de alimentos
e refrigerantes
O fator publicidade de
alimentos e refrigerantes
e sua relação com a obesidade
*
Presidente do Conar
5
Sumário
Apresentação 7
Apresentação
bebidas ou concentrados para o preparo de bebidas à base de xarope de guaraná ou groselha, chás mate e preto.
9
1 A indústria de alimentos
e refrigerantes no Brasil
2
A OMS, o Ministério da Saúde,
a Anvisa e outros protagonistas
da política de prevenção e
redução de danos à saúde
4
<www.who.int>.
13
5
<www.saude.gov.br>.
6
<www.anvisa.gov.br>.
14
7
<www.abia.org.br>.
8
<www.abir.org.br>.
15
9
<www.aba.com.br>.
10
<www.wfanet.org>.
11 Conar em ação: ética aplicada
<www.conar.org.br>.
16
12
<www.autocontrol.es>.
13
<www.asa.org.uk>.
14
<www.easa-alliance.org>.
15
<www.abap.org.br>.
16
<www.abert.org.br>.
17
<www.abta.org.br>.
18
<www.aner.org.br>.
19
<www.anj.org.br>.
20
<www.outdoor.com.br>.
21
<http://iabbrasil.ning.com/>.
17
A gravidade e a complexidade
da questão abordada neste do-
cumento sugerem caber a vá-
rios protagonistas – de modo
especial, os referidos – a con-
O Congresso:
junção de esforços no sentido de poder absoluto
se encontrar as melhores formas de harmonizar os direitos
individuais e das empresas; de estabelecer as funções, os de-
veres e os limites dos entes públicos; de estimular o espírito
colaborativo entre a população em geral e as organizações
sociais; e de assegurar que o problema seja tratado de forma
consistente e definitiva, sem a adoção de falsas soluções que
apenas darão um verniz temporário sobre uma estrutura que
precisa ser substancialmente transformada.
3 Os atributos do “lícito”, do
“seguro” e do “desejável”
22Pronunciamento feito em 1996 perante o Departamento do Comércio e Indústria do Reino Unido. Fonte: IAA –
23A tese foi resumida e publicada, em inglês, pela Federação Mundial de Anunciantes - WFA e Associação Fran-
5 Nutrição, educação e
informação: os papéis da
família, da escola, do Estado, da
mídia, das empresas e das ONGs
Os documentos que examinaram em profundidade a questão
do sobrepeso e da obesidade identificam sua característica
multifatorial e a necessidade de promover abordagem mais
ampla. Isolar um único aspecto ou “demonizar” a ação de
um dos stakeholders certamente leva a erro de avaliação ca-
paz de comprometer o esforço.
24HELLER, Denise Cerqueira Leite (Org.). Obesidade infantil: manual de prevenção e tratamento. São Paulo:
ESETec Editores Associados, 2004.
28
7 Novos consumidores
demandam mais informação
Isso significa que, mesmo com este pequeno recuo, que po-
derá ser revertido em não muito tempo, o raciocínio inicial
deste capítulo continua válido: novos consumidores deman-
dam mais informação e será através do espaço editorial da
26Fundamentado na pesquisa “O Observador Brasil 2008”, do instituto Ipsos Public Affairs, para a financeira
francesa Cetelem.
37
27Texto original de Corinna Hawkes, Estados Unidos/ International Food Policy Research Institute (IFPRI), publicado em
2006 pela Anvisa, sob o título “Marketing de alimentos para crianças: o cenário global das regulamentações”), pág. 43.
39
9 Regulação e autorregulamentação
ao redor do mundo
Embora venha ocorrendo muita discussão acerca de medi-
das normativas com a finalidade de restringir a publicidade
de alimentos, somente quatro países no mundo, até o final
de 2008, haviam introduzido restrições obrigatórias por lei.
28<www.bci.ie>.
29<www.ofcom.org.uk>.
30HSFF é a sigla que identifica, no Reino Unido, os alimentos com altos teores de gordura trans e saturada, sódio e
Medidas e recomendações
de autorregulamentação
31<www.iccwbo.org>.
the%20Consolidated%20Code%20with%20covers.pdf>..
43
Food_and_Beverage.pdf>.
44
• Austrália34
• Chile35
• França36
• Irlanda37
• Holanda38
• Reino Unido39
34<www.aana.com.au/food_beverages_code.html>.
35<www.conar.cl>.
36<www.bvp.org/fre>.
37<www.asai.ie/code.asp>.
38<www.reclamecode.nl>.
39<www.asa.org.uk/asa/food/New+food+advertising+rules.htm>.
40<http://www.autocontrol.es/pdfs/cod_%20Paos.pdf>.
45
Recomendações de autoridades
e organismos públicos
41<http://ec.europa.eu/avpolicy/reg/avms/index_en.htm>.
46
42<http://eur-lex.europa.eu/smartapi/cgi/sga_doc?smartapi!celexplus!prod!DocNumber&lg=EN&type_
doc=COMfinal&an_doc=2007&nu_doc=0279>.
43 <http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=SPEECH/06/308&format=HTML&aged=0&langu
age=EN&guiLanguage=fr>.
44<www.who.int/en>.
47
strategy_english_web.pdf>.
46<www.consumersinternational.org>.
48
10 Iniciativas internacionais
relevantes em matéria de
autodisciplina
Está mais do que evidenciado que, apesar da paixão com que
a matéria da luta contra o sobrepeso e a obesidade é tra-
tada por diversos públicos e da diversidade de proposições
apresentadas, a prevalência de uma postura moderada e
responsável, inclusive por parte de governos nacionais e
organismos multilaterais, é digna de destaque.
47<http://www.fcpmc.com/issues/hal/splash/ccfbai.pdf>.
50
48<http://us.bbb.org/WWWRoot/SitePage.aspx?site=113&id=dba51fbb-9317-4f88-9bcb-3942d7336e87>.
49<www.eu-pledge.eu>.
50<http://www.afgc.org.au/index.cfm?id=771>.
51
Compromisso brasileiro
55Detalhes sobre a organização, documentos relevantes e exemplos de sua atuação podem ser conhecidos no site:
<www.responsible-advertising.org>.
59
<www.mediasmart.org.uk>.
57<www.reklamerakkers.nl>.
58<www.mediasmart.de>.
59<www.mediasmart.be>.
60<www.mediasmart.fi>.
61<www.apan.pt>.
62<www.caru.org>.
63<www.narcpartners.org>.
60
11 Publicidade no Brasil:
legislação e
autorregulamentação
A Constituição Brasileira declara, de forma minuciosa, as li-
berdades públicas, dentre as quais as de expressão, de ini-
ciativa e o direito à informação.
Alimentos e refrigerantes
Crianças e Adolescentes
68Código brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos autores do anteprojeto. Editora Forense/Univer-
12 Legislação e
autorregulamentação: o
sistema misto de controle
da publicidade adotado
pelo Brasil
A legislação brasileira de defesa do consumidor é comple-
mentada de forma virtuosa pela autorregulamentação a car-
go do Conar.
71Constituição Federal, art. 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalís-
tica em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.”
77
13 Princípios e garantias
constitucionais aplicados
à publicidade no Brasil
I - ...............................................................................................
80
14 Os projetos de lei em
tramitação no Congresso
Nacional
Preocupados com a questão do sobrepeso e da obesidade,
assim como em relação à formação de crianças e adoles-
centes e seu desenvolvimento presente e futuro – além de
provavelmente estarem imbuídos das melhores intenções –,
muitos parlamentares têm feito proposta de leis a respeito
da publicidade de alimentos e de bebidas não alcoólicas e
sobre a comunicação comercial dirigida ao público infantil,
sem considerar com a devida profundidade alguns pontos
muitos relevantes:
Senado Federal
15 Resolução da ANVISA
pode proibir/restringir
publicidade?
É crença dos atuais dirigentes da Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária (Anvisa), expressa no preâmbulo de todas
as suas propostas de Regulamento Técnico, que a autarquia
tem competência para criar obrigações para os setores re-
gulados e impor restrições à sua publicidade.
AGU-2009, de 15/06/09 referente à publicidade de medicamentos. Vide o inteiro teor de ambas em: <www.conar.
org.br>.
87
16 Os princípios
constitucionais de
necessidade, adequação
e proporcionalidade
É lícito crer que o leitor deste documento a esta altura dispo-
nha de elementos que o informem das virtudes da combina-
ção da lei com os preceitos da autorregulamentação.
Da concepção das leis, esperam os cidadãos que elas conte-
nham os atributos de necessidade, adequação e proporcio-
nalidade79, e os ordenamentos jurídicos das nações demo-
cráticas adotam esses parâmetros tanto para a elaboração
das leis e controle dos atos administrativos, como para a ati-
vidade jurisdicional.
estudos de direito constitucional, 2ª. edição, Celso Bastos Editor: IBDC, São Paulo, 1999 – pág. 72, op. cit. na
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ADI 3324/DF, de 2004 – voto do Min. Gilmar Mendes.
91
814ª. Câmara de Direito Privado, apelação nº 566275.4/7, de 03.9.2009, negou provimento por votação unânime,
mantida a sentença da 18ª. Vara Cível da Capital, proferida pelo Juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira. Participaram
do julgamento os desembargadores Enio Santarelli Zuliani (presidente e relator), Maia da Cunha e Teixeira Leite.
96
18 Considerações finais
tegra.aspx?ide=6109&origem=23>.
87Cf. capítulo 9 deste estudo.
104