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ANÁLISE DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO MSA

SISTEMA DE MEDIÇÃO NÃO REPLICÁVEL


Vinicius Fechio – Técnico de Metrologia – Brasmetal Waelzholz S. A. Ind. e Com. – Julho/ 2009
E-mail: vfechio@brasmetal.com.br / Site: www.brasmetal.com.br

ANÁLISE DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO

O principal objetivo da análise dos sistemas de medição (MSA) é a compreensão do processo de


medição, a determinação da quantidade de erro do processo e também a avaliação da adequação do
sistema de medição para o controle do processo e do produto. O MSA promove o entendimento e o
aperfeiçoamento (redução da variação).
Nem toda característica do processo ou produto requer uma análise detalhada. Sistemas de
medição mais simples, como os sistemas determinados por paquímetros, micrômetros ou calibradores,
muitas vezes não requerem uma análise detalhada. A regra básica para escolha do sistema a ser
avaliado é sua identificação no plano de controle ou sua importância para determinar a rejeição ou não do
processo ou produto. Outro indicativo é o nível de tolerância determinado para a dimensão específica e a
criticidade perante o cliente. Porém, o bom senso é o guia em qualquer caso.

ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO POR VARIÁVEIS NÃO REPLICÁVEIS

O objetivo da análise realizada neste trabalho é avaliar um sistema de medição não replicável.
Os sistemas de medição não replicáveis são aqueles cujas leituras não podem ser repetidas em cada
peça, são os sistemas onde as peças sofrem alterações durante o ensaio ou são destruídas.
A análise foi feita com o teste destrutivo de resistência a tração. O corpo de prova é destruído no
ensaio, portanto não podemos medir a mesma peça mais de uma vez e neste caso, utilizamos o arranjo
experimental denominado hierárquico ou “nested”. No arranjo experimental hierárquico, os níveis do fator
lote (peças similares) ocorrem em combinação com os níveis do fator operador - determinada peça é
medida apenas uma vez por determinado operador.
A primeira coisa a ser feita antes de abordar um estudo de sistema de medição não replicável é
garantir que todas as condições que englobam o teste sejam definidas, padronizadas e controladas –
operadores devem ser similarmente qualificados e treinados, instruções de trabalho devem ser
detalhadas e operacionalmente definidas, condições ambientais devem ser controladas dentro de um
grau adequado, equipamentos devem ser calibrados e receber manutenção adequada etc. Em segundo
lugar, é necessário verificar se o processo de produção é estável e capaz.
Depois disto, uma vez que a peça não pode ser reavaliada devido a alterações em sua estrutura
(ou destruição), diversas peças semelhantes (homogêneas) devem ser escolhidas para o estudo e deve
ser feita a suposição de que as peças são idênticas (ou similares). Os conjuntos de peças homogêneas
são denominados lotes. As peças devem ser amostradas consecutivamente (dentro de um mesmo lote de
produção) sendo idênticas (ou similares) o suficiente para que elas possam ser tratadas como se fossem
a mesma peça. Se o processo de interesse não satisfazer esta suposição, este método não irá funcionar.
Geralmente, se estas peças são tiradas da produção de modo consecutivo, sob condições de produção
semelhantes o máximo possível, esta exigência é cumprida.

ESTABILIDADE

Estabilidade (ou deslocamento lento e gradual) é a variação total nas medições obtidas com um
sistema de medição aplicado sobre o mesmo padrão-mestre ou peças, quando medindo uma única
característica no decorrer de um período de tempo prolongado. É a variação da Tendência ao longo do
tempo.
Dados do Experimento:
- Medição de Resistência a Tração
- Equipamento de medição: Máquina de Ensaios Zwick Roell Z250.
2
- Unidade: N/mm
- Produzir um lote de corpos de prova homogêneo (25 corpos de prova de uma mesma tira de
aço).
- Os corpos de prova não degradam durante o tempo de realização do experimento.
- Medir periodicamente os corpos de prova em horários diferentes e como critério para avaliação
da estabilidade utilizar a análise do gráfico de controle I-MR (valores individuais e amplitude móvel).

1
Valores Amplitude
Data Hora Individuais Móvel
(N/mm2) (N/mm2)
1/6/2009 12:05 315,55
2/6/2009 15:40 319,27 3,72
3/6/2009 14:20 316,90 2,37
4/6/2009 09:10 315,43 1,47
5/6/2009 08:50 317,28 1,85
8/6/2009 09:40 319,77 2,49
15/6/2009 16:55 317,37 2,40
16/6/2009 08:50 317,27 0,10
17/6/2009 15:00 315,99 1,28
19/6/2009 08:30 316,43 0,44
22/6/2009 15:40 315,02 1,41
29/6/2009 14:40 315,31 0,29
30/6/2009 11:30 316,56 1,25
2/7/2009 10:00 315,82 0,74
3/7/2009 13:50 315,94 0,12
6/7/2009 16:15 314,52 1,42
16/7/2009 09:00 317,06 2,54
17/7/2009 14:00 317,37 0,31
20/7/2009 07:30 318,14 0,77
21/7/2009 08:55 317,34 0,80
22/7/2009 11:00 319,48 2,14
24/7/2009 15:05 319,13 0,35
27/7/2009 14:20 318,93 0,20
28/7/2009 14:45 317,18 1,75
29/7/2009 11:40 315,83 1,35

Gráfico de Valores Individuais


Valores Individuais

320.49
318

317
314

313.5

Peças

Gráfico de Amplitude Móvel


5

4.296105
AmplitudeMóvel

2 3 4

1.315
0 1

Peças

2
Dados do processo:

Gráfico de Valores Individuais

Limite Superior: 320,492


Limite de Centro: 316,9956
Limite Inferior: 313,499

Gráfico de amplitude móvel

Desvio padrão: 1,165


Limite Superior: 4,296
Limite de Centro: 1,315
Limite Inferior: 0,00

CONCLUSÃO

Ao analisar o gráfico das amplitudes móveis, observamos que não há nenhum ponto fora dos
limites de controle, o mesmo acontecendo para o gráfico de valores individuais. Assim, concluímos que o
sistema de medição está estável com relação à resistência à tração.

REPETITIVIDADE E REPRODUTIBILIDADE (R&R)

Tradicionalmente, a repetitividade é conhecida como a variabilidade “de um único avaliador”. A


repetitividade é a variação das medições obtidas com um instrumento de medição, usado várias vezes
por um avaliador, enquanto medindo uma mesma característica de uma mesma peça. Ela é a variação
inerente ao equipamento, ou é a capabilidade do próprio equipamento. O melhor termo para designar a
repetitividade é a variação dentro do sistema, pois as condições de medição são fixas e definidas.
Reprodutibilidade é conhecida como a variabilidade “entre avaliadores”. A reprodutibilidade é
tipicamente definida como a variação das medições feitas por diferentes avaliadores, utilizando um
mesmo instrumento de medição, enquanto medindo uma mesma característica de uma mesma peça. Isto
é muito real para instrumentos manuais influenciados pela habilidade do operador. Contudo, não é real
para processos de medição em que o operador não se constitui na maior fonte de variação (exemplo:
sistemas automáticos). Por esta razão, a reprodutibilidade é denominada como a variação das médias
entre sistemas, ou entre condições de medição.
O R&R do dispositivo de medição é uma estimativa da variação combinada da repetitividade e da
reprodutibilidade. Dito de outra forma, o R&R é a variância resultante da soma das variâncias dentro do
sistema e entre sistemas.

Dados do Experimento:
- Selecionar 5 ordens de fabricação, com pouca variabilidade dentro das ordens e a variabilidade
natural do processo de produção entre as ordens.
- De cada ordem de fabricação (rolo) foi retirada uma amostra.
- De cada amostra foi confeccionado 9 corpos de prova, totalizando 45 corpos de prova.
- Cada avaliador medirá 3 corpos de prova de cada amostra (3 avaliadores; 3 corpos de prova
por avaliador)
2
- Unidade: N/mm
2
- Tolerância: 50 N/mm

3
Os resultados encontrados foram:

Peça/ Lote
Medidas 1 2 3 4 5 Média
1 353,69 319,80 318,92 346,35 321,63
2 355,13 317,43 320,49 344,66 320,61
Inspetor A 3 353,57 316,97 321,63 346,72 320,71
Média 354,13 318,07 320,35 345,91 320,98 331,89
Amplitude 1,56 2,83 2,71 2,06 1,02 2,04

1 354,28 322,01 323,96 342,72 323,12


2 357,43 323,80 325,60 346,61 323,14
Inspetor B 3 353,00 318,67 327,34 347,56 323,76
Média 354,90 321,49 325,63 345,63 323,34 334,20
Amplitude 4,43 5,13 3,38 4,84 0,64 3,68

1 356,34 317,65 319,52 346,07 321,08


2 355,21 319,77 322,07 346,69 320,32
Inspetor C 3 353,95 313,67 317,87 346,72 320,77
Média 355,17 317,03 319,82 346,49 320,72 331,85
Amplitude 2,39 6,10 4,20 0,65 0,76 2,82

Médias 332,64
MÉDIA
Amplitudes 2,85

Os cálculos foram realizados através do Método da Análise de Variância (ANOVA):

Soma dos Quadrados


ANOVA G.L. Estatística F Pr(>F)
quadrados Médios
Operadores 2 54,441 27,221 0,033 0,968
Peças/Operadores 12 9878,329 823,194 282,206 0,000
Repetitividade 30 87,510 2,917

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO Variâncias Contribuição (%)

Repetitividade 2,917 1,056


Reprodutibilidade 0,000 0,000
Operadores 0,000 0,000
Peças 273,426 98,944
Repetitividade e reprodutibilidade 2,917 1,056
Total 276,343 100,000

VARIAÇÃO TOTAL E/OU Desvio


Variação total (%) Tolerância (%)
TOLERÂNCIA padrão
Repetitividade 1,708 10,274 20,495
Reprodutibilidade 0,000 0,000 0,000
Operadores 0,000 0,000 0,000
Peças 16,536 99,471 198,427
Repetitividade e reprodutibilidade 1,708 10,274 20,495
Total 16,624 100,000 199,483

NDC 13

Tabela da ANOVA: Verificamos que o fator peça teve influência significativa no estudo com P-
Valor igual a 0,00 (P-Valor < 0,05), o sistema de medição é capaz de detectar a variação natural existente
entre as ordens de fabricação. E verificamos que os inspetores não tiveram influência significativa nos
resultados apresentados, P-Valor igual a 0,968, podemos determinar que não existe diferença entre os
inspetores.

4
Tabela de Contribuição: A tabela com os componentes de variação nos mostra que, apenas
1,056% da variação total observada é conseqüência do sistema de medição (repetitividade), os inspetores
não tiveram contribuição na variação do sistema de medição (reprodutibilidade). A maior parte da
variação foi devido às peças mensuradas 98,94%.

Variação Total: R&R devido à variação total igual a 10,27% e devido à tolerância igual a
20,49%. O ndc foi estimado como sendo igual a 13, logo, este sistema de medição é capaz de distinguir
a diferença natural existente entre as peças adequadamente, se um sistema de medição é avaliado pela
tolerância o índice ndc não deve ser considerado.

ANÁLISE GRÁFICA

Gráfico X-Barra Gráfico de amplitude


Inspetor A Inspetor B Inspetor C Inspetor A Inspetor B Inspetor C

8
7.32732
350

6
Amplitude
Médias

4
335.56
332.64 2.846667
330

329.73

2
0

0
310

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

Peças Peças

Por peça Por operador


Medições

Medições
340

340
320

320

1 2 3 4 5 Inspetor A Inspetor B Inspetor C

Peças Operadores

Gráfico de Interações

Oper
320 330 340 350

Inspetor B
Inspetor A
Médias

Inspetor C

1 2 3 4 5

Peças

Gráfico de amplitude: O gráfico de amplitude indica que o sistema de medição tem


discriminação adequada pois todos os pontos são diferentes de zero. E indica também que os inspetores
têm variação similar pois todas as amplitudes projetadas na carta estão entre os limites de controle.

Gráfico X-Barra: A amplitude entre as linhas de controle reflete a repetitividade do sistema de


medição, enquanto os pontos refletem a variabilidade entre as peças (processo produtivo), então,
comparamos a repetitividade do sistema de medição com a variabilidade do processo produtivo. De
acordo com o Manual do MSA, quando analisamos o R&R pela variação total, a maioria dos pontos do
gráfico devem estar fora dos limites de controle.

5
Gráfico por peça: Avaliamos a consistência do sistema de medição em relação às peças, as
peças são distintas, portanto, o sistema de medição deve identificá-las. Assim, as medições das peças
não podem estar alinhadas.

Gráfico por Operador (BoxPlot): Comparamos as medições entre os avaliadores. Como os


avaliadores estão medindo as “mesmas peças”, as medições devem ser similares.

Gráfico de interações: Verificamos que não há interação entre os avaliadores e peça, uma vez
que, as medições das peças praticamente não variam de acordo com o avaliador.

CONCLUSÃO

Por convenção, a variação de 99% tem sido usada para representar a variação “total” do erro de
medição, representada pelo fator multiplicador 5,15 (onde σR&R é multiplicado por 5,15 para representar a
variação total de 99%). Sendo assim, multiplicando o desvio padrão da variação total de R&R (1,708
2 2
N/mm ) por 5,15 temos a variação total do erro de medição de ± 4,398 N/mm .
Com este resultado e todos os outros já calculados, somando a análise gráfica e a análise do
desempenho do sistema de medição no longo prazo, concluímos que o sistema de medição é aceitável.

6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Análise dos Sistemas de Medição MSA, Manual de Referência. 3 ed.

- NBR ISO 10012-1. Requisitos de garantia da qualidade para equipamentos de medição. RJ,
1993.

- Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia. 5 ed. RJ, 2007.

- Apostila MSA – Estatcamp Consultoria em Estatística e Qualidade. São Paulo, 2008.

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