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A ética existe porque vivemos em sociedade, está presente nas relações sociais.

É impossível
haver relações sociais com ausência de ética, e é preciso qualificar a mesma em cada
circunstância. Isso faz com que não se preocupe tanto com qual espaço a ética ocupa, mas sim
como esse espaço se altera de acordo com as relações históricas e sociais.

Como um exemplo de como a ética afeta as pessoas, há o caso que ocorreu em São Paulo, em
que um delegado deu voz de prisão a um motorista de ônibus, e os colegas do motorista
pararam a cidade. Nesse caso a ética de dois indivíduos (ou grupos), no caso o delegado que se
sentiu desatacado, e o motorista representado pelos seus colegas, parou uma cidade de 3
milhões de habitantes. Nesse caso percebe-se também que a ética está atrelada não só a
cultura, a história e a sociedade, mas também as camadas sociais. Outro exemplo de como a
ética depende das circunstâncias, é o caso do assassinato de uma pessoa, que só é tolerado
dentro da lei (que é a representação da ética de um grupo). As formas de assassinato também
causam reações diversas, as pessoas sentem repulsa maior por alguém que mate com uma
arma de fogo do que por um atropelamento não intencional. Nesse caso o trabalho do
assistente social principalmente nas camadas mais carentes carece de alguns cuidados, para
que a ética do profissional não se torne doutrina, é necessário que haja espaço para interação
entre a ética do grupo de usuários e a ética do profissional.

A ética depende também da cultura e do meio existencial, por exemplo, os europeus tiveram
dificuldades em catequizar o povo esquimó, pois na idealização cristã, o inferno era um local
de fogo eterno, para o povo de Israel no deserto isso era uma representação de algo ruim, mas
para os esquimós isso era bom, pois era o oposto das circunstancias em que eles viviam, assim
houve uma adesão maciça dos esquimós ao inferno. As refeições entre os esquimós também
eram estranhas aos europeus, pois lá havia uma hierarquia, em que primeiro o pai e a mãe
comiam até se fartar, depois os filhos podiam comer, para os europeus isso era cruel, mas para
os esquimós era necessidade, pois o pai era quem caçava e a mãe amamentava as crianças, e
para fazerem isso no ambiente inóspito em que viviam era necessário que estivessem bem
alimentados. Assim percebe-se que a ética depende da estrutura social e do meio existencial
das pessoas.

A ética educacional tem como função na nossa sociedade a criação de padrões de relação.
Assim desde jovens aprendemos ou temos impostas algumas condições para que aprendamos
os códigos e os valores que permeiam a moral e a ética da nossa sociedade. Nosso processo
pedagógico é deliberado e intencional, e tem a marca de tentar moldar em nós os conceitos
aplicáveis depois na ética da relação individuo e sociedade. Em outras culturas a ética
educacional pode ser espontânea. Nesses casos se aprende com a vivência das situações.

A ética já foi considerada como as normas que se devem seguir para fazer o bem e evitar o
mal. No entanto o conceito de bem e mal numa sociedade está em constante transformação e
a ética dessa forma tem que ser focada nos padrões das pessoas com quem se está lidando.
Assim para o assistente social, deve se estar atento a qual ética aplicar a determinado grupo,
sem interferir na ética dele. É necessário um projeto coletivo e não imposições autoritárias.

O serviço social não pode ser visto como um projeto de caridade. É necessário distinguir os
profissionais sociais, como aqueles que têm um projeto político social, não apenas a idéia
romântica de fazer o bem para as pessoas. É possível conciliar as duas coisas, mas é necessário
distingui-las. A ética dessa atividade filia-se num projeto coletivo, dessa forma não se pode
afirmar que a minha liberdade termina onde a do outro começa, a liberdade e a ética não são
problemas individuais, e sim sociais. Somos um grupo humano ligado por laços de afeto, e
assim, se um homem não é livre nenhum homem é livre. Dessa forma, não basta ao assistente
social desejar uma sociedade justa e igualitária, é necessário ter em mente quais direções e
estratégias devem ser tomadas para melhorá-la. Dessa forma a função do assistente social
foge a categoria de assistencialismo. É necessário ao profissional entender a ética das relações
sociais e ter em mente que elas estão em constante transformação. Assim é possível atuar
efetivamente e com clareza nas relações humanas que nos permeiam dentro de um projeto
político social mais amplo.

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