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Sistemas de Tratamento de Água e Resíduos I – 2011

Engenharia Ambiental – Unifor/MG


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QUALIDADE DA ÁGUA

Os recursos naturais são a base para o desenvolvimento da sociedade. Durante muito


tempo, esta afirmação não foi vista com a importância que realmente representa. A crença de
que esses recursos seriam inesgotáveis custou à humanidade a destruição de florestas,
extermínio de animais e plantas, além da poluição das águas e do ar.
O crescimento de centros urbanos e industriais, que por muitas décadas se realizou de
forma desordenada e sem um correto planejamento, mostra hoje suas conseqüências. Os
efeitos da atividade humana na poluição de águas, solo e ar são atualmente temas de discussão
e estudo em diversos centros de pesquisa. Todo esse conhecimento adquirido na área gerou
maior conscientização sobre os riscos que a civilização humana corre caso os recursos
naturais existentes não sejam adequadamente preservados.
Durante o III Fórum Mundial das Águas, realizado em março de 2003 em Kyoto, no
Japão, foi divulgado um estudo com previsões aterradoras, feita pela Organização das Nações
Unidas (ONU). Segundo o estudo, entre 2 e 8 bilhões de pessoas poderão sofrer com a falta
de água potável ou com saneamento básico inadequado até a metade do século XXI.
No Brasil, o problema da qualidade das águas superficiais, antes normalmente
exclusivo das grandes capitais está se disseminando pelo interior, dado o crescimento
econômico que algumas regiões vêm apresentando. Dentro deste contexto a disciplina
Sistemas de Tratamento de Águas e Resíduos I, tem como objetivo ensinar aos alunos a
classificação das águas, medidas de carga poluidora e tratamentos de água em estações de
tratamento.

A ÁGUA NA NATUREZA

A água abrange quase 4/5 da superfície terrestre; desse total, 97,0% referem-se aos
mares e os 3% restantes às águas doces. Dentre as águas doces, 2,7% são formadas por
geleiras, vapor de água e lençóis existentes em grandes profundidades (mais de 800 m), não
sendo economicamente viável seu aproveitamento para o consumo humano.

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Em conseqüência, constata-se que somente 0,3% do volume total de água do planeta


pode ser aproveitado para nosso consumo, sendo 0,01% encontrada em fontes de superfície
(rios, lagos) e o restante, ou seja 0,29%, em fontes subterrâneas (poços e nascentes).
A água subterrânea vem sendo acumulada no subsolo há séculos e somente uma fração
desprezível é acrescentada anualmente através das chuvas ou retirada pelo homem. Em
compensação, a água dos rios é renovada cerca de 31 vezes, anualmente. A precipitação
média anual, na terra, é de cerca de 860 mm. Entre 70 e 75% dessa precipitação voltam à
atmosfera como evapotranspiração (Figura 1).

Figura 1 – Distribuição da Água na Natureza

CICLO HIDROLÓGICO

Conhecida a distribuição da água na Terra, é importante também que se saiba como


ela se movimenta no planeta. Ao seu permanente movimento de mudanças de estado (sólido,
líquido ou gasoso) ou de posição (superficial, subterrânea ou atmosférica) em relação à
superfície da Terra, denominou-se de ciclo hidrológico. Por definição, então, ciclo
hidrológico é a descrição do comportamento natural da água em volta do globo terrestre.
Essencial para o desenvolvimento da vida na Terra, é composto de três fenômenos principais:
evaporação para a atmosfera, condensação em forma de nuvens e precipitação, mais
freqüentemente em forma de chuva, sobre a superfície terrestre, onde ela se dispersa sobre as
mais variadas maneiras, de acordo com a superfície receptora, escoando sobre a superfície,
infiltrando-se e/ou evaporando-se.
A cada ano, a energia do Sol faz com que um volume de aproximadamente 500.000
Km3 de água se evapore, especialmente dos oceanos, embora também de águas e rios. Essa
água retorna para os continentes e ilhas, ou para os oceanos, sob a forma de precipitações:
chuva ou neve. Os continentes e ilhas têm um saldo positivo nesse processo. Estima-se que

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eles “retirem” dos oceanos perto de 40.000 Km3 por ano. É esse saldo que alimenta as
nascentes dos rios, recarrega os depósitos subterrâneos, e depois retorna aos oceanos pelo
deságüe dos rios.
A água é encontrada na atmosfera mais freqüentemente sob a forma de vapor ou de
partículas líquidas, embora não seja raro sob a forma de neve ou de gelo. Para que ocorra uma
precipitação é necessário que o vapor atmosférico sofra condensação em gotículas que, ao
atingir determinado peso, não podem continuar em suspensão, caindo em forma de chuva. Se
durante essa precipitação essas gotas atravessarem camadas atmosféricas com temperaturas
negativas poderá ocorrer o congelamento e a precipitação ocorrer na forma de partículas de
gelo, o granizo. Se essa condensação ocorrer sob temperaturas de congelamento, a
precipitação se dará em forma de neve.
Embora sem importância para estudos de abastecimento de água, em função de sua
insignificante contribuição para a formação de escoamentos superficiais, ainda se pode
registrar que quando a condensação for originada do contato do vapor atmosférico com uma
superfície sólida, o solo por exemplo, e em temperaturas do ar circundante muito baixas, não
necessariamente de congelamento, ocorre a formação do orvalho ou das geadas. A ocorrência
destes tipos de condensação é de extrema importância em áreas agrícolas, assim como a
precipitação em forma de granizo.
Resumindo, as precipitações pluviométricas podem ocorrer tanto da forma mais
comum conhecida como chuva, como em formas mais moderadas como neblinas, garoas ou
geadas, ou mais violentas como acontecem nos furacões, precipitações de granizo, nevascas,
etc.
Quando a chuva alcança o solo, parte da água se infiltra e parte fica temporariamente
sobre a superfície, em função da intensidade da chuva e da capacidade de infiltração do solo.
Da parcela superficial parte é retida, passa do estado líquido para o gasoso pelo processo de
evaporação natural, e volta a atmosfera. A intensidade desse fenômeno natural depende da
temperatura ambiente, da ventilação e da umidade relativa do ar. O restante escoa sobre a
superfície livre do terreno indo abastecer os corpos receptores naturais como rios, lagos e
oceanos. Da parcela infiltrada, a que fica retida nos interstícios próximos à superfície volta a
atmosfera na forma de vapor e o restante penetra mais profundamente e vai abastecer o lençol

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freático e outros aqüíferos subterrâneos. A Figura 2 representa esquematicamente o ciclo


hidrológico com seus principais componentes.

Figura 2 – Principais fases do ciclo hidrológico

Em áreas cobertas por densa vegetação o volume de água que é transferido para a
atmosfera, através do fenômeno de transpiração, pode ser bastante significativo, em função da
dimensão dessa área. Nesse processo a água é retirada do solo pelas raízes, transferida para as
folhas e, então, evaporada. Assim, numa área de floresta, por exemplo, a superfície de
exposição das folhas é muito grande e em função da temperatura ambiente e da insolação,
pode se tornar o fator determinante do teor de umidade atmosférica (numa área equatorial,
por exemplo).
Evidentemente o ciclo hidrológico, embora seja um fenômeno contínuo da natureza,
não tem comportamento uniforme em cada uma de suas fases, principalmente quanto à
evaporação e à precipitação, Essas variam de intensidade aleatoriamente com o tempo,
principalmente ao longo das estações climáticas. Na realidade qualquer observação
sistemática de chuvas em determinado local caracterizar-se-á por notáveis variações nas
quantidades precipitadas anualmente e não mostrará ocorrências cíclicas dos fenômenos. A

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maior quantidade de observações ao longo de um tempo mais longo (mais de trinta anos)
permitirá condições de se apurar valores médios mais consistentes.
A fase atmosférica do fenômeno das precipitações é de interesse dos meteorologistas,
porém a partir do momento em que ela atinge o solo, torna-se o elemento fundamental dos
estudos ligados à Hidrologia. Segundo o United States Federal Council of Science and
Tecnology, Committee for Scientific Hidrology (1962), Hidrologia é a ciência que estuda a
água da terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e
suas reações com o meio-ambiente, incluindo suas relações com a vida, ou seja, é a ciência
que estuda a presença da água na natureza.
No entanto, o ritmo acelerado de desmatamentos das últimas décadas, e o crescimento
urbano e industrial, que necessita sempre de mais água, vem alterando esse ciclo hidrológico.
Estudos da ONU mostraram que o desmatamento e o pastoreio excessivo diminuem a
capacidade do solo em atuar como uma grande esponja, absorvendo águas das chuvas e
liberando seus conteúdos lentamente. Na ausência de coberturas vegetais, e com solos
compactados, a tendência das chuvas é escorrer pela superfície e escoar rapidamente pelos
cursos de água, o que traz como conseqüência as inundações, aceleração no processo de
erosão e diminuição das estabilidade dos cursos de água, que ficam diminuídos fora do
período de cheias, comprometendo assim a agricultura e a pesca. Não faltam sinal de escassez
de água doce. O nível dos lençóis freáticos baixa constantemente, muitos lagos encolhem e
pântanos secam. Na agricultura, na indústria e na vida doméstica, as necessidades de água não
param de aumentar, paralelamente ao crescimento demográfico e ao aumento nos padrões de
vida, que multiplicam o uso da água. Nos anos 50, por exemplo, a demanda de água por
pessoa era de 400 m3 por ano, em média no planeta, ao passo que hoje essa demanda já é de
800 m3 por indivíduo. Em países cada vez mais populosos, ou com carência em recursos
hídricos, já se atingiu o limite de utilização de água. Constatou-se que atualmente 26 países, a
maioria situada no continente africano, totalizando 235 milhões de pessoas, sofrem de
escassez de água. As outras regiões do mundo também não são poupadas. Sintomas de crises
já se manifestam em países que dispõem de boas reservas. Nos locais onde o nível de
bombeamento (extração) das águas subterrâneas é mais intenso que sua renovação natural, se
constata um rebaixamento do nível de lençóis freáticos, que, por esse motivo, exigem maiores
investimentos para serem explorados e ao mesmo tempo vão se tornando mais salinos.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DA ÁGUA

A qualidade da água pode ser representada através de diversos parâmetros, que


traduzem as suas principais características físicas, químicas e biológicas. Vale salientar a
necessidade da visão integrada da qualidade da água, sem uma separação estrita entre suas
diversas aplicações. Por isso, segue abaixo a descrição dos conceitos dos principais
parâmetros:

PARÂMETROS FÍSICOS

Cor

 Responsável pela coloração na água


 Os sólidos dissolvidos são os constituintes responsáveis pela coloração da mesma
 Sua origem natural é pela decomposição da matéria orgânica (principalmente vegetais,
ácidos húmicos e fúlvicos), Ferro e Manganês
 Resíduos industriais (ex: tecelagem, curtumes) e esgotos domésticos são suas
principais fontes antropogênicas
 A cor de origem natural não representa risco direto à saúde e a de origem industrial
pode ou não apresentar toxicidade
 Parâmetro normalmente utilizado na caracterização de águas de abastecimento brutas
e tratadas
 Cor aparente deve ser distinguida da cor verdadeira → no valor da cor aparente por
estar incluída uma parcela devida à turbidez da água, que pode ser removida por
centrifugação ou filtração

Turbidez

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 É a alteração na aparência da água causada pela presença de sólidos em suspensão.


 Sólidos em suspensão são os constituintes responsáveis
 Pode ser de origem natural (partículas de rocha, argila, silte, algas e outros
microrganismos) ou de origem antropogênica (despejos domésticos, industriais,
microrganismos ou erosão)
 Se de origem natural não tem inconvenientes sanitários diretos, apesar de ser
esteticamente desagradável, além de os sólidos em suspensão servir de abrigo para
microrganismos patogênicos. A turbidez de origem antropogênica, pode estar
associada a compostos tóxicos e organismos patogênicos. Em corpos d`água, pode-se
reduzir a penetração da luz, prejudicando a fotossíntese
 Parâmetro normalmente utilizado em caracterização de águas de abastecimento
público de água e no controle da operação das estações de tratamento de água.

Sabor e odor

 O sabor é a interação entre o gosto (salgado, doce, azedo e amargo) e o odor (sensação
olfativa).
 Os sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos e gases dissolvidos conferem sabor e
odor
 Matéria orgânica em decomposição, microrganismos e gases dissolvidos são os
responsáveis de origem natural. Despejos domésticos, industriais são de origem
antropogênica.
 Não representam riscos à saúde, mas por transmitir não confiabilidade geram
reclamações dos consumidores
 Parâmetro normalmente utilizado na caracterização de águas de abastecimento, brutas
ou tratadas.

Temperatura

 É a medição da intensidade de calor

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 Pode ser por radiação, condução e convecção (origem natural) ou por águas de torres
de resfriamento e despejos industriais (origem antropogênica)
 É de extrema importância pois elevações de temperatura causam: aumento na taxa de
reações químicas e biológicas, diminuição na solubilidade dos gases (ex: oxigênio
dissolvido), aumento na taxa de transferência de gases ( o que pode gerar mal cheiro
no caso de liberação de gases com odores desagradáveis).
 Utilizado para caracterização de corpos d`água e de águas residuárias brutas.

PARÂMETROS QUÍMICOS

pH

 potencial hidrogeniônico. Representa a concentração de íons hidrogênio H+ (em


escala antilogarítmica), dando uma indicação sobre a condição de acidez, neutralidade
ou alcalinidade da água. A faixa de pH é de 0 a 14, sendo o valor 7=neutro.
 pH ideal para peixes de 6 a 8,5 dependendo da espécie.
 Sólidos e gases dissolvidos são os constituintes responsáveis
 Dissolução de rochas, absorção de gases da atmosfera, oxidação da matéria orgânica e
fotossíntese são os causadores de alterações de origem natural. Despejos domésticos e
industriais são os responsáveis antropogênicos.
 É importante nas diversas etapas do tratamento de água: coagulação, desinfecção,
controle da corrosividade, remoção da dureza, entre outras.
 pH baixo causa corrosividade e agressividade nas águas de abastecimento, pH elevado
pode causar incrustações nas águas de abastecimento. Valores de pH afastados da
neutralidade podem afetar a vida aquática e os microrganismos responsáveis pelo
tratamento do esgoto.
 Pode ser utilizado em: caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas,
caracterização de água residuária bruta, controle da operação de estações de
tratamento de água e esgoto e caracterização de corpos d`água.

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Alcalinidade

 É a quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons hidrogênio, em


outras palavras, é uma medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos
(capacidade de resistir às mudanças de pH: capacidade tampão). Os principais
constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO-3), carbonatos (CO3-) e os
hidróxidos (OH-).
 Sólidos dissolvidos são os responsáveis
 Quando de origem natural pode ser causado por dissolução de rochas ou reação do
CO2 com a água, se de origem antropogênica, e causada por despejos industriais.
 Não tem significado sanitário para a água potável, mas em elevadas concentrações
confere um gosto amargo para a água. É uma determinação importante no controle do
tratamento de água, pois esta relacionada com a coagulação, redução da dureza e
prevenção da corrosão em tubulações.
 Normalmente utilizada em: caracterização de paguas de abastecimento brutas e
tratadas, águas residuárias brutas e controle da operação de estações de tratamento de
água.

Acidez

 Capacidade da água em resistir às mudanças de pH causadas pelas bases. É devida


principalmente à presença de gás carbônico livre (pH entre 4,5 e 8,2)
 As formas dos constituintes responsáveis são sólidos e gases dissolvidos
 CO2 (absorvido da atmosfera ou resultante da decomposição da matéria orgânica) e
gás sulfidrico são de origem natural e despejos industriais (ácidos minerais ou
orgânicos) e a passagem da água por minas abandonadas são de origem antropogênica
 Tem pouco significado sanitário mas águas com acidez mineral são desagradáveis ao
paladar. É responsável pela corrosão de tubulações e materiais.

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 Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas é a forma de utilização


deste parâmetro.

Dureza

 Concentração de cátions multimetálicos em solução. Os cátions mais freqüentemente


associados à dureza são os cátions divalentes Ca2+ e Mg2+ . Em condições de
supersaturação, esses cátions reagem com ânions na água, formando precipitados. A
dureza correspondente a alcalinidade é denominada dureza carbonato enquanto que as
demais formas são caracterizadas como dureza não carbonato. A dureza carbonato é
sensível a calor, precipitando-se em elevadas temperaturas.
 Sólidos dissolvidos são os constituintes
 A origem natural é na dissolução de minerais contendo cálcio e magnésio (ex: rochas
calcáreas) e a origem antropogênica é em despejos industriais.
 Não há evidências de que a dureza cause problemas sanitários mas em determinadas
concentrações causa um sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos
 Reduz a formação de espuma, implicando num maior consumo de sabão
 Causa incrustação nas tubulações de água quente, caldeiras e aquecedores (devido à
maior precipitação nas temperaturas elevadas)
 É utilizada em caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas.
 A dureza total da água é expressa em equivalentes de CaCO3 (mg CaCO3/L).
 A dureza afeta a produção de fitoplâncton e, consequentemente a produção de peixes

Ferro e manganês

 O ferro e o manganês estão presentes nas formas insolúveis (Fe3+ e Mn4+) numa
grande quantidade de tipos de solos. Na ausência de oxigênio dissolvido (ex: água

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subterrânea ou fundo de lagos), eles se apresentam na forma solúvel (Fe2+ e Mn2+).


Caso a água contendo as formas reduzidas seja exposta ao ar atmosférico (ex: na
torneira do consumidor), o ferro e o manganês voltam a se oxidar às suas formas
insolúveis (Fe3+ e Mn4+), o que pode causar cor na água, além de manchar roupas
durante a lavagem.
 A forma do constituinte responsável é sólidos em suspensão ou dissolvidos.
 Tem sua origem natural na dissolução de compostos do solo e antropogênica nos
despejos industriais
 Tem pouco significado sanitário nas concentrações usualmente encontradas nas águas
naturais e em pequenas concentrações causam problemas de cor na água.
 Em concentrações elevadas podem causar sabor, odor e cor

Cloretos

 Todas as águas naturais, em maior ou menor escala, contêm íons resultantes da


dissolução de minerais. Os cloretos (Cl-) são advindos da dissolução de sais (ex:
cloreto de sódio)
 Sólidos dissolvidos são as formas constituintes
 Têm origem natural em dissoluções de minerais e intrusão de águas salinas e
antropogênicas em despejos domésticos, industriais e nas águas utilizadas em
irrigação.
 Em determinadas concentrações imprime um sabor amargo à água
 Utilizado em caracterizações em águas brutas de abastecimento.

Nitrogênio

 Altera-se de várias formas e estados de oxidação dentro do seu ciclo na biosfera. No


meio aquático o mesmo pode ser encontrado das seguintes formas: nitrogênio

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molecular, escapando para a atmosfera, nitrogênio orgânico, amônia, nitrito (NO2-) e


nitrato (NO3-).
 Constituido por sólidos em suspensão e dissolvidos
 Quando de origem natural é constituinte de proteínas, clorofila, entre outros
compostos biológicos, se de origem antropogênica, pode originar de: despejos
domésticos e industriais, excrementos de animais e fertilizantes.
 Na forma de nitrato está associado a doenças como a metahemoglobinemia (síndrome
do bebê azul). O ácido nitroso que oxida o íon ferroso da hemoglobina, formando a
meta hemoglobina, que não é capaz de transportar o oxigênio, matando os peixes por
asfixia.
 É um elemento indispensável para o crescimento de algas e, quando em elevadas
concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado desses
organismos (eutrofiação)
 É um elemento indispensável para o crescimento dos microrganismos responsáveis
pelo tratamento de esgotos.
 Os processos de conversão de nitrogênio tem implicações na operação das estações de
tratamento de esgotos
 Em um corpo d`água, a determinação da forma predominante do nitrogênio pode
fornecer informações sobre o estágio da poluição (poluição recente esta associada ao
nitrogênio na forma orgânica ou de amônia, enquanto poluições mais remotas estão
associadas ao nitrogênio na forma de nitrato
 É utilizado na caracterização de águas brutas e tratadas de abastecimento e residuárias
e em corpos d`água.

Fósforo

 O fósforo na água apresenta-se principalmente nas formas de ortofosfato (diretamente


disponível para o metabolismo), polifosfato (moléculas mais complexas, como 2 ou
mais átomos de fósforo) e orgânico.
 Constituido de sólidos dissolvidos e em suspensão

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 Sua origem natural e em dissolução de compostos do solo e decomposição de matéria


orgânica e sua origem antropogênica é em despejos domésticos e industriais,
detergentes, excrementos de animais e fertilizantes.
 Não apresenta problemas de origem sanitária nas águas. É indispensável para o
crescimento das algas mas quando apresentado em lagos e represas pode conduzir a
um crescimento exagerado desses organismos.
 O fósforo é um nutriente essencial para o crescimento dos microrganismos
responsáveis pela estabilização da matéria orgânica.
 Utilizado na caracterização de águas residuárias, brutas e tratadas e de corpos d`água.

Oxigênio dissolvido

 Oxigênio dissolvido (OD) é de essencial importância para os microrganismos


aeróbios. Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do
oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar redução da sua
concentração no meio. Dependendo da magnitude deste fenômeno, podem vir a
morrer diversos seres aquáticos, inclusive os peixes. Caso o oxigênio seja totalmente
consumido, tem-se a formação de condições anaeróbias, com geração de maus odores.
 Gás dissolvido é o constituinte
 Quando de origem natural é por dissolução do oxigênio atmosférico ou por produção
pelos organismos fotossintéticos, quando de origem antropogênica é por introdução de
aeração artificial.
 O oxigênio dissolvido é vital para os seres aquáticos aeróbios e é o principal
parâmetro de caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos orgânicos.
 É utilizado no controle operacional de estações de tratamento de esgotos e na
caracterização de corpos d`água.
 Varia de 0 a 13 mg/litro (na água).

Matéria orgânica

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 É de primordial importância, sendo a principal causadora da poluição das águas: o


consumo do oxigênio dissolvido pelos microrganismos nos seus processos
metabólicos de utilização e estabilização da matéria orgânica.
 Forma do constituinte responsável é por sólidos em suspensão e dissolvidos
 Matéria orgânica vegetal e animal são as origens naturais e despejos domésticos e
industriais são as origens antropogênicas.
 A matéria orgânica é responsável pelo consumo, pelos microrganismos
decompositores, do oxigênio dissolvido na água.
 A DBO (Demanda bioquímica de oxigênio) retrata, de forma indireta, o teor de
matéria orgânica nos esgotos ou no corpo d`água. É de fundamental importância na
caracterização de poluição de um corpo d`água.
 Utilizado na caracterização de águas residuárias brutas e tratadas e nos corpos d`água.

Micropoluentes inorgânicos

 Uma grande parte dos micropoluentes inorgânicos são tóxicos. Entre estes, tem-se em
especial os metais pesados. Entre os metais pesados que se dissolvem na água como:
arsênio, cádmio, cromo, chumbo mercúrio e prata. Vários destes metais se concentram
na cadeia alimentar, resultando em grande perigo para os organismos situados nos
degraus superiores. Felizmente as concentrações dos metais tóxicos nos ambientes
aquáticos naturais são bem pequenas.
 É constituído de sólidos em suspensão e dissolvidos
 Sua origem natural é de menor importância, já suas origens antropogênicas são:
despejos industriais, atividades de mineradoras e garimpos e agricultura.
 Os metais pesados são tóxicos para os habitantes dos ambientes aquáticos e para os
consumidores de água.

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 Utilizado na caracterização de: águas de abastecimento e residuárias brutas e tratadas


e de corpos d`água.

Micropoluentes orgânicos

 Alguns materiais orgânicos são resistentes à degradação biológica, acumulando-se em


determinados pontos do ciclo. Entre eles destacam-se os defensivos agrícolas, alguns
tipos de detergentes e um grande número de produtos químicos. Uma grande parte
destes compostos mesmo em reduzidas concentrações estão associados a problemas de
toxicidade.
 Formado por sólidos dissolvidos
 Vegetais com madeira (tanino, lignina, celulose, fenóis) são origens naturais e
despejos industrias, detergentes, processamento e refinamento do petróleo e
defensivos agrícolas são origens antropogênicas.
 Os compostos orgânicos incluídos nesta categoria não são biodegradáveis e uma
grande parte desses compostos são tóxicos
 Utilizado na caracterização de águas de abastecimento e residuárias brutas e tratadas e
na caracterização dos corpos d`água.

PARÂMETROS BIOLÓGICOS

Coliformes

 As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de


contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que
inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as
bactérias coliformes são gran-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que
estão associadas com as fezes de animais de sangue quente e com o solo.

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 As bactérias coliformes termotolerantes reproduzem-se ativamente a 44,5ºC e são


capazes de fermentar carboidratos. O uso das bactérias coliformes termotolerantes
para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da bactéria
coliforme “total”, porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de
animais de sangue quente.
 A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro
indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos,
responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre
tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.

Algas

 Desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis pela


produção de grande pane do oxigênio dissolvido do meio;
 Em grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes (eutrofização),
trazem alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, turbidez e cor;
 Formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam a
redução do oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos processos de tratamento da
água: aspecto estético desagradável.

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