sua nota global.
As empresas utilizadas para a comparação foram: Ambev, Cia. Iguaçu, Parmalat, Perdigão,
Sadia, Seara, Vigor, Cacique e Excelsior.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
28.12% 122.04% 136.64% 199.82% 254.60% 268.34% 342.77% 345.09% 364.31% 402.82%
24.03% 34.34% 49.88% 53.43% 59.03% 61.18% 66.39% 67.60% 71.50% 93.03%
92.02% 95.80% 99.38% 104.58% 116.96% 121.56% 149.36% 183.90% 188.68% 208.40%
43.03% 43.34% 49.82% 64.31% 68.20% 75.31% 82.97% 86.20% 87.47% 90.40%
0.65 0.73 0.82 0.83 0.86 0.95 0.98 1.00 1.03 1.28
0.65 0.65 0.96 1.00 1.06 1.12 1.27 1.38 1.79 1.97
0.40 0.54 0.57 0.65 0.71 0.76 0.80 0.95 1.66 1.67
0.36 0.52 0.59 0.66 0.73 0.86 0.87 0.96 0.97 1.16
-
14.49% -7.34% -3.00% 0.28% 5.32% 5.90% 7.33% 11.62% 19.97% 55.88%
-
12.56% -11.65% -6.08% -3.00% 0.27% 5.07% 5.13% 5.37% 11.82% 20.09%
-
58.59% -27.88% -21.55% -16.00% 1.22% 9.34% 12.71% 22.71% 25.74% 35.43%
19
Cálculo da nota global da empresa:
A partir dos valores calculados vemos que em relação às empresas do mesmo setor a
Bunge possui bons índices de rentabilidade, ou seja, a empresa possui uma boa situação
econômica. Seus índices de liquidez também são bons, o que nos diz que ela tem capital para
pagar suas dívidas. O que atrapalha a análise de sua situação econômica e sua nota global
são seus índices de estrutura de capital, com notas baixas, pois como já visto anteriormente, a
empresa possui um alto grau de endividamento, mas também como já foi abordado, são
empréstimos junto à própria controladora.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
12.01% 52.70% 193.93% 241.05% 244.23% 250.04% 264.13% 274.02% 328.43% 430.74%
31.73% 38.93% 44.86% 52.99% 60.66% 61.25% 65.50% 78.68% 80.02% 92.41%
47.92% 50.93% 61.90% 63.61% 65.62% 67.71% 73.90% 74.30% 94.06% 160.69%
66.15% 70% 75.67% 108.64% 113.91% 129.40% 142.45% 164.74% 173.97% 188.38%
0.67 0.68 0.83 0.83 0.88 0.89 0.94 0.96 1.64 3.03
0.60 0.82 1.14 1.17 1.26 1.27 1.51 1.59 1.62 2.98
0.34 0.50 0.72 0.73 0.75 0.96 1.09 1.13 1.32 2.15
0.48 0.58 0.59 0.75 0.99 1.00 1.19 1.37 1.38 1.53
-
17.65% 0.64% 0.87% 3.23% 5.00% 5.06% 6.71% 8.96% 16.29% 48.32%
-
17.71% 0.51% 1.29% 4.45% 6.04% 8.00% 8.87% 9.22% 9.54% 23.35%
-
52.05% 1.90% 6.84% 8.20% 14.08% 16.19% 21.16% 26.16% 32.83% 37%
20
Cálculo da nota global da empresa:
Nota Peso Nota
Índices 2003 Notas Conceito PESO Final Nota Geral Geral
Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros 2 fraco 0.6 1.20 2.90 0.4 1.16
Composição do endividamento 6 bom 0.1 0.60
Imobilização do Patrimônio Líquido 1 deficiente 0.2 0.20
Imobilização de recursos não correntes 9 ótimo 0.1 0.90
Liquidez
Liquidez Geral 5 satisfatório 0.3 1.50 5.10 0.2 1.02
Liquidez Corrente (circulante) 6 bom 0.5 3.00
Liquidez Seca 3 razoável 0.2 0.60
Rentabilidade
Giro do Ativo 10 ótimo 0.2 2.00 9.10 0.4 3.64
Margem líquida 5 satisfatória 0.1 0.50
Rentabilidade do Ativo 6 bom 0.1 0.60
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 10 ótimo 0.6 6.00
Nota final da empresa: 5,82 Bom
Ativo:
Descrição da Conta 12/31/2003 AV AH 12/31/2002 AV AH 12/31/2001 AV AH
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 59,831 1% 221 79,413 1% 294 27,023 0% 100
Aplicações 650,028 6% 208 818,302 8% 262 312,290 4% 100
Financeiras
Subsoma 709,859 6% 209 897,715 9% 265 339,313 4% 100
Operacional
Clientes 2,865,862 26% 171 2,047,330 20% 122 1,678,808 21% 100
Estoques 2,727,642 24% 183 2,315,034 22% 155 1,490,511 18% 100
Subsoma 5,593,504 50% 176 4,362,364 42% 138 3,169,319 39% 100
Ativo Circulante 6,303,363 56% 180 5,260,079 51% 150 3,508,632 44% 100
Ativo Realizável a 886,019 8% 111 1,127,083 11% 141 799,239 10% 100
Longo Prazo
Ativo Permanente
Investimentos 251,740 2% 19 85,334 1% 7 1,301,055 16% 100
Imobilizado 2,707,610 24% 114 2,575,367 25% 109 2,367,383 29% 100
Diferido 1,044,147 9% 1,221 1,246,336 12% 1,458 85,506 1% 100
Ativo 4,003,497 36% 107 3,907,037 38% 104 3,753,944 47% 100
Permanente
Total do Ativo 11,192,879 100% 139 10,294,199 100% 128 8,061,815 100% 100
21
Na análise do ativo algumas contas se destacaram devido à sua variação, uma
delas foi a de investimentos, que teve um decréscimo muito grande de 2001 para 2002,
isso devido ao fato de que ela começou a transferir esse recurso para o diferido, fato
bem visível na análise vertical. O aumento do diferido deve-se ao fato de que a
Companhia investiu em 2002 R$ 318 milhões em projetos estratégicos, dentre os
quais destacam-se a conclusão do projeto de expansão da unidade industrial em
Rondonópolis - MT, que representa o maior parque industrial de esmagamento de soja
no Brasil.
Outro destaque é o aumento expressivo do ativo circulante, este que teve uma
alavancada de 80% nesses dois anos. Este aumento significa que a empresa possui mais
dinheiro disponível em caixa, sendo um fator positivo para esta. O ativo permanente
teve um leve aumento apenas 8%,o fato mais relevante foi a mudança na sua
estruturação. O gráfico abaixo mostra bem a mudança da composição do ativo no
decorrer dos anos.
100%
80%
Ativo Permanente
60%
Ativo Realizável a Longo
Prazo
40%
Ativo Circulante
20%
0%
2001 2002 2003
22
Passivo:
23
Análise Vertical do Passivo:
100%
90%
80%
70% Patrimônio Líquido
60%
50% Passivo Exigível a Longo
40% Prazo
30% Passivo Circulante
20%
10%
0%
2001 2002 2003
Demonstração de Resultados:
0 203 376
Renovação de Estoque Vendas
2001 Compras Ciclo de Caixa
264
0 91 153
Renovação de Estoque Vendas
2002 Compras Ciclo de Caixa
60
0 71 131
Renovação de Estoque Vendas
2003 Compras Ciclo de Caixa
54
Os prazos médios da Bunge mostram que esta está diminuindo seu ciclo
operacional com o decorrer dos anos, fato muito importante. Em 2001 o ciclo
operacional da empresa era de 376 dias e caiu para 131 dias em 2003. Porém este não é
tão importante quanto o ciclo de caixa, que mostra quanto tempo a empresa precisará de
capital para financiar o ciclo. Nesses dois anos a Bunge apresentou uma evolução,
diminuindo esse tempo, que era de 92 dias em 2001 e caiu para 77 dias em 2003.
Outro fator relevante na análise dos prazos médios é que em 2001 a Bunge
apresentava o ciclo de compras maior do que o de renovação de estoque, isto significava
que seus fornecedores financiavam todo o estoque e uma parte das suas vendas,
diminuindo assim seu ciclo de caixa, fato que não ocorreu nos dois anos posteriores.
25
5.5 – Previsão de Falência
A partir dos índices calculados podemos observar que a empresa está solvente.
5.6 - EVA
Cálculo do Eva
NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 727,191 1,413,697 405,544
WACC 12% 12% 12%
Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo 5,710,847 5,728,628 4,957,754
WACC x (PL + ELP) 685,302 687,435 594,930
EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido 41,889 726,262 -189,386
A partir dos valores calculados podemos observar que a empresa somente nao
agregou valor no ano de 2001 e nos seguintes anos obteve valore bons, ou seja,
positivos, e portanto agregou valor nas suas atividades. Como o prejuízo de 2002 foi
devido a despesas financeiras, às variações cambiais ocorridas no ano, podemos ver que
o valor do EVA nesse ano foi bem grande, até maior que do ano de 2003, e isso também
devido ao fato de que a empresa nao pagou imposto de renda devido ao prejuízo.
26
5.7 – Ações
Ibovespa BUNGE
Rendimento
1,81 5,46
01/2002 – 10/2004
6
5
4
3
2
1
0
May 02
May 03
May 04
Mar-02
Nov-02
Mar-03
Nov-03
Mar-04
Nov-04
Mar-05
Jan-02
Jul-02
Sep 02
Jan-03
Jul-03
Sep 03
Jan-04
Jul-04
Sep 04
Jan-05
Ibovespa Bunge
27
6 – CONCLUSÃO
28
7 – BIBLIOGRAFIA
29