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FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA

CURSO DE DIREITO

ROBERTO DE ANDRADE PEDROSO JÚNIOR


OSMAR BLOCK

COISA JULGADA E AÇÃO RECISÓRIA

SANTA MARIA
2010
FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA
CURSO DE DIREITO

ROBERTO DE ANDRADE PEDROSO JÚNIOR


OSMAR BLOCK

COISA JULGADA E AÇÃO RECISÓRIA

SANTA MARIA
2010
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COISA JULGADA

Inicialmente, se faz necessário diferenciar coisa julgada formal de coisa julgada


material. A primeira é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo,
depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, mas a decisão
só tem eficácia dentro do processo no qual foi proferida a decisão, não impedindo que o tema
volte a ser discutido em novo processo.

Já a coisa julgada material é a impossibilidade de modificação da sentença no processo


que deu causa a coisa julgada, bem como em qualquer outro. Estas sentenças não poderão ser
modificadas, nem se pode iniciar um novo processo com o mesmo objetivo, em virtude de
promover a segurança jurídica, para que não se possa discutir eternamente questões que já
foram suficientemente analisadas. Então, faz coisa julgada material a decisão que torna
imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.

São exceções a coisa julgada material: a possibilidade de se modificar sentenças de


que tratem de pagamento de pensão alimentícia. Se houver modificação na riqueza de quem
paga ou na necessidade de quem recebe, é possível um novo processo para modificar a
sentença original; também pode-se ressaltar a possibilidade de ser modificada as sentenças
que tratem de investigação de paternidade, em processos que julgados anteriormente a
existência do exame de DNA; e a mais importante das exceções à coisa julgada é a ação
rescisória, que permite a modificação da sentença no prazo de dois anos após o trânsito em
julgado, na hipótese de ocorrência de problemas graves que possam ter impedido uma decisão
adequada.

Outro aspecto relevante da coisa julgada são os seus efeitos subjetivos, ou seja, quem
será atingido pelos efeitos da decisão transitada em julgado. Em regra, a decisão atinge as
partes do processo, mas há casos em que a decisão gera efeitos ultra partes, atingindo
terceiros, como nos casos em que o terceiro poderia figurar como assistente, como exemplo, a
ação de despejo movida pelo locador contra o locatário, eventual sublocatário será atingido
pela decisão que acolhe o despejo. Ainda, os efeitos da coisa julgada podem ser erga omnes
como ocorre no processo coletivo, que tutela interesses transindividuais, onde muitas pessoas,
inclusive aquelas que não fazem parte do processo serão beneficiadas, como exemplo cita-se a
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ação civil pública movida pelo Ministério Público contra fornecedores a fim de beneficiar um
grupo de consumidores lesados pela compra de produtos defeituosos.

AÇÃO RESCISÓRIA

É uma ação autônoma, que tem por objetivo desfazer efeitos de sentença já transitada
em julgado, ou seja, aquelas nas quais já não caiba mais recurso, devido a vícios que a tornem
anuláveis. Tais vícios são elencados no artigo 485 do CPC, que é taxativo, e são os seguintes:
a) prevaricação, concussão ou corrupção do juiz da causa;
b) juiz impedido ou absolutamente incompetente;
c) dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou conluio com objetivo
de fraudar a lei;
d) ofensa à coisa julgada;
e) violação literal à disposição de lei;
f) baseada em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal, ou seja,
provada na própria ação rescisória;
g) fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que baseou a
sentença;
h) documento novo, depois da sentença, cuja existência a parte ignorava ou não pode
fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável.
Tem as seguintes características:
• Não é recurso e sim uma ação autônoma de impugnação
• Só é cabível após a formação da coisa julgada.
• Divide-se em duas fases:
a) juízo rescindente/rescidendo (judicium rescindens): ocorre em todas as rescisórias e
é preliminar ao juízo rescisório;
b) juízo rescisório (judicium rescisorium): ocorrerá ou não o novo julgamento do
objeto da sentença rescindida
• é demanda cognitiva, tratando-se de processo de conhecimento com produção de
sentença declaratório (des)constitutiva na fase do juízo rescindendo e declaratória,
constitutiva, declaratória ou condenatória (mandamental ou executiva lato sensu), no juízo
rescisório.
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• seu ajuizamento não impede o cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo,


ressalvada a concessão, casos imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de
medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela.
Tem legitimidade ativa para ajuizar a ação a parte ou o seu sucessor, o terceiro
interessado e o ministério público. O pólo passivo será ocupado por todos aqueles que
integraram o feito no processo original: se proposta pelo MP serão réus o autor e o réu do
processo original, tratando-se de litisconsórcio necessário. Será o litisconsórcio unitário no
juízo rescidendo e simples no rescisório.
A ação rescisória será ajuizada perante o tribunal competente. A petição inicial conterá
dois pedidos (o rescindente e o rescisório). A ação rescisória exige o depósito de 5% a título
de multa se o pedido for julgado improcedente à unanimidade ou extinto sem julgamento de
mérito. União, Estados, Municípios, DF e MP, justiça gratuita estão dispensados do depósito.
A citação será para o réu oferecer contestação, podendo oferecer exceções e reconvenção.
Quanto à audiência e provas adota-se o rito ordinário, quanto às provas devem ser produzidas
no juízo em que se encontrem mediante a expedição de carta de ordem.

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