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CAPÍTULO 3

Mecanismos da Transferência de calor

3.1 INTRODUÇÃO

O requisito básico para um processo de transferência de calor é a presença de uma diferença de temperatura.
Não pode existir transferência de calor entre dois corpos que estão na mesma temperatura. A energia
transferida por calor não pode ser medida diretamente mas possui um significado físico quando relacionada
com uma quantidade mensurável chamada temperatura.

Todos os processos de transferência de calor envolvem a transferência e conversão de energia. Desta forma,
podemos afirmar que a transferência de calor é um ramo complementar da termodinâmica e portanto, sujeita à
primeira e à segunda lei da termodinâmica.

O conhecimento da distribuição de temperatura é essencial no estudo da transferência de calor e de interesse


em muitos campos da engenharia. No projeto de trocadores de calor como geradores de vapor, caldeiras,
condensadores, resfriadores, radiadores, etc; é muito importante determinar o tamanho, o custo, a
exeqüibilidade do equipamento ou os limites de temperatura. No projeto do núcleo de reatores nucleares a
análise das transferências de calor é importante para determinar o tamanho dos equipamentos para a queima
do combustível. Nas aplicações aeroespaciais, as aplicações práticas da transferência de calor são muito
importantes no dimensionamento de dispositivos compactos assim como para o desenvolvimento de
isolamentos térmicos para seguranças das aeronaves. Na re-entrada das naves espaciais na atmosfera da
terra, algumas áreas da nave devem ser cuidadosamente isoladas, uma vez que ocorrem temperaturas
extremas devido ao atrito.

As condições de conforto térmico, para os ocupantes de uma sala, são determinadas pelo balanço da
transferência de calor das pessoas com o ar da vizinhança assim como com as paredes e janelas que do
interior da sala.

Um outro campo onde a transferência de calor é muito importante é no projeto de micro-processadores


integrados, que contém muitos elementos em um espaço muito reduzido e cada um com uma quantidade finita
de geração de calor. Estes microprocessadores são limitados pela necessidade de um adequado resfriamento,
uma vez que a temperatura de operação destes componentes é limitada. Estes exemplos são algumas das
muitas aplicações da transferência de calor.

O estudo da transferência de calor é dividido em três grandes campos: condução, convecção e radiação.

A TRANSFERÊNCIA DE CALOR E SUA RELAÇÃO COM A TERMODINÂMICA


Vimos nos capítulos anteriores, que a termodinâmica trata com a relação entre calor e outras formas de
energia em equilíbrio. e pode ser utilizada para calcular a quantidade de energia necessária para que um
sistema passe de um estado de equilíbrio para outro, no entanto, ela não é capaz de prever a rapidez destas
mudanças, ou seja a termodinâmica, está relacionada com estados de equilíbrio, e não considera os
mecanismos que causam a transferência de calor que por essência são processos que não equilíbrio. Para que
ocorra transferência de calor, necessariamente deve existir um gradiente de temperatura, e este processo não
ocorre em equilíbrio.

Podemos afirmar que a transferência de calor é um ramo complementar da termodinâmica, cujo objetivo não é
explicar somente como a energia é transferida através de um sistema, mas também, avaliar a taxa em que
ocorre esta interação, sob determinadas condições. Assim, havendo uma diferença de temperatura num
sistema, a transferência de calor fornece a velocidade e a distribuição desta temperatura. Como exemplo,
considere o aquecimento de uma colher de aço inoxidável colocada em contato com uma xícara de café
quente. Após um certo tempo, estabelecido o equilíbrio, a termodinâmica pode ser utilizada para calcular a
temperatura final do sistema xícara-colher, mas pela termodinâmica, não poderemos saber em quanto tempo
ocorrerá esta interação, nem qual será a temperatura ao longo da colher no período em que foi atingido o
equilíbrio térmico. Por sua vez a transferência de calor, pode ser utilizada para calcular a distribuição da
temperatura ao longo da colher em função do tempo.

3.2 OBJETIVOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR


Alguns problemas da transferência de calor tratam da necessidade de determinar a taxa de transferência de
calor, para um sistema existente, a uma diferença de temperatura especificada. Outros problemas tratam com
a necessidade de determinar o tamanho de um sistema, quando a taxa de transferência de calor é especificada
para uma dada diferença de temperatura. Podemos englobar estes objetivos gerais da transferência de calor
em três grandes campos, que são os seguintes: aumento da taxa de transferência de calor, isolamentos
térmicos, controle de temperatura.

AUMENTO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR


O objetivo deste problema é melhorar o contato térmico, de maneira a maximizar a taxa de transferência de
calor e minimizar as diferenças de temperatura existentes entre os sistemas em contato. Isto normalmente é
conseguido alterando a configuração geométrica do sistema ou mudando o escoamento dos fluidos que
separam as superfícies de contato.

ISOLAMENTOS TÉRMICOS
Nesta classe de problemas o objetivo é minimizar as taxas de transferência de calor, com a escolha adequada
dos materiais isolantes, de modo que a taxa de transferência de calor seja reduzida ao máximo, mantendo as
temperaturas de contorno constantes.

CONTROLE DE TEMPERATURA
O objetivo neste tipo de problemas é determinar o escoamento do fluido que garanta a transferência de calor
adequada para o ambiente e assim, mantenha a temperatura da superfície do corpo, abaixo da temperatura de
operação especificada.

3.3 MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR


3.3.1 CONDUÇÃO
A transferência de calor por Condução, também chamada de transferência de calor por difusão, está relacionada
ao transporte de energia e ocorre quando há um gradiente de temperatura num meio estacionário, que pode
ser um sólido ou um fluido.

O mecanismo físico envolvido é a movimentação aleatória dos átomos ou moléculas. De acordo com a teoria
cinética, a temperatura de um material é proporcional à energia cinética média de suas moléculas
constituintes, onde a temperatura é uma medida dessa atividade molecular. Esta energia intrínseca de um
elemento de matéria é chamada de energia interna (U). Assim, quanto mais rápido se movem estas moléculas
maior será a temperatura e a energia interna do elemento. As moléculas possuidoras de maior energia
transmitirão parte da sua energia para as moléculas da região de temperatura mais baixa. Esta transferência
de energia se dá pelo impacto elástico, como nos fluidos, ou por difusão de elétrons das regiões de alta, para
as regiões de baixa temperatura. O capítulo seguinte referente à condução, trata dos detalhes deste modo de
transferência de calor.

A lei básica da condução de calor é baseada em observações experimentais. Esta lei afirma que a taxa de
transferência por condução, em uma certa direção, é diretamente proporcional à área normal de troca e ao
gradiente de temperatura nessa direção. Estas conclusões inicialmente propostas por Fourier podem ser
expressas através da seguinte relação:

• dT
Q cond α A
dx

• dT
A taxa em que o calor é transferido por condução ( Q ) é proporcional ao gradiente de temperatura
cond dx
multiplicada pela área ( A ) através do qual o calor é transferido. Nesta relação T ( x ) é a temperatura local e
( x ) é a distancia na direção do fluxo de calor.
Podemos expressar esta relação através de uma igualdade considerando a influência do material através da
condutividade térmica. Assim:
• dT
Q cond = − k A (W)
dx

onde ( k ) é uma propriedade de transporte denominada condutividade térmica (W/m.K) sendo uma
característica do material. O coeficiente de condutividade térmica varia com a temperatura, e um valor médio
deverá ser utilizado na equação acima. O sinal negativo é conseqüência da segunda lei da termodinâmica, uma
vez que o calor é transferido no sentido da diminuição da temperatura.

Podemos expressar o fluxo de calor por condução ( q" ) como a taxa de troca de calor por unidade de área,

em (W/m2) dado por :



Q d
T
q" = =

k
A d
x
(W/m2)

Caso simples de uma parede plana:


Para o caso de uma parede plana, onde a condução pode ser assumida como unidimensional e em regime
permanente. Assumindo que tanto a área de troca e a condutividade térmica do material, num intervalo de
temperatura, são constantes, para condições de estado estacionárias, podemos integrar a equação da taxa de
condução de calor para obter a seguinte equação:

• T − T1 T − T2
Q cond = −k A 2 = kA 1
L L

3.3.2 CONVECÇÃO
A transferência de calor por Convecção se refere à transferência de energia que ocorre entre uma superfície e
um fluido em movimento, quando estão em temperaturas diferentes. O modo de transferência de calor por
convecção, consiste de dois mecanismos operando simultaneamente. O primeiro mecanismo é a energia
transferida devido ao movimento molecular chamada de condução de calor. Superposto a este modo ocorre a
transferência de energia, originada pelo movimento macroscópico de parcelas de fluido, cada um, consistindo
de um grande número de moléculas se movimentando em virtude de uma força externa. Esta força externa
pode ser devido a um gradiente de densidade, como no caso da convecção natural ou devido a uma diferença
de pressão gerada por uma bomba ou um ventilador, chamada de convecção forçada, ou pela combinação
desse dois mecanismos.

Na prática estes dois modos de convecção podem coexistir simultaneamente, este processo é denominado de
convecção mista. A equação que representa a transferência de calor, independente do processo (forçada,
natural ou mista) é escrita da seguinte forma:


Q conv = hc As (T s − T∞ )

onde ( hc ) dado em ( W/ m 2.K ) é o coeficiente médio de transferência de calor por convecção. As , é a área
superficial de troca de calor e ( (T s − T∞ ) ) é a diferença entre as temperaturas da superfície e do fluido.

A equação da convecção acima é bastante simples, no entanto, ela define um coeficiente médio de transmissão
de calor por convecção hc . Porém, o coeficiente de transferência de calor por convecção hc é uma função
complexa que depende do tipo de escoamento, das propriedades térmicas do fluido e da geometria do sistema.
Seu valor numérico não é, em geral, uniforme sobre a superfície, e depende também do local onde a
temperatura do fluido ( T∞) é medida.

O fluxo de calor por convecção ( q" •


) é definido como a taxa de transferência de calor ( Q ) por unidade de

área. Q dado em (W/m2)
q" =
A

EXEMPLO

Calcule a taxa de calor perdido por convecção no capô do carro, assumindo que possui uma área de 1,4 m 2 e o
coeficiente de transferência de calor por convecção é de h= 20 W/m 2.K. A temperatura na superfície externa do
capô se encontra a 50°C e a temperatura externa do ar ambiente está a 20°C.

3.3.3 RADIAÇÃO
A transferência de calor por radiação ocorre sempre que duas superfícies se encontram em temperaturas
diferentes. Todas as substâncias emitem continuamente radiação eletromagnética por virtude da agitação
atômica e molecular associada com a energia interna do material. O mecanismo da emissão da radiação térmica
está relacionado à energia liberada em conseqüência das oscilações ou transições dos muitos elétrons que
constituem a matéria. Essas oscilações, por sua vez, estão sustentadas pela energia interna e, por isso
dependem da temperatura da matéria. Portanto, associamos a emissão de radiação térmica a condições de
excitação térmica no interior da matéria.

A Radiação térmica ocorre quando a energia do campo de radiação é transportada por ondas eletromagnéticas
(ou fótons) sem precisar de um meio material. Como todas as superfícies, numa temperatura finita, emitem
energia na forma de ondas eletromagnéticas, haverá uma transferência líquida de calor pela radiação entre
duas superfícies em temperaturas diferentes.

A transferência de calor por radiação ocorre em sólidos, líquidos e gases. A energia é transferida entre
elementos separados sem a necessidade de um meio material presente, como ocorre na condução ou na
convecção. Quando nenhum meio físico está presente (vácuo), a radiação térmica se torna a única forma de
transferência de calor.


Q rad = A1ε σ (T1 4 − T2 4 )

onde: ε é a emissividade de uma superfície cinza, que depende do material e seu acabamento e σ é o
coeficiente de Stefan-Boltzmann dado por: σ =5 ,67 x10 −8 W/m 2 .K 4

A transferência de calor por radiação entre dois corpos depende da diferença entre temperaturas absolutas
individuais dos corpos elevados a potencia de quatro. Esta diferença entre a radiação e as outras formas de
transmissão de calor como condução e convecção mostra a importância da radiação para altas temperaturas
absolutas. Assim, a radiação é importante na transferência de calor de fornalhas, câmaras de combustão,
fundição de metais, bocais de foguetes e emissão de energia de explosões nucleares, entre outros.

Quando dois corpos estão em contato térmico e nenhum dos corpos emite completamente toda radiação, é
chamado de corpo cinza. Considere que entre estes dois corpos há uma relação geométrica definida, a
transferência de calor por radiação pode ser definida utilizando o fator geométrico chamado fator de forma (
F1−2 ), que considera a emissividade e a geometria relativa de superfícies reais.


Q rad = A1 F1− 2 σ (T1 4 − T2 4 )

EXEMPLO

3.4 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA NA TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Como vimos, os diferentes modos de transferência de calor (condução, convecção e radiação) representam
formas de energia que atravessam as fronteiras de um sistema. Podemos utilizar a primeira lei da
termodinâmica para modelar problemas que requeiram um balanço de energia, para situações onde não é
interessante encontrar as variações de temperatura no interior de um volume de controle.

Há muitos casos onde se torna necessário utilizar a equação da conservação da energia aplicada sobre a
superfície de um sistema, como mostrado na figura X abaixo. Nestes casos a superfície de controle não possui
massa e volume circundante aproxima-se de zero, portanto, não há energia armazenada ou gerada, portanto,
a conservação da energia se reduz a:

• •
E ent − E sai = 0

Na superfície de controle da figura abaixo, a taxa de calor por condução que entra será igual a taxa de
convecção mais a taxa de calor por radiação que sai da superfície de controle, delimitada pelas linhas
tracejadas, Assim:

• • •
Q cond = Q conv + Q rad

Convém notar que, da forma como foi colocada a equação de energia, ela continua sendo válida para o regime
permanente e também para condições em regime transiente.

3.5 MECANISMOS COMBINADOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Até agora, vimos os mecanismos de transferência de calor como condução, convecção e radiação de forma
isolada, na realidade, em processos reais os mecanismos de transferência de calor ocorrem combinados de
maneira que, na maioria dos casos, não podemos isolar totalmente os outros modos de transferência de calor.
Os efeitos de uma distribuição real de temperaturas são quase sempre controlados por mecanismos
combinados agindo simultaneamente.

Existem muitos processos onde não estão envolvidos dois mecanismos combinados. Por exemplo, a
transferência de calor no vácuo ocorre somente por radiação, assim como a transferência de calor em sólidos
opacos ocorre somente por condução. Os processos onde dois deles podem ocorrer de forma simultânea, são
por exemplo, o escoamento de um fluido, onde os modos de transferência de calor que predominam são a
convecção e a radiação. Nos sólidos semitransparentes, também temos dois mecanismos envolvidos, condução
e radiação. A relativa pouca importância de um ou outro mecanismo no processo, pode ajudar a simplificar o
tratamento analítico.

3.6 RESISTÊNCIA TÉRMICA

A equação deduzida para parede plana pode ser escrita como em função da resistência térmica que a parede
oferece ao fluxo de calor por condução como:
• kA
Qx = ( T1 − T2 )
L
• T − T2 T1 − T2
Qx = 1 =
podemos escrevê-la como: L Rt
kA
L
onde Rt é a resistência térmica : Rt =
kA

Observa-se que ∆T = T1 − T2 é a diferença entre a maior temperatura ( T1 ) e a menor temperatura ( T2 ) e


pode ser vista como o potencial para o escoamento do calor, análogo à voltagem, sendo o potencial de energia
∆E
para a corrente dada pela lei de Ohm, I = . A comparação é mostrada na figura abaixo
R

T − T2
Rcond = 1

Qx

Para a condução de calor:


L
R cond =
kA

Analogamente para a convecção, a transferência de calor por convecção de uma superfície para um fluido em
movimento pode ser calculado usando o conceito de resistência térmica.

• T − T∞
Q conv = hc As (T s − T∞ ) = s
Rc
1
onde a resistência térmico por convecção é dada por: Rc =
hA

Para a Radiação:
Em muitos problemas de engenharia a radiação térmica se encontra combinada com outros mecanismos de
transferência de calor. A solução para tais problemas pode ser simplificada usando a resistência térmica para a
radiação ( R rad ). Assim:
• T1 − T2
Q rad = A1 F1−2 σ (T1 4 − T2 4 ) =
Rr
onde
T1 − T2
R rad =
A1 F1− 2 σ ( T1 4 − T2 4 )

RESISTÊNCIAS TÉRMICAS EM SÉRIE


Suponha que temos duas paredes compostas de materiais diferentes como mostrado na figura anterior.
Sabemos que a taxa de transferência de calor

• T −T • L 
Q = 1 2 obtemos T1 − T2 = Q A 
LA  k A AA 
k A AA
• T − T3 • L 
Q= 2 obtemos : T2 − T3 = Q B 

LB  k B AB 
k B AB

Somando os termos para eliminar T2

• L LB 
T1 − T3 = Q  A + 

 k A A A k B AB 

• T1 − T3 T − T3
Q= = 1
LA LB R A + RB
+
k A A A k B AB

Usando a analogia da resistência elétrica vemos o problema como 2 resistências em série, formando um
circuito térmico.

RESISTÊNCIAS TÉRMICAS EM PARALELO


Se a condução ocorrer numa seção com 2 diferentes materiais em PARALELO como mostrado na figura ao lado.

Uma vez que o calor é conduzido através de dois materiais ao longo de caminhos separados entre o mesmo
• • •
potencial. O calor total será: Q = Q + Q
T A B
• T − T2 T1 − T2 T1 − T2 T1 − T2
QT = 1 + = +
L L RA RB
K A AA K B AB
• 1 1  R + RB 
QT = ( T1 − T2 )( + ) = ( T1 − T2 )  A 
R A RB  R A . RB 
• T1 − T2
QT =
R A . RB
R A + RB

Onde a resistência térmica em paralelo para uma parede plana será:


R A . RB
RT =
R A + RB

Note que a área total de transferência de calor é a soma A A + AB e a resistência total é o produto das
resistências individuais dividido pela sua soma. Casos reais complexos onde estão presentes resistências em
série e em paralelo como mostrado na figura ao lado são resolvidos utilizando o conceito da somatória das
resistências.

• T1 − T2 ∆T global
QT = =
R1 + R 2 + R3 n =3
∑ Rn
n =1

EXEMPLO:
Considere um sistema como mostrado na figura abaixo, onde um fluido quente circula na parte interna de uma
superfície que se encontra a uma temperatura T1 e troca calor por convecção. Na parede de espessura L,
ocorre a troca de calor por condução e a superfície externa que se encontra na temperatura T 2 troca calor por
convecção com o fluido frio que se encontra na temperatura Te ambiente.
A equação da taxa de transferência de calor para este sistema é dada pela equação:
• T − Te
Qx = i
Rtotal

• Ti − Te Ti − Te
Qx = =
Assim: Rconv −i + Rcond + Rconv −e 1 L 1
+ +
hi A k A A he A
1 L 1
onde: Rtotal = + +
hi A k A A he A
EXERCÍCIOS
3.1 A parede de uma casa é construída em tijolo com espessura de 0,2m. A condutividade térmica do tijolo
(k) é de 1,7 W/m.K. No dia muito quente de verão, a temperatura externa da parede estava em 50ºC e as
paredes internas se mantinham a 25ºC. Qual será a taxa de calor transmitida através de uma parede de 5m x
3m ?

3.2 A parede composta de um forno possui três materiais, dois dos quais com condutividade térmica (k) e
espessura conhecida (L). Os valores são: kA= 20 W/m.K, kC= 50 W/m.K, LA= 0,30m e LC= 0,15m. O terceiro
material, B, que se encontra entre os materiais A e C, possui espessura L B = 0,15 m, mas sua condutividade
térmica kB é desconhecida. Em condições de operação em regime estacionário, medidas revelam uma
temperatura na superfície externa do forno de T sup-e=20°C, uma temperatura na superfície interna de T sup,i =
600oC e uma temperatura do ar no interior do forno de T int=800°C . O coeficiente de transferência de calor
por convecção do ar no interior do forno é igual a 25 W/m2.K. Calcular: a) o valor de kB. b) O fluxo de calor (q”)
c) As temperaturas T2 e T4
3.3 Uma casa possui uma parede composta com camadas de madeira, espessura de L=0,2 m, (k=0,17 W/m.K)
e isolamento a base de fibra de vidro (k=0,042 W/m.K) de espessura 0,05 m e gesso (k=0,5 W/m.K) com
espessura de 0,02m. Num dia frio de inverno as temperaturas interna e externa da casa são respectivamente
de 20°C e -10°C e os coeficientes externo e interno de transferência de calor por convecção são de h e = 30
W/m2.K e hi = 6 W/m2.K. A área total da superfície da parede é de 35 m2. Calcular: a) Uma expressão da
resistência térmica total da parede, incluindo os efeitos da convecção interna e externa da parede. b)
Determine a perda total através da parede c) Se o vento soprasse violentamente, aumentando o valor de h e
para 100 W/m2.K determine o aumento percentual na perda da taxa de transferência de calor. d) Qual é a
resistência que controla o processo térmico, ao ser a mais importante na determinação da quantidade de calor
que atravessa a parede?.

3.4 Uma superfície de 1m2, onde as temperaturas no meio quente e no meio frio são respectivamente de 60°C e
20°C, possui coeficientes de transferência de calor por convecção para o fluido quente de h=50 W/m 2.K e para o
fluido frio de h = 10 W/m 2.K. As espessuras são respectivamente de L A= 0,2m, kA=0,72 W/m.K ; LB=0,15m,
kB=1,3 W/m.K LC=0,15m, kC= 0,67 W/m.K e LD=0,20m, kD= 0,17 W/m.K. Calcule: a) a taxa de transferência de
calor b) Calcular as temperaturas internas em A, B, C e D c) Faça a resistência térmica do circuito.

3.5 Um ferro de passar roupa possui uma potência de 1200 W. A base do ferro possui uma área superficial
de 0,03 m2 e se encontra exposta a uma corrente de ar à temperatura de 25°C. O coeficiente de transferência
de calor por convecção é de 20 W/m2.°C e a emissividade do material é de 0,45. Calcule a temperatura da
superfície do ferro de passar.

3.6 Equipamentos de potência são instalados sobre um dissipador de calor que possui uma área superficial
exposta de 0,045 m2 e uma emissividade de 0,80. Quando os equipamentos eletrônicos produzem uma
potência total de 20 W e a temperatura do ar da vizinhança é de 27°C, a temperatura média do dissipador de
calor é de 42°C. Qual será a temperatura média do dissipador se os equipamentos de eletrônicos produzirem
uma potência total de 30 W e as condições do ambiente se mantiverem as mesmas?
3.7 Um circuito integrado (chip) de silício é encapsulado de tal modo que, sob condições de regime
estacionário, toda a potência por ela dissipada é transferida por convecção para uma corrente de fluido, na qual
h = 1000 W/m2.K e T∞=25°C. O chip está separado do fluido por uma placa de alumínio, que tem 2 mm de
espessura. Se a área superficial do chip é de 100 mm2 e a sua temperatura máxima permissível é de 85oC, qual
a potência máxima que pode ser dissipada pelo chip?

3.8 Aproximadamente 106 componentes elétricos discretos podem ser colocados em um único circuito
integrado (chip) com uma dissipação térmica na ordem de 30.000 W/m 2. O chip, que é muito fino, tem sua
superfície externa exposta a um líquido dielétrico, com he= 1000 W/m2.K e T∞,e =20oC, enquanto sua
superfície interna esta conectada à placa de circuito impresso. A espessura é L p= 5mm e a condutividade
térmica é kp= 1 W/m.K. A outra superfície da placa está exposta ao ar ambiente, onde h i = 40W/m2.K e T∞,i
= 20oC. a) Esboce o circuito térmico equivalente para as condições de regime permanente. Identifique as
resistências, temperaturas e fluxos térmicos. b) Sob condições de regime estacionário e para um fluxo de calor
dissipado no chip de q” c= 30.000 W/m2, qual é a temperatura do chip ? c) O fluxo térmico máximo permitido,
q”c,m é determinado pela limitação de que a temperatura do chip não deve exceder 85oC . Determine o q”c,m
para as condições anteriores. Se ar for utilizado no lugar do líquido dielétrico, o coeficiente de transferência de
calor por convecção é reduzido em aproximadamente uma ordem de grandeza. Qual é o valor de q”c,m para
he= 100 W/m2.K

3.9 A parte superior de uma placa muito fina se encontra exposta a um fluxo de radiação infravermelha de
900 W/m2, considere que a parte inferior se encontra bem isolada. A superfície exposta absorve 75% do fluxo
de radiação incidente e a emissividade do material da placa é de aproximadamente 0,7. Se o ar externo da
vizinhança se encontra a 300 K e o coeficiente de transferência de calor por convecção é de 20 W/m 2, calcule a
temperatura da placa.

3.10 Escolha um sistema de ar condicionado para a sala de aula, considerando somente a taxa de calor que
teria de ser removido de um grupo de 80 alunos, num dia de primavera. Considere que a área exposta de
troca de calor de uma pessoa é de aproximadamente, 1,6 m 2 e sua temperatura média de 35°C. A
temperatura interna da sala de aula é de 20°C e o coeficiente médio de transferência de calor por convecção
é de aproximadamente 6 W/m2 K. Considere também que a taxa de calor perdido por evaporação, de cada
pessoa presente na sala de aula, é de aproximadamente 30 W e a emissividade das roupas é de 0,9. Assuma
que a taxa de calor perdida por condução no contato dos sapatos com o piso é desprezível. Expresse o
resultado em Btu/h. 1Btu/h = 0,293 W

3.11 Uma lâmpada incandescente de 100 W dissipa em torno de 90% da sua energia na forma de calor e
somente 10% da energia gerada pelo filamento de tungstênio se encontra na forma de luz visível útil.
Considere o interior da lâmpada de vidro como uma esfera que possui um diâmetro de 10cm. Sabendo que a
temperatura externa é de 25°C e da vizinhança em torno de 10°C sendo o coeficiente externo de convecção
do ar é hgas= 10 W/m2.K . A espessura da fina camada de vidro é de 0,5 mm e a condutividade térmica do vidro
é de k= 1,3 W/m.K que apresenta uma emissividade de 0,89. Considerando o processo em regime
estacionário, calcule: a) a temperatura na superfície externa e interna do invólucro de vidro. b) calcule o custo
mensal de manter esta lâmpada ligada se o custo da energia elétrica em KW-h no Brasil é de
aproximadamente, R$ 0,38 centavos com impostos.
Resposta: T= 162,5°C R$ 27,36

3.12 Considere um forno a lenha para fazer pizza. A madeira queimando irradia 1000 W/m 2. A temperatura do
ar no interior do forno é de 300°C. Considere a pizza portuguesa colocada no forno como um disco de 40 cm
de diâmetro e 2cm de espessura com condutividade térmica de aproximadamente 0,45 W/m.K. A pizza absorve
80% da radiação e possui uma emissividade de 0,4. O coeficiente de transferência de calor por convecção da
pizza com o ar quente do forno é de 80 W/m 2.K. Considere que a temperatura na superfície da pizza é de
150°C. Calcule a temperatura na base do forno, onde a pizza foi colocada.

3.13 Durante o inverno rigoroso do hemisfério norte, alguns lagos apresentam uma camada sólida de gelo
devido ao congelamento da água. Abaixo dessa camada a temperatura da água líquida é de 4°C. A
temperatura do ar externo é de -20°C e o coeficiente de transferência de calor por convecção da camada de
gelo com o ar é de 60 W/m2.K. Sabendo que o gelo se forma a 0°C e possui condutividade térmica de 2,25
W/m.K. e, o coeficiente de transferência de calor por convecção da camada de gelo com a água é de 300
W/m2.K. Calcular: a espessura da camada de gelo e a temperatura da superfície externa da camada de gelo.

3.14 O esquema da figura mostra um coletor solar de 4,5 m 2 que tem por finalidade aquecer água que entra
no coletor a 20°C e possui calor específico de 4178 J/kg.K . O fluxo de irradiação solar de aproximadamente
q”=600 W/m2 incide sobre o vidro do coletor solar (k vidro=1,3 W/m.K) e emissividade de 0,92 que absorve
aproximadamente 80% dessa irradiação. Para efeitos de cálculo suponha que a temperatura da vizinhança
(céu) se encontra em torno de -10°C e a temperatura ambiente externa está a 25°C. A placa coletora e os
tubos são de alumínio (kcobre= 200W/m.K) e a vazão de água entrando no trocador é de 0,01 kg/s. Se a
temperatura na superfície externa do vidro é de 45°C calcule a temperatura de saída da água do coletor solar.
3.15 No ser humano a camada subcutânea apresenta espessura de aproximadamente 1cm e funciona como
um isolamento térmico entre a temperatura externa da pele superficial (30°C) e a temperatura corporal
interna (36,5°C). A condutividade térmica deste tecido, é de aproximadamente, 0,4 W/m.K. Calcule o fluxo de
calor médio perdido pelo corpo por condução b) Para um ambiente a 20°C calcule o coeficiente de
transferência de calor por convecção na interface pele-ar. b) Calcule a nova temperatura externa corporal
considerando também o calor perdido por radiação sendo a temperatura da vizinhança em torno de 10°C,.
Assuma que a emissividade do corpo é de aproximadamente 0,9.

3.16 Um forno de reaquecimento elétrico mostrado na figura, opera em regime permanente e é utilizado para
reaquecer uma chapa contínua de aço. A temperatura inicial do metal é de 20°C e a final de 900°C. O forno e
a chapa podem ser considerados bidimensionais, ou seja, o forno e a chapa apresentam larguras muito
grandes (na direção perpendicular ao plano da figura). O tempo de permanência de qualquer ponto da chapa é
de aproximadamente 2 horas é a espessura da chapa é de 0,5 cm. Considere que a temperatura externa do
forno se encontra a 50°C e a do ambiente a 25°C sendo o coeficiente de transferência de calor por convecção
de 20 W/m2.K. Calcule a potencia elétrica do forno (W) por unidade de largura (q’) e a porcentagem desta
potencia que é perdida para a atmosfera por convecção.

3.17 No problema anterior, assuma que as paredes do forno apresentam espessuras iguais e são construídas
com tijolos refratários (k=0,4 W/m.K). A temperatura da superfície interna do forno é de 700°C e a
temperatura externa de 50°C. Considere a temperatura ambiente a 25°C. Calcule a transferência de calor nas
paredes do forno e suas espessuras.

3.18 Uma parede de tijolo de uma casa com emissividade de 0,85 e espessura de 0,25 m recebe fluxo
irradiação solar a uma taxa de 300 W/m2 sendo que aproximadamente 80% dessa irradiação é absorvida.
Considere que a temperatura interna da parede, no verão, é de 20°C e a externa se encontra a 35°C. Calcule
a condutividade térmica (k) do material da parede se o coeficiente de transferência de calor por convecção
externa é de 15 W/m2.K e a temperatura do ar externo esta a 28°C.
3.19 Um ferro elétrico de passar roupa possui uma potencia de 1200 W e esta energia é dissipada por
condução através de uma chapa de aço (k=042 W/m.K) de 0,025 m2 de área e de 1,0 cm de espessura e
emissividade de 0,6. Assumindo que a temperatura do ar externo e da vizinhança se encontra a 20°C. Calcule
a) a temperatura da superfície externa do ferro de passar. b) a temperatura da superfície interna.

3.20 Calcule a temperatura da superfície interna do capô de um carro, composta de aço (k=42 W/m.K) e
espessura de 2 mm assumindo que possui uma área de 1,4 m2 e o coeficiente de transferência de calor médio
por convecção do ar é de aproximadamente h= 20 W/m2.K. A temperatura na superfície externa do capô se
encontra a 50°C e a temperatura externa do ar ambiente está a 20°C. A radiação incidente é de
aproximadamente 600 W/m2 e quase 80% da desta irradiação (G) é absorvida. A emissividade da placa de aço é
em torno de 0,7 e a temperatura do céu (vizinhança) é assumida que se encontra a -10°C.

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