2. OBJETIVOS
2.1 Geral: Intervenção psicológica para os familiares e pacientes transitórios pós acidente
vascular cerebral – AVC.
2.2 Específicos
• Utilizar intervenções de saúde para orientar familiares de pacientes que sofreram AVC
ou aqueles pacientes que não ficaram com seqüelas graves (transitórios) pós-acidente;
• Elaborar para o paciente ou cuidador informações de saúde para a redução dos fatores
emocionais negativos causados pelo AVC.
3. JUSTIFICATIVA
4. REFERENCIAL TEÓRICO
O AVC pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de
fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do cérebro. Existem
basicamente dois tipos de AVC:
a) Isquêmico: quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma
obstrução no vaso ou redução no fluxo sangüíneo do corpo.
b) Hemorrágico: quando o vaso sangüíneo se rompe, extravasando sangue.
Embolia cerebral: surge quando um coágulo (formado num coração doente por arritmia,
problema de válvula, etc.) ou uma placa de gordura (ateroma), que se desprende ou se quebra
geralmente da artéria carótida, correm através de uma artéria até encontrar um ponto mais
estreito, não conseguindo passar e obstruindo a passagem do sangue.
Enfim, muita coisa acontece ao mesmo tempo quando este quadro ocorre muitas delas
ainda desconhecidas. Existem alterações do cálcio, de neurotransmissores (substâncias que
transmitem informações dentro do cérebro), etc; todas devendo ser combatidas ao mesmo
tempo.
4.2.2 Fatores de Risco para o AVC
Fator de risco é aquele que pode facilitar a ocorrência do AVC. É imprescindível a sua
caracterização e devida correção, pois quase toda a prevenção do AVC é baseada no combate
aos fatores de risco. Os principais são:
Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é
de "12 por 8"; porém, cada pessoa tem um valor de pressão, que deve ser determinado pelo
seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o
valor médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, temos a hipertensão
arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa é prejudicial. A melhor solução é a
prevenção! Devemos entender que qualquer um de nós pode se tornar hipertenso. "Não é
porque mediu uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar"! Além disso, existem
muitas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada, porém uma só caixa. A
pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está
seguindo o tratamento. Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba
inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder
levar a uma ruptura de um vaso sangüíneo ou a uma isquemia.
Colesterol: é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras
animais, ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em
gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol,
presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de
ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das
placas de aterosclerose.
Uso excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de
colesterol se elevam. Além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
Diabetes Mellitus: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está
elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença
tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.
Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso
não impede que uma pessoa jovem possa ter.
Sexo: até os 51 anos de idade os homens ter maior propensão do que as mulheres.
Depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
Sangue muito concentrado: isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa fica desidratada
gravemente ou existe um aumento dos glóbulos vermelhos. Este último ocorre em pessoas que
apresentam doenças pulmonares crônicas (quer dizer, por muitos anos), ou que vivem em
grandes altitudes. Em ambos os casos, o organismo precisa compensar a falta de oxigênio,
aumentando a produção dos glóbulos vermelhos, para não deixar "escapar" qualquer oxigênio
que chega aos pulmões.
4.2.3 Tratamento
O AVC é uma urgência, tanto quanto o infarto do coração. Em outras palavras, diante
de uma suspeita, levar o paciente imediatamente ao Pronto Socorro.
Evitar medicar sem orientação médica, por melhor que seja a intenção. Como
exemplo, muitas vezes a pressão arterial está elevada e, na ansiedade de querer baixá-la,
corre-se o risco de exagerar. Neste caso, a pressão baixa dificultará a chegada do sangue ao
cérebro, complicando o quadro.
Deve-se entender que "cada caso é um caso". Alguns podem necessitar de tratamento
cirúrgico, como drenagem de um hematoma (coágulo) ou para a correção de uma má
formação, por exemplo, um aneurisma.
Hoje se sabe que outras áreas do cérebro, não afetadas por uma lesão, podem assumir
determinadas funções realizadas por aquelas que "morreram"; e, ainda, podem ocorrer
regenerações de algumas pequenas partes. A este conjunto de fenômenos chamamos de
neuroplasticidade. Existem pesquisas de medicamentos para potencializar este fenômeno.
O tratamento em todos os seus aspectos deve ser precoce, com o que se obtém
melhores resultados.
Após a alta hospitalar, o tratamento continua. O médico responsável dará a receita dos
medicamentos a serem tomados, assim como todas as orientações necessárias.
Uma das medidas a serem tomadas pelos familiares é procurar algum serviço de
assistência social onde o paciente procura o hospital onde foi atendido ou de serviço público
para providenciar o recebimento do seguro saúde, aposentadoria ou equivalente.
Tem início então o tratamento ambulatorial, com o neurologista e toda uma equipe de
especialistas em diferentes áreas, que serão requisitados de acordo com cada caso; fisiatria e
fisioterapia, fonoaudiologia, psicólogo, terapia ocupacional, entre outros. Em geral, o médico
responsável dará estas orientações, além de coordenar a equipe.
A família deve ficar atenta a eventuais complicações que possam surgir sendo os
sintomas mais freqüentes:
4.2.4 Prevenção
6. CRONOGRAMA