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Diário da República, 1.ª série — N.

º 191 — 1 de Outubro de 2009 7075

Artigo 75.º revelou-se insuficiente, e mesmo incoerente, quer quanto


Reformatio in pejus
ao seu objecto quer quanto ao seu âmbito. O facto de nunca
ter sido regulamentado obstou, ainda, à sua plena aplicação.
Não é aplicável aos processos de contra-ordenação Mais recentemente, o Decreto-Lei n.º 141/2009, de
instaurados e decididos nos termos desta lei a proibição 16 de Junho, veio estabelecer o novo regime jurídico das
de reformatio in pejus, devendo essa informação constar instalações desportivas de uso público, procedendo à re-
de todas as decisões finais que admitam impugnação vogação do Decreto-Lei n.º 317/97, de 25 de Novembro, e
ou recurso. prevendo a existência de um director ou responsável pelas
instalações desportivas.
Artigo 76.º Desta forma, vem o presente decreto-lei definir a res-
Salvaguarda do regime das contra-ordenações
ponsabilidade técnica pela direcção das actividades físicas
no âmbito do meio marinho e desportivas desenvolvidas nas instalações desportivas
que prestam serviços desportivos na área da manutenção
A presente lei não prejudica o disposto no regime da condição física (fitness), designadamente aos ginásios,
das contra-ordenações no âmbito da poluição do meio academias ou clubes de saúde (healthclubs), independen-
marinho nos espaços marítimos sob jurisdição nacio- temente da designação adoptada e forma de exploração.
nal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 235/2000, de 26 de Visa-se, assim, contribuir para que as actividades físicas
Setembro. e desportivas decorram em segurança, tendo em vista o
bem-estar e a saúde dos cidadãos.
Artigo 77.º Excluem-se do âmbito de aplicação do presente decreto-
Disposição transitória -lei as actividades físicas e desportivas que, desde logo,
sejam promovidas, regulamentadas e dirigidas por uma
As disposições da presente lei referentes às coimas federação desportiva dotada do estatuto de utilidade pú-
e respectivos valores só são aplicáveis a partir da pu- blica desportiva. Ficam igualmente excluídas, aquelas
blicação de diploma que, alterando a legislação vigente que tenham como destinatários determinados grupos de
sobre matéria ambiental, proceda à classificação das cidadãos ou que decorram em instalações desportivas lo-
contra-ordenações aí tipificadas.» calizadas em determinados estabelecimentos.
Assembleia da República, 25 de Setembro de 2009. — Pela No âmbito do exercício de uma cidadania responsável
Secretária-Geral, a Adjunta, Maria do Rosário Boléo. reconhece-se o direito à prática de actividades físicas e
desportivas desenvolvidas sem enquadramento técnico,
caso em que o cidadão assume conscientemente a respon-
sabilidade inerente à prática das mesmas.
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Ainda neste âmbito, o presente decreto-lei não se aplica,
igualmente, às actividades físicas e desportivas que decor-
Decreto-Lei n.º 271/2009 ram em instalações desportivas integradas em unidades
hoteleiras ou em empreendimentos turísticos, desde que
de 1 de Outubro a sua frequência seja reservada, em exclusivo, aos utentes
O programa do XVII Governo Constitucional define dessas unidades, esclarecendo-se, desta forma, uma ques-
como objectivo, entre outros, o incremento de hábitos de tão que suscitava dúvidas.
participação continuada da população na prática desportiva Pelo presente decreto-lei é instituída a figura do director
num ambiente seguro e saudável. técnico (DT), pessoa singular que assume a direcção e a
Nesta medida, a Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, que responsabilidade pela actividade ou actividades físicas
aprovou a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, e desportivas que decorrem nas instalações desportivas.
prevê a necessidade de serem definidas as qualificações O DT deve ser titular do grau de licenciado na área do
necessárias ao exercício das diferentes funções técnicas na Desporto ou da Educação Física e deve frequentar acções
área da actividade física e do desporto, estabelecendo ainda de formação contínua durante o período de validade da
que não é permitido, nos casos especialmente previstos na sua inscrição.
lei, o exercício de profissões nas áreas da actividade física É obrigatória a inscrição de um DT, junto do Instituto do
e do desporto, designadamente no âmbito da gestão despor- Desporto de Portugal, I. P. (IDP, I. P.), para a realização das
tiva, do exercício e saúde, da educação física e do treino actividades desportivas abrangidas pelo presente decreto-
desportivo, a título de ocupação principal ou secundária, -lei, tendo a inscrição validade de cinco anos.
de forma regular, sazonal ou ocasional, sem a adequada No que respeita à qualificação dos profissionais res-
formação académica ou profissional. ponsáveis pela orientação e condução do exercício de
Por seu turno, a Lei de Bases da Actividade Física e do actividades físicas e desportivas, distinguem-se duas si-
Desporto estabelece que as entidades que proporcionam tuações: os profissionais responsáveis pela orientação e
actividades físicas ou desportivas, que organizam eventos condução do exercício de actividades físicas e desportivas
ou manifestações desportivas ou que exploram instalações não compreendidas no objecto das federações desportivas
desportivas abertas ao público, ficam sujeitas ao definido na dotadas de utilidade pública desportiva devem, igualmente,
lei, tendo em vista a protecção da saúde e da segurança dos ser titulares do grau de licenciado na área do Desporto ou
participantes nas mesmas, designadamente no que se refere da Educação Física; aos profissionais responsáveis pela
aos níveis mínimos de formação do pessoal que enquadre orientação e condução do exercício de actividades físicas
estas actividades ou administre as instalações desportivas. e desportivas compreendidas no objecto das federações
O Decreto-Lei n.º 385/99, de 28 de Agosto, que definiu desportivas dotadas de utilidade pública desportiva, aplica-
o regime da responsabilidade técnica pelas instalações des- -se o disposto no Decreto-Lei n.º 248-A/2008, de 31 de
portivas abertas ao público e actividades aí desenvolvidas, Dezembro.
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Refira-se ainda, neste âmbito, o regime transitório pre- pública desportiva, desde que compreendidas no seu ob-
visto, pelo qual se possibilita, por um lado, a todos os jecto social;
profissionais que não preencham os requisitos previstos b) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema educativo,
no presente decreto-lei, requererem junto do IDP, I. P., o curricular e de complemento curricular;
reconhecimento das suas competências actuais e, por outro c) Se destinem exclusivamente aos membros das forças
lado, que os profissionais que venham a ser titulares de armadas e das forças de segurança;
qualificação, na área do desporto, no âmbito do sistema d) Sejam desenvolvidas em instalações desportivas de
nacional de qualificações possam, igualmente, no prazo base recreativas e sem enquadramento técnico;
de dois anos contados da data de publicação do presente e) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema prisional;
decreto-lei, requerer junto do mesmo Instituto o reconhe- f) Sejam desenvolvidas em estabelecimentos termais e
cimento das competências entretanto adquiridas. unidades de saúde e de reabilitação, utilizados sob super-
As instalações desportivas onde decorram actividades visão médico-sanitária;
abrangidas pelo presente decreto-lei devem dispor de um g) Por vontade expressa dos praticantes desportivos
seguro nos termos do disposto no artigo 14.º do Decreto- federados, sejam realizadas sem enquadramento técnico.
-Lei n.º 10/2009, de 12 de Janeiro.
Por outro lado, nas instalações desportivas onde de- 2 — O presente decreto-lei não se aplica, igualmente,
corram actividades abrangidas pelo presente decreto-lei, às actividades físicas e desportivas que decorram em ins-
é vedado recomendar ou comercializar quaisquer subs- talações desportivas integradas em unidades hoteleiras
tâncias ou métodos que constem da lista de substâncias e ou em empreendimentos turísticos, desde que a sua fre-
métodos proibidos. quência seja reservada, em exclusivo, aos utentes dessas
Face ao quadro legal ainda vigente, o regime sancionató- unidades.
rio é agravado e, para além da coima que couber ao tipo de
infracção cometida, podem ser aplicadas as sanções aces- Artigo 3.º
sórias de interdição de realização das actividades físicas e
desportivas nas instalações desportivas ou o encerramento Definições
da instalação desportiva. Para efeitos do presente decreto-lei, são aplicáveis as de-
Quando ocorram situações excepcionais ou que pela sua finições previstas no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 141/2009,
gravidade possam pôr em risco a segurança ou a integri-
de 16 de Junho.
dade física dos utentes, bem como em caso de acidente ou
desrespeito pelas disposições expressas no presente decreto-
-lei, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica CAPÍTULO II
pode determinar a suspensão imediata do funcionamento
da instalação desportiva, na sua totalidade ou em parte. Direcção e responsabilidade pelas actividades
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re- físicas e desportivas
giões Autónomas e a Associação Nacional de Municípios
Portugueses. Artigo 4.º
Assim: Director técnico
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido
pela Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, e nos termos das O director técnico (DT) é a pessoa singular que assume
alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o a direcção e a responsabilidade pela actividade ou activi-
Governo decreta o seguinte: dades físicas e desportivas que decorrem nas instalações
desportivas referidas no artigo 1.º
CAPÍTULO I Artigo 5.º
Disposições gerais Funções

Artigo 1.º O DT desempenha as seguintes funções:


Objecto a) Coordenar a prescrição e avaliação aos utentes de
actividades físicas e desportivas;
O presente decreto-lei define o regime jurídico da res- b) Coordenar a avaliação da qualidade dos serviços
ponsabilidade técnica pela direcção das actividades físicas prestados, bem como propor ou implementar medidas
e desportivas desenvolvidas nas instalações desportivas visando a melhoria dessa qualidade;
que prestam serviços desportivos na área da manutenção c) Coordenar a produção das actividades físicas e des-
da condição física (fitness), designadamente aos ginásios, portivas;
academias ou clubes de saúde (healthclubs), independen- d) Superintender tecnicamente, no âmbito do funciona-
temente da designação adoptada e forma de exploração, mento das instalações desportivas, as actividades físicas e
bem como determinadas regras sobre o seu funcionamento. desportivas nelas desenvolvidas;
e) Colaborar na luta contra a dopagem no desporto.
Artigo 2.º
Âmbito Artigo 6.º
1 — O presente decreto-lei não se aplica às actividades Deveres
físicas e desportivas que:
O DT deve actuar diligentemente, assegurando o desen-
a) Sejam promovidas, regulamentadas e dirigidas por volvimento da actividade física e desportiva num ambiente
federações desportivas dotadas do estatuto de utilidade de qualidade e segurança.
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Artigo 7.º b) Documentos de habilitação comprovativos de:


Formação i) Titularidade do grau de licenciado na área do Desporto
ou da Educação Física;
1 — O DT deve ser titular do grau de licenciado na área
ii) Titularidade de quaisquer outros graus académicos,
do Desporto ou da Educação Física. ou formações não conferentes de grau com relevo para a
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o respectiva pretensão;
DT deve frequentar acções de formação contínua durante iii) Ter sido beneficiário de licença anterior, se for o
o período de validade da sua inscrição. caso.
Artigo 8.º Artigo 12.º
Inscrição Identificação
1 — É obrigatória a inscrição de um DT junto do Ins- Em cada instalação desportiva devem ser afixados, em
tituto do Desporto de Portugal, I. P. (IDP, I. P.), para a local bem visível para os utentes, a identificação do ou
realização das actividades desportivas abrangidas pelo dos DT e o horário de permanência daquele ou daqueles
presente decreto-lei. na mesma.
2 — A inscrição é feita em registo próprio organizado
pelo IDP, I. P. Artigo 13.º
3 — A inscrição é requerida pela entidade que promove Qualificação dos profissionais responsáveis pela orientação
as actividades físicas e desportivas, nas quais o DT pre- e condução do exercício de actividades físicas e desportivas
tende exercer as suas funções.
4 — Na inscrição devem constar os seguintes elementos: 1 — Aos profissionais responsáveis pela orientação e
condução do exercício de actividades físicas e desportivas
a) Identificação do DT; não compreendidas no objecto das federações desportivas
b) Formação contínua de que é titular; dotadas de utilidade pública desportiva, aplica-se o dis-
c) Certificado referido no artigo 11.º; posto no artigo 7.º
d) Indicação da actividade ou actividades físicas e des- 2 — Aos profissionais responsáveis pela orientação e
portivas, bem como da instalação desportiva, em que o condução do exercício de actividades físicas e desporti-
promotor das actividades desportivas pretende que o DT vas compreendidas no objecto das federações desportivas
venha a exercer as respectivas funções. dotadas de utilidade pública desportiva, aplica-se o dis-
posto no Decreto-Lei n.º 248-A/2008, de 31 de Dezembro.
Artigo 9.º 3 — Os profissionais a que se refere o n.º 1 devem ser
titulares de cédula profissional, cuja emissão e renovação
Validade e renovação da inscrição compete ao IDP, I. P.
1 — A inscrição do DT tem a validade de cinco anos, 4 — O modelo da cédula é definido por despacho do
devendo ser renovada, findo este prazo, mediante a in- membro do Governo responsável pela área do desporto.
dicação de elementos novos em relação aos previstos no
n.º 4 do artigo anterior. Artigo 14.º
2 — A renovação da inscrição do DT implica, obriga- Funções dos profissionais responsáveis pelo exercício
toriamente, a frequência de acções de formação contínua de actividades físicas e desportivas
de actualização técnica e científica, como tal reconhecidas Os profissionais mencionados no artigo anterior desem-
pelo IDP, I. P. penham, entre outras, as seguintes funções:
Artigo 10.º a) Avaliar e prescrever aos utentes, em coordenação
com o DT, as actividades físicas e desportivas;
Recusa e cancelamento da inscrição b) Superintender tecnicamente, no âmbito do funciona-
1 — É recusada a inscrição do DT que não dispuser, mento das instalações desportivas, as actividades físicas e
nos termos do presente decreto-lei, de formação adequada desportivas nelas desenvolvidas;
titulada pelo certificado referido no artigo 11.º c) Avaliar a qualidade dos serviços prestados, bem como
2 — Quando o DT deixar de exercer as funções objecto propor ou implementar medidas visando a melhoria dessa
de inscrição, a entidade que requereu ou o próprio devem, qualidade;
no prazo de 15 dias contados a partir dessa data, reque- d) Colaborar na luta contra a dopagem no desporto.
rer junto do IDP, I. P., o cancelamento da sua inscrição.
3 — A inscrição é, igualmente, cancelada, quando se CAPÍTULO III
verifique a violação dos deveres constantes do artigo 6.º
Funcionamento das instalações desportivas
Artigo 11.º
Artigo 15.º
Emissão do certificado
Seguro
Para efeitos da emissão do certificado de DT, pelo
IDP, I. P., devem ser apresentados os seguintes documentos: 1 — As instalações desportivas onde decorram activi-
dades abrangidas pelo presente decreto-lei devem dispor
a) Requerimento, mencionando a instalação desportiva de um seguro nos termos do disposto no artigo 14.º do
na qual o candidato pretende exercer funções; Decreto-Lei n.º 10/2009, de 12 de Janeiro.
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2 — A informação sobre a existência do seguro a que c) O exercício da actividade de DT sem inscrição válida;
se refere o número anterior deve estar afixada, em cada d) A falta ou indisponibilização da identificação do DT,
instalação desportiva, em local visível para os utentes. conforme previsto no artigo 12.º;
e) O desempenho de funções por outros recursos huma-
Artigo 16.º nos em violação do disposto no artigo 13.º;
f) A falta do seguro a que se refere o artigo 15.º;
Actividades interditas
g) A recomendação ou comercialização das substâncias
Nas instalações desportivas onde decorram actividades ou métodos a que se refere o artigo 16.º;
abrangidas pelo presente decreto-lei, é vedado recomendar h) A oposição ou obstrução aos actos de inspecção e vis-
ou comercializar quaisquer substâncias ou métodos que torias a realizar pelas entidades competentes e a recusa em
constem da lista de substâncias e métodos proibidos a que facultar a estas entidades os elementos e esclarecimentos
se refere o artigo 8.º da Lei n.º 27/2009, de 19 de Junho. por elas solicitados;
i) A falta de afixação de informação sobre a existência
Artigo 17.º do seguro a que se refere o artigo 15.º;
j) A falta ou indisponibilização do regulamento a que
Regulamento interno
se refere o artigo 17.º
1 — As instalações desportivas onde decorram activi-
dades abrangidas pelo presente decreto-lei devem dispor Artigo 21.º
de um regulamento interno elaborado pelo proprietário, ou Coimas
entidade que o explore se for diferente daquele, contendo
as normas de utilização a ser observadas pelos utentes, o 1 — Constitui contra-ordenação muito grave, punida
qual é ser assinado pelo DT. com coima entre € 2000 e € 3740,98, para pessoas sin-
2 — O regulamento a que se refere o número anterior gulares, e entre € 4500 e € 9000, para pessoas colectivas,
deve estar afixado em local visível na recepção e na zona a prática dos actos previstos nas alíneas a), b), c) e e) do
de acesso às áreas de actividade física ou desportiva e artigo anterior.
instalações de apoio. 2 — Constitui contra-ordenação grave, punida com
coima entre € 1000 e € 2000, para pessoas singulares, e
Artigo 18.º entre € 2000 e € 4500, para pessoas colectivas, a prática
dos actos previstos nas alíneas f), g) e h) do artigo anterior.
Acesso e permanência
3 — Constitui contra-ordenação leve, punida com
Sem prejuízo do disposto em legislação especial, pode coima entre € 250 e € 1000, para pessoas singulares, e
ser impedido o acesso ou permanência nas instalações entre € 1500 e € 2000, para pessoas colectivas, a prática
desportivas a quem se recuse, sem causa legítima, pagar dos actos previstos nas alíneas d), i), e j) do artigo anterior.
os serviços utilizados ou consumidos, não se comporte de 4 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os
modo adequado, provoque distúrbios ou pratique actos de limites mínimo e máximo da coima reduzidos a metade.
furto ou de violência.
Artigo 22.º
CAPÍTULO IV Sanções acessórias

Fiscalização e sanções 1 — Para além da coima que couber ao tipo de infracção


cometida nos termos do artigo anterior, podem ser aplica-
Artigo 19.º das as seguintes sanções acessórias:

Competência para a fiscalização


a) Interdição de realização das actividades físicas e
desportivas nas instalações desportivas;
1 — Sem prejuízo das competências atribuídas por lei b) Encerramento da instalação desportiva.
a outras autoridades administrativas e policiais, compete à
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) 2 — As sanções acessórias referidas no número anterior
fiscalizar o cumprimento do disposto no presente decreto- têm a duração máxima de um ano, contados a partir da
-lei. decisão condenatória.
2 — As autoridades administrativas e policiais que ve- 3 — Pode ser determinada a publicidade da aplicação
rifiquem infracções ao disposto no presente decreto-lei de qualquer sanção, mediante uma das seguintes vias:
devem elaborar os respectivos autos de notícia, que reme-
tem à ASAE, no prazo máximo de 48 horas. a) Afixação da cópia da decisão pelo período de 30 dias,
na própria instalação, em lugar e de forma bem visível;
Artigo 20.º b) Publicação da decisão pelo IDP, I. P., em jornal de
difusão nacional, regional ou local, de acordo com o lugar,
Contra-ordenações a importância e os efeitos da infracção, a expensas da
Constitui contra-ordenação, para efeitos do disposto no entidade responsável pela instalação desportiva.
presente decreto-lei:
Artigo 23.º
a) A realização de actividades físicas e desportivas, nas
Suspensão das actividades
instalações desportivas, que não tenham sido prescritas
pelo DT; A ASAE é competente para determinar a suspensão
b) A abertura da instalação desportiva sem um DT va- imediata do funcionamento da instalação desportiva, na
lidamente inscrito; totalidade ou em parte, quando ocorram situações que,
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pela sua gravidade, possam pôr em risco a segurança ou a nacional de qualificações podem, igualmente, no prazo
integridade física dos utentes, bem como em caso de aci- de dois anos contados da data de publicação do presente
dente ou desrespeito pelo disposto expressas no presente decreto-lei, requerer junto do IDP, I. P., o reconhecimento
decreto-lei. das competências entretanto adquiridas.
5 — A obtenção da cédula é conferida através de des-
Artigo 24.º pacho do presidente do IDP, I. P., ouvidas as associações
Competência sancionatória
socioprofissionais do sector.

1 — A instrução dos processos de contra-ordenação Artigo 28.º


referidos no presente decreto-lei compete à ASAE, sem
Taxas
prejuízo das competências das competências atribuídas
por lei a outras autoridades administrativas e policiais. 1 — É devido o pagamento de taxas pelos actos relativos
2 — A aplicação das coimas é da competência da Co- ao processo de emissão e renovação do certificado referido
missão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e nos artigos 11.º e 13.º ao IDP, I. P.
de Publicidade (CACMEP). 2 — As taxas referidas no número anterior são fixadas
por despacho do membro do Governo responsável pela
Artigo 25.º área do desporto e constituem receita do IDP, I. P.
Produto das coimas
Artigo 29.º
O produto das coimas, no âmbito dos processos de
Regiões Autónomas
contra-ordenação referidos no presente decreto-lei, re-
verte em: O presente decreto-lei aplica-se às Regiões Autónomas
a) 60 % para o Estado; dos Açores e da Madeira, com as devidas adaptações, nos
b) 20 % para a ASAE; termos da respectiva autonomia político-administrativa,
c) 10 % para a CACMEP; cabendo a sua execução administrativa aos serviços e or-
d) 10 % para o IDP, I. P. ganismos das respectivas administrações regionais autóno-
mas com atribuições e competências no âmbito do presente
decreto-lei, sem prejuízo das atribuições das entidades de
Artigo 26.º
âmbito nacional.
Direito subsidiário
O processamento das contra-ordenações e a aplicação Artigo 30.º
das correspondentes sanções previstas no presente decreto- Norma revogatória
-lei estão sujeitas ao regime geral das contra-ordenações.
É revogado o Decreto-Lei n.º 385/99, de 28 de Setembro.

CAPÍTULO V Artigo 31.º


Disposições finais e transitórias Entrada em vigor
O presente decreto-lei entra em vigor 60 dias após a
Artigo 27.º sua publicação.
Regime transitório Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5 de
1 — As instalações desportivas referidas no artigo 1.º Agosto de 2009. — Fernando Teixeira dos Santos — Fer-
que possuam à data responsável técnico, de acordo com o nando Teixeira dos Santos — Jorge Lacão Costa — José
previsto pelo Decreto-Lei n.º 385/99, de 28 de Setembro, Manuel Vieira Conde Rodrigues — Fernando Teixeira
mantêm o mesmo em funções até à data da caducidade do dos Santos.
seu registo junto do IDP, I. P., aplicando-se posteriormente Promulgado em 17 de Setembro de 2009.
o disposto no artigo 8.º, ou imediatamente se este registo
não tiver sido efectuado. Publique-se.
2 — O disposto no número anterior aplica-se, com as ne- O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
cessárias adaptações aos coadjuvantes inscritos de acordo
com o Decreto-Lei n.º 385/99, de 28 de Setembro. Referendado em 17 de Setembro de 2009.
3 — Os profissionais que não preencham os requisitos O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
constantes do n.º 1 do artigo 13.º, dispõem de 90 dias, de Sousa.
após a entrada em vigor, para requerer junto do IDP, I. P.,
o reconhecimento das suas competências actuais obtidas
através de: Decreto-Lei n.º 272/2009
a) Qualificação, na área do desporto, no âmbito do de 1 de Outubro
sistema nacional de qualificações; A consagração legal de um sistema integrado de apoios
b) Experiência profissional na orientação e condução
do exercício de actividades físicas e desportivas; para o desenvolvimento do desporto de alto rendimento é
c) Reconhecimento de títulos adquiridos noutros países. uma novidade relativamente recente no nosso país.
Com efeito, foi apenas na sequência da publicação
4 — Os profissionais que venham a ser titulares de da Lei de Bases do Sistema Desportivo, aprovada pela
qualificação, na área do desporto, no âmbito do sistema Lei n.º 1/90, de 13 de Janeiro, que veio a ser publicado o

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