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NORMA PENAL

1. INTRODUÇÃO

2. TEORIA DE BINDING

3. CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS PENAIS

3.1. NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS


• PRECEITOS DA NORMA PENAL INCRIMINADORA
a) PRECEITO PRIMÁRIO
b) PRECEITO SECUNDÁRIO

3.2. NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS


A) PERMISSIVAS
• Permissivas justificantes
• Permissivas exculpantes
B) EXPLICATIVAS
C) COMPLEMENTARES

3.3. NORMA PENAL EM BRANCO


• CONCEITO
• RELAÇÃO COM O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

4. CONFLITO APARENTE DE NORMAS

4.1. CONCEITO E PRESSUPOSTOS


4.2. PRINCÍPIOS QUE SOLUCIONAM O CONFLITO
a) especialidade
b) subsidiariedade
c) consunção
d) alternatividade
1. INTRODUÇÃO:

De acordo com o princípio da legalidade, em direito penal, pode-se fazer tudo


aquilo que a lei não proíbe. Ler art. 5º XXXIX da CR e art. 1º do Código
Penal.

A conduta do agente pode até ser reprovável socialmente, mas se não houver
lei que proíba, não há como haver sanção penal. Por exemplo, uma pessoa não
gosta de escovar os dentes – não há sanção penal do Estado para isso. Sem lei,
proibindo ou impondo condutas, tudo será permitido.

A norma penal é uma espécie do gênero norma jurídica

2. TEORIA DE BINDING:

Quando analisamos o tipo penal, podemos perceber que o legislador se utiliza


de uma técnica diferente. Descreve uma conduta que, se for praticada, levará a
uma condenação. Ex: art. 121 do CP (ler)

Em virtude disso, Binding chegou a uma conclusão: na verdade, ao praticar a


conduta descrita no tipo, não infringia a lei e sim a norma penal contida no
tipo incriminador, que seria como no caso do art. 121 “Não matar”. Para
Binding, a lei descreveria a conduta proibida e a norma teria o caráter
proibitivo.

Damásio e Luiz Regis Prado discordam de tal teoria. Segundo Entre lei e
norma legal não há essa diferença encontrada por Binding. Até porque, lei é
uma fonte da norma penal. A regra jurídica que define um comportamento e
determina uma penalidade como conseqüência, na verdade estará proibindo a
conduta.

3. CLASSIFICAÇÕES DAS NORMAS PENAIS

1. 1. NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS


Definem a infração penal, proibindo ou impondo condutas sob a ameaça de
pena. Sempre que a gente fala em norma penal é nela que nós pensamos. Por
isso são consideradas normas penais em sentido estrito.

• Preceitos da norma penal incriminadora:

a) preceito primário – é aquele que descreve detalhadamente a conduta que


se procura proibir ou impor
b) preceito secundário – cabe a tarefa de cominar a pena em abstrato.

Ex: art. 121: Matar alguém – preceito primário


Pena: reclusão de 6 a 20 anos – preceito secundário.

3.2. NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS

Possuem as seguintes finalidades:

• tornar lícitas determinadas condutas (permissivas


justificantes – art. 23, 24 e 25)
• afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de
isenção de pena (permissivas exculpantes – art. 26 caput)
• esclarecer determinados conceitos (explicativas – art. 150
§4º)
• fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal
(complementares – art. 59)

3.3. NORMAS PENAIS EM BRANCO

Há uma necessidade de complementação para que se possa compreender o


âmbito de aplicação de seu preceito primário. Ou seja, para entender
exatamente o que se quer, há necessidade de outro diploma legal para
complementar, lei, decreto, portaria, resolução. Sem esse complemento, não é
possível sua aplicação.

Um exemplo que podemos pegar é o da substância entorpecente prevista no


art. 12 da Lei 6368/76 (ler o art. 12). O art. Fala em determinação legal ou
regulamentar. A lei 6368 não define o que vem a ser substância entorpecente.
Sempre que precisarmos buscar uma outra lei para definir alguma coisa
descrita no tipo penal, estaremos diante de uma norma penal em branco. Para
definirmos substância entorpecente, há necessidade de uma Portaria expedida
pela ANVISA para complementar o preceito primário da norma penal.

A norma penal é dita como em branco porque o seu preceito primário precisa
de complementação.

As normas penais em branco podem ser:

- Homogêneas ou em sentido amplo – ou seja, ou mesmo


diploma irá complementá-la – ex.: art. 237 do CP fala de
impedimento. As causas de impedimento que cause
nulidade absoluta para o casamento estão previstas no
Código Civil. A fonte de produção do Código Civil é a
mesma fonte de produção do Código Penal, ou seja, o
Congresso Nacional.
- Heterogêneas ou em sentido estrito – o complemento é
editado por fonte de produção diferente. Ou seja, o
exemplo da substância entorpecente, que edita a norma é
a ANVISA, através uma Portaria. A ANVISA é um órgão
do Ministério da Saúde e a Lei 6368/76 foi editada pelo
Congresso Nacional.

Essa norma heterogênea, por não ter seu complemento produzido por Lei não
estaria ofendendo o princípio da legalidade? No fundo, haveria sim uma
ofensa, uma vez que quem estaria legislando seria incompetente para tal,
ofendendo, portanto, o art. 22, I da CR, pois somente a União estaria
autorizada a legislar sobre matéria penal. Porém, ainda prevalece que as
normas penais em branco são constitucionais.

OBS: NORMAS PENAIS INCOMPLETAS OU IMPERFEITAS

São aquelas normas que o tipo penal nos remete a outro texto de lei para que
possamos saber a sanção que será imposta. Ex.: art. 304 do CP

OBS: Analogia # interpretação analógica. Analogia é uma forma de integração


da lei, que permite, de acordo com o art. 4º da LICC nos casos de omissão na
lei, ou seja, para casos não previstos pelo legislador (como é o caso da norma
do art. 128 do CP, que prevê a possibilidade de aborto quando a mulher vier a
ser vítima do crime de estupro, podendo-se aplicar analogicamente para
vítimas de atentado violento ao pudor). Isso porque o juiz não pode eximir-se
de julgar alegando a existência de uma lacuna na lei. No direito penal a
analogia somente é permitida de forma a beneficiar o réu. Interpretação
analógica, como o próprio nome diz, é uma das formas de interpretação da lei,
que consiste na previsão pelo legislador de uma forma genérica, trazendo a lei
apenas alguns exemplos casuísiticos, conforme ocorre com a norma do art.
121 §2, III do CP (ou por outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
resultar perigo comum). Essa espécie de interpretação amplia o conteúdo da
lei penal de forma a abranger hipóteses não previstas pelo legislador, mas por
ele desejadas. É uma das espécies de interpretação extensiva em sentido
amplo, sendo a outra espécie a interpretação extensiva em sentido estrito, na
qual o legislador não prevê uma fórmula casuística, de forma a alcançar
hipóteses previstas pelo legislador.

CONFLITO APARENTE DE NORMAS

Ocorre quando para um único fato, aparentemente, há mais de uma norma que
sobre ele poderá incidir. O conflito é meramente aparente, porque na verdade,
não há conflito.

a) Princípio da especialidade: norma especial afasta a aplicação de norma


geral. Explica-se: em alguns tipos penais, há elementos que se tornam
especiais com relação a outros. O exemplo mais fácil que podemos
pegar é o do homicídio (art. 121) com o do infanticídio (art. 123). O
homicídio fala em matar alguém. No infanticídio também há a morte de
alguém, porém, nesse caso, a norma fica especializada: a mãe mata o
próprio filho, durante o parto ou logo após, sob a influência de estado
puerperal. Olha como a norma se especializou: para ser caracterizado tal
crime, precisa que a mãe mate o próprio filho que acabou de nascer e
exige-se ainda que ela esteja sob o estado puerperal.

b) Princípio da subsidiariedade: segundo Nelson Hungria, a norma aqui


fica como uma espécie de “soldado de reserva” da outra norma. A
subsidiariedade pode ser expressa, como é o caso do art. 132 do CP (“se
o fato não constitui crime mais grave”), ou pode ser tácita (como no
caso do Código de Trânsito), art. 311 – ou seja, se a pessoa, ao praticar
a conduta prevista em tal art. matar alguém, praticará o crime de
homicídio culposo na direção de veículo automotor – o crime de dano
afastará o crime de perigo. A norma subsidiária é aquela que descreve
um grau menor de violação ao bem jurídico. Segundo Rogério Greco,
isso não deixa de ser uma especialidade.
c) Princípio da consunção – um fato definido como crime atua como fase
de preparação ou de execução, ou como exaurimento de outro crime
mais grave, ficando por ele absorvido. A diferença para a
subsidiariedade é que nele enfocam-se as normas e na consunção
enfocam-se os fatos. Existem algumas hipóteses em que se aplica o
princípio da consunção:

- crime progressivo: o agente, desde o início deseja a


produção de um resultado mais grave e mediante diversos
atos realiza sucessivas e crescentes violações ao bem
jurídico: o agente, porém, só vai responder pelo resultado
final e mais grave obtido. Ex: para matar alguém, há
necessidade que antes a pessoa fique lesionada. Porém, o
agente só vai responder pelo resultado final. Requisitos
para o crime progressivo:
 O agente que cometer apenas o crime mais grave
 Vários atos são praticados para que se alcance o resultado
final
 Crescentes violações ao bem jurídico.

- Progressão Criminosa: pode ser:

 em sentido estrito – o agente, desejando um resultado, após atingi-lo,


pratica novo crime, produzindo um resultado mais grave. Há pluralidade de
fatos e de dolos. Ex: o agente queria lesionar o indivíduo, porém muda de
idéia e resolve mata-lo. Requisitos:
 Pluralidade de elementos subjetivos
 Pluralidade de fatos
 Crescentes violações ao bem jurídico

 Antefactum impunível: fato menos grave praticado pelo agente antes de um


fato mais grave. O fato menos grave é meio necessário para se atingir o fato
mais grave. Ex: subtrair uma folha de cheque em branco para preenche-lo
posteriormente. O estelionato absorve o crime anterior. Ver Súmula 17 do
STJ.
 Postfactum impunível: é um fato menos grave praticado contra um mesmo
bem jurídico da mesma vítima após praticar o fato mais grave. Esse fato
posterior é considerado mero exaurimento do crime. Ex. alguém furta uma
bicicleta e depois a destrói. Somente será punido pelo crime de furto.

 Crime complexo: é aquele que resulta da união de dois ou mais crimes


autônomos. Pelo princípio da consunção, o agente só responde pelo crime
cimplexo. Ex: latrocínio – crime de roubo e homicídio; extorsão mediante
seqüestro: crime de extorsão com o crime de seqüetro.

c) Princípio da alternatividade: tal princípio será aplicado quando


houver crimes considerados de ação múltipla ou tipos
alternativos, ou de conteúdo variado. O tipo penal possui diversos
núcleos, sendo o agente punido somente uma vez, mesmo que
tenha praticado vários núcleos.

Ex: art. 12 da Lei 6368/76.

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