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IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO.

4, OCTOBER 2005 323

Transmissão 4 × 40 Gb/s por Diferentes Tipos de


Fibras e Resíduos de Dispersão com
Aproveitamento do Legado Tecnológico de 10 Gb/s
Mario Tosi Furtado, Member, IEEE, Mônica de Lacerda Rocha, Mariza Rodriguez Horiuchi,
Miriam Regina Xavier de Barros, Sandro Marcelo Rossi, Fabio Donati Simões e Roberto Arradi

Resumo—Investigamos a propagação de 4 canais WDM, a esforço de se buscar, no presente, inovações que visem a
40 Gb/s, em diferentes enlaces de fibras tipo G. 652 (STD) + DCF redução do custo de componentes e da complexidade das
(dispersion compensating fiber), G. 653 (DS) e G. 655 (NZD+), tecnologias hoje associadas a 40 Gb/s.
com comprimentos aproximadamente iguais (~ 50 km), mas com Como sempre acontece nas evoluções de taxa, a meta a ser
diferentes resíduos de dispersão. Os experimentos incluem atingida é a de que um acréscimo de 2,5 vezes no custo
componentes normalmente usados em caracterizações
corresponda ao incremento de 4 vezes na taxa de bits, embora
laboratoriais de transmissão WDM a 10 Gb/s. O comportamento
sistêmico é analisado teórica e experimentalmente, a 40 Gb/s, na
um custo mais alto seja inicialmente aceitável, devido às
configuração sem fibra (back-to-back) e nos enlaces ópticos, com diferenças tecnológicas nas transmissões de curto alcance,
medidas de taxa de erro de bits. Os resultados indicam a reconhecidas como a primeira aplicação potencialmente viável
formação de um patamar de erro gerado por interferências e desta nova hierarquia [1], [2]. Tais diferenças incluem a falta
batimentos do sinal óptico com os ruídos de emissão espontânea, de uma base de baixo custo (modulação direta) para
de intensidade e de conversão fase-intensidade, além do chirp não transmissão por pequenas distâncias (2 a 4 km) e a necessidade
nulo do modulador. Técnicas para o aproveitamento do legado de prover um controle automático ativo de algumas sérias
são discutidas, para evitar que a combinação dos efeitos da limitações [3]. O objetivo desse esforço é definir as interfaces
dispersão cromática, penalize severamente a transmissão WDM a
e os padrões industriais de modo que as novas tecnologias
40 Gb/s. 1
ultrapassem os nichos de soluções customizadas e sejam
Palavras-chave—Chirp, comunicações ópticas, dispersão
desenvolvidas e empregadas em larga escala para, enfim,
cromática, ruído interferométrico, Wavelength Division viabilizar a meta de incrementar o custo em 2,5 vezes.
Multiplexing (WDM), 40 Gb/s. Alguns fortes motivadores para este desenvolvimento são a
crescente necessidade de confiabilidade das interfaces e de sua
capacidade de sobrevivência, bem como da redução de custos
I. INTRODUÇÃO de operação das redes. A confiabilidade se traduz em termos
de falhas por bit gerenciado, que podem ser melhoradas
primeira vista, tendo por base o estágio atual de adoção através da redução do número de partes e portas. Por sua vez,
À das tecnologias de transmissão WDM a 10 Gb/s, a
preocupação com a viabilização de tecnologias a 40 Gb/s
tal redução melhora a capacidade de sobrevivência da rede,
uma vez que o número de comprimentos de onda e portas a
pode parecer prematura. Principalmente por representarem serem restaurados, em caso de falha, diminui e, portanto, o
sistemas mais sensíveis à dispersão do que os a 10 Gb/s e número de conversões óptico/elétrico/óptico (OEO) dentro da
requererem, no receptor, uma relação sinal-ruído óptica no rede. Em comparação aos sistemas a 10 Gb/s, uma menor
mínimo 6 dB maior, para uma mesma taxa de erro, sem despesa com a operação resultará da redução do nível de
mencionar as limitações de transmissão impostas pela fibra a consumo de potência, de resfriamento ambiental e de
partir de distâncias que jamais causariam problemas em taxas ocupação de espaço físico.
inferiores. Além disso, a maioria das fibras instaladas está
Em estudo recente, focalizamos o nicho de transmissão a
apagada ou sub-utilizada e o mercado está mais voltado à
40 Gb/s por pequenas distâncias, i.e. de até 6 km [4], [5].
eficiência do custo, e não da tecnologia. Entretanto, vários
Neste artigo apresentamos um estudo experimental e teórico
aspectos estratégicos apontam para a importância do
desenvolvimento de interfaces a 40 Gb/s para emprego em que busca soluções que permitam estender o alcance dos
maior escala dentro de 5 a 10 anos, o que justifica e motiva o enlaces para uma escala metropolitana, a um custo
relativamente reduzido. Para tanto, avaliamos o desempenho
de um sistema de quatro canais da banda C modulados a
1
Manuscrito recebido em janeiro de 2005 e revisado em agosto de 2005. Este 40 Gb/s, amplificados e transmitidos por diferentes tipos de
trabalho foi financiado pelo Ministério das Comunicações através do Fundo fibra, cada enlace com cerca de 50 km de comprimento, e
para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações, FUNTTEL,
sendo parte do escopo do Projeto Kyatera, no Programa TIDIA da FAPESP.
diferentes níveis de resíduos de dispersão, numa configuração
Os autores são pesquisadores da Fundação CPqD, Campinas, SP, 13088- que emprega alguns componentes ópticos representantes de
902, Brasil (fone: +55-19-3705-6537; fax: +55-3705-6119; e-mail: um legado da tecnologia para transmissão a 10 Gb/s. Esse
furtado@ cpqd.com.br).
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legado representa a infra-estrutura tecnológica instalada de numa seqüência pseudo aleatória NRZ (Não-Retorno-a-Zero)
comunicações ópticas, exceto os transmissores e receptores, (231 – 1) a 40 Gb/s, por um modulador Mach-Zehnder (MZ) de
mas abrangendo todos os outros componentes dos enlaces de Ti:LiNbO3. Os controladores de polarização e os
fibras ópticas, equipamentos terminais e amplificadores atenuadores/monitores na saída de cada um dos lasers
ópticos. Os resultados indicam a formação de um patamar de permitem, respectivamente, otimizar a razão de extinção do
erro, dependente de características de ruído, aproximado por canal modulado e ajustar o nível do sinal na entrada do
um modelo analítico que leva em conta a conversão amplificador de potência (booster). A montagem experimental
interferométrica de ruído de fase ao ruído de intensidade dos prevê medidas de transmissão por vários enlaces de fibras
sinais ópticos, além de penalidades associadas a uma série de G.652 (STD, ou padrão), G.653 (DS, ou dispersão deslocada)
e G.655 (NZD+, ou dispersão deslocada não-nula).
outros efeitos, tais como dispersão cromática e batimentos do
sinal com ruído de emissão espontânea dos amplificadores O teste a ser realizado neste experimento diz respeito à
ópticos, e chirp do modulador. avaliação do nível de penalidade devida à dispersão quando
enlaces de fibras de mesmo tipo e comprimentos próximos
O artigo está organizado da seguinte forma. Na seção II, apresentam resíduos de dispersão diferentes. Esta é uma
descrevemos a montagem experimental, os parâmetros usados situação que pode ocorrer em sistemas a 40 Gb/s que
na simulação numérica e apresentamos os resultados empregam compensadores de dispersão, otimizados para
experimentais e teóricos, discutidos a seguir, na seção III. operação a 10 Gb/s, que deixam resíduos de dispersão positiva
Finalmente, a seção IV conclui o artigo. ou negativa. Numa rede WDM dinâmica, o grau de penalidade
assim estimado pode ser incorporado ao plano de controle da
II. CARACTERIZAÇÃO SISTÊMICA camada física através de tabelas pré-computadas levando em
conta a dispersão, o tipo de fibra e o comprimento de onda do
A. Configuração da montagem experimental canal. A composição dos enlaces foi projetada de modo a
resultar, para comprimentos totais variando em torno de
O esquema do sistema montado em bancada é indicado na 50 km, em enlaces com níveis de resíduos diversos, como
Fig. 1. Quatro feixes ópticos, emitidos por lasers DFB CW em indicado na Fig. 2. Notar que, em se tratando de fibra STD, do
1547,28 nm, 1550,23 nm, 1552,83 nm e 1556,55 nm, são comprimento total faz parte um carretel de fibra compensadora
multiplexados usando-se um acoplador 1 × 4 e modulados, de dispersão normalmente usada em sistemas de 10 Gb/s.

Fig. 1. Montagem experimental (EDFA: Erbium-doped Fiber Amplifier).


FURTADO et al.: TRANSMISSION OF 4×40 GB 325

70
(S T D + D C F ) 1 (a: a lta )
60
(S T D + D C F ) 2 (m : m é d ia

Dispersão (ps/nm)
50 (S T D + D C F ) 3 (b: b a ixa )

40

30

20

10

0
1548 1 5 50 1552 1 5 54 15 5 6
(a )
C o m prim en to d e O nd a (n m )
70 70
+
DS 1 (a: alta) NZD 1 (a: alta)
60 60 +
DS 2 (m : m édia) NZD 2 (m: média)

Dispersão (ps/nm)
Dispersão (ps/nm)

+
DS 3 (b: baixa) 50 NZD 3 (b: baixa)
50

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0
1548 1550 1552 1554 1556 1548 1550 1552 1554 1556
(c) Comprimento de Onda (nm)
(b) Comprim ento de Onda (nm)
Fig. 2. Características dos enlaces de fibra utilizados: (a) STD+DCF; (b) DS e (c) NZD+.

Ao final da fibra transmissora temos um acoplador de 1%, abrange os 4 canais WDM e toda a região do espectro de
para monitorar o espectro na saída do sistema e medir a emissão espontânea dos amplificadores ópticos. A resolução
potência recebida, enquanto a saída 99 % segue para o espectral empregada nas simulações foi próxima de 156 MHz,
analisador de sinais, de onde inferimos o fator Q e, para não estender em demasia a duração de execução dos
conseqüentemente, a taxa de bits errados, BER. O atenuador cálculos numéricos, devido aos efeitos não lineares nas fibras
variável é usado para o levantamento das curvas de BER em ópticas. Entretanto, a redução da seqüência pseudo-aleatória
função da potência recebida. O atenuador corresponde a uma para 64 bits não alterou significativamente os resultados
margem adicional do sistema (usando-se componentes com obtidos nas curvas de taxa de erro, ou BER, em função da
características equivalentes às dos usados em bancada, tem-se potência detectada, ocorrendo apenas uma redução de 0,1 dB
uma margem de potência correspondente à atenuação na sensitividade do receptor.
selecionada). Na recepção, o sinal é pré-amplificado e filtrado Os valores numéricos dos componentes ópticos usados como
por um filtro Fabry-Perot sintonizável, que seleciona os canais parâmetros nas simulações de cada enlace estão na Tabela 1.
e reduz o ruído de emissão espontânea incidente no Os comprimentos de onda de emissão dos lasers DFB estão em
fotodetector. Este é protegido por um atenuador/monitor, o acordo com o padrão da grade ITU na banda C, conforme
que previne sua saturação. O sincronismo durante a medida é descrito na seção anterior. Nos outros componentes dos
assegurado pela conexão elétrica entre o relógio do gerador de enlaces ópticos, os parâmetros também são padronizados,
padrão e o trigger do analisador de sinal, num intervalo de típicos dos usados em equipamentos de sistemas de 10 Gb/s.
tempo suficiente para garantia de uma medida confiável No caso do perfil de ganho dos amplificadores ópticos,
(média entre ~ 50 valores), não sujeita a pequenas flutuações empregamos as curvas de ganho medidas com a potência
de temperatura ambiente. óptica correspondente ao sinal na entrada do amplificador.
O simulador resolve a equação não linear de Schrödinger
B. Simulações dos enlaces WDM
utilizando o método da transformada de Fourier do pulso
As simulações numéricas dos enlaces de 4 canais WDM óptico à medida que se propaga através do enlace de fibras. Os
operando em 40 Gb/s foram efetuadas com o software LightD cálculos efetuados nas simulações consideram a dispersão
[6], baseando-se na montagem experimental apresentada na cromática e todos os efeitos não lineares nas fibras ópticas,
Fig. 1. O esquema inclui o transmissor com 4 lasers DFB e um como o retro-espalhamento Brillouin (SBS), espalhamento
modulador externo, o gerador PRBS (Pseudo-Random Bit Raman (SRS), auto-modulação de fase (SPM), modulação de
Sequence) de sinais digitais, um amplificador de potência fase cruzada (XPM) e mistura de quatro ondas (FWM).
(booster), o enlace de fibras ópticas, um analisador de espectro Ademais, o simulador também inclui outros parâmetros
óptico e o receptor incorporando um pré-amplificador, um importantes dos componentes ópticos do enlace, destacando-se
filtro passa-banda e um fotodetector PIN. O gerador PRBS principalmente, o ruído intrínseco ou largura de linha do laser
produz uma seqüência pseudo-aleatória de 256 bits no formato (RIN), o ruído térmico e shot do fotodetector, sua banda
NRZ separados por intervalos de mesma duração. Desse elétrica, a figura de ruído e emissão espontânea nos
modo, a banda óptica de 2,5 THz usada nas simulações amplificadores ópticos.
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C. Analise da configuração back to back Com efeito, o comportamento das curvas de BER,
observado na configuração back-to-back nas medidas
Na Fig. 3 estão mostrados os resultados obtidos nos
experimentais, é satisfatoriamente explicado utilizando-se a
experimentos das curvas de BER na configuração back-to-
potência detectada corrigida com essa expressão, conforme
back, juntamente com resultados das simulações. Nos
ilustra a Fig. 3 para cada canal WDM.
resultados experimentais, observam-se, nos 4 canais,
2 2
deslocamentos sistemáticos das curvas de BER com o aumento
C anal #1 exp
da potência no receptor. Tal comportamento resulta de um B a c k - to - b a c k s im
patamar de erro espúrio, detectado pelo receptor nos s im ( R = 0 .0 5 5 )
experimentos. A causa pode ser atribuída ao ruído 4 4

-log(BER)
interferométrico proveniente do laser (incluído nas
simulações) e das reflexões parasitas nos componentes e 6 6
caminhos ópticos do enlace (não incluídas nas simulações).
8 8
Esse fenômeno pode ser representado de forma simples e
10 10
compacta, atribuindo uma refletividade efetiva R parasita aos
12 12
conectores do enlace, que por sua vez introduz uma penalidade 14 14
de potência de acordo com a expressão [7]: --33 66 --33 44 --33 22 -3 0
-3 0 --22 88 --22 66
P o tê n c ia r e c e b id a ( d B m )
(
P = −5 log 1 − 4Q2 R 2 ) (1) 2 2
C anal #2 exp
B a c k - to -b a c k s im
TABELA 1: PRINCIPAIS PARÂMETROS USADOS NO SIMULADOR NA s im ( R = 0 .0 6 5 )
CONFIGURAÇÃO BACK-TO-BACK.

Parâmetro Unidade Valor 4

-log(BER)
4

Largura de linha MHz 0,1


1547,28 6 6
1550,23
Comprimento de onda nm 8
1552,83 8

Laser 1556,55 10 10
DFB Supressão de modo lateral (4 canais) dB 46 12 12
-20 14 14
-20 -3 6 -3 4 -3 2 -3 0 -2 8 -2 6
Potência de saída dBm
-22 P o tê n c ia r e c e b id a (d B m )
-22 2 2
Código de Linha - NRZ C anal #3 exp
Taxa de Bits 40 Gb/s B a c k - to - b a c k s im
PRBS 28-1 s im ( R = 0 .0 6 5 )
Razão de extinção do sinal modulado (4 4
dB 20 4
canais)
-log(BER)

Perda de inserção do modulador dB 7


Chirp - 0 6 6

Booster Ganho dB 34 8 8
@1550 nm Figura de ruído dB 7,5
10 10
Potência de saturação dBm 22
* 12
pequenos sinais Potência de entrada dBm -12 12
-3 6 -3 4 -3 2 -3 0 -2 8 -2 6
14 14
OSNR lançada dB 30
-3 6 -3 4 -3 2 -3 0 -2 8 -2 6
Pré-amplificador Ganho dB 33
@1550 nm P o tê n c ia r e c e b id a ( d B m )
Figura de ruído dB 4,4
Potência de saturação dBm 5,6 2 2
* Canal #4 exp
pequenos sinais Potência de entrada dBm -26,4 B a c k -to -b a c k s im
OSNR Recebida dB 30 s im ( R = 0 . 0 7 )
Responsividade A.W-1 0,64 4 4
-log(BER)

Parâmetros do Corrente de escuro


nA 10
receptor @3V polarização reversa
Ruído térmico A.Hz-1/2 10-11 6 6
Largura de banda GHz 32 8 8
10 10
O fator Q depende da razão sinal/ruído da potência óptica 12 12
detectada no receptor e está relacionado ao BER por uma 14 14
--33 66 --3344 --33 22 --33 00 --2288 --2266 --22 44
função erro complementar. Conforme ilustra a Fig. 4, a Eq. (1) P o tê n c ia r e c e b id a ( d B m )
induz penalidades importantes com o aumento da refletividade Fig. 3. Curvas medidas e simuladas da taxa de erro (BER) em função da
parasita. Por exemplo, pode ultrapassar a penalidade de 2 dB potência detectada na configuração back to back, em cada canal WDM.
com R igual a 0,07, quando se considera o valor de Também estão mostradas as simulações corrigidas com a penalidade de ruído
interferométrico, incluindo as reflexões parasitas, na potência detectada.
BER = 10-9.
FURTADO et al.: TRANSMISSION OF 4×40 GB 327

comprimento de onda de DT nos enlaces de fibras DS e NZD


5 Ruído Interferométrico
comparados com os enlaces de fibras STD+DCF. No primeiro
caso, o valor médio de DT varia entre 20 e 45 ps/nm, enquanto
4
DT cresce cerca de 30 ps/nm em função do comprimento de
Penalidade (dB)

-9 onda, podendo alcançar até 60 ps/nm. Nos enlaces de fibras


3 BER: 10 STD+DCF a variação da dispersão total em cada enlace é
menor, situando-se na faixa de 10 ps/nm com valores médios
2
de 15, 25 e 40 ps/nm, respectivamente.
-5 TABELA 2: PARÂMETROS USADOS NO SIMULADOR NOS ENLACES DE FIBRAS
1 BER: 10
ÓPTICAS. OS VALORES NUMÉRICOS SEGUEM A SEQÜÊNCIA DE FIBRAS
INDICADAS PARA CADA ENLACE.
0
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 Parâmetro Unidade Valor
Refletividade (u.a.) G.652 0,19
Fig. 4. Penalidade de potência do ruído interferométrico em função da G.653 0,18
refletividade parasita considerando 2 valores da taxa de erro: 10-5 e 10-9. Atenuação @1550nm dB/km
G.655 0,21
D. Resultados nos enlaces WDM DCF 0,5
G.652, G.653, -1/2
PMD ps.km 0,05
De modo a reduzir a contribuição do patamar de erro G.655, DCF
causado pelo ruído interferométrico na determinação das G.652 80
penalidades das curvas de BER experimentais, consideramos a Área efetiva das fibras G.653 50
sensitividade do receptor com taxa de erro igual a 10-5. Nesse μm2
@1550 nm G.655 55
caso, as penalidades situam-se sempre abaixo de 1 dB, como
DCF 25
ilustra a Fig. 4, quando se consideram os valores de R = 0,55–
0,7 deduzidos na Fig. 3. Nesse ponto, torna-se relevante Dispersão
ps/nm.km 16,6/ -104,6
@1550 nm
mencionar o valor das incertezas nas medidas experimentais Comprimento km 44,842/ 7
das curvas de BER na configuração back-to-back, que são da Baixa
G.652/DCF Zero de nm 1288/ 1140
ordem de 0,5 e 1 dB para cada canal WDM, considerando as dispersão
sensitividades 10-5 e 10-9, respectivamente. Portanto, a menor Inclinação da
ps/nm2.km 0,0646/ -0,255
incerteza no primeiro caso justifica a analise comparativa, dispersão
Dispersão
entre as penalidades experimentais e as obtidas nas @1550 nm
ps/nm.km 16,83/ -104,6
simulações, efetuada com sensitividade 10-5 nos diversos STD Comprimento km 44,867/ 7
Média
enlaces ópticos. Porém, deve-se observar que em sistemas +
G.652/DCF
Zero de
1288/ 1140
WDM, as medidas de BER são normalmente efetuadas com DCF dispersão nm
taxa de erro igual ou menor a 10-9. Nesse caso, a refletividade Inclinação da
ps/nm2.km 0,0646/ -0,255
dispersão
parasita efetiva na configuração back-to-back deve ser Dispersão
reduzida abaixo de 0,05, conforme ilustra a Fig.4. Em outro ps/nm.km 17,2/ -104,6
@1550 nm
estudo [8], analisamos o patamar de erro em nossa montagem, Alta
Comprimento km 44,765/ 7
onde se destaca o pré-amplificador no receptor, como Zero de
G.652/DCF 1288/ 1140
dispersão nm
principal contribuição do ruído interferométrico.
Inclinação da
As penalidades dos 4 canais WDM foram determinadas para ps/nm2.km 0,0646/ -0,255
dispersão
cada enlace de conjunto de fibras, seguindo a apresentação da Dispersão
ps/nm.km 0,37/ 0,29
Fig. 2: enlaces de fibras standard (STD) e compensadoras de @1550 nm
dispersão (DCF), enlaces de fibras com dispersão deslocada Comprimento km 20,662/ 20,511
Baixa
(DS) e enlaces de fibras com dispersão deslocada diferente de G.653/G.653 Zero de 1545/ 1546
dispersão nm
zero (NZD). Inclinação da
A dispersão total de cada enlace, constituído por várias ps/nm2.km 0,0752/ 0,0745
dispersão
fibras, pode ser calculada através da seguinte expressão Dispersão ps/nm.km
0,59/ 0,52
genérica, para compensação de dispersão incompleta [9]: @1550 nm
Comprimento km 25,19/ 19,802
Média
DT = ¦D L
j
j j + (λ − λ c ) ¦ S j L j
j
( 2) DS
G.653/G.653
Zero de
dispersão nm
1542/ 1542,4
Inclinação da
onde para cada fibra, Dj é a dispersão cromática, Lj é o ps/nm2.km 0,075/ 0,713
dispersão
comprimento e Sj é a inclinação da dispersão. λ é o Dispersão
ps/nm.km 0,59/ 0,84
comprimento de onda do canal óptico e λc é o valor médio dos @1550 nm
comprimentos de onda dos canais WDM. Utilizando-se os Comprimento km 25,19/ 25,213
Alta
Zero de
parâmetros apresentados na Tabela 2 na expressão de DT G.653/G.653
dispersão nm
1541/ 1536,4
acima, podem reproduzir-se as curvas medidas e mostradas na Inclinação da
ps/nm2.km 0,075/ 0,0636
Fig. 2. Nota-se uma variação maior em função do dispersão
328 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO. 4, OCTOBER 2005

Dispersão valores de B e λ do presente estudo. Um aspecto relevante dos


ps/nm.km 3,67/ -2,65/ -1,82
@1550 nm resultados de Elrefaie et al. é a abrangência dos valores de γ,
Baixa 25,023/ 25,003/
G.655/
Comprimento km que se limitam ao intervalo entre 0 e 0,42. Nesse sentido, o
6,496
G.655/ G.655 Zero de valor de γ em nossos enlaces ópticos, situa-se sempre abaixo
nm 1495/ 1581/ 1580
dispersão de 0,25 considerando os valores da dispersão total até
Inclinação da 0,0667/ 0,084/ 60 ps/nm. Ademais, incluímos na Fig. 5, a penalidade de
ps/nm2.km
dispersão 0,064 dispersão estimada pela formula simplificada em [11], ou seja:
Dispersão
ps/nm.km 3,67/ -2,65
@1550 nm ª § · º
2
γ (4)
Comprimento km 25,023/ 25,003 ∂ d = 5 log «1 + ¨ 2 2 ¸ »
NZD
Média
Zero de « ¨© 4 B σ 0 ¸¹ »
G.655/G.655
dispersão nm
1495/ 1581 ¬ ¼
Inclinação da onde σ0 = (κB)-1 representa o desvio padrão da intensidade do
ps/nm2.km 0,0667/ 0,084
dispersão pulso óptico na entrada do enlace. No pior caso, normalmente
Dispersão
ps/nm.km
3,67/ -1,82/ -3,59/ considera-se κ = 4, ou seja, σ0 corresponde a um quarto da
@1550 nm -2,05
25,023/ 6,496/
duração de um bit [9].
Alta Comprimento km Na Fig. 5, as penalidades obtidas nas simulações apresentam
7,891/ 6,499
G.655/G.655/
G.655/G.655
Zero de
nm
1495/ 1580/ 1596/ boa concordância com os dados de Elrefaie et al., mas em
dispersão 1582 relação à equação (4), o melhor ajuste ocorre com κ = 3. A
Inclinação da 0,0667/ 0,064/
ps/nm2.km largura a meia altura do pulso inicial estima-se através da
dispersão 0,0787/ 0,663
relação TFWHM = 2(2 ln2)1/2 σ0, onde nesse caso obtém-se
Na Fig. 5 estão mostrados os resultados das penalidades TFWHM ≈ 20 ps, consistente com o tempo de subida de 5 ps em
obtidas nas simulações com taxa de erro 10-5 em função da cada bit usado nas simulações. Além do mais, os resultados da
dispersão total do enlace de fibras. Fig. 5 apresentam também boa concordância com simulações
recentes efetuadas na ausência de chirp e efeitos não lineares,
2.0 em enlaces de 40 Gb/s utilizando o formato de sinais ópticos
Simulação
DS 1 (a) NRZ [12], [13].
DS 2 (m) Na Fig. 6, estão agrupadas as penalidades medidas nos
1.5 DS 3 (b) enlaces de fibras STD+DCF, DS e NZD, em função de DT,
NZD 1 (a) juntamente com os resultados obtidos nas simulações.
Penalidade (dB)

NZD 2 (m)
1.0 NZD 3 (b) 7
Elrefaie et al. (88) Experimento
6 STD+DCF 1 (a) best fit
STD+DCF 2 (m)
0.5 5 STD+DCF 3 (b)
Penalidade (dB)

κ=3 DS 1 (a)
4 DS 2 (m)
0.0 DS 3 (b)
3 NZD 1 (a)
0 10 20 30 40 50 60
Dispersão total (ps/nm) NZD 2 (m)
2
NZD 3 (b) Elrefaie et al. (88)
Fig. 5. Penalidades de potência obtidas com o LightD nos enlaces de fibras
DS e NZD com dispersão baixa (b), média (m) e alta (a), em função da 1
dispersão total do enlace. Também estão representados: o resultado de
Elrefaie et al. e a equação (4) com o parâmetro κ = 3. 0 κ=3

Nesse ponto, é interessante comparar as penalidades de 0 10 20 30 40 50 60


dispersão obtidas nas simulações com os cálculos efetuados Dispersão total (ps/nm)
por Elrefaie et al. [10] em sistemas de detecção direta OOK, Fig. 6. Penalidades de potência medidas nos enlaces de fibras STD+DCF, DS
on-off-key, que são geralmente usados como referência para e NZD com dispersão baixa (b), média (m) e alta (a), respectivamente, em
estimar penalidades de dispersão cromática. Embora esses função da dispersão total do enlace. Também estão representados: o resultado
autores determinem as penalidades via degradação do de Elrefaie et al., a equação (4) com o parâmetro κ = 3 e a curva de melhor
ajuste dos pontos experimentais.
diagrama de olho, os resultados apresentam uma dependência
monotônica em função do índice de dispersão cromática, Observa-se nitidamente, o aumento mais rápido das
definido por: penalidades experimentais em função da dispersão total em
relação às curvas que representam os resultados das
B 2 λ2 DT
γ= (3) simulações. As maiores das penalidades experimentais
πc observadas nos enlaces de fibras DS e NZD devem-se à maior
onde B é a taxa de bits, DT é a dispersão total do enlace óptico dependência de DT com o comprimento de onda do canal
e c é a velocidade da luz. Na Fig. 5, a linha cheia representa a nesses enlaces, conforme ilustra a Fig. 2. As simulações
variação da penalidade de Elrefaie et al. deduzida com os apresentam apenas uma pequena variação inferior a 1 dB,
FURTADO et al.: TRANSMISSION OF 4×40 GB 329

enquanto as penalidades obtidas nos experimentos podem gaussiano após a propagação através de uma fibra óptica
atingir valores superiores a 6 dB. A contribuição dos efeitos homogênea é dada por [9]:
não lineares nas fibras é desprezível nas simulações, tendo em 1
σ ª«§¨ Cβ 2 L ·¸ · º
2 2 2 2
§ β2L · 2§
vista a potência relativamente baixa de inserção do sinal óptico = 1+
σ 0 «¨© 2σ 02 ¸¹
+ 1 + Vω2( )
¨ ¸ (
¨ 2σ 2 ¸ + 1 + C + Vω
2 2
) ¨ β3 L ¸ »
¨ 4 2σ 3 ¸ » (6)
nos enlaces, em torno de 7 dBm. Portanto, outros efeitos não ¬ © 0¹ © 0 ¹ ¼
incluídos nas simulações são necessários para explicar a
grande discrepância observada em relação às medidas onde C é o chirp, Vω = 2σωσ0, L é o comprimento da fibra e
experimentais, conforme descrito a seguir na seção III. σω é a largura espectral do laser. Os parâmetros de dispersão
β2 e β3 são dados por:
III. DISCUSSÃO
λ2 D
Em enlaces WDM operando com taxas de 40 Gb/s, há 4 β2 = − (7a)
2πc
efeitos importantes que poderiam contribuir sobremaneira para
2
§ λ2 ·
¸ S+ λ D
o aumento da penalidade observada: (i) o ruído espúrio de 3
bombeio e da emissão espontânea nos amplificadores ópticos β 3 = ¨¨ ¸
© 2πc ¹ 2π 2 c 2 (7b)
[14]; (ii) a dispersão dos modos de polarização ou PMD [15];
(iii) o deslocamento de comprimento de onda do laser em
relação à banda passante do filtro óptico no receptor [16]; e onde D é a dispersão da fibra e S é a inclinação da dispersão.
(iv) o chirp no transmissor [9], [12]. Além destes, o impacto Considerando-se o caso de uma fonte espectral estreita
da combinação de fatores como a diafonia entre canais e a (Vω<<1), substituindo-se os parâmetros β2 e β3 na expressão
resposta dispersiva do filtro óptico foi medido e estimado em de σ/σ0, introduzindo-se DT = D L e o fator de alargamento de
torno 2 dB/canal de penalidade sem, contudo contribuir para o linha do laser no chirp βc = - C, a expressão acima se
aumento do BER floor. simplifica, obtendo-se
O ruído espúrio dos amplificadores ópticos contribui 1

σ ª§ ( ) 2º
2 2 2 2
β λ2 DT · § λ2 DT · § 1 + β c2 λ3 · § λSL · »
= «¨¨ 1 + c ¸ +¨ ¸ + ¨ ¸ ¨
¨ 8 2π 2 c 2σ 3 ¸ © 2 + DT ¸¹ »
essencialmente para o aumento do RIN detectado no receptor, ¸ ¨ 4πcσ 2 ¸ (8)
σ 0 «© 4πcσ 02 ¹ © 0 ¹ © 0 ¹
e portanto, apenas amplia o ruído interferométrico medido na ¬ ¼
configuração back-to-back. Apesar da importância já O fator de largura de linha associado ao chirp βc no segundo
demonstrada da PMD como fator limitante nos enlaces de termo da equação acima é o que mais contribui para o aumento
40Gb/s [15], o valor relativamente baixo do coeficiente da penalidade do enlace óptico. Utilizando-se a expressão
apresentado na Tabela 2, justifica desconsiderá-lo neste acima, e introduzindo-a na equação (5), podemos estimar o
trabalho. Por outro lado, qualquer variação relativa da emissão valor da penalidade com os parâmetros de cada enlace óptico
do laser em relação ao filtro óptico no receptor, deve ocorrer apresentado na Tabela 2. Assumindo βc nulo, reproduz-se o
de modo semelhante em todos os enlaces para o mesmo canal resultado obtido com a equação (4) e apresentado nas Figs. 5 e
WDM. Entretanto, as penalidades maiores ocorrem sempre 6, onde a penalidade permanece sempre abaixo de 1 dB na
nos enlaces de fibras que apresentam maior dispersão total. faixa de DT considerada. Porém, considerando-se o valor
Por fim, o chirp do transmissor, considerado nulo nas βc = 3, a penalidade aumenta mais rapidamente em função de
simulações, pode ser a causa provável do comportamento DT e ultrapassa 4 dB quando DT atinge 60 ps/nm. Embora esse
observado nas penalidades experimentais. Com efeito, valor da penalidade seja inferior aos mostrados na Fig. 6, a
trabalhos recentes, tanto experimentais quanto de simulação, analise qualitativa demonstra a importância da contribuição do
demonstraram a contribuição importante do chirp em pulsos chirp no aumento da penalidade em enlaces ópticos de 40 Gb/s
ópticos de formatos NRZ [12] e RZ (Retorno-a-Zero) [17], com compensação parcial da dispersão. Uma análise mais
aumentando significativamente a penalidade de dispersão precisa exige a inclusão do chirp na simulação dos enlaces
cromática. Tais observações estão em bom acordo com nossos ópticos, como reportado em [12], [17].
resultados experimentais ilustrados na Fig. 6. De fato, um Por outro lado, a tolerância da dispersão dos dados
estudo anterior demonstrou que o modulador MZ usado em experimentais com 1 dB de penalidade é de aproximadamente
nossos experimentos de 40 Gb/s, é instável e apresenta um 30 ps/nm na Fig. 6. Este resultado é inferior ao valor reportado
chirp elevado próximo de +3 [4]. Por conseguinte, efetuamos em enlaces de 40 Gb/s com dispersão parcialmente
uma analise qualitativa sobre o efeito do chirp na dependência compensada na ausência de chirp, que é de 50 ps/nm [12].
da penalidade em função da dispersão total, considerando cada Enfim, a linha tracejada de ajuste das penalidades
enlace óptico homogêneo e constituído de uma mesma fibra. experimentais indica claramente a existência de um valor
Nesse caso, a penalidade de dispersão δd pode ser estimada mínimo para a compensação da dispersão cromática, com
associando o alargamento de um pulso gaussiano com o penalidades negativas próximo a DT = 15 ps/nm. Alguns
aumento da potência necessária para compensar a redução de estudos recentes em compensação da dispersão em enlaces de
potência do pulso óptico no receptor, ou seja: 40 Gb/s, obtiveram resultados semelhantes utilizando o
§σ · formato digital RZ modificado [18], [19]. Na Ref.[12], obteve-
∂ d = 10 log ¨¨ ¸¸ (5) se o comportamento oposto em relação à compensação da
© σ0 ¹
dispersão em medidas num enlace utilizando o formato NRZ e
σ representa o desvio padrão do pulso alargado na saída do chirp positivo (+0,7), donde observam-se penalidades
enlace. A expressão do alargamento geral de um pulso óptico negativas com valores negativos da dispersão total. A
330 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO. 4, OCTOBER 2005

existência de penalidades negativas indica como atua a relação [3] R.DeSalvo, A.G.Wilson, J.Rollman, D.F.Schneider, L.M.Lunardi,
S.Lumish, N.Agrawal, A.H.Steinbach, W.Baun, T.Wall, R.Ben-
entre a dispersão da fibra e o chirp na propagação do pulso
Michael, M.A.Itzler, A.Fejzuli, R.A.Chipman, G.T.Kiehne e K.M.Kissa,
óptico, que resulta na compressão do pulso na saída do enlace. “Advanced Components and Sub-Systems Solutions for 40 Gb/s
Este resultado tem conseqüências importantes para a Transmission”, Journal of Lightwave Technology, v. 20, n. 12,
viabilização da tecnologia de 40 Gb/s. Os componentes dos pp. 2154 – 2181, 2002.
enlaces ópticos na infra-estrutura instalada de redes [4] M.L.Rocha, M.T.Furtado, M.R.Horiuchi, J.C.R.F.Oliveira,
J.B.Rosolem, F.D.Simões, M.R.X.Barros e S.M.Rossi, “40 Gb/s Short-
metropolitanas apresentam características de desempenho Reach Transmission in Normal Dispersion Regime Using an Erbium-
similares às deste trabalho. Por conseguinte, há boas doped Waveguide Amplifier”, Microwave and Optical Technology
perspectivas para a tecnologia atual evoluir para a operação Letters, v.43, n.5, pp. 419-423, 2004.
com taxas de 40 Gb/s utilizando o legado disponível, e assim [5] M.L.Rocha, M.T.Furtado, M.R.X.Barros, M.R.Horiuchi, F.D.Simões,
J.B.Rosolem e S.M. Rossi, “Single Channel Transmission of NRZ
acarretar em menores custos de implantação. 40 Gb/s Through G. 652, G. 653 and G. 655 Fibres for Short-Reach
Applications”, no Proceedings do IEEE/SBMO International
IV. CONCLUSÃO Microwave and Optoelectronics Conference, IMOC (2003), Vol. II, p.
MoM 08.
Projeções recentes baseadas na fronteira tecnológica e [6] LightD – Software para Projeto de Sistemas Ópticos, Manual do
demanda de mercado apontam o início da adoção das Usuário, © Fundação CPqD, 1998.
tecnologias de 40 Gb/s a partir de 2006-2007 em todas as [7] J.L.Gimlett e N.K.Cheung, “Effects of Phase-to-Intensity Noise
Conversion by Multiple Reflections on Gigabit-per-Second DFB Laser
escalas de alcance, i.e. curta, média e longa distâncias [20]. Transmission Systems”, Journal of Lightwave Technology, v.7, n.6, pp.
Em termos de custo, uma transição entre gerações de 888-895, 1989.
equipamentos deve otimizar o aproveitamento do legado [8] M.L.Rocha, M.T.Furtado, M.R.Horiuchi, M.R.X.de Barros, S.M.Rossi,
tecnológico, o que nos motivou a investigar a transmissão F.D.Simões e R.Arradi, “4×40 Gb/s Transmission in Metropolitan
NRZ de 4 canais de banda C, externamente modulados a Networks”, submetido ao Journal of the Brazilian Telecommunication
Society.
40 Gb/s, por diferentes tipos de fibras (G. 652: STD + DCF, [9] G.P.Agrawal, Fiber-Optic Communications Systems, Third Edition,
G. 653: DS e G. 655: NZD+) e resíduos de dispersão, numa John Wiley & Sons (2002).
escala metropolitana (~ 50 km). A configuração sistêmica [10] A.F..Elrefaie R.E.Wagner, D.A.Atlas e D.G.Daut, “Chromatic
incluiu componentes usados originalmente em transmissão Dispersion Limitations in Coherent Lightwave Transmission Systems”,
Journal of Lightwave Technology, v.6, n.5, pp. 704-709, 1988.
WDM a 10 Gb/s. [11] M.T.Furtado, M.L.Rocha, S.M.Rossi, M.R.X.de Barros, J.B.Rosolem,
O efeito da operação a 40 Gb/s foi então verificado teórica e M.R.Horiuchi, A.A.Juriollo e R.Arradi, “Effective Penalty Reduction in
experimentalmente. Os resultados indicam a formação de um an L Band WDM System Using Hybrid Amplifier with a Dispersion-
patamar de erro, BER floor, atribuído, principalmente, ao Compensating Module”, Journal of Optical Communications, v.25,
pp.980-985, 2004.
ruído interferométrico, a batimentos sinal-ruído e ao chirp do [12] H.Ooi, T.Takahara, G.Ishikawa, S.Wakana, Y.Kawahata, H.Isono e
modulador. Visando minimizar a atualização dos N.Mitamura, “40-Gbit/s WDM Automatic Dispersion Compensation
equipamentos de uma operadora de telecomunicações numa with Virtually Imaged Paced Array (VIPA) Variable Dispersion
primeira fase da transição 10-40 Gb/s, sugerimos o uso de Compensators”, IEICE Transactions on Communications, v.E85, n.2,
pp.463-469, 2002.
técnicas que combinem beneficamente tais efeitos, [13] Z.Pan, S.M.R.Motaghian Nezam, C.Yu, Y.Wang, D.Starodubov,
aparentemente deletérios, com a distorção linear presente e V.Grubsky, J.E.Rothenberg , J.Popelek, H.Li, Y.Li, R.Caldwell,
dominante em todos os enlaces analisados, i.e. a dispersão R.Wilcox e A.E.Willner, “Tunable Chromatic Dispersion Compensation
cromática. Além disso, cuidados adicionais devem ser tomados in 40-Gb/s Systems Using Nonlinearly Chirped Fiber Bragg Gratings”,
Journal of Lightwave Technology, v.20, n.12, pp. 2239-2246, 2002.
para se evitar o surgimento de patamar de erro causado por [14] D.M.Baney e R.S.Tucker, “Theory and Measurement Techniques for the
ruído interferométrico. Assim, demonstramos que, mesmo Noise Figure of Optical Amplifiers”, Optical Fiber Technology, v.6, pp.
usando-se um formato de modulação convencional (NRZ) e 122-154, 2000.
componentes projetados para sistemas de 10 Gb/s, como fibras [15] H.Sunnerud, M.Karlsson, X.Chongjin e P.A.Andrekson, “Polarization-
Mode Dispersion in High-Speed Fiber-Optic Transmission Systems”,
compensadoras de dispersão e amplificadores ópticos, um
Journal of Lightwave Technology, v.20, n.12, pp. 2204-2219, 2002.
adequado ajuste do pre-chirping no modulador, em [16] J.L.Rebola e A.V.T.Cartazo, “Power Penalty Assessment in Optically
combinação com a dispersão cromática residual da fibra, pode Preamplified Receivers with Arbitrary Optical Filtering and Signal-
levar a um aumento da sensibilidade no receptor, independente Dependent Noise Dominance”, Journal of Lightwave Technology, v.20,
do tipo de fibra utilizada. n.3, pp. 401-408, 2002.
[17] Q.Yu, Z.Pan, S.Y.Lian e A.E. Willner, “Chromatic Dispersion
Monitoring Technique Using Sideband Optical Filtering and Clock
V. AGRADECIMENTOS Phase-Shift Detection”, Journal of Lightwave Technology, v.20, n.12,
pp. 2267-2271, 2002.
Os autores agradecem os comentários e as sugestões [18] A.Hirano, Y.Miyamoto, S.Kuwahara, M.Tomizawa e K.Murata, “A
pertinentes dos revisores, que contribuíram para esclarecer e Novel Mode-Splitting Detection Scheme in 43-Gb/s CS- and DCS-RZ
melhorar a apresentação final deste trabalho. Signal Transmission”, Journal of Lightwave Technology, v.20, n.12, pp.
2029-2034, 2002.
[19] I.Morita, T.Tsuritani e N.Edagawa, “Experimental Study on Optically
VI. REFERÊNCIAS Band-Limited 40-Gb/s RZ Signals with Optically Time-Division
Demulteplexer Receiver”, Journal of Lightwave Technology, v.20, n.12,
[1] Implementation Agreements of the Optical Internetworking forum, em pp. 2182-2188, 2002.
http://www.oiforum.com/public/impagreementsum.html#VSRI, (2002). [20] T.Hausken, “The 40G optical network: why, how, when?” in
[2] ITU-T draft recommendation G.693: “Optical interfaces for intra-office http://fibers.org/articles/news/6/12/1/1, Dez.. 2004.
systems”, Novembro 2001.
FURTADO et al.: TRANSMISSION OF 4&#215;40 GB 331

VII. BIOGRAFIAS Desde 1996 trabalha no CPqD, no grupo de Sistemas de Comunicações


Ópticas, onde tem atuado nas áreas de amplificação óptica, efeitos não
Mario T. Furtado graduou-se em Física pela lineares em fibras ópticas, sistemas WDM e redes ópticas. É coordenadora da
Universidade de Paris VII em 1974, e recebeu o área temática de Redes Ópticas do Projeto GIGA (www.redegiga.com.br),
título de Docteur en 3eme Cycle em Física, na abrangendo 4 sub-áreas: Redes de Acesso Óptico, Plano de Controle
modalidade Ciências dos Materiais pela mesma IP/WDM, Redes Metropolitanas e Sistemas de Longa Distância.
Universidade, em 1978. Doutorou-se em Física na Tem 20 trabalhos publicados em revistas técnicas internacionais, 70
especialidade Matéria Condensada pela Pontifícia trabalhos apresentados em conferências nacionais e internacionais, 2 patentes
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) aprovadas nos Estados Unidos e Europa e 2 patentes no Brasil. É co-autora do
em 1985, com pesquisa envolvendo técnicas de capítulo "Optical Fibers for Telecommunications: Transmission and
espectroscopia no estudo de cristais halogenetos alcalinos e materiais Amplification", para o livro Materials for Optoelectronics, editado pela
semicondutores baseados nos compostos III-V. De 1976 a 1978 trabalhou Kluwer Academic Publishers, em Junho de 1996.
como pesquisador no Laboratório de Pesquisas da Philips: Laboratoire
d’Electronique et Physique Apliquée (LEP), em Limeil Brévannes, França, no
crescimento epitaxial e a caracterização de estruturas baseadas no nitreto de Sandro M. Rossi recebeu os graus de Físico e
gálio, visando à fabricação de dispositivos eletroluminescentes na região azul Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade
do espectro visível. Desde 1985 é pesquisador de telecomunicações no Centro Estadual de Campinas (UNICAMP), em 1989 e
de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), atuando nas 1993, respectivamente, onde também está concluindo
áreas de materiais semicondutores III-V, dispositivos optoeletrônicos e o doutoramento em Engenharia Elétrica, na área de
sistemas de comunicações ópticas envolvendo a transmissão WDM com desenvolvimento de ferramentas de simulação
canais modulados a 10 e 40 Gb/s. aplicadas a sistemas de comunicações ópticas e plano
Em 2002 ingressou na Diretoria de Gestão da Inovação da Fundação de controle de redes ópticas IP/WDM
CPqD, na área de Gestão e Planejamento de Projetos de Inovação reconfiguráveis.
Tecnológica, onde atualmente participa do Projeto Cenários Tecnológicos de Em 1999, ingressou na Gerência de Sistemas de Comunicações Ópticas do
Telecomunicações. Participou na orientação de teses de mestrado e doutorado CPqD como pesquisador de telecomunicações, tendo participado do
em Física e Engenharia Elétrica. Contribuiu em mais de 50 publicações em desenvolvimento do software para simulação sistêmica, LightD (Lightwave-
revistas e congressos nacionais e internacionais. Colaborou em uma patente Designer), e do plano de controle de uma rede WDM reconfigurável
internacional. É membro da Sociedade Brasileira de Física, da IEEE-LEOS e (OMEGA). Atualmente coordena os sub-projetos de pesquisa da área
da IEEE-ComSoc. temática “IP sobre WDM”, do Projeto GIGA, relacionados à implementação
Mônica L. Rocha graduou-se em Engenharia dos nós ópticos (optical cross-connect) e ao plano de controle da camada
Eletrônica e de Telecomunicações pela Pontifícia física.
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Possui mais de 40 artigos publicados em jornais, conferências e
em 1980. Concluiu Mestrado (ênfase em workshops. Seus interesses atuais incluem limitações físicas de transmissão
Microondas) em 1984 e Doutorado (ênfase em em sistemas WDM, redes totalmente ópticas, operação e gerência de sistemas
Comunicações) em 1999, ambos pela Faculdade de e redes ópticas.
Engenharia Elétrica e Computação da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP).
De 1985 a 1986 trabalhou como pesquisadora na área de microondas no Fabio D. Simões, graduou-se em 1990 em
Centro Técnico Aeroespacial (CTA). Desde 1987, atua como pesquisadora de Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela
telecomunicações no CPqD, na área de comunicações ópticas, tendo Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade
trabalhado com sistemas ópticos coerentes, geração e transmissão de pulsos de São Paulo (USP-SC). Em 1995 recebeu o título de
curtos, processamento óptico de sinal, sistemas WDM amplificados, Mestre em Engenharia Elétrica com ênfase em
compensação de dispersão, redes ópticas e criptografia quântica. Passou os Comunicações Ópticas pela mesma escola, onde
períodos de 1993 a 1994 e 1996 a 1997 como estudante de especialização e também iniciou o doutoramento, em 2003.
doutorado, respectivamente, no British Telecom Laboratories, Ipswich, UK. De 1994 a 2002 trabalhou no desenvolvimento e
É coordenadora do Laboratório CPqD de 40 Gb/s, associado ao Projeto caracterização de amplificadores ópticos, de dispositivos ópticos passivos, na
KyaTera-TIDIA-FAPESP (www.tidia.fapesp.br/portal). Seus interesses atuais elaboração de modelagem de dispositivos e componentes ópticos, no
incluem compensação dinâmica de dispersão e PMD, sistemas de longa desenvolvimento de sistemas ópticos WDM e DWDM até 40 Gb/s. Desde
distância e metropolitanos e redes ópticas WDM de 10 e 40 Gb/s. 2002 é pesquisador de telecomunicações no CPqD, atuando na pesquisa de
É membro da Sociedade Brasileira de Microondas e Optoeletrônica. redes ópticas reconfiguráveis, na análise de fenômenos de propagação em
Possui mais de 40 publicações técnicas em jornais e conferências, nacionais e sistemas WDM, na pesquisas em sensores ópticos e no projeto do sistema de
internacionais, e é co-detentora de uma patente britânica. transmissão óptica do Rede Experimental GIGA. É coordenador dos sub-
projetos de pesquisa em sistemas de longa distância (16 x 10 Gb/s por
Mariza R. Horiuchi é técnica em Telecomunicações ~700 km de fibra instalada) do Projeto GIGA.
pela Escola Técnica São José, Campinas (ETEC).
E detentor de três patentes. Seus interesses atuais incluem compensação
Trabalha no CPqD desde 1986, onde tem contribuído
de dispersão dinâmica, fibras fotônicas e transmissão a 10 e 40 Gb/s.
em atividades de diversas áreas de pesquisa
relacionadas a materiais semicondutores, dispositivos
optoeletrônicos, sistemas e redes de comunicações
Roberto Arradi graduou-se em Engenharia
ópticas.
Mecânica, pela Universidade Estadual de Campinas
É co-autora de mais de 20 publicações técnicas em
(UNICAMP), em 1977.
jornais e conferências nacionais e internacionais.
Desde 1978, atua como pesquisador de
telecomunicações no CPqD, na área de sistemas de
Miriam R. X. Barros graduou-se em Física em 1986
comunicações ópticas, tendo desenvolvido vários
pelo Instituto de Física de São Carlos, da Universidade
equipamentos destinados a fabricação e caracterização
de São Paulo (USP). Doutorou-se em Física em 1991,
de fibras ópticas.
pela Universidade Estadual de Campinas
Atualmente trabalha com caracterização de sistemas e sub sistemas
(UNICAMP). Trabalhou como consultora na Lucent
DWDM e com projetos de empacotamento mecânico de equipamentos
Technologies, Bell Labs, nos Estados Unidos, de 1991
ópticos. É líder da área de Ensaios de Sistemas e Sub-sistemas Ópticos.
a 1996, onde atuou nas áreas de geração e aplicação
de pulsos ópticos ultracurtos, desenvolvimento de amplificadores ópticos e de Possui mais de 30 publicações técnicas em periódicos e conferências
add-drops ópticos para redes de comunicações ópticas. nacionais e internacionais. É detentor de duas patentes.

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