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Flávio Eduardo Larizzatti


currículos e programas de química

A NECESSIDADE DO ENSINO DA QUÍMICA NO


ENSINO MÉDIO

1. INTRODUÇÃO

Sempre ouvimos dizer, desde pequenos, que "o que tem Química faz mal". Na década
de 80 ficou famoso o caso do pãozinho com brometo, que apresentava um aspecto inchado e
crocante. Quando a população se conscientizou que aquele pão inchado com brometo fazia
mal, as padarias rapidamente se apressaram em afirmar que "neste estabelecimento vende-se
pão sem química" – uma alusão à não-adição do brometo. O que é ruim: o brometo ou a
Química? Em um anúncio de produtos para tratamento de água de piscina, havia a afirmação
de que o tratamento não continha química, mas um moderno processo de transformação do
cloreto de sódio em cloro (se isso não é um processo químico, o que será, então?).
Sem a Química seria impossível manter a qualidade de vida da humanidade com
alimentos, segurança ambiental, longevidade e conforto. Entretanto, freqüentemente tem sido
observada, erroneamente, a associação da palavra química com poluição, armas e drogas,
além do crescente desuso das divisões didáticas originais da Química: Química Analítica,
Química Inorgânica, Química Orgânica e Físico-Química.
Assim, pelo menos para a população em geral, a Química passou a ser um agente de
tudo o que de ruim pode acontecer. Existe muito preconceito em relação a esta Ciência. Vamos
analisar as seguintes frases:

1. Nenhuma substância natural é nociva.

2. Todos os desastres ecológicos são causados pelo homem.

3. Lixo químico.

4. Tal remédio ou produto não tem química.

5. Todo agroquímico é agrotóxico.

6. Pasteur foi um grande médico.

7. Bioquímica é mais fácil do que Química.

8. Tudo que é sintético faz mal.


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Você concorda com alguma dessas afirmações? Vamos ver...

1. Existem substâncias naturais nocivas. Basta lembrar da cocaína, ou da aflatoxina, uma


substância produzida por fungos e que é o cancerígeno mais potente que conhecemos.

2. Vulcões causam desastres ecológicos? Eles são naturais...

3. Todo lixo é químico. Resíduos de alimentos são um lixo tão químico quanto o cianeto
produzido pela galvanoplastia.

4. Até remédios homeopáticos têm "toneladas" de química.

5. O nitrato de potássio, ou salitre, por exemplo, é um agroquímico não tóxico.

6. Pasteur era licenciado em Química, tinha habilitação de professor secundário pela


Escola Normal Superior de Paris.

7. É fácil casar Química e Biologia?

8. A aspirina é 100% artificial e eficaz não só contra a dor de cabeça, mas também na
prevenção de problemas cardíacos.

Por que estudar Química?


A resposta a essa pergunta pode ser resumida na seguinte frase: A presença da Química
no dia-a-dia das pessoas é mais do que suficiente para justificar a necessidade do cidadão ser
informado sobre Química. Ao considerar a relevância de se aprender química na sociedade de
hoje, temos em mente a construção da cidadania no que se refere à participação consciente e
deliberada dos indivíduos na sociedade. Para isso, é necessário que o cidadão disponha de
informações, dentre elas aquelas oriundas do conhecimento químico relacionadas ao avanço
tecnológico dessa mesma sociedade.
Nessa perspectiva, assumimos que o estudo das transformações químicas contribui para
o entendimento do impacto causado pelo avanço da indústria química moderna no meio
ambiente. Podemos considerar, por exemplo, o conjunto de problemas gerados pelo lixo
produzido pela sociedade capitalista moderna. O estudo das transformações químicas que
ocorrem no lixo pode auxiliar a compreender por que, neste caso, os plásticos se
transformaram em um problema ambiental, provocando a necessidade de os químicos
começarem a produzir plásticos biodegradáveis. Compreender a ocorrência e os mecanismos
das transformações químicas permite ainda o entendimento de muitos processos que ocorrem
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diariamente em

nossas vidas, como o metabolismo, a ação de medicamentos, o cozimento de alimentos, entre


tantos outros exemplos.
A Química pode ser definida como instrumento de formação humana, meio de interpretar
o mundo e intervir na realidade. Compete a nós buscarmos o desenvolvimento das habilidades
necessárias neste momento de história, compreender e contextualizar o estudo da Química
como algo que tem significado e importância, por ser ferramenta na formação, no conhecimento
e na possibilidade do exercício da cidadania.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio, propõe-se o reconhecimento e a
compreensão das transformações químicas em processos naturais e tecnológicos nos
diferentes contextos encontrados na atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera e suas relações
com os sistemas produtivo, industrial e agrícola. Como forma pedagógica, há a sugestão de
que os conteúdos sejam desenvolvidos segundo um tripé sustentado nos três alicerces:
transformações químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos.
Esses eixos correspondem aos objetos e focos de interesse da Química, cujas
investigações centram-se nas propriedades, constituição e transformações dos materiais e
substâncias. O esquema a seguir explicita os eixos curriculares como focos de interesse da
Química.
A Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia os horizontes
culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for promovido
como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como
ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e como construção histórica,
relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade. A
proposta apresentada para o ensino de Química nos PCNEM se contrapõe à velha ênfase na
memorização de informações, nomes, fórmulas e conhecimentos como fragmentos desligados
da realidade dos alunos. Ao contrário disso, pretende que o aluno reconheça e compreenda, de
forma integrada e significativa, as transformações químicas que ocorrem nos processos
naturais e tecnológicos em diferentes contextos, encontrados na atmosfera, hidrosfera, litosfera
e biosfera, e suas relações com os sistemas produtivo, industrial e agrícola.
O aprendizado de Química no ensino médio “[...] deve possibilitar ao aluno a
compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento
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científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas”.

Dessa forma, os estudantes podem “[...] julgar com fundamentos as informações


advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente,
enquanto indivíduos e cidadãos".
Historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de natureza empírica
sobre as transformações químicas e as propriedades dos materiais e substâncias. Os modelos
explicativos foram gradualmente se desenvolvendo conforme a concepção de cada época e,
atualmente, o conhecimento científico em geral e o da Química em particular requerem o uso
constante de modelos extremamente elaborados. Assim, em consonância com a própria história
do desenvolvimento desta ciência, a Química deve ser apresentada estruturada sobre o tripé
citado acima: transformações químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos.
Esses eixos correspondem aos objetos e focos de interesse da Química, cujas
investigações centram-se nas propriedades, constituição e transformações dos materiais e
substâncias. O esquema a seguir explicita os eixos curriculares como focos de interesse da
Química.

Propriedades

Substâncias e
Constituintes Materiais Constituintes

Esses eixos constituem a base nacional comum do conhecimento químico, estabelecida


nos PCN+ (Brasil, 2002). Essa base curricular é reorganizada a partir dos mesmos eixos, sendo
que o foco das propriedades é incorporado tanto ao estudo das transformações como ao estudo
da constituição das substâncias e dos materiais. A reorganização dos eixos em tópicos
curriculares aqui proposta, e apresentada a seguir, foi desenvolvida com o fim de se evitar a
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caracterização de um padrão em termos de seqüência espacial e temporal
nas propostas pedagógicas da escola.

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