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Como e quando surgiu o primeiro papa?

A Igreja Católica considera São Pedro - Simão Pedro, um dos 12 apóstolos de Jesus - o
primeiro papa da história. Ele teria assumido a função de líder do cristianismo logo após
a morte de Jesus, ainda no século 1. "Certamente naquele tempo não havia articulação
entre todas as comunidades cristãs. Mas em um número expressivo delas surgia a
liderança de Pedro como chefe dos 12 apóstolos. A Igreja Católica reconhece nessa
proeminência inicial algo desejado por Jesus. Assim como os apóstolos tiveram
sucessores, Pedro os teve. Por isso o papa é considerado o sucessor dele", afirma o
teólogo Pedro Lima Vasconcellos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP). Mas a questão não é tão simples assim. "Quando se pergunta pela origem do
papa, é preciso refletir: está se pensando numa autoridade política, além de religiosa?

Se assim for, teríamos de localizá-la no século 5, onde se destaca a figura de Leão


Magno, que teve papel fundamental no contexto da queda do Império Romano", diz
Pedro Lima. Também é importante lembrar que a palavra "papa" - que vem do grego
pappas, "pai" - foi durante vários séculos usada para designar todos os bispos do
Ocidente. Apenas no ano 1073, por ordem do papa Gregório VII, ela se tornou de uso
exclusivo para o bispo de Roma, autoridade máxima da Igreja Católica. A única
exceção é o patriarca de Alexandria, autoridade da Igreja Ortodoxa Grega, que também
mantém o título até hoje.

São Pedro - O primeiro papa

São Pedro teria recebido de Jesus a missão de construir a sua Igreja. E, daí, surgiram
não só a tradição católica como ferrenhas disputas religiosas. Saiba mais sobre o
precursor de Bento XVI.

No dia em que João Paulo II morreu, foi retirado de sua mão esquerda um dos símbolos
mais tradicionais do poder papal: o Anel do Pescador. Trata-se de uma peça forjada em
ouro puro, que traz inscrito em alto-relevo o nome do papa - além da gravura de um
homem lançando redes de pesca. Um anel idêntico (com o mesmo desenho, mas outro
nome) foi entregue para Joseph Ratzinger durante a cerimônia da consagração - junto, é
claro, com o poder supremo sobre a Igreja Católica.

A insígnia no anel faz referência ao primeiro homem que, segundo a tradição, teve esse
poder - um humilde pescador que iniciou sua vida no litoral da Galiléia. O mais antigo
precursor de Bento XVI foi um judeu, nascido na região que hoje forma o Estado de
Israel, e se chamava Simão Ben Jonas - mas tornou-se famoso com o nome que,
segundo o relato dos Evangelhos, foi-lhe dado por Jesus Cristo em pessoa: Pedro, a
"Rocha".
Na verdade, o anel é mais do que apenas uma homenagem. É sobre a figura de Pedro
que reside, em última análise, o poder do Vaticano e o do papa. Não fosse ele, o bispo
de Roma poderia ser apenas mais um dentre vários líderes católicos. A origem e a
justificativa do papado dependem desse pescador da Galiléia. E, para entender o porquê,
é preciso conhecer a história dele.

Pedro, o líder da Igreja Católica?

Simão entrou para a história do cristianismo - e do mundo - por volta do ano 28 ou 29.
Na época, ele vivia na cidade de Cafarnaum, na costa noroeste da Galiléia. Certo dia,
enquanto apanhava peixes, a vida simples e pacata de Simão mudou para sempre. De
acordo com o Evangelho de Marcos, um desconhecido aproximou-se pelas margens e o
convidou a se tornar seu discípulo. Pedro aceitou a proposta, deixou de lado seu barco e
suas redes e seguiu aquele pregador misterioso, que vinha da cidade de Nazaré e dizia
ser o Messias enviado por Deus. Seu nome era Jesus.

Foi ao longo das andanças pela Galiléia que Jesus pregou sua doutrina e, de acordo com
os Evangelhos, realizou grande parte de seus milagres. E o pescador Simão o
acompanhou o tempo inteiro. Dentre os doze principais discípulos, ele era certamente o
favorito: Pedro é o apóstolo mais citado nos Evangelhos e aparece ao lado de Cristo em
vários momentos cruciais de sua pregação. Também é o mais dedicado, ardoroso e o
primeiro a reconhecer Jesus como o "Filho de Deus".

Sua proeminência fica bem clara em uma passagem que, nos séculos seguintes, daria
muito o que falar a historiadores e teólogos. De acordo com as Escrituras, Jesus conferiu
a Simão um novo nome, Kepa - palavra hebraica que significa "rocha" ou "pedra". No
futuro, o termo seria traduzido para o grego petros e para o latim petrus, até chegar ao
português "Pedro". Para muitos, esse apelido é uma investidura de poder. A narrativa
mais completa do fato encontra-se no capítulo 16 do Evangelho de Mateus. Quando
passavam pela região conhecida como "Cesaréia de Felipe", Jesus disse a Simão, diante
de todos os apóstolos: "Tu és Kepa (ou Pedro) e sobre essa pedra edificarei minha
igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do
reino do céu, e o que ligares na Terra será ligado nos céus". Para muitos teólogos, esse
trecho é a prova de que Pedro foi escolhido como o maior representante de Cristo sobre
a Terra. Ele não seria apenas o líder do cristianismo, mas o porta-voz da vontade divina.
Em Um Judeu Marginal, o historiador americano John Meier resume a opinião católica
sobre o assunto: "As decisões de Pedro, autorizadas aqui na Terra, são ratificadas no
reino do céu. Pedro fica no lugar de Jesus. A autoridade que ele recebe diretamente de
Cristo se estende a toda a Igreja, sem restrição".

Ou seja: Pedro teria sido apontado como primeiro e supremo chefe do cristianismo - e
suas decisões deveriam ser consideradas infalíveis, já que têm o aval de Cristo. De
acordo com a doutrina católica, as prerrogativas de Kepa foram herdadas por seus
sucessores, os bispos de Roma - ou seja, os papas. Mas para entender por que o
Vaticano se considera o herdeiro legítimo de Pedro, é preciso dar uma olhada no que ele
andou fazendo em suas últimas décadas de vida.

 
Pedro, o primeiro bispo de Roma?

Logo após a crucificação de Cristo, no ano 30, o pescador da Galiléia passou a chefiar a
Igreja recém-nascida. Além de organizar os fiéis em Jerusalém - o primeiro centro da
nova religião - , Pedro pregou em cidades distantes como Corinto (na Grécia) e
Antióquia (na atual Turquia).

Sua importância como líder do cristianismo primitivo foi gigantesca. Entretanto, pouco
se sabe sobre a vida de Pedro - em especial, sobre suas andanças finais. A maior parte
das informações a seu respeito vem dos evangelhos, dos Atos dos Apóstolos e das
epístolas (ou cartas) escritas pelos primeiros discípulos de Cristo. Outras pistas podem
ser encontradas em textos de alguns historiadores antigos, que escreveram nos
primórdios do cristianismo, ou pelas lendas que se formaram ao seu redor. E só. Uma
antiqüíssima tradição católica garante que o apóstolo viajou para Roma, em meados do
século 1, fundando a primeira comunidade cristã da cidade. Essa hipótese é fortemente
sustentada por historiadores como Eusébio de Cesaréia - que, embora tenha vivido cerca
de dois séculos depois de Pedro, fundamentou sua obra na opinião de autores mais
antigos.

Verdade ou não, o fato é que, já no século 2, Pedro era tido pelos líderes católicos como
o primeiro bispo de Roma. E mais: de acordo com a Ata dos Mártires - documento
composto pelos primeiros cristãos -, foi no território da moderna capital italiana que o
maior dos apóstolos encontrou a morte, provavelmente na época do imperador Nero.
Segundo Orígenes, um erudito do século 3, Pedro foi preso pelos romanos e condenado
à crucificação. Julgando-se indigno de morrer da mesma maneira que Jesus, ele pediu
que o crucificassem de cabeça para baixo - e seu desejo foi atendido.

Durante o século 20, investigações arqueológicas feitas a pedido do papa Pio XII
descobriram um grande cemitério cristão nos subsolos do Vaticano, sob a atual Basílica
de São Pedro. Os arqueólogos concordaram que a necrópole datava do século 1 - e que
provavelmente um grande mártir ali fora enterrado. Ninguém sabe quem, mas muita
gente jura de pés juntos que era ninguém menos que Simão da Galiléia.

A presença e o martírio de Pedro na cidade foram usados para comprovar o "primado de


Roma" - a idéia de que o Vaticano e seu bispo herdaram a liderança cristã, em linhagem
direta, do escolhido de Jesus Cristo. Mas não faltou quem questionasse tanto sua
posição como "porta-voz" de Cristo, quanto o direito dos bispos romanos de se
declararem seus herdeiros.

Papas, herdeiros de Pedro?

A relação entre Jesus e seu discípulo favorito nem sempre foi um mar de rosas. Embora
tenha sido escolhido para "guiar o rebanho" de Cristo, Pedro também recebeu críticas
violentas do mestre. O Evangelho de Marcos conta que, quando Jesus anunciou que sua
missão divina era ser preso, torturado e crucificado, Pedro "tomou-o à parte e começou
a repreendê-lo". Jesus então disse: "Afasta-te de mim, Satanás, pois teus sentimentos
não são os de Deus, mas os dos homens". Há também o famoso episódio da noite em
que Jesus foi preso. Conta a Bíblia que Cristo havia reunido seus apóstolos para uma
ceia, a última que fariam juntos. Voltando-se para Pedro, disse: "Ainda hoje, antes que o
galo cante, tu me negarás três vezes." E Pedro: "Mesmo que seja preciso morrer
contigo, jamais te negarei!" Horas depois, Jesus foi preso e levado à casa do sumo-
sacerdote Caifás, onde se reunia o conselho religioso judaico - que acusava Jesus de
blasfêmia por se declarar o Filho de Deus. Pedro seguiu o mestre e se misturou à
criadagem da casa, para espiar o interrogatório. Alguns servos o reconheceram como
um dos seguidores do "nazareno" e Pedro, com medo de ser preso, repetiu três vezes
que não conhecia Jesus. Nesse momento, o galo cantou - e, de acordo com o Evangelho
de João, Jesus o olhou diretamente. Percebendo o que fizera, o apóstolo foi para a rua "e
chorou amargamente".

Mais tarde, a liderança de Pedro seria criticada por seus próprios aliados. A polêmica
mais contundente foi levantada por Paulo de Tarso - outro discípulo ardoroso,
responsável por grande parte da disseminação do evangelho em terras "pagãs". Em sua
Epístola aos Gálatas, Paulo acusa Pedro de certa relutância em entregar-se à conversão
dos gentios - ou seja, os povos não-judeus. Para Paulo, certos costumes judaicos, como
a circuncisão e as restrições alimentares, não deviam ser impostas aos estrangeiros
interessados em abraçar o cristianismo.

Esses episódios da vida de Pedro inspiraram nada menos do que os grandes cismas do
catolicismo. Com base neles, no século 2, seguidores do gnosticismo - vertente cristã
que não aceitava a hierarquia católica - empreenderam uma verdadeira campanha de
difamação contra Pedro. E, em 1050, a polêmica se tornou tão grande que acabou
rachando para sempre a cristandade: os líderes religiosos de Constantinopla (atual
Istambul, Turquia) repudiaram a autoridade do Vaticano e formaram a Igreja Ortodoxa.
No século 16, o monge alemão Martinho Lutero repetiu o gesto, dando origem ao
protestantismo. Esses movimentos negavam, antes de mais nada, a autoridade suprema
do papado sobre o cristianismo. Para questioná-lo, alguns foram direto à raiz e atacaram
a noção de que Pedro fosse o escolhido para guiar os cristãos. Em várias épocas,
ortodoxos e protestantes usaram argumentos idênticos: por causa de seus deslizes e
contradições, Pedro não poderia ser considerado o porta-voz de Deus. Não duvidavam
de sua importância histórica, apenas não atribuíam a ele a infalibilidade divina nem a
autoridade absoluta sobre os cristãos. Outros aceitavam a posição de Pedro como
embaixador de Jesus na Terra, mas negavam que esse poder tivesse sido transmitido
para os bispos romanos. Sua autoridade, instituída por Cristo, teria acabado lá no século
1, quando o apóstolo foi crucificado de cabeça para baixo.

A divisão da cristandade entre aqueles que aceitam a autoridade papal e aqueles que a
renegam permanece até hoje. Mas apesar de ter deixado uma herança ambígua e muitas
vezes contestada, o papel histórico de Pedro é inquestionável. Para qualquer cristão, esse
patriarca ardoroso e contraditório foi, de fato, o sustentáculo da Igreja em sua fase primitiva -
o primeiro líder de uma revolução espiritual que, nos milênios seguintes, mudaria os rumos do
mundo.

O Sistema Católico Romano começou a tomar forma quando o Imperador Constantino,


convertido ao Cristianismo presidiu o l.o Concílio das Igrejas no ano 313. No Século IV
construíram a primeira basílica em Roma.
As Igrejas eram livres, mas começaram a perder autonomia com Inocéncio I, ano 402 que,
dizendo-se "Governante das Igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a
ele."Leão I, ano 440, aumentou sua autoridade; alguns historiadores viram nele o primeiro
papa. Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa", fora casado e não teve
ambições temporais.

O poder dos pretensos papas cresceu ainda mais quando o Imperador Romano Valentiniano III,
ano 445, bajulado, reconheceu oficialmente a pretensão do papa de exercer autoridade sobre
as Igrejas. O papado surgiu das rumas do Império Romano desintegrado no ano 476, herdando
dele o autoritarismo e o latim como língua, embora o primeiro papa, oficialmente falando, foi
Gregório no ano 600 d.C.

A palavra "papa" significa pae, até o ano 500 todos os bispos ocidentais foram chamados
assim: aos poucos, restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, que valorizados,
entenderam que a Capital do império desfeito deveria ser Sede da Igreja.

Nicolau l, ano 858, foi o primeiro papa a usar Coroa. Usou um "Documento Conciliar falso
(espúrio) dos Séculos 2.o e 3.o que exaltava o poder do papa e impôs autoridade plena r
Assim, o "Papado que era recente, tomou-se coisa antiga." Quando a farsa foi descoberta
Nicolau já não existia!

O Vaticano projetou-se quando recebeu de Pepino, o Breve, ano 756, vastos territórios; essa
doação foi confirmada pôr Carlos Magno, ano 774, quando ocupava o trono papal Adriano I.
(Taglialatela, II pág. 44).

Carlos Magno elevou o papado a posição de poder mundial, surgindo o "Santo Império
Romano" que durou 1.100 anos. Mais tarde, Carlos Magno arrependeu-se pôr doar terras aos
papas. No seu leito de morte sofreu "horríveis pesadelos". Agonizando, lastimava-se assim:
"Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os papas
serão ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me
apavoram devo merecer de Deus um severo castigo" (Piliati, Tomo I, ano 1776, Edson
Thompson, Londres).

O Vaticano derramou muito sangue, até ser invadido pôr Napoleão Bonaparte, em 1806. O
papa foi preso e perdeu suas terras; tentou reagir mais tarde, mas Vítor Emanuelli, ano 1870.
derrotou novamente as "tropas do papa" tomando-se o primeiro Rei da Itália.

Assim caiu o "Santo Império Romano"! O Papa vencido advertia: "Não somos simples mortais"
Ocupamos na terra o lugar de Deus, estamos acima dos anjos e somos superiores a Maria, mãe
de Deus, porque ela deu a luz a um Cristo somente, mas nós, podemos fazer quantos Cristos
Referia-se a transubstanciação. (Gazzeta da Alemanha n.o 21 ano 1870).

Até 1929, os papas ficaram confinados no Vaticano quando Mussoline e Pio XI legalizaram com
o tratado de Latrão esse pequeno Estado religioso que atualmente é "controlado pela Cúria
Romana, mas governado pôr 18 velhos Cordiais, que controlam a carreira dos bispos e
monsenhores, o papa fica fora dessa pirâmide". (Est. S. Paulo 28-3-82).

No Brasil a liderança Católica está nas mãos de 240 bispos mais conhecidos pelas suas posições
políticas do que pela religiosidade. Estão divididos entre Conservadores, Progressistas e não
Alinhados. (Dom Luciano Cabral. Rev. Veja 30-1-80).
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CAPÍTULO 3

PEDRO APÓSTOLO PRÍNCIPE DOS APÓSTOLOS?


“O nome original de Pedro derivou do hebraico Simeão, resultando Simão, no grego
(Atos. 15: 14; II Pedro 1: 1)... nasceu em Betsaida (João 1:44), situada às margens do
lago da Galiléia. Durante o ministério de Jesus, Pedro morava em Cafarnaum (Mar. 1:
21, 29).” – Lição da Escola Sabatina, nº 10, ano 96, pág. 3.
Pedro, em grego, quer dizer petros, isto é: pedacinho de pedra. Era o sobrenome de
Simão, filho de Jonas, irmão de André. Pescador profissional da Galiléia (Mat. 4: 18).
Obstinação e covardia se mesclavam momentaneamente em seu caráter. Era impulsivo e
sempre a primeira pessoa a falar. Foi o único que pediu a Cristo para andar sobre as
águas. (Mat. 14. 28). Foi uma das colunas basilares da Igreja Apostólica. Figurava em
primeiro lugar na relação feita pelos evangelistas (Mat. 10: 2-4. Mar. 3: 16-19. Luc. 6:
13-16). O cantar do galo despertou sua fé.
Os mais criteriosos teólogos negam que Pedro tenha vivido 25 anos em Roma e que
tenha lá estabelecido qualquer episcopado. Todavia é provável, admitem, que ele tenha
passado seus últimos dias lá sofrendo o martírio através de Nero, Imperador Romano.
Quando Cristo estava formando Seu ministério, chamou também a Pedro:
São João 1: 41-42
“Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse- lhe: Achámos o Messias (que
traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse-lhe: Tu és
Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)”.
Mais tarde ocorreu a célebre declaração de Pedro, arguído pelo Mestre:

Mateus 16: 15-19


“Disse-lhe Ele: E vós, quem dizeis que Eu sou: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu
És o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és
tu, Simão Barjonas (filho de Jonas), porque to não revelou a carne e o sangue, mas Meu
Pai que está nos Céus. Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra
edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E Eu te
darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e
tudo o que for desligado na Terra será desligado nos Céus.”
Seria Pedro “esta pedra”? A Pedra que os profetas exaltaram e sobre a qual Jesus
estabeleceria Sua igreja? Ouça o que dizem os teólogos:
“Talvez a melhor evidência de que Cristo não apontou a Pedro como a ‘pedra’ sobre a
qual edificaria Sua igreja seja o fato de que nenhum dos que ouviram esta afirmação de
Cristo, nem o próprio Pedro assim entendeu Suas palavras, nem durante o tempo em
que Cristo esteve na Terra nem posteriormente. Houvesse Cristo feito a Pedro chefe
entre os discípulos, depois disto eles não se veriam envolvidos em discussões sobre qual
deles seria considerado o maior.” – The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol.
1, pág. 431.
Volvamo-nos ao Antigo Testamento:
Salmo 118: 22
“A Pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina.”
A pedra angular determinava o esquema e o formato do edifício. Por ocasião da
construção do Templo de Salomão, onde foram empregadas 183.300 pessoas durante 46
anos (João 2:20), trouxeram uma pedra enorme para ser empregada na fundação do
prédio. Os construtores não acharam lugar para ela e não queriam usá-la. Exposta ao
Sol, chuva, ar e tempestade, não apresentou sequer uma fenda. Os construtores
submeteram-na à forte prova de pressão; como resistiu decidiram utili-za-la.
Colocaram-na no lugar que lhe era designado e viram que se ajustava tão perfeitamente
como uma luva. Posteriormente Deus revelou em visão a Isaías que esta Rocha era um
símbolo de Cristo. A Escritura confirma:
Isaías 28:16 – “...uma Pedra, uma Pedra provada, Pedra preciosa de esquina...”
Isaías 8:14 – “Então Ele... Pedra de tropeço, e de Rocha de escândalo...”
Mat. 21:42 – “...a Pedra... rejeitaram, essa foi posta por cabeça de ângulo...”
Atos 4:11 – “Ele é a Pedra ... rejeitada..... posta por cabeça de esquina...”
Rom. 9:33 – “...Sião uma Pedra de tropeço, e uma Rocha de escândalo...”
(Os judeus achavam um escândalo o Messias morrer na cruz, já que O esperavam para
sentar-Se no trono de Davi e dominar o mundo).
Efésios 2: 20; 11: 22; 5: 23
“...Jesus Cristo é a principal Pedra de esquina... cabeça da igreja”.

EM TODA A BÍBLIA JESUS CRISTO É A PEDRA, A ROCHA ETERNA.


Números 20:11 –“...Moisés levantou a mão, e feriu a Rocha duas vezes...”
I Coríntios 10:4 –“E beberam... da Pedra espiritual... e a Pedra era Cristo.”
Deut. 32:4 –“Ele (Jesus) é a Rocha, cuja obra é perfeita...”
Salmo 18:2 –“O Senhor é a minha Rocha...”
Salmo 19:14 –“...Senhor, Rocha minha e libertador meu!”
Salmo 28:1 –“A Ti clamarei, ó Senhor, Rocha minha...”
Salmo 89:26 –“... a Rocha da minha salvação.”
Salmo 95:1 –“...a Rocha da nossa salvação.”
Salmo 144:1 –“Bendito seja o Senhor, minha Rocha...”

A PEDRA É CRISTO, O PRÓPRIO PEDRO CONFIRMA:


I Pedro 2: 4
“...E chegando-vos para Ele (Jesus) – Pedra viva...”
I Pedro 2: 7-8
“Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a Pedra principal de
esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os
que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a Pedra que os edificadores reprovaram
essa foi a principal da esquina. É uma Pedra de tropeço e Rocha de escândalo, para
aqueles que tropeçam na palavra...”

PAULO, DEFINE A QUESTÃO COM ESTAS PALAVRAS INCISIVAS:


I Coríntios 3: 11 – “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está
posto, o qual é Jesus Cristo.”

JESUS CRISTO É A PEDRA, ELE AFIRMOU:


Mateus 21: 43-44 – “ ... E quem cair sobre esta Pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre
quem ela cair ficará reduzido a pó.”

SE PEDRO FOSSE O PAPA...


• Os discípulos não brigariam pela primeira posição entre si (Mat. 23: 8,10; Luc. 9: 46;
22: 24-30).
• Não seria o apóstolo da Circuncisão (Gál. 2: 8).
• Como ficaria seu casamento? (Mat. 8: 14. Mar. 1: 30. Luc. 4: 38).
• Não levaria sua esposa em suas viagens missionárias (I Cor. 9: 5).
• Não negaria a Jesus (Luc. 22: 57).
• Não mentiria ao ser identificado como apóstolo (Luc. 22: 58).
• Não disfarçaria diante da verdade (Luc. 22: 60).
• Enviaria outros apóstolos para Samaria ao invés de ser enviado (Atos 8: 14).
• Não se justificaria perante a igreja, por haver batizado Cornélio (Atos 11:1-11).
• O primeiro Concílio Cristão, ocorrido no ano 52 d.C., seria presidido por ele e não por
Tiago (Atos 15: 13,19).
• A Carta Oficial deste Concílio seria assinada por ele e não foi (Atos 15: 22-23).
• Paulo não o repreenderia publicamente, sendo “infalível” (Gál. 2:11-14).
• Estaria na primeira posição e não na segunda, como coluna da igreja (Gál.2: 9).
• Jesus não repreenderia os discípulos dizendo que quem “quiser ser o primeiro seja
vosso servo” (Mat. 20: 20-28).
• Jesus não diria que quem “quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo
de todos” (Mar. 9: 35).
• Jesus não diria que entre eles quem “quiser ser grande, será vosso serviçal” (Mar. 10:
35-45).
• Jesus não diria que “aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande”
(Luc. 9: 48).
• Jesus não diria isso: “Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o
menor; e quem governa como quem serve” (Luc. 22: 26).

ÚLTIMO DETALHE
I Pedro 5: 13
“A vossa coeleita em Babilônia vos saúda...”
“Os comentaristas em geral, admitem que, com essa expressão, ele se refere a Roma, e
não ao insignificante lugarejo que era tudo quanto restava de Babilônia literal...” – The
Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 113.
Pedro, sem dúvida, fez um paralelo entre o primeiro e o último Impérios Mundiais. A
antiga Babilônia de Nabucodonosor, foi, nos dias de sua glória, um centro de crueldade
organizada. Roma, por sua vez, nos dias de Pedro, era uma cópia daquela impiedade
babilônica.
Roma, nesta ocasião, “estava se tornando a opressora do novo Israel”. Nada mais
lógico, então, a conotação de Pedro.

E AS CHAVES? – QUE SERIAM?


O consagrado pastor Pedro Apolinário, responde:
“Se as chaves são usadas para abrir e fechar, a figura indica que as chaves do Reino dos
Céus, servem para abrir e fechar o Reino dos Céus.
“O abrir e fechar é expresso no texto por ligar e desligar ou desatar.
“As chaves, que abrem e fecham a casa de Deus, ligam os homens à igreja, ou dela
desligam, são os princípios do evangelho, as condições da salvação, aceitas ou
rejeitadas pelos homens. Pedro abriu, com a chave da Palavra de Deus, as portas do
Reino dos Céus a três mil pessoas que se converteram (Atos 2: 14-47). Este privilégio
não foi apenas concedido a Pedro, mas a todos os discípulos. São Mateus 18: 18.” –
Estudos de Passagens com Problemas de Interpretação, págs. 150-151, grifos meus.
Se você faz parte da Comissão de sua igreja, então está inserido neste contexto.
Também você, em assembléia, após a leitura da ATA, ao dar o seu voto para receber um
batizando ou excluir um membro da igreja, está exercendo esta orientação de Jesus.
OBSERVAÇÃO:
Pedro (grego petros) significa pedra pequena. Grego (petra) significa rocha grande e
imóvel. Você não acha que uma pedra pequena é imprópria para a construção da Igreja
de Deus? Claro! Jesus fez um trocadilho, referindo-Se a Si mesmo como a Rocha (I.
Cor. 3:11;10:4).

PARA CONCLUIR, RESPONDA CONSIGO MESMO:


• Se você ofende a Mário, e pede perdão a “Joaquim”; está correto?
• Se você peca contra Deus, deve pedir perdão a “Antônio” ou a Deus?

O BATISMO BÍBLICO
Efésios 4: 5 – “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo.”
I Timóteo 2: 5 – “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os ho- mens,
Jesus Cristo homem.”
O batismo é algo solene, definitivo e marcante na experiência cristã. É emocionante este
dia. O Céu fica em festa, e Jesus se alegra, pois o batizando está demonstrando
publicamente que aceita o Sacrifício do Calvário para sua vida. Como o batismo é a
porta de entrada para a Igreja de Deus, Ele então especificou como deve ser. Quer ver?
– Jesus comissionou os discípulos:
Mateus 28: 19-20
“Ide, portanto, fazei discípulos... batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo...”
Percebeu? O Senhor Jesus foi quem estabeleceu esta norma para o cristianismo, o
batismo bíblico. Depois de batizada a pessoa inicia uma vida nova em comunhão com
Cristo, crescendo na Graça e na fé. Eis como surgiu este ritual bíblico:
Mateus 3: 1-6
“E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia. E dizendo:
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus... E eram por ele batizados no rio
Jordão, confessando os seus pecados.”
Vamos ao Jordão. Águas cristalinas e volumosas. Jesus chegou! Não perguntou qual era
a forma de batismo, não questionou porque João batizava as pessoas. Ele entrou nas
águas, e foi até onde estava João e pediu que este O batizasse. João batizava com muitas
águas. Se o batismo fosse gotinha d’agua na cabeça, Jesus precisaria ir a um rio? Entrar
nele?
É maravilhoso como Jesus viveu para ser nosso exemplo em tudo. Viveu uma vida
correta, digna e possível de ser imitada por todos. Não esqueceu de nada. Confirmou
que o batismo é bíblico e por imersão. Ouça:
Marcos 1: 9-10
“E aconteceu naqueles dias que Jesus tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por
João, no Jordão. E, logo que saiu da água viu os Céus abertos, e o Espírito que como
pomba descia sobre Ele.”
Não há nenhuma dúvida que Cristo foi batizado por imersão, no rio, pois diz o texto que
Ele saiu das águas, correto? Aliás, seria até incoerente entrar dentro da água, molhar-se
todo e jogar gotas d’agua na cabeça, não acha? Se o batismo fosse por aspersão, Jesus
poderia ter ficado tão somente às margens do rio e João Batista também, não é? Pedro
também, ensinou:
Atos 2: 38 –“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
Nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”
A palavra grega usada neste texto é baptizo, que significa imergir, mergulhar, cobrir
com água. Esta palavra é exatamente o oposto de aspergir ou derramar água sobre
alguém. Portanto, quando Pedro disse ao povo: “Arrependei-vos e cada um de vós seja
batizado”, eles entenderam que deviam “arrepender-se e ser submersos”, isto é: serem
mergulhados na água. Observe que o batismo é para “lavar” pecados. Só pecadores
precisam batizar-se, e por imersão, porque é preciso sepultar nas águas, simbolicamente,
os pecados. Ouça aqui:
Atos 8: 26-39 – “...E mandou parar o carro, e desceram ambos a água, tanto Filipe como
o eunuco, e o batizou...”
Novamente com clareza absoluta se percebe que o batismo na igreja primitiva era por
imersão. Não há nenhuma dúvida, os pormenores indicam que o eunuco e Filipe
entraram dentro do rio para um batismo por imersão.
Romanos 6: 3-6
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na
Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade
de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança de Sua morte,
também o seremos na da Sua ressurreição. Sabendo isto, que o nosso homem velho foi
com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos
mais ao pecado.”
Isto é lindo demais. Altamente significativo. Nunca esqueci o meu batismo. Que
experiência marcante na vida de um moço, moça, senhor ou senhora. Ouça :
“O batismo é uma ordenança evangélica em comemoração da morte, sepultamento e
ressurreição de Cristo. No batismo é dado um testemunho público de que o batizando
foi crucificado com Cristo, com Ele sepultado e ressurgiu para andar em novidade de
vida. Só um batismo pode representar devidamente esses fatos na vida, e esse é a
imersão, o modo seguido por Cristo e a igreja primitiva.” – Estudos Bíblicos, pág. 79 –
CPB, grifos meus.
No batismo morre o pecador, e ressuscita uma nova criatura. Isto é: quando as águas
cobrem o pecador, isto simboliza a sua morte para a velha vida. Ao levantar-se das
águas é como nascer uma nova criatura. Por isso o batismo bíblico jamais pode ser com
gotas de água na cabeça. Anote isto:
“O Concílio de Ravena, em 1311, foi o primeiro concílio que legalizou o batismo por
aspersão, deixando a critério do ministro oficiante.
“Durante mil e trezentos anos o batismo foi geral e regularmente por imersão de uma
pessoa na água e só em casos extraordinários por aspersão ou efusão, porém esta última
prática era tida como proibida por aqueles que discutiam o assunto.” – Brenner,
Demonstración Histórica de la Administración del Bautismo desde Cristo a Nuestros
Dias, pág. 306.
“Podemos demonstrar pelas atas dos Concílios e pelos rituais antigos, que durante mil e
trezentos anos o batismo foi administrado por imersão em toda a igreja tanto quanto era
possível.” – Bossuet, Bispo de Meaux, Idem, pág. 42. – Citado em Segue-Me

Por que a sede do cristianismo está em


Roma e não em Jerusalém?
Soberania do Vaticano foi reconhecida pela Itália apenas em 1929
por Juliana Parente

Após a morte de Jesus, o cristianismo ainda não havia se separado do judaísmo em


Jerusalém. Era visto como mais uma das correntes seguidas pelos judeus na região – e
que exigia práticas como circuncisão e restrições alimentares. É então que entram em
cena Pedro e Paulo, que libertam a necessidade dos novos cristãos de seguirem essas
regras e conseguem levar a nova fé para Roma, sede do maior império da época – lá,
eles foram assassinados e se tornaram os primeiros mártires da Igreja.

Enquanto o cristianismo conquistava adeptos em Roma, Jerusalém era desfigurada após


uma série de guerras. “A cidade foi destruída duas vezes, o que dificultou a formação de
um centro organizado, capaz de agregar os novos fiéis”, diz Liz Carmichael, professora
de Teologia na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Ela se refere aos episódios de 70
e 135, quando a região foi destruída e queimada pelos romanos. Depois da segunda
devastação, as ruínas deram lugar a uma cidade pagã, batizada de Aelia Capitolina.
Após o imperador romano Constantino se converter ao cristianismo, no século 4, a sede
do império se tornou também a sede da nova fé. Para os cristãos do Ocidente, Roma
passou a ser considerada a cidade-referência.

“Essa decisão foi tomada unindo aspectos políticos e religiosos”, afirma o teólogo
Richard McBrien, autor da Enciclopédia do Catolicismo. A fundação do Vaticano
demarcou não só uma área sagrada como também o fim de uma rixa entre o Estado
italiano e a Igreja Católica Apostólica Romana. No Tratado de Latrão, de 1929, o
ditador Benito Mussolini reconheceu a soberania do Vaticano. A Igreja (então liderada
pelo papa Pio XI), por sua vez, aceitou devolver as possessões adquiridas durante as
Cruzadas e assentiu que, a partir de então, Roma seria capital do Estado. “Não houve
uma decisão formal no sentido de substituir Jerusalém pelo Vaticano como sede do
cristianismo”, diz McBrien. “Foi uma transformação política. Jerusalém foi perdendo
importância em comparação a Roma.”
RENASCIMENTO CULTURAL
 Por História
 Publicado 4/06/2008
 História
 Nota:

História

História para o vestibular

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Por: Professor Jailson Marinho

O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido inicialmente na Itália e difundido pela


Europa entre os séculos XV e XVI. Foi caracterizado pela crítica aos valores medievais e pela
revalorização dos valores da Antigüidade Clássica ( greco-romana ).

Foi na cidade de Florença que os textos clássicos passaram a ser estudados e as idéias
renascentistas difundiram-se para outras cidades italianas e , posteriormente, para outras
regiões da Europa.

Itália no século XV

O berço do Renascimento foi a Itália em virtude de uma série de fatores: -Intenso


desenvolvimento comercial das cidades italianas que exerciam o monopólio sobre o comércio
no mar Mediterrâneo;

-Desenvolvimento e ascensão de uma nova classe social -a burguesia comercial - que passava a
difundir novos hábitos de consumo;
-O urbanismo e a disseminação do luxo e da opulência; -Influência da cultura grega, através do
contato comercial das cidades italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;
-O Mecenato, prática exercida pelos burgueses, príncipes e papas, de financiar os artistas,
procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;
-A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos
Otomanos; -A presença, em solo italiano, da antigüidade clássica.

Aspectos da Renascença.

Os homens que viviam sob a Renascença criticavam a cultura medieval, excessivamente


teocêntrica, e defendiam uma nova ordem de valores.

Os principais aspectos do Renascimento foram:


a) o racionalismo e o abandono do mundo sobrenatural;
b) o antropocentrismo, onde o homem é o centro de tudo;
c) o universalismo, caracterizado pela descoberta do mundo;
d) o naturalismo, acentuando o papel da natureza;
e) o individualismo, valorizando o talento e o trabalho;
f) o humanismo.

O Humanismo

Humanista era um sábio que criticava os valores medievais e defendia uma nova ordem de
idéias. Valorizava o progresso e buscava revolucionar o mundo através da educação.
Foi o grande responsável pela divulgação dos valores renascentista pela Europa.
Outro elemento responsável pela expansão das novas idéias foi a imprensa de tipos móveis,
inventada pelo alemão Johan Gutemberg, tornando mais fácil a reprodução de livros.
No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da
ciência moderna.

Artes Plásticas.

As obras renascentistas são caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo


comercial do período. Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença
em três períodos: o Trecento (século XIV) , o Quattrocento ( século XV ) e o
Cinquecento ( século XVI).

TRECENTO - destaque para a pintura de Giotto ( 1276/1336 ) que muito influenciou os


demais pintores;
QUATROCENTO - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas.
Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época.
Destaques para Botticelli ( 1444/1510 ) e Leonardo da Vinci (1452/1519).
CINQUECENTO - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II que pretendia
reforçar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova basílica de São
Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração à cargo de Rafael Sânzio e
Michelângelo.
Michelângelo ( 1475/1564 ) apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o
grande escultor da Renascença.

Literatura
Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas
idéias.
PRECURSORES
Três grandes autores do século XIV:
Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção
religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu
Decameron.

PRINCIPAIS NOMES

ITÁLIA
Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central
considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder
real e lançou os fundamentos do Estado Moderno.
Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.

FRANÇA
Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel;
Montaigne, que foi o autor de Ensaios.

HOLANDA
Erasmo de Roterdan, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a
sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura ( 1569 ).

INGLATERRA
Thomas Morus, que escreveu Utopia e
Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais.

ESPANHA
Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.

PORTUGAL
Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.

Ciência Moderna

O racionalismo contribuiu para a valorização da matemática, da experimentação e da


observação sistemática da natureza. Tais procedimentos inauguraram a ciência moderna.
Principais nomes:

Nicolau Copérnico- demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em


oposição ao geocentrismo ( a Terra como o centro).
Giordano Bruno -divulgou as idéias de Copérnico na Itália. Considerado herege foi queimado
na fogueira em 1600.
Kepler -confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à
mecânica celeste.
Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as idéias de Copérnico,
pressionado pela Igreja negou as suas idéias.

Crise do Renascimento
O Renascimento entra em decadência após a perda de prestígio econômico das cidades
italianas, em decorrência das Grandes Navegações -que muda o eixo econômico do
Mediterrâneo para o Atlântico; e da Contra-Reforma Católica que limitou a liberdade de
expressão.

A Reforma Religiosa.
Ao longo da Idade Média, a Igreja Católica afastou-se de seus ensinamentos, sendo por isto
criticada e considerada a responsável pelos sofrimentos do período: guerras, fomes e
epidemias seriam como castigos de Deus pelo afastamento da Igreja de seus princípios.
Precursores
John Wyclif ( 1300/1384) e João Huss ( 1369/1415 ).

Causas da Reforma

Além das questões religiosas, como o nicolaísmo e a simonia, outros elementos


constribuíram para o sucesso da Reforma:

A exploração dos camponeses pela Igreja -a Senhora feudal. A vontade de terras para o
cultivo leva esta classe a apoiar a Reforma;
Interesses da nobreza alemã nas terras eclesiásticas;
A condenação da usura pela Igreja feria os interesses da burguesia comercial;
O processo de centralização política, onde era interesses dos reis o enfraquecimento da
autoridade papal;
A centralização desenvolve o nacionalismo, aumentando a crítica sobre o poder de
Roma em outras regiões.

Por que Alemanha

Na Alemanha a Igreja Católica era muito rica e dominava amplas extensões territoriais,
limitando a expansão econômica da burguesia, inibindo o poder político da nobreza e
causando insatisfação camponesa.

Lutero e a Reforma

Monge agostiniano que rompeu com a Igreja Católica em virtude da venda de


indulgências, efetuada pela Igreja para a construção da basílica de São Pedro pelo papa
Leão X.
Lutero protestou através da exposição de suas 95 teses, condenando, entre outras coisas
a venda das indulgências.

Suas principais idéias reformistas eram:


Justificação pela fé: a única coisa que salva o homem é a fé, o homem está diante de
Deus sem intermediários;
A idéia de livre-exame, significa que todo homem poderia interpretar livrmente a Bíblia,
segundo a sua própria consciência;
Sendo assim, a Igreja e o Papado perdem sua função.

As idéias de Lutero agradaram a nobreza alemã que passou a se apropriar das terras
eclesiásticas. A revolta atingiu as massas camponesas -que queriam terras - e foi
duramente criticada por Lutero.

Reforma Calvinista

Defesa da teoria da predestinação, onde o destino do homem é condicionado por Deus.


Dizia haver sinais de que o indivíduo era predestinado por Deus para a salvação: o
sucesso material e a vontade de enriquecimento, pois a pobreza era tida como um
desfavorecimento divino.

A valorização do trabalho, implícita na teoria; bem como a defesa do empréstimo de


dinheiro a juros contribuem para o desenvolvimento da burguesia e representam um
estímulo para o acúmulo de capitais.

Reforma Anglicana
 
Henrique VIII é o reformador da Inglaterra, através do Ato de Supremacia, aprovado em
1513, que colocou a Igreja sob a autoridade real - nascimento da Igreja Anglicana.
A justificativa para o rompimento foi a negativa do papa Clemente VII em dissolver o
casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão.

Além disto, havia um enorme interesse do Estado nas propriedades eclesiásticas, para
facilitar a expansão da produção de lã.

A Contra-Reforma

Diante do sucesso e da difusão das idéias protestantes, a Igreja Católica inicia a sua
reforma, conhecida como Contra-Reforma. As principais medidas - tomadas no
Concílio de Trento - foram:

Proibição da venda de indulgências;


Criação de seminários para a formação do clero;
O Index - censura de livros;
Restabelecimento da Inquisição;
Manutenção dos dogmas católicos;
Proibida a livre interpretação da Bíblia;
Reafirmação da infalibilidade papal.

Com a Contra-Reforma é fundada a ordem religiosa Companhia de Jesus, fundada por


Inácio de Loyola em 1534, com o intuito de fortalecer a posição da Igreja Católica em
países católicos e difundir o catolicismo na Ásia e Ámerica.

EXERCÍCIOS

1 (FATEC) No contexto do Renascimento, é correto afirmar que o humanismo:


01) apoiava-se em concepções nascidas na Antigüidade Clássica
02) teve em Erasmo de Roterdan um de seus principais expoentes
03) influenciou concepções que desencadearam a Reforma religiosa
04) inspirou uma verdadeira revolução cultural, iniciada na Itália
05) contribuiu para o desenvolvimento dos estudos científicos.
2) (UFMG) - Todas as alternativas contém objetivos da política da Igreja Católica esboçada
durante o Concílio de Trento, exceto:
a) a expansão da fé cristã; b) a moralização do clero;
c) a reafirmação dos dogmas; d) a perseguição às heresias;
e) o relaxamento do celibato.

3) Com relação ao Renascimento fora da Itália, podemos afirmar que:


a) o mesmo só poderia penetrar onde houvesse uma estrutura socioeconômica ligada à
formação do capitalismo
b) teve nas universidades um de seus maiores centros de propagação
c) foi mais desenvolvido no campo literário e filosófico
d) apresentou maior desenvolvimento artístico do que na Itália
e) há apenas uma alternativa errada.

4)(UFSC) Sobre as várias fases do cristianismo, na história do Mundo Ocidental, assinale as


afirmações corretas:
01. Teve origem na Judéia, passando a ser difundido pelo Império Romano através da atuação
dos apóstolos.
02. O poder religioso da Igreja, na Idade Média, influiu nas atividades políticas, administrativas
e culturais.
03. A insatisfação em relação às atividades da Igreja culminou com o surgimento de várias
dissidências, cujo conjunto foi denominado "Reforma Religiosa".
04. O anseio de propagação da fé católica atingiu a América, através da ação dos jesuítas que
acompanhavam as expedições colonizadoras.
05. A igreja Católica, na atualidade, vem enfrentando um intenso surgimento de novas
"Igrejas".

5) (FUVEST) Sobre a Reforma Religiosa do século XVI, é correto afirmar que:


a) nas áreas em que ele penetrou, obteve ampla adesão em todas as camadas da sociedade;
b) foi um fenômeno elitista quanto o Renascimento, permanecendo afastada das massas rurais
e urbanas;
c) nada teve a ver com o desenvolvimento das modernas economias capitalistas;
d) fundamentou-se nas doutrinas de salvação pelas obras e na falibilidade da Igreja e da Bíblia;
e) acabou por ficar restrita à Alemanha luterana, à Holanda calvinista e à Inglaterra anglicana.

6) (GV) O Renascimento Cultural, na Inglaterra, caracterizou-se principalmente pela produção


de obras nos campos da:
a) Escultura e Música b) Pintura e Filosofia
c) Literatura e Escultura d) Música e Pintura
f) Filosofia e Literatura
Respostas dos exercícios
1) todas verdadeiras
2) E
3) C
4) Todas verdadeiras
5) A
6) E

Contra-Reforma
O que foi, Concílio de Trento, medidas, reação católica ao avanço do
protestantismo

 
Concílio de Trento: decisões da Contra-Reforma

Introdução

No século XVI, a Igreja Católica estava passando por uma forte crise.
Neste contexto, ganhou força o protestantismo e as novas religiões
surgidas na Europa como, por exemplo, o calvinismo e o luteranismo.

Para tentar barrar o avanço do protestantismo, após a Reforma


Protestante, o Papa Paulo III convocou um concílio para a cidade
italiana de Trento. O Concílio de Trento foi realizado entre os anos de
1545 e 1563. Vários assuntos foram discutidos e várias ações entraram
em execução.

Principais decisões tomadas durante a Contra-Reforma:

· Retorno da Inquisição: tinha como objetivo vigiar, perseguir, prender


e punir aqueles que não estavam seguindo a doutrina católica. Milhares
de protestantes, judeus e integrantes de outras religiões foram
perseguidos e punidos pelo Tribunal do Santo Ofício.

· Criação do Índice de Livros Proibidos (Index Librorium


Proibitorium): relação de livros contrários aos dogmas e idéias
defendidas pela Igreja Católica. Os livros apreendidos eram queimados.
Quem fosse pego com materiais deste tipo receberia punições severas.
Vários escritores, muitos deles cientistas, foram presos e condenados
por escreverem livros com idéias não aceitas pelos católicos. Era uma
forma de barrar o avanço de outras doutrinas e manter o controle
cultural nas mãos da Igreja Católica.

· Criação da Companhia de Jesus: os integrantes desta companhia


eram os jesuítas. Estes foram encaminhados aos continentes africano,
americano e asiático. Tinham como objetivo principal transformar os
nativos em novos católicos, através da catequização (ensino da língua
portuguesa, doutrina católica e hábitos europeus). Os índios brasileiros
foram catequizados por jesuítas como, por exemplo, Padre Manoel da
Nobre e José de Anchieta.

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Concilio de Trento

As profundas modificações surgidas na Igreja Católica, foram, sem dúvida provocadas


diante do surgimento e expansão do protestantismo. A reação católica, vulgarmente
denominada "contra-reforma", foi orientada pelos grandes Papas Paulo III, Júlio III,
Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V. Além da reorganização de muitas
comunidades religiosas novas ordens foram fundadas, dentre as quais a Companhia de
Jesus, ou Ordem dos Jesuítas, cujo fundador foi Santo Inácio de Loyola, que foi um
batalhador da causa católica num dos momentos mais críticos da Igreja, isto é, durante a
expansão luterana.

O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III, a fim de estreitar a união da
Igreja e reprimir os abusos, isso em 1546, na cidade de Trento, no Tirol italiano. No
Concílio tridentino os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que
depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. Interrompido várias vezes, o
concílio durou 18 anos e seu trabalho somente terminou em 1562, quando suas decisões
foram solenemente promulgadas em sessão pública.
Todo o corpo das doutrinas católicas havia sido discutido à luz das críticas dos
protestantes. O Concílio de Trento condenou a doutrina protestante da justificação pela
fé, proibiu a intervenção dos príncipes nos negócios eclesiásticos e a acumulação de
benefícios. Definiu o pecado original e declarou, como texto bíblico autêntico, a
tradução de São Jerônimo, denominada "Vulgata". Manteve os sete sacramentos, o
celibato clerical e a indissolubilidade do matrimônio, o culto dos santos e das relíquias,
a doutrina do purgatório e as indulgências e recomendou a criação de escolas para a
preparação dos que quisessem ingressar no clero, denominadas seminários.

No Concílio de Trento , ao contrário dos anteriores, ficou estabelecida a supremacia dos


Papas. Assim é que foi pedido a Pio IV que ratificasse as suas decisões.

Os primeiros países que aceitaram, incondicionalmente, as resoluções tridentinas foram


Portugal, Espanha, Polônia e os Estados italianos. A França, agitada pelas lutas entre
católicos e protestantes, demorou mais de meio século para aceitar oficialmente as
normas e dogmas estatuídos pelo concílio, sendo mesmo o último país europeu a fazê-
lo.

Fonte: www.paginaoriente.com

Concílio de Trento

Enquanto João Paulo II encontra-se há 20 anos assentado no chamado trono de São


Pedro, os cinco papas que governaram a Igreja durante os 18 anos do Concílio de Trento
(1545-1563) tiveram pontificados de pequena duração.

Paulo III foi eleito papa aos 66 anos e morreu 15 anos depois. Júlio III foi eleito aos 63
e morreu cinco anos depois. Marcelo II foi eleito aos 54 (a 10 de abril de 1555) e
morreu 22 dias depois (1o. de maio), Paulo IV foi eleito aos 79 e morreu quatro anos
depois. E Pio IV foi eleito aos 60 e morreu sete anos depois. Com exceção do piedoso
Marcelo II, todos os outros mancharam seus pontificados com a prática do nepotismo.
Paulo IV, por exemplo, fez de seu sobrinho Carlos Carafa Cardeal Secretário de Estado.
Esse homem era imoral e destituído de consciência e abusou de seu ofício para cometer
extorsões vergonhosas.

O 19º Concílio Ecumênico da Igreja, mais conhecido como o Concílio de Trento , por
ter se reunido em sua grande parte na cidade de Trento, ao norte da Itália, realizou 25
sessões plenárias em três períodos distintos, de 1545 a 1563. O primeiro período foi de
1545 a 1547. O segundo começou quatro anos depois, em 1551 e terminou no ano
seguinte. O último período começou dez anos mais tarde, em 1562, e terminou no ano
seguinte.

A essa altura, a Reforma Protestante já tinha se espalhado por todos os países da Europa
Ocidental e da Europa Setentrional. A abertura do Concílio de Trento deu-se 28 anos
depois do rompimento de Martin Lutero com Roma (outubro de 1517) e nove anos
depois da primeira edição das Institutas da religião cristã, de João Calvino, em 1536
(um livro de formato pequeno, com 516 páginas). Outras edições em latim e francês já
tinham sido publicadas. Por ocasião da abertura do Concílio (13 de dezembro de 1545),
todos os reformadores, exceto Ulrico Zuínglio, ainda estavam vivos: Martin Lutero com
62 anos, Guilherme Farel com 56, Filipe Melanchton com 48, João Calvino com 36 e
João Knox com 31. Lutero morreria no ano seguinte (1546).

O propósito do Concílio de Trento era fazer frente à Reforma Protestante, reafirmando


as doutrinas tradicionais e arrumando a própria casa. Portanto houve duas reações
distintas, uma na área teológica e outra na área vivencial. Um dos papas teria
confessado que Deus permitiu a revolta protestante por causa dos pecados dos homens,
"especialmente dos sacerdotes e prelados".

No que diz respeito à melhoria da conduta do clero, o Concílio foi muito positivo.
Formulou-se uma legislação com o objetivo de eliminar os abusos. Os sacerdotes
deveriam residir junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, monges e freiras em
seus mosteiros e conventos. A Igreja deveria fundar seminários para preparar melhor
seus sacerdotes.

Mas, no que diz respeito às doutrinas postas em dúvida pela Reforma Protestante, o
Concílio de Trento nada fez senão confirmar o ensino tradicional católico. Enquanto os
protestantes afirmavam que a Escritura Sagrada é a única regra de fé e prática dos
cristãos, o Concílio colocava a tradição e os dogmas papais no mesmo pé de igualdade
com a Bíblia. O Concílio declarou que a tradução latina da Bíblia, a Vulgata, era
suficiente para qualquer discussão dogmática e só a Igreja tem o direito de interpretar as
Escrituras. Também reafirmou a doutrina da transubstanciação, defendeu a concessão de
indulgências, aprovou as preces dirigidas aos santos, definiu o sacrifício da missa,
insistiu na existência do purgatório e ensinou que a justificação é o resultado da
colaboração entre a graça de Deus e as obras meritórias do crente. Outra resolução do
Concílio de Trento que acentua a diferença entre católicos e protestantes foi a inclusão
de livros dêuteros canônicos no cânon bíblico.

Depois do Concílio de Trento , a cristantade ficou definitivamente dividida entre a


Igreja Católica Romana e a Igreja Protestante, por meio de suas diferentes
denominações: valdenses, anabatistas, luteranos, presbiterianos (calvinistas) e outras.
Como já havia uma divisão anterior, ocorrida em 1054, deve-se acrescentar o terceiro
braço da Igreja Cristã: a Igreja Ortodoxa Grega.

A última sessão do Concílio de Trento aconteceu no dia 4 de dezembro de 1563. Nesse


dia foram lidas todas as decisões tridentinas - todo o texto ou apenas seus começos - e
encaminhadas ao Papa Pio IV para aprovação final, o que ocorreu menos de dois meses
depois, em 26 de janeiro de 1564.

Durante o Concílio de Trento , os protestantes redigiram pelo menos três clássicas


confissões de fé: a Confissão Escocesa (1560), o Catecismo de Heidelberg (1562) e a
Segunda Confissão Helvética (1562). Os pontos doutrinários aí expostos não se afinam
com as declarações tridentinas. As diferenças entre um credo e outro permanecem até
hoje, embora a convivência entre um grupo e outro seja muito melhor neste final do
século XX do que na primeira metade do século XVI.

Este Concilio teve especial importancia para os pesquisadores de genealogia devido a


uma de suas resoluções, esta determinava que toda criança, para ser batizada na igreja
catolica deveria possuir um nome cristão e um sobrenome de familia, desta forma, as
familias que ainda não o possuiam foram obrigadas a assumir o termo que os identifica-
se, o uso de sobrenomes familiares foi então implantado definitivamente.

Fonte: www.benzisobrenomes.com

Concílio de Trento

TRIDENTINO

O papa Paulo III convoca o Concílio de Trento para garantir a unidade


da fé e da Igreja

O Concílio de Trento foi o XIX concílio ecumênico da Igreja (1545-63). Requisitada


por várias partes e por muitas pessoas, dentre as quais o próprio Lutero por objetivos
particulares e para escapar da condenação papal, a convocação de um concílio
ecumênico concretizou-se só em 1545, após as malogradas tentativas realizadas pelo
papa Paulo III em Mântua em 1537 e em Vicenza em 1538 e após o fracasso do
colóquio de Ratisbona (1541) entre católicos e protestantes por iniciativa do imperador
Carlos V. Convocado em Trento já em 1º de novembro de 1542, em uma cidade
pertencente ao Império e, como tal, aceita pelos alemães e também pelos italianos, o
concílio foi adiado pela retomada da guerra entre Francisco I e Carlos V para 1545, ou
seja, após a paz de Crépy (setembro de 1544) em que os dois soberanos haviam
concordado em celebrar um concílio, comprometendo-se a respeitar as suas decisões.

O Concílio Tridentino foi convocado pelo papa Paulo III com a bula Laetare Jerusalem
(19-11-1544) e aberto em 13 de dezembro de 1545. A bula papal destinava ao concílio
as seguintes tarefas: a condenação dos erros em matéria de fé, a reforma dos abusos, a
reconstituição da unidade da Igreja, a cruzada contra os turcos. Tiveram direito a voto
(com o método de votação por cabeça) os cardeais, os bispos residenciais, os gerais das
Ordens religiosas e os representantes das congregações monásticas. Estiveram
presentes, embora sem direito a voto, numerosos teólogos, representantes das mais
diversas correntes teológicas, e os embaixadores dos príncipes católicos. Os trabalhos
do concílio articularam-se mediante as congregações dos teólogos (reuniões de caráter
privado e meramente consultivo), as congregações gerais dos padres (em que cada qual
com direito a voto exprimia o seu parecer acerca das propostas de dogma ou de
reforma) e as sessões solenes, que sempre ocorreram na catedral de Trento e em que se
votavam definitivamente os decretos convencionados. Das dez sessões solenes desse
primeiro período (oito em Trento e duas em Bolonha), a mais importante foi a quarta (8-
4-1546), em que foi promulgado o decreto sobre a Sagrada Escritura (da qual foi
estabelecido o cânon) e sobre as tradições apostólicas orais que devem ser acolhidas
com a mesma reverência que a Sagrada Escritura. Na mesma sessão, foi aprovado o
decreto sobre a edição Vulgata da Bíblia, ou seja, foi decidida a atribuição de
autenticidade jurídica à tradução latina da Bíblia realizada por são Jerônimo, que a
Igreja já utilizava havia séculos. Na quinta sessão (17-6-1546), foi aprovado o decreto
sobre o pecado original voltado tanto contra algumas instâncias otimistas pelagianas
como contra o pessimismo luterano que afirmava que o pecado original permanecia
mesmo após o batismo. Na sexta sessão (13-1-1547), foi aprovado o decreto sobre a
justificação, estruturado em 16 capítulos, em que se expunha a doutrina a ser aceita
como verdadeira e, em 33 cânones, em que se condenavam os erros. Esse decreto, um
dos mais importantes do Concílio Tridentino, constitui a resposta do magistério da
Igreja à doutrina da graça e da justificação de Lutero e enfatiza que, na obra de
justificação, a vontade humana atua juntamente com a graça divina, rejeitando assim a
noção protestante de justiça puramente imputada. Na sétima sessão (3-3-1547), foi
aprovado por unanimidade o decreto sobre os sacramentos, sinais eficazes da graça
instituídos por Cristo, para os quais se reforçou o número de sete sacramentos. Além
desses decretos dogmáticos, nesse primeiro período do concílio também foram
aprovados alguns decretos de reforma, como os que versavam sobre a obrigação de
residência dos bispos, a atribuição de benefícios eclesiásticos e o ensino de teologia e da
Sagrada Escritura nas catedrais e nos conventos.

Paulo III decreta a suspensão do Concílio de Trento

Inaugurado com a presença de 31 bispos, a maioria italianos, sob a presidência dos


legados papais, os cardeais Giovanni del Monte, Marcello Cervini e o inglês Reginald
Pole, o Concílio de Trento foi suspenso por Paulo III em 1549, em decorrência da
epidemia de tifo petequial e da transferência do concílio para Bolonha, também com o
objetivo de subtrair-se à excessiva ingerência de Carlos V.

Reabertura do Concílio de Trento

Reaberto em 1551, após a suspensão, pelo papa Júlio III, sucessor de Paulo III, o
Concílio de Trento chega a ter seis sessões solenes, mas é novamente suspenso em abril
de 1552, devido ao fracasso das negociações com os protestantes e à traição de
Maurício da Saxônia, que passara a apoiar os franceses. Contudo, no decorrer dessas
sessões, o Concílio não deixou de discutir e aprovar importantes decretos, como os que
versavam sobre a presença real de Cristo na Eucaristia (doutrina da transubstanciação),
sobre a penitência (necessidade da confissão auricular) e sobre a extrema-unção.

Com Pio IV termina a última convocação do Concílio de Trento (1562-


1563)

O Concílio de Trento foi retomado novamente, sobretudo graças ao papa Pio IV,
sucessor de Paulo IV. Caracterizado por uma presença cada vez maior de padres, nesse
terceiro período do Concílio foram realizadas nove sessões solenes. Na de 26 de
fevereiro de 1562 (a XVIII sessão solene do Concílio), foi promulgado um decreto
determinando a redação de um novo Índice de livros proibidos. Na sessão de 16 de julho
de 1562 (a XXI), foi aprovado o decreto sobre a comunhão "sub utraque specie", que
afirmava a presença real de Cristo sob cada uma das duas espécies do pão e do vinho.
Na XXII sessão, de 17 de setembro, tratou-se do sacrifício da missa. Na sessão de 15 de
julho de 1563 (a XXIII), a mais freqüentada, discutiu-se o sacramento da ordem
sagrada. Dentre outros, destaca-se o cânon XVIII com o qual foram instituídos os
seminários diocesanos para a formação intelectual e pastoral dos chamados ao
sacerdócio. Na XXIV sessão, de 11 de novembro de 1563, foram promulgados um
decreto dogmático sobre o sacramento do matrimônio e numerosos decretos
disciplinares referentes aos sínodos diocesanos anuais, aos concílios provinciais trienais,
às visitas pastorais, à pregação, à instrução religiosa do povo, à atribuição de benefícios
eclesiásticos. A última sessão solene (a XXV) estendeu-se excepcionalmente por dois
dias, de 3 a 4 de dezembro de 1563, e abordou questões dogmáticas relativas ao
purgatório, às indulgências, ao culto aos santos, à veneração das imagens de Cristo, de
Nossa Senhora e dos santos, além de várias questões disciplinares. A assembléia
conciliar foi encerrada pelo cardeal Morone, que teve papel importante no projeto de
reforma desse terceiro período do Concílio, cabendo ao papa Pio IV aprovar todos os
decretos conciliares, conferindo-lhes força de lei. Em 13 de novembro de 1564, o
próprio papa publicou a "Professio fidei tridentina" com uma profissão de fé relativa a
todas as decisões dogmáticas do Concílio e uma promessa de obediência à Santa Sé.

Fonte: br.geocities.com

Concílio de Trento

O Concílio de Trento , realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecuménico,


convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica.
A sua convocação surge no contexto da reacção da Igreja Católica à divisão que se vive
na Europa do século XVI quanto à apreciação da Reforma Protestante. O Concílio de
Trento foi o mais longo da história da Igreja: é chamado Concílio da Contra-Reforma.
Emitiu numerosos decretos disciplinares. O concílio especificou claramente as doutrinas
católicas quanto à salvação, os sacramentos e o cânon bíblico, em oposição aos
protestantes e estandardizou a missa através da igreja católica, abolindo largamente as
variações locais. A nova missa estandardizada tornou-se conhecida como a "Missa
Tridentina", com base no nome da cidade de Trento, onde o concílio teve lugar. Regula
também as obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na eucaristia. São
criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade
do papa sobre a assembléia conciliar. É instituído o índice de livros proibidos Index
Librorum Prohibitorum e reorganizada a Inquisição.

Celebrou-se em três períodos:

1º Período (1545-48)

Celebraram-se 10 sessões, promulgando-se os decretos sobre a Sagrada Escritura e


tradição, o pecado original, a justificação e os sacramentos em geral e vários decretos de
reforma;

2º Período (1551-52)

Celebraram-se 6 sessões, continuando a promulgar-se, simultaneamente, decretos de


reforma e doutrinais ainda sobre sacramentos em geral, a eucaristia, a penitência, e a
extrema-unção. A guerra entre Carlos V e os príncipes protestantes constituiu um perigo
para os padres de Trento;

3º Período (1562-63)

Convocado pelo Papa Pio IV, foi presidido pelos legados careais Ercole Gonzaga,
Seripando, Osio, Simonetta e Sittico. Estiveram ainda no concílio os cardeiais Luís
Madruzzo, bispo de Trento e Carlos Guise. O Papa enviou os núncios Commendone e
Delfino aos príncipes protestantes do império reunidos em Naumburgo, e Martinengo à
Inglaterra para convidar os protestantes a virem ao concílio. Neste período realizaram-se
9 sessões, em que se promulgaram importantes decretos doutrinais, mas sobretudo
decretos eficazes para a reforma da Igreja. Assinaram as suas actas 217 padres oriundos
de 15 nações.

Os decretos tridentinos e os diplomas emanados do concílio, foram as principais fontes


do direito eclesiástico durante os 4 séculos seguintes até à promulgação do Código de
Direito Canónico.

Na história de Portugal, o concílio teve grande influência, quer pela participação e apoio
dos reis, quer pela influência que os seus decretos tiveram na vida eclesiástica e social
do país.

No 1º período participaram o bispo do Porto, Frei Baltazar Limpo, carmelita, e os


teólogos dominicanos Frei Jerónimo de Azambuja, também embaixador régio, Frei
Jorge de Santiago, e o franciscano Frei Francisco da Conceição. Logo que o bispo do
Porto regressou de Trento, mandou D. João III que se reunisse com letrados para
estudarem o modo de pôr em prática os decretos da reforma.

No fim do 2º período D. João III e o cardeal D. Henrique constituíram assembleias de


peritos para porem em acção um grande plano de reforma, completando com os decretos
do V Concílio Laterense aqueles pontos ainda não promulgados em Trento.

No 3º período, D. Fernando Martins de Mascarenhas e o Dr. André Velho não só


actuaram como hábeis embaixadores, mas também se portaram como grandes senhores.
D. Frei João Soares, agostiniano, bispo de Coimbra, levou uma comitiva de umas 30
pessoas, sendo conhecido o seu teólogo António Leitão. A caminho do concílio morreu
o teólogo dominicano Fr. João Pinheiro, vice-reitor da Universidade de Coimbra.
Acérrimo executor do Concílio foi o arcebispo de Braga Frei Bartolomeu dos Mártires,
promulgando-o para Braga no sínodo bracarense e adaptando-o a toda a metrópole no
IV Concílio Provincial Bracarense de 1566

Fonte: pt.wikipedia.org

John Wesley e a Teologia Prática


por Rogerio Pereira da Silva — Última modificação 27/10/2008 11:29

James Farris

Resumo

Este artigo discute a identidade de John Wesley como teólogo prático, levando em
consideração a identidade histórica da Teologia Prática e o contexto teológico presente
na Inglaterra do décimo oitavo século. A abordagem teológica de Wesley está situada
dentro do contexto deste período, a fim de localizar sua teologia no meio dos
parâmetros da Teologia Moral, Popular e Pastoral, daquela época. Destaca-se a
dificuldade de localizar a teologia de Wesley dentro das categorias teológicas vigentes
no seu contexto histórico devido à sua preocupação com a integração da teoria e prática.

Palavras-chave

John Wesley, teologia, Teologia Prática, contexto histórico.

James Farris: Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião e na


Faculdade de Teologia, Umesp. Endereço eletrônico: theology@uol.com.br.

Introdução

Está relativamente claro que John Wesley não se considerava Teólogo Sistemático e as
discussões atuais geralmente o localizam na categoria de Teólogo Prático. Porém, isso
levanta duas perguntas importantes: 1) O que significa ser um Teólogo Prático e; 2)
Como é que a teologia de John Wesley é Prática? Essas duas perguntas são importantes
porque, em comparação com a Teologia Sistemática, a Teologia Prática é
freqüentemente entendida como sendo menos acadêmica e mais orientado para a prática
ministerial. Por conseguinte, a Teologia Prática não é levada tão seriamente quanto a
teologia acadêmica formal, pelo menos em ambientes teológicos. Desta perspectiva,
Wesley não seria considerado teólogo sério. Ele seria considerado pastor que também
escreveu textos teológicos. Por isso, antes de nós considerarmos o que significa chamar
John Wesley de Teólogo Prático, nós temos que entender o significado do termo
Teologia Prática.

Contexto histórico da Teologia Prática

No Cristianismo Primitivo, a teologia era compreendida como a combinação entre


entender e comunicar. A teologia, como conhecimento ou linguagem sobre Deus, era
compreendida como uma cosmovisão interna que guiava a vida de crentes.
Considerando que Deus não implantou este conhecimento no momento da conversão,
ele teve que ser desenvolvido. Assim, a teologia combinou a teoria, conhecimento ou
linguagem sobre Deus, com a comunicação, ou ensinamento, deste conteúdo. A teologia
era a integração da reflexão sobre a antropologia, a soteriologia e a natureza de Deus. A
teologia era essencialmente prática no sentido de buscar entender a natureza de Deus e a
vida Cristã no mundo, mas em nenhum momento havia uma separação entre os dois. O
ponto de partida da teologia era a revelação de Deus; todavia, isto era compreendido de
diversas maneiras que incluíam o mistério da conversão e da vida nova.

Esta compreensão de teologia continuou relativamente inalterada, até a Idade Média,


quando o local social da teologia deslocou-se das vidas dos crentes para as
Universidades novas que emergiram de catedrais e monastérios. Essas Universidades
novas adotaram modelos de teologia baseados no entender teórico de Aristóteles sobre a
ciência como a geração racional de conhecimento e a convicção implícita de que tal
conhecimento era freqüentemente independente de “preocupações práticas”. Esta
mudança alterou o entendimento geral de teologia como prática.

Com a dominação daquilo que pode ser chamado o modelo científico nas
Universidades, a teologia como ciência, ou teoria, começou a ser valorizada mais do
que a teologia como prática, ou práxis. Isto motivou a produção de textos
enciclopédicos, ou summae, para uso no contexto das Universidades, a transformação
da prática para uma sub-categoria de teologia, a lógica como o valor central, a criação
de sistemas teológicos e a separação de doutrina da vida da Igreja. Neste ambiente, a
Teologia Prática tornou-se a Teologia Espiritual, ou Mística, e seu propósito era
desenvolver a espiritualidade individual.

A Reforma Protestante tentou sarar a divisão entre Teologia Prática e Doutrinal, mas a
Ortodoxia Protestante logo reafirmou esta separação. O resultado foi a criação de dois
grupos distintos dentro da Igreja Protestante. A Ortodoxia Protestante entendia a fé
Cristã como um grupo de afirmações intelectuais, enquanto o Pietismo rejeitava essa
visão em favor de um modelo altamente individual da espiritualidade Cristã, que logo
veio a ser entendido como a Teologia Prática, ou Espiritual. O efeito era separar a
reflexão doutrinal da disciplina da vida cristã.

Durante os séculos seguintes, essa separação apareceu em uma variedade de formas,


mas a Teologia Acadêmica, ou Sistemática, era claramente a autoridade reconhecida
dentro das Universidades e na hierarquia da Igreja. Em diversos períodos históricos, a
Teologia Prática era compreendida como: 1) A Teologia Moral, ou o estudo das ações
morais e da vida devota; 2) A Teologia Popular, ou a simplificação de argumentos
teológicos complexos para a educação da classe média e; 3) A Teologia Pastoral, ou a
aplicação da Razão Prática de Kant que separou a teoria da prática e reforçou a Teologia
Prática como tendo seu campo de ação no cuidado dos crentes baseado em doutrinas
elaboradas pela Teologia Sistemática. Durante essa evolução, vários movimentos dentro
do Pietismo tentaram pôr a prática da devoção no centro de teologia, mas estes esforços
não tinham êxito. Em todo caso, definir a devoção como o fundamento da teologia, em
vez da teoria, simplesmente colocaria a prática no centro da teologia e manteria a
hegemonia de um modelo dualista.

Ao final do décimo nono século, Friedrich Schleiermacher reforçou ainda mais o


dualismo entre a Teologia Teórica e Prática. Schleiermacher entendia a Teologia Prática
como a Coroa da Teologia. Para Schleiermacher, a função da Teologia Prática era
aplicar, ou colocar em prática, a Teologia Sistemática, Histórica e Bíblica. [1] Esse
entendimento da Teologia Prática valorizou e, ao mesmo tempo, reforçou seu status
teológico de aplicar e interpretar, mas não produzir, ou criar. Embora haja uma
variedade de movimentos contemporâneos que desafiam o dualismo entre a teoria e a
pratica na teologia, o foco dessa discussão está em John Wesley e na Teologia Prática.
Por isso, não serão apresentadas as discussões atuais a respeito da natureza e da
identidade da Teologia Prática.
John Wesley e a Teologia Prática

Levando em consideração a evolução da Teologia Prática, nós voltamos à pergunta


central: John Wesley era Teólogo Prático e o que significa isso? A resposta depende do
contexto histórico e significado do termo Teologia Prática. Na Inglaterra do décimo
oitavo século, os escritores religiosos e teólogos geralmente dividiam a literatura
religiosa em três tipos: 1) Doutrinal, a articulação e defesa de doutrinas específicas; 2)
Controversa, a crítica das convicções e práticas de teologias de outros grupos, e; 3)
Prática, ajudar pessoas a viverem a vida Cristã. [2] Os dois primeiros tipos, Doutrinal e
Controverso, representam a teologia acadêmica de hoje. A literatura doutrinal defendia
as crenças e os dogmas dessa, ou daquela Igreja. A literatura Controversa criticava
outras idéias e crenças. A função da Literatura Prática era de ensinar a fé aos crentes e
ajudar os membros da Igreja a viver em uma vida Cristã. Naquela época, quem escreveu
nas primeiras duas áreas geralmente foram os professores e pastores eruditos. Quem
escreveu a Literatura Prática foram os pastores, ou seja, comuns, ou pastores em igrejas
médias e pequenas.

Os escritos de Wesley contêm os três tipos de literatura. Ele extrapolou as tradições


formais e informais da academia e da Igreja. Ele recusou isolar a teoria da prática e
muitos autores de hoje consideram sua Literatura Prática como a categoria definitiva de
sua teologia. [3] Isso era muito incomum para alguém que passou uma temporada como
Tutor na Universidade de Oxford e escreveu livros e artigos bem elaborados e
respeitados sobre questões de doutrina e teologia.

Porém, a questão ainda permanece sobre que tipo de Teologia Prática dominava a
abordagem de Wesley. Ele teve grande interesse pela Teologia Prática. Isso está claro
na sua preocupação por treinar seus pregadores e pela educação de leigos, mas essa
preocupação foi além de simplesmente treinar os pastores em técnicas pastorais, ou
educar leigos na piedade cristã. Wesley buscava dar-lhes uma fundação sólida nas
convicções básicas que apoiavam toda a ação cristã. Ele foi além do modelo tradicional
de Teologia Prática de sua época, que prestava pouca atenção às questões teológicas e
doutrinais. Para Wesley, não era suficiente apenas treinar pastores e leigos em como
pregar, ou orar. Era de importância fundamental o entendimento de por que pregar, orar,
ou teologizar. Qual é a base – na fé, na teologia, na Bíblia e na história da Igreja – para
pensar e agir?

A Teologia Prática de Wesley pode ser considerada como Teologia Moral por causa de
sua clara preocupação pelos problemas morais na sociedade e na vida das pessoas.
Porém, no contexto de Wesley, a Teologia Moral claramente separava a teoria da
prática. Pelo menos nas igrejas locais, era muito comum ensinar a Ética Cristã, ou como
se comportar como cristão, citar alguns textos Bíblicos como apoio e não avançar mais
a discussão. Mas Wesley era muito intencional em conectar as perguntas doutrinais com
os problemas éticos e os textos Bíblicos. A doutrina, a teoria, não podia ser separada da
ética, da prática.

A categoria de Teologia Prática que provavelmente melhor descreve a teologia de John


Wesley é a Teologia Popular. Este era um movimento teológico muito forte na
Inglaterra durante no tempo de Wesley. Segundo Albert Outler, o gênio da teologia e
prática pastoral de Wesley era sua habilidade de traduzir, sintetizar e comunicar as
discussões teológicas complexas em linguagem acessível aos leigos. [4] Neste sentido, a
Teologia Prática de Wesley era nitidamente Teologia Popular. Porém, Wesley foi além
desse modelo teológico de duas maneiras. Primeiro, ele não estava interessado em
apenas comunicar “desenvolvimentos interessantes” no campo da teologia para a classe-
média. [5] Ele era firme em sua convicção de ensinar aos pobres as verdades
fundamentais da fé cristã. Segundo, ele não meramente traduziu, sintetizou e comunicou
as idéias e teorias teológicas desenvolvidas por outros. Wesley debateu, discutiu,
clarificou, reformulou, desafiou e produziu teologia. [6] Por essa razão, ele foi além do
modelo da Teologia Popular presente na Inglaterra do décimo oitavo século. [7]

Isso nos deixa com uma pergunta. Se a Teologia Prática de Wesley não era apenas
Teologia Pastoral, Moral, ou Popular, o que era? Randy Maddox sugere que embora a
Teologia Prática de Wesley contenha elementos de todas as tendências teológicas
dominantes do seu contexto, ele foi além desses modelos para produzir teologia baseada
“...no modelo cristão primitivo de teologia como um empenho prático”. [8] Wesley não
separou a doutrina da ética. Suas éticas são baseadas na sua teologia da graça. [9] Sua
defesa das necessidades dos pobres é baseada na sua confiança no poder transformador
de Deus. [10] Seu entendimento da santidade cristã inclui a ética, a ação correta, e a
doutrina, o entendimento correto. [11]

A teologia de Wesley é prática no sentido de buscar entender igualmente a natureza de


Deus e a vida cristã no mundo, sem criar uma separação artificial entre os dois. O ponto
de partida da sua teologia é claramente a revelação de Deus, mas Wesley defende a
importância de entender esta revelação, a doutrina, e vivê-la, a prática. Os dois não
podem ser separados. Por conseguinte, sua teologia revela uma metodologia baseada na
relação dinâmica entre a teoria e a prática, a práxis, raramente presente nas Teologias
Práticas do décimo oitavo século. Uma das grandes contribuições da Teologia Prática de
Wesley é que ela provê uma base para repensar a identidade da Teologia Prática e toda
a teologia atual. Outra grande contribuição da Teologia Prática de Wesley é destacar a
idéia de que o que, o como e o por que são inseparáveis.

Considerações Finais

A fim de não transformar Wesley num herói, é fundamental entender que, em termos da
Teologia Prática, pelo menos como entendida hoje, sua teologia tem seus limites. O
ambiente definitivo de Wesley era a Igreja. A Teologia Prática, como entendida hoje,
está baseada num diálogo entre a teologia e a cultura. Isso significa que, na Teologia
Prática de hoje, os desafios e as respostas presentes nas fontes de autoridades teológicas
entrem num diálogo crítico com os desafios e as respostas presentes nas fontes de
autoridade culturais. Esse diálogo está quase ausente no pensamento de Wesley. Para
ele, a Igreja oferecia as respostas definitivas para os desafios e as respostas presentes na
cultura. Apesar do fato de que, para Wesley, a Ação Social era uma expressão
fundamental da fé cristã, a idéia de um diálogo entre a autoridade da Revelação de Deus
e a autoridade da cultura era quase inimaginável. Ele entendeu a Igreja, ou a revelação
de Deus, como a resposta aos desafios experimentados pela cultura. Hoje, existem
outras visões, ou outras interpretações da dinâmica entre a Igreja e a Cultura. [12] Mas,
a recusa de Wesley em isolar a Igreja do mundo, ou das necessidades do povo, e
integrar a teologia com a prática, continuam a ser fundamentais para qualquer discussão
teológica.
Bibliografia

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Augsburg, 1991.

DESCHNER, John. Preface to Practical Theology. J. Arthur Heck Lectures, United


Theological Seminary, 21-22 de abril, 1981, Manuscrito não publicado.

GRIMES, Howard. What is Practical Theology, Perkins Journal, 30 (Spring, 1977).

MADDOX, Randy. John Wesley: Practical Theologian? Manuscrito não publicado,


Claremont School of Theology, 1991.

________________. “Recovering Theology as a Practical Discipline: A Contemporary


Agenda”, Theological Studies, 51, (1990), p. 650-672.

________________. Responsible Grace: John Wesley's Practical Theology. San


Francisco, Kingswood Books.

________________. Spirituality and Practical Theology: Trajectories Toward


Engagement, Manuscrito não publicado, apresentado na Association of Practical
Theology Seminar, AAR/SBL, Orlando, Florida: november 21, 1998.

MOORE, Mary Elizabeth. The Aims of Practical Theology: Diversity in the United
States. Manuscrito não publicado, The School of Theology at

CLAREMONT, Claremont, California: julho, 1995.

OUTLER, Albert. John Wesley. New York: Oxford University Press, 1964.

SCHLEIERMACHER, Friedrich. Brief Outline on the Study of Theology. Richmond,


Virginia: John Knox Press, 1966. Publicado originalmente em 1830.

WILSON, Robert e Harper, Steve. Faith and Form: A Unity of Theology and Polity in
the United Methodist Tradition. Grand Rapids: Zondervan, 1988.

A Teologia de John Wesley a um Fio


Postado por Danilo Neves às 23:41
O entendimento de John Wesley (1703-
1791) (um dos grandes evangelistas do Grande Avivamento do século 18), sobre a obra da
salvação era basicamente arminiano, embora só no fim da vida ele se interessou pelos escritos
do teólogo holandês Jacobus Arminius. Ainda que Wesley cresse na doutrina do pecado
original e na depravação e incapacidade do pecador em responder à graça, ele cria que Deus
escolheria pecadores por prever quem teria fé em Cristo, que morreu por todos os homens. E
que o cristão que permanecer em pecado grosseiro pode perder a salvação.

Sua teologia foi uma síntese entre a piedade sacramental anglicana, os escritos devocionais
dos pais orientais, o misticismo católico medieval, a teologia prática puritana e a ênfase
evangelística dos morávios, fundidos com os temas principais da tradição da Reforma, que
estavam presentes em seus sermões.
[...]
Ainda que em aspectos importantes se tenha afastado da tradição luterana e reformada, John
Wesley reconheceu, em 1745, que sua teologia estava “a um fio de cabelo” do pensamento de
João Calvino: “Ao atribuir todo o bem à livre graça de Deus. Ao negar o livre-arbítrio natural e
o poder antecedente à graça. E, ao excluir o mérito humano; mesmo para o que ele realizou ou
pratica pela graça de Deus”. Isso é exemplificado numa conversa que Charles Simeon, ministro
da Holy Trinity Church, em Cambridge, teve com Wesley, em 1784:

Senhor, sei que o chamam de arminiano, e algumas vezes sou chamado de calvinista; portanto,
deveríamos desembainhar as espadas. Porém, antes de consentir em iniciar o combate,
permita-me fazer-lhe algumas perguntas [...] Diga-me: o senhor se sente uma criatura
depravada, tão depravada que nunca teria pensando em voltar-se para Deus, se ele não
tivesse coloca isso em seu coração?

Sim [replicou o veterano], sinto-o realmente.

E não tem esperança alguma de tornar-se aceitável perante Deus por qualquer coisa que possa
fazer por si; e espera na salvação exclusivamente através do sangue e da justiça de Cristo?
Sim, unicamente por meio de Cristo.

Mas, senhor, supondo-se que foi inicialmente salvo por Cristo, não poderia de alguma outra
forma salvar-se depois, através de suas próprias obras?

Não, mas terei de ser salvo por Cristo do princípio ao fim.

Admitindo, portanto, que foi inicialmente convertido pela graça de Deus, o senhor, de um
modo ou de outro não tem que se manter por suas próprias forças?

Não.

Nesse caso, então, o senhor tem que ser mantido, cada hora e momento, por Deus, tal como
uma criança nos braços de sua mãe?

Sim, inteiramente.

E toda sua esperança está firmada na graça e misericórdia de Deus, para ser preservado até o
seu reino celeste?

Sim, não tenho esperanças senão nele.

Então, senhor, com sua permissão embainharei novamente a minha espada; pois este é todo o
meu calvinismo, esta é a minha eleição, minha justificação pela fé, minha perseverança final;
em suma, é tudo quanto sustento, e como o sustento; portanto, se lhe parecer bem, em lugar
de buscarmos termos e frases que serviriam de base para luta entre nós, unamo-nos
cordialmente naquelas coisas sobre as quais concordamos.

Extraído do livro “Gigantes da Fé”, de Franklin Ferreira, editora Vida, pg. 236-239. 2006.

A cada dia se abre em média duas igrejas protestantes no Brasil, o que me


deixa muito preocupado, pois existem muitas falsas doutrinas e pessoas que
não seguem a verdade. A maioria das pessoas generalizam os "Evangélicos"
como um todo, mas na verdade cada denominação tem suas particularidades.
Por esse motivo "CUIDADO", pois o Senhor disse em Mateus 7:21 : "Nem todo
o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus."
Existem igrejas colocando a foto do Pastor na fachada da igreja, outras tem
fotos de bens materiais para atrair pessoas pela cobiça. Tem até umas
vendendo lenços ou toalhas que curam (acreditem ou não). Temos de tomar
cuidado para não voltarmos para o motivo do inicio da reforma protestante
porque a Igreja do século 16 obrigava as pessoas a pagarem indulgencias (Um
pagamento para garantir um terreninho no céu) e pela oração para os "Santos"
pessoas mortas ou "Iluminadas" que estavam "mais próximas de Deus".
 

A Idolatria é pecado pois ela tira o foco da fé em Deus e a


transfere para coisas materiais. Como pessoas, animais,
objetos e etc. Conforme lemos em Êxodo 20:4-5 a fé em
"QUALQUER" pessoa, animal ou objeto que não seja o
próprio "Deus" é pecado: "Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos
céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da
terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu,
o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me
odeiam."
Ser idólatra é odiar a Deus com atitudes ao invés de palavras, pois existem
pessoas que acham que amam a Deus, mas conforme sua palavra as pessoas
que buscam em "coisas", pessoas, ou animais estão odiando a Deus mesmo
sem saber.

Não devemos pedir, orar ou rezar para ninguém a não ser


para Jesus, afinal Ele mesmo disse em João 14:6 : "...Eu Sou
o Caminho a Verdade e a Vida, Ninguém vem ao Pai senão
por Mim". Logo Entendemos que não devemos procurar outra
pessoa viva ou morta!
Ninguém pode dar "preço" (como chibatadas, dinheiro, serviço. Acreditem isso
existe...rsrsrs)ou procurar outro caminho para perdão dos pecados só Jesus
pode perdoar os nossos pecados Ele é o único que pode "INTERCEDER" por
nós. Ao contrario de Algumas doutrinas que ensinam que outras "Entidades
Divinas" intercedem por nós o que é uma mentira.

I João 2:1-2 "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis;
e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas
também pelos de todo o mundo."

Sendo assim qualquer "Doutrina" que ensine que existe outra forma não
provem de Deus:

I João 2:1-2 "Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus


mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade."
Galatas 1:8 "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. "

Por esse motivo achei interessante publicar aqui uma matéria feita pela
Rede Globo de Televisão.

São quatro videos que contam um pouco da história da evolução da igreja e


suas obras. Para você que deseja ir em uma igreja evangélica e não sabe qual
aqui vão algumas dicas de igrejas abençoadas e sérias que conheço.

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