Empresas
ÍNDICE ANALÍTICO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................2
NOÇÃO DE SISTEMA......................................................................................................................................3
LÓGICA, ARGUMENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E RAZOABILIDADE...................................................................................4
Falácia........................................................................................................................................................5
Preconceitos...............................................................................................................................................5
Juízo de Valor e Juízo Objetivo..................................................................................................................6
SISTEMA & CIÊNCIA......................................................................................................................................6
CIÊNCIA DO DIREITO (GERAL).....................................................................................................................7
CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO (SUB-GERAL).............................................................................................7
ABORDAGEM JURÍDICA..........................................................................................................................................8
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS.................................................................9
RAMOS DO DIREITO............................................................................................................................................10
Direito Natural.........................................................................................................................................10
Direito Positivo.........................................................................................................................................11
Direito Internacional...............................................................................................................................11
PÚBLICO...........................................................................................................................................................11
PRIVADO...........................................................................................................................................................11
Direito Nacional ......................................................................................................................................12
PÚBLICO...........................................................................................................................................................12
PRIVADO...........................................................................................................................................................12
FONTES DO DIREITO.................................................................................................................................12
HIERARQUIA DAS NORMAS...................................................................................................................................13
TIPOS NORMATIVOS.............................................................................................................................................14
Norma fundamental..................................................................................................................................15
Lei ordinária.............................................................................................................................................15
Lei Complementar....................................................................................................................................15
VIGÊNCIA DA LEI...............................................................................................................................................15
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS..................................................................................15
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS.........................................................................................16
PERDA DA VALIDADE DA LEI..............................................................................................................16
“VACATIO LEGIS”..................................................................................................................................17
Irretroatividade da lei...............................................................................................................................17
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS (HERMENÊUTICA)..........................................................................................................17
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS................................................................................18
Espécies de Tratados................................................................................................................................19
Tratados Normativos...........................................................................................................................................19
Tratados Contratuais...........................................................................................................................................19
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................................19
Constituição..............................................................................................................................................19
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO.................................................................................................20
PODER CONSTITUINTE DERIVADO....................................................................................................20
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS....................................................................................20
PODER DO ESTADO.............................................................................................................................................21
Divisão Orgânica do Poder - Tripartição................................................................................................21
Função Típica e Atípica............................................................................................................................21
Organização Político-Administrativa.......................................................................................................22
Da Ordem Econômica e Financeira.........................................................................................................22
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL....................................................................................................................23
INTRODUÇÃO
Para instigar e fomentar a reflexão gostaria de iniciar este trabalho com a seguinte
citação:
Mas nem tudo está perdido, pois só o fato de existir no homem essa sagacidade
investigativa do objeto do conhecimento, é que revela uma diferenciada capacidade,
em relação a outros seres vivos, de criar conexões entre idéias, de aferir conceitos
axiológicos, de gerar formas de pensamento para facilitar a compreensão do real, e
1
Existência, Validade e Eficácia são institutos jurídicos dos quais faremos breve menção em aula.
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também de atribuir a uma única palavra múltiplas idéias. As formas de raciocínio
lógico, axiológico, sociológicos dentre outras são mecanismos de valor na busca da
realidade.
Por isso e inúmeros outros motivos aqui não declarados, por absoluta limitação de
condições, espero que esta singela monografia, material de suporte para as aulas de
direito aos alunos dos cursos de Administração e Habilitações correlatas, que
inspiraram e continuam a inspirar este estudo, possa de alguma forma contribuir para
suscitar dúvidas e reflexões a respeito da área profissional setor que cresce ano a ano
no nosso país, e que tem impacto marcante na economia e reflexos jurídicos
importantes.
Noção de Sistema
Pode-se definir sistema como um conjunto de partes que interagem de modo a atingir
determinado fim, de acordo com um plano ou princípio; ou conjunto de procedimentos,
doutrinas, idéias ou princípios, logicamente ordenados e coesos com intenção de descrever,
explicar ou dirigir o funcionamento de um todo.2
Como este é um material de estudo específico, referente a uma área do conhecimento, não
podemos deixar de iniciar com alguns conceitos interdisciplinares que representam um
importante suporte profissional. São instrumentos que possibilitam a análise,
investigação, e até mesmo a racionalização dos problemas que um sistema apresenta.
Alguns entendem que o direito é um sistema aberto, pois sofre modificações pelas Emendas
Constitucionais, que criam e extinguem direitos e obrigações, bem como por leis, medidas
provisórias e regulamentos que constantemente alteram as regras do ordenamento jurídico,
porém há críticos que entendem o oposto e argumentam que a Constituição Federal faz
parte do sistema está dentro dele e não fora, por isso, o sistema é fechado e não aberto.
Assim, o que nos interessa no momento é entender que o Direito é um sistema. Um sistema
construído dentro de outros sistemas3 e que por sua vez convive lado a lado com inúmeros
sistemas4. (ver Figuras 1 e 2)
Para caminhar um pouco mais em direção ao nosso objeto de estudo, ou seja, “o sistema
Administração de Empresas”, é preciso também mencionar alguns instrumentos que
podem ser úteis nos processos de análise de um sistema. Por óbvio, não há possibilidade,
por razões já intuídas de falar com um pouco mais de detalhes de cada um desses
instrumentos. Chamo instrumentos porque são ferramentas de visualização, operação e
análise de situações e de problemas de um sistema.
Seria muita pretensão neste pequeno trabalho tentar discorrer sobre lógica, por isso, a
intenção é simplesmente dar a notícia.
Os pensadores mencionam dois tipos de lógica. A lógica formal e a lógica material. Para
entender o que significa a primeira basta pensar na matemática, nas ciências exatas, já a
segunda, significa pensar em argumentação, ou seja, a lógica material trabalha com
premissas que podem ou não ser verdadeiras e que mesmo não sendo podem conduzir a
raciocínios conclusivos e lógicos.
3
O sistema Federativo, Republicano e Presidencialista por exemplo.
4
Sistema econômico, político dentre outros.
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Um exemplo bem simples seria colocar as três premissas como se seguem:
1. se baleia é mamífero (verdade)
2. se todo mamífero é peixe (falso)
3. Então baleia é peixe (verdade/falso)
Note que há premissa falsa, mas mesmo assim conduziu a um raciocínio lógico. É
possível, portanto inferir que a verdade não importa muito para lógica e sim a forma de
construção do raciocínio, se indutivo ou dedutivo.
Falácia
Preconceitos
Por isso não posso dizer: não tenho preconceitos. Todos temos. O que é preciso saber se
são preconceitos que nos prejudicam de enxergar a realidade ou se são fontes de nossa
bagagem, ou seja, nosso conhecimento das coisas que podem ser úteis.
5
palavra
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Juízo de Valor e Juízo Objetivo
Nessa mesma linha é possível falar de Juízo de valor e Juízo Objetivo. Em geral a
tendência é acreditar nos padrões e modelos sociais que nos cercam. A mídia tem forte
influência nesse processo. Esses padrões acabam se infiltrando tão fortemente em nossas
vidas que pouco percebemos conscientemente nossas atitudes no ambiente em que
vivemos. Estão tão intrincados no nosso sistema mental que geralmente achamos difícil
isolar e examinar individualmente o que cada premissa significa.
Por exemplo, se pergunto a alguém se prefere ouro ou prata e essa pessoa me responde
que prefere ouro, posso perguntar-lhe:
Os exemplos acima demonstram que as premissas 1 e 2 são juízos objetivos, ou seja, são
baseadas em fatos, experiência e ciência. As premissas 3 e 4 são juízos de valor,
julgamentos subjetivos, sem qualquer base em fatos, mas em crenças e percepções
pessoais.
Se você procurar um argumento que seja forte, para convencer, persuadir, prefira aqueles
baseados em juízos objetivos, razões de fato. Argumentos baseados em juízo objetivo
estão mais próximos à realidade e por isso as chances do profissional, em qualquer área,
aumentam se ele entende a lógica da racionalidade.
Só é bom deixar claro que: como tudo na vida, não existem fórmulas prontas que
ensinam a receita de sucesso. Isso é ilusão. O que existem são áreas de conhecimento, e
as tentativas que o homem sempre fez de buscar clareza e aperfeiçoamento em tudo. Por
isso, diria que esses instrumentos são de aperfeiçoamento, pois nem sempre a
racionalidade funciona, às vezes a percepção intuitiva também traz benefícios desde que
propositada e moderada. É uma questão de escolha e bom senso.
6
relativo a dogmas e dogmatismos que se apresenta com caráter de certeza absoluta.
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Você pode estar se perguntando: O que tudo isso tem de importante para a Administração
de Empresas? Tem tudo de importante. Um profissional desse ramo, em qualquer função,
tem como objetivo final a satisfação dos clientes pelos serviços que presta ou produtos que
produz. A lógica e a razoabilidade agregam valor ao quadro de funcionários – o
patrimônio social da empresa. Por isso é fundamental entender a estrutura de pensamento,
os conceitos basilares que dão forma a uma área de conhecimento.
Abordagem jurídica
Como entender o Sistema de Administração de Empresas e o Direito? Conforme foi dito,
o Direito também é um sistema, podemos até ousar e definir esses sistemas da seguinte
forma:
Economia
Administração
Direito
Administração de
empresas.
A figura acima é uma tentativa reducionista de demonstrar os reflexos que um sistema tem
em outro. Digo reducionista porque pensar em sistema não é tão simples. O raciocínio
precisa ser abstrato, de difícil demonstração prática, porque envolve interligações e
relações complexas de um sistema no outro. Pode ser representado também conforme a
figura abaixo.
Economia
Direito Administração de
Empresas
Administração
Assim, note que o direito é amplo, se aplica a vários outros sistemas ou subsistemas. A
Economia como área de estudo tem subsistemas, assim como a área da Administração que
é nosso objeto de estudo dentro do Direito. A área da Administração tem várias
especificidades que compõem também um sistema.
Pense como seria difícil conviver numa sociedade na qual o direito permitisse fazer
justiça com as próprias mãos. O que o “ser” ( a pessoa) entendesse justo ou injusto,
passaria a ser mais relevante que o dever. Na verdade, Kelsen demonstrou que deve
existir um equilíbrio entre o ser e o dever-ser, ambos são importantes para o direito.
A justiça deve, portanto buscar sempre esse equilíbrio.
Assim como há inúmeras normas que regulam a vida em sociedade, setores da
economia também são normatizados, ou seja, há normas para tudo. Nesse sentido que
se entende a Administração de Empresas como um setor que está inserido dentro da
economia, do direito, da contabilidade, dentre outras ciências. Há normas gerais e
específicas para o setor.
A visão jurídica que sempre se deve ter, em primeiro lugar, é procurar um conjunto de
regras, de princípios que se aplicam em dada situação. Dessa forma, seria inadequado
até esta data, dizer que existe um ramo do Direito de Administração de Empresas, o
que existe é o ramo do Direito Societário, Direito Comercial, e o próprio Direito Civil
(que traz regras de direito comercial. Há normas de outros ramos do direito que se
7
idem anterior.
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aplicam às Empresas. Por exemplo: regras de Direito Civil, Direito do Consumidor,
Direito Penal, Direito Tributário, Direito Ambiental, Direito Comercial.
Poderíamos dizer que uma parte dos ramos, acima mencionados, é diretamente
aplicável na Administração de Empresas e por isso não é menos útil afirmar que o
Regime Jurídico da Administração de Empresas é Público e Privado. Público
porque sofre influxos de Direito Público, como por exemplo tributário e ambiental,
dentre outros ramos, e Privado porque há regras dispositivas como as do Código
Comercial e Código Civil.
Ramos do Direito
Internacional Público
Privado
• Constitucional
positivo • Civil
• Penal
Público
Direito • Tributário
Nacional
• Administrativo
• Comercial
• Processual
• Econômico
• Eleitoral
• Ambiental
• Consumidor (etc..)
• Civil (parte)
Privado • Comercial
Natural
7
Normas de ordem pública, impostas – não são negociáveis. (Direito ambiental, tributário etc)
8
Normas que permitem negociação entre as partes envolvidas. (Direito Civil, Comercial)
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Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao direito, porque diziam eles
que as leis eram feitas exclusivamente com motivações políticas, e ditadas por elas.
É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é natural é em todos os
lugares. O mesmo fogo, diziam, que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis
vigentes na Grécia divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o fogo é natural; o
direito, simplesmente artificial.
Direito Positivo
Ao contrário do direito natural, o Direito Positivo é aquele conjunto de regras
elaborados e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas,
as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país.
Direito Internacional
PÚBLICO
É um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da
comunidade internacional e organismos análogos.
Exemplo1: ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização
Internacional do Trabalho).
Exemplo2: Tratado de Kyoto, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc.
-A sociedade internacional caracteriza-se por ser universal, igualitária, aberta, sem
organização rígida e com Direito originário.
- Universal porque abrange todos os entes do Globo terrestre.
- Igualitária porque supõe igualdade formal entre os seus membros.
- Aberta porque todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam
membros sem necessidade de aprovação dos demais.
-A cooperação internacional é a regra que motiva o relacionamento entre os
membros, portanto, não há hierarquia entre as normas internacionais e as normas
internas de um país.
PRIVADO
É um conjunto de normas internas de cada país, elaboradas e instituídas
especialmente para definir se em determinados casos se aplicará a lei interna ou a lei
de outro país. Pelo Direito Internacional Privado regula-se;
• Conflito de leis no espaço
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• O comércio entre empresas privadas, com sede em países diferentes
• A situação do estrangeiro
• A nacionalidade
• A validade ou não de sentenças estrangeiras
• Bens referentes à legitima de estrangeiro, etc..
Direito Nacional
É o sistema legal elaborado para ser posto, vigente, em determinada época, dentro
das fronteiras de um país.
PÚBLICO
É composto predominantemente por normas de ordem pública , que são normas
imperativas, obrigatórias.
Exemplo: Se houve um homicídio, mesmo que a vítima concorde em não punir o
assassino, haverá punição, pois se trata de norma de ordem pública, prevista no
Código Penal.
PRIVADO
É composto predominantemente por normas de ordem privada, o que significa dizer
que são normas de caráter supletivo, vigoram apenas enquanto os interessados não
dispuserem do contrário, ou seja, enquanto a vontade deles permanecer, a norma é
lei entre as partes.
FONTES DO DIREITO
- Normas
1. Constituição (Federal / Estadual)
2. Lei complementar
3. Tratados e Convenções Internacionais
4. Lei ordinária
5. Lei delegada
6. Medidas Provisórias
7. Decretos
8. Regulamentos complementares
(NR, Resolução, Instruções, Portarias, Circulares, etc..)
-
-
- Costumes
É a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a
mesma obrigatória, ou seja, uma prática geral aceita como sendo o
direito. Exemplo: Fazer fila para pegar o ônibus, ou para entrar no
teatro.
Na falta de lei sobre determinado assunto o Juiz pode se valer do
costume.(art.4o. da Lei de Introdução ao Código Civil)
b. INDIRETAS
- Doutrina
O sistema legal, incluindo as normas, nestas as leis, precisa ser
interpretado. Essa interpretação não é feita só pelo judiciário. Aliás o
judiciário, muitas vezes, para fazer sua interpretação se socorre da
doutrina. Assim, a doutrina é uma interpretação realizada por
estudiosos da matéria, e pode ser considerada nos;
• Tratados;
• Seminários; (cujos debates foram publicados)
• Pareceres;
• Obras intelectuais como livros;
• Monografias.
- Jurisprudência
São decisões reiteradas dos tribunais. É a interpretação realizada
por juízes de todas as instâncias, e que servem de fonte para outros
juízes.
Constituição
Leis (ordinárias/complementares)
Contratos
Dentre as leis existem normas gerais e específicas. As leis específicas derrogam as leis
gerais no que for contrário, ou seja, a lei específica é que irá prevalecer se existir
contradição com a lei geral.
Assim, regras de responsabilidade civil que devem ser observadas por toda a sociedade
também devem ser pelos administradores.
O enfoque é dirigido para a legislação comum, ou seja, para o segundo degrau da hierarquia
das normas. Os regulamentos, por serem inúmeros não serão objeto de análise, exceto
alguns de crucial importância didática para a compreensão da sistemática jurídica voltada
para o setor privado.
Tipos normativos
9
A doutrina discute se os tratados internacionais têm status legal ou Constitucional. Alguns defendem que: se os tratados
internacionais versarem sobre direitos fundamentais da pessoa humana será acolhido no nosso ordenamento com status
Constitucional, do contrário será Lei Ordinária.
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Norma fundamental
- Consiste na lei maior, denominada também de carta magna, vincula todos os
ramos do direito e invalida as leis que com ela não estejam em harmonia.
Lei ordinária
- Leis ordinárias são aquelas que relacionadas a qualquer tipo de assunto. Aos
assuntos que exigem maior rigor na votação é reservado para leis
complementares.
Lei Complementar
Vigência da Lei
• O diploma legal que dispõe sobre a vigência da Lei é o Decreto-Lei 4.657/42
que é denominado de Lei de Introdução ao Código Civil – LICC.
• Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil, ninguém pode alegar que não
conhece a lei, ou seja, ninguém pode evitar cumprir a lei simplesmente alegando
ignorância. (art.3o.)
• Assim, a Lei pode revogar um Decreto mas um Decreto não pode revogar uma
Lei.
“VACATIO LEGIS”
Irretroatividade da lei
o MÉTODO SISTEMÁTICO
o O intérprete compara os diversos dispositivos legais
para buscar a “razão da lei”.
o MÉTODO COMPARADO
o Confrontação da lei brasileira com o direito
estrangeiro.
o MÉTODO HISTÓRICO
o Origem da lei, as discussões, vetos, situação
econômica que o país atravessava na época.
Espécies de Tratados
Tratados Normativos
• Estabelecem regras de interesse geral.
• Os Estados se obrigam ao cumprimento do tratado desde que esse
tratado transforme-se em norma interna.
• O tratado normativo estabelece regras gerais entre
Tratados Contratuais
• Estabelecem regras particulares entre os que assinam o taratado.
• Tem eficácia entre as partes contratantes.
Constituição
O que é Constituição?
10
Estado tem dois sentidos. 1- Estado como soberania, país; 2- Estado como Estado da Federação, ou seja,
Estado de São Paulo, Estado do Rio de Janeiro etc..
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de ser de alguma coisa e, por extensão, a de organização interna de seres e entidades.
Nesse sentido é que se diz que todo Estado tem Constituição, que é o simples modo de
ser do Estado.11
Características
-não é inicial
-é condicionado (art.60)
-é limitado
Tipos
-Executáveis
-Não auto-executáveis
Eficácia
Plena (forte)
-sozinhas esgotam toda a vontade do legislador constitucional. Não podem ser
diminuídas.
-não precisa de outra legislação
11
SILVA, José Afonso da. “Curso de Direito Constitucional Positivo”, São Paulo, Malheiros Editores,
1997.pgs.41-42.
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Ex.Todos são iguais perante a lei.
Ex.Regras de competência
Contida (forte)
-é uma norma de eficácia plena mas permite que o legislador infra-constitucional
reduza seus efeitos.
-Vale mesmo antes da lei que vai disciplinar.
Ex.art.5o XII Exame da ordem.
Enquanto não surgir lei está valendo o direito.
Limitada (fraca)
-não produzem efeitos plenos, são normas consideradas sem nenhum efeito pela
doutrina.
-Só valerá após a lei ser promulgada.
-Os efeitos da norma constitucional são limitados à promulgação de uma lei. A
doutrina traz duas espécies:
1o Norma Constitucional limitada de cunho programático-> depende de lei
complementar.
Ex.1direito de greve.
Ex.2 art.180 CF promoção e incentivo ao turismo.
2o Norma Constitucional limitada instituidora de princípio organizativo.
-traçam tarefas, programas para o Estado.
Ex.art.224 CF O Congresso Nacional instituirá o Conselho de Comunicação Social.
LEGISLAÇÃO COMUM
Poder do Estado
União
Estados
Organização Político-Administrativa DF
Municípios
Territórios
O Brasil é uma República Federativa formada pela ligação indissolúvel dos Estados,
Municípios, Distrito Federal e da União (arts.1o. e 18 da CF). A União detém a soberania
nacional, consistente num poder interno supremo. Os demais entes públicos têm autonomia
local.
A Constituição Federal trata nos arts. 170 a 192 da Ordem Econômica e Financeira, que
inclui:
Capítulo I – Dos princípios Gerais da Atividade Econômica (arts.170 a 181)
Capítulo II- Da política urbana (arts.182 a 183)
Capítulo III-Da política agrícola e fundiária e da reforma agrária (arts.184 a 191)
Capítulo IV-Do sistema Financeiro Nacional (art.192)
Limitações
Intervenção
Estatal
12
Licitação para compra de material administrativo, computadores etc.
13
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito e Processos Administrativos.
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 22
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Fomento
Obviamente qualquer intervenção do Estado, seja por meio de limitações ou fomento terá
impacto para as empresas privadas.
Pessoas
As pessoas podem ser titulares de direitos e passíveis de deveres, dividindo-se em duas
espécies básicas:
1. Pessoa Física
2. Pessoa Jurídica
PESSOA NATURAL
1. Absolutamente incapazes para exercerem atos da vida civil (art.3o.)
• menores de 16 anos
• deficientes mentais ou enfermos (que não tiverem discernimento para a
prática de atos)
• os que por causa transitória não puderem exprimir sua vontade.
2. Relativamente incapazes
1. Maiores de 16 e menores de 18 anos
2. Ébrios habituais
3. viciados em tóxicos
4. deficiente mental com discernimento reduzido
5. excepcionais (sem desenvolvimento mental completo)
6. pródigos
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
PESSOA JURÍDICA
(ART.40 do Código Civil)
1. DE DIREITO PÚBLICO
1.1. Interno
1.1.1. União
1.1.2. Estados, DF e territórios
1.1.3. Municípios
1.1.4. Autarquias
1.1.5. Demais entidades de caráter público criadas por lei.
1.2. Externo
1.2.1. Estados estrangeiros
1.2.2. Pessoas que forem regidas pelo direito internacional público
2. DE DIREITO PRIVADO
2.1. associações
2.2. sociedades
2.3. fundações
2.4. organizações religiosas
2.5. partidos políticos
Bens
(art.79 do Código Civil)
Considerados em si mesmos.
1.1. Imóveis
1.2. Móveis
1.3. Fungíveis e consumíveis
1.3.1. São fungíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade. (cadeira)
1.3.2. São consumíveis bens móveis cujo uso importa destruição imediata da
própria substância. (feijão)
1.4. Divisíveis
1.4.1. Os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. (Ex.chocolate)
1.5. Singulares e Coletivos
1.5.1. São singulares os bens que embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais. (Ex.porteira fechada – casa com tudo o que
tem dentro)
Fato Jurídico
Em sentido amplo:
1. FATOS NATURAIS
1.1. morte, nascimento, inundação
2. ATOS HUMANOS
2.1. Atos Jurídicos (contratos, casamento, testamento – conforme as normas jurídicas).
2.2. Atos Ilícitos (estelionato, homicídio, agressão – contrário ao direito).
Contratos
Os contratos são atos jurídicos que uma vez celebrados fazem nascer uma relação de
direitos e obrigações entre aqueles que o formalizam.
É bom salientar que essas provas não são taxativas, ajudam apenas a caracterizar uma
relação contratual. A relação contratual também pode ser provada por outros meios, como
testemunhas por exemplo.
Responsabilidade civil
Direito do Consumidor pode ser classificado como uma variação do Direito Civil. Alguns
autores classificam separadamente, outros destacam essa variação.
A responsabilidade civil nada mais é do que o dever de indenizar o dano que surge sempre
quando alguém deixa de cumprir um preceito estabelecido num contrato ou quando deixa
de observar o sistema normativo que rege a vida do cidadão.
Ato lícito
pura
Objetiva
Fato jurídico
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Noções de Direito 25
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impura
Responsabilidade
de terceiro
Fato do animal ou
coisa inanimada
Conceitos Exemplos
LEGALIDADE
o Esse princípio constitui umas das 1. Se uma Autarquia Federal quer cobrar uma taxa de
serviço de fiscalização, e não existe nenhuma lei que
principais garantias de respeito aos
mencione isso. A Autarquia não poderá cobrar essa
direitos individuais. Isto porque a
taxa. A administração só pode fazer o que a lei
lei, ao mesmo tempo em que os
determina.
define, estabelece também os
limites de atuação administrativa
2. Se um empreendimento empresarial, ao fazer
que tenha por objeto a restrição ao
terraplanagem para construção de uma de suas
exercício de tais direitos em
unidades encontra objetos antigos e decide cobrar das
benefício da coletividade.14
pessoas que querem visitar o terreno para ver esses
objetos caso não exista lei proibindo, a empresa
o Assim, com uma dicotomia inversa
poderá fazer isso. Porém se existir lei que atribua
a Administração Pública só pode
valor de interesse público, desapropriando esses bens
fazer aquilo que a lei determina,
a empresa não poderá exibi-los sob cobrança dos
enquanto o particular pode fazer
visitantes. Assim o particular pode fazer tudo aquilo
tudo aquilo que a lei não proíbe.
que a lei não proíbe.
Para o particular se aplica o
princípio da autonomia da vontade,
enquanto para a Administração
Pública o princípio da legalidade.
SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO 1- Direito de Propriedade. Um cidadão tem uma
casa. Paga os impostos e usufrui o bem
adequadamente. O Município do local onde
14
DI PIETRO, Maria Sylvia.Direito Administrativo. Atlas, S.Paulo, 2001.p.67
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 26
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o Este princípio é também chamado essa propriedade esta localizada decide
de princípio da finalidade pública, construir um viaduto que passará bem em
está presente tanto no momento de cima da propriedade referida. Para isso será
elaboração da lei, quanto no necessário desapropriar o imóvel. O que
momento de sua execução pela entra em choque será o Direito de
Administração Pública. Ele inspira Propriedade e o Princípio da Supremacia do
o legislador e vincula a autoridade Interesse Público. É claro que o interesse
administrativa em toda a sua público de construir um viaduto no local que
atuação. beneficiará muitas pessoas acaba
prevalecendo em detrimento do interesse de
Pode-se dizer que o direito público somente começou um único indivíduo. (Ressalva-se as
a se desenvolver quando, depois de superado o exceções para as hipóteses de ilegalidade no
primado do Direito Civil (que durou muitos séculos) e processo de desapropriação)
o individualismo que tomou conta dos vários setores
da ciência, inclusive a do direito, substituiu-se a idéia 2- Direito de Propriedade art.5o. XXIII da CF.
do homem como fim único do direito (própria do
individualismo) pelo princípio que hoje serve de 3- Função Social da Propriedade art.182 δ 2o.
fundamento para todo o direito público e que vincula e 4o. da CF.
a Administração em todas as suas decisões: o de que
os interesses públicos têm supremacia sobre os
individuais.15
PUBLICIDADE
o O princípio da publicidade inserido 1. O Código de defesa do Consumidor no art.37
no art.37 da CF, exige a ampla δ 1o. refere-se à publicidade e no δ 2o. do
divulgação dos atos praticados pela mesmo artigo à propaganda.
administração pública, ressalvadas
as hipóteses de sigilo previstas em Publicidade = informações técnicas
lei. δ 1o. “É enganosa qualquer modalidade de
Defesa da intimidade ou informação ou comunicação de caráter publicitário,
interesse social (art.5o. LX) inteira ou parcialmente falsa, ou por qualquer outro
Acesso à informação modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro
resguardado o sigilo da o consumidor a respeito da natureza, características,
fonte, quando necessário qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e
ao exercício profissional. quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.”
(art.5o.XIV). (grifos nossos)
IMPESSOALIDADE
Tem dois sentidos: em relação aos 1- Um ex-prefeito da Capital do Estado de São
administrados e em relação à própria Paulo, tinha um desafeto. Na tentativa de
administração. atingi-lo decretou a desapropriação de um
o Em relação aos administrados está imóvel que pertencia à essa pessoa. Como o
relacionado com a finalidade ocupante de um cargo público não pode
pública, ou seja, a administração prejudicar nem beneficiar particulares no
não pode atuar com vistas a exercício de sua função esse ex-prefeito feriu
prejudicar ou beneficiar o o princípio da impessoalidade, pois misturou
particular, uma vez que é sempre o assuntos pessoais com a atividade
interesse público que deve nortear administrativa, ou seja, não havia interesse
seu comportamento. público na desapropriação e sim interesse
pessoal.
Quanto à Administração, os atos administrativos são
imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa da Administração
Pública. O órgão é o autor do ato e não o funcionário.
CONTINUIDADE DO SERVIÇO
PÚBLICO
o Por esse princípio entende-se que o 1- A empresa “X” participa de uma licitação
serviço público, sendo a forma pela com o poder público e é contratada para
qual Estado desempenha funções realizar a construção de um Hospital. O país
essenciais ou necessárias à começa a atravessar uma crise econômica, e
coletividade, não pode parar. Dele planos são baixados, e a Administração
decorrem conseqüências Pública suspende o pagamento de todos os
importantes: contratos por um tempo determinado. A
Proibição de greve nos empresa “X” inconformada, paralisa a obra.
serviços públicos; (a greve Em conformidade com o Princípio da
só é admitida com certos Continuidade do Serviço Público a
limites art.37 VII CF) Administração poderá por si utilizar-se dos
equipamentos e instalações da empresa
Faculdade que se contratada para dar continuidade à obra.
reconhece à Administração
de utilizar os
equipamentos e instalações
da empresa com quem ela
contrata, para assegurar a
continuidade do serviço
público.
Atos Administrativos
Ex. Um auditor fiscal do Ministério do Trabalho realiza uma fiscalização na Empresa V5”
que tem uma unidade em construção. O Auditor constata vários problemas de segurança.
Os empregados estão expostos a riscos de saúde pela falta de saneamento básico como
banheiros inadequados; de integridade física pela falta de capacetes e EPIs (equipamento de
proteção individual). A lei e normas regulamentadoras exigem essas providências. De
acordo com os critérios de conveniência e oportunidade a autoridade administrativa
poderá:
1- Notificar a empresa para regularizar a situação em prazo determinado;
2- Multar e exigir a regularização dentro de determinado prazo;
3- Embargar (suspender a obra), multar e exigir a regularização dentro de
determinado prazo.
4- Embargar e exigir a regularização dentro de determinado prazo.
Autarquia Federal
Os teóricos dividem a Administração Pública em Direta e Indireta. A Administração
Pública Direta é composta por órgãos da Administração, ou seja, Ministérios, Secretarias,
Delegacias Regionais, enquanto a Administração Pública Indireta, segundo grande maioria
dos administrativistas, é composta por:
• Autarquias
• Fundações
• Sociedades de Economia Mista
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 29
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• Entes em colaboração com a Administração (Concessionárias, Permissionárias de
serviços públicos.
Infelizmente não há espaço neste trabalho para discorrer sobre cada uma delas, por isso
como o enfoque é a Administração de Empresas foi necessário falar do tema para situar
alguns órgãos reguladores do setor como as Agências Reguladoras que são autarquias.
Figura 7: Tributação
o Ação Estatal de exigir tributos
o Relações jurídicas que se estabelecem entre o fisco e contribuinte
Tributo
• É um instituto jurídico especial porque alcança:
o A liberdade e
o A propriedade das pessoas
• O que faz nascer o tributo é o fato imponível, ou seja, o fato gerador “in concreto”
• Conforme a lei (art.3o.CTN) nenhum tributo pode nascer de ato ilícito. Ex.Imposto
sobre o jogo do bicho.
Obrigação Tributária
• Tanto faz falar em Tributo ou em obrigação tributária. O que importa é que existe
uma relação jurídica e, portanto tem:
Sujeito ativo
16
Ou seja, o tributo não é multa tem por pressuposto a prática de um fato lícito qualquer. A multa nasce de
uma ilicitude.
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É o credor do tributo, aquele que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo.
É quem tema competência tributária e capacidade tributária ativa. Essa
capacidade é delegável a terceiros para ARRECADAR tributo.
PARAFISCALIDADE
É a delegação de capacidade tributária ativa que
a pessoa política por meio de lei faz a 3a. pessoa
a qual por disposição dessa mesma lei passa a
dispor do produto arrecadador.
Ex.INSS tem capacidade para arrecadar as
contribuições previdenciárias conforme Lei
Ordinária por delegação da União.
Sujeito Passivo
1. Pessoa políticas (pode-se dizer que não têm capacidade passiva plena porque
não são alcançadas pelos tributos)
2. Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista (essas têm capacidade
tributária passiva plena)
3. Empresas privadas
4. Particulares.
Tributo Impostos
Taxas
(art.145 CF) Contribuições de Melhoria
Impostos
• O tributo não é vinculado a uma atuação estatal. É exigido pelo Poder de Império do
Estado.
• O imposto é um tipo de tributo que tem como Hipótese de Incidência um
comportamento do contribuinte ou uma situação jurídica na qual ele se acha. (Ex.
compra de um veículo - IPVA, compra de um imóvel - ITBI)
Taxas
• São tributos vinculados a uma atuação estatal. (art.145 II CF) Pode consistir em:
o Serviço Público17 ou
o Ato de Polícia
No Brasil só taxa de Serviço Público e de Polícia são válidas. Outras taxas serão
inconstitucionais.
17
Coleta de Lixo, iluminação pública
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Contribuição de Melhoria
É o tipo de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal referida ao
contribuinte.
Obra pública que causa valorização imobiliária é requisito essencial para a contribuição
de melhoria.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Alguns tributos só poderão ser exigidos no exercício seguinte àquele em que foi publicada a
lei que os instituiu ou aumentou.
Exceções ao princípio também denominada de Anterioridade Especial.
• II
• IE
• IPI
• IOF
• Impostos extraordinários (guerra)
• Empréstimos compulsórios ( calamidade pública, guerra ou expectativa de guerra)
• Contribuições sociais para a seguridade.
É a norma que cria o tributo. Para ser considerada perfeita deve conter:
• Hipótese de incidência
• Sujeito Ativo
• Sujeito Passivo
• Base de cálculo
• Alíquota
A Base de cálculo:
• É a dimensão legal da materialidade do tributo. È a perspectiva da Hipótese de
incidência. Portanto, deve guardar uma correlação lógica com a hipótese de
incidência, caso contrário o tributo não é válido e não sendo válido não poderá ser
exigível.
!--------------!----------------------------!
BC
_______________________________
Hipótese de Incidência
Ex.2 ICMS
H.I.= vender mercadorias
B.C.= preço da venda mercantil realizada
Ex.3 IPTU
H.I.= ser proprietário de imóvel urbano
B.C.= valor venal (mesmo que real)
Deve existir uma correlação entre a B.C. e a H.I. Se não existir essa correlação o tributo
não é exigível.
Ex. Em Porto Alegre o município cobrava imposto dos proprietários de imóveis por
rendimentos dos aluguéis.
H.I.= ser proprietário
B.C. rendimentos de aluguéis.
(não há correlação da H.I. com a B.C.)
Ex.Em São Paulo ocorreu um descompasso na cobrança da Taxa de limpeza com B.C. no
valor venal.
ALÍQUOTA
Para o IPTU uma alíquota de 10% é confiscatória, porque após alguns anos o imóvel estaria
confiscado.
Alíquota Progressiva
Quanto maior a base de cálculo do imposto, tanto maior deverá ser sua alíquota.
Alíquota
Base de cálculo anual em R$ Parcela a deduzir do imposto em R$
%
Até 14.992,32 - -
De 14.992,33 até 29.958,88 15,0 2.248,87
Acima de 29.958,88 27,5 5.993,73
Tabela aprovada pela Lei nº 11.119, de 25 de maio de 2005, com a redação dada pelo
art. 1º da Lei nº 11.311, de 13 de junho de 2006, produzindo efeitos a partir de 1º de
fevereiro de 2006.
Bibliografia
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PERELMAN, Chaim. Ética e Direito. São Paulo, Ed.Martins Fontes, 2a. tiragem, 1999.
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HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Ed.Objetiva, Rio de
Janeiro, 2001.