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Seu filho pode sofrer bullying escolar?

Renata Losso, especial para iG São Paulo | 25/02/2010

Presente nas escolas do país, saiba como detectar o problema e deixar seu
filho longe da agressividade
Geralmente iniciado por crianças e adolescentes aparentemente mais seguros
de si, que zombam de colegas mais frágeis e tímidos, o bullying escolar é um
termo em inglês utilizado para denominar agressões físicas ou psicológicas que
ocorrem de um aluno para outro, repetidas vezes e intencionalmente. Cada vez
mais notado nas escolas brasileiras por professores e pais de alunos, o bullying
pode afetar a vida das crianças a partir dos cinco anos de idade. E requer muita
atenção.
Geralmente, as vítimas do bullying são crianças mais quietas, pouco sociáveis
e que não possuem muita habilidade para reagir a agressões. A fase mais
recorrente do problema é a partir dos nove ou dez anos, quando a criança mais
agressiva e praticante do bullying procura se reafirmar perante o
grupo, adquirindo um status social de maior destaque. “O aluno que pratica
Bullying costuma ser mais inseguro do que parece, mas se sente melhor diante
da submissão do outro”, explica Luciana Blumenthal, psicoterapeuta da Clínica
Multidisciplinar Elipse, em São Paulo.
O que diferencia o bullying das brincadeiras e divergências normais entre
crianças é que ele acontece repetidas vezes e não tem uma motivação clara. “Se
tiver uma razão, por exemplo, como um colega revidar porque foi chamado de
algo que não gostou, não é bullying”, explica Soraya Escorel, Promotora de
Justiça de João Pessoa, na Paraíba, e organizadora do 1º Seminário Paraibano
sobre bullying escolar, que aconteceu em 2008.
No ano de 2002, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e à Adolescência (ABRAPIA), hoje extinta, realizou um programa de
redução do comportamento agressivo entre estudantes de 11 escolas da cidade
do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento realizado, entre 5.875
estudantes de 5ª à 8ª série do município, 40,5% admitiram já terem se envolvidos
em caso de bullying, sendo 12,7% autores, 16,9% alvos, e 10,9% em ambos.
O médico pediatra Lauro Monteiro Filho, idealizador da ABRAPIA e atual editor
do Observatório da Infância, afirma que o bullying atualmente existe em muitos
lugares e deve ser prevenido por todos os envolvidos. “Além de a escola ter o
dever de se comprometer com o problema, porque senão não há uma solução
real, é necessária uma participação da família do agressor e do agredido”, afirma
o especialista.

A) Agressão virtual

Com o desenvolvimento da tecnologia, atualmente o bullying tomou também


proporções virtuais. De acordo com estudo realizado por Ann Frisén, professora
de psicologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, cerca de 10% de todos
os adolescentes, entre 12 e 15 anos, são vítimas do cyberbullying. Neste caso, o
problema pode se tornar ainda mais sério.
As vítimas deste tipo de agressão não possuem escapatória. Quando o bullying
acontece de maneira mais convencional, segundo a especialista, os alvos podem
ser deixados em paz nos momentos em que estão fora da escola, como nos
finais de semana e feriados. “Porém, no caso do cyberbullying, as vítimas podem
ser agredidas por meio de SMS e websites, tornando ainda mais difícil de
identificar o agressor”, explica Frisén.

B) Por que o bullying acontece?

Segundo Cleo Fante, educadora e autora do livro “Fenômeno Bullying: Como


prevenir a violência nas escolas e educar para a paz” (Verus Editora), o bullying
pode surgir por diferentes motivos: carência afetiva, ausência de limites, práticas
de maus-tratos em casa, entre outros. E as consequências destes fatores, tanto
para o agressor como para a vítima, podem ser gravíssimas.
“As vítimas deste fenômeno podem sofrer desinteresse pela escola, déficit de
concentração e aprendizagem, queda do rendimento, absentismo e evasão
escolar, além de baixa na auto-estima, estresse, transtornos psicológicos,
depressão e suicídio”, escreve a especialista. Já os agressores acabam se
distanciando dos objetivos escolares, passam a supervalorizar a violência e
projetam esta postura para a vida adulta.

C) O que fazer se seu filho sofre ou pratica bullying?

Os sinais dados pelos envolvidos com o bullying são vários, principalmente


entre as vítimas da agressão. Veja abaixo uma série de sintomas que podem ser
notados e descubra como agir para evitar que as proporções do problema
aumentem.

D) Crianças que são alvos de bullying

Começam a evitar a escola e inventam desculpas para não ir, podem dizer que
não estão se sentindo bem, por exemplo: costumam evitar situações sociais e
fogem de qualquer outro acontecimento escolar que não seja obrigatória; contam
os dias que faltam para as aulas terminarem. Se ele sofre na escola, pode
colocar todo o sofrimento para fora em casa, se mostrando extremamente irritado
com os pais e irmãos; pede para trocar de escola constantemente
Apresenta um rendimento escolar mais baixo do que o observado
anteriormente.

E) Crianças que são agressores

Mesmo que pareçam muito bem e seguros, os agressores fazem comentários


com soberba, colocando alguém como inferior, desvalorizando o próximo para se
sentir melhor.
É uma criança ou adolescente mais irônico, que faz piadas dos outros, muitas
vezes por estar inseguro consigo mesmo.
F) O que fazer?

Se uma criança está sofrendo ou praticando bullying, é preciso reportar o


assunto à escola para tratar o caso de uma maneira ampla – pais, alvo, agressor
e orientadores pedagógicos. É importante que a escola não admita este tipo de
comportamento e o trate como um assunto sério.
Além disso, é essencial que o diálogo seja sempre mantido integralmente entre
pais e filhos. Com um bom canal de comunicação, as crianças podem se abrir e
tornar a resolução do problema mais fácil. Para Blumenthal, buscar a ajuda de
um profissional da área terapêutica pode ajudar a criança agredida a se sentir
melhor diante dos colegas.
Caso o bullying vire de fato uma ameaça à integridade física e moral da criança,
a Promotora Soraya Escorel indica que o caso seja denunciado à Vara da
Infância e Juventude mais próxima.

(http://delas.ig.com.br)

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