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Apresentação

O seguinte trabalho tem como objetivo mostrar, de forma escrita, todo o processo de
Estágio Básico Supervisionado em Psicologia Escolar. A supervisora deste estágio, a
professora Valeriana Porto, montou grupos de alunos para que estes fossem designados para
escolar diferentes. Este trabalho pertence à dupla que foi designado fazer o estágio na Escola
Adélia Leal Ferreira, onde foram feitas quatro visitas aos aluno do Travessia do Ensino
Fundamental “B”. Estas visitas tiveram como objetivo adquirir experiência na área de
Psicologia Escolar e levar para esses alunos uma nova perspectiva de futuro. No restante deste
trabalho contem ainda, os relatos de experiência de cada uma da dupla, onde foram relatados
todos os acontecimentos e sentimentos experienciados por cada um, e, finalmente, os
resultados observados.
Sobre O Contexto Escolar

A escola apresenta-se, hoje, como uma das mais importantes instituições por fazer,
assim como outras, a mediação entre o individuo e a sociedade. No entanto, a falta de
motivação dos alunos, em particular das instituições públicas, constitui um grande problema
para os professores, pesquisas mostram que os alunos chegam às escolas cada vez mais
desmotivados, o que gera a repetência e muitas vezes a evasão escolar. Esse fator foi
claramente observado nos aluno do Travessia do Ensino Fundamental da Escola Adélia Leal
Ferreira. De acordo a Direção do colegiado, a queixa principal dos professores é com relação
ao desinteresse dos alunos em querer aprender.
De acordo com a literatura, a motivação para acontecer é necessário considerar os três
tipos de variáveis: o ambiente (familiar, escolar e o meio social); as forças internas ao
indivíduo(necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso e instinto) e o objeto que atrai o
indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza. Assim, o objetivo do
nosso estagio foi identificar algumas das causas e fatores da desmotivação escolar.
Diante da realidade encontrada percebemos não só um desinteresse por aprender mais
também a falta de perspectiva futura. Em vista desses fatores tentamos trabalhar neles uma
reflexão a cerca das possibilidades de se verem como únicos, singular, históricos e sociais,
responsáveis pelas suas vidas futuras e que essas tem influência nas decisões tomadas no
presente.
Por conseguinte, mostrar essa elaboração como possibilidade de re-significar na
produção de novos sentidos subjetivos. Pois é a partir do momento de reflexão de perguntas
tais como “que profissão escolher? Que futuro quero para minha vida? Será que estou fazendo
a escolha certa?” Que uma re-significação numa postura de apreensão da historicidade de seus
conflitos para uma elaboração das experiências vividas.
Para isso dividimos em três momentos os nossos encontros com eles. Primeiro fizemos
o conhecimento da turma e pedimos para que eles se dividissem em grupos e em uma
cartolina colocassem o que eles achavam da escola. No segundo momento trabalhamos em
cima de um questionário reflexivo com perguntas pessoais a cerca de seus passados, sonhos e
perspectivas futuras. E por fim, ao juntar todos os elementos colhidos, trouxemos algumas
profissões citadas no questionário para um debate e para fechar passamos um vídeo de
motivação.
Concluímos desse estagio que o contexto escolar é extremamente abrangente em
vários quesitos. A forma como o aluno convive com a escola e com a família é um espelho
diante da sociedade. É possível sim desenvolver projetos que possam ajudar a esses alunos e a
qualquer outro a ter uma visão maior sobre a importância da escola e visão sobre o futuro de
cada um. A escola é um meio que lança o sujeito para a sociedade e na maioria das vezes ela
faz parte do contexto que nos molda como sujeito, pois lá encontramos nosso primeiro
contexto social fora de casa e longe da família. Uma escola que não se preocupa em lançar
seus alunos para o seu futuro, mas apenas em fazê-los “passar no vestibular”, perde de formar
pessoas que possam construir e fazer parte de uma sociedade cada vez mais significante, e não
essa que visa somente os ganhos e as “vitórias” da vida profissional. Escola é vida, escola é
sociedade. Escola tem o dever de dar perspectivas às crianças e jovens de todo o mundo.

Minhas Impressões Sobre o Estagio


Renata Maciel

Embora a área educacional não me desperte muito interesse este estágio me deu
experiências muito significativas e gratificantes. Trabalhar com jovens é sempre um desafio,
pois não é fácil conquistá-los, e eu queria deixar uma sementinha no coração deles para que
eles pensassem um pouco em si e o que queriam para suas vidas.
Percebi que trabalhar como psicóloga educacional requer uma elasticidade que abranja
os alunos, professores, pais e funcionários da escolar. Para assim conseguir bons resultados.
Muitos gestores podem apontar tal turma ou tal aluno como o “problema” da escola. Mas
quem sabe o real “problema” não vem da direção ou da falta de preparação dos professores?
A escola tem todo seu contexto, e os alunos fazem parte disso. Percebi que a melhor forma de
lhe dar com alunos não é fazendo uma imposição sobre a hierarquia de um professor. Mas sim
fazendo um relacionamento igualitário, onde o professor ensina e o aluno aprende. Muitas
vezes essa relação pode ser contrária, pois alguns assuntos o professor pode desconhecer,
enquanto o aluno pode passar tal conhecimento.
Percebi também que a Psicologia Educacional requer muito trabalho e esforço, pois o
assunto “Educar” é extremamente peculiar e delicado. Ser totalmente interessado e estar
motivado a trabalhar nessa área é a chave para que se qualquer projeto ou trabalhos realizados
na escola tenham sucesso.

Pedro Eugênio Cabral Pinto


O primeiro dia deste estágio foi muito peculiar. Nunca tinha imaginado como seria
trabalhar com alunos em uma escola, lugar onde pertenci por muito tempo e que constitui meu
passado. Ao chegar à escola, falamos primeiramente com a gestora do local, Rosângela, que
nos explicou o funcionamento da escola e seus componentes. Ela nos falou também, em um
segundo momento, sobre uma possível turma que poderíamos adotar para nossa experiência
de campo, que seriam as “Travessias”. Os alunos desse projeto são aqueles que não
conseguiram com sucesso progredir no ensino fundamental, isso significa que havia alunos de
várias séries e, conseqüentemente, de várias idades. Aceitamos o “desafio” de encarar essa
turma do Travessia, que geralmente era considerada como a mais complicada e “difícil” de
lhe dar da escola. Fomos acompanhados para a sala por Rosângela e, chegando lá,
conhecemos a professora e os alunos. Depois da apresentação, foi feita uma dinâmica visando
colocar esses alunos em reflexão sobre o ambiente escolar. Foi pedido para que cada grupo,
formado por quatro alunos, fizessem desenhos, frases, ou qualquer outra coisa que quisessem
que representasse a escola para eles. Ao final da atividade, foram recolhidas as folhas e foi
feita a despedida. Um sentimento significativo tomou conta de mim no momento em que
estávamos na sala de aula. Lembrei-me das várias vezes que chegavam estranhos na minha
sala de aula do ensino médio e fundamental pedindo para fazer coisas que eu não sabia o real
significado ou finalidade e, muitas vezes, não dava a mínima para essas atividades. Mas algo
interessante aconteceu. Um dos alunos apontados como mais “complexo” pela gestora e pelas
professoras se mostrou mais ativo na atividade. Ele desenhou a escola de uma forma
extremamente detalhada. Foi uma experiência impar logo no primeiro dia.

No segundo dia de estágio foi basicamente esperada pela possível visita de


intercambistas da Grã-Bretanha. Na maior parte do momento achei que seriam adolescentes
que viriam para passar um período na escola e na cidade. Mas, depois de muito tempo
esperando, eles chegaram. Adultos apareceram, e me disseram que faziam parte de um projeto
escolar aplicado no mundo todo. Não foi explicado em maiores detalhes. E o dia foi apenas
isso na escola toda: a grande expectativa da chegada dos intercambistas e a sua recepção, com
apresentação de banda e tudo que um brasileiro faz na presença de alguém do exterior.

A terceira visita foi bem peculiar. Depois de pensarmos bastante sobre qual dinâmica
fazer com os alunos do Travessia, Renata teve a idéia de aplicarmos um questionário com o
propósito de fazer com que eles pensem numa perspectiva futura, sobre sua realidade atual e
sobre suas relações com o meio social. O teste pareceu tão interessante que até as professoras
se interessaram para realizá-lo. Percebeu-se muita inquietação em um primeiro momento pela
imposição do questionário na visão de alguns, mas depois de um tempo todos estavam se
concentrando inteiramente nele. As respostas foram mais do que interessantes. Alunos que
pelas suas aparências não demonstram muita personalidade ou até interesse com a vida, mas
no questionário demonstraram que se importam com família, amigos e, na maioria das vezes,
escola e seu futuro. Foi discutido também o que cada aluno gostaria de ser no futuro. Vários
escolheram jogador de futebol e outros escolheram ser de modelo até engenheiro civil. Isso
acarretou em uma discussão sobre como se chegar aonde queria, e que isso não seria fácil em
nenhuma hipótese.

A ultima visita foi adiada várias vezes pela direção, e isso dificultou muito nosso
trabalho com os alunos. Mas conseguimos em fim fazê-la. Preparamos um vídeo sobre
perspectiva e sobre as profissões que foram mais comentadas no dia anterior. Em cada
ilustração de profissão, pausávamos o vídeo para perguntar a turma o que eles achavam o que
era ser tal profissional e o modo de como se chegar lá. Por ultimo um vídeo baseado no filme
“O Gladiador” com várias frases para serem levadas no dia a dia e pra vida toda, mas pena
que estava próximo ao intervalo dos alunos, causando certo incomodo nos mesmos de terem
que ficar assistindo o vídeo para serem liberados. Naquele momento pensei de novo no meu
tempo de colegial e como me sentia impaciente para sair daquele contexto educacional.
Pensei novamente nisso levando em conta se meu passado estaria influenciando demais meu
presente sobre esse estágio em Psicologia Escolar. Minha conclusão final foi: “não tenho
cabeça para me dar com alunos...”.
Resultados Observados

Logo após as dinâmicas realizadas em sala de aula, foi observado que muitos alunos
ficaram sensibilizados tanto pelo vídeo quanto pelo questionário “Frases Incompletas”.
Fomos pegos de surpresa quando uma das alunas, que é considerada uma das mais
conversadoras, se apresentou como a mais tímida diante do questionário e ainda se mostrou
muito angustiada sobre os assuntos mais tratados pelos jovens da sua idade, o sexo. Foi visto
também que muitos queriam chegar longe, queriam empregos dignos e, na maioria das vezes,
queriam ajudar a família em casa. Essa é uma das realidades mais apresentadas em escolas
públicas, onde os alunos muitas vezes devem trabalhar e estudar para ajudar nas despesas da
casa. Mas foi observado também que muitos não sabem ou nunca se interessaram em saber o
caminho para se chegar no tal sonho. Quando foi perguntado sobre a profissão, alguns
disseram jogador de futebol, mas esses não sabem de todo o contexto de um profissional
desportivo. Falamos então do dever com a sociedade, principalmente da aparência que este
apresenta, sem falar da vida pessoal quase totalmente exposta. A reação foi de surpresa,
parecia que ali estava sendo plantados novos desafios. Afinal de contas, nada cai do céu. O
mesmo foi dito em relação à profissão de modelo. Fomos pegos de surpresa novamente
quando outro aluno apontado pela direção como “problema” queria ser um Engenheiro Civil,
profissão não muito comum e de exercício muito lógico, contendo muita matemática e
formulas de física. Esse aluno foi o que mais nos surpreendeu durante o estágio, sempre
falando e comentando sobre as coisas, mas nunca sem deixar de fazer alguma brincadeira com
os amigos em volta.

A lição que foi tirada a partir desses dados apresentados condiz com uma das falas
mais freqüentes em profissionais da área de Psicologia Escolar: “Todo aluno tem sua
capacidade particular, principalmente aqueles que pertencem a grupinhos e que são os mais
barulhentos.” É importante saber que cada um tem sua singularidade e a chave para chegar a
essa pessoa é explorar e reconhecê-lo como ser único e singular.

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