Presente nas escolas do país, saiba como detectar o problema e deixar seu
filho longe da agressividade
Geralmente iniciado por crianças e adolescentes aparentemente mais seguros
de si, que zombam de colegas mais frágeis e tímidos, o bullying escolar é um
termo em inglês utilizado para denominar agressões físicas ou psicológicas que
ocorrem de um aluno para outro, repetidas vezes e intencionalmente. Cada vez
mais notado nas escolas brasileiras por professores e pais de alunos, o bullying
pode afetar a vida das crianças a partir dos cinco anos de idade. E requer muita
atenção.
Geralmente, as vítimas do bullying são crianças mais quietas, pouco sociáveis
e que não possuem muita habilidade para reagir a agressões. A fase mais
recorrente do problema é a partir dos nove ou dez anos, quando a criança mais
agressiva e praticante do bullying procura se reafirmar perante o
grupo, adquirindo um status social de maior destaque. “O aluno que pratica
Bullying costuma ser mais inseguro do que parece, mas se sente melhor diante
da submissão do outro”, explica Luciana Blumenthal, psicoterapeuta da Clínica
Multidisciplinar Elipse, em São Paulo.
O que diferencia o bullying das brincadeiras e divergências normais entre
crianças é que ele acontece repetidas vezes e não tem uma motivação clara. “Se
tiver uma razão, por exemplo, como um colega revidar porque foi chamado de
algo que não gostou, não é bullying”, explica Soraya Escorel, Promotora de
Justiça de João Pessoa, na Paraíba, e organizadora do 1º Seminário Paraibano
sobre bullying escolar, que aconteceu em 2008.
No ano de 2002, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e à Adolescência (ABRAPIA), hoje extinta, realizou um programa de
redução do comportamento agressivo entre estudantes de 11 escolas da cidade
do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento realizado, entre 5.875
estudantes de 5ª à 8ª série do município, 40,5% admitiram já terem se envolvidos
em caso de bullying, sendo 12,7% autores, 16,9% alvos, e 10,9% em ambos.
O médico pediatra Lauro Monteiro Filho, idealizador da ABRAPIA e atual editor
do Observatório da Infância, afirma que o bullying atualmente existe em muitos
lugares e deve ser prevenido por todos os envolvidos. “Além de a escola ter o
dever de se comprometer com o problema, porque senão não há uma solução
real, é necessária uma participação da família do agressor e do agredido”, afirma
o especialista.
A) Agressão virtual
Começam a evitar a escola e inventam desculpas para não ir, podem dizer que
não estão se sentindo bem, por exemplo: costumam evitar situações sociais e
fogem de qualquer outro acontecimento escolar que não seja obrigatória; contam
os dias que faltam para as aulas terminarem. Se ele sofre na escola, pode
colocar todo o sofrimento para fora em casa, se mostrando extremamente irritado
com os pais e irmãos; pede para trocar de escola constantemente
Apresenta um rendimento escolar mais baixo do que o observado
anteriormente.
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