UNITAU especialização
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - UNITAU
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO - PRPPG
INSTITUTO BÁSICO DE BIOCIÊNCIAS – IBB
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
ATAQUES DE TUBARÕES
A HUMANOS
NA COSTA DE PERNAMBUCO
TAUBATÉ
novembro -2007
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBi/UNITAU
Biblioteca Setorial de Biociências
1. I. Título.
AGRADECIMENTOS
Em especial a Prof. Dra. Marisa Cardoso por todo o conhecimento
repassado, pela paciência, por todo o tempo dispensado, pelas correções e
dicas importantes. Valeu Marisa!
Ao Prof. Dr. Itamar Alves Martins por ter cedido gentilmente, uma fonte
valiosa de informações, de fundamental importância na execução desse
trabalho.
Ao Prof. Dr. Valter José Cobo por ter permitido minha entrada no curso.
Ao presidente do CEMIT, Fábio Hissa Vieira Hazin, e ao presidente do
NUPEC, Manoel Gonzalez, por responder gentilmente todos os meus e-mails.
Aos colegas de classe: Ivana e Renata, sempre muito engraçadas, à
Fernanda, obrigada por toda a ajuda, pelos vários e-mails, ao Felipe, pelo seu
jeito descontraído, ao Douglas, pelo auxílio nas horas de desespero de alguns
relatórios, à Heloísa e Juliana, duas amigas queridas que fiz nesse curso, e em
especial ao Márcio e Karlos, parceiros de viagem, duas figuras muito divertidas,
amigos com quem sempre pude contar.
Aos meus queridos pais Carlos e Ivana, meu irmão, Ricardo, minha
cunhada Suzete e meus sobrinhos Bruna e Paulinho, que ajudaram a cuidar dos
meus filhos com o maior carinho, para que eu pudesse concluir esse trabalho.
Ao meu marido Nilo, músico maravilhoso, pelo apoio incondicional.
Ao Enzo e Igor, os amores da minha vida, obrigado simplesmente por
vocês existirem.
Em especial ao amigo Betão, figura indispensável no apoio com as
traduções. Valeu Betão!
Ao Seu Zé do bar, amigo dos tempos da Agronomia, bom rever o senhor
e relembrar a época de república.
A minha avó Laurinda e Maria Helena (Lena), que sempre
compartilharam comigo todos os momentos.
As amigas Lola e Dé, obrigada pela amizade e por fazerem parte da
minha vida.
Agradeço também aquelas pessoas que direta ou indiretamente
contribuíram para a execução deste trabalho.
Carmo,P.C. , 2007 iii
RESUMO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 3 Desvio dos rios Ipojuca e Merepe (PE), no antigo estuário usado 13
pelas fêmeas do tubarão cabeça chata, como área de parto e
berçário.
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO 01
- Objetivo 04
- DESENVOLVIMENTO 05
- Casos de acidentes 07
- Locais de ocorrência 08
- Situações de ataques. 09
- Prevenção a ataques 23
- CONCLUSÃO 30
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31
Carmo,P.C., 2007 1
INTRODUÇÃO
São muito poucas as pessoas que num momento de sua vida se encontram frente a
frente com um tubarão no mar. Mas, mesmo aqueles que nunca se aventuraram além da
fronteira do mundo submarino, e até mesmo os que nunca visitaram o mar e apenas têm
dele referências indiretas, ouviram em inúmeras ocasiões falar dos tubarões (DE LA FUENTE,
1979).
A classe Chondrichthyes, que reúne tubarões, raias e quimeras, forma um grupo
antigo e bem sucedido de vertebrados mandibulados, atualmente representados por
aproximadamente 1.100 espécies (COMPAGNO, 1990). É um grupo primitivo que surgiu
há cerca de 450 milhões de anos, no período Siluriano (PEREIRA & SOARES-GOMES, 2002).
Durante todo esse tempo, enquanto outros animais desenvolviam novas formas superiores
de vida e de organização anatômica e fisiológica, os tubarões não sofreram quase
nenhuma evolução (CIVITA, 1975).
O sucesso evolutivo tem como suporte a resiliência às ondas de extinção, as
radiações adaptativas e progressivas especializações em vários níveis taxonômicos, o
sucesso competitivo em relação aos outros vertebrados, o oportunismo evolutivo e
flexibilidade em produzir predadores nos vários níveis tróficos, a abundância do grupo e
a vasta diversidade morfológica, ecológica e comportamental (ROCHA, 2006).
Esta continuidade revela uma magnífica adaptação para a predação no mar, pois,
são carnívoros em sua esmagadora maioria, posicionados no topo das cadeias
alimentares do ambiente marinho (SANTOS et al., 2006), ou seja, ocupam o último elo da
cadeia alimentar, possuindo poucos predadores naturais. São animais importantes como
elementos tróficos dos ecossistemas marinhos (PINHAL, 2007) tropicais e subtropicais onde
são bastante abundantes (GARLA, 2003).
Os Chondrichthyes são hoje separados em duas subclasses: Holocephali e
Elasmobranchii. Os Holocephali são representados pelas quimeras, com cerca de 50
espécies conhecidas. Os Elasmobranchii abrangem as espécies de raias e tubarões. As
raias estão incluídas na superordem Batoidea, sendo separadas em quatro ordens, 21
famílias, 63 gêneros e aproximadamente 550 espécies (GARLA, 2003).
Os tubarões estão distribuídos em duas superordens, Squaloidea e Galeoidea
(MOULD, 1997; BACILIERI, 2005), abrangendo 12 ordens, 29 famílias, 103 gêneros e cerca
de 480 espécies. O grupo Galeoidea inclui a ordem dominante, Carcharhiniformes, com
12 famílias, 63 gêneros e mais de 273 espécies (GARLA, 2003).
Ataques de Tubarão 2
OBJETIVO
DESENVOLVIMENTO
Os tubarões são em sua maioria marinhos (SABINO & PRADO, 2000), costeiros ou
pelágicos, predominantemente nectônicos, embora existam algumas espécies, tais como
aquelas pertencentes às Famílias Triakidae, Squatinidae e Squalidae, por exemplo, que
possuem hábito bentônico (FIGUEIREDO, 1977).
Estão distribuídos em todos os oceanos, em águas tropicais, subtropicais,
temperadas e frias, desde regiões costeiras até grandes profundidades, ocupando
numerosos ambientes, incluindo os recifais, estuarinos, demersais de talude e plataforma,
pelágicos costeiros e oceânicos, desde a superfície até cerca de 3.000 m de
profundidade. Carcharhinus leucas pode penetrar em grandes sistemas de águas
continentais, como o rio Amazonas (GADIG, 2001).
São predadores que se alimentam geralmente de outros peixes (ósseos e/ou
cartilaginosos). Porém, não raro algumas espécies bentônicas ingerem crustáceos,
moluscos e outros invertebrados marinhos. A dieta alimentar pode, portanto, variar
conforme a posição que os indivíduos ocupam na coluna d’água (AGUIAR, 2003).
Segundo FIGUEIREDO (1977), existem tubarões providos de placas dentígeras,
utilizadas para quebrar conchas de moluscos ou exoesqueletos de crustáceos. Além dos
padrões alimentares acima retratados, há também tubarões filtradores planctófagos,
representados por duas espécies, que são Cetorhinus maximus (tubarão peregrino) e
Rhincodon tipus (tubarão-baleia).
O aparelho digestivo inicia-se pela boca semicircular e de posição ventral (FERRI,
1974). A larga boca é marginada com fileiras transversais de dentes pontiagudos, que se
desenvolveram de escamas placóides. Estão implantados na carne e não ligados á
mandíbula e maxila. Dentes de substituição se desenvolvem continuamente, em fileiras,
atrás dos dentes funcionais e movem-se para frente para substituir aqueles que foram
perdidos (STORER et al., 1986).
Apresentam circulação sanguínea simples e fechada. A desvantagem é que o
sangue perde pressão quando passa pelas brânquias, que são formadas por muitos
filamentos delgados e paralelos que contêm capilares (MARTINS, 2004). O aparelho
circulatório consta de um coração formado por um átrio e por um ventrículo e situado
ventralmente em relação á região branquial (FERRI, 1974).
Em tubarões bentônicos a água entra na boca e passa pelas brânquias por
expansão das bolsas branquiais. Com a contração das bolsas, a água é expelida através
Ataques de Tubarão 6
das fendas branquiais. Espécies pelágicas usam um tipo de natação a jato, com a boca e
as fendas branquiais abertas mantendo um fluxo de água sobre as brânquias (STORER et
al., 1986).
O aparelho excretor dos Chondrichthyes é representado pelos rins situados
lateralmente em relação à aorta dorsal (FERRI, 1974). As brânquias funcionam como
órgão excretor auxiliar, eliminando excesso de sais e uréia, pois, o sangue e os líquidos
corporais dos Chondrichthyes são ligeiramente hipertônicos, em relação a água do mar
(MARTINS, 2004).
A ausência de bexiga natatória, órgão hidrostático comum aos peixes ósseos,
implica na falta de flutuação, que condena a maioria dos tubarões a nadar
incessantemente. A conseqüência disso é um enorme gasto de energia e para suprir
precisa se alimentar, então estão quase sempre com fome (SZPILMAN, 1998).
Ao contrário do que muitos pensam, os tubarões possuem uma visão bem
adaptada ao meio em que vivem, podendo enxergar perfeitamente em águas turvas e
escuras; distinguindo sombras contrastantes de luz e cores escuras, ou sombras negras
contra um fundo mais claro, detectando facilmente nadadores nestas condições
(SCHULTZ,1967).
Os tubarões podem detectar suas presas por meio de receptores mecânicos do seu
sistema da linha lateral, uma série de tubos superficiais, poros e agrupamentos de célula
sensoriais, distribuídos na cabeça e ao longo dos lados, o qual responde a vibrações
transmitidas pela água (POUGH, 2003). Segundo ELLIS (1975), esses poros sensoriais
recebem o nome de Ampôlas de Lorenzini.
O sistema nervoso central dos tubarões apresenta o lobo anterior, responsável pelo
processamento sensorial, e os bulbos olfativos bastante desenvolvidos, conferindo a esses
animais, do ponto de vista neurológico, um olfato extremamente sensível e efetivo na
localização de possíveis presas.
Diferentemente dos seres humanos, nos tubarões o sistema olfativo não possui
qualquer função respiratória, servindo exclusivamente para fins sensoriais. Este
complexo aparato neurofisiológico, confere aos tubarões uma acentuada capacidade de
perceber substâncias químicas diluídas na água em concentrações extremamente baixas
(SBEEl, 2005). Existem relatos de experimentos em que tubarões - limão foram capazes de
detectar e reagir a concentrações de um extrato de atum da ordem de uma parte em 25
milhões (HUETER & GILBERT, 1991).
Carmo,P.C., 2007 7
- CASOS DE ACIDENTES
Os ataques de tubarão são os mais divulgados e os menos entendidos em
todos os aspectos relacionados ao comportamento dos tubarões. A maioria dos tubarões
nunca atacou ninguém, mas o contato infrequente entre os homens e os tubarões,
quando ambos estão na água, é talvez o aspecto mais celebrado da existência dos
tubarões (ELLIS,1975). Segundo SZPILMAN (2002) é tão inusitado, que alguns pesquisadores
preferem chamar de incidente.
Ataques de Tubarão 8
Segundo BURGESS (2006) existem três tipos básicos de ataque não provocado:
“Golpear e correr”, ”bater e morder” e “furtivo”.
“Golpear e correr” é o tipo de ataque mais comum e habitualmente ocorre nas
zonas de arrebentação, com banhistas e surfistas. A vítima raramente consegue ver seu
agressor e o tubarão não costuma retornar após infligir uma única mordida. Esses
ataques, possivelmente ocorrem devido a um erro de identificação, sob condições de
baixa visibilidade ou em ambientes de água agitada. Suspeita-se, que ao morder, o
tubarão identifica que o homem é um objeto estranho e, tão rápido como mordeu, solta
sua presa e não retorna mais. As lesões provocadas por esse tipo de ataque, limitam-se a
pequenas lacerações, com maior freqüência nas pernas, abaixo do joelho, que raramente
provocam fatalidade (BURGESS, 2006).
Segundo SZPILMAN (2002), o ataque do tipo “bater e morder”, é menos comum e
resulta em grandes lesões, que provocam a maioria das fatalidades. Esses ataques
envolvem banhistas e mergulhadores, em locais de maior profundidade. Se caracteriza
por nados circulares ao redor da vítima, com freqüentes batidas com a cabeça, antes do
ataque para morder. O tipo furtivo, se diferencia por não haver sinais antes do ataque
(BURGESS, 2006).
As razões que levam um tubarão a causar um ataque a um ser humano ainda não
são totalmente compreendidas, muitos autores concluem que estejam relacionadas a
estímulos que ativem seu sistema sensorial (AMORIM et al., 1988).
- LOCAIS DE OCORRÊNCIA
A maioria dos ataques ocorre na faixa litorânea, entre os bancos de areia onde,
muitas vezes, os tubarões podem ficar presos devido à maré baixa. Áreas de "precipícios",
também são locais de ataque, porque seus alimentos naturais também se reúnem nessas
áreas (DAVIES, 1965).
Em todo o mundo o maior número de ataques ocorre nos mares tropicais e
subtropicais, existindo regiões consideradas favoráveis à incidência de ataques, como
Austrália, África do Sul, EUA (principalmente Flórida e Califórnia), Brasil, Hawai e várias
ilhas do Oceano Pacífico. Existem ainda vários outros pontos do mundo sujeito a
eventuais ataques (BALDRIDGE, 1974).
De acordo com GADIG (2001), a costa brasileira é bem rica em tubarões, com
mais de 80 espécies já encontradas por aqui e com estimativa de esse número seja ainda
Carmo,P.C., 2007 9
maior. Dentre elas, existem 15 espécies de tubarões (Tabela 1) que estão envolvidos em
ataques a humanos no litoral brasileiro (SZPILMAN, 1998).
- SITUAÇÕES DE ATAQUE
Segundo GADIG (2001), ataques a mergulhadores no Brasil são raros, cerca de
cinco casos, de um total de noventa. A maioria dos ataques foi contra mergulhadores
praticando caça submarina, no nordeste do Brasil. Um exemplo foi um acidente na Bahia
em junho de 1987, quando um tubarão tigre atacou um mergulhador que carregava uma
fieira de peixes e arrancou a ponta da nadadeira do mergulhador, sem maiores
conseqüências. Outros dois ataques foram de tubarão branco, ocorreram em Cabo Frio,
Rio de Janeiro, um, em 1981, onde um mergulhador levou uma dentada no braço, e
outro em 1997, quando um windsurfista levou 270 pontos na perna, ambos
sobreviveram (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2001).
Tabela 1. Principais espécies de tubarões responsáveis por ataques a humanos na costa brasileira,
de acordo com SZPILMAN (1998):
NOME POPULAR ESPÉCIE OCORRÊNCIA NO BRASIL
Tubarão Mako Isurus oxyrinchus toda a costa
Tubarão Mangona Odontaspis taurus costa sudeste e sul
Tubarão Marracho Lamna nasus costa sul
Tubarão Azul Prionace glauca toda a costa
Tubarão Galha-preta Carcharhinus brevipinna da costa norte ao sudeste
Tintureira Galeocerdo cuvieri toda costa
Tubarão Fidalgo Carcharhinus obscurus toda costa
Tubarão Lombo-preto Carcharhinus falciformis costa norte e nordeste
Tubarão Martelo Sphyrna zygaena toda costa
Serra-Garoupa Carcharhinus limbatus toda costa
Cação Coralino Carcharhinus perezi costa sudeste e nordeste
Tubarão Branco Carcharodon carcharias toda a costa
Tubarão Galha-branca Carcharhinus longimanus toda a costa
Tubarão Limão Negaprion brevirostris costa norte, nordeste e parte
do sudeste.
Tubarão Cabeça-chata Carchahrinus leucas costa norte, nordeste e parte
do sudeste.
Modificado de: SZPILMAN, 1998
Ataques de Tubarão 10
Existem 89 registros de ataques a seres humanos por tubarões no litoral brasileiro, que
ocorreram em 11 estados da costa (Fig.1). Sendo que deste total de registros, 16
ocorreram na região sudeste, 5 na região sul , 65 na região nordeste e outros 3 ataques
sem a região determinada, estão relacionados na Tabela 2.
Tabela 2. Registros de ataques de tubarão a humanos na costa brasileira. As cores dos estados
abaixo, relacionam com as cores que estão preenchidos no mapa acima.
Para tal análise, darei mais ênfase aos ataques a humanos ocorridos no litoral de
Pernambuco, por apresentar o maior números de ataques na costa brasileira, segundo o
ISAF (INTERNATIONAL SHARK ATTACK FILE).
Na costa nordeste do Brasil já foi verificada a ocorrência de mais de 40 espécies
de tubarão, sendo a imensa maioria destas, entretanto, completamente inofensiva para
os seres humanos. Dentre os tubarões que ocorrem em regiões costeiras e que podem
aproximar-se da praia, os mais perigosos são o tubarão tigre, Galeocerdo cuvier e o
cabeça-chata, Carcharhinus leucas. Particularmente este último, por ser uma das espécies
capazes de invadir estuários e rios, havendo registros de sua ocorrência inclusive no alto
Amazonas (JORNAL DO COMMERCIO, 1998).
De julho de 1992 até o presente, 50 ataques de tubarão ocorreram na costa
pernambucana, 49 desses nas praias da Região Metropolitana do Recife, com 19
fatalidades. Desse número, 28 foram a surfistas, sendo quatro fatais e 22 a banhistas,
dos quais, quinze fatais (SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, 2007).
O problema do alto índice de ataques em Pernambuco, após o ano de 1992 , foi
devido ao porto de Suape (Fig.2) ter passado a operar comercialmente, pois, antes disso
entre os anos de 1947 a 1992, a mesma região registrou apenas um ataque (ÉPOCA,
2006).
Segundo o NUPEC (2007), os fatores responsáveis pelo aumento no número de
ataques são:
● Elevação do número de surfistas e banhistas na região, ao longo dos anos;
● A pesca de arrasto de camarão, com descarte de peixes, próximo às praias da
área afetada;
● A topografia submarina da região, caracterizada por um canal profundo
adjacente á praia;
● Mudanças climáticas em anos recentes (particularmente em 1994, quando 11
ataques ocorreram;
● A construção do porto de Suape, ao sul de Recife, resultando em um grave
impacto ambiental e um acentuado aumento no tráfego marítimo.
Áreas portuárias são consideradas tradicionalmente zonas perigosas, em função
da maior abundância de tubarões, provavelmente atraídos pelo lixo que os navios
Ataques de Tubarão 12
comumente despejam ao mar, apesar dessa prática ser proibida. Além disso, os navios
costumam trafegar em áreas distantes da costa, próximas ao talude continental, onde
habitam espécies e indivíduos de maior porte, os quais podem ser atraídos pelas grandes
embarcações para áreas mais rasas, quando as mesmas entram em áreas portuárias,
como no caso do porto de Suape (HAZIN, 2003).
vastas áreas de manguezal e aterros, além do desvio do curso de dois rios: o Ipojuca e o
Merepe (Fig. 3). Como esta área era relativamente virgem, provavelmente era
freqüentada por fêmeas do tubarão cabeça-chata como área de parto, como observado
na (Fig. 4), já que é comum o hábito desta espécie, de parir os seus filhotes em regiões
estuarinas (HAZIN, 2006). Adiciona-se ainda o fato de que os berçários estão presentes
em áreas rasas muito produtivas, como pântanos costeiros, manguezais (Fig. 5) e
estuários, onde os jovens encontram alimento em abundância (MAZZOLENI, 2006).
Figura 3. Desvio dos rios Ipojuca e Merepe (PE), no antigo estuário usado pelas fêmeas do
tubarão cabeça chata, como área de parto e berçário. Fonte: Koening et al . , 2002
Ataques de Tubarão 14
RM Recife
Rio Jaboatão
( berçário alternativo)
Figura 6. Foto aérea do estuário do rio Jaboatão,que deságua na região metropolitana do Recife
(PE), utilizado como berçário alternativo pelas fêmeas do tubarão cabeça – chata. Fonte: GADIG,
2001
da praia, e outro cujo corpo apareceu em Pontas de Pedra, embora a exata localização
do ataque seja difícil de precisar (SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, 2007).
Figura 7. Mapa das praias de Pernambuco, onde se concentram a maioria dos ataques de
tubarão a humanos. Fonte: http://www.pousadapeter.com.br/mapapraias.jpg
Figura 8. Foto aérea da região metropolitana do Recife (PE). Fonte: GADIG, 2001
40
30 22
18
% de ataques
20 10
10
0
11h às 16h às 6h às 10:00h
15:00h 20:00h
horário
60
49
50
% de ataques
40
30
20
10 1
0
homens mulheres
sexo
30 28
25 22
% de ataques
20
15
10
0
surfista banhista
categoria
Figura 11. Porcentagem de ataques de tubarão a surfistas e banhistas, com total de 50 acidentes
entre os anos de 1992 e 2006, registrados no litoral Pernambucano. Modificado de: JC
ONLINE, 2006
35 31
30
% de ataques
25
19
20
15
10
5
0
sobreviventes fatais
vítim as
Figura 12. Percentual de ataques de tubarão a vítimas fatais e que sobreviveram, em um total de
50 casos, no período de1992 à 2006, na costa de Pernambuco. Modificado de: JC ONLINE,
2006
Ataques de Tubarão 20
Quanto ao local da lesão (Fig. 13), a maioria dos ataques atingem os membros
inferiores e superiores, pois, acredita-se que o animal confunda as pernas ou braços das
vítimas com uma presa regular de sua dieta alimentar (HAZIN, 2003).
20 18
16
% de ataques
12 10
7
8
5
4
3
4 2
1
0
xa
co
pé
o
a
ão
s
aç
aç
rn
ga
co
m
pe
br
tro
br
de
te
ná
an
local da lesão
30
24
25
19
20
% de ataques
15
10
4
5 2 1
0
Recife Jaboatão Cabo de Olinda Outros
dos Santo
Guararapes Agostinho
Local de ocorrência
Figura 14. Porcentagem de ataques de tubarão a humanos, pelo local de ocorrência, no período
de 1992 à 2006, num total de 50 casos, na costa pernambucana. Modificado de: JC ONLINE,
2006
30
25
18
% de ataques
20
13
15 10
9
10
0
nova cheia minguante crescente
fases da lua
Figura 15. Percentual de ataques de tubarão a humanos em relação às fases da lua, envolvendo
50 acidentes no litoral de Pernambuco, entre os anos de 1992 e 2006. Modificado de: JC
ONLINE, 2006
10
10
9
8 7
7
% de ataques
6
6
5 4 4
4 3 3 3 3 3
3 2 2
2 1
1 0 0
0
1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
ano de ocorrência
Figura 16. Porcentagem de ataques a humanos na costa de Pernambuco, de acordo com o ano
de ocorrência, com total de 50 ataques, no período de 1992 à 2006. Modificado de: JC
ONLINE, 2006
Com relação aos meses em que os ataques ocorrem (Fig.17), a menor incidência
de ataques no período de abril a junho pode decorrer de ser este um período sem férias
escolares e de maior intensidade de chuvas, o que certamente resulta em uma redução
significativa de banhistas e surfistas na orla marítima. Além disto, este é o período de
Carmo,P.C., 2007 23
30
25
% de ataques
20 8
6 6
15 5 5
3 4
4
10 3
2 2 2
5
0
ro o o ril io o o o ro ro ro ro
nei reir arç ab ma u nh ju lh os t mb tub mb mb
ja v e j g te
m a ou ove eze
fe se n d
PREVENÇÃO DE ATAQUES
Cuidados para banhistas:
Segundo a SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL (2007), alguns cuidados podem ser
tomados para evitar os ataques de tubarão, que são:
● procurar locais da praia com a presença de guarda-vidas;
● obedecer às orientações dos guarda-vidas;
● procurar locais da praia protegidos por arrecifes; mesmo nesses locais de arrecifes,
tomar banho apenas quando a maré estiver baixa;
Ataques de Tubarão 24
● evitar entrar no mar após ingerir bebida alcoólica, já que se perde a noção de perigo,
profundidade e reflexos;
● evitar tomar banho em uma profundidade acima da altura do umbigo;
● evitar tomar banho quando o mar estiver turvo ou em período de chuva;
● não tomar banho acompanhado de animais, principalmente de cachorros, cuja
natação é atrativa para tubarões;
● obedecer às placas de proibição da prática de surfe no Grande Recife, cuja área vai
desde a praia de Zé Pequeno, em Olinda, até o Paiva, no município do Cabo de Santo
Agostinho.
Medidas já realizadas:
●Pesca preventiva: Foram espalhadas bóias com anzóis, para ferir e matar os animais,
mas, os tubarões são nômades e não nadam sempre na região das bóias e além disso
morrem espécies inofensivas;
Carmo,P.C., 2007 25
Medidas em estudo:
Novos equipamentos de monitoramento e controle, estão sendo testados no
litoral Pernambucano a fim de evitar os ataques de tubarão, entre eles:
●Cercado para banhistas: O plano é construir uma espécie de piscina dentro da água,
onde as pessoas ficariam afastadas dos tubarões. Só que isso não impede que
aventureiros nadem além da proteção e também há um impacto ambiental ainda não
estudado (ÉPOCA, 2006).
●Rede de proteção contra tubarão: A rede em Boa Viagem terá 450 metros de extensão e
uma profundidade de cinco metros, garantindo a preservação do ecossistema marinho. O
equipamento é conhecido como tela de exclusão, pois não aprisiona animais e apenas
impede a aproximação. A idéia de instalar a proteção partiu da ONG pernambucana
Instituto Praia Segura (JC ONLINE, 2007).
●Alarme contra tubarão: São 12 novos sensores Popup Satellite Archive Tag (Psat), de
monitoramento via satélite, e 20 marcas ultra-sônicas, que serão implantadas no fundo
do mar, para rastrear os animais. A partir dos estudos feitos com informações geradas
pelos aparelhos, pesquisadores vão saber quais espécies estão próximas da costa e
montar plano de proteção aos banhistas. Os aparelhos ultra-sônicos vão ajudar
pesquisadores a saber se a espécie marcada retornou à área de risco. Essas marcas
acústicas, que estão sendo usadas pela primeira vez no mundo, vão rastrear o tubarão
toda a vez que ele se aproximar da praia (JORNAL DO COMMERCIO, 2007).
Medidas Governamentais:
Os danos causados pelos ataques de tubarão na costa pernambucana
apresentam um alcance que vai muito além das vítimas e de suas famílias, como
possuem um forte impacto de mídia, os ataques têm alcançado uma ampla divulgação
local, nacional e até mesmo internacional, repercutindo negativamente na imagem do
Estado, com óbvios prejuízos para a atividade turística, incluindo todos os seus
segmentos, desde as agências de viagem até a indústria hoteleira, passando pelas
operadoras de esportes náuticos e atividades de mergulho (JC ONLINE, 2006).
Ataques de Tubarão 26
Figura 18. Barco Sinuelo, da UFRPE, em ação Figura 19. Tubarão capturado pelo barco
de monitoramento para fins de pesquisa. Sinuelo , sendo analisado no laboratório
Fonte: JC ONLINE da UFRPE. Fonte: JC ONLINE, 2006.
duplas de Guarda-Vidas (Fig. 21) e motorizado pela orla com o auxílio de viaturas
terrestres e além disso instalou cinqüenta e duas placas de alerta aos usuários da praia,
informando sobre os riscos inerentes ao afogamento e aos ataques de tubarões.
Figura 20. Guarda-vidas utilizando o Shark Figura 21. Guarda-vidas atuando na shields
equipamento de proteção individual, vigilânciae fiscalização das praias.
que repele os tubarões, diante de um Fonte: JC ONLINE, 2006
possível ataque. Fonte: JC ONLINE, 2006
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, A. A. 2005. Estrutura e densidade populacional e uso de habitat por Dasyatis americana
no Arquipélago de Fernando de Noronha. Dissertação de mestrado. Universidade Federal da
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