Anda di halaman 1dari 15

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável


Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº 283637/2008


Indexado ao(s) Processo(s)
Licenciamento Ambiental Nº 00373/1999/004/2008 LIC Deferimento
Outorga Nº: 3688/2008

Empreendedor: Depart. Nacional de Infra-Estrutura de Transporte / DNIT MG (ex-DNER


MG)
Empreendimento: 364 – Entroncamento com a BR-497/MG até a ponte sobre o Córrego
Marimbondo (Córrego Sem Nome), incluindo a ponte e o acesso a Gurinhatã – Trecho: Km
146,8 a Km 207,7 ( Lote 2)
CNPJ: 04.892.707/0024-05 Município: Campina Verde/Gurinhatã
Bacia Hidrográfica: Rios Paranaíba e Grande

Atividades objeto do licenciamento:


Código DN 74/04 Descrição Classe
E-01-03-1 Pavimentação e/ou melhoramentos de rodovias 3

Medidas mitigadoras: (X)SIM ( ) NÃO Medidas compensatórias: (X ) SIM ( ) ÃO


Condicionantes: (X)SIM ( ) NÃO Automonitoramento: (X) SIM ( ) NÃO

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Registro de classe


Dalmy Motta Durante MG 5752/D

Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SITUAÇÃO


SIAM
Auto de infração 117/2000 Processo
arquivado/multa paga

Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 007/2008 DATA: 01/04/2008

Data: 16/05/2008
Equipe Interdisciplinar: MASP/Registro de classe Assinatura
Gelze Serrat S. C. Rodrigues
Marina Lígia de Oliveira Rocha
Adrian Franco Silva
Amara Borges Amaral
Kamila Borges Alves
Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Técnico
Junia Gontijo Cunha – Assessora Jurídica

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 1 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

1. INTRODUÇÃO

O processo de Licença de Instalação Corretiva, ora em análise, foi formalizado em


Belo Horizonte, sendo encaminhado à SUPRAM Triângulo Mineiro Alto Paranaíba. O
processo contempla a implantação de pavimentação do segmento da BR-364 –
Entroncamento BR-497 (Campina Verde) até a ponte sobre o Córrego do Marimbondo
(Gurinhatã), entre os Km 146,8 e 207,7, correspondente ao chamado lote 2, com 60,9 de
extensão.
Cabe registrar que o trecho completo da BR-364 a ser pavimentada e melhorada
compreende o entroncamento BR-153 (Comendador Gomes) até o entroncamento com a
BR-365 (Santa Vitória), possuindo uma extensão total de 212 Km, o qual foi dividido em 03
lotes rodoviários, os quais foram objeto de Licença Prévia (certificado 127/2000),
concedida em 29/02/2000, tendo sido prorrogada pelo prazo de 03 anos pela Câmara de
Atividades de Infra-Estrutura, em reunião do dia 20 de fevereiro de 2004.
Em 01/04/2008, foram vistoriadas as futuras instalações do empreendimento visando
o subsídio para a análise técnica do processo e para o esclarecimento de dúvidas sobre as
etapas e procedimentos relatados no Programa de Controle Ambiental (PCA).
A atividade desenvolvida no empreendimento é classificada pela DN COPAM 74/04
como sendo de médio potencial poluidor/degradador.

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


O empreendimento consiste no melhoramento (implantação de acostamentos,
sistema de drenagem e sinalizações) e pavimentação (60,96 km) da BR-364, entre o
entroncamento com a BR-497/MG (Campina Verde) e Ponte sobre o Córrego Marimbondo
(Gurinhatã), segmento compreendido entre o Km 146,8 e Km 207,7, incluindo acesso a
Gurinhatã.
O uso da terra da área, onde será implantando o empreendimento, é caracterizado
por propriedades rurais, com uso do solo predominante de cultivo de cana-de-açúcar e

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 2 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

milho, pastagens e vegetação nativa (vereda, mata de galeria, campo cerrado, cerrado e
cerradão).

A definição do eixo de projeto seguiu como diretriz o traçado da antiga estrada de


terra, implantada em 1945, a qual se apresenta atualmente como um trecho de
estrangulamento rodoviário, principalmente para o transporte de cargas, por permanecer
com seu leito natural de terra, o qual em período de chuvas torna-se intransitável em
muitos de seus segmentos.
Além disso, a melhoria e asfaltamento da BR-364 permitirão a redução da pressão
do fluxo rodoviário sobre a BR-365, bem como as obras de duplicação da BR-365, entre
Uberlândia e o entroncamento com a BR-153 (Monte Alegre de Minas), ao se constituir
uma alternativa de desvio do tráfego.
Todas as obras serão concentradas na atual faixa de domínio da União, como
atesta a Declaração do Superintendente Regional do DNIT, constante nos autos, não
havendo interferências em propriedades agrícolas marginais e desapropriações.
O Projeto de Implantação de Pavimentação prevê o alargamento e pavimentação
em pista única, com duas mãos direcionais, sendo obedecidos os seguintes parâmetros:
Largura da plataforma = 14,0 m
Largura da pista de rolamento (2 x 3,5) = 7,00 m
Largura do acostamento (2 x 2,50) = 5,0 m
Dispositivo de drenagem (2 x 1,0) = 2,0 m
A rodovia se assenta ao longo de um divisor de águas, com presença de relevos
suavemente convexizados. Considerando que a concepção geométrica do projeto segue a
diretriz da antiga estrada de terra, os alargamentos para a nova plataforma serão
efetuados apenas em um dos lados, tanto em relação aos aterros como aos cortes, sendo
aproveitado o material escavado para o alargamento (cerca de 70%), nos aterros e
elevações de greides.
De acordo com o RCA, o material para a composição da base (basalto) será
adquirido na Fazenda Campo Belo, localizada em Campina Verde, de propriedade do Sr.
Deocrécio Roberto Barbosa, a qual por meio do ofício nº 916/2008 foi convocada para o
processo de regularização ambiental, tendo em vista não constar no Sistema Integrado de
Informação Ambiental - SIAM a sua regularização. A areia será adquirida na empresa

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 3 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Porto de Areia Bom Jesus Ltda, a qual possui Autorização Ambiental de Funcionamento nº
04356/2007, de 19 de dezembro de 2007, com validade de 04 anos.
Conforme ofício da Integral Engenharia, presente nos autos, serão implantados
dois canteiros de obras, um em Campina Verde e outro em Gurinhatã, utilizando-se da
infra-estrutura urbana dos dois municípios. A usina de asfalto e de solos estará localizada
na coordenada X 22628384 e Y 7874149.

2.2. AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL


O Departamento Nacional de Infra-Estrutura – DNIT requereu Autorização para
Exploração Florestal (APEF) para desmatamento de 426,72 ha, ao longo da faixa de
domínio da BR-364 e acesso à Gurinhatã, com a finalidade de executar Projeto de
Engenharia Rodoviária para Implantação e Pavimentação de trechos da referida rodovia
(municípios de Campina Verde e Gurinhatã), para as quais foi efetuado o cálculo do
rendimento lenhoso médio de 627 metros cúbicos (m³), pela empresa DP&A Consultores
Associados Ltda.
Além deste rendimento, previsto pela empresa citada, após vistoria, identificou-se
um rendimento de 38,0 m³ de madeira para serraria, das espécies: angico, 5,0 m³; aroeira,
5,0 m³; sucupira, 10,0 m³; ipê, 8,0 m³ e jatobá, 10,0 m³. As espécies de maior ocorrência
no local são copaíba, sucupira preta, pimenta de macaco, pau terra de folha larga e de
folha miúda, lixeira, jatobá, baru, ipê roxo, mutamba, tingui, angico, sucupira branca,
aroeira de pequeno porte e algumas de médio a grande porte, morototó, jacarandá
mimoso. Destas, somente a aroeira possui norma especial para exploração (Portaria
IBAMA nº 083 de 26 de outubro de 1991). Como serão retirados 05 indivíduos de pequi,
deverão ser plantados, no mínimo 25 mudas da espécie, na faixa de recomposição.
Deve-se destacar que a supressão da vegetação será feita pela própria executora
da obras, cujo material lenhoso gerado será utilizado para fins comerciais, de acordo com
o requerimento apresentado nos autos.
As áreas que sofrerão supressão de vegetação pertencem ao bioma Cerrado,
sendo que a vegetação nativa se encontra muito degradada e antropizada pela atividade
de pecuária extensiva. A faixa de domínio é predominantemente coberta por grama
cuiabana e brachiária, com vegetação arbustiva e arbórea esparsa.

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 4 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

2.3 INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE


O Projeto de Engenharia Rodoviária para Implantação e Pavimentação de trechos
da referida rodovia (municípios de Campina Verde e Gurinhatã) prevê a intervenção em
Áreas de Preservação Permanente, em uma área total de 2,16 ha., conforme informado
nos autos, sendo que da mesma forma que observado no item anterior, o material lenhoso
gerado com a supressão será utilizado para fins comerciais e a supressão da vegetação
será feita pela própria executora da obra. Neste local serão suprimidos 04 buritis, 02
aroeiras de médio porte além de pororocas, ingá, imbaúbas, leiteiros e arbustos e
vegetação herbácea. Destas espécies, somente o buriti, Mauritia sp é protegida por lei (
Lei estadual nº 13.635, de 12 de junho de 2002) e a aroeira possui norma especial para
exploração (Portaria IBAMA nº 083 de 26 de outubro de 1991).
A intervenção será restrita às necessidades da obra, conforme exigências do
projeto, para as quais foi efetuado o cálculo do rendimento lenhoso médio em metros
cúbicos (m³), já computados no total do rendimento lenhoso de todo trecho do lote 2,
apresentado no item 2.2.
Deve-se ressaltar que a intervenção em Áreas de Preservação Permanente foi
autorizada, considerando não haver alternativa técnica e locacional para o trajeto do
empreendimento, bem como por trata-se de uma obra de utilidade pública, conforme art.
1º, inciso IV, alínea b, da Lei 4.771/1965 c/c art. 2º, inciso I, alínea b, da Resolução
CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006.

2.4 FAUNA

Conforme descrito no RCA, para diagnóstico da fauna local foi utilizada como
metodologia a entrevista, não se verificando em campo os dados coletados. O estudo
relata a existência de 94 espécies de aves, entre elas alma-de-gato (Piaya cayana),
andorinha-do-campo (Phaeprogne tapera), anu-branco (Guira guira), arara azul
(Anodorhynchus hyacinthinus), curicaca (Theristicus caudatus), ema (Rhea americana),
garça-real (Egretta thula), jacu (Penelope ochrogaster), João-de-barro (Furnarius rufus),
papagaio (Amazona aestiva), periquito-rei (Aratinga aurea), tangará-de-crista-vermelha
(Antilophia galeata); 21 espécies de mamíferos, a exemplo de cachorro-do-mato
(Cerdocyon thous), suçuarana (Puma concolor), capivara (Hydrochaeris hydrochaeris),
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08
SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 5 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

paca (Agouti paca), mico-estrela (Callithrix penicillata), tamanduá-bandeira


(Myrmecophaga trydactyla); 17 espécies da herpetofauna, tais como lagarto-verde
(Ameiva ameiva), teiú (Tupinambis duseni), jararaca (Bothrops moojeni), cascavel
(Crotalus durissus).

Apesar dos estudos apresentarem dados coletados por entrevista, não sendo
realizadas pesquisas de campo, sabe-se que a diversidade biológica da região é muito
mais expressiva que o relatado. É sabido que a fragmentação de áreas naturais e os
atropelamentos de fauna silvestre representam os principais impactos decorrentes da
implantação de rodovias, propiciando a redução significativa das populações da região.

Nesse sentido, a pavimentação da estrada de terra que hoje já existe no local


trará, sem dúvidas, benefícios às populações humanas locais, no entanto aumentará o
tráfego de veículos e a velocidade com que eles trafegam, o que será desfavorável à
manutenção da fauna terrestre principalmente aquelas que necessitam de grandes áreas
de deslocamento como habitat.

Em vistoria ao trecho a ser pavimentado, percebeu-se a necessidade de instalação


de alguns mecanismos que permitam a travessia dos animais de um lado ao outro da
rodovia. Foram observados locais determinantes para esta finalidade, tais como áreas de
vereda, cursos d’água com vegetação de galeria e locais onde a estrada fragmenta áreas
de cerrado. Sugere-se a observação das coordenadas a seguir:

a) Latitude 19º 25’ 11,2’’ S e Longitude 49º 35’ 16,1’’ W

b) Latitude 19º 24’ 58,9’’ S e Longitude 49º 35’ 26’’ W

c) Latitude 19º 21’ 32’’ S e Longitude 49º 37’ 14,9’’ W

d) Latitude 19º 16’ 54,9’’ S e Longitude 49º 44’ 22,5’’ W

e) Latitude 19º 18’ 55,1’’ S e Longitude 49º 45’ 33,2’’ W

f) Latitude 19º 19’ 36,8’’ S e Longitude 49º 47’ 39,3’’ W

Como condicionante, deverá ser apresentado um estudo de viabilidade locacional


para os mecanismos de travessia de animais da fauna silvestre, contemplando ainda as
medidas que serão adotadas para redução de velocidade dos veículos nestes locais bem
como a sinalização a ser utilizada para os condutores.
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08
SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 6 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

2.5 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS


De acordo com o RCA, ocorrerá uma travessia sobre o Córrego do Marimbondo
(Córrego Sem Nome), tornando-se necessária a implantação de uma obra de arte especial
(ponte), substituindo a já existente, sendo que os demais cursos serão atravessados com
bueiros tubulares. O processo de outorga (nº 3688/2008) para a transposição rodoviária no
Córrego Marimbondo, foi formalizado e encontra-se em análise técnica pela equipe do
IGAM, em Belo Horizonte.
Dessa forma, será condicionada a apresentação da Portaria de outorga para a
mencionada transposição rodoviária no Córrego Marimbondo, conforme condicionante
presente no Anexo I desse Parecer.

3. IMPACTOS IDENTIFICADOS
Os principais impactos identificados relacionados à instalação da obra são:

• Supressão da cobertura vegetal;


• Intervenção em Área de Preservação Permanente;
• Afugentamento de animais silvestres pela poluição sonora e morte por atropelamento;
• Poluição do ar por emissões de poeira (na fase de implantação da obra);
• Poluição sonora e vibração (gerada pelas máquinas, equipamentos e veículos em
circulação);
• Alterações nas formações superficiais, estabilidade do solo e escoamento superficial;
• Intensificação de processos erosivos localizados em 07 pontos ou seu surgimento em
outros locais;
• Supressão da cobertura vegetal e remoção de solo para terraplanagem da plataforma
e caminhos de serviço;
• Impermeabilização do solo e interferências na infiltração das águas pluviais;
• Supressão da cobertura vegetal e remoção de solo orgânico para terraplanagem da
plataforma e caminhos de serviço;

4. MEDIDAS MITIGADORAS

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 7 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Para minimizar os impactos descritos, foram apresentadas no PCA as seguintes


medidas mitigadoras dos impactos previstos:

• Conservação do paredão, próximo ao Córrego Marimbondo, sugerindo-se o


alargamento da estrada no lado oposto ao paredão;

• Placas de sinalização refletivas às margens da rodovia, pois a luz projetada inibe a


presença da fauna;

• Placas indicativas de travessia de animais silvestres e de redução de velocidade para


os motoristas, em locais onde ainda ocorra vegetação nativa significativa;

• Aspersão e umidificação durante as atividades de terraplanagem;

• Implantação de sistema de drenagem por dispositivos tipo sarjeta, valetas e bueiros


tubulares e celulares;

• Material excedente escavado deverá ser utilizado na recuperação das voçorocas;

• A camada orgânica das áreas a serem desmatadas será armazenada e utilizada na


recomposição das áreas de cortes e aterros, bem como das voçorocas.

• Preservar as espécies arbóreas localizados na faixa de domínio, desde que não haja
desaterro e que suas raízes não fiquem expostas.

Sinalização das obras: haverá sinalização das obras em todas as situações de


risco de trânsito dos veículos, pedestres, equipamentos e máquinas em operação;

Canteiro de obras – o canteiro de obras será instalado nos municípios de Campina


Verde e Gurinhatã, utilizando–se a infra-estrutura desses municípios. De acordo com PCA,
todos os efluentes de lavagem e manutenção de máquinas deverão ser contidos nos
canteiros, que disporão de caixa separadora de água e óleo, conforme NBR nOS
14605/1999 e 7505/2000;
Terraplenagem – durante as atividades de terraplenagem as áreas em operação
deverão dispor de sistemas de drenagem específicos e temporários, com contenção de
sedimentos.

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 8 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Processos erosivos: o desgaste natural do corpo estradal da atual rodovia


interagindo ao longo do tempo com o uso antrópico da região, favoreceu o surgimento de
vários processos erosivos na área (voçorocas), constituindo, de acordo com PCA, em
passivo ambiental da rodovia e de responsabilidade do DNIT. É proposto, assim, o projeto
de recuperação das voçorocas por meio de medidas que permitam conter a atividade do
processo erosivo e a reabilitação da área, com a estabilização por construção de
bancadas, diques e revegetação dos taludes.
Programa de Comunicação Social: está previsto no PCA a implantação do
Programa de Comunicação Social que irá fornecer à comunidade dos municípios servidos
e da região informações relativas às obras tais como duração, trechos prioritários,
segurança, bem como atuar como meio de comunicação entre a empreiteira e o DNIT com
as comunidades afetadas pelas obras.

5. MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
Com o objetivo de compensar as intervenções em Áreas de Preservação
Permanente, o empreendedor deverá recuperar as áreas de APP onde ocorreu a
intervenção, mediante o plantio de 1215 árvores por hectare impactado, conforme PTRF
apresentado. No plantio deverão ser contempladas as espécies retiradas no local na
proporção de no mínimo, 5 mudas para cada indivíduo suprimido, no caso do buriti que é
protegido por lei.

Insta ressaltar, que a inexecução total e parcial das medidas mitigadoras e


compensatórias, ensejará sua remessa ao Ministério Público, para execução das
obrigações, sem prejuízo das demais sanções legais, nos termos do art. 8º, Portaria IEF nº
054 de 14 de abril de 2004.

6. CONTROLE PROCESSUAL
O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à
legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos
pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da Deliberação
Normativa nº 74/2004.

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 9 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

O local de instalação do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão


em conformidade com as leis e regulamentos administrativos municipais, de acordo com
declaração emitida pelas Prefeituras Municipais de Campina Verde/MG e Guarinhatã/MG.

7. CONCLUSÃO
Segundo análise da documentação apresentada no processo de Licença de
Instalação Corretiva do empreendimento DNIT – BR-364 – Entroncamento com a BR-
497/MG até a ponte sobre o Córrego Marimbondo (Córrego Sem Nome), incluindo a ponte
e o acesso a Gurinhatã – Trecho: Km 146,8 a Km 207,7 (Lote 2), conclui-se que os
impactos ambientais gerados pelo empreendimento serão minimizados de forma
adequada.
Cabe esclarecer que a SUPRAM TMAP não possui responsabilidade técnica sobre
os projetos dos sistemas de controle ambiental e programas de treinamento aprovados
para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou
gerenciamento dos mesmos, de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista
e/ou prepostos.
Este parecer sugere a concessão da Licença de Instalação Corretiva, requerida
pelo DNIT, através do processo COPAM nº 00373/1999/004/2008, condicionado-a ao
cumprimento das mediadas mitigadoras e compensatórias apresentadas e aos itens
relacionados nas condicionantes listadas no Anexo Único.

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a


obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis.

Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de


outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento.

Data: 16/05/2008
Equipe Interdisciplinar: MASP/Registro de classe Assinatura

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 10 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Gelze Serrat S. C. Rodrigues


Marina Lígia de Oliveira Rocha
Adrian Franco Silva
Amara Borges Amaral
Kamila Borges Alves
Junia Gontijo Cunha
Assessora Jurídica
Rodrigo Angelis Alvarez
Diretor Técnico

ANEXO I
Processo COPAM Nº: 00373/1999/004/2008 Classe/Porte:3/P
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08
SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 11 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Empreendimento: BR-364 – Entroncamento com a BR-497/MG até a ponte sobre o


Córrego Marimbondo (Córrego Sem Nome), incluindo a ponte e o acesso a Gurinhatã –
Trecho: Km 146,8 a Km 207,7 ( Lote 2)
Atividade: Pavimentação e/ou melhoramentos de rodovias
Município: CAMPINA VERDE - GURINHATÃ
Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 24 meses
ITEM DESCRIÇÃO PRAZO
Apresentar documento que comprove a aquisição
1. ambientalmente correta de água para aspersão das vias e 30 dias
compactação.
Apresentar relatório técnico-fotográfico de aspersão das
vias e do canteiro de obras com o objetivo de diminuir a Trimestral
2.
emissão de particulados provenientes da movimentação
de máquinas, veículos e equipamentos, especialmente
próximo a áreas habitadas.
Apresentar estudo de viabilidade locacional para os
mecanismos de travessia de animais da fauna silvestre, 30 dias
3. contemplando medidas a serem adotadas para redução de
velocidade dos veículos nestes locais, bem como
sinalização a ser utilizada para os condutores.

Envio a essa SUPRAM de comprovação do


4. encaminhamento dos efluentes sanitários do canteiro de Semestral
obras para a rede coletora pública.
Comprovar o início da execução das medidas
5. compensatórias previstas no item 5, desse parecer. 08 meses

Apresentar relatório técnico de monitoramento da Anual


6. execução do plano de recomposição das APPs que foram
impactadas pela obra.
Apresentação da Portaria de outorga para transposição Antes do início da
rodoviária do Córrego Marimbondo. implantação da
7.
ponte sobre o
Córrego
Marimbondo
Implantação de bacias de contenção no posto de
8. abastecimento e área de lubrificação de máquinas e 05 meses
equipamentos no canteiro de obras.
Apresentar comprovação da instalação das bacias de
9. contenção dos tanques de deposição da emulsão asfáltica. 05 meses

Apresentar laudo de efluentes atmosféricos da usina de


10. asfalto. 05 meses

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 12 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Apresentar comprovação da execução do Programa de 60 dias


11. Comunicação Social, apresentado no PCA.

Apresentar comprovação da execução do Projeto de 15 meses


12. Recuperação dos processos erosivos (voçorocas)
presentes ao longo da obra.
Apresentar projeto de recuperação das áreas ocupadas 15 meses
13. pelo canteiro de obras

Apresentar projeto de revegetação das faixas de domínio


14. da rodovia. 12 meses

Adquirir matéria-prima de empresas regularizadas Durante a vigência


15. ambientalmente da licença

Executar o Programa de Automonitoramento conforme Durante a vigência


16.
definido pela no Anexo II. da licença

Relatar a essa SUPRAM todos os fatos ocorridos na Durante vigência


17. unidade industrial que causem impacto ambiental da licença
negativo, imediatamente após sua constatação.

ANEXO II
Processo COPAM Nº: 00373/1999/004/2008 Classe/Porte:3/P
Empreendimento: BR-364 – Entroncamento com a BR-497/MG até a ponte sobre o
Córrego Marimbondo (Córrego Sem Nome), incluindo a ponte e o acesso a Gurinhatã –
Trecho: Km 146,8 a Km 207,7 ( Lote 2)
Atividade: IMPLANTAÇÃO OU DUPLICAÇÃO DE RODOVIAS
Município: CAMPINA VERDE - GURINHATÃ
Referência: AUTOMONITORAMENTO

1. EFLUENTES LÍQUIDOS

Sistema de caixa separadora de água e óleo:

Local de amostragem Parâmetros Freqüência

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 13 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

pH, sólidos sedimentáveis Semestral


Sistema de caixa separadora de
água e óleo: DBO, DQO, sólidos em suspensão, Semestral
óleos e graxas

Relatórios: Enviar trimestralmente à SUPRAM TMAP, até o dia 10 do mês subseqüente,


os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro
profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises alem da produção
industrial e o número de empregados no período.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no


Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última
edição.

2. RESÍDUOS SÓLIDOS
Enviar semestralmente à SUPRAM TMAP, até o dia 10 do mês subseqüente, os relatórios
de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os dados do
modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do
responsável técnico pelas informações.

RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL


Taxa de Form Empresa
Denominaçã Orige Class geração Razão Endereço responsável OBS.
a
o m e (kg/mês social completo Razã Endereç
(*)
) o o

(*)1– Reutilização 6 – Co-processamento


2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo
3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada)
4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar)
5 – Incineração

Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente


regularizados junto à administração pública.

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá


comunicar previamente à SUPRAM TMAP, para verificação da necessidade de
licenciamento específico;
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08
SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 14 /15
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo


empreendimento;

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações


de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização,
deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

3. RUÍDOS
Local de amostragem
Parâmetros Freqüência

Em pontos localizados nos limites da


dB (A) Anual
área dos canteiros de obras

Relatórios: Enviar anualmente SUPRAM-TMAP, até o dia 10 do mês subseqüente ao mês


da coleta, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação,
registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises. O primeiro
relatório deverá ser encaminhado 180 dias após a concessão da Licença. Os resultados
apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos nas mesmas unidades dos
padrões de emissão previstos pela Resolução CONAMA nº 01 de 08/03/1990 e
parâmetros da NBR – 10.151 de junho de 2000.

Método de análise: De acordo com as Normas Técnicas e Leis vigentes.

4. GERENCIAMENTO DE RISCOS
Enviar anualmente à SUPRAM TMAP, até o dia 10 do mês subseqüente, o relatório das
atividades previstas no Plano de Prevenção a Riscos Ambientais – PPRA e seus registros.
O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do
responsável técnico pelas informações e pelo acompanhamento do programa.

Importante: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de


automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM
TMAP, em face do desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento.

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 16/05/08


SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 15 /15

Anda mungkin juga menyukai