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CURSO: Anual Noturno

MATÉRIA: Direito Administrativo


PROFESSOR: Celso
DATA: 22.10.2010
Aula 33

SERVIDORES

1. INTRODUÇÃO
2. INGRESSO NA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3. REGRAS GERAIS CONSTITUCIONAIS
3.1. ESTABILIDADE
3.2. ESTABILIDADE X VITALICIEDADE
3.3. ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS PÚBLICOS

Aula de hoje:

3.4. DIREITO DE GREVE (ARTIGO 37, VII, CF)

A Constituição de 1988 foi a primeira a atribuir direito de greve para os


servidores, mas deixou claro que o direito de greve dos servidores não pode ter o
mesmo perfil da greve dos trabalhadores da iniciativa privada.

O artigo 37 diz que o direito de greve dos servidores será exercido nos termos e
limites fixados me lei.

Quando a Constituição foi promulgada, a redação era: “nos termos e limites


fixados em lei complementar”. Contudo, entendeu-se que se tratava de norma de
eficácia limitada (dependeria de regulamentação posterior para produzir todos os efeitos
para os quais foi criada).

Com isso, o direito de greve atribuído aos servidores ficaria na dependência da


edição de uma lei complementar. Até 1988, não havia qualquer lei complementar
regulamentando o direito de greve.

Houve, então, uma mudança no entendimento dos Tribunais, que passaram a


considerar o dispositivo como norma de eficácia contida, de forma que os servidores da
Administração não ficariam mais à inteira mercê do Poder Legislativo.

Além disso, em 1998 houve a aprovação da Emenda Constitucional 19,


responsável por atribuir a atual redação ao dispositivo (o exercício do direito de greve
não depende mais de lei complementar, podendo ser regulamentado por lei ordinária).

Contudo, desde 1998 também não foi aprovada a lei ordinária regulamentando
a questão. O entendimento dos Tribunais é que, tratando-se de lei de eficácia contida, os
servidores podem exercer o direito de greve enquanto não sobrevier lei regulamentando.

Porém, esse direito não pode ser nos mesmos termos dos trabalhadores
particulares, cujo direito de greve é regulamentado pela Lei 7.783/89. Os servidores

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públicos, ao contrário dos trabalhadores particulares, por exemplo, não poderiam


paralisar totalmente os serviços, pois prejudicariam a coletividade, afrontando o
princípio da continuidade da prestação do serviço público. Eventual greve total nos
serviços públicos seria inconstitucional.

Então, em regra, não se cogita a paralisação da prestação de um serviço


público. Um percentual mínimo do serviço tem que permanecer à disposição da
população.

O direito de greve, na forma do artigo 42, §5º, CF, não foi estendido para o
servidor militar.

3.5. REMUNERAÇÃO

3.5.1 Sistemas de Remuneração

Desde a emenda 19/98, há dois sistemas de remuneração:


• Subsídio
• Vencimentos

a) Subsídio - Artigo 39, §4º, CF

• Conceito

A Constituição definiu subsídio como sendo a remuneração percebida em


parcela única, proibindo-se quaisquer vantagens, não importa de que natureza
(gratificações, adicionais, abonos, prêmios, verbas de representação ou quaisquer outras
modalidades).

Portanto, a marca do sistema de subsídio é a proibição do recebimento de


vantagens.

• Destinatário

Para identificar os destinatários deste sistema de remuneração por subsídio


utiliza-se o critério expresso, ou seja, serão remuneradas por subsídios as pessoas
expressamente enumeradas.

A Constituição diz que serão remunerados por subsídio:

i. Membros de poder (Presidente da República, integrantes do Congresso


Nacional, Ministros do Supremo)

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No artigo 95, ao trabalhar com as garantias da magistratura, a Constituição se


refere a inamovibilidade, vitaliciedade e irredutibilidade de subsídio.

O mesmo ocorre em relação ao Ministério Público, no artigo 128, §5º.

ii. Detentores de mandato eletivo

iii. Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais (Artigo 144,


§9º)

iv. Facultativamente, os servidores organizados em carreiras (Artigo 39,


§8º - caráter facultativo)

b) Vencimentos (ou remuneração)

• Conceito

Vencimentos e remuneração são expressões sinônimas e indicam o total


percebido pelo servidor, envolvendo:

i. Vencimento (salário base); e

ii. Vantagens percebidas, que podem ser conquistadas em caráter permanente


(exemplo: adicionais por tempo de serviço: anuênios, biênios, quinquênios, etc.) ou
temporário, dependendo da previsão legal

• Destinatários

O critério para definição dos destinatários é residual, ou seja, aqueles que não
receberem subsídio receberão vencimentos.

3.5.2 Teto de remuneração

Independente do sistema ao qual o servidor esteja vinculado, existe um teto de


remuneração, disposto no artigo 37, XI, CF. Também se submetem a esse teto aqueles
que titularizam cargos, empregos ou funções.

O mesmo vale para aqueles que se encontram na Administração Direta,


Autárquica ou Fundacional.

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Não entram nesse rol os servidores de Empresas Públicas e Sociedades de


Economia Mista, que estão regulados no artigo 37, §9º, CF, que diz “o disposto no
inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral”.

Assim, submetem-se ao teto:


• Remuneração / Subsídio
• Cargos, Empregos, Funções
• Direta, Autárquica, Fundacional
• Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mistas que receberem
recursos da União, Estados, Municípios e Distrito Federal para pagamento de despesas
de pessoal e de custeio em geral

Art. 37 - (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou
outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-
mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-
bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Na próxima aula veremos mais informações sobre esse teto disposto no inciso
XI.

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