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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE FARMÁCIA

CANDIDÍASE

EVELISE LUCIANO
MAUREEN LIANA LADEHOFF

Itajaí (SC), novembro 2001.


INTRODUÇÃO

Os fungos são organismos vegetais inferiores aclorofilados, talófitos que,


juntamente com as algas e os líquens estão agrupados entre os Eumycetos e Shizophytos.
Os Eumycetos são cogumelos propriamente ditos.
Na condição de parasitos, os fungos tanto atingem os homens como outros animais.
Diversos fungos superiores apresentam também valor industrial, através das substâncias
medicamentosas e alimentares. A estimativa é que existem 50000 a 800000 espécies de
fungos; apenas cerca de 50 causam doenças infecciosas nos homens.
As micoses superficiais (fungos) são lesões localizadas na pele, fâmeros e mucosas
das cavidades naturais, não atingindo os planos profundos, mas penetram nos tecidos por
contiguidade, generalizando-se por via linfática ou sangüínea. Micoses superficiais:
• Da pele e das mucosas
• Da pele e dos pêlos
• Das unhas e dobras periunguiais
• Do conduto auditivo externo
As estruturas dos fungos são constituídas de uma parte vegetativa e outra
reprodutora. A parte vegetativa ocupa-se na absorção alimentar e do desenvolvimento,
constituída de um emaranhado de filamentos (hifas) denominado micélio, enquanto a
reprodutora encarrega-se da multiplicação da espécie através da reprodução. A reprodução
pode ser sexuada e assexuada. Com raras exceções, os fungos têm origem num corpúsculo
chamado esporo. A germinação do esporo da origem a filamentos que crescem em
comprimento constituindo o micélio. Este pode reduzir-se a uma célula ou grupos de
células que crescem por brotamento ou gemulação e assim são diferenciados.
Os tipos de micélios são: gemulantes e filamentosos; os primeiros são
característicos das leveduras e os filamentosos, qualquer que seja, representa uma hifa.
Os esporos são uma célula ou grupo de células de cuja germinação origina-se o
talo. Quando os esporos originam-se nas extremidades das hifas, chamamos de conídios.
A grande maioria dos fungos são disseminados pelos esporos, podendo ainda, em
menos ocorrência serem disseminados pelos esclerócios, clamidósporos e micélios.
Pretendemos estudar as micoses que não apresentam reações granulomatosas e
atingem exclusivamente a camada eptelial ou a superfície das mucosas.
Esse outro grupo, ou micoses profundas, caracteriza-se pela existência de reações
granulomatosas e consequentemente por processos tumorais característicos.
O esquema que vamos estudar indica uma das principais micoses superficiais da
pele ou mucosa; como a Levedurose.
Leveduras são fungos unicelulares de forma ovalar que se multiplicam geralmente
por brotação, fissão e processos assexuados. São micoses determinadas pelos fungos do
grupo das leveduras, isto é, cujo micélio é sempre do tipo gemulante.
As espécies de leveduras são numerosas, então vamos apresentar a mais
comumente encontrada:
Candida albicans – é muito comum em lesões de monilíases. Apresentam duas
formas: cutânea e mucosa. A primeira pode localizar-se em diferentes pontos do
organismo, assumindo aspectos clínicos os mais variados; estomatite cremosa conhecida
por sapinho, cujo agente etiológico é a Candida albicans. Outras regiões podem ser
atingidas, como a dobra inguino-crural, a dobra submamária, as dobras axilares, as dobras
retro-auriculares e espaços interdigitais.
Lesões de Candida podem também ser vistas na superfície cutâneo-mucosa dos
órgãos genitais externos. Na mulher, a vulva, no homem a glande e o sulco bálano-
prepucial.
Esta levedura, que vamos aprofundar no decorrer deste trabalho, também é a
responsável por aftas, boqueiras, língua suja. Pode produzir vaginites, infecções nos
brônquios e pulmões.
CANDIDÍASE

INTRODUÇÃO

É uma infecção cosmopolita causada por fungos de baixa virulência, que convivem
pacificamente com o hospedeiro, mas, ao encontrar condições favoráveis, como distúrbios
do sistema imunodefensivo, desenvolvem seu poder patogênico, invadindo os tecidos.
Atingem indivíduos de ambos os sexos, de todas as faixas etárias e raças.

ETIOLOGIA

A candidíase, também denominada de candidose, é infecção causada por fungos do


gênero Candida. O agente mais comum é Candida albicans, mas outras espécies têm sido
também identificadas como: Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida krusei,
Candida parapsilosis, Candida kefyr, Candida guilliermondii, Candida lusitanae.

TRANSMISSÃO

A transmissão da candidíase se dá pelo contato com secreções da boca, pele e


vagina e dejetos de pessoas contaminadas. Além disso, a mãe pode transmitir este fungo
para o bebê durante o parto. A Candida é tida como um fungo saprófita, ou seja, convive
normalmente com o ser humano saudável em locais como a vagina, a boca e a pele. No
entanto, em momentos de alteração da imunidade (stress, doenças) ou por alterações do
meio-ambiente (como uso de substâncias que alteram o pH vaginal), esse fungo pode se
proliferar e causar sintomas.

PATOGENIA

Candida albicans tem sido isolada da boca, tubo digestivo, intestino, orofaringe,
vagina e pele de indivíduos sadios.
A maior parte das infecções causadas por Candida albicans é de origem endógena.
Mais recentemente, a transmissão exógena, principalmente intra-hospitalar, de Candida
albicans e de outras espécies do gênero, tem sido relatada. O fungo tem poder invasor em
pacientes debilitados pelo tratamento com antibióticos e drogas imunossupressoras e no
decurso de doenças crônicas. Prolongando-se a vida dos indivíduos, ao mesmo tempo,
aumenta-se a possibilidade das infecções oportunísticas, o que tem acontecido em todos os
países.
A candidíase da mucosa oral, também chamada de estomatite cremosa ou sapinho,
caracteriza-se pelo aparecimento de placas brancas, isoladas ou confluentes, aderentes à
mucosa, com aspecto membranoso, às vezes rodeadas por halo eritematoso. Essa forma da
micose é a mais freqüente em pacientes gravemente enfermos e em recém-nascidos quando
se associa a candidíase da mucosa vaginal da mãe. A candidíase oral é indicador de Aids
em pacientes pertencentes aos grupos de maior risco. A infecção pode se propagar por
continuidade à faringe, laringe, esôfago e, mais raramente, disseminar-se por via
hematogênica.
Na mucosa vaginal, as lesões se assemelham às da boca e são encontradas
principalmente em pacientes grávidas com corrimento, em diabéticas ou pacientes que
recebem terapêutica antimicrobiana prolongada. No homem, a balanite, infecção na glande,
por Candida albicans, pode ser encontrada, sendo comumente considerada sexualmente
adquirida.
A candidíase cutaneomucosa crônica é rara, acometendo geralmente pacientes com
deficiências imunológicas, anomalias genéticas e endócrinas.
A candidíase cutânea generalizada é comumente crônica, sendo observada em
pacientes com deficiências nutricionais e em imunodeprimidos. As lesões são eritematosas,
crostosas e com exsudatos. Candida albicans é o agente mais freqüente; Candida krusei,
Candida tropicalis, Candida parapsilosis e Candida guilliermondii são também
identificadas nesses processos.
A infecção da pele ocorre principalmente nas porções úmidas e aquecidas do corpo,
como axilas, dobras interglúteas, virilha ou dobras inframamárias. É mais comum em
pacientes obesos ou diabéticos. Essas regiões tornam-se avermelhadas e exsudativas,
podendo surgir vesículas. A infecção por Candida dos espaços interdigitais nas mãos é
mais comum após imersão prolongada e repetida em água, sendo, portanto, comum em
donas de casa, cozinheiros e pessoas que manipulam vegetais e peixes.
Nas unhas, o intumescimento doloroso e avermelhado das pregas ungueais,
lembrando paroníquia piogênica, pode levar a espessamento e formação de sulcos
transversais das unhas e, por fim, perda das mesmas.
Podem ocorrer lesões alérgicas secundárias, distantes dos focos ativos, que se
caracterizam por serem vesiculares, agrupadas e estéreis. Essas reações são denominadas
candídides.
A candidíase sistêmica é grave. O diagnóstico em vida é difícil devido ao
polimorfismo das lesões, variabilidade de sinais e sintomas que são específicos. O
isolamento do microorganismo do sangue nem sempre é conseguido.
As principais localizações da candidíase sistêmica se verificam nos rins, cérebro,
coração, trato digestivo, brônquios, pulmões e sangue. Febre, mal-estar geral, dor
muscular, erupção cutânea e endoftalmites são alguns dos sintomas mais freqüentes.
Endocardites por Candida ocorrem em pacientes com defeitos vasculares, viciados
em drogas e pacientes imunocomprometidos. Candida tropicalis, Candida parapsilosis são
as espécies mais comuns nesses processos.

EPIDEMIOLOGIA

A distribuição das leveduras do gênero Candida é muito ampla no meio ambiente,


fazendo parte da microbiota normal ou participando de algumas patologias. Candida
albicans só ocorre no solo e na água quando os mesmos são contaminados por dejetos
humanos e de animais. Infecções oportunísticas por Candida spp. são de grande interesse,
e sua pesquisa tem aumentado nas três últimas décadas. Candidíase sistêmica é descrita em
20% a 40% de pacientes com câncer e em aproximadamente 25% dos pacientes que
recebem transplantes de medula óssea.
Marcadores epidemiológicos são importantes para explicar a origem das infecções
por Candida spp. nos hospitais, ajudando na prevenção, diagnóstico e tratamento,
principalmente em pacientes imunodeprimidos. Dentre os marcadores mais empregados
para a biotipagem destacam-se a resposta às toxinas killer, a morfotipagem, a sorotipagem
e a cariotipagem.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da candidíase é feito através do exame direto do espécime clínico. A


verificação da forma invasiva do fungo, que são as hifas com células leveduriformes, em
material de biópsia ou raspado das lesões, fundamenta o diagnóstico da candidíase. As
hifas são septadas, com septos espaçados; próximo aos septos aparecem as células
leveduriformes que podem ser arredondadas ou ovaladas. As colorações mais indicadas
para cortes histológicos são a metanamina prata de Grocott e o PAS.
As diferentes espécies de Candida podem ser isoladas em ágar Sabouraud glicose
desenvolvendo-se como colônias cremosas, de cor creme, formadas por elementos
leveduriformes, ovais ou arredondadas. Pseudo-hifas podem se desenvolver.
A identificação de Candida albicans pode ser obtida pela formação de tubo
germinativo em soro humano ou de animal após incubação a 37 ºC, durante três horas, ou
pela produção de clamidoconídios em meio de ágar fubá, à temperatura ambiente.
A classificação das espécies de Candida se baseia em provas fisiológicas de
assimilação de fontes de carbono e de nitrogênio e de fermentação de açúcares, o que
demanda tempo e trabalho.
Atualmente, existem no mercado métodos automatizados para um diagnóstico mais
rápido. No entanto, esses processos devem ser usados criticamente, pois são relativamente
recentes e necessitam de melhor avaliação.

IMUNIDADE

Os animais podem ser imunizados ativamente e, então, tornam-se resistentes à


candidíase disseminada. Os soros humanos que comumente contêm anticorpos IgG e que
aglutinam in vitro Candida, podem ser candidicidas. A base da resistência contra a
candidíase é complexa, e ainda não foi completamente compreendida.

FATORES DE VIRULÊNCIA

Cada vez mais se estudam os fatores de virulência dos fungos e, no caso de


Candida albicans, pode-se salientar: dimorfismo (variação de antígenos da parede);
adesinas, produção de enzimas (proteinases e fosfolipases) e switching (variações
fenotípicas). Toxinas produzidas por esta levedura ainda estão em estudo, sendo já citada a
Candida-toxina (CT).
TRATAMENTO

Nistatina, anfotericina B, pimaricina e imidazólicos como itraconazol e fluconazol,


por via oral; violeta de genciana e ácido bórico têm sido empregados, dependendo da
escolha, da forma clínica da micose e do estado geral do paciente.
Candidíase oral: nistatina suspensão ou tabletes, 500.000 a 1 milhão UI, 3 a 5
vezes ao dia, durante 14 dias, uso tópico. Em crianças, recomenda- se o uso durante 5 a 7
dias. Como tratamento de 2ª escolha ou em pacientes imunocomprometidos, pode ser
utilizado: cetoconazol, 200-400mg, via oral, uma vez ao dia, para adultos. Em crianças,
recomenda-se 4-7 mg/kg/dia, via oral, uma vez ao dia, com duração de tratamento entre 7 a
14 dias. Outra opção é fluconazol, 50-100mg, via oral, uma vez ao dia, devendo ser evitado
seu uso em crianças. Esofagite em pacientes imunodeprimidos: cetoconazol, 200-400mg,
via oral, uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias. Como 2ª escolha, pode ser utilizado
fluconazol, 50-100mg/dia, via oral, durante 14 dias, ou anfotericina B, em baixas doses
(0,3mg/kg/dia), IV, durante 5 a 7 dias; para crianças, a dosagem recomendada é de
0,5mg/kg/dia, IV, durante 7 dias.
Candidíase vulvovaginal: recomenda-se isoconazol (nitrato), uso tópico, sob a
forma de creme vaginal, durante 7 dias ou óvulo, em dose única; como 2ª alternativa,
tiocanozol pomada ou óvulo em dose única. Outras substâncias também são eficazes:
clortrimazol, miconazol, terconazol ou nistatina, em aplicação tópica.
Candidíase mucocutânea crônica: cetoconazol ou fluconazol, como 1ª escolha, e
anfotericina B para casos mais severos.
Ceratomicose: lavagem da córnea com anfotericina B, 1 mg/ml.
Cistites: baixas doses de anfotericina B (0,3 mg/kg/dia), durante 3 dias.
Infecções sistêmicas: anfotericina B é a droga de escolha. Se necessário,
fluocitosina, 150 mg/kg/dia via oral, em 4 doses, associada a anfotericina B, em casos de
infecção severa com envolvimento do SNC. A dose deve ser diminuída em casos de
insuficiência renal. Se não houver resposta à anfotericina B, pode ser utilizado fluconazol,
que tem ótima concentração no SNC.

PROFILAXIA

A medida preventiva mais importante é a abstenção de interferência no equilíbrio


normal da flora microbiana e nas defesas normais do hospedeiro.
Tratamento precoce dos indivíduos atingidos. Orienta-se a desinfecção concorrente
das secreções e artigos contaminados. Sempre que possível, deverá ser evitada
antibioticoterapia prolongada de amplo espectro. Cuidados específicos devem ser tomados
com uso de cateter venoso, como troca de curativos a cada 48 horas e uso de solução à
base de iodo e povidine.
Candidíase vaginal: usar de preferência calcinhas de algodão, elas não devem ser
lavadas durante o banho e sim separadamente, recomenda-se ainda não deixá-las secando
no banheiro, pois isso facilita a manutenção dos fungos, a higiene deve ser feita da vulva
para o ânus, nunca ao contrário, utilizar produtos neutros sem corantes e sem perfumes
(papel higiênico, absorventes íntimos), evitar toalhas e roupas íntimas de outras pessoas,
deixar sempre o corpo bem seco após o banho, lavar as roupas íntimas somente com sabão
em pedra ou em pó e roupas íntimas de nylon e calças apertadas devem ser evitadas.
CONCLUSÃO

Algumas espécies de fungos são parasitas, ou seja, vivem às custas de outro ser
vivo. No homem, provocam as micoses, que podem afetar a pele, o couro cabeludo, a boca,
a vagina e o ânus, além de órgãos internos, como o pulmão. As mais comuns são a
blastomicose sul-americana, a candidíase (sapinho), a micose interdigital (frieira ou pé-de-
atleta, localizada geralmente entre os dedos dos pés) e a aspergilose. Parte das micoses é de
fácil tratamento. As mais graves, como a blastomicose sul-americana, podem levar a lesões
profundas da pele ou de órgãos internos. O aparecimento da doença é determinado por
diversos fatores, como alimentação, ocupação, tipo de vestuário, lesões preexistentes e
condição imunológica.
A candidíase é uma micose que atinge a superfície cutânea ou membranas mucosas,
resultando em candidíase oral, candidíase vaginal, intertrigo, paroníquia e onicomicose. A
forma mais comum de candidíase oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas
brancas removíveis na mucosa oral (aftas). Outra apresentação clínica é a forma atrófica,
que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole. O intertrigo
atinge mais freqüentemente as dobras cutâneas, nuca, virilha e regiões axilares. A infecção
mucocutânea crônica pode estar associada com doenças endócrinas, como diabetes
mellitus, tratamento com antibióticos de amplo espectro ou imunodeficiência, sendo
freqüente na infecção por HIV. Candidíase disseminada ocorre em recém-nascidos de
baixo peso e hospedeiros imunocomprometidos, podendo atingir qualquer órgão e evoluir
para êxito letal.
A transmissão da candidíase se dá pelo contato com secreções da boca, pele e
vagina e dejetos de pessoas contaminadas. Além disso, a mãe pode transmitir este fungo
para o bebê durante o parto. A Candida é tida como um fungo saprófita, ou seja, convive
normalmente com o ser humano saudável em locais como a vagina, a boca e a pele. No
entanto, em momentos de alteração da imunidade (stress, doenças) ou por alterações do
meio-ambiente (como uso de substâncias que alteram o pH vaginal), esse fungo pode se
proliferar e causar sintomas.
A medida preventiva mais importante é a abstenção de interferência no equilíbrio
normal da flora microbiana e nas defesas normais do hospedeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EURICO, C. e LITTON, E. Exames parasitológicos. 3 ed. Fortaleza: Brasil Tropical, 1999.

JAWETZ, E. et al. Microbiologia médica. 18 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.

PELCZAR JÚNIOR, M. J.; CHAN, E. C. S. & KRIEG, N. R. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2 ed.
São Paulo: Makron Books, 1996.

TRABULSI, L. R. et al. Microbiologia. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 1999.

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