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Descobrindo Suas Vidas Passadas

Glória Chadwick

Tradução de CLAUDIA GERPE DUARTE

EDITORA RECORD

Título original norte-americano DISCOVERING YOUR PAST LIVES

Sumário

Introdução 11
PRIMEIRA PARTE: O InÍCIO 15
1 A Reencarnação e como Ela se Relaciona com Você 17
2 O Processo de Recordar Vidas Anteriores 19
Como Funciona a Mente Subconsciente · Como Surgem
as Lembranças das Vidas Anteriores · Como Reconhecer
Lembranças das Vidas Anteriores
3 Como Encontrar as Lembranças de Vidas Anteriores 26
Tudo a Respeito de Alfa · Travando Conhecimento com
a Mente Subconsciente · Como Estimular as Lembranças a
Virem à Tona · O Que Pesquisar Quando as Lembranças
Aparecem
4 O Que Fazer com as Lembranças ao Encontrá-las 34
Confiando nos Sentimentos · O Encontro e a Confirmação
das Lembranças de Vidas Anteriores · Mantendo um Diário
5 Começa a Jornada 41

SEGUNDA PARTE: PESQUISAS E EXPERIÊNCIAS 43


6 Déjà Vu: Você Já Esteve Aqui Antes 45
Reconhecendo Reflexos das Vidas Anteriores · Investigando
Sentimentos de Déjà Vu
7 Imagem: A Linguagem da Mente 52
Vendo e Sentindo Imagens de Vidas Anteriores
8 Imaginação: O Mundo das Imagens Interiores 57
Interpretações da Imaginação · Devaneios Que Relembram
Vidas Anteriores · Inspiração e Intuição · Brincando com
as Vidas Anteriores · Um Assunto Sério
9 Observando o Presente Para Descobrir o Passado 66
Questionário de Pistas Atuais
10 Os Sonhos: Quadros das Vidas Anteriores 92
Descobrindo as Vidas Anteriores Através dos Sonhos · A
Interpretação dos Sonhos · Planejando Sonhos de Vidas
Anteriores
11 Os Eus Separados e a Espiritualidade 99
O Eu Interior · O Eu Superior · A Essência da Alma
12 Visitando Suas Vidas Anteriores 114
Preparação Para Viagens ao Passado · A Projeção da
Luz Branca · A Ligação com a Terra e a Centragem ·
Projetando-se nas Vidas Anteriores · Viajando Mentalmente
em Recordações

TERCEIRA PARTE: O KARMA 129


13 Antes do Nascimento 131
O Ingresso na Experiência Terrestre
14 A Lei do Karma 135
Criando a Pr¢pria Realidade
15 Você e as Pessoas na Sua Vida 138
Almas Amigas: As Pessoas Especiais · Ligações das Vidas
Anteriores: O Vínculo Kármico Que Une
16 Pagamento das Dívidas do Passado 147
A Compreensão do Karma · A Identificação das Questões
Fundamentais e as Influências de Vidas Anteriores · As
Vantagens do Equilíbrio
17 Equilibrando o Karma 163
O Processo da Mudança Positiva · O Princípio do Perdão
· O Princípio da Graça · O Karma Comum · O Teste do
Equilíbrio · Corrigindo o Karma e Tornando Tudo Melhor

QUARTA PARTE: A ILUMINAÇÃO 177


18 Descobrindo o Destino 179
Você É o Mestre da Sua Sorte
19 Sua Essência de Energia 189
Sua Pirâmide de Poder · Camadas e Níveis de Energia e
Consciência
20 A Verdadeira Natureza da Sua Espiritualidade 199
Libertando Seu Espírito
21 As Peças do Quebra-Cabeça das Suas Vidas Anteriores 203
22 A Busca do Conhecimento 205

Introdução

Comecei a interessar-me pela reencarnação certa noite ao passar de


carro pelo velho cemitério de uma cidade onde jamais estivera antes.
Ao cruzar o portão comecei a soluçar histericamente. Eu sabia,
sem qualquer sombra de dúvida, que estava enterrada ali. De algum
modo, sabia que meu nome havia sido Sarah, bem como a data da
minha morte.
Como já era tarde, e eu não gostava particularmente de explorar
cemitérios no escuro - sem falar em quão aterrorizada estava -,
voltei para casa e passei a noite inteira pensando na minha experiência.
Pela manhã, havia me convencido de que estava maluca. Não obstante,
voltei ao cemitério e caminhei diretamente para a sepultura que
acreditava ser a minha. O nome e as datas na lousa eram as mesmas
que eu pressentira na noite anterior. Enquanto ali permanecia, fitando
meu pr¢prio túmulo, comecei a me lembrar de acontecimentos e emoções
que tinha vivenciado quando era outra pessoa.
A experiência era tão real e tão nítida que nem mesmo minha
mente consciente conseguia negá-la. Essa experiência abriu um novo
mundo para mim - um mundo excitante de entendimento, percepção
intuitiva e conhecimento sobre quem eu fui, por que estou
aqui, e sobre as experiências que me talharam e moldaram,
transformando-me no que sou agora. Percebi que essa experiência
conduzia à revelação do destino que eu tinha escolhido antes do meu
nascimento para a vida atual.
O conhecimento e a percepção que obtive, tanto nesta vida quanto
nas anteriores, são ecos de muitas experiências e inúmeras influências.
Quanto mais aprendo, mais me torno consciente do vasto
conhecimento que existe dentro de todos n¢s. Este livro é a minha
forma de compartilhar o conhecimento que adquiri, e eu o ofereço
com o intuito de ajudá-lo a lembrar-se de quem você foi, como
as suas vidas anteriores o trouxeram para onde você está agora, e
como irão influenciar a pessoa que você será mais tarde.
Este livro tem por base as aulas sobre reencarnação que leciono,
e as centenas de regressões a vidas passadas que realizei com
alunos e clientes, bem como percepções intuitivas obtidas de lembranças
de existências anteriores. Este livro, que é um guia para descobrir
suas vidas passadas, pode ajudá-lo a abrir as cortinas da sua
mente e da sua alma. Ele oferece uma maneira de escancarar os portões
que irão conduzi-lo ao cerne, à sua essência interior - mas não
é a única maneira. Seu desejo de olhar para dentro de si, a fim de
encontrar sua verdade e seu conhecimento, irá abrir esses portões.
A medida que isso acontecer, você estará redespertando seus poderosos
recursos internos, bem como descerrando e expandindo sua
consciência.
O material nesta obra é apresentado de forma a permitir que
você avance no seu pr¢prio ritmo e absorva o conhecimento a seu
modo. Este livro é um curso para ajudá-lo a descobrir suas vidas
passadas e revelar a verdade e o conhecimento que existe dentro de
você. Durante uma aula, pode-se fazer perguntas ao mestre e obter
a explicação de questões que se deseja conhecer mais profundamente.
Neste livro, você irá responder às suas pr¢prias questões e descobrir
o conhecimento que reside no seu interior. Tais respostas irão
guiá-lo para a verdade e a compreensão das suas existências passadas.
No início, parte dessas informações poderá ser difícil de entender.
Existe uma razão muito importante para isso. Meu desejo
sincero é ajudá-lo a aprender da melhor maneira. Como você não
está sentado na minha sala de aula e não pode me fazer perguntas,
acrescentei todas as chaves e pistas necessárias para você encontrar
as respostas dentro de si mesmo. Existem nas palavras significados
e nuanças sutis que talvez não sejam visíveis na superfície. Somente
examinando seu interior você irá vislumbrá-las e conscientizar-se dos
significados reais. Este livro lhe oferece conceitos que não podem
ser totalmente explicados em palavras, embora esses conceitos
sejam amplamente compreendidos quando a gente os explora e os
entende dentro de si, relacionando-os com nossa vida e nossas
experiências.
Ao ler este livro e interpretar as informações nele contidas, procure
ficar aberto e receptivo aos seus sentimentos e percepções com
relação a ele, bem como às suas reações às meditações, visualizações
dirigidas, e exercícios de abertura. Talvez você queira passar
primeiro os olhos pelo livro para "sentir" as informações antes de
iniciar as tentativas de descobrir suas vidas anteriores. Procure lê-lo
lentamente em seguida. Não se apresse e elabore seus pensamentos
e sentimentos sobre as informações e o que você vivencia com elas.
O assunto da reencarnação é muito sério, sendo aqui apresentado
de uma maneira que lhe permite desvendar e explorar suas existências
anteriores da maneira mais conveniente para você. A medida
que for abrindo os portais que o conduzem à descoberta das suas
outras vidas, deixe que as experiências sejam o seu guia. Compreender
as vidas que se foram representa um grande passo na jornada
do conhecimento. Ao começar a descobrir suas existências passadas,
talvez você descubra também muitos níveis de consciência dentro
de si.
Muitas pessoas que começaram a liberar as lembranças de vidas
passadas vivenciaram um processo de crescimento e aprendizado
que as levou a se conscientizarem e a desenvolverem aspectos
espirituais interiores. Algumas tiveram inicialmente dúvida e confusão,
exatamente como eu, mas buscaram mais fundo dentro de
si, procurando e encontrando respostas e explicações para suas
experiências
e tudo o que significavam em suas vidas. Todas as dúvidas
se transformaram em conscientização e percepção intuitiva. A
confusão metamorfoseou-se numa luz que iluminou seu caminho,
e os primeiros passos as ajudaram a entrar em contato com a verdade
e o conhecimento. Elas vivenciaram a transição gradual para uma
profunda consciência de si mesmas à medida que iam abrindo as
frestas de suas almas, e expandiram seus horizontes explorando e
compreendendo a verdadeira significação contida em suas experiências.
Á medida que for percebendo e explorando suas lembranças
de vidas passadas, você estará abrindo um mundo de conhecimento
que existe no seu interior. Ao avaliar suas vidas anteriores e
compreender
seus efeitos sobre a vida atual, você irá descobrir o significado
da sua existência e saberá que é o mestre do seu destino.

PRIMEIRA PARTE

O INICIO

1- A Reencarnação e como Ela se Relaciona com Você

Quando as pessoas se puseram a buscar um modo de compreender


o prop¢sito e o significado da vida, descobriram que toda a verdade
estava dentro delas mesmas. Começaram a se conscientizar de
que possuíam uma essência especial que passaram a chamar de alma.
Aprenderam, através de experiências, que essa alma era imortal
e que sua consciência continuava através do tempo. Apenas as
percepções desse conhecimento diferiam; a verdade permanecia a
mesma. Depois se deram conta de que a morte não era o fim, mas
um novo início que criava um círculo de vida. Descobriram um padrão
rítmico que se repetia no renascimento da sua alma num diferente
nível de consciência. Verificaram que o que faziam numa
determinada vida refletia-se em outra.
A reencarnação é a crença na vida ap¢s a morte. Nossa alma
renasce num novo corpo físico com a finalidade de obter conhecimento
e compreender e solucionar emoções e ações negativas de vidas
anteriores. Através de repetidas encarnações, aprendemos lições
kármicas e usufruímos as recompensas das lições que aprendemos
antes. Adquirindo conhecimento, aperfeiçoamos nossa alma e alcançamos
a união espiritual com uma consciência mais elevada.
Á medida que fazemos a jornada de vida para vida, deparamos
com experiências nas quais nossas ações de vidas pregressas se
apresentam novamente. Esse fato é conhecido como karma, e é normalmente
caracterizado como causa e efeito. Causa e efeito nos levam
a estabelecer nossa pr¢pria realidade. Criamos aquilo que vivenciamos
em cada momento de cada vida. Através dos nossos
pensamentos, sentimentos e atos, tornamo-nos a causa dos acontecimentos.
Quando vivenciamos o karma, estamos vivenciando o efeito
dos nossos pensamentos, sentimentos e ações que produzimos e
criamos nas nossas vidas passadas.
No processo de evolução da alma, tomamos consciência de todas
as ações que provocamos. N¢s nos damos a oportunidade de
vivenciar nosso karma, bem como a liberdade de escolher o que
queremos fazer a respeito dele. Escolhemos se vamos mudar e corrigir
o que fizemos antes, caso precise ser corrigido, ou se vamos
prolongar o karma até uma vida futura. Podemos também nos dar
a oportunidade de usufruir e tirar vantagem do que já aprendemos,
bem como o privilégio de aumentar nosso conhecimento. Na busca
da iluminação espiritual, tornamo-nos conscientes de que, de fato,
geramos nossa pr¢pria realidade.
Implícito na crença da reencarnação está um mundo de conhecimento
e consciência de si mesmo. Saber que já vivemos antes, e
analisar as aparentes desigualdades e injustiças da vida, traz
significado
e prop¢sito à nossa existência atual. Ao aceitar a responsabilidade
pelas nossas atitudes e ações em vidas pregressas, conferimo-nos
o poder de efetuar mudanças positivas em nossa existência atual,
o que nos permite aprender lições e equilibrar o karma. Saber que
possuímos o poder de controlar o que acontece em nossa vida, e usufruir
os inúmeros prazeres e desafios da existência física, nos torna
conscientes de que somos os mestres do nosso destino. Ao compreender
todas as nossas experiências, adquirimos conhecimento e iluminação,
o que nos transmite a consciência da nossa verdadeira
natureza espiritual.
Ao descobrir quem foi antes, e como suas experiências anteriores
se relacionam com quem é agora, você obterá tremendos benefícios
relativos ao entendimento das experiências presentes. O valor
de lembrar das vidas passadas encontra-se em aplicar o conhecimento
e as percepções intuitivas adquiridas naquelas vidas aos conhecimentos,
situações e relacionamentos da realidade atual.

2- O Processo de Recordar Vidas Anteriores

Disse um fil¢sofo certa vez: "O aprendizado consiste em lembrar


do conhecimento adquirido anteriormente." Nosso subconsciente
possui uma mem¢ria perfeita e é o dep¢sito de todos os nossos
pensamentos,
sentimentos, experiências, e conhecimento acumulado. Tudo
que vivenciamos e tomamos consciência em cada vida está
registrado na mente. A recordação das vidas passadas é um processo
natural que envolve três atributos: o de saber; a expectativa
de estar pronto, desejoso e apto a saber; e a crença de que o que
vamos aprender irá ativar nossas lembranças permitindo-nos recordar
nossas vidas pregressas.
Todas as nossas recordações ocorrem por motivos muito especiais
que irão ajudar-nos na vida atual. Elas vêm à tona para nos
oferecer as percepções intuitivas e as respostas necessárias para
compreendermos
nossos sentimentos em relação às afinidades em que
estamos envolvidos, e também explicam nossas reações às situações
e eventos que ocorrem na vida presente. Elas nos ajudam a tomar
consciência de como nossas ações e experiências de hoje estão ligadas
a fatos de vidas passadas e são causadas por eles, proporcionando-nos
um claro entendimento da influência desses acontecimentos
na existência atual. As recordações vêm à tona para ajudar-nos a
aprender lições de vida, a equilibrar nosso karma, e a educar-nos
na consciência espiritual.

COMO FUNCIONA A MENTE SUBCONSCIENTE


Em cada encarnação, nascemos com um novo corpo e um novo cérebro,
cuja finalidade é permitir que funcionemos no mundo físico.
Nossa percepção subconsciente, que contém o conhecimento da nossa
alma, está incorporada ao novo corpo físico, com todas as recordações
associadas das vidas anteriores. Tanto nosso corpo e cérebro,
quanto nossa mente e conhecimento são semelhantes a um computador.
O corpo e o cérebro consciente, conhecidos como Beta, representam
o revestimento externo e os circuitos do computador. A
mente subconsciente, conhecida como Alfa, é o disco do programa
contendo o conhecimento que alimenta o computador. O corpo e
o cérebro formam o envolt¢rio e o sistema que recebe o conhecimento
interior da alma. A mente consciente alimenta e programa
as experiências da nossa vida atual.
O cérebro se concentra em idéias e pensamentos concretos, sendo
governado pelas características conscientes da l¢gica e do raciocínio.
Beta é limitado pela quantidade de informações que pode
receber e processar num dado momento. Beta é restringido pela perspectiva
física de informações que se relacionam com a organização
e a análise dos sentimentos e experiências. Beta tem a finalidade de
fazer funcionar o corpo físico e vivenciar a encarnação atual na
estrutura
da dimensão física.
A mente se concentra na verdade e no conhecimento interior,
dedicando-se a receber e processar tanto informações físicas quanto
espirituais. Alfa contém os segredos de imagens e imaginação,
intuição e percepção, emoções, sonhos e lembranças. Alfa opera com
uma quantidade ilimitada de informações numa estrutura de percepção
altamente sofisticada. O objetivo de Alfa é adquirir conhecimento
e ajudar-nos a compreender todas as nossas experiências
durante nossa encarnação física.
O computador não funciona se não for ligado a uma fonte de
energia. Beta e Alfa trabalham em conjunto para que tanto a percepção
física quanto a espiritual coexistam num ambiente físico. Beta
assemelha-se a uma luminária (o corpo) com uma lâmpada (o cérebro)
que não está ligada a uma fonte de energia. Alfa é a energia
que contém todas as lembranças das vidas pregressas e que se liga
a Beta em cada vida.
Recordar as vidas anteriores é como esquadrinhar o disco de
programação do subconsciente. A informação está presente, mas a
recuperação do arquivo requer o c¢digo apropriado do computador.
A mente possui um mecanismo singular de filtragem que lhe
permite lembrar apenas o que é necessário ou importante para a vida
atual, com base nas circunstâncias atuais. Isso se deve à enorme
quantidade de informações acumuladas em cada existência.
Talvez você já tenha descoberto que sua mente subconsciente
filtra as informações. Digamos que é como ter coisas demais a fazer
de uma s¢ vez, ou ter um número excessivo de pensamentos passando
pela mente ao mesmo tempo. Quando isso acontece, ou o computador
entra em colapso (BBB: Beta-Brain Burnout*),
*Cérebro Beta Esgotado. (N. da T.)
ou nossa
mente filtra a informação (AAA: Alpha-Awareness Alert**),
**Consciência Alfa em Alerta. (M da T.)
fornecendo-nos somente os elementos importantes que precisamos
saber.
No interior desse mecanismo de filtragem existe um complicado
sistema de arquivo e recuperação. Recebemos diariamente um
número tão grande de informações que Beta não consegue absorvê-las
e mantê-las num nível consciente. Elas são então relegadas à esfera
do subconsciente, onde são arquivadas em seqüência de acordo
com nossos sentimentos a respeito da experiência. S¢ precisamos
do mecanismo acionador certo para descobrir o c¢digo de computador
apropriado que irá trazer à tona as informações e mostrar as
imagens do evento em nossa mente. Na maioria das vezes, esse c¢digo
de computador consiste em associações de sentimentos e ocorrências
similares.
Emoções ou experiências análogas despertarão recordações de
vidas anteriores nas quais as mesmas emoções ou acontecimentos
foram vivenciados. Ocorre a revivescência espontânea de uma lembrança
quando uma situação ou sentimento atual tem ligação com
uma experiência semelhante numa vida anterior. Pessoas com quem
compartilhamos uma vida anterior também podem acionar a mem¢ria
quando os sentimentos que nutrimos agora são diretamente
afetados por emoções de existências passadas. Nossas reações ao
relacionamento
podem inspirar imagens de fatos que ocorreram antes
com essa pessoa. A importância da lembrança com relação ao
que estamos vivenciando agora é o agente ativador.
Os acontecimentos significativos são relembrados com mais facilidade
e com maiores detalhes. Se existe um motivo importante para
que nos lembremos do evento, a recordação virá instantaneamente
à tona. O fato de estarmos mais envolvidos emocionalmente com
a lembrança também a torna mais fácil de ser recordada, mesmo
que o caso tenha ocorrido originalmente há trezentos anos em vez
de na semana passada. A mente subconsciente não se preocupa com
o tempo. Essa é uma das atribuições de Beta.
Se as lembranças de vidas pregressas afetarem um aspecto emocional
da vida em que estamos presentemente envolvidos, ou lidarem
com um karma que estejamos procurando equilibrar, elas podem
irromper na superfície e ser muito emocionantes. As recordações irão
mostrar-nos imagens e cenas de eventos de existências anteriores,
e poderemos sentir as emoções associadas a esses eventos. Nossas
lembranças irão explicar como os acontecimentos e as emoções que
estamos vivenciando nesta vida têm suas origens em vidas anteriores.
Na primeira vez que tentarmos nos lembrar das vidas anteriores,
ou descobrir informações que não estão claramente associadas
a outras ocorrências, nossa mente dará início a um sistema de sindicância
para reconstituir os acontecimentos e as emoções que envolvem
a lembrança para poder trazê-la à superfície. Esse processo se
assemelha a talhar uma pedra para chegar ao centro. Deparamos
com todos os tipos de fragmentos de recordações. Quando a mem¢ria
central é localizada, os aspectos emocionais são os primeiros
a surgir, seguidos dos eventos diretamente relacionados com a lembrança.

COMO SURGEM AS LEMBRANÇAS DAS VIDAS ANTERIORES

Quando começamos a descobrir as lembranças das vidas anteriores,


lembramo-nos na maioria das vezes primeiro das emoções contidas
na mem¢ria, mas não o evento que originou as emoções. Isso
se deve ao fato de as lembranças estarem arquivadas de acordo com
nossos sentimentos. Podemos vislumbrar uma imagem fugaz ou o
fragmento de uma lembrança de vida anterior que fará as emoções
associadas virem à tona. A recordação de uma existência pregressa
pode ser desencadeada por uma situação atual semelhante à experiência
passada, e podemos surpreender-nos reagindo às emoções
da mem¢ria da vida anterior sem nos lembrarmos dos detalhes da
lembrança correspondente. Isso poderá ajudar-nos a compreender
situações nas quais nossos sentimentos estão em desarmonia com
a condição presente.
Á medida que começamos a nos lembrar de vidas passadas, podemos
ter uma sensação ou um sentimento sobre as lembranças, sem
contudo vê-las claramente com a visão mental. Podemos tornar-nos
conscientes da ligação de uma vida anterior sem saber exatamente
qual é essa ligação. Ou ainda conscientizar-nos de símbolos ou imagens
que representam algo que precisamos entender antes que a lembrança
total venha à tona. É quase como se nossas recordações
possuíssem uma mente pr¢pria. Isso se deve em parte ao fato de Beta
e Alfa estarem aprendendo a trabalhar juntos harmonicamente
para que nossas lembranças possam emergir. No início, nossas vidas
passadas poderão parecer um quebra-cabeça com peças que não
se encaixam, porque Beta e Alfa apresentam perspectivas totalmente
diferentes e distintas a respeito das nossas lembranças.
Podemos nos lembrar apenas de fragmentos da mem¢ria que começam
a se manifestar através de breves imagens e lampejos de algo
que se parece com uma vida passada. Pequenos clarões de consciência
surgem na mente provocando-nos o vislumbre de uma lembrança
que desaparece no minuto em que conseguimos vê-la claramente,
furtando-se ao nosso reconhecimento e compreensão. Quando começamos
a divisar imagens das vidas pregressas, elas podem entrar e sair
da nossa mente com incrível velocidade. Isso é às vezes um tanto
exasperante,
sobretudo se de fato desejarmos recordar as existências passadas.
Esse fato costuma ocorrer quando Alfa começa a nos oferecer
lembranças e Beta se põe a testar nossa sinceridade e nossa paciência.
Quando as recordações das suas vidas passadas ficarem oscilando
no limite entre vir à tona ou se perderem para sempre no esquecimento,
simplesmente relaxe e deixe que elas fluam à superfície.
Esse processo se assemelha à sensação que sentimos quando temos
uma palavra na ponta da língua mas não conseguimos nos lembrar
dela. Se desistimos de tentar e voltarmos a atenção para outro assunto,
a palavra salta à nossa mente quando menos esperamos. Isso
acontece porque já desistimos com a convicção de que iremos nos
lembrar dela mais tarde. Tal fato também se aplica as recordações
das vidas passadas. A mente subconsciente não gosta de ser apressada
ou pressionada, e pode ser até muito exigente quanto à maneira
pela qual procuramos reviver nossas recordações.

COMO RECONHECER LEMBRANÇAS DAS VIDAS ANTERIORES

Até que nos familiarizemos com a forma pela qual nosso subconsciente
nos oferece nossas lembranças, e até que saibamos reconhecer
a sensação da lembrança de uma vida passada e como ela se
parece, as recordações de experiências pregressas poderão parecer-nos
não serem realmente recordações de vidas anteriores. Talvez até
pensemos que nossa mente brinca conosco, e que nossa imaginação
está trabalhando em excesso. É comum, quando as recordações de
vidas passadas começam a vir à tona, que ocorram sentimentos e
surjam fragmentos de lembranças que não estão claramente associados
a qualquer situação da vida atual. Caso nossa mem¢ria tenha
sido acionada por uma situação presente, poderemos sentir
emoções que não estão relacionadas com essa situação e perceber
imagens de recordações de vidas pregressas.
No início, você poderá ter dificuldade em relacionar as imagens
e os sentimentos das vidas anteriores com uma experiência da sua
vida atual. Ao invés de deparar com uma lembrança clara e bemcomportada
de uma existência pregressa e que se encaixe como uma
luva na sua vida de hoje, você poderá se dar conta de que seu
subconsciente
parece estar tentando ocultar as verdadeiras lembranças.
Poderá até pensar secretamente que seu subconsciente deseja sabotar
seus esforços de se lembrar das vidas passadas. Isso não é verdade;
você apenas sente essa impressão quando suas lembranças custam
a aparecer e s¢ percebe imagens incompletas. Seu subconsciente quer
mesmo ajudá-lo - e o fará -, desde que você o permita.
A maioria das recordações de vidas anteriores vêm à tona de
um modo calmo e discreto, mas algumas são muito intensas e surgem
com um impacto emocional que irrompe na consciência. Quando
você se lembrar de vivências de uma vida anterior, e divisar e
sentir as imagens e as emoções da mem¢ria, nenhum sinal específico
irá disparar na sua mente para lhe dizer que a lembrança é a recordação
de uma vida pregressa. As lembranças das vidas pregressas
se fazem reconhecer pela maneira como reagimos a elas. A lembrança
de uma existência anterior transmite uma sensação diferente da lembrança
da vida atual.
Em algum lugar dentro de n¢s, reconhecemos a recordação de
uma vida anterior confirmando-a através dos nossos sentimentos com
relação a ela. Quando vivenciamos a lembrança de uma vida anterior,
n¢s a conhecemos e sentimos num nível profundo dentro de
n¢s mesmos. É aqui que entra a confiança nos nossos sentimentos
e a crença no conhecimento interior. Os sentimentos são os sinais
reveladores da lembrança real de uma vida anterior; eles preparam
o caminho para a compreensão e a percepção intuitiva.
As lembranças da vida presente parecem em geral mais familiares
no início, e conseguimos relacioná-las mais exatamente com os sentimentos
correspondentes depois de pensar um pouco no assunto. Alfa
nos fornece as imagens e os sentimentos da mem¢ria da vida atual, e
Beta as faz passar por n¢s numa ordem l¢gica e racional. Quanto as
lembranças
passadas quanto as presentes parecem reais a seu pr¢prio modo,
e as emoções vivenciadas com cada uma são igualmente válidas.
À medida que nossas lembranças vêm à tona, podemos lembrar
e/ou reviver acontecimentos e emoções de vidas anteriores. A profundidade
do nosso envolvimento, e quão vividamente vemos e sentimos
as imagens e as emoções das nossas lembranças, determinarão
se nossas vidas anteriores serão ou não lembradas ou revivenciadas.
Durante a lembrança de um evento em vida anterior, as imagens vistas
na mente possuem uma qualidade de sonho. Podemos sentir as
emoções, mas não sentimos a cena. Quando revivenciamos um evento
de vida anterior, nossa consciência se absorve completamente na cena.
Sentimos as emoções, e nos envolvemos com os eventos que ocorrem.
Ouvimos, vemos, tocamos e sentimos o gosto e o cheiro das
visões, dos sons e das circunstâncias à nossa volta. É como se tudo
estivesse acontecendo no presente, em vez de no passado.
Conforme as suas lembranças começarem a surgir, deixe que
se apresentem a seu pr¢prio modo. Não as apresse, não as pressione,
não se esforce demais. Isso s¢ fará com que elas se afastem de
você. Tenha cuidado com os limites auto-impostos e também com
as restrições que você faz às suas lembranças. Não se desencoraje
ao esperar revelações espetaculares e obter apenas poucos elementos
reconhecíveis e poucas pistas para começar.
Suas recordações de vidas anteriores irão despertar naturalmente,
da forma mais adequada. Retraindo-se para dentro de si mesmo
e examinando sua mente subconsciente, você irá descobrir a porta
de entrada para suas vidas pregressas. A natureza da mente subconsciente
é suave e tranqüila. A maioria das lembranças das vidas passadas
aparecem de um modo pacífico, mostrando-nos coisas das
quais já temos consciência, mas que ainda não relacionamos com
o nosso passado remoto.

3- Como Encontrar as Lembranças de Vidas Anteriores

No interior da nossa mente subconsciente encontram-se as recordações


da nossa alma. A forma de começar a liberar as lembranças
das vidas anteriores é relaxar totalmente. Isso permite que nos
sintonizemos
com a mente subconsciente, o que, por sua vez, permite
que ela entre em sintonia com as recordações. O relaxamento é a
arte de fazer com que o corpo físico abandone totalmente a tensão,
permitindo assim que a mente consciente se liberte de todas as
ansiedades e preocupações. Quando permitimos que uma sensação
de relaxamento tome o lugar da tensão, todos os músculos de nosso
corpo começam a relaxar. Quando nossa mente consciente se torna
calma e tranqüila, o subconsciente fica mais ativo e entramos no
nível Alfa, onde ficamos abertos e receptivos às recordações de vidas
passadas.

TUDO A RESPEITO DE ALFA

O nível Alfa irá lhe parecer familiar porque você já o vivenciou antes
muitas vezes. Você está no nível Alfa quando tem pensamentos
sossegados e reflete sobre os seus sentimentos interiores, quando
experimenta
um prazer suave com relação às alegrias da sua vida, ou
quando simplesmente se sente relaxado e satisfeito. Você está em
Alfa nos diferentes momentos do dia em que está sendo criativo ou
sentindo-se inspirado. Você está em Alfa quando lê um livro ou vê
um filme e se envolve na hist¢ria, ou quando sonha acordado ou
usa a imaginação. Você está em Alfa todas as noites antes de dormir,
e sonha no nível Alfa.
A vivência do nível mental Alfa possui muitos benefícios adicionais
que não estão diretamente relacionados com a liberação das
lembranças das vidas anteriores. No nível Alfa, reduzimos e eliminamos
o estresse e a fadiga. Afastamo-nos das características Beta
que não nos permitem estar em sintonia com nosso espírito. Eliminamos
o tagarelar da mente consciente que distrai e perturba nossa
atenção e nossa percepção. Quando ficamos mais relaxados, começamos
a nos sentir melhor, não apenas com relação a n¢s mesmos
como também com tudo à nossa volta. Nutrimos sentimentos extremamente
agradáveis de paz e bem-estar. Sentimo-nos calmos e com
absoluto controle de tudo que vivenciamos. Alfa transmite uma sensação
natural e confortadora, fazendo com que nos sintamos física
e mentalmente revigorados. Ao entrarmos dentro de n¢s mesmos,
desenvolvemos uma atitude mais positiva, sentimo-nos mais revigorados
e ficamos muito mais saudáveis.
No nível Alfa, acentuamos nossa auto-imagem e desenvolvemos
o amor-pr¢prio, tornando-nos conscientes das nossas qualidades
positivas interiores. Estar no nível Alfa libera a inspiração e
criatividade, permitindo que concentremos nossa atenção no potencial
positivo que existe dentro de n¢s. Quando estamos em Alfa, compreendemos
com clareza as motivações que nos ajudam a tomar
decisões e alcançar as metas desejadas. Alfa proporciona a confiança
que nos facilita obter o sucesso pessoal. Estar no nível Alfa aumenta
nossa consciência psíquica, liberando nosso poder natural de
intuição e premonição. Á medida que entramos em sintonia com o
subconsciente, liberamos a habilidade de entender nossos sonhos e
de ficar em contato com nossos sentimentos em relação a tudo que
se relaciona com nossa vida. Tomamos consciência da nossa verdadeira
natureza espiritual, e liberamos as lembranças das nossas existências
passadas.

TRAVANDO CONHECIMENTO COM A MENTE SUBCONSCIENTE

Á medida que entramos no nível Alfa, começamos a penetrar em


nosso interior para encontrar nossas pr¢prias respostas e permitir
que as lembranças das vidas anteriores venham à tona. Alfa é a verdadeira
natureza da mente subconsciente. Estar no nível Alfa transmite
uma sensação leve e rítmica na qual entramos em sintonia com
n¢s mesmos. Alfa é a chave que abre a porta para as recordações
das vidas passadas. A meditação que se segue irá ensinar-lhe a entrar
no nível Alfa.

Sente-se numa poltrona confortável que tenha apoio para o pescoço,


ou deite-se num sofá, com o corpo estirado. Comece a relaxar
por meio de uma respiração profunda. Encha o peito e solte o ar
lentamente. Por alguns instantes, concentre a atenção e a consciência
na sua respiração. Observe como o simples ato de respirar começa
a relaxá-lo e perceba como você vai ficando cada vez mais
calmo. Ouça o ruido da sua respiração enquanto inspira e expira,
lenta e naturalmente. Comece a imaginar que inspira um sentimento
de paz e uma sensação de bem-estar, e que expira todas as tensões
e pensamentos supérfluos que abarrotam sua mente consciente.
Inale relaxamento... exale tensão. Inale calma e tranqüilidade...
exale ruido e agitação. Inspire repouso e sinta-o fluir naturalmente
por todo o corpo. Sinta seus músculos começarem a relaxar, à medida
que vão liberando tensão e rigidez. Sinta o relaxamento fluindo
através de você... sentindo os músculos relaxarem... sentindo os
nervos relaxarem... sentindo cada parte do seu corpo tornar-se totalmente
relaxada e tranqüila. Aprecie sentir-se calmo e sereno...
repousado e em paz.

Enquanto você continua a respirar lenta e naturalmente, sentindo-se


relaxado e em paz, e calmo e tranqüilo por dentro, imagine um
belo arco-iris no firmamento. O arco-iris formou-se por causa da
chuva que caiu bem cedo pela manhã, e do sol que agora se infiltra
através das nuvens. As cores são vibrantes e puras... um espectro
tremeluzente de cores que se misturam umas às outras. É o mais belo
arco-iris que já viu em toda a vida. Ele o envolve como um domo
perfeito que toca o céu e a terra. Você tem a impressão de quase
poder tocar esse arco. Sente como se pudesse inalar as cores e nelas
penetrar. Tem a impressão de que poderia percorrer o arco-iris de
ponta a ponta, e penetrar no céu e no universo acima dele.
Você pode sentir-se subindo pelo arco-iris... flutuando por cima.
alcançando lenta e naturalmente a cor vermelha na sua base...
Pode sentir o colorido ao redor de si, e à medida que inala o colorido,
começa a vivenciar a cor que o penetra. Absorvendo a cor na
sua mente, você sente que ela se abre e se expande dentro da cor.
Você percebe que sua mente se torna cada vez mais consciente e
experimenta
uma maravilhosa sensação de energia quando come‡a a
percorrer as cores do arco-iris.
Você pode agora sentir-se subindo pela cor laranja. Enquanto
inala essa cor, sente que se torna parte dela. Você sente a cor por
dentro e à sua volta, e ela lhe causa a impressão de estar na terra
e no céu ao mesmo tempo. Enquanto absorve a cor na sua mente,
experimenta uma estimulante sensação de liberdade. Sente-se expandir
dentro do arco-iris e ascender na direção da cor amarela.
À medida que inala a cor amarela, pode senti-la dentro da sua
mente. Percebe sua mente abrindo-se cada vez mais, e você nota que
vai ficando mais e mais consciente. Você tem a impressão de compreender
a qualidade e a natureza do arco-iris, e entende a qualidade
e a natureza da verdade e do conhecimento interior. Enquanto
vivencia a cor amarela dentro da mente, percebe sua consciência
desabrochando
dentro de você... expandindo-se e crescendo à medida
que distende a sua mente ainda mais.
Você começa a se deslocar agora com maior facilidade através das
cores, captando as energias e as vibrações singulares de cada cor.
Flutua para a cor verzte, e à medida que vivencia a cor dentro da sua
mente,
fica mais em contato com seus sentimentos interiores. Sente a cor verde
com suas emoções, e ela lhe transmite uma sensação rejuvenescedora
e calorosa. Você tem consciência de que a cor alimenta seu corpo e
também sua mente. Sente-se revigorado e saudável, à medida que corpo
e mente celebram a harmonia dentro da sua alma.
Você avança suavemente para a cor azul do arco-íris. Quando
penetra nessa cor, fica muito calmo e tranqüilo. Tem quase a impressão
de que seus pensamentos são palavras, e que suas palavras
são imagens que brotam dos seus sentimentos. Você sente como se
pudesse ver e expressar seus pensamentos ao mesmo tempo, e que
eles são realmente uma coisa s¢, não havendo qualquer distin‡ão
entre o universo e você.
Ao tomar consciência de tudo isso, já se encontra dentro da
cor anil... quase no topo do arco-iris.
Á medida que inala a cor da
consciência psiquica e do verdadeiro conhecimento interior, você percebe
que sua mente se abre e se expande completamente em horizontes cada vez
mais amplos que
transcendem o que pode ser visto
e tocado fisicamente. Você vivencia sua consciência com um conhecimento e
uma compreensão que estão além das palavras e dos sentimentos. Quando
reconhece e aceita
essa consciência dentro de si,
atinge o topo do arco-iris.
A cor violeta no alto inspira em você um sentimento de assombro e
reverência. Percebe agora que abriu a percepção da sua mente, e que
permitiu a si mesmo começar
a vivenciar sua verdadeira
natureza espiritual. Você começa a vivenciar sua alma, e a compreender
tudo que está envolvendo o seu ser.
Acima do arco-iris, você observa uma tremeluzente névoa branca. Essa
névoa parece confortante e cálida; ela transmite uma sensação de proteção
e segurança quando
você a circunda em torno de
si, como um manto de sabedoria.
Quando penetra de novo no arco-iris, sente que começa a descer
gradualmente através de todo o colorido que vivenciou. Sente-se unido
às cores violeta, anil, azul, verde, amarela, laranja e vermelha. Dá-se
conta de estar novamente na terra, olhando para o arco-iris no
alto. Nota a luz do sol que começa a dispersar todas as nuvens. O
sol está agradavelmente forte, e sua luz brilha muito. Quando você
reflete sobre o que vivenciou ao sentir que sua mente se abria e se
tornava mais consciente, percebe que descobriu um tesouro excepcional
dentro de si.
Ao relaxar fisicamente e galgar o topo do arco-íris, você entra no
nível Alfa e sua mente subconsciente se torna mais alerta. Alfa é
um estado natural da mente em que entramos em contato com n¢s
mesmos num nível interior no qual podemos meditar. As energias
das cores nos ajudam a liberar o conhecimento interior. Ao penetrar na
mente subconsciente, permitimos que as lembranças de existências passadas
se apresentem. Cresce
a nossa compreensão de como
as lembranças das vidas anteriores se relacionam com a vida atual,
e ficamos sabendo por que essas lembranças vêm à tona em momentos
específicos.
Ao permitir que as recordações de vidas pregressas venham à
tona, começamos a explorar o mundo fascinante de quem fomos
e como todas as nossas experiências nos formaram e moldaram,
transformando-nos em quem somos agora. Ao olhar para o nosso
interior, ficamos cientes de que já possuímos todas as respostas e
descobrimos que o verdadeiro conhecimento está dentro de n¢s. Ao
percorrer o nosso interior, devemos confiar nas percepções intuitivas e
informações das quais nos conscientizamos. Proporcionemo-nos a liberdade
de explorar, a curiosidade
de aprender, o
desafio de conhecer e o poder de usar o que descobrimos a respeito das
nossas vidas anteriores.
Estar no nível Alfa é uma parte extremamente importante da
liberação das lembranças das vidas pregressas. Sempre que você entrar no
nível Alfa, por meio do relaxamento e da visualização do
arco-íris, você se dará conta de estar cada vez mais relaxado e mais
consciente. Quando terminar a meditação, veja-se descendo gradualmente
através das cores do arco-íris. Isso o levará de volta ao nível
Beta.
Talvez você queira gravar essa meditação para poder escutá-la
enquanto pratica o relaxamento e a abertura da sua mente subconsciente.
Quando você se sentir familiarizado em entrar e estar no
nível Alfa e conseguir alcançá-lo rápida e facilmente, poderá encurtar a
meditação respirando profundamente algumas vezes enquanto vê e sente as
cores do arco-íris.
Siga seu pr¢prio ritmo nessa meditação.

COMO ESTIMULAR AS LEMBRANÇAS A VIREM Á TONA

Estando no nível Alfa, podemos fazer sugestões a n¢s mesmos para


nos lembrarmos das vidas anteriores. Ao fazer isso, estaremos empregando
a auto-hipnose. Nessa contingência, apoiamo-nos em n¢s
mesmos para encontrar nossas respostas. As seguintes sugestões possuem
uma natureza genérica e se propõem a ajudar a liberar as recordações das
vidas pregressas.
Talvez você sinta vontade de se fazer
as seguintes sugestões enquanto estiver relaxado e no nível Alfa.
"Consigo recordar com facilidade as minhas vidas passadas. "
"Desejo conhecer e compreender os eventos, as emoÇões e as
experiências que ocorreram em minhas vidas anteriores. "
"Consigo lembrar-me de tudo que é importante para que eu
conheça e compreenda minhas vidas anteriores. "
"As recordações das vidas passadas irão ajudar-me na minha
vida atual. "
"As lembran‡as das existências pregressas me proporcionarão
percepção intuitiva e compreensão. "
"As recordações das vidas passadas irão me ajudar a compreender
as origens dos eventos que estão ocorrendo na minha vida de agora."
"Sou capaz de lembrar e entender todos os acontecimentos e
emoções que vivenciei em minhas experiências anteriores. "
"As lembran‡as das minhas vidas pregressas surgem naturalmente; e à
medida que isso ocorre, torno-me consciente delas e as
compreendo. "

Você poderá formular suas pr¢prias sugestões, com base nas informações
que deseja obter. Seja claro com relação ao que quer recordar. Elabore
suas sugestões da
maneira que achar melhor,
empregando palavras fortes e positivas. As frases também comunicam seus
sentimentos de uma forma adequada. Seu subconsciente irá reagir
às palavras que suscitem as imagens mais vívidas, e àquelas que
inspirem ações e encorajem sentimentos. (Mais informações a respeito
deste assunto são apresentadas em "Imagem: A Linguagem
da Mente".) Quando fizer sugestões a si mesmo, formule-as na primeira
pessoa. Use eu e meu, em vez de n¢s e nosso. Essa abordagem torna suas
sugestões mais pessoais
e diretas.
O modo como são formuladas as sugestões e como você se sente com relação
a elas determina em parte a quantidade de informações que vão surgir,
conduzindo a maneira
pela qual você se lembrará
das suas vidas passadas. Não é preciso ser formal com sua mente
subconsciente - dê-lhe apenas um pouco de orientação e faça-a sentir que
deseja ser seu amigo. Fazendo a si mesmo sugestões claras,
aliadas a um sentimento positivo de que está pronto, quer e é capaz
de recordar suas vidas anteriores, você perceberá que suas lembranças
surgem com facilidade e bem detalhadas.

O QUE PESQUISAR
aaa
QUANDO AS LEMBRANÇAS APARECEM

Quando as recordações começarem a vir à tona, vários itens impor-


tantes irão ajudá-lo a reconhecer imagens e sentimentos de vidas an-

32

teriores, liberando ainda mais detalhes das suas lembranças. Esses


itens o colocarão em cena mais diretamente, ajudando-o a localizar
áreas geográficas específicas. Entre os detalhes que você deverá pro-
curar em suas lembranças encontram-se os seguintes:

· como você está vestido (examine também suas mãos)


· que tipo de sapato ou proteção para os pés está usando
· qual a aparência da paisagem ou do cenário à sua volta
· qual é o tempo, como está o clima
· qualquer tipo de ruído, qualquer espécie de odor
· se existe alguém com você, ou se você está sozinho
· o que você está fazendo, como se sente, e quais são seus
pensamentos
· se você é homem ou mulher, criança ou adulto
· quaisquer outros detalhes visuais ou sensoriais que você
possa perceber

Quanto mais se envolve em ver e sentir as imagens das vidas pre-


gressas, mais informações receberá. Á medida que continuar entran-
do no nível Alfa para liberar imagens e sentimentos das suas vidas
passadas e meditar a respeito delas, você perceberá que sua mente
subconsciente irá se tornando mais sensível, e seu nível de consciên-
cia se expandirá para patamares mais elevados de intuição e conhe-
cimento. Permitindo que as lembranças de suas vidas passadas
venham à tona, você irá perceber que as imagens se tornarão cada
vez mais claras e detalhadas, e que cresce a sua consciência e com-
preensão dos acontecimentos e emoções de vidas anteriores.

33

O Que Fazer com

as Lembranças

ao Encontrá-las

Quando as recordações de suas vidas anteriores vierem à tona, pro-


cure vê-las e senti-las da maneira como elas se apresentam. Resista
à tentação de classificá-las imediatamente em algum tipo de catego-
ria ou estrutura. Muitas pessoas têm a propensão de esmiuçar as ima-
gens e sensações tão logo aparecem. Se você tentar analisá-las e
encaixá-las numa estrutura consciente quando estiver no nível Alfa,
perderá as imagens. Esta é uma cilada consciente denominada ex-
plosão Beta, na qual fazemos nossas recordações ir pelos ares
estilhaçando-as em fragmentos irreconhecíveis. Isso pode ocorrer
quando nossas lembranças se apresentam pela primeira vez e, an-
siosamente, nos precipitamos sobre elas no minuto em que apare-
cem. Nem todo mundo cai nessa armadilha. Se você cair, não se
preocupe. Não é fatal para as recordações e não é definitivo.
Conforme suas lembranças vierem à tona, permita a si mes-
mo recebê-las sem tentar fazer ligações com eventos da sua vida
atual. Tais ligações irão surgir dentro das suas recordações quan-
do você permitir que Alfa lhe dê as respostas. Quando terminar
uma meditação voltada para vidas anteriores, ponha no papel as
imagens e os sentimentos obtidos. Se você estiver firmemente re-
solvido a colocá-los numa estrutura l¢gica, espere até estar em Be-

34
ta, quando poderá racionalizá-las e analisá-las à vontade.
Se você duvidar das lembranças que surgem, irá destruí-las ao
dissecar as imagens e sentimentos, fazendo-as cair no esquecimen-
to. Suas recordações se manifestam nas imagens e sentimentos sub-
conscientes de vidas passadas. Elas lhe são oferecidas no nível Alfa,
e você pode entendê-las em Alfa. Se tentar entendê-las em Beta, per-
derá a verdade na interpretação. Quando você aceita as lembranças
da maneira como lhe são apresentadas, permite que elas se revelem
na sua perspectiva adequada. Através da aceitação, você entenderá
suas recordações e tomará consciência até de informações adicio-
nais a respeito das suas vidas anteriores.

CONFIANDO NOS SENTIMENTOS

Ao construirmos a fundação necessária para que as lembranças das


vidas anteriores venham à tona, a confiança é a pedra angular. A
crença na capacidade de liberar e reconhecer as recordações de exis-
tências passadas, e a aceitação das mesmas quando elas surgem, re-
presentam partes integrantes e inseparáveis da confiança. As
lembranças das vidas pregressas florescem com a nossa crença posi-
tiva em n¢s mesmos, e na nossa aceitação da verdade contida nas
imagens e nos sentimentos. Sempre encontramos a verdade ao con-
fiar no conhecimento interior. A confiança se transforma na verda-
de quando se aceita a confiança e se acredita na verdade.
Caso você sinta dúvida no início, aceite isso como normal. É
apenas sua mente consciente procurando atrapalhar as coisas. Afi-
nal de contas, Beta foi o chefe durante um longo tempo e não gosta
de ser passado para trás por Alfa. Beta pode recorrer a táticas desa-
gradáveis como atirar a dúvida e a incerteza no seu caminho, além
de tentar fazer jogos mentais confundindo e distorcendo as imagens
subconscientes. Beta não gosta de ser deixado de fora. Na verdade,
esse é um bom indício, demonstra que você está no caminho certo
e já bastante avançado no percurso de recordar e compreender suas
biografias pregressas.
Se Beta está se comportando como um mau menino, é porque
você já começa a confiar nos seus sentimentos. Na verdade, Beta
possui algumas boas qualidades. O que ocorre é que Beta tende a
ver apenas a perspectiva física das coisas, e reage negativamente
quando você começa a olhar por baixo da superfície e além do ¢b-

35

vio. Ao tentar recuperar o poder, Beta procura distraí-lo e evitar


que você se lembre das vidas anteriores interferindo com sua busca
da verdade interior. Você pode vencer a batalha com Beta, armado
de confiança em si mesmo e o sentimento positivo de que vai se lem-
brar das existências passadas. Basta afastar Beta gentilmente do
caminho. Seja agradável com Beta, porque, finalmente, Beta irá
ajudá-lo a juntar as peças do quebra-cabeça das suas vidas passadas.
Logo que você começar a tomar consciência das lembranças de
vidas anteriores, confie na sua pessoa e nos seus sentimentos. Con-
fie nas percepções daquilo que você considera verdadeiro. Acredite
em si e nas recordações que lhe pareçam ser lembranças de vidas
passadas. Quando confiamos em n¢s mesmos e seguimos nossos sen-
timentos, torna-se mais fácil reconhecer as verdadeiras imagens e
cenas de vidas anteriores e interpretá-las com precisão.
O ENCONTRO E A CONFIRMAÇÃO DAS
LEMBRANÇAS DE VIDAS ANTERIORES

Nossos sentimentos em relação a vidas pregressas, bem como as per-


cepções intuitivas que obtemos na vida atual, irão verificar e con-
firmar nossas lembranças. A melhor maneira de avaliar a recordação
de uma vida anterior é confiando nos sentimentos e compreenden-
do como aquela vida se relaciona com a atual. Se você quer provas
concretas das suas vidas pregressas, poderá verificá-las através de
canais adequados, pesquisando e confrontando nomes, datas e da-
dos hist¢ricos com as informações das suas lembranças. Os recur-
sos que irá empregar e a maneira como irá conferir e confirmar as
recordações das vidas anteriores serão determinados pelas informa-
ções que você possui para começar. Uma vez dispondo de um pon-
to de partida, certamente encontrará outros caminhos para explorar.
Quando você verificar suas recordações, estará comprovando algo
que já conhece num nível subconsciente.
Caso sua vida passada tenha sido mais ou menos recente, você
talvez até consiga encontrar alguém que lhe possa fornecer detalhes
adicionais. Sheila via repetidamente a cena de um adro em sua mente.
Ela se via como uma menininha, oscilando num balanço preso nos
galhos de uma árvore. Depois disso, a imagem desaparecia. Certa
vez, quando estava de férias, ela passou por esse mesmo adro e vi-
venciou uma incrível sensação de já ter estado ali antes. Durante

36

os dias que se seguiram, Sheila pensou em fazer uma investigação


para verificar sua lembrança, mas teve medo do que poderia des-
cobrir.
Quando finalmente reuniu coragem suficiente para pesquisar
mais a respeito daquela vida, foi até a igreja e conversou com o pa-
dre. Fez perguntas sobre a hist¢ria da igreja, e indagou especifica-
mente se nada de extraordinário havia acontecido com uma
menininha naquele local. O padre se lembrava de ter ouvido falar
de uma menina que morrera numa espécie de acidente, mas não co-
nhecia os fatos; na verdade, s¢ ouvira rumores a respeito. Durante
esse diálogo, Sheila lembrou-se de mais detalhes sobre o aconteci-
mento, mas foi incapaz de verificá-los.
Tomando coragem, Sheila consultou o microfilme de antigos
jornais na biblioteca local; e descobriu que, quarenta e três anos an-
tes, uma menina havia quebrado o pescoço e falecera ao cair de um
balanço no adro. Depois conseguiu, pesquisando as lembranças de
uma vida anterior, compreender que sua mente subconsciente tinha
bloqueado o trauma até ela adquirir condições para lembrar-se dele.
Pesquisar na biblioteca toma muito tempo, mas também pode
revelar-se muito interessante. Os bibliotecários podem sugerir livros
de consulta e outras fontes que irão ajudá-lo a encontrar a informa-
ção que precisa. Eles são muito solícitos, especialmente se você lhes
disser que está trabalhando num projeto de pesquisa, ou que é um
escritor. Agora, se você lhes disser que já viveu antes, eles provavel-
mente lhe mostrarão um sorriso estranho - mas mesmo assim irão
ajudá-lo.
Se você planeja pesquisar os fatos sem pressa, procure vestir-se
de modo confortável e aceitar o prazer de sentar-se no chão da bi-
blioteca rodeado por trinta ou quarenta livros de consulta. Caso sua
vida pregressa tenha sido realmente muito antiga ou obscura, talvez
você precise escrutinar um grande número de livros empoeirados para
encontrar o que está procurando. Não esqueça de levar bastante di-
nheiro mi*do para as c¢pias. E prepare-se para surpresas. Nunca
se sabe o que pode ser encontrado numa biblioteca.
Quando pesquisamos lembranças de uma vida anterior, em geral
acabamos descobrindo ainda mais informações relativas a essa vida.
Tive uma experiência bastante esclarecedora enquanto pesquisava uma
de minhas existências pregressas. Minha única pista era uma palavra
numa língua hoje arcaica. Eu procurava o significado dessa palavra,
buscando informações sobre culturas que haviam falado aquela língua.

37

Enquanto eu escrevia anotações a partir de um livro de consul-


ta, viajei mentalmente à vida anterior que estava pesquisando. Eu
tinha a consciência de ser simultaneamente o meu eu passado e o
presente, e de estar em dois lugares ao mesmo tempo, fazendo coi-
sas totalmente diferentes. Revivenciava minha vida pregressa e, pa-
ralelamente, vivenciava a vida atual. Quando isso ocorreu, entendi
a Iinguagem da vida anterior, e os eventos e sentimentos que então
conheci liberaram completamente as recordações daquela vida.

MANTENDO UM DI-RIO

O tema da reencarnação está aberto à sua interpretação. Este livro


lhe oferece a oportunidade de explorar suas vidas passadas, e de des-
cobrir suas verdades pessoais. Eu o aconselho a manter um diário
detalhado descrevendo suas crenças, idéias, pensamentos e sentimen-
tos a respeito das lembranças das suas vidas anteriores bem como
das experiências relacionadas com essas vidas. Esse diário irá cons-
truir o ambiente e criar uma base para que suas recordações de vi-
das anteriores venham à tona. O diário vai ajudá-lo a compreender
melhor tanto sua vida atual quanto as vidas pregressas, e também
como se relacionam entre si.
No curso deste livro você encontrará meditações, exercícios de
abertura, e sugestões de itens a serem incluídos no seu diário, bem
como idéias que você talvez queira explorar sozinho. Algumas das
meditações o conduzem à mente subconsciente, encorajando-o a vi-
venciar um nível mental mais consciente que é uma espécie de pre-
lúdio à liberação e à exploração das lembranças de experiências das
vidas anteriores. Outras meditações o levam a relembrar os eventos
e as emoções de existências pregressas, encorajando-o a ver e sentir
as imagens de quem você era e do que vivenciou naquelas vidas.
Todas as meditações estão abertas para que você interprete o
que experimentou e tire suas conclusões. As meditações oferecem
um ponto de partida fornecendo um trampolim para as vidas pas-
sadas, encorajando-o a pesquisar e explorar mais por si mesmo. Os
exercícios de abertura e as idéias lhe oferecem a oportunidade de
obter sempre novas informações a respeito das suas vidas anterio-
res, encorajando-o a buscar o que você mesmo considera mais im-
portante.
Os exercícios e as meditações se ap¢iam uns nos outros, e é im-

38

portante fazê-los na ordem em que são apresentados. Isso vai lhe


proporcionar uma base firme e fornecer os degraus necessários que
irão conduzi-lo à consciência de si mesmo e ao conhecimento espiri-
tual. Procure manter uma mente aberta enquanto seguir os pr¢prios
sentimentos com relação ao que acredita ser certo. Deixe que suas
experiências sejam seu mestre e lhe mostrem a verdade contida no
seu interior.
Quando você começar a se lembrar dos acontecimentos e das
emoções de vidas anteriores, e a ver as imagens daquelas vidas, re-
gistre todas as informações que receber, mesmo que não façam sen-
tido à primeira vista, ou que você não tenha certeza de estarem
mesmo relacionadas com suas vidas pregressas. Inclua seus senti-
mentos a respeito de recordações bem como de imagens. Seus senti-
mentos são uma parte muito importante das suas lembranças.
Procure fazer observações sobre as influências das vidas anteriores
e sua ligação com as emoções e os acontecimentos da vida atual.
Quando você fizer lançamentos no seu diário, e ligar as pistas, des-
cobrirá que essa comparação vai originar e inspirar ainda mais in-
formações relativas às suas existências passadas.
As primeiras páginas do seu diário poderão sugerir uma misce-
lânea de imagens, pensamentos e sentimentos. Aquilo que parece
ser uma mix¢rdia de informações e idéias transforma-se num sorti-
mento valioso de chaves e pistas para suas biografias passadas, re-
presentando também a abertura da sua consciência. Os fragmentos
iniciais de informação tendem a se tornar revelações totalmente de-
senvolvidas a respeito das suas vidas pregressas. Quando estiver pron-
to para compreender esse aglomerado de chaves e pistas, à medida
que for abrindo a arca do tesouro do seu conhecimento e da sua
verdade, você perceberá que tudo se encaixa e é totalmente l¢gico.
É bem possível que você tenha vontade de começar seu diário
citando suas crenças pessoais a respeito da reencarnação. Defina en-
tão, em profundidade, como a considera. Escreva mencionando o
modo como você formou suas crenças e o que as influenciou. Pro-
cure avaliar por que você se sente dessa ou daquela maneira. Suas
crenças formam a base das suas experiências e lhe permitem encon-
trar a verdade. Suas convicções e sentimentos sustentam e estrutu-
ram suas percepções a respeito do que você vivencia com as
lembranças das suas vidas passadas, e irão ajudá-lo a compreender
o processo e o objetivo da reencarnação, bem como a imortalidade
da alma.

39

Desenredar e compreender as recordações das vidas passadas


é como ler um maravilhoso romance de mistério. Suas vidas passa-
das estão repletas de personagens interessantes e instrutivos que irão
desvendar-lhe muitos segredos e pistas. Você encontrará fatos fas-
cinantes e verdades ocultas. Você é o detetive, e é função sua desen-
terrar os indícios que conduzirão à descoberta e à lembrança de vidas
anteriores.
Seu diário o ajudará a resolver o mistério das suas recordações,
indicando as pistas necessárias para juntar as peças do quebra-cabeça
das suas vidas anteriores. Quando você tiver concluído este guia e
seu diário, terá reunido uma tremenda quantidade de informações
ligadas às suas vidas pregressas, ao mesmo tempo liberando o co-
nhecimento contido dentro de você. Seu diário lhe proporcionará
uma narrativa detalhada e descritiva a respeito de quem você foi e
do que fez nas suas vidas passadas.
40

Começa a Jornada

Recordar vidas passadas é uma aventura rica e gratificante. Sua via-


gem ao passado vai lhe proporcionar percepções intuitivas do pre-
sente e vislumbres do futuro. Sua jornada o levará à investigação
e à descoberta de suas existências anteriores e à busca da verdade
e do conhecimento interior. Essa procura o levará aos pináculos da
consciência e lhe mostrará a essência da sua alma. A jornada abrirá
avenidas a serem exploradas e lhe mostrará caminhos nunca antes
percorridos.
Você será apresentado à sua imaginação e às suas imagens men-
tais, e descobrirá também os seus sonhos. Sua imaginação vai lhe
revelar os mais íntimos segredos e lhe oferecer dádivas de percep-
ção intuitiva e verdade. Seus sonhos lhe mostrarão o mundo real
que existe dentro de você, dando respostas a todas as suas pergun-
tas. Você fará uma viagem a países estrangeiros e locais onde viveu
em vidas passadas, enquanto visita suas civilizações e observa suas
culturas.
Durante o percurso, irá conhecer seu eu interior, que será seu
fiel e leal companheiro e confidente, e lhe ensinará a como ouvir
e confiar em si mesmo. Você descobrirá um local específico dentro
de si onde vivenciará a harmonia e sentirá o prazer de simplesmente
ser quem é. Seu eu interior o conduzirá à sua verdadeira natureza
espiritual mostrando-lhe novas perspectivas e fornecendo-lhe a chave
para o conhecimento.
Você se reunirá ao seu eu superior, que é o seu amigo mais an-

41

tigo, mais querido, e em quem você mais confia. Seu eu superior


será o guia através de quase todas as suas recordações das vidas an-
teriores, e o levará na direção do seu destino e da descoberta das
suas metas. Seu eu superior lhe dará a mão enquanto você caminha
através do entendimento e equilibra seu karma. Seu eu superior lhe
mostrará o mundo da verdade e do conhecimento existente no seu
interior, e o ajudará a aproximar-se das esferas espirituais da cons-
ciência, à medida que você se voltar para a iluminação.
E agora cabe somente a você caminhar no mundo da consciên-
cia de si mesmo e do conhecimento espiritual, bem como explorar
e vivenciar sua verdade. Á medida que você começa a explorar o
arco-íris que percorre sua alma, procure seguir sua pr¢pria senda
de consciência que o conduz ao tesouro do final do arco-íris.

42
SEGUNDA PARTE

PESQUISAS E

EXPERIENCIAS

Déjà vu:

Você Já Esteve Aqui Antes

O déjà vu pode torná-lo consciente de que você já se lembrou de


fragmentos de algumas de suas vidas passadas. O déjà vu é a sensa-
ção de já ter estado em algum lugar antes, ou de já ter vivenciado
algo. Quando temos uma impressão de déjà vu, sentimos que algo
é familiar, mas não conseguimos nos lembrar exatamente de quan-
do tivemos essa impressão, e não somos capazes de especificar com
segurança o local da sua vivência. Um sentimento de déjà vu pode
revelar a recordação de uma vida anterior, ou pode ser o reflexo
de uma experiência anterior na vida atual.
Um dos primeiros passos para a recordação das nossas existên-
cias anteriores é distinguir claramente entre as lembranças das vidas
pregressas e as da vida atual. O déjà vu não diferencia entre o passa-
do e o presente enquanto libera as recordações, e costuma oferecer
imagens e sentimentos tanto passados como presentes. Resta-nos a
escolha de decidir se a lembrança é da vida atual ou de uma das nos-
sas vidas passadas. Quando você se encontrar numa situação que
lhe pareça familiar, preste atenção especial aos seus sentimentos. Eles
é que irão ligá-lo à origem da lembrança.
As recordações da vida atual inspiradas no déjà vu dão uma
sensação mais forte de familiaridade, bem como um sentimento de
que a lembrança está bem perto de ser reconhecida. As recordações
das vidas pregressas desencadeadas pelo déjà vu suscitam um sen-

45

timento um tanto vago de que já vivenciamos o fato antes, senti-


mento esse conjugado a perguntas que começam por como, onde,
por que, ou quando, e apresentam respostas indefiníveis.
Ao encontrar situações de déjà vu que parecem reminiscências
de uma vida passada, procure manter em mente que suas lembran-
ças podem se originar tanto da vìda atual quanto de vidas anterio-
res, e que são, na maioria das vezes, desencadeadas por semelhanças
nas situações. O exemplo mais típico de déjà vu ocorre quando rea-
gimos a uma situação com a estranha sensação de que ela já aconte-
ceu antes.
Os sentimentos de déjà vu podem ter origem num sonho que
tivemos, num filme a que assistimos, num livro que lemos, ou em
algo que alguém nos descreveu. Quando a situação de déjà vu ocor-
re, ela parece familiar porque já a tínhamos vivenciado antes; ela
estava apenas conscientemente esquecida. O déjà vu também pode
originar-se dos sentidos subconscientes da intuição e telepatia, ou
de uma premonição ou precognição, quando temos o conhecimen-
to psíquico prévio de um evento.
Os sentimentos de déjà vu podem estar indicando recordações
de vidas anteriores, mas procure examinar profundamente o senti-
mento para descobrir com certeza se ele tem origem na vida atual
' ou numa vida pregressa. Passar um pente-fino nos sentimentos de
déjà vu vai ajudá-lo a distinguir entre a lembrança de uma existên-
cia passada e as lembranças mais antigas da sua vida atual. Isso faz
com que Beta tome conhecimento de que você está levando a sério
a liberação das lembranças das vidas anteriores, e alicia a ajuda de
Alfa para a revelação do seu conhecimento interior.
Lembre-se das situações de déjà vu que você já encontrou,
encarando aquelas experiências como possível fragmento de uma
das suas vidas passadas. O déjà vu pode ser um desses fragmen-
tos fugidios que surgem logo que você começa a liberar suas lem-
branças. Partir de algo que você já vivenciou anteriormente vai
lhe proporcionar uma base firme para determinar a direção a to-
mar na recordação de vidas passadas. Mantenha a mente aberta
enquanto busca a verdade. Isso o ajudará a separar e classificar
seus sentimentos. Observe como se sente agora com relação à si-
tuação de déjà vu, procure ver se você consegue reconhecer o passa-
do no presente.

46

RECONHECENDO REFLEXOS DAS


VIDAS ANTERIORES

As situações e os sentimentos atuais podem refletir experiências de


vidas anteriores; podem também estar relacionados com uma expe-
riência antiga da vida atual que teve origem numa vida passada. É
bem possível que você tenha passado por algumas das seguintes cir-
cunstâncias, as quais tendem a suscitar sensações de déjà vu. Seus
sentimentos e experiências em qualquer situação podem ter origem
na lembrança de uma vida pregressa, ou podem ter relação com uma
reminiscência da vida atual. Examine o cerne dos seus sentimentos
e reações para determinar se sua resposta está sendo dirigida por
influências de vidas anteriores ou por lembranças da vida presente.
Ao assistir a um filme ou ler um livro, você pode ter se identifi-
cado com um dos personagens, ou com a cena na hist¢ria ou no
filme. É possível que tenha tido uma experiência semelhante mais
cedo nesta vida que reflita a hist¢ria, ou a hist¢ria pode se parecer
com algo que você já viu ou leu. O tema do livro ou do filme pode
também trazer à tona a recordação de uma vida passada. Caso o
sentimento de déjà vu tenha se inspirado numa vida anterior, você
poderá ficar consciente das diferenças entre as cenas do filme ou
do livro e as suas experiências numa vida pregressa.
Talvez você tenha viajado para um lugar onde jamais esteve antes,
e ao andar por uma rua adquire a certeza do que vai ver ao dobrar
a esquina. Ou pode ter se sentido atraído por um determinado lugar
sem realmente saber por quê. Ou pode ainda ter ido a algum lugar pela
primeira vez, sentindo intuitivamente que já viveu ali antes, ou mes-
mo ter captado sentimentos psíquicos associados a esse lugar. Tais
identificações podem ocorrer por vários motivos. A paisagem talvez
se assemelhe à de uma região onde você morou, quer quando crian-
ça, quer numa existência passada. Se você sabe imediatamente como
se deslocar naquele lugar, é bem possível que tenha vivido ali numa
encarnação anterior. Quando nos sentimos atraídos para determina-
do lugar, em geral é porque já fomos felizes ali, ou porque precisa-
mos descobrir e concluir algo que ali começamos numa vida anterior
Alguma coisa que você jamais vivenciou nesta existência pode-
rá lhe parecer familiar, como o sabor ou o aroma de determinados
alimentos, ou um certo tipo de música ou algum som familiar. Esse
fato pode revelar uma vida passada no país em que se origina essa
música ou esse alimento ou esse som.

47

Você poderá vivenciar o déjà vu dialogando com alguém, ao


pressentir que já teve esse diálogo antes. Ele pode ter ocorrido nu-
ma vida passada, ou uma conversa semelhante pode ter se realizado
ou ter sido escutada anteriormente na vida atual, caindo depois num
total esquecimento consciente.
Você talvez tenha feito algo pela primeira vez, e ter se sentido
muito à vontade e espontâneo, como se já tivesse feito a mesma coi-
sa antes. Você pode sentir um interesse compulsivo em fazer deter-
minadas coisas, ou pode ter um talento especial para alguma
habilidade. Esse fato pode representar uma habilidade ou aptidão
aprendida numa vida anterior e que está vindo à tona no momento
presente.
Talvez você já tenha sentido uma atração irresistível ou uma
aversão instantânea por alguém que acabou de conhecer. É possível
que o tenha conhecido numa vida anterior, e seu sentimento ime-
diato lhe dirá se o relacionamento era positivo ou negativo. Esse
sentimento também pode ocorrer quando se conhece ou se conhe-
ceu alguém parecido, e as associações que você criou a respeito des-
sa pessoa afetam a sua reação. Isso também ocorre quando você,
intuitivamente, sabe se uma pessoa é boa ou má, e reage aos instin-
, tos da sua primeira impressão.
É possível você se encontrar de repente numa situação em que
fica excessivamente emotivo sem saber por quê, suas emoções sen-
I do inadequadas àquele momento, ou que sua reação a uma dada
situação seja totalmente impr¢pria ao contexto do que ocorreu. É
possível ainda que você tenha experimentado emoções que não con-
segue precisar com exatidão, como sentir-se excepcionalmente bem
ou excepcionalmente mal em algumas situações, sem entender satis-
fatoriamente por que se sentiu daquela maneira. Quando ocorrem
esses tipos de situações ou de sentimentos, é possível que você este-
ja reagindo a uma emoção encerrada dentro de um evento da vida
atual conscientemente esquecido, ou a uma recordação de uma vida
anterior que o esteja influenciando, seus sentimentos e reações ten-
do lugar em virtude da semelhança entre os acontecimentos.

INVESTIGANDO SENTIMENTOS DE DÉJÀ VU

Podemos remontar às origens de um sentimento de déjà vu, concen-


trando-nos no que está ocorrendo no presente, e acompanhando-o

48

ao passado. Ao buscar o sentimento de déjà vu no passado, você


se tornará consciente de suas origens. Começar com um sentimento
ou uma imagem atual lhe dará algo específico para acompanhar,
que irá ajudá-lo a desenredar os caminhos da sua mem¢ria. Quan-
do tiver um sentimento de déjà vu, procure observar como se sente
a respeito da situação e como reage a ela. Preste atenção aos pri-
meiros pensamentos e emoções que surgem na sua mente. Comece
a compreender e isolar seus sentimentos em relação aos eventos pa-
ra determinar se a impressão de déjà vu se origina da vida atual ou
de uma das suas existências passadas.
Procure estabelecer a relação de como e por que a situação cor-
responde aos seus pensamentos e sentimentos a respeito dela, e pes-
quise uma ligação anterior na sua vida atual. Se não encontrar
nenhuma, então explore as possibilidades de como e por que uma
ocorrência de uma vida anterior pode ter inspirado seus sentimen-
tos. Isso não significa dar um tiro no escuro; significa, sim, dar um
passo na direção certa. Em seu subconsciente, você já sabe exata-
mente de onde vem o sentimento, e então libera a resposta ao mani-
pular todas as possibilidades antes de passar por várias etapas para
encontrar a verdade que você já conhece. Quando descobrir a ori-
gem do sentimento de déjà vu, você vai reconhecê-lo imediatamente.
Partindo daí, trate de descobrir por que você reage desse modo
à situação atual, investigando o seu íntimo e tornando-se receptivo
a imagens e emoções da sua mente subconsciente. Entre no nível Alfa
e concentre-se no sentimento ou na imagem atual. Depois disso, co-
mece a ver o reflexo da sua lembrança pregressa, permitindo a for-
mação de imagens que lhe mostrem cenas da sua vida anterior.
Confie nas imagens que lhe vêm à mente, e tenha certeza de que
irá descobrir as origens dos seus sentimentos de déjà vu. Ao explo-
rar e vivenciar as emoções e as imagens de que toma consciência,
você irá liberar a recordação mais adequada da vida anterior.

Exercícios de Abertura

l‡ Exercfcio. É bem possível que você já tenha vivenciado recorda-


ções de vidas passadas sem estar ciente de que muitas das suas expe-
riências atuais refletiram eventos e emoções das suas encarnações
anteriores. Examine as experiências da sua vida presente que pos-
sam ser reflexos ou influências de algumas das suas vidas anterio-

49

res. Tente se lembrar de situações em que seus sentimentos ou rea-


ções pareceram inadequados às circunstâncias em que ocorreram.
Registre em seu diário alguns sentimentos de déjà vu que você
já tenha vivenciado e os fatos que os inspiraram. Tome nota da pri-
meira experiência desta vida que desencadeou em você sensações de
déjà vu, e quais são seus atuais sentimentos e reações àquela situa-
ção. Isso fornece a base para determinar se o sentimento de déjà
vu é oriundo da recordação de uma vida passada ou da vida atual.
Ap¢s estabelecer a base para sua sensação de déjà vu, e se essa
sensação indicar que a lembrança pode pertencer a uma vida ante-
rior, entre no nível Alfa e investigue a lembrança da vida passada
através do que está acontecendo no presente. Quando a recordação
associada vier à tona, trará a percepção intuitiva e o entendimento
da situação presente e dos seus sentimentos com relação a ela. Re-
gistre no seu diário tudo que se tornar consciente através da sua me-
ditação de déjà vu.
2‡ Exercício. É possível incitar as recordações de vidas passadas
servindo-se do sentimento de déjà vu. Ao nos colocarmos delibera-
damente em situações específicas que encorajam as emoções de um
déjà vu, seremos capazes de liberar muitos detalhes das recordações
de nossas vidas passadas. Se algumas das situações segpintes pro-
duzirem a lembrança de uma vida passada, cuidemos de explorá-la
mais detalhadamente além de fazer observações minuciosas em nosso
diário.
Examine livros com fotografias de países estrangeiros que
mostrem diferentes culturas e vários povos. Observe a pai-
sagem, o tipo de roupas que usam, seu estilo de vida. Pro-
cure ler hist¢rias com descrições sobre civilizações antigas.
Se alguma delas despertar seu interesse ou lhe parecer fa-
miliar, tente descobrir mais a respeito da hist¢ria do país
e dos costúmes do povo que o habita.
Visite museus e observe os objetos e os itens em exposição.
Talvez você reconheça algo que viu ou usou numa existên-
cia passada, e então começarão a vir à tona imagens de ocor-
rências numa vida anterior relacionadas com esses itens. As
imagens poderão suscitar sentimentos de uma encarnação
passada, liberando ainda mais detalhes da época em que vo-
cê usou aqueles objetos, ou de coisas que você fez ou vi-
venciou numa vida anterior, associadas a esses itens.

50

Visite edificações e locais hist¢ricos. Se você se sentir atraí-


do por uma determinada região ou localidade, viaje para
lá e explore-a. Talvez você chegue a se lembrar de como ela
era numa época remota. Ao planejar suas pr¢ximas férias,
examine as fotografias dos folhetos de viagem. As imagens
que você verá poderão inspirar cenas e sentimentos de vi-
das anteriores. Ao retornar a um local em que você viveu
numa existência pregressa, você vai liberar mais ainda as
lembranças daquela vida.
Se você sentir um forte desejo de fazer determinadas coisas,
trate de fazê-las. Aprofunde e explore a sua fascinação. Pro-
cure descobrir qual é a sua origem e por que você se sente
dessa ou daquela maneira. Um forte interesse por algumas
coisas geralmente ocorre em virtude da influência de uma
encarnação anterior. Tais coisas podem representar algo que
você aprendeu ou de que gostou numa vida pregressa, ou
pode ser a continuação de uma coisa que você iniciou nu-
ma vida anterior.
Além das situações descritas acima, procure criar seus pr¢-
prios caminhos a serem explorados, baseando-se nas expe-
riências da sua vida atual. Siga seus sentimentos e explore
aquilo que você se sente inclinado a explorar.

51

Imagem:

A Linguagem da Mente

A imagem e o simbolismo são a linguagem da mente consciente. O


subconsciente traduz nossas palavras e sentimentos em imagens, e
se comunica conosco através das imagens que cria a partir das pala-
vras. O subconsciente responde aos nossos sentimentos, bem como
às palavras e aos pensamentos que criam as imagens mais vívidas
e descritivas. Diz-se que uma imagem vale mil palavras - mas uma
palavra pode inspirar mil imagens.
Podemos ver as imagens das nossas vidas passadas observan-
do-as através do nosso olho mental. Você já sabe como ver imagens
subconscientes. Você as vê todas as noites quando sonha, e sempre
que fala, lê, ou escuta outra pessoa falar. Automaticamente, as pa-
lavras formam imagens e geram sentimentos. Experimente você mes-
mo. Feche os olhos e pense numa palavra que descreva uma pessoa,
lugar, ou coisa. Observe quais as imagens, sentimentos e lembranças
que vêm à sua mente. Como você reage ao panorama de imagens
e sentimentos que emergem? Preste atenção a todas as recordações
relacionadas com a palavra.
Seu subconsciente compreende muito bem as suas palavras, pen-
samentos e sentimentos, e os reflete em imagens especulares na sua
mente. As imagens e os símbolos estão repletos de sentimentos afins
e recordações associadas quando Alfa abre um canal de comunica-
ção com você na linguagem que lhe é propícia. As imagens que você

52

vê são a maneira de Alfa dizer "alô" e de lhe mostrar como fala.


A medida que começa a traduzir e interpretar suas imagens interio-
res, você aprende a falar a linguagem da sua mente escutando seus
sentimentos e prestando atenção às imagens que vê.
As imagens e os sentimentos subconscientes podem refletir vidas
passadas, e são passíveis de vir à tona espontaneamente, surpre-
endendo-o com lembranças de vidas anteriores. No início, tanto
a imagem quanto os sentimentos que lhe são associados podem
ser um pouco difíceis de interpretar e entender. A imagem nor-
malmente representa a chave que lhe permite chegar à recordação
de uma vida passada. A medida que você estreitar seu contato
com a imagem e os sentimentos e puder identificar a linguagem
da sua mente, a lembrança da vida anterior virá à tona e será to-
talmente compreendida.

VENDO E SENTINDO IMAGENS DE VIDAS ANTERIORES

Você pode desenvolver sua visão interior e ficar mais consciente das
imagens e sentimentos das vidas passadas envolvendo-se nas ima-
gens oferecidas por sua mente. Quando pode ver as imagens do seu
subconsciente, você também as sente. Seus cinco sentidos físicos de-
sempenham um papel fundamental, ajudando-o a entender e inter-
pretar as imagens interiores. A mente subconsciente recolhe e registra
uma enorme quantidade de informações através dos sentidos. In-
tensificando seus sentidos, as imagens se tornarão mais vívidas e cla-
ras, e os sentimentos a elas associados ficarão mais definidos.
Ao olhar para alguma coisa, veja-a realmente. Repare em to-
das as cores daquilo que você estiver vendo e observando, e
conscientize-se de outros detalhes associados às suas observações vi-
suais. Quando ouvir alguma coisa, ouça-a realmente. Deixe que os
sons formem imagens e inspirem sentimentos. Quando provar algu-
ma coisa, sinta-lhe realmente o gosto. Ponha suas papilas gustati-
vas em ação e prove os sabores. Ao cheirar alguma coisa, aspire-a.
Deixe que o aroma e a fragrância o envolvam, tornando-o cada vez
mais consciente deles. Ao tocar em alguma coisa, sinta-a de fato.
Conscientize-se das sensações que percebe com as mãos, bem como
das que se manifestam por emoções.
Para ter mais consciência das imagens interiores, procure usar
os cinco sentidos simultaneamente e vinculados uns aos outros. Em

53

geral n¢s os usamos separadamente e s¢ temos consciência de um


sentido de cada vez. Isso cria fragmentos perdidos de informação.
Ao ver, tocar, ouvir, provar, ou cheirar alguma coisa, deixe que sua
mente forme imagens relacionadas com cada um dos seus sentidos.
Reúna então todas as peças da figura, formando uma imagem úni-
ca que conta detalhadamente toda a hist¢ria através de imagens e
emoções vívidas e descritivas.
Ao fazer isso, você verá claramente as imagens com seu olho
mental, e também as sentirá com sua mente. Conforme suas lem-
branças vêm à tona, a informação sensorial se entrelaça com as ima-
gens, e você consegue ver, tocar, ouvir, sentir o gosto e o cheiro das
imagens de suas vidas passadas. Isso o força a envolver-se totalmente
na situação, e você passa então a vivenciar as imagens. A partir daí,
você adquire um ponto de vista pentadimensional, ao invés de uni-
lateral.

Exercícios de Abertura

1‡ Exercício. Nossas reações a palavras e frases criam imagens e sen-


timentos que podem nos revelar nossas vidas passadas. As imagens
das vidas anteriores e os sentimentos que lhes são associados estão
relacionados com palavras que irão despertar nossas recordações.
Quando ouvimos uma palavra ou uma frase que tem ligação com
a lembrança de uma existência pregressa, nossa mente subconscien-
, te libera essa imagem e sentimento particular trazendo a
recordação
.,
para a superfície. A livre associação de palavras pode suscitar ima-
gens e sensações de uma vida anterior, ou proporcionar a visão in-
tuitiva e a compreensão de uma vida que já vivemos.
· Entre no nivel Alfa e fique aberto e receptivo às imagens
e sentimentos das suas vidas pregressas, que poderão ser re-
criadas pelas palavras e frases que se seguem. Você poderá
dar consigo reagindo a uma imagem como se sentisse e par-
ticipasse da situação. Observe todas as cenas, sons e aro-
mas à sua volta enquanto realiza e sente as imagens na sua
mente.
Escreva no seu diário o primeiro pensamento, imagem ou
sentimento que tiver como reação à palavra ou frase. Se a
sua reação inicial não parece fazer sentido, não pare para

54

analisá-la, nem procure descobrir de onde ela vem. Mante-


nha o primeiro pensamento, imagem, ou sentimento do qual
tomou consciência. Percorra as palavras com relativa rapi-
dez, à medida que as imagens e os sentimentos fluem acele-
rados para sua mente.
· A cor vermelha
· Sol/alvorada
· Milharais
· Céu azul
· Nuvens escuras e chuva; trovão e relâmpago
· Carrinho de bebê
· Degraus dé escada
· Parada; tropas em marcha
· Grande multidão reunida ao ar livre em volta da pessoa
que está num tablado acima da multidão fazendo um
discurso
· Caneta e tinteiro sobre uma escrivaninha
· Cavalo e charrete
· Campo aberto, coberto de neve até o infinito
· Encosta de montanha repleta de árvores
· Entrada sombria de uma caverna
· Pirâmide
· Ponte
· Deserto
· Veja-se num espelho - observe-se bem
· Pedaço de papel com coisas escritas - reproduza as pa-
lavras que vê
· Som de telefone retinindo
· Céu noturno; estrelas brilhantes e nítidas
· Concentre-se e focalize a palavra ou frase que suscitou a ima-
gem mais vívida e que inspirou os sentimentos mais inten-
sos. Aprofunde seu contato com ela, tomando nota de todas
as imagens, pensamentos e sentimentos relacionados com
sua reação inicial. Registre tudo da maneira como chega a
você. Não tente analisar ou fazer associações enquanto es-
creve. Deixe simplesmente que as coisas fluam. Termina-
das as anotações, leia o que escreveu. Você poderá estar
lendo coisas sobre uma de suas vidas anteriores, ou poderá
encontrar pistas definidas sobre uma existência anterior.

55

2‡ Exercício. Registre em seu diário uma lista de palavras e frases


que possuam um significado especial para você, e faça com elas uma
livre associação de idéias. Escolha palavras que você acha que irão
ajudá-lo a liberar recordações de suas vidas pregressas. Entre no ní-
vel Alfa e sinta a palavra em sua mente. Permita que seu subcons-
ciente lhe mostre imagens e cenas de existências anteriores que têm
ligação com suas palavras.
As imagens das quais você toma consciência são as chaves que
irão liberar mais amplamente as lembranças de vidas pregressas.
Anote todas as imagens que surgirem como reação às suas palavras.
Observe todos os seus sentimentos a respeito delas, e tudo que pos-
sa ter ligação com elas. Ap¢s efetuar a livre associação de idéias,
você talvez descubra que aquelas cenas e sentimentos estão relacio-
nados com uma determinada vida anterior, toda a sua mem¢ria se
abrindo num panorama de imagens.

‡ á ',
9,

56

Imaginação:

O Mundo das Imagens

Interiores

A imaginação é um expediente poderoso que irá ajudá-lo a liberar


as lembranças das suas vidas passadas. Dentro da nossa imagina-
ção existe o mundo das imagens interiores, que nos oferece a verda-
deira percepção intuitiva. A imaginação pode mostrar com precisão
tudo a respeito de nossas vidas passadas. Através da imaginação te-
mos total liberdade para nos expressarmos e permitirmos que nos-
sos pensamentos e sentimentos mais profundos venham à tona e
sejam reconhecidos como verdade.
Quando suas lembranças de existências pregressas surgirem pe-
la primeira vez, você poderá achar que as está inventando, ou que está
envolvido em imagens ilus¢rias que vão desaparecer assim que sua
fantasia chegar ao fim. Se lhe parecer que está inventando hist¢rias
imaginárias a respeito de vidas passadas, isso pode ser uma prova de
que você ainda não confia totalmente em si mesmo, ou talvez ocorra
porque sua liberdade de brincar com seus pensamentos foi de algum
modo reprimida pelos adultos quando você era criança. Eles eram
mais fortes e maiores do que você, e é bem possível que tenha consi-
derado a força e a altura deles uma prova de sabedoria. Por causa
disso, talvez você sinta que s¢ se permita sonhar acordado se sua mente
consciente puder, mais tarde, negar os sonhos que você sonhou.

57

As lembranças que surgem ficam abertas à sua interpretação.


Quando você as vê, pode relacioná-las com algo que já conhece. Elas
podem parecer imaginárias por esse motivo, mas você está reconhe-
cendo a influência de uma vida passada na vida atual, e até possui
mais informações do que pensava. Se você sentir como se estivesse
inventando recordações, procure descobrir de onde se originaram
suas lembranças e o que as inspirou. À medida que adquirir esse
entendimento, irá descobrir que a base das suas recordações está fir-
memente enraizada no que de fato lhe ocorreu em vidas passadas.

INTERPRETAÇÕES DA IMAGINAÇÃO

A imaginação é mais real do que a realidade. Supõe-se que a imagi-


nação seja algo irreal, e a realidade uma coisa real. Existe uma filo-
sofia amplamente aceita de que a realidade é o que não podemos
ver, e a imaginação o que podemos ver. É possível que você já te-
nha ouvido essa assertiva de modo diferente, mas use sua imagina-
ção por alguns momentos e conseguirá perceber a verdade na
imaginação e a falácia na realidade.
Uma crença comumente aceita é a de que realidade é aquilo que
vivenciamos na nossa vida cotidiana, sendo a imaginação o que
vivenciamos em nossos pensamentos. Suponha que a verdade que
você imagina interiormente, através dos seus pensamentos, trans-
i' forma-se naquilo que você vivencia na sua vida cotidiana. Quando
isso ocorrer, o que é real - seus pensamentos anteriores que se trans-
formaram em fatos, ou a realidade anterior que se converteu em ilu-
são, por não ser mais realidade?
Aquilo que acreditamos interiormente ser verdade é a parte real
da nossa realidade. Nossas crenças em relação à realidade determi-
nam o que vivenciamos na nossa existência. Partindo dessa premis-
sa, talvez a realidade seja apenas uma ilusão, sendo a imaginação
a verdadeira realidade. Vale a pena pensar sobre este conceito, por-
que ele poderá ajudá-lo a determinar como você percebe suas expe-
riências e como pode criar sua realidade atual, ajudando-o também
a liberar e aceitar as recordações de vidas passadas que você sente
serem verdadeiras.
As afirmações acima constituem um curso relâmpago a respei-
to de como perceber e criar a pr¢pria realidade. Elas também se re-
lacionam com a maneira como suas recordações de vidas anteriores

58

se manifestam e são vivenciadas por você. A base do que você vi-


vencia é a sua crença. Uma vez que suas crenças geram o que você
vivencia, elas também exercem influência sobre o fato de serem as
suas lembranças inventadas ou reais. N¢s podemos sentir a diferen-
ça entre fantasias e fatos reais. Confie nos seus sentimentos.
As recordações de vidas passadas e as imagens corresponden-
tes lhe são apresentadas pela mente consciente. Você já conhece a
verdade e possui as respostas dentro de si. Ao confiar nas suas ima-
gens interiores, você consegue abrir outro portão para suas vidas
passadas. Sua imaginação pode lhe mostrar o que existe dentro da
mente subconsciente, anulando a capacidade crítica e todas as res-
trições da rejeição consciente. Ao permitir que sua imaginação lhe
libere o mundo verdadeiro, você irá descobrir que aquilo que pen-
sou originalmente ser fantasia é, na verdade, o fato real.

DEVANEIOS QUE RELEMBRAM VIDAS ANTERIORES

Usar a imaginação para devanear sobre as possibilidades de quem


fomos ou o que podemos ter feito numa vida anterior, é uma ¢tima
maneira de liberar e explorar as recordações de existências pregres-
sas. Os devaneios podem nos oferecer importantes verdades subcons-
cientes através da inibição das restrições conscientes. O devaneio,
que na verdade é uma forma de sonhar acordado, ajuda-nos a ter
um contato mais profundo com nossos verdadeiros sentimentos in-
teriores. Ao libertar a mente subconsciente e permitir que ela com-
partilhe conosco seus segredos e seus tesouros, estamos abrindo a
porta ao nosso melhor amigo.

Exercícios de Abertura
l‡ Exercício. Você pode se lembrar das suas existências passadas deva-
neando a respeito de quem teria sido antes, ou quem de fato foi em
uma das suas vidas anteriores. Isso ajuda a expandir a imaginação e a
consciência. Durante o devaneio é importante relaxar e permitir que as
informações surjam e fluam com naturalidade. Observe seus sentimen-
tos durante seu devaneio, e procure perceber se este parece real ou
fabri-
cado. Seus sentimentos vão ajudá-lo a penetrar na sua imaginação e a
compreender as imagens, idéias e sentimentos que você percebe.

59

Entre no nível Alfa e imagine que você é outra pessoa. Deixe


que seus pensamentos corram livremente, liberte sua imaginação.
Finja que é outro indivíduo. Observe como ele (ou ela) está vestido
e o que faz. Pense os pensamentos dessa pessoa e sinta suas emo-
ções. Permita-se ser realmente livre enquanto flui o devaneio, e ve-
ja a si mesmo como a pessoa que você foi antes. Veja todas as cenas
da sua vida pregressa à medida que sente suas emoções e ouve seus
pensamentos.
O que você está vivenciando não é fruto da sua imaginação.
É um fragmento genuíno, recordação de uma existência pregressa.
Registre no seu diário o que você vivenciou no devaneio. Anote to-
dos os pensamentos e sentimentos que nutriu quando foi outra pes-
soa. Tome nota de todas as imagens que viu, e assinale como as in-
formações se encaixam na sua vida atual.
2‡ Exercício. Libere a verdade na sua imaginação envolvendo-se em
várias idealidades que se relacionam com algumas das suas vidas pas-
; ; sadas. Comece com uma imagem ou um sentimento que se encaixe
numa vida anterior que você possa ter tido. Talvez queira trabalhar
com uma imagem ou sentimento de que tomou consciência por uma
livre associação de idéias. Ao entrar em contato com a verdadeira
lembrança de uma vida passada, você será capaz de sentir isso. To-
me nota no seu diário de tudo que vivenciar.

a
a
INSPIRAÇÃO E INTUIÇÃO

Existem muitas formas imaginativas de recordar vidas pregressas.


Podemos expressar criativamente nossas lembranças dando vazão
ao nosso lado artístico, como escrever ou desenhar. Pelo uso criati-
vo da nossa imaginação, conseguimos descortinar o passado. Ao en-
trar em sintonia com a recordação de uma existência anterior, ou
até mesmo com o sentimento de uma vida passada, e relacionando-
nos com os pensamentos e emoções a respeito dessa vida, ficamos
estimulados a trazer à tona elementos da mem¢ria que antes esca-
param à nossa atenção.
A ínspiração começa em nosso íntimo, com algo que já conhe-
cemos ou sentimos ser verdadeiro. Expressando o que está dentro
de n¢s, abrimos mais um pouco nossa mente subconsciente, permi-
tindo que nosso conhecimento interior floresça. Quando usamos a

60

imaginação e a inspiração para recordar vidas passadas, estamos en-


trando em sintonia com nossa verdade mais profunda. À medida
que expressamos nosso conhecimento interior da verdade, deixamos
nossa inspiração fluir livre de restrições conscientes.
Também podemos nos tornar conscientes de nossas vidas pas-
sadas recordando-as e reconhecendo-as intuitivamente. Intuição é
conhecer algo sem o uso consciente do raciocínio. A lembrança da
vida pregressa se abre quando um fato na nossa vida atual aciona
a mem¢ria, como um sentimento de déjà vu, ou o reconhecimento
súbito de uma coisa que já fizemos antes. A intuição também vem
à tona quando nos encontramos numa situação semelhante a outra
que já vivenciamos numa vida anterior.
Através da intuição temos uma sensação forte e imediata de sa-
ber quando uma coisa está certa, sem saber exatamente como ad-
quirimos essa experiência. Tal sentimento atesta a validade das
recordações de vidas passadas. Ao confiar em nosso conhecimento
intuitivo, a mem¢ria se abrirá mais e nos fornecerá novas informa-
ções. Quando nos deixamos levar por nossa intuição, entramos em
sintonia com nosso subconsciente num nível sincero e aberto, além
de nos comunicarmos com nosso conhecimento interior, onde a ver-
dade fica livre para se manifestar.

Exercícios de Abertura

l‡ Exercício. Entre no nível Alfa e pense na sua possível aparência


numa vida passada. Pinte essa imagem na sua mente. Veja-se como
era antes. Desenhe no seu diário a imagem que lhe afluiu à mente
ou descreva suas características faciais. Através da análise da figura
ou descrição da sua aparência anterior, você poderá receber infor-
mações adicionais a respeito dessa biografia passada. Preste espe-
cial atenção aos olhos e repare na personalidade que começa a surgir
do auto-retrato.
2‡ Exercício. Use a imaginação para escrever uma hist¢ria sobre sua
vida pregressa. Não precisa ser um romance; basta um pequeno con-
to. Comece escrevendo a respeito de algo na sua vida atual que pa-
rece o reflexo de uma vida anterior. Isso o ajudará a ligar os eventos
presentes aos passados, e também irá ajudá-lo a se concentrar nos
seus verdadeiros sentimentos. Procure incluir uma grande quanti-

61

dade de detalhes e descrições. Quando você terminar a hist¢ria, pro-


cure relacioná-la com eventos e sensações da sua vida atual e obser-
ve as possíveis ligações.
Você talvez até se surpreenda com sua imaginação. Aquilo que
parece ser ficção possui, amiúde, raízes em fatos reais. Se ainda es-
tiver em d*vida sobre se a sua hist¢ria é real ou não, procure inves-
tigar de onde se originou a inspiração para escrevê-la e provavelmente
descobrirá que a recordação de uma vida pregressa, bem como o
seu conhecimento interior são responsáveis pelo enredo da hist¢ria.
' 3‡ Exercício. Selecione algumas partes do relato que descrevem vi-
vamente um acontecimento, ou então pontos que lhe causaram in-
tensa emoção. Entre no nível Alfa e libere totalmente sua imaginação
e intuição. Liberte totalmente sua inspiração e criatividade, e deixe
que a mem¢ria lhe forneça os fatos relacionados com sua vida ante-
rior. Registre no seu diário tudo que apurar.
Terminando de escrever, estabeleça com o presente os elos que
possa reconhecer. São esses os elos que ligam o passado ao presen-
te. O que você acaba de escrever é um relato detalhado de uma das
suas vidas passadas, complementado por ligações com sua existên-
cia atual. É
bem possível você também perceber que sua hist¢ria con-
tém diversas pistas a explorar.

Ý BRINCANDO COM AS VIDAS ANTERIORES

Recordar vidas anteriores é um assunto bastante sério, mas também


podemos divertir-nos com isso. Como a imaginação nasce do sub-
consciente, está mais pr¢xima das mem¢rias e pode trazê-las de ma-
neira divertida. Brincar com a imaginação às vezes ajuda a descobrir
quem fomos e o que fizemos numa existência anterior, para compa-
ração com nossas peculiaridades e excentricidades atuais.
Julie se considerava uma pessoa obcecada pela limpeza. Ela fi-
cava histérica se o seu tapete estivesse sujo; se via uma pequena man-
cha na forração, ficava deprimida dias seguidos. Passava o aspirador
de p¢ todos os dias e alugava a cada semana uma máquina de lavar
tapetes. Num sonho, ela tomou consciência de um evento ocorrido
numa vida anterior, quando foi atirada num poço e se afogou por
ter-se recusado a ‡judar os irmãos na limpeza. Naquela época,
limpava-se o tapete fustigando-o com varas de bambu. Ela está rea-

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gindo à influência dessa biografia passada, mantendo agora seus ta-


petes sempre limpos.
As ações, pensamentos e maneira de falar, que são característi-
cas de cada um, podem oferecer percepções intuitivas sobre as vi-
das pregressas. Você pode examinar tudo isso de um modo

que irá
ajudá-lo a desvendá-las. A lista que se segue oferece algumas idéias,
sentimentos e ações que talvez lhe sejam familiares, e talvez até o
incomodem.
· Se cumprimenta as pessoas dizendo "O que que você conta
de bom?", ou você foi um rep¢rter de jornal no início do
século, ou s¢ ouve coisas desagradáveis na vida atual.
· Se você se despede das pessoas dizendo: "Tchau", ou foi
italiano na vida passada, ou tem pressa porque planeja sair
para jantar esta noite.
· Se você avança na comida e se empanturra, ou passou fome
numa vida anterior, ou esqueceu-se de ir ao supermercado
esta semana.
· Se sempre que conhece alguém do sexo oposto você diz: "Fo-
mos amantes numa vida passada", ou está falando a verda-
de, ou descobriu que as pessoas realmente se deixam con-
vencer por essa frase.

Exercício de Abertura

Registre no seu diário uma lista de pequenos trejeitos, excentricida-


des, maneirismos, frases, suas idiossincrasias, em suma. Brinque com
essas características para ver onde o conduzem. Divirta-se com elas
e procure usar a irnaginação. Você talvez descubra aspectos de suas
vidas anteriores que lhe irão fornecer percepções intuitivas bem
interessantes.

UM ASSUNTO SÉRIO

Brincar com a imaginação e os pensamentos pode ser uma maneira


divertida de libertar recordações, podendo também revelar importantes
percepções intuitivas bem como importantes aspectos sobre
quem fomos e o que fizemos em nossas existências passadas. A
imaginação e o senso de humor liberam eventos importantes que de ou-
tro modo poderiam permanecer ocultos. Quando lançamos luz so-
bre o assunto, as sombras tendem a desaparecer. Podemos afastar
o medo de descobrir algo que talvez fosse doloroso ou traumático
agindo de um modo irreverente a respeito de tudo. Ao tornar leve
o que é pesado e difícil de suportar, podemos livrar-nos de certos
males, em vez de nos agarrarmos a eles, permitindo que se transfor-
mem numa maldição a nos perseguir durante séculos.
Podemos tomar ciência de questões importantes de nossa vidas
passadas que se refletem na vida atual tornando-as mais toleráveis
com piadas ou comentários extravagantes. Ann desejava um rela-
cionamento sério, mas todos os homens com quem saía acabavam
rejeitando-a. Certa vez, brincando, ela disse que provavelmente fo-
ra prostituta numa vida anterior. Ap¢s pensar um pouco no assun-
to, ela reconheceu que havia verdade na sua declaração. Ao aceitar
essa idéia, lembrou-se de uma existência anterior em que brincava
com os sentimentos de outras pessoas. Então percebeu que estava
passando pela dificuldade atual para poder entender o que fizera
aos outros, e para aprender a respeitar os sentimentos alheios.
Talvez você já tenha se encontrado em situações em que pen-
sou: "O que será que eu fiz numa vida passada para merecer isto?"
Bem... o que acha você que fez para merecer o que está recebendo?
Tenha sempre em mente que o karma é justo e imparcial, sendo em
geral um retorno pelo que fizemos antes. Existe um velho ditado
bem adequado à situação: "Tudo que vai, volta."
Lisa foi abandonada pelo companheiro logo ap¢s o nascimen-
to do segundo filho do casal. Sentindo-se desesperada e com pena
de si mesma, perguntou-se o que teria feito para merecer isso. Ela
brincou com o pensamento de que talvez tivesse abandonado a fa-
mília numa vida pregressa. Ao perceber a verdade do seu pensamen-
to, a lembrança dessa vida anterior surgiu espontaneamente. Seu
namorado e seus filhos eram as mesmas almas daquela época. Com
o reconhecimento veio também a compreensão de que ela devia acei-
tar a responsabilidade pelo que fizera antes.
Você pode ficar consciente de acontecimentos graves e delica-
dos, deixando que eles se mostrem à luz do reconhecimento e da
aceitação. Experiências traumáticas e dolorosas de vidas anteriores
vêm à tona quando encontram um ambiente receptivo no qual po-
dem se revelar. Você poderá usar a dor como um recurso positivo,
estudando-a para descobrir a verdade. Isso irá capacitá-lo a ver im-

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portantes aspectos de suas vidas passadas que de outro modo per-


maneceriam ocultos.

Exercício de Abertura
Escolha uma situação na sua vida que o perturba, ou que não lhe
pareça justa. Pergunte-se o que fez para merecê-la. Seja sincero con-
sigo mesmo abandonando idéias, racionalizações ou julgamentos
preconcebidos. Entre no nível Alfa e libere sua imaginação. Permi-
ta que ela flua com imagens, idéias e sentimentos de todas as possi-
bilidades do que você possa ter feito ou vivenciado numa vida
passada.
Registre no seu diário tudo o que vier à sua consciência. Tra-
balhe com a informação que receber sobre uma vida anterior pro-
curando ver como ela se encaixa na sua vida atual. Quando você
se conscientizar da verdade, será como se uma lâmpada poderosa
fosse acesa, e então você verá partes importantes da sua existência
pregressa das quais não tinha consciência até então.

65

Observando o Presente

Para Descobrir o Passado

As experiências e sentimentos do presente amiúde têm sua origem


em vidas passadas. Se você já se perguntou por que se sente tão en-
volvido com determinadas condições sem que para isso exista uma
razão tangível, tente descobrir no passado o porquê. Muitas ques-
tões e problemas atuais têm suas respostas e sua origem em existên-
cias anteriores. As experiências atuais amiúde simbolizam eventos
e emoções de vidas pregressas. Os padrões, escolhas e atrações da-
quelas vidas ou se repetem ou são uma inversão total do que já fize-
mos antes.
Os reflexos de existências passadas estão à sua volta e se refletem
nas suas experiências e sentimentos de hoje. Quando você olhar sob
uma nova luz para o presente, conseguirá ver o passado através de-
le. Seu estilo de vida atual irá mostrar-lhe como o passado influen-
cia continuamente, e a estrutura da sua vida em geral revelará muitas
pistas fornecendo-lhe uma imagem global e profunda. Isso o ajuda-
rá a compreender suas experiências do dia-a-dia e também a ligá-las
às suas origens em períodos anteriores. Podemos ver o passado exa-
minando o presente para nele descobrir pistas.
Debaixo do ¢bvio, encontramos indícios que nos revelam nos-
sas vidas anteriores. Carol é escritora; sempre teve um grande res-
peito pelos livros e, para ela, ir à biblioteca é exatamente como ir
à igreja para as pessoas devotas. Carol passou a infância absorvida

66

nos livros. Escreveu centenas de hist¢rias e impressionava seus pais


e professores por sua vívida imaginação. Quando adolescente, pre-
feria os livros aos namorados. Ao examinarmos o presente, é ¢bvio
que ela foi também escritora no passado.
Diálogos e indícios genéricos são uma ¢tima maneira de desco-
brir vidas pregressas. Betty gosta de usar mocassins e coleciona j¢ias
de prata e de turquesa. Sua sala íntima é decorada com motivos in-
dígenas. Ela sente que foi índia em outra encarnação, embora não
tivesse qualquer lembrança dessa vida até sua filha de dez anos che-
gar um dia da escola e participar-lhe que estava estuddndo os ín-
dios. Pôs-se a descrever à mãe como os índios tratavam o couro para
torná-lo macio. A conversa liberou as lembranças de Betty e infor-
mações sobre sua vida passada começaram a fluir. Foi Betty quem
finalmente contou à sua filha detalhes específicos a respeito de co-
mo ela trabalhara com a pele de animais para fazer roupas. A meni-
na perguntou-lhe como ela era quando fora indígena. Enquanto
descrevia sua aparência e os costumes da sua tribo, Betty recordou
que seu nome fora Shana.
Nossa casa e nossa mobília fornecem importantes pista‡ envol-
vendo nossas vidas passadas. Sandy tem uma lareira em casa. Ela
sentia que definitivamente precisava ter uma para se sentir aqueci-
da e confortável. Quando procurou entender por que possuía um
sentimento tão forte nesse sentido, surgiram imagens de uma vida
anterior, e ela viu a casa em que vivera e que de fato tinha uma la-
reira. Lembrou-se também de ter vivido numa caverna em outra vi-
da, e do fogo que a mantivera segura e aquecida. Ao reconhecer
as influências das condições passadas, lembranças mais detalhadas
a esse respeito se manifestaram.
Nossas roupas também oferecem importantes pistas sobre exis-
tências pregressas. Dave se recusava a usar gravata para ir ao traba-
lho e sentia desconforto sempre que usava qualquer coisa que lhe
apertasse o pescoço. Algumas vezes ele sente dificuldade em engolir
e com freqüência tosse para limpar a garganta. Ele tem ainda o há-
bito inconsciente de folgar o colarinho. Dave imaginou se não teria
sido enforcado numa vida pregressa. Promovendo uma regressão,
percebeu que de fato isso acontecera, e tomou consciência dos mo-
tivos do enforcamento.
Nossa preferência ou aversão por determinados alimentos po-
de revelar locais onde vivemos antes. Quando Amy era criança, cos-
tumava muitas vezes jantar fora com os pais. Sempre que iam a

b7

restaurantes chineses, ela ficava terrivelmente assustada e sua gar-


ganta se contraía a ponto de ter dificuldade até para respirar. Nem
ela nem seus pais conseguiam compreender essa reação. Durante uma
experiência de regressão, ela lembrou-se de uma vida marcada pela
pobreza, na China, na qual fora estrangulada por uma cobra.
As coisas que gostamos de fazer e que nos dão prazer também
fornecem pistas a respeito do que fizemos antes. Carla gosta de se
distrair na cozinha e faz pão em casa todos os fins de semana. Ela
adora o cheiro da massa quando está crescendo, e até já comeu um
pão inteiro no minuto em que saiu do forno. Certa vez, enquanto
fazia o pão, lembrou-se de como era sua cozinha numa vida ante-
rior. Viu imagens de um fogão a lenha, e quase pôde sentir o cheiro
do ensopado cozinhando em negros caldeirões.
As músicas e canções de que gostamos ou que nos desagradam
podem fornecer indícios lembrando nossas existências passadas. Des-
de bem pequeno, Frank costumava ouvir uma melodia soando em
sua mente. Ele a cantaroláva em surdina quase sempre. Certo dia,
ouviu uma música bastante parecida no rádio. Telefonou para a emis-
sora, a fim de descobrir o nome da música. Disseram-lhe que era
uma nova versão da antiga melodia do século XIX. Ele percebeu
que aquela fora sua canção favorita na vida anterior e por essa ra-
zão era capaz de se lembrar dela.
Sons que você ouvia em existências passadas podem estimular
lembranças. Sempre que Melissa escutava o rufar de um tambor,
ficava apreensiva. Concentrando-se no som, ela começou a perce-
ber imagens de uma perna morena adornada com pulseiras no tor-
nozelo. Podia sentir-se dançando, descalça, na areia, em volta de
uma fogueira cercada por um círculo de pedras. À medida que se
concentrava mais intensamente nessas imagens, conseguiu divisar vá-
rios rostos escuros, pintados. Lembrou-se então de que pertencera
a uma cultura que matava os membros velhos e doentes da tribo.
Toda a lembrança do ritual de que participara lhe veio então à
mem¢ria.
Filmes no cinema ou na televisão podem nos fornecer pistas re-
lativas a experiências anteriores. Nancy estava assistindo a um fil-
me em que havia um vulcão e ficou emocionada quando a montanha
explodiu em chamas. Cenas de um passado em que ela morrera du-
rante uma erupção vulcânica emergiram espontaneamente. À medi-
da que continuou assistindo ao filme, deu-se conta de como eram
diferentes as cenas do filme e a realidade que ela vivenciara. Ela tam-

68

bém conseguiu entender finalmente os repetidos pesadelos nos quais


se encontrava desamparada numa pequena ilha, com o mar e o
céu vermelho à sua volta.
Os livros que lemos nos dão pistas para as épocas e locais em
que vivemos antes. Desde criança Robert era fascinado por hist¢-
rias sobre a Guerra Civil. Quando começou a ler livros a respeito
daquela luta, passou a ter sonhos nos quais era um soldado da épo-
ca. Seus pais julgaram que os pesadelos eram causados pelos livros
que Robert lia, mas ele era capaz de descrever cenas com extrema
nitidez e muitos detalhes, além de relatar-lhes experiências que não
constavam nos livros. Tais experiências foram posteriormente con-
firmadas através das pesquisas.
Cenas ou imagens que surgem em nossa mente podem exibir
eventos de vidas passadas, como também podem revelar padrões an-
teriores que têm continuidade no presente. Tina sempre se sentira
atraída pela Inglaterra. Na escola primária, ela usava uma grafia
de inglês antigo para escrever determinadas palavras. No início da
sua carreira de escritora, comprou uma escrivaninha de tampo cor-
rediço. Quando está escrevendo um livro, ela guarda o manuscrito
numa gaveta inferior do lado direito. Certo dia começou a ver ima-
gens de uma antiga escrivaninha de tampo corrediço com escaninhos
secretos. Num sonho, ela se lembrou de uma vida na Inglaterra em
que fora também escritora e guardara seus manuscritos no compar-
timento secreto da gaveta inferior do lado direito da escrivaninha.
Nossos interesses, talentos e passatempos favoritos também nos
fornecem pistas. Claire adora fazer trabalhos de agulha. Ela cria mui-
tos padrões e em quase todos os projetos sabe como dar os pontos
sem ler as instruções. Quándo se acomoda numa cadeira confortá-
vel e começa a bordar, seus pensamentos viajam para uma época
em que ficava perto de uma lareira de pedra, envolvida num xale,
fazendo trabalhos de agulha e escutando a lenha estalar enquanto
o fogo aquecia a cabana.
Pessoas que compartilham conosco os mesmos interesses ou dis-
trações podem ser pessoas que conhecemos antes. Darlene e Cheryl
tecem acolchoados. Elas se conheceram no trabalho e imediatamente
se tornaram amigas. Certo dia, durante o almoço, começaram a con-
versar a respeito dos acolchoados que estavam fazendo. A conversa
inspirou sentimentos de déjà vu, e afloraram lembranças de uma vi-
da anterior em que elas eram irmãs e, juntas, exerciam aquele mes-
mo trabalho. Conversando a respeito dessa vida, conseguiram

69

desvendar detalhes que liberaram ainda mais informações para


ambas.
O tipo de clima de que gostamos ou não gostamos pode revelar
algumas de nossas experiências anteriores. Condições atmosféricas
adversas também fornecem pistas. Certa noite, quando estava per-
dida, dirigindo em meio a uma densa e pesada neblina, Dena to-
mou consciência de imagens de uma vida anterior em que, sozinha
num barco, se perdera na neblina. Lembrou-se de como fora salva
por um velho pescador de barba hirsuta. Ao ver e sentir essas ima-
gens, deu-se conta de que a pessoa que a salvara era um amigo que
conhecia na vida presente e que também usava barba.
j O ambiente em que vivemos pode propiciar-nos chaves para nos-
' sas existências anteriores. Denise adora andar descalça, e o verão
é sua estação favorita. Ama as plantas e as árvores, e cultiva legu-
mes e verduras. Gosta de caminhar na chuva e nas tempestades com
raios e trovões. Sente-se pr¢xima à natureza e nutre um sentimento
de proteção por animais e árvores, acredita que pode comunicar-se
ii com eles. Um dia lembrou-se de cenas de uma vida passada na qual
vivia numa ilha tropical e plantava seus alimentos. A cultura a que
pertencia acreditava em espíritos animais e deuses da natureza que
‡ i habitavam as nuvens e as árvores.
Estranhas reações a determinadas coisas ou simples peculiari-
dades podem revelar muitas percepções intuitivas de vidas pregres-
sas, oferecendo compreensão para os nossos sentimentos atuais.
i.. peggy sempre se certificava de que o gás do fogão estava desligado
antes de sair de casa. Ela examinava o fogão cinco ou seis vezes por
'' dia, e às vezes levantava-se de noite para ver se estava desligado.
Durante regressão a uma vida passada, ela se lembrou de que mnr-
rera numa explosão de gás.
As características da nossa personalidade e também as nossas
excentricidades possuem em geral uma forte influência subjacente
de vidas anteriores. Mary tem trezentos pares de sapatos, muitos dos
quais jamais usou. Ela adora sair para comprar sapatos, e sente-se
atraída pelos vendedores. Vai toda semana ao salão de beleza para
tratar dos pés. Caminha sempre com passadas longas e elegantes.
Num devaneio, viu uma vida que teve no Japão, quando seus pés
foram enformados. Quando ela atingiu a maioridade e os liberaram
das fôrmas, seus pés estavam terrivelmente desfigurados.
Nosso corpo e padrões de saúde também revelam indícios rela-
cionados com as nossas vidas anteriores. Marcas de nascimento in-

70

dicam normalmente traumas de existências passadas naquela região


do corpo. Qualquer coisa de natureza séria amiúde reflete uma li-
gação kármica. Dores que não parecem ter explicação, sem motivo
aparente, também refletem influências de vidas pregressas. Bob sem-
pre detestou cavalos. Para impressionar a namorada, certa vez con-
cordou em cavalgar. Quando estava vestindo um par de botas na
estrebaria, sentiu fortes dores nas costas. Depois de ir ao médico
e tirar radiografias, garantiram-lhe que não havia nada errado com
ele. A dor persistiu durante alguns dias. Na pr¢xima ocasião em que
fez planos para andar a cavalo, a dor voltou. Durante regressão a
uma vida passada, ele se lembrou de que se machucara gravemente
ao cair de um cavalo, quando fora arrastado pelas botas que fica-
ram presas no estribo.
Nossa profissão amiúde reflete a continuação de uma carreira
numa vida pregressa, ou é o oposto exato do que fizemos antes. Nos-
sa opção profissional pode fornecer chaves que revelam o karma que
está sendo equilibrado. Lilian estava sempre se queixando da edu-
cação de seus filhos. Certo dia, depois de escutar suas diatribes afir-
mando que todas as crianças iam acabar idiotas por não estarem
sendo estimuladas a aprender, uma amiga sugeriu que talvez ela de-
vesse tornar-se professora. Lilian gostou da idéia, deixou de recla-
mar e voltou à faculdade para se formar em pedagogia. Hoje ela
é professora e trabalha com programas inovadores que oferecem às
crianças uma maneira divertida de aprender. Ela se lembrou de ter
sido numa vida anterior uma escrava a quem não permitiam freqüen-
tar a escola. Ainda em outra vida, ela impedira que seus filhos fos-
sem estudar.
Nossos interesses da infância e nossos passatempos atuais po-
dem revelar uma habilidade ou talento adquirido numa vida pre-
gressa. Até se aposentar, James foi um carpinteiro que talhava
desenhos intricados na mobília que fabricava. Se não estava fazen-
do mobília, ele construía casas e garagens. Quando criança, escul-
pia formas de animais na madeira. Num devaneio, ele se viu ainda
menino, descalço, vivendo nas montanhas. Naquela vida, desbasta-
va pequenos pedaços de madeira e ajudava seu pai a construir caba-
nas feitas de troncos.
Nossa família e os amigos que escolhemos podem ser mode-
los do tipo de amizades ou relacionamentos que tivemos antes.
As pessoas que nos são pr¢ximas podem ter sido companheiros
em vidas anteriores. Quando Melody tocava a mão direita da sua

71

fi‡hinha, esta pressionava o polegar na mão de Melody. Melody


achava isso estranho, porque sua mãe havia feito o mesmo gesto
quando Melody segurou sua mão na ocasião em que ela estava
morrendo. A ligação tornou-se clara quando sua filha, brincan-
do de boneca, criou situações que Melody havia vivenciado em
criança.
Indícios atuais fornecem muitas percepções intuitivas a respei-
to de quem fomos antes e do que vivenciamos. Eles nos ajudam a
compreender nossas atitudes e emoções presentes, além de nos ofe-
recerem respostas a todas as dúvidas que temos em relação às nos-
sas vidas passadas. É possível descobrir muitos aspectos e facetas
das nossas existências pregressas examinando o presente e pondo a
nu pistas atuais. Quando as interpretamos, elas são como um mapa
detalhado e descritivo que nos conduz diretamente às nossas vidas
anteriores.

QUESTION-RIO DE PISTAS ATUAIS

Encontrar pistas atuais na sua vida irá ajudá-lo a descobrir eventos


e emoções que você vivenciou em vidas anteriores. O questionário
que se segue tem o objetivo de suscitar recordações e de inspirar ima-
gens e reações que tenham relação com existências passadas, com
base em situações, sentimentos e vivências do momento. As respos-
tas que você der às perguntas irá proporcionar-lhe pistas para se-
guir explorando.
Ao fazer um inventário abrangente da sua vida atual, você irá
encontrar centenas de pistas que revelam informações detalhadas a
respeito de suas encarnações passadas. Tudo que você tem a fazer
é olhar em volta e reconhecer os sinais. Eles não precisam ser espe-
taculares para obter sua atenção. As chaves menores, embora real-
mente importantes, tendem a ser menosprezadas; contudo, são
amiúde as mais reveladoras. As coisas de que você já tem consciên-
cia lhe oferecem valiosas percepções intuitivas das suas antigas exis-
tências.
Responda calma e ponderadamente a este questionário. Não te-
nha pressa, redija respostas detalhadas. Entre realmente em conta-
to com seus sentimentos e analise suas estimativas. Caso a pergunta
exija um sim ou um não, reforce sua resposta com uma explicação.
Quanto mais prolixo você for ao responder, e quanto mais específi-

72

cas forem as suas respostas, mais claras serão suas percepções intui-
tivas e suas interpretações.
Você poderá descobrir que muitas das respostas suscitarão ou-
tras perguntas bastante revelantes à sua si'tuação ou experiência par-
ticular. Ao responder às suas pr¢prias questões e avaliar profunda-
mente as suas experiências, você liberará detalhes adicionais sobre
suas vidas passadas. Examine as respostas para descobrir até que
ponto elas refletem uma vida anterior, e como essa vida anterior es-
tá afetando e influenciando sua vida atual.
Algumas das respostas poderão ter relação apenas com o pre-
sente, mas sempre irão ajudá-lo a entrar em contato com seus senti-
mentos reais e lhe proporcionarão percepções intuitivas de como
reagir aos acontecimentos da vida atual. Conhecendo seus sentimen-
tos e entendendo suas reações, você vai liberar mais ainda sua men-
te subconsciente. Isto conduz à liberação de recordações, tanto
relacionadas com as vidas pregressas como com a vida atual. Caso
não se sinta seguro a respeito da resposta a uma dada pergunta, vo-
cê pode seguir o curso da sua resposta experimental do presente pa-
ra o passado a fim de determinar se sua resposta é regida por
influências anteriores ou presentes. (Veja "Investigando Sentimen-
tos de Déjà Vu".) Explore mais ainda seus sentimentos para verifi-
car se existe influência de uma vida anterior.
Ao responder a algumas das perguntas, é possivel que você quei-
ra focalizar seus pensamentos numa época anterior. Concentre-se
na imagem ou sentimento que representa sua vida passada. Isso o
habilitará a revivenciar a lembrança. Se você for malsucedido em
algumas das perguntas, e sentir que existe algo mais que quer saber,
recorra à sua imaginação. Use um devaneio relacionado à pergun-
ta. Liberte a imaginação e escreva tudo que lhe vier à cabeça. Con-
fie em seus sentimentos a respeito dos devaneios. Você será capaz
de determinar, por seus pr¢prios sentimentos, se a lembrança da vi-
da anterior é mesmo genuína.
Suas respostas e sentimentos podem ser muito poderosos, mas
também neutros. Você poderá gostar ou detestar intensamente de-
terminadas imagens. Entre em contato com seus sentimentos e rea-
ções para descobrir por que se sente dessa maneira. Você também
poderá ficar consciente de imagens ou respostas que pareçam deslo-
cadas, ou então que não façam sentido. Caso sua resposta pareça
não ter relação com sua situação atual, analise as possibilidades de
como uma vida anterior poderia tê-la inspirado. Se a resposta não

73

fizer sentido, é possível que você ainda não tenha todas as informa-
ções de que precisa para formar uma imagem abrangente a respeito
de uma vida anterior.
A fim de encontrar relações claras para as pistas, comece
relacionando-as com o passado e o presente da vida atual. Você po-
derá descobrir que suas respostas têm relação tanto com o passado
da vida presente quanto com a experiência de uma vida pregressa.
Veja se sua resposta apresenta a influência de uma existência ante-
rior. Você pode ter certeza da influência de uma vida anterior sem
se recordar especificamente do fato. Se a sua resposta indicar a in-
fluência de uma vida passada, torna-se sobremodo provável que tal
influência seja uma pista válida para uma vida anterior. Concentre-
se e focalize a imagem dessa vida anterior ou o reflexo atual para
liberar mais as suas lembranças. Observe então todas as semelhan-
ças e ligações entre a encarnação antiga e a atual. Quando você fi-
zer as ligações entre o passado e o presente, a lembrança da sua
existência pregressa se revelará na conexão.
Suas respostas a todas as seções deste questionário lhe fornece-
I rão muitas informações detalhadas a respeito de suas vidas anterio-
' res. Registre no seu diário todas as respostas. Inclua seus
sentimentos,
percepções intuitivas, pensamentos e impressões a respeito de cada
resposta. Ao interpretá-las, procure com cuidado influências e ima-
' gens de vidas anteriores que tenham relação com todos os aspectos
das suas respostas, as quais lhe fornecerão as chaves e as conexões
i com suas vidas pregressas.
Você poderá descobrir que muitas das suas respostas se rela-
, cionam com uma existência específica e lhe mostram diferentes fa-
cetas das suas experiências. Isso forma um resumo biográfico,
fornecendo-lhe os dados adicionais que faltavam. Talvez você quei-
ra relacionar suas vidas passadas por países ou épocas, o que pode-
rá ajudá-lo a agrupar as respostas relacionadas com vidas específicas.
Siga seus sentimentos a respeito de quais experiências correspondem
a cada vida particular.
Antes de começar, entre no nível Alfa e trate de ficar receptivo
ao reconhecimento das influências das encarnações passadas. Pro-
cure ficar aberto à idéia de ver as imagens de suas vidas anteriores
se refletirem nos seus sentimentos, situações e experiências atuais.
Tenha confiança de que o que sente são influências de vidas pre-
gressas, e permita-se ver através das imagens do presente que reve-
lam o passado.

74

A Casa e a Mobi7ia

Examine os quadros e os m¢veis da sua casa. Observe qualquer pe-


ça de mobília que seja de uma época diferente. Verifique em que
aposento da casa você se sente melhor, e por que gosta mais dele.
Como você se sente quando está nesse aposento e como ele está de-
corado? Procure olhar objetivamente para sua casa, como se a esti-
vesse vendo pela primeira vez, ou como se a estivesse observando
através de olhos diferentes. Isso vai proporcionar uma perspectiva
mais clara, habilitando-o a tomar consciência de sentimentos sub-
conscientes e impressões relacionadas à da atmosfera e aos compo-
nentes da sua casa.
1. Que peças do mobiliário e/ou acess¢rios você prefere? Por quê?
Que peças do mobiliário e/ou acess¢rios você não gosta? Por quê?
2. Que m¢veis você ainda não tem mas gostaria de ter? Por quê?
Se você fosse redecorar totalmente sua casa, como o faria, e por
que o faria dessa maneira?
3. Em que tipo de casa ou apartamento você mora? Como seria a
casa dos seus sonhos? Se você pudesse projetar sua pr¢pria casa,
que espécie de casa seria, e com que decoração? Por que você
a projetaria e decoraria desse modo?
4. Existe na sua casa alguma coisa que você mesmo tenha feito, co-
mo quadros, suéteres, colchas, bordados, carpintaria, cerâmica?
5. Como é decorada sua casa ou apartamento? Que tipo de gravu-
ras ou quadros você tem na parede? Por que os escolheu? Sua
casa é atapetada ou o piso é de assoalho?
6. Sua mobília é moderna, ou faz lembrar outra época? Existem pe-
ças que não se encaixem no padrão decorativo básico? Se for es-
se o caso, por que as escolheu?
7. Descreva o tipo de casa em que você se sentiria mais à vontade
e aquele em que você se sentiria menos à vontade. Faça um dese-
nho dessas casas, e como seriam mobiliadas. Por que você se sen-
tiria bem ou mal em cada uma delas?

O Guarda-roupa
Examine seu armário e procure realmente observar o tipo de roupas
que você tem. Olhe para as que não usa há muito tempo, e procure
saber por que as está conservando. Preste atenção nos artigos de

75

vestuário que pareçam diferentes do resto do seu guarda-roupa. Ob-


serve as roupas que usa em diferentes lugares, como, por exemplo,
as que usa para trabalhar e as que usa para eventos sociais. Repare
se elas são semelhantes ou diferentes, e como você se sente quando
as veste. As roupas nas quais você se sente mais confortável ou me-
nos confortável lhe fornecerão importantes indícios.
l. Que tipos de roupa você gosta e que tipos não gosta? Faça uma
lista das suas roupas, explicando por que gosta ou não gosta de-
las. Repare como se sente quando as usa. Qual é o seu traje fa-
vorito, e por que é o favorito?
2. Você gosta de roupas soltas e confortáveis, ou prefere as que se
ajustam ao corpo? Por quê? Como se sente quando usa roupas
que envolvem seu pescoço, como suéteres de gola rulê ou cami-
sas de colarinho apertado?
3. Você gosta de se vestir com elegância ou prefere roupas infor-
mais? Por quê? Como se sente quando usa roupas formais? Co-
mo se sente quando veste roupas velhas e confortáveis? Você
aprecia roupas quentes e feitas de lã, ou prefere trajes leves e fres-
cos? Por quê?
4. Que tipo de j¢ias lhe agrada? Por quê? Como se sente quando
as usa? Que gênero de j¢ias ou acess¢rios você usa com determi-
nados trajes?
5. Você já confeccionou algumas das suas roupas, ou mandou fazê-
las num alfaiate ou costureira? Caso o tenha feito, como eram
as roupas, e por que escolheu aquele estilo específico?
6. Como se sente quando anda descalço, ou você sempre usa sapa-
tos? Na sua casa, você usa sapatos ou outro tipo de proteção pa-
ra os pés, ou prefere andar descalço? Por quê?
7. Em que tipo de roupa você se sente mais confortável e em que
tipo se sente menos confortável? Por que você se sente confortá-
vel e desconfortável em cada um desses tipos de roupa?

Os Alimentos e os Hábitos Alimentares


Observe como se sente quando está na cozinha preparando a comi-
da. Repare no tipo de louça e no tipo de recipientes e panelas que
possui. Preste atenção nos utensílios que tem na cozinha, e quais
os que usa com maior freqüência. Ao responder às perguntas sobre
os diferentes alimentos, procure lembrar-se do sabor deles. Verifi-

76

que se algum tipo de comida desperta em você uma reação realmen-


te forte. Repare nos seus sentimentos sobre a atmosfera que envol-
ve suas refeições.
l. Que tipos de comida você gosta e não gosta? Por quê? Existe
um determinado alimento que você aprecia ou detesta particu-
larmente? Por que você o aprecia ou detesta? Qual era a sua co-
mida predileta quando criança? Por que ela era a predileta?
2. Você faz suas refeições às pressas, ou aprecia um jantar calmo
e sossegado? Como você se sente quando come à luz de velas?
3. Lembre-se de alguns dos seus pratos favoritos. Por que eles são
os favoritos? Existe algum ingrediente especial que você costu-
ma incluir em quase todos os pratos que prepara? Em caso afir-
mativo, qual é esse ingrediente, e por que você gosta dele? Você
gosta de comidas temperadas? Se for o caso, informe quais e por
que motivo.
4. Você costuma comer grande quantidade das mesmas coisas, ou
come pouca quantidade de muitas coisas diferentes? Por quê?
Você gosta de experimentar pratos novos, ou prefere limitar-se
aos que já conhece? Você é exigente com a comida? Em caso afir-
mativo, por quê? Quais eram os seus padrões alimentares na in-
fância?
5. Quais os alimentos que você não pode comer? Por que não po-
de? Que tipos de comida lhe causam problemas de estômago?
Existem alimentos que você se recusa a comer? Se for este o ca-
so, quais são, e por quê?
6. Quando vai comer fora, que tipo de restaurante você escolhe?
Sempre pede a mesma coisa? Qual o seu restaurante favorito?
Por que é o favorito?
7. Você é um bom cozinheiro? Gosta de cozinhar? Você gosta de
ficar na cozinha e preparar tudo em casa, evitando usar ingre-
dientes prontos? Você cria suas pr¢prias receitas, ou segue as ins-
truções de um livro? Que gênero de comida você costuma preparar
em ocasiões especiais?
8. Que tipo de comida lhe dá água na boca s¢ de pensar nela?
Por quê? Como você é afetado pelo aroma de determinados
alimentos? Indique o tipo desse alimento e sua reação ao cheiro
dele.
77

Música e Canções

Ouça as músicas mentalmente à medida que responde às perguntas.


Sinta como elas soam e observe suas reações. Preste especial aten-
ção ao ambiente em que estava quando escutou essas músicas pela
primeira vez. Repare como se sentiu quando as ouviu, e que tipo
de imagens lhe provocaram. Observe como se sente em relação a
elas agora.
1. De que tipo de música você gosta e de que tipo não gosta? Por
quê? Qual é a sua canção favorita? Por que é a favorita? Qual
era sua canção predileta quando criança? Por que era a predileta?
2. Como você reage à música instrumental? Ao som de tambores?
Ao soft rock? Ao hard rock? Que tipo de música lhe dá vontade
de dançar? Que música o aborrece e lhe dá sono? Que tipo lhe
dá inspiração? Por quê?
3. Você já tomou lições de música, toca algum instrumento musi-
' cal? Em caso afirmativo, que instrumento você estudou e por
que
o escolheu? Foi fácil ou difícil aprender?
; 4. Você já teve lições de canto? Costuma cantarolar para si
mesmo
quando está sozinho? Canta no chuveiro? Em caso afirmativo
' ,
que tipo de canções ou melodias costuma cantar?
5. Você gosta de ouvir as pessoas cantando? Se for este o caso, que
tipo de canções lhe agrada mais? Alguém cantou para você na
' sua infância? Em caso afirmativo, que canções cantaram, e por
que se lembra delas? Como é que a música faz você se sentir?
6. Qual foi a primeira canção que você ouviu? Por que se lembra
' dela? Que tipo de imagens e sentimentos ela desperta em você
agora? Quais as canções de cujas letras você se lembra? Por que
guarda essas letras na mem¢ria? O que significam para você?
'. Algum dia você já escreveu uma canção ou compôs uma melo-
dia? Em caso afirmativo, como era ela, e o que o levou a
escrevê-la?
8. Já aconteceu de você estar com uma música na cabeça sem saber
por que ou onde a escutou antes? Em caso positivo, descreva a
música e como você se sente em relação a ela.
9. Que canções ou melodias o emocionam? Você compreende por
que despertam tais sentimentos? Relacione algumas canções que
o afetam intensamente. Escreva como se sente quando escuta a
música, e que recordações e imagens ela lhe traz.

78

Livros e Filmes

Repare como você se sente quando assiste a um bom filme ou a um


bom programa na televisão, ou quando está lendo um bom livro.
Verifique se se envolve, ou se identifica, com o que está vendo ou
lendo. Observe as irriagens e sentimentos que lhe atingem a mente
em resposta ao filme ou à hist¢ria. Preste atenção ao tipo de livros
que gosta de ler, e por quê. Observe se existe uma categoria particu-
lar que lhe agrada mais. Note sua conexão com coisas relacionadas
a livros, como bibliotecas, o cheiro das gráficas, bem como o seu
sentimento quando abre um livro novo em folha.
l. Quais os tipos de livros que gosta de ler? Por quê? Qual o tema
do seu livro predileto? Por que é o seu predileto, e o que significa
para você? Que revistas você assina? O que o leva a gostar delas?
2. Você gosta de ler? Em caso afirmativo, por quê? Caso contrá-
rio, por que não? Você costuma ler o fim do livro logo no come-
ço? Você lê livros para estudar e aprender, ou mais para se
distrair? Como você se sente quando está numa biblioteca ou nu-
ma livraria?
3. Você escreve poesia ou prosa? Se a resposta é positiva, a respei-
to do que escreve? Por que aprecia esse tema? Você já escreveu
um conto ou um romance? Em caso afirmativo, sobre o que ver-
sava? O que o levou a escrevê-lo?
4. Quando lê um bom livro, você se envolve com a hist¢ria? Pene-
tra no enredo e se identifica com um dos personagens? Se for
este o caso, escreva um breve resumo do livro, como se sentiu
ao lê-lo, e como interagiu com ele.
5. Você gostava que lessem para você quando era criança? Que his-
t¢rias apreciava especialmente? Por que gostava delas? Qual era
seu livro favorito naquele tempo? Por que era o seu favorito, o
que o tornou especial para você?
6. Você gosta de ouvir hist¢rias? Em caso afirmativo por quê? Que
tipo de hist¢rias você gosta? Agrada-lhe ler ou ouvir hist¢rias que
sabe não serem verdadeiras? Se lhe agrada, por quê? Você apre-
cia as hist¢rias de interesse humano? Se for este o caso, por quê?
Você gosta de ler sobre pessoas que realizam algo muito impor-
tante? Em caso afirmativo, por quê?
7. Que filmes ou programas de televisão prefere assistir? Por que
gosta deles, e como se sente quando os está vendo? Sente alguma

79

afinidade por eles? Em caso positivo, de que modo se identifica


com eles?
8. Que tipo de filmes ou programas de televisão fazem você sentir-
se zangado ou perturbado? Por quê? Você já se envolveu emo-
cionalmente com algo a que estivesse assistindo? Se assim for,
descreva o que foi e o que fez sentir-se tão fortemente afetado?
9. Qual o filme ou programa de televisão de que você gosta mais
e qual o de que gosta menos? Indique partes específicas dos fil-
mes ou dos programas de televisão que você aprecia mais e me-
nos, e explique por que se sente dessa maneira.

Interesses, Talentos e Hobbies

Observe quais dos seus interesses, talentos e hobbies você mais gos-
, ta. Descreva como se sente quando está envolvido com eles, e
que
tipo de pensamentos você nutre. Verifique se seus talentos foram
adquiridos nesta vida, ou se são espontâneos e vêm facilmente a vo-
cê. Veja se você possui uma habilidade especial para determinadas
coisas, ou se sente um forte desejo de fazer algo. Se você sempre
; quis se dedicar a um determinado interesse, talento, ou
passatem-
po, esse desejo pode refletir uma vida na qual você já fez isso antes.
l. Quais são os seus talentos e habilidades naturais? Em que áreas
você se sente especialmente criativo? Por quê? Qual é a sua ativi-
dade favorita? Por quê? Que tipos de interesses, talentos, ou hob-
bies você aprecia? Por quê?
2. O que você cõ'stuma fazer nas suas horas vagas? O que gosta de
fazer quando está sozinho? O que gosta de fazer estando com
um grupo de pessoas?
3. Quando trabalha num projeto ou está realizando alguma tarefa,
você precisa seguir instruções? Se não precisa, como sabe que es-
tá mesmo fazendo o que deve ser feito? E se precisa, você segue
rigorosamente as instruções, ou as altera e desenvolve para se
adaptarem ao seu gosto? Você já viu algo que estava pronto e
se conscientizou de que seria capaz de fazer outro igual? Em ca-
so afirmativo, o que foi, e como soube de que modo era feito?
4. Você já criou ou projetou alguma coisa original? Se o fez, o que
criou, e por quê? O que o inspirou? Como se sentiu enquanto
estava trabalhando e quando o concluiu?

80

5. Você coleciona alguma coisa? Em caso afirmativo, o quê, e por


quê? O que o levou a iniciar a coleção?
6. Você se sente inspirado por outras pessoas? Se isso é verdade,
p¢r que, e de que modo? Admira as pessoas muito criativas, ou
sente ciúmes delas? Por quê? Já sentiu alguma vez que seria ca-
paz de fazer algo melhor do que outra pessoa? Em caso afirma-
tivo, o que foi, e por que sentiu que poderia fazê-lo melhor? Você
já quis fazer uma coisa que outra pessoa havia feito? Em caso
afirmativo, o que foi, e por que o quis?
7. Você sempre termina os projetos que começa, ou pára no meio?
Por quê? Costuma dedicar-se a vários projetos ao mesmo tem-
po, ou faz uma coisa de cada vez? Por quê? Você está trabalhan-
do em algum projeto no momento? Se está, qual é esse projeto,
e por que resolveu dedicar-se a ele?
8. Das coisas que já fez, de qual mais se orgulha? Por quê? O que
mais lhe agradou fazer até hoje? Por quê? Quais são as suas prin-
cipais realizações relacionadas aos seus talentos e/ou passa-
tempos?
9. Dentre as coisas que lhe interessam, existe alguma à qual você
gostaria de ter mais tempo para se dedicar? Por que está interes-
sado nela? A que tipo de hobbies ou interesses você gostaria de
se dedicar no futuro? Por quê?

A Profissão e o Emprego

Sua profissão e seu emprego, e como você se sente com relação a


eles, podem fornecer importantes pistas relacionadas com o tipo de
trabalho que você teria feito em encarnações anteriores. Sua profis-
são atual pode ser a continuação ou o oposto do que você já fez
antes. Procure observar qualquer padrão relacionado com seu mo-
do de trabalhar e com sua atitude em relação ao trabalho. Avalie
se você está fazendo o que estava destinado a fazer, e se a sua pro-
fissão ou emprego lhe parecem adequados. Preste atenção aos seus
sentimentos quanto ao tipo de emprego ou profissão que gostaria
de ter, e procure saber por que o faria feliz.
1. Que tipo de emprego ou profissão você tem agora? O que dese-
ja dele? Acha o seu emprego adequado a você, ou apenas o
encontrou por acaso? Descreva as circunstâncias relacionadas

81
ao seu emprego. Anote como encontrou o cargo ou a profissão
que tem atualmente. Registre se teve que se esforçar para obtê-
lo ou se ele pareceu vir facilmente a você.
2. Você é autônomo? Em caso positivo, o que faz, e por quê? Quem
ou o que o inspirou? Que eventos e/ou sentimentos o levaram
a ser autônomo?
3. Você gosta ou não gosta da sua carreira? Por quê? Relacione
o que, no seu emprego, você gosta e o que não gosta. Descre-
va por que se sente dessa maneira. Você exerce sua profissão
por escolha, ou acha que é apenas uma maneira de pagar as con-
tas? Como se sente quando está trabalhando?
4. Você gosta de ir para o trabalho? O que é mais importante, o
dinheiro ou a satisfação profissional? Você antecipa com pra-
zer o seu dia-a-dia? Que tipo de atitude ou disposição você sen-
te ao acordar?
' 5. Se você não precisasse trabalhar, o que faria com seu
tempo?
j Qual o seu sonho, o que deseja fazer na vida? Por que
quer
fazer isso? Você acha que ainda vai realizar seu sonho? Em
caso afirmativo, como? Caso contrário, por que não? Que me-
didas você tomou, ou teria que tomar, para alcançar sua meta,
e que tal lhe parecem elas?
6. Você acha que estava destinado a fazer o que está fazendo? Se
é o caso, por quê? Do contrário, por que não? Se você pudes-
; se escolher qualquer tipo de emprego ou profissão, qual
esco-
lheria? Por quê?
7. Que tipo de trabalho você sente que pode ter feito numa vida
anterior? Acha que seu emprego atual é a continuação de algo
que começou numa outra encarnação, ou sente que faz agora
o inverso do que já fez? Por que pensa assim?
8. Você presume que seu emprego é um trabalho provis¢rio e o
levará a outra coisa? Se for este o caso, vai levá-lo ao quê?
Você está estudando, está envolvido em algum tipo de aprendi-
zado ou treinamento que poderá conduzi-lo a um emprego ou
carreira diferente? Em caso afirmativo, o que está estudando,
e ao que poderá levá-lo?
9. De todos os empregos que já teve, de qual gostou mais? Por
quê? De qual gostou menos? Por quê? Você procura fazer um
bom trabalho, não importa o que faça? Se assim for, por quê?
Do contrário, por que não? Você tem orgulho do que já fez

82

na sua profissão? Relacione suas realizações, como se sente em


relação a elas, e como as conseguiu.
10. No seu tempo de criança, o que você queria ser quando cresces-
se? Por quê? Quem ou o que o levou a escolher essa aspiração?
Havia escolhas para o que você queria fazer, ou você s¢ tinha
um objetivo específico? Faça uma lista das carreiras que pen-
sou em seguir quando crescesse. Quão pr¢ximo você chegou das
escolhas da sua infância?
ll. Você troca de emprego com freqüência? Se o faz, por quê? Vo-
cê procura tarefas similares, ou suas funções são sempre dife-
rentes uma das outras? Você está agora passando por uma fase
de mudança de profissão? Se for o caso, por que, e qual o tipo
de profissão que está na sua mira?

A Saúde e o Corpo

Observe seus padrões de saúde, e como você se sente a respeito da


qualidade da sua vida e da sua saúde. Preste atenção nos seus senti-
mentos com relação à doença. Seus padrões de saúde podem
fornecer muitas pistas sobre as experiências de vidas passadas, e
também podem refletir simbolicamente suas atitudes e emoções
anteriores. Cicatrizes no corpo, marcas de nascença e dores psicos-
somáticas podem resultar de uma lesão ou trauma em outra encar-
nação num local específico do corpo, e podem também refletir o
karma que se equilibra ou está em via de se equilibrar.
l. O que lhe agrada mais em si mesmo? Por que você se orgulha
disso, e por que o considera seu traço mais marcante? Você gosta
do seu corpo? Se gosta, informe por quê. Caso contrário, ex-
plique por que não. Você tem alguma deficiência, alguma inca-
pacidade física? Em caso afirmativo, diga quais são e o que as
causou. Você possui habilidades físicas bem desenvolvidas? Se
possui, descreva-as e informe como as desenvolveu.
2. Você tem marcas de nascença? Se tem, onde estão situadas, e
com que se parecem? Como você se sente em relação a elas?
Você tem cicatrizes? Se tem, onde estão localizadas, e o que as
causou? Descreva como são e como você se sente em relação
a elas.

83

3. Você já sofreu alguma cirurgia? Em caso afirmativo, que tipo


de cirurgia e por que motivo se submeteu a ela? A cirurgia ali-
viou o problema, ou o problema continuou? Como você se sen-
tiu em relação à cirurgia e ao hospital?
4. Você já sofreu algum tipo de acidente? Se já sofreu, o que foi
que o causou, e o que resultou dele? Como você se sente agora
com relação a esse acidente? Se foi você o causador do aciden-
te, como se sente por isso? Você acha que ele poderia ser evita-
do? Relacione situações em que ocorreu um acidente, e o que
as originou.
5. Você tem problemas de saúde? Se for o caso, quais são, o que
os causou? Como você se sente com relação aos seus problemas
de saúde? Você tem uma doença crônica que se manifesta de
tempos em tempos? Se tem, qual é? Como e por que surgiu da
primeira vez? O que a faz recidivar?
' 6. Você precisa seguir um regime especial para a saúde? Se
preci-
sa, por quê? Como se sente com relação ao regime? Você tem
que tomar pílulas ou outros medicamentos para manter a saú-
de? Em caso afirmativo, por quê? O que o fez precisar deles?
' Você necessita usar qualquer tipo de equipamento mecânico
ou
; pr¢tese para que seu corpo funcione adequadamente? Se for o
caso, o que causou esta necessidade, e como você se sente com
i relação a isso?
7. Você acha que vai ter uma vida longa? Em caso positivo, por
quê? Se não acha, qual é a razão? Como você se sente quanto
à qualidade da sua vida? Como sente com relação à sua saúde
de um modo geral?
8. Você era saudável quando criança? Relacione seus problemas
de saúde, excluindo as doenças comuns à infância. O que os cau-
sou, e como você se sentiu quando convalescia?
9. Você usa ¢culos ou lentes de contato? Em caso afirmativo, usa
o tempo todo ou s¢ esporadicamente? Por que precisa usá-los?
Você usa aparelho auditivo? No caso de usar, o que fez você
precisar dele?
10. Existe algum tipo de doença que o assusta particularmente? Se
existe, você compreende as razões do seu medo? Revele por que
essa doença o assusta.
11. Você tem dores que parecem crescer de uma explicação l¢gica?
Se for o caso, quais são elas, quando aparecem, e o que lhe
parece que pode causá-las? Você já teve alguma doença psi-

84

cossomática? Em caso afirmativo, qual foi? Como e por que


ela surgiu? Você sabe o que a causou? E o que a curou?

Traços de Personalidade e Características

Responda honestamente a todas as perguntas. Isso lhe proporcio-


nará uma visão real e objetiva de si mesmo. O fato de ser claro e
franco nas suas respostas irá ajudá-lo a desvendar seus sentimen-
tos, e lhe mostrará reflexos de atitudes e emoções que você pode
ter tido em vidas passadas e que o afetam diretamente na vida atual.
Muitas vezes, sua personalidade de agora é uma contravolta do que
foi antes. Seu estilo de vida presente também trará indícios impor-
tantes.
l. Em uma palavra, descreva sua personalidade. Como essa pala-
vra se ajusta a você, e por que você associa sua personalidade
a essa palavra em particular? Como você se descreveria? Como
o descreveriam outras pessoas? Cite diversas pessoas da sua vi-
da e diga como elas o descreveriam. Tais descrições são seme-
lhantes ou diferentes da maneira como você se descreve?
2. Como você se sente com relação a si mesmo? Você tem au-
to-estima? Explique por quê. Em caso negativo, por que não?
Do que mais gosta e do que menos gosta em você? Por quê?
Qual é a melhor e qual é a pior característica da sua persona-
lidade? Por quê? Quais são as suas boas qualidades? Faça uma
lista delas, e diga por que as considera boas. Faça uma lista das
características que gostaria de melhorar, e por que gostaria de
fazê-lo.
3. Você é uma pessoa previsível ou não? Por quê? O que o faz
ser dessa maneira? Você já fez algo impulsivo sem realmente
saber por quê? Em caso afirmativo, o que foi, e qual foi o re-
sultado da sua ação? Você entendeu mais tarde que motivos o
levaram a agir impulsivamente? Você algumas vezes sente que
não sabe por que age da maneira como o faz? Em caso positi-
vo, relacione alguns casos específicos e registre as circunstân-
cias iniciais e suas reações à situação.
4. Você procura analisar suas ações para ver como elas se origi-
nam? Em caso afirmativo, por que o faz? Você tenta decifrar
as pessoas? Se o faz, por quê? Você já participou de aconse-

85
lhamento ou terapia? Se já participou, por quê? Você acha que
a terapia o ajudou? E o que descobriu sobre si mesmo?
5. Como você se relaciona com as pessoas que participam de sua
vida? Você se relaciona com todo mundo da mesma maneira ,
ou de maneiras diferentes com pessoas diferentes? Se você rea-
ge de modo distinto a determinadas pessoas, anote por que age
; dessa maneira, e como se sente com relação a essas
pessoas.
6. Você é uma pessoa introvertida ou extrovertida? Por quê? O
; que o faz ser dessa maneira? Você gosta de ficar sozinho,
ou
prefere a companhia de outros? Por quê? Tente verificar em que
I, situações prefere estar sozinho, e em que situações
prefere a com-
panhia de outras pessoas. Analise por que se sente dessa ma-
neira.
7. Você sempre vê o lado bom das coisas, ou tende a ver o lado
negro? Por quê? O que o faz ser assim? Você é arrumado, ou
desleixado? O que o faz ser assim? Você é fácil de agradar, ou
tem atitudes rígidas? Por quê? O que o torna assim? Você é tí-
mido ou desinibido? Por quê? O que o faz ser assim? Você cos-
tuma expressar o que pensa, ou guarda seus pensamentos para
' si? Por quê? O que o faz agir assim? Relacione vários
casos re-
lacionados com cada uma das situações acima. Repare se exis-
tem certas situações que parecem seguir um padrão ou evocar
; um determinado tipo de resposta.
8. Você chora com facilidade, ou tende a esconder seus sentimen-
tos? Por quê? O que o leva a ser assim? O que o faz feliz ou
infeliz? Por que se sente de uma maneira ou outra? Como você
' se sente quando chora? O que o faz chorar? Como você se
sen-
te quando ri? O que o faz rir? Você gosta da maneira como ri?
Se gosta, por quê? Se não gosta, por que não?
9. O que o assusta? Existe um motivo s¢lido para isso? Você sabe de
onde vem o medo? Anote as coisas que o assustam, e por que tem
medo delas. O que lhe causa mais medo? Por que essa causa é o
que você mais teme? O que o faz sentir medo dela? Você tem fo-
bias? Se tem, quais são, quando as vivencia, e o que as causou?
10. Sente orgulho de tudo que já fez, ou algumas coisas você gosta-
ria que ninguém soubesse? Se for este o caso, quais são, e por
que deseja mantê-las em segredo? Qual a pior coisa que já fez,
e por que a acha tão ruim? O que o levou a fazê-la?
11. Você gosta do modo como sua vida vai indo? Se gosta, por quê?
Caso contrário, por que não? Relacione alguns dos principais

86

acontecimentos da sua vida, e como eles ajudaram a formar


sua personalidade atual. Se você pudesse alterar certos even-
tos, o que mudaria, e por quê? Qual seria o resultado, na sua
opinião?
12. Se você vivenciou alguns acontecimentos particularmente dolo-
rosos ou traumáticos, como se sente agora em relação a eles?
Cite algumas das principais mudanças por que já passou na vi-
da. O que aprendeu com elas e sobre si mesmo ao vivenciá-las?
Que sentimentos ou emoções você ainda nutre a respeito dessas
experiências?
Os Amigos e a Familia

Procure responder às perguntas entrando realmente em contato com


seus verdadeiros sentimentos em relação aos seus amigos e à sua fa-
mília. Repare em si mesmo, nos amigos e na família, e também nos
seus relacionamentos e interações com as pessoas com quem convi-
ve, tanto de modo emocional quanto objetivo. Muitas perguntas se
referem a importantes aspectos de escolhas pré-natais. Muitas das
suas respostas revelarão vínculos de vidas passadas com pessoas que
participam atualmente da sua vida.
A infância também lhe pode fornecer valiosas percepções in-
tuitivas. Libere as lembranças da infância e procure lembrar-se
de como se sentia a respeito de tudo naquela época, sem permi-
tir que seus sentimentos atuais influenciem as respostas. Relacio-
ne a seguir seus antigos sentimentos com seus sentimentos de ho-
je. Procure lembrar-se de como se sentia quando era criança e seus
pais o orientavam para tomar certas atitudes, ou o obrigavam a
agir de acordo com a vontade deles. (Ser obrigado a ir para a ca-
ma ou ser bem-educado à mesa não conta.) Relembre como se sen-
tia quando adolescente ou já adulto e os amigos e a família inter-
feriam na sua vida ou o encorajavam a fazer as coisas que você
queria.
l. Quem é o seu melhor amigo? Por quê? O que existe nele que
o atrai? Quando você está com seu melhor amigo, você fica lo-
quaz ou se mantém calado? Vocês conseguem ler os pensamen-
tos um do outro? Como veio a conhecer seu melhor ami-
go? Descreva o encontro, e como se sentiu então.

87

2. Quem é seu maior inimigo? Por que é o maior inimigo? O que


fez para você não gostar dele (ou vice-versa)? Como veio a co-
nhecer esse maior inimigo? Descreva o encontro, e como se sentiu
' na ocasião.
j 3. Você tem muitos amigos ou é um solitário? Por quê? O que o
faz ser assim? Suas amizades e relacionamentos duram um lon-
go tempo ou são passageiros? Por quê? Relacione vários ami-
gos que você conhece há muito tempo, e diga por que eles são
seus amigos. Qual a razão dessa amizade duradoura? Relacio-
, ne várias pessoas com quem você se relacionou amistosamente
' por pouco tempo, e explique por que a amizade foi breve.
4. Quem o faz sentir-se feliz? Por quê? Quem o faz sentir-se tris-
te? Por quê? Relacione diversas pessoas e situações com as quais
esteve envolvido e que o fizeram sentir-se feliz ou triste. Com
quem você se sente natural e à vontade? Por quê? Você alguma
vez já tentou impressionar as pessoas agindo como alguém que
I., realmente não é? Se o fez, por quê? Relacione várias
pessoas
e os motivos pelos quais sentiu que precisava impressioná-las.
Anote como se sentiu a respeito delas e da situação que se de-
I senvolveu.
I 5. Como você sente em relação a pessoas que detêm autoridade,
como seu patrão, seus pais, seus professores ou mesmo seus as-
' sociados nos neg¢cios? Organize uma lista de algumas
pessoas
i
;j ' desse tipo que façam ou tenham feito parte da sua vida.
Obser-
ve como se sente em relação a elas, como reage, e porque se sente
assim.
6. Você ama sua família? Em caso afirmativo, por quê? Caso con-
trário, por que não? Você se considera bem ajustado como um
dos membros da família? Por quê? Você se sente especialmente
pr¢ximo de um dos membros da família, ou especialmente dis-
tante de um deles? Por quê? O que o faz sentir-se assim? Anote
o nome de quem você se sente pr¢ximo, de quem você se sente'
distante, e explique por que se sente dessa maneira.
7. Do que você gosta mais e do que gosta menos a respeito da
sua família? Por quê? O que torna sua família especial pa-
ra você? Você alguma vez já desejou ter outros pais? Em ca-
so afirmativo, por quê? Do contrário, por que você se sen-
te feliz com os pais que tem? Se pudesse alterar algumas coisas
com relação à sua família, o que você mudaria, e por que mu-
daria?

88

8. Você toma atitudes com seus amigos e sua família porque se


sente obrigado a fazer, ou porque quer? Que tipo de atitudes
você costuma tomar com seus amigos e sua família? O que você
mais aprecia neles? O que você menos aprecia?
9. Que espécie de infância você teve, e como se sente agora com
relação à sua infância? Que tipo de experiência do início da in-
fância você ainda lembra com nitidez? Por que se lembra delas,
e como o influenciaram e afetaram sua vida?
10. Você sente que sua família e/ou seus amigos o desestimulam
ou o incentivam nas coisas que você quer fazer? Relacione si-
tuações específicas quando sentiu que seus amigos e/ou sua fa-
mília interferiram na sua vida ou o estimularam, e as circuns-
tâncias que envolveram cada incidente. Já ocorreu alguma vez
que um amigo ou um membro da família dissesse ou fizesse al-
guma coisa que tenha mudado sua vida, lançando-o numa dire-
ção diferente? Em caso afirmativo, o que foi feito ou dito, e
que mudança isso acarretou?
11. Você gosta ou não gosta do seu nome? Caso o tenha mudado ,
por que o fez, e como escolheu o novo nome?
12. Relacione todas as pessoas que fazem parte da sua vida e que
você acha que pode ter conhecido numa vida passada. Que tipo
de relacionamento vocês têm agora? Que tipo de relacionamen-
to você acha que podem ter tido numa vida anterior?

Paisagens, Sons, Cenas e Situações

Nas perguntas que se seguem, procure envolver-se nas cenas e sentir


as imagens que as perguntas despertam. Coloque seus pensamentos
numa época em que tenha vivenciado o que está descrito, e repare
em tudo à sua volta. É muito provável que sua primeira reação se
relacione com o presente, e com o que você vivenciou em cada tipo
de tempo e situação. Deixe que suas experiências atuais o condu-
zam a experiências passadas. Essas paisagens, sons, cenas e situa-
ções irão suscitar imagens e sentimentos de suas vidas anteriores e
irão liberar lembranças de outras encarnações associadas a elas. Re-
lacione seus pensamentos, sentimentos e experiências em cada situa-
ção. Suas respostas a esta parte do questionário fornecerão reações
especialmente vívidas. Como você se sente com relação a:

89

Ver o sol nascer?


Ver o sol se pôr?
Um céu azul e límpido?
Uma lua cheia?
Contemplar as estrelas?
Dias cinzentos e nebulosos?
Dias com nevoeiro?
Dias chuvosos?
Neve?
Dias ensolarados?
Dias com vento?
Tempo úmido e abafado?
Baixas temperaturas?
Altas temperaturas?
Cidades?
Fazendas?
Países estrangeiros?
Andar a cavalo?
Voar?
Passear de carro?
Velejar ou nadar?
Estar na praia?
Caminhar na floresta?
Sentar-se debaixo de uma árvore?
Ouvir o ruído de uma queda-d'água?
Sentir o cheiro da grama recém-cortada?
Sentir o cheiro de uma fogueira?
Estar nas montanhas?
Estar num local tranqüilo?
Estar num local ruidoso?
Estar num local apinhado de gente?
Estar numa campina aberta?
Sentir o aroma das flores?
Tempestades com trovões e relâmpagos?
l. De que tempo e condições atmosféricas você gosta mais? Por
quê? Você prefere ficar dentro de casa ou ao ar livre? Por quê?
A que atividades você gosta de se dedicar em cada estação? Por
que você as aprecia? Existe alguma em particular de que você
gosta mais?

90

2. Qual é o seu lugar preferido para as férias? Por que é o preferi-


do? Como você se sente, e o que vivencia quando está lá? Existe
algum país ou lugar que você sempre tenha desejado visitar? Por
quê? Se você já esteve lá, como se sentiu, e o que vivenciou?
3. Que tipo de situação o faz sentir-se bem e feliz? Que tipo de si-
tuação o faz sentir-se mal e pouco à vontade? Por que o fazem
sentir-se assim? Especifique diversas situações e como você se sen-
tiu ao passar por elas. Especifique vários sentimentos que já vi-
venciou, e como se sente agora a respeito deles.
91

10

Os Sonhos:

Quadros das Vidas Anteriores

Os sonhos, que são uma chave para a mente subconsciente, ofere-


cem uma outra porta de entrada para as recordações das vidas pas-
sadas. Os sonhos servem de ponte entre o passado e o presente, e
nos proporcionam conhecimento e uma consciência mais desenvol-
vida. Revelam percepções intuitivas e respostas sobre as nossas vi-
das anteriores mostrando-nos imagens de como o passado afeta o
presente. Os sonhos nos oferecem tudo que queremos saber mas tí-
nhamos medo de enfrentar; até nos dizem coisas que não queremos
saber, mas tivemos a coragem de perguntar.
Os sonhos contêm todo o conhecimento existente no mundo e
no universo. São um guia autorizado e hábil dos reinos dos misté-
rios e da supremacia espiritual. Eles nos mostram o mundo mágico
e místico que existe em nosso interior, e nos proporcionam o conhe-
cimento e a compreensão que nos ajudam em cada aspecto da nossa
vida. À medida que você explorar e vivenciar seus sonhos, irá cons-
tatar que sua mente subconsciente lhe revela suas vidas passadas
e libera sua percepção espiritual.
O sono tem um duplo objetivo. Permite que descansemos o cor-
po desligando nossa natureza física, mas ao mesmo tempo deixan-
do que a mente subconsciente permaneça ativa, ligando nossa
natureza espiritual. Ao dormir, concentramo-nos nas energias espi-
rituais. Articulamo-nos com o nosso eu subconsciente e nos ligamos

92

à nossa verdadeira natureza espiritual. Esse equilíbrio é vital, pois


é e1e que possibilita que nossa alma exista num corpo físico.
A mente subconsciente possui um comprimento de onda diver-
so do da mente consciente. O eu espiritual e o eu físico são tão dife-
rentes quanto o dia e a noite, e atuam em diferentes níveis de
percepção e energia. Quando sonhamos, sintonizamo-nos com o nos-
so conhecimento interior e liberamos nossa natureza espiritual. Nos
sonhos, nossa consciência espiritual, bem como nossas recordações
de vidas anteriores têm total liberdade de se expressar.

DESCOBRINDO AS VIDAS ANTERIORES


ATRAVÉS DOS SONHOS

Suas vidas anteriores se mostrarão através dos sonhos. Estes, por


sua vez, retratarão fielmente eventos e emoções das suas existências
pregressas, proporcionando-lhe percepções intuitivas de lembranças
e informações, fazendo-o compreender por que determinada recor-
dação vem à tona na sua vida atual. Alguns dos seus sonhos lhe for-
necerão imagens claras de acontecimentos em encarnações passadas,
enquanto outros lhe apresentarão imagens nebulosas, ocultas pela
simbologia. Seus sonhos lhe mostrarão cenas das suas vidas passa-
das, ajudando-o ainda a compreendê-las. Os sonhos constituem uma
experiência que nos oferece uma profunda e total perspectiva de co-
mo percebemos nossas vidas pregressas.
O primeiro tipo de sonho sobre vidas anteriores é mais fácil de
reconhecer porque as imagens e os acontecimentos se apresentam
na estrutura adequada de tempo. O sonho nos oferece percepções
intuitivas de uma vida anterior apresentando-nos imagens bastante
claras e inequívocas de quem fomos e o que vivenciamos. As ima-
gens aparecem num tipo de movimento que flui, realçando os pon-
tos de interesse especial nas cenas das vidas passadas que se
relacionam diretamente com a nossa vida atual. Esses sonhos inter-
pretam a si mesmos por nos mostrarem o relacionamento que existe
entre o que vivenciamos agora e o que vivenciamos na vida pregressa.
O segundo tipo de sonho sobre vidas passadas n
‡. 1
sações e fragmentos de imagens de encarnações
er 采‡s‡
nhos se relacionam especificamente com o apren
‡" ‡ uma f‡ç‡p‡
kármica e amiúde incluem pessoas com quem e;‡ a‡os envolvido‡
no momento e com quem também compartilh f‡os uma vida ante-

rior. O sonho repete eventos e emoções por que passamos em exis-


tências passadas e que agora nos estão afetando, e retrata simboli-
camente o karma que precisa ser equilibrado. Os sonhos podem
repetir-se apresentando-nos diferentes imagens com a mesma men-
sagem, até que tenhamos compreendido e equilibrado a emoção ou
o acontecimento da vida pregressa.
Pode ser difícil reconhecer esse tipo de sonho, porque ele nos
mostra situações atuais semelhantes a experiências em vidas passa-
das, e sonhamos com o passado numa estrutura de tempo presente.
As imagens do sonho podem parecer sem relação com uma vida an-
terior. Ao reconhecermos o reflexo de eventos e emoções de exis-
tências pregressas, as imagens e o conteúdo do sonho se alteram,
revelando quadros de encarnações anteriores.
Quando nos envolvemos com o nosso sonho equilibrando sim-
bolicamente o karma de que tomamos consciência no sonho e ao
mesmo tempo equilibramos o karma da vida atual, os sonhos po-
dem se apresentar numa forma lúcida. Num sonho lúcido, temos
total consciência do que está ocorrendo enquanto sonhamos, e par-
ticipamos ativamente de tudo enquanto observamos. (Nossa cons-
ciência espiritual começa a se fundir e a se harmonizar com a
j consciência física, e essa é a causa de tal tipo de sonho
lúcido.)
I ' O sonho lúcido abre um canal de comunicação entre a
mente
consciente e a mente subconsciente. Quando o sonho comum se
I
transforma num sonho lúcido, podemos prosseguir sonhando até
, descobrir aquilo que queremos saber. Teremos então uma
grande
quantidade de informações a respeito de acontecimentos e emoções
; passadas bem como das suas ligações com os correspondentes
even-
tos e emoções atuais. Você pode se programar para ter sonhos lúci-
dos relacionados com suas vidas pregressas. Faça isso incitando sua
mente subconsciente a se ligar à mente consciente enquanto você es-
tiver dormindo. (Fazê-lo pode exigir um pouco de prática.)
O terceiro tipo de sonho sobre vidas passadas ocorre depois que
aprendemos uma lição kármica ou a equilibrar o karma. Tais so-
nhos confirmam a lição aprendida ou o karma equilibrado. As ima-
gens dos sonhos são ao mesmo tempo simb¢licas e textuais, e os qua-
dros nos são mostrados por meio de imagens com as quais já estamos
familiarizados. O sonho nos proporciona a consciência da nossa rea-
lização e nos mostra as recompensas que recebemos. Depois de um
desses sonhos, acordamos com um sentimento de calor espiritual e
paz interior.

94

Outra versão desse sonho confirma lembranças das quais já te-


mos consciência. Ela nos mostra como compreender melhor nossas
vidas anteriores, e também nos oferece maneiras de completar nos-
so karma. O sor‡ho proporciona um entendimento mais profundo
e uma percepção mais clara da evolução da nossa alma. As imagens
e o conteúdo do sonho‡mostram o aspecto espiritual da nossa reali-
dade física.

A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS

Esquecemos ou compreendemos mal muitos dos nossos sonhos ape-


nas porque acreditamos que é difícil lembrar bem deles ou entendê-
los. Nossa crença transforma-se em profecia. Se quisermos nos lem-
brar e compreender nossos sonhos, precisamos trabalhar com as mes-
mas três qualidades de desejo, expectativa e crença que liberaram
as recordações das nossas existências passadas. Basta que acredite-
mos neles, e nossos sonhos se revelarão.
É fácil interpretar os sonhos, desde que apliquemos alguns prin-
cípios básicos do processo de sonhar. Muitas pessoas encaram seus
sonhos como algo separado delas mesmas, e isso faz com que os
compreendam mal e os interpretem erradamente. No curso do so-
nho, ficamos envolvidos na ação; ao interpretar nossos sonhos, te-
mos a propensão de nos contemplar, bem como ao conteúdo dos
sonhos, como um observador externo, ao invés de ver-nos como um
íntimo participante. Os eventos, as imagens e as emoções dos nos-
sos sonhos se originam dos nossos pensamentos, sensações e expe-
riências. Conseguindo compreender o modo como percebemos as
informações oferecidas pelos nossos sonhos, podemos interpretá-los
com precisão.
Nosso subconsciente se comunica através de imagens e símbo-
los, criando quadros que mostram ações e descrevem sentimentos.
As imagens dos nossos sonhos contêm símbolos muito importan-
tes. Uma vez compreendido o símbolo, a mensagem do sonho é li-
berada. Os sonhos se relacionam especificamente com nossas
experiências e nosso nível de consciência. As imagens dos nossos so-
nhos dependem basicamente da percepção do que os quadros e os
símbolos significam para n¢s.
Os sonhos são vivenciados através de imagens e depois traduzi-
dos em palavras. Ao interpretar os sonhos, expressamos as imagens

95
em palavras que revelam o significado deles. Se colocarmos nossos
sonhos numa perspectiva consciente e tentarmos enquadrá-los nu-
ma interpretação limitada, eles se desvirtuam e se tornam irreconhe-
cíveis. Se reagir aos seus sonhos colocando-os numa seqüência l¢gica
de passado ou presente de real ou irreal, você tenderá a se confun-
dir ao tentar compreendê-los. Vai descobrir que a maioria das ima-
gens e informações, se não todas, se perderam ou foram mal com-
preendidas na tradução e transição de Alfa para Beta.
O fator mais importante relacionado à compreensão dos sonhos
é a maneira como eles se apresentam, bem como o fato de os consi-
derarmos uma fonte especial de conhecimento. Para entender nos-
sos sonhos, devemos interpretá-los da maneira e com o espírito em
que se apresentam. Você sonha no nível Alfa, portanto procure in-
terpretar seu sonho num nível Alfa. Analisar seus sonhos em Beta
destruirá seu real significado. Ouvir de Alfa a resposta às suas per-
guntas a respeito do sonho vai lhe fornecer uma interpretação pre-
cisa. A chave para a compreensão dos sonhos é reconhecer que o
subconsciente possui a verdade e está disposto a compartilhá-la
conosco.
Procure decifrar seus sonhos seguindo seus sentimentos em re-
lação a eles, e também determinando seu conteúdo e suas ligações.
Observe o que você estava fazendo e o que aconteceu no sonho. Re-
gistre todas as suas percepções e sentimentos a respeito do sonho.
Como as imagens dos seus sonhos têm origem no subconsciente, per-
gunte a si mesmo como você se sente em relação aos eventos retra-
tados no sonho. Verifique como o sonho se relaciona com suas
experiências e emoções atuais, e procure o passado que possa estar
se refletindo nas imagens presentes.
Alguns dos seus sonhos sobre vidas anteriores podem ser fáceis
de interpretar, porque foram literais, com imagens claras. Os so-
nhos difíceis de interpretar talvez estejam lhe mostrando emoções
e eventos de encarnações passadas que você ainda não está pronto
para conhecer e aceitar, e talvez você precise investigar e explorar
melhor as imagens que tais sonhos lhe oferecem. Ao sonhar, seu sub-
consciente lhe apresenta figuras e símbolos que irão ajudá-lo a en-
tender uma importante mensagem para sua vida atual. Contemple
mais profundamente as imagens para descobrir o que seu subcons-
ciente está tentando dizer.
Existem elementos específicos a serem pesquisados no reconhe-
cimento do sonho com uma vida passada. Procure nas situações

96

atuais quaisquer semelhanças que possam ser reflexos de eventos em


vidas anteriores. Isso irá ajudá-lo a esclarecer se o sonho está rela-
cionado com sua vida atual ou com alguma das suas existências pre-
gressas. Anote qualquer imagem que se relacione diretamente com
uma época antiga - por exemplo, a arquitetura, a paisagem, o tipo
de vestuário. Observe qualquer cena ou imagem que não se encaixe
no fluxo principal do sonho, pois pode representar algo que você
viu ou fez, ou um lugar que freqdentou numa existência passada,
e seu subconsciente a insere no sonho fazendo-a destacar-se como
a dor de um ferimento. Preste atenção aos seus sentimentos ligados
aos sonhos. O sonho com uma vida passada pode se apresentar de
diversas maneiras, e seus sentimentos irão ajudá-lo a descobrir aque-
les que realmente mostram imagens de uma outra encarnação.
PLANEJANDO
SONHOS DE VIDAS ANTERIORES

Você pode planejar e programar o sonho de uma vida passada. An-


tes de dormir, trate de se convencer que vai sonhar com uma vida
anterior. Seu subconsciente selecionará a vida pregressa mais ade-
quada para você tomar conhecimento no momento atual. Eis um
exemplo genérico de uma sugestão:

Esta noite sonharei com uma das minhas vidas passadas. Verei
claramente as imagens e conseguirei lembrar de todos os detalhes
do meu sonho. Pela manhã terei compreendido perfeitamente meu
sonho. Vou interpretá-lo com precisão, e entenderei todas as liga-
ções daquela encarnaÇão anterior com minha vida atual. E estarei
apto a usar esse conhecimento em beneficio da minha existência
presente.

Esta sugestão pode lhe parecer longa, mas ela vai preparar o terre-
no para a liberação, lembrança, interpretação e entendimento dos
seus sonhos sobre vidas passadas, bem como permitir-lhe tirar pro-
veito deles. Se por acaso já tem algumas informações relacionadas
a uma c:3s ^uas vidas passadas, você pode ser ainda mais específico
ao se convencer sobre o sonho. Quando estiver dizendo a si mesmo
que vai sonhar, po.‡ha-se consciente de uma imagem ou sentimento
a respeito de uma vida anterior. Considere que a sua mente subcons-

97

ciente entra em sintonia com uma de suas existências pregressas,


proporcionando-lhe um trailer das pr¢ximas atrações.

Exercícios de Abertura

Planeje e programe sonhos de vidas passadas. Registre em seu diá-


rio todos os sonhos que tiver, inclusive destacando seus sentimen-
tos a respeito do sonho e dos seus símbolos. Examine a mensagem
geral do sonho e determine se tem relação com uma de suas encar-
nações passadas ou se tem ligação apenas com sua vida atual. Rela-
cione seus sonhos de existências passadas com os acontecimentos
e experiências da vida presente. Registre todas as informações e per-
cepções intuitivas que seus sonhos lhe oferecem.
Como são muito valiosos em todos os aspectos da sua vida,
inaugure um diário de sonhos e anote todos os que tiver. Isso irá
ajudá-lo a compreender o verdadeiro significado deles, e também
a ter um contato mais íntimo com seu conhecimento interior e com
sua natureza espiritual. O fato de interpretar seus sonhos irá am-
pliar sua compreensão e seu reconhecimento dos símbolos e ima-
gens do subconsciente, revelando ainda como seus sonhos se
comunicam com você.
Quanto mais você for registrando seus sonhos, mais eles se tor-
narão claros e completos. Oferecer-lhe-ão percepções intuitivas a res-
peito de si mesmo, e respostas a todas as perguntas que você possa
ter relativamente às suas vidas passadas. Releia de tempos em tem-
pos suas anotações sobre os sonhos. Você poderá encontrar respos-
tas a perguntas que ainda não formulou, e até mesmo a perguntas
que você nem sabia existirem até encontrar a resposta. Revelando
imagens de suas vidas passadas, seus sonhos o ajudarão a descobrir
e compreender tudo que você deseja saber.

98

11

Os Eus Separados e a

Espiritualidade

Somos bem mais do que aparentamos ser externamente. Nosso mun-


do interior revela muitas faces e detalhes de consciência pessoal, tanto
anteriores quanto atuais. Quando começamos a compreender a ex-
pressão exterior de nossas experiências, e também a aceitar e reco-
nhecer nossas sensações e pensamentos sobre elas, desenvolvemos
uma consciência interior e expandimos nosso conhecimento. Adqui-
rimos maior consciência dos nossos sentimentos profundos que aflo-
ram, e descobrimos que tais sentimentos nos capacitam a tomar
consciência da totalidade das nossas experiências. Ao continuar nossa
jornada de consciência pessoal e conhecimento espiritual, vamos per-
ceber que, ao descobrir nossas vidas passadas, estamos descobrin-
do nosso "eu" e nossa alma.
Nosso eu interior é o eu que sente, aquele que contém todas
as nossas emoções e experiências. Nosso eu superior é o eu inteli-
gente, aquele que possui total consciência e entendimento da nossa
verdade e conhecimento interior. Esse eu superior é nosso elo de li-
gação com a alma. Nossa alma, a essência de tudo que somos, está
inserida na consciência do nosso eu interior e eu superior. Nossa al-
ma incorpora todas as experiências e toda a sabedoria de nossas vi-
das anteriores às nossas experiências e conhecimentos atuais.
Esta encarnação é vivenciada e se expressa através de todos os
aspectos do eu interior e eu superior. Nossos sentimentos constituem

99

o início das nossas experiências.


À medida que entramos em conta-
to com elas, passamos a reconhecer o eu interior. Adquirimos sabe-
doria através das nossas experiências. Por essa ligação entramos em
sintonia com a verdade que habita em n¢s, e nos tornamos cons-
cientes do nosso eu superior. Ao compreender e aplicar nosso co-
nhecimento, tomamos consciência da nossa alma.
Nossa consciência pessoal começa conosco e se expressa atra-
vés das nossas emoções e experiências, do nosso conhecimento e ver-
dade interiores e do modo como vivemos nossa vida e nossas crenças.
Ao mergulharmos em nossos aspectos individuais, passamos a com-
preender totalmente nossas experiências e emoções, tanto em nos-
sas vidas passadas quanto na atual, porque as percebemos com uma
consciência cada vez mais ampliada. Isso nos põe em contato com
a verdade de cada um. Obtemos o conhecimento de como as expe-
riências passadas se relacionam com as experiências atuais, e com-
' preendemos por que as recordações de nossas existências
pregressas
vêm à tona para nos ajudar no presente.
Nossas sensações, conhecimento e consciência compõem a so-
ma total de quem somos intimamente. Ao compreender nossas vi-
das anteriores a partir da consciência da nossa alma, e ao filtrar nossa
I consciência através do conhecimento do nosso eu superior e dos
sen-
timentos do nosso eu interior, afetamos e alteramos nossos senti-
i . mentos e experiências, e aumentamos nosso conhecimento enquanto
adquirimos sabedoria. Esta desloca-se então para o nosso eu inte-
rior e nosso eu superior. É
um ciclo contínuo de crescimento, apren-
dizado e evolução.

O EU INTERIOR

Através do nosso eu interior tomamos consciência dos nossos ver-


dadeiros sentimentos com relação a tudo na vida. O eu interior trans-
forma nossos sentimentos em verdade. Isso nos ajuda a compreender
as emoções e experiências das nossas vidas pregressas, bem como
sua influência sobre nossa essência atual. O eu interior é constante
companheiro e confidente, sendo também o protetor de nossos se-
gredos subconscientes. O eu interior conhece a verdadeira realidade
do mundo à nossa volta e do nosso mundo interno.
Durante toda a vida temos consciência do eu interior manifes-
tando-se pelos nossos sentimentos. Estamos em contato com o eu

100

interior quando permanecemos silentes e voltados para n¢s mesmos,


procurando ordenar os pensamentos e experiências, e descobrir co-
mo realmente nos sentimos a respeito de tudo. O eu interior nos ajuda
a descobrir por que nos sentimos de determinado modo, ele é a cai-
xa de ressonância que reflete como respondemos e reagimos a tudo
na vida.
O eu interior conhece nossos sentimentos verdadeiros e os traz
ao nível consciente através de emoções e reações às nossas experiên-
cias. O eu interior nos aconselha e nos fornece orientação por via
dos nossos sentimentos. Sejam quais forem as circunstâncias, nos-
so eu interior enxerga por todos os ângulos, reconhecendo claramente
a verdade. Seguindo nossos instintos, sabemos instintiva e intuiti-
vamente o que é melhor para n¢s.
Tudo que você precisa fazer para conhecer a verdade a respeito
de todas as coisas é confiar nos seus sentimentos e acreditar em si
mesmo. A confiança é algo que vive dentro de n¢s. Em contato con-
sigo mesmo, você aprende a confiar nos seus sentimentos e reações
diante dos fatos da vida, e isso lhe ensina a confiar no seu eu inte-
rior, e a seguir seus sentimentos. Ao confiar em si mesmo, você re-
conhece a verdade dentro de si. Isso o ajuda muitíssimo a entender
as recordações de suas vidas passadas, e também lhe mostra todas
as facetas das suas experiências.
Você pode ainda ter consciência do seu eu interior como a pe-
quenina voz que sussurra na profundeza da sua mente. Essa voz in-
terior é às vezes chamada de pressentimento, intuição, ou simples-
mente de sensação de que se sabe algo. Seu eu interior lhe fala atra-
vés dessa voz interna e dos seus sentimentos, dizendo sempre a ver-
dade. Confiando em si mesmo e ouvindo a voz interior, você sempre
estará com a verdade. E quanto mais ouvir essa voz, e quanto mais
confiar em si mesmo, mais apto você estará para compreender a
mensagem.

Exercícios de Abertura

Para entrar em contato com o eu interior e ouvir a voz que existe


dentro de n¢s, é preciso afastar as distrações e o tagarelar da mente
consciente. É bem mais fácil estabelecer contato com o eu interior
num ambiente natural e tranqüilo. Somos mais receptivos a ouvir
nossa voz interna quando estamos num local calmo e relaxante. É

101

possível encontrar esse lugar na sua mente, levando seus pensamen-


tos e sensações a um cenário natural, onde possa sintonizar-se com
a quietude e suavidade da natureza e consigo mesmo. Pode criar um
santuário interior, que é um local especial dentro de você, onde se
sinta em harmonia com o eu interior, e com a alegria de simples-
mente ser quem é.
Seu santuário interior é muito calmo e sossegado, é um local
onde pode ficar sozinho e também se permitir ser você mesmo. Nele
você pode olhar para dentro de si e refletir tranqüilamente nos sen-
timentos a respeito das ocorrências que se desenrolam na sua vida.
Nele você pode ouvir sua voz interior e encontrar respostas para as
questões que costuma formular. Nele você pode entrar em contato
com seu íntimo e compreender seus sentimentos, e conhecer a
verdade.
Seu santuário pode ser uma praia, onde você ouça o som das
ondas do mar e sinta o calor do sol. Pode ser uma floresta, onde
você ouça o zunir do vento e o farfalhar das folhas verdes. Pode
ser também uma campina, onde se veja o horizonte em todas as di-
reções. Pode ser uma montanha, com sua cachoeira reluzente e cris-
talina. Pode ser ainda um jardim, ornado de flores extremamente
belas.
Seu santuário interior estará onde você quiser e será o que você
quiser. Pode ser um lugar onde já esteve antes, ou ser uma criação
da sua mente. Seu santuário pode simbolizar um sentimento que você
vivenciou, ou um lugar onde esteve, e onde se sentiu e apreciou ser
simplesmente você mesmo. Talvez seja apenas um estado de espíri-
to no qual você se envolveu certa vez, quando se sentiu verdadeira-
mente em contato consigo mesmo e em harmonia com a natureza.

Como Criar seu Santuário Interior

Imagine um cenário natural e tranqüilo onde você possa estar em


contato com o seu íntimo e em harmonia com o mundo. Entre no
nível Alfa e crie o santuário interior na sua mente. Veja, sinta, este-
ja nesse santuário. Aprecie sentir-se bem e tranqüilo. Permita-se vi-
venciar a quietude e a suavidade da natureza à medida que libera
a percepção do seu eu interior.
Descreva em seu diário como se sente e quais são seus pensa-
mentos quando está em harmonia consigo mesmo. Isso o ajudará

102
a saber como entrar em contato com seus sentimentos e como sua
verdade e conhecimento se apresentam. Descreva a aparência do seu
santuário interior e registre as imagens que lhe vêm à consciência,
que podem simbolizar alguns de seus sentimentos mais profundos.
Interprete as imagens para descobrir por que apareceram no seu san-
tuário interior. Entre em contato com seus sentimentos sobre elas,
indague o que representam para você.
Uma vez criado o seu santuário interior, você pode estar nele
sempre que quiser e por qualquer razão. Nesse santuário você po-
derá ficar em contato consigo mesmo e conhecer seus verdadeiros
sentimentos. Você pode freqüentá-lo para escutar sua voz interior
e ouvir a verdade. Na tranqüilidade do seu santuário, pode relaxar
e sentir-se em paz. Ou vivenciar a harmonia dentro de si e gozar
a alegria de simplesmente "ser". Ou liberar lembranças de vidas pas-
sadas, para ver como se refletem nas suas emoções e experiências
atuais. À medida que entra em contato com seus sentimentos e presta
atenção aos seus pensamentos, você adquire a percepção intuitiva
e a compreensão de por que reage de determinada maneira no pre-
sente às emoções e experiências de suas vidas anteriores.

A Chave do Conhecimento

Quando entra dentro de si mesmo, você vivencia a harmonia com


a natureza. Entra em sintonia com a percepção natural de quem vo-
cê é, estabelecendo contato com seus verdadeiros sentimentos e ad-
quirindo autoconfiança. Ao fazer isso, você libera seu conhecimento
interior e se torna consciente de que tem a verdade dentro de si. Vo-
cê passa a saber que possui a chave do conhecimento. À medida que
se aprofunda em si mesmo, sua consciência e verdade interiores se
expandem cada vez mais, permitindo-lhe manter contato com seu
eu interior e consentimento que você entre em sintonia com o eu
superior.
Na meditação que se segue, você vai explorar o nascer do sol
e vivenciar o alvorecer da luz no seu interior, à medida que desco-
bre sua chave do conhecimento. A chave libera a compreensão que
você tem de si mesmo, abrindo as passagens para seus sentimentos
e verdade interiores, para suas experiências e recordações de vidas
passadas, e para a essência da sua alma. Antes de começar, entre
no nível Alfa e fique em contato consigo mesmo no seu santuário

103

interior. Limite-se a ver, sentir e ser nas imagens descritas na me-


ditação.

Faltam apenas alguns momentos para o amanhecer. É uma be-


la manhã de verão e você está ao ar livre, usufruindo o inicio de
um novo dia. Você tem consciência de uma brisa cálida e suave, e
também do aroma do ar matutino. Pode ouvir pássaros chilreando
à distância, e o som das suas vozes dando boas-vindas ao amanhe-
cer de um novo dia é suave e agradável.
Você percebe à sua frente um loca! muito aprazivel para rela-
xar. É povoado de árvores, o chão está coberto de grama. Você co-
meça a caminhar naquela direção, imaginando que deve ser bom estar
ali e desfrutar o nascer do sol. A grama parece veludo a seus pés,
e, enquanto caminha, sente-se mais livre do que jamais se sentiu
antes.
Há uma praia nas proximidades. Pode-se ouvir o ruido das on-
das do mar e você acha que apreciaria mais ainda a alvorada se esti-
vesse na praia. Põe-se a caminhar na direç‡ão da praia, e, quando
ela está mais pr¢xima, você consegue ver as ondas que chegam sua-
vemente à praia.
Você olha para o céu, e percebe que está se tornando cada vez
mais claro. Há uma clara visão do horizonte onde a água, ao longe,
i aparentemente se encontra com o céu. Já se pode ver os primeiros
raios do sol surgindo no horizonte, suas cores refletidas e espelha-
das na água.
Pode-se também ver algumas nuvens no céu da manhã, agora
tingidas com as cores do amanhecer. Laranja-pálido no inicio, e de-
pois o laranja-pálido se mescla com um tom rosa que você nunca
viu antes. É quase como se pérolas estivessem colorindo a ráiz das
' nuvens, ou então a água nelas estivesse refletindo a cor da
alvorada.
Você se conscientiza de que está vendo pela primeira vez as co-
res do amanhecer de um modo muito especial. A beleza e a transpa-
rência do colorido lhe inspiram uma sensação de assombro quando
você se dá conta de que está vendo as cores de um novo dia... as
cores de um novo começo. Você fecha os olhos e sente as cores, e
elas se tornam ainda mais belas aos seus olhos. Você sente as cores
do amanhecer e ouve a mágica melodia que elas tocam em sua mente.
Você agora se sente como se Josse aquele colorido da alvorada.
Você é o colorido do nascer do sol. Na verdade, você se tornou o
nascer do sol. As cores agora vão se apagando, dando lugar à cor

104

dourada do sol. O astro-rei está agora acima do horizonte, e você


vai subindo com ele. À medida que o sol se eleva mais alto no céu,
você continua a subir com ele. O sentimento é estimulante e você
se sente mais ativo do que nunca.
E agora você está adiante do amanhecer... adiante das cores
da alvorada dirigindo-se ao centro do sol que nasceu. Você entrou
num lugar mágico e especial dentro de si mesmo, e tem a impressão
de sempre ter estado ali. De sempre ter conhecido o caminho para
esse local extremamente especial e mágico.
Ao olhar para a direita, você verá uma chave dourada que se
formou pelo nascer do sol e pelas cores do alvorecer. Essa chave
dourada abre seu conhecimento e verdade interiores. Procure alcan-
çar a chave dourada. Segure-a na mão, sinta o seu calor. Sinta-a
pulsando com energia e poder positivos. Segure a chave contra o
seu coração e sinta-se tomando consciência da verdade interior. Se-
gure a chave contra a sua mente e tome consciência dos seus tesou-
ros. Sinta sua mente se abrindo, expandindo-se em conhecimento
e consciência. Segure a chave contra sua alma e sinta-se tomando
conhecimento da luz que existe em você.
***

A chave dourada que você segura na mão, apertada contra o


coração, a mente e a alma, !he pertence. Você explorou uma parte
muito especial de si mesmo e encontrou um tesouro mais valioso
do que qualquer outro que o mundo pudesse lhe oferecer. Você en-
controu uma chave dourada que abre todos os tesouros positivos
e poderosos existentes na sua mente e na sua alma.
Você vê um dourado raio de sol que se irradia do amanhecer.
Observa como esse raio se origina do sol, e como viaja da sua ori-
gem para tocar suavemente a terra, iluminando o caminho de um
novo e belo dia. Você repara que ele reluz sobre a praia onde você
viu iniciar-se a alvorada. Torne-se parte desse raio dourado de sol
e viaje com ele para aquele lugar muito especial e tranqüilo na praia
onde você desfrutou o nascer do sol.
E agora, mais uma vez na praia, você percebe que o so1 elevou-
se totalmente acima do horizonte. Olhe para a chave dourada que tem
na mão, e novamente para o sol que nasceu. As cores agora estão di-
ferentes. Elas se transformaram numa cor dourada... a cor da cha-
ve... a cor do sol... e a cor do conhecimento. Você pode sentir a cor
dentro da sua mente, e a cor dourada parece mais bela que nunca.

105

O céu é de um azul muito brilhante, e as nuvens que refletiram


as cores da alvorada refletem agora a cor dourada do sol. Enquan-
to você olha as nuvens douradas, elas se transformam no mais puro
branco... como se fossem absorvidas pelo dourado amanhecer... co-
mo se estivessem segurando e guardando em segurança as cores da
alvorada para o pr¢ximo raiar do sol.
Você percebe o calor do sol. Percebe uma brisa suave e o aro-
ma do ar da manhã. Percebe o som dos pássaros chilreando ao lon-
ge. Pode ouvir a melodia que eles cantam dando as boas-vindas à
luz do sol. E você percebe a chave dourada que segura na mente.
Percebe que está segurando a chave do conhecimento.

O sol é um símbolo universal de consciência, conhecimento e luz.


Nessa meditação, o nascer do sol representa a liberação e a expan-
são da sua verdade e conhecimento interiores. Registre em seu diá-
rio tudo que vivenciou durante a meditação. Anote todos os
sentimentos e idéias que nutriu ao sentir que estava liberando seu
conhecimento interior e ao perceber a verdade dentro de si. Regis-
tre todas as imagens de que se deu conta quando aumentou seu ní-
vel de consciência ao entrar no centro do nascer do sol e no centro
da sua alma.

O EU SUPERIOR

O eu superior, nossa parte mais sábia e inteligente, conhece tudo


a nosso respeito. Nosso eu superior nos oferece orientação na vida
tanto a nível físico quanto espiritual. À medida que tomamos cons-
ciência do eu superior, e liberamos nosso conhecimento e verdade
interiores, nos habilitamos a viver num nível mais consciente. Ao
vivenciarmos os aspectos da vida a partir e através da perspectiva
do eu superior, ampliamos nosso conhecimento e nossa experiência.
O eu superior está inserido em todos os aspectos da nossa vida,
desde o material até o mágico. Podemos entregar os problemas, cui-
dados e preocupações do dia-a-dia ao nosso eu superior, e ele os
conduzirá com compreensão e conhecimento, além de nos ensinar
como cuidar de tudo n¢s mesmos. Podemos apelar para o eu supe-
rior por qualquer motivo, e ele compreenderá e aceitará tudo que
estivermos sentindo e vivenciando e nos mostrará como nos enten-
dermos de um modo melhor e mais claro.

106
Nosso eu superior é nosso mestre e mentor Obtemos o auto-en-
tendimento através das nossas experiências, tanto passadas quanto
atuais. Adquirimos conhecimento a partir das nossas experiências, e fi-
i,
camos conscientes da verdade através do nosso conhecimento. Cientes
da nossa verdade, avançamos para níveis mais elevados de aprendizado.
O eu superior nos guiará e conduzirá, com compreensão e per-
cepção intuitivas, às recordações de nossas vidas anteriores. Podemos
caminhar através do eu superior para alcançar a consciência total dos
acontecimentos e emoções que experimentamos nas vidas passadas.
i
O eu superior pode nos ajudar a tomar consciência de nossas reações
‡I
atuais a eventos de existências anteriores, explicando-nos como a ex-
periência se relaciona com a nossa vida presente. Podemos pedir-lhe
respostas para um problema que tenha suas origens numa vida pas-
sada. Nosso eu superior nos ensinará a entrar em contato com a ex-
periência da vida anterior para compreender e resolver o problema.
O eu superior pode esclarecer quem as pessoas ligadas à nossa
vida atual eram em vidas pregressas, e qual era nosso relacionamento
com elas no passado. O eu superior nos mostrará o karma que sur-
giu entre n¢s e elas, e explicará os motivos para estarmos juntos de
novo. O eu superior nos ajudará a entender todos os aspectos do
nosso karma, e nos guiará através do processo de equilíbrio.
O eu superior abre a comunicação entre nossa existência e ex-
periências físicas e nossa compreensão espiritual de n¢s mesmos e
da nossa consciência. O eu superior é a ligação entre nossos senti-
mentos e nossa espiritualidade, e serve de intermediário entre a ex-
pressão das nossas experiências físicas e a expressão da nossa
consciência espiritual.
O eu superior é um canal universal de conhecimento, consciên-
cia e luz, e é o vínculo para nossa espiritualidade. O eu superior nos
revelará o mundo do conhecimento e nos ajudará a ingressar nas
esferas espirituais da consciência, enquanto buscamos a iluminação
em nosso interior. Através da sabedoria e conhecimento do nosso
eu superior, tomamos consciência da nossa alma e compreendemos
nossa verdadeira natureza espiritual.

Exercício de Abertura

Você pode perceber o eu superior de muitas maneiras diferentes. Ca-


da pessoa fica consciente do seu eu superior de um modo particu-

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