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Universidade FUMEC- Faculdade de Ciências Humanas


Curso: Psicologia – 10 Período
Disciplina: Psicomotricidade
Prof.a: Sonia Onofri de Oliveira

ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE

COORDENAÇÃO MOTORA GERAL


É a coordenação que envolve os movimentos amplos do corpo. Todo
exercício motor global é um exercício sinestésico, tátil, labiríntico, visual, espaço
-temporal, etc. Têm importante papel no melhoramento dos comandos nervosos e
no afinamento das sensações e percepções. Tais exercícios podem envolver: a
marcha, a corrida, o trepar e subir, o salto.
Tanto a coordenação dinâmica geral, quanto a viso-manual e o equilíbrio
estão inseridas no que Picq e Vayer chamaram de condutas motoras de base. Um
equilíbrio correto é a base primordial de toda coordenação dinâmica geral, como
também de toda ação diferenciada dos membros superiores. Existem relações
estreitas entre as alterações ou insuficiências do equilíbrio estático e dinâmico e os
latentes estados de ansiedade ou insegurança: as emoções estão ligadas ao fundo
tônico e há relações indiscutíveis entre o equilíbrio de um sujeito e seu psiquismo:
( uma atitude é por sua vez um estado de ânimo).

ESQUEMA CORPORAL
É a consciência do próprio corpo, de suas partes, dos movimentos corporais, das
posturas e atitudes. Faz-se a partir das primeiras relações e do contato com seres e
objetos. É a representação que o sujeito se dá ao próprio corpo como objeto de
conhecimento de si mesmo.
É o ponto de referência ao redor do qual se organiza no espaço circundante, os
deslocamentos e as ações corpóreas: eu conheço e reconheço através das imagens e
representações mentais o que tenho de mim mesmo, o meu corpo e as suas partes,
em relação ao corpo dos outros.
É o ponto de referência das praxis que o sujeito constrói, organiza e adapta em
confronto com a realidade externa: eu tenho um corpo que serve para determinadas
funções e que eu posso utilizá-lo de modo coordenado, seguindo uma sequência
gestual no espaço e no tempo.
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IMAGEM CORPORAL
Ao corpo é reconhecida também a dimensão afetiva existencial, onde ele
vive e na qual constrói o sentimento de corpo, o “Ego Corporal” com uma
característica mais subjetiva. É uma imagem criada por fantasias do mundo interno
ligado ao corpo. São portanto as percepções que acompanham as variações das
sensações físicas significativas (enquanto repetitivas) vividas por uma outra pessoa.

COORDENAÇÃO MOTORA FINA


A coordenação motora fina se dá num movimento manual, que reponde a um
estímulo visual e se adequa positivamente a ele.
Para a execução correta de um movimento coordenado é necessário ter conseguido
a plena dissociação do movimento. A capacidade de disssociação implica num
certo grau de maturação neuromotriz e passa por diversos estágios. Sabemos que os
movimentos têm uma evolução fisiológica, que se traduz pela diminuição
progressiva dos movimentos associados e como consequência disso pela maior
independência dos grupos musculares. Essa independência é que produz a
dissociação dos movimentos.

TONICIDADE
Tônus → estado de tensão muscular, pelo qual as posições relativas às diversas
partes do corpo e as suas posturas são corretamente mantidas. A tonicidade dá aos
músculos um grau de consistência, uma forma e plasticidade adequadas.
A atividade tônica é a que, dependendo intimamente da correta regulação do tônus
muscular e de seu equilíbrio, permite a manutenção de uma atitude correta e de sua
elasticidade.
A tonicidade abarca tanto um fenômeno nervoso, investido em todas as funções e
níveis da estrutura psicomotora do ser(equilíbrio, coordenação dos movimentos,
lateralidade,etc), quanto o fenômeno psíquico-afetivo-relacional - a base e o veículo
das emoções.
HIPOTONIA: extensibilidade aumentada - baixa tonicidade - lentidão de reação.
HIPERTONIA: extensibilidade diminuída - alta tonicidade - deformação de
atitude .

LATERALIDADE
Lateralização é o uso preferente que as pessoas fazem de uma das partes do corpo.
Existem inúmeras hipóteses para explicar o fenômeno da lateralização:
(hereditariedade, imitação, pressão familiar e social, dominância cerebral ( normal
determinada pelo nascimento; patológica, decorrente de LC).
A dominância lateral começa a se estabelecer na criança, por volta do 3º - 4º ano de
vida e por volta do 6º - 7º ano é que a lateralização estará determinada.
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* Lateralidade mal estabelecida ou muito rígida pode acarretar:


a) ruptura entre a lateralidade GESTUAL ( espontânea ou inata - lado que a
criança usa para fazer gestos não usuais e sem fins práxicos) e a USUAL
(usada na execução de tarefas práxicas e socializadas - pentear cabelo, bater prego,
amarrar sapatos, recortar,etc).
b) lateralidade forte/rígida dificulta organização do campo espacial do lado não
dominante e sua integração a nível do Esquema corporal.
c) dispraxias, disgrafias, dislexias.

*Lateralidade Cruzada: OLHO E


Podem surgir dificuldades na aprendiza-
MÃO D gem da leitura.

ESPAÇO
Toda a nossa percepção do mundo é uma percepção espacial, na qual o corpo é o
termo de referência.

 Adaptação: capacidade de dividir mentalmente o espaço e conhecer as


distâncias.
 Orientação: Partindo do esquema corporal é a conscientização dos lados e das
direções. Importante para a escrita ( trocas, inversões)
 Estruturação: Capacidade de estabelecer as relações do espaço conjuntamente.
Organizar partes no todo. ( percepção de um todo e das partes desse todo).
(Dicionário : um todo com partes); ( jogo dos 7 erros)

Ex:
Criança escreve fora da linha, escreve iniciando com um tamanho de letra e
terminando com outro → problema de desadaptação espacial.

“Quem não se orienta no corpo, não se orienta nas letras”.

TEMPO
O tempo não se vê nem se percebe jamais como tal, posto que ele não entra no
domínio dos sentidos. Nós percebemos os acontecimentos, quer dizer, os
movimentos e as ações, suas velocidades e resultados. Necessitamos assim, de uma
forma material e uma tradução visível aos diferentes elementos que entram no
conceito do tempo, tais como: velocidade, duração, sucessão.
Tempo é algo abstrato. É muito percebido através dos sons.
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Podemos organizar o tempo dentro de três níveis:

Biológico: Resulta principalmente da apreensão das sensações interoceptivas


responsáveis pela fome, sede, sono. Esse rítmo é conscientizado sob a forma de
noção de duração, pois conforme as necessidades vitais do momento, percebe-se a
maior ou menor proximidade do dia ou da noite.

Externo: É universal, imutável, mensurável, impessoal. Essa noção é dada segundo


representação simbólica como relógio, calendário. É através desses simbolismos e
sistemas que se tem a noção do tempo vivido, do tempo por viver, que nos
situamos no presente, precisamos o passado, permitindo-nos datar a lembrança.

Interno: Ou tempo psicológico. Tem a ver com nossos sentimentos (sentimento do


tempo vivido). É individual e afetivo, não se tendo dele uma noção real.
Ocasionalmente o rítmo externo e o interno podem estar em conflito. A
incapacidade da criança de exteriorizar-se através de um rítmo imposto pelo meio
familiar ou social dificulta sua adaptação a estes ambientes. Ela está sempre
adiantada ou atrasada em relação aos outros; dessa forma, não conseguindo
participar das ocorrências, sente dificuldade no relacionamento com as pessoas. Na
escola, as crianças com dificuldade de rítmo, não conseguem acompanhar a
evolução das aulas apresentando mau rendimento e deficiências acentuadas,
principalmente na linguagem.

Desenvolvimento da noção de tempo:


É gradual, implica na elaboração de um sistema de relações.

1 ano - vive estritamente o presente


3 anos - percebe certa regularidade nas horas do dia
4 anos - elabora a noção de HOJE
5 anos - tem noção de manhã e tarde - amanhã e ontem
6 anos - indica o dia da semana
7 anos - indica o mês
8 anos - indica a estação, o ano
9 anos - indica o dia do mês
12 anos - estima a duração de uma conversa.

LINGUAGEM
A Linguagem é indissociável do rítmo, uma vez que ela ocorre dentro de um
quadro temporal. Através da linguagem, a criança se separa da experiência
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concreta, evocando situações não atuais, deslocando seu pensamento do campo


perceptivo para o representativo, sendo capaz de: MEMORIZAR, ANTECIPAR,
CONCEBER A CAUSALIDADE E EXPRIMIR AS NUANCES DO
DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO.
Desenvolvimento da linguagem:
2 a 3 semanas: vocalizações reflexas
6 a 7 semanas: balbucio
6 meses: lalismo
9 a 10 meses: ecolalia
12 meses: usa a palavra-frase
vocabulário: 4 a 5 palavras
emprega substantivos
18 meses: usa a linguagem telegráfica
vocabulário: 20 a 100 palavras
emprega substantivos e alguns verbos
24 meses: emprega substantivos e verbos
vocabulário: 200 a 300 palavras
36 meses: usa substantivos, adjetivos, verbos do indicativo e o pronome EU
vocabulário: 900 palavras
usa sentenças de 3 palavras
42 meses: já emite os fonemas: b,d,f,g,m,n,p,k.rr e vogais
48 meses: emprega substantivos, verbos no futuro, adjetivos, pronomes e usa o
possessivo seu .
vocabulário: 1500 palavras
60 meses: já emite, além dos citados: t, x, v, r, s, lh, nh.
Emprega o sujeito, o verbo, o predicado, advérbio e conjunções.

PROBLEMAS DE FALA:
• DISLALIA: é um defeito de pronúncia por uma alteração articulatória. Troca ou
deformação de fonemas, omissões, inversões, aglutinações na fala.
• DISLOGIA: perturbação da expressão verbal, por defeito de inteligência.
• ALOGIA: ausência da expressão verbal, por defeito de inteligência.
• DISFONIA: alterações fônicas devidas às perturbações orgânicas ou funcionais
das cordas vocais. Vulgarmente chamado de rouquidão.
• DISARTRIA: voz pastosa, arrastada, inabilidade de articular, mais comum nos
P.C
• AFASIA: incapacidade total ou parcial para entender ou usar a linguagem em
algumas ou em todas as suas formas, sendo esta incapacidade independente de
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qualquer outra capacidade mental ou deformidade ou doença que tenha afetado


os órgãos de articulação.
• DEGLUTIÇÃO ATÍPICA: movimento de língua errado, podendo deformar
palato e dentes.
• GAGUEIRA: síndrome de incoordenação psicomotora com manifestação
espasmódica pneumo-fonética predominante.

ATENÇÃO - CONCENTRAÇÃO - MEMÓRIA


Atender, entender e aprender → três pautas que se dão em ordem sucessiva em
toda aprendizagem
Criança que se distrai facilmente: não fixa sua atenção, é atraída por uma variedade
de estímulos que a rodeiam provocando sua distração. A atenção lábil lhe permite
compreender com lacunas o que lhe é ensinado, não existindo, portanto uma
aprendizagem formal. O conhecimento não é fixado.
É preciso pois, uma atraente e progressiva exercitação para se buscar despertar e
manter uma atenção mínima, para que, gradualmente se transforme em estável e
duradoura.
A atenção por si só não permite a aprendizagem, necessitando da memória para a
fixação do conhecimento. Em todo ato inteligente, atenção e memória são dois
fatores que estão intimamente vinculados no processo educativo.

DESENVOLVIMENTO GRÁFICO
Todo desenvolvimento gráfico está relacionado com o desenvolvimento corporal. O
grafismo é o registro do que a criança aprendeu.

ROTEIRO DO DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO:

1 ano: fase da rabiscação, onde a criança não tem noção espacial e faz um
movimento arritmado.
2 anos: fase da garatuja, iniciando o desenvolvimento da noção de espaço, mas não
conseguindo reter seu movimento gráfico, assim como não tem controle de seu
corpo.
3 anos: fase celular, onde a criança descobre a célula, interrompendo a garatuja.
4 anos: aparece a figuração, passa a despertar o interesse pela cor e inicia o deter
corporal, preparando-se para fazer o ângulo, que aparecerá com força total a partir
dos 7 anos.
5 anos: fase dos detalhes e onde o colorido começa a ficar mais dentro da figura por
já haver desenvolvido mais a noção do pequeno espaço
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6 anos: fase do exagero, onde aparecem as desproporções emocionais. São


características da fase, a transparência, a falta de proporcionalidade no desenho.
7 anos: fase do ângulo, sendo o mesmo muito valorizado. Há uma diminuição dos
elementos, numa tentativa de proporção, porém os elementos são desproporcionais
entre si. Já trabalha o perfil e a diagonal, mas não há perspectiva.
8 anos: interesse pela cor real. Já começa a trabalhar a proporcionalidade, porém
está menos criativo nessa fase. As linhas de céu e terra começam a se aproximar.
9 anos: aparece muita simetria, que assinala o aparecimento da ambigüidade que
aparecerá na adolescência.
10 anos: pode surgir a linha de horizonte, aparecendo o interesse pela perspectiva.
O desenho é mais gráfico, mais detalhado.
Adolescente: recursos gráficos mais complexos são utilizados para expressar a
crítica que é natural nessa fase.

A PSICOMOTRICIDADE NA PRÉ-ESCOLA

1- Considerações iniciais:
Ação do professor:
• forma humanista e transformadora
• não priorizar formas tecnicistas, tradicionais - atividades que desafiam.
• incentivador da criatividade da criança.

2- Formas de Atividades:
• jogos corporais, espontâneos e simbólicos
• brinquedos cantados e rodas dançadas
• danças
• dramatizações e imitações
• atividades envolvendo o corpo e material concreto.
• Usar formas básicas do movimento: andar, saltar, correr, rolar, pular,
empurrar,etc.

INFLUENCIAS PSICOMOTORAS NA ÁREA PEDAGÓGICA:

1) Criança cujo E.C. é mal constituído não coordena bem os movimentos.


Apresenta dificuldades nas habilidades manuais: para de vestir e despir,
caligrafia feia e até ilegível, falta de harmonia na linguagem expressiva: (gesto
após a palavra, não segue o rítmo da leitura, ou pára no meio de uma palavra).
2) Lateralidade mal definida → acarreta problemas de ordem espacial. Não
percebe a diferença entre o seu lado dominante e o outro lado; não distingue a
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diferença a diferença entre D e E manifestando incapacidade em seguir a direção


gráfica.
3) Comprometimento na área espacial→ dificuldade em distinguir “b” de “d”,
“p” de “q” “21”de “12”; ( percepção entre direita e esquerda)
Confunde “b” e “p” , “n “ e “u”, “ou” e “on” Percepção entre alto e baixo)
4) Problemas quanto à orientação espacial e temporal. Como “antes e depois”,
dificultam a ordenação dos elementos de uma sílaba, dificultam a reconstrução
de uma frase cujas palavras estejam misturadas.
5) Problemas em matemática poderão surgir caso haja má organização espacial
ou temporal

6) Considerações Finais:
Temos percebido o peso que a psicomotricidade tem sobre o rendimento escolar.
O professor, ao analisar as dificuldades dos seus alunos, descobrirá a causa das
lacunas. Assim sendo, poderá, na medida do possível realizar regularmente jogos
psicomotores a fim de promover o desenvolvimento das crianças, atuando de forma
efetiva na prevenção de problemas futuros.

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