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A ANGUSTIA DA SEPARAÇÃO

Quando o bebê chega aos seis ou oito meses de idade, começa a operar a angústia
da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os
cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É
preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é
tudo para o bebê, representa sua segurança.
Um pouco de compreensão.
O bebê não está “chatinho” nem “grudento”. O sistema de angústia da separação,
localizado no cérebro inferior está geneticamente programado para ser hipersensível.
Nos primeiros estágios da evolução era muito perigoso que o bebê estivesse longe da
sua mãe e, se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria
sobreviver. O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema e,
como adultos, aprendemos a controlá-lo com distrações cognitivas.
Se você não está, como ele sabe que você não foi embora para sempre?
Você não pode explicar que vai voltar logo, porque os centros verbais do seu cérebro
ainda não funcionam. Quando ele aprender a engatinhar, deixe-o segui-la por todas as
partes. Sim, até ao banheiro.Livrar-se dele ou deixá-lo no cercadinho não só é muito
cruel, também pode produzir efeitos adversos permanentes. Ele pode sentir pânico, o
que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu
cérebro.Isso pode resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que
lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de
isolamento temeroso. Pouco a pouco, ele vai sentir-se mais seguro da sua presença
na casa, principalmente quando comece a falar.
A separação aflige as crianças tanto quanto a dor física.
Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as
mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é
idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte
no joelho e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas,
tristemente, é isso o que fazem muitos pais. Não conseguem aceitar que a dor
emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica
que todos deveríamos respeitar.
As vezes, impulsamos nossos filhos a ser independentes antes do tempo.
Nossas decisões como padres podem empurrar nossos filhos a uma separação
prematura. Um exemplo seria enviá-los a um internato (1) pequenos demais. As
crianças de oito anos ainda podem ser hipersensíveis à angústia da separação e ter
muita dificuldade em passar longos períodos de tempo longe dos seus pais. Sua dor
emocional deve ser levada a sério. O Sistema GABA do cérebro é sensível âs mais
sensíveis mudanças do seu entorno, como a separação de seus pais. Estudos
relacionam a separação a pouca idade com alterações desse sistema anti-ansiedade.
As separações de curto prazo são prejudiciais.
Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo HPA do cérebro infantil
devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa
desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa
capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta. É muito vulnerável aos efeitos
adversos do estresse prematuro. Os estudos com mamíferos superiores revelam que
os bebês separados de suas mães deixam de chorar para entrar num estado
depressivo. Param de brincar com os amigos e ignoram os objetos do quarto. À hora
de dormir há mais choro e agitação. Se a separação continuava, o estado de auto-
absorção do filho se agravava e lhe conduzia à letargia e a uma depressão mais
profunda.
Pesquisas realizadas nos anos setenta demonstraram que alguns bebês cuidados por
pessoas desconhecidas durante vários dias entravam em um estado de luto sofriam
de um trauma que continuava a afligir-lhes anos depois. Os bebês estudados estavam
sob os cuidados de adultos bem intencionados ou em creches residenciais durante
alguns dias. Seus pais iam visitá-los, mas basicamente, estavam em mãos de adultos
que eles não conheciam.Um menino que se viu separado de sua mãe durante onze
dias deixou de comer, chorava sem parar e se jogava ao chão desesperado. Passados
seis anos, ele ainda estava ressentido com sua mãe. Os pesquisadores observaram a
inúmeras crianças que haviam sido separadas de seus pais durante vários dias e se
encontravam em estado de ansiedade permanente. Muitos passavam horas imóveis,
olhando a porta pela qual havia saído sua mãe. Aquele estudo, em grande parte
gravado em filme, mudou no mundo inteiro a atitude em relação às crianças que
visitam suas mães no hospital.
Mas, não é bom o estresse?
Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma
forma de “inoculação de estresse”. O que significa apresentar ao bebê situações
moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que
afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um
estresse moderado estão enganando a si mesmos.
(1) Nota da tradutora: a autora é inglesa e o sistema de internato é muito comum no
Reino Unido.

Tradução de um trecho do capítulo O Choro e as Separações do livro The Science of


Parenting de Margot Sunderland. Esse livro foi premiado em 2007 pela Academia
Britânica de Medicina como o melhor livro de medicina popular. Não é um simples livro
de conselhos para pais, mas sim um livro que, baseado em mais de 800 experimentos
científicos, explica o que a ciência nos diz sobre como os diferentes tipos de criação
afetam os nossos filhos.

link: http://mairapaolucci.blogspot.com/2010/05/angustia...

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