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Introdução

As esperanças e as angústias da humanidade permanecem mais ou menos inalteradas ao longo das várias eras. No entanto existem razões objectivas para considerar que do final do séc. XX para cá estamos a viver um importante período
histórico de transição, com a grande diferença que essas mudanças são agora de caracter global. À luz do pensamento Iluminista, cuja influência é determinante no pensamento de Karl Marx, e que marca toda a forma de pensar do sec. XX,
através do conhecimento da história e do desenvolvimento técnico e cientifico, a humanidade seria capaz de tornar o mundo mais ordenado e estável.
Ao contrário, parece que o surgimento de novos riscos e incertezas, decorrentes desse mesmo desenvolvimento aumentaram o descontrolo do mundo em que vivemos, com a agravante desses problemas serem agora "globais", por isso
mais diversificados e nos atingirem a todos em todas as dimensões da nossa vida. Esta situação promove uma certa tolerância cosmopolita, que convive bem com esta complexidade cultural, mas também provoca grandes rupturas nos sistemas
tradicionais, conduzindo ao surgimento de novos fundamentalismos tradicionalistas e com estes o perigo da violência. A resposta possível será a da expansão e reforço dos sistemas democráticos através deste fenómeno da "globalização".

Este conceito de "globalização", impõem-se por toda a parte em menos de duas décadas, não permitindo a ninguém ignorá-la. "Apareceu não se sabe de onde, para chegar a quase todos os sítios". Como é natural, um termo tão repentino,
nem sempre traduz um conceito claro. Basicamente a palavra traduz a tese de que agora todos vivemos num único mundo, mas isto leva-nos para campos contraditórios quando se tenta definir o que é exactamente isto de vivermos num único
mundo. Giddens divide em dois grandes grupos as reacções ao conceito, por um lado os cépticos, que não acreditam no conceito de globalização económica e que segundo estes não existem diferenças consideráveis entre as trocas comerciais
actuais e as que sempre existiram no mundo. Esta facção dos cépticos tende a pertencer à velha esquerda política e continuam a acreditar que o conceito de Estado-nação não está em causa, com os respectivos governos a manterem a
capacidade de controlar a vida económica e a manter os benefícios do Estado-providência. Segundo estes, a globalização é uma ideia dos que pretendem a liberalização do comércio e a destruição dos sistemas de segurança social.
Do lado oposto estão os radicais, para os quais a globalização é um facto bem concreto e incontornável, mesmo que por vezes apresente um caracter destrutivo. Para esta facção não há dúvidas que o mercado global passou a barreira das
fronteiras nacionais, retirando soberania aos Estados-nação e poder político aos seus governantes.
Neste debate, Giddens toma posição pelos radicais, uma vez que reconhece não haver paralelo entre a economia actual e a das épocas anteriores. Isto deve-se sobretudo ao facto do dinheiro hoje existir apenas como informação digital, o
que permite um volume e uma rapidez no processamento das transferências financeiras, a partir de qualquer local no mundo, com flutuações constantes dos mercados como nunca antes aconteceu.
Mas ambas as facções cometem um erro ao terem uma visão meramente economicista deste fenómeno. Na verdade o seu caracter mais inovador e revolucionário tem origem no progresso dos sistemas de comunicação, que tornam a
globalização também política, tecnológica e cultural e desta forma com implicações em praticamente todos os aspectos das vidas das pessoas, tanto na sua dimensão social, como na pessoal e intima. Este facto, obriga à admissão de uma rede
complexa de processos que operam de forma contraditória ou oposição aberta entre si.
Tomando como exemplo os Estados-nações, podemos ter a noção que a globalização transfere parte do poder e da influência destas estruturas, de um nível mais local, para estruturas mais globais , sobretudo económicas, que as transforma
numa espécie de estruturas intermédias, sem poder de resolução dos problemas de ordem global e desautorizadas e desajustadas para a resolução dos problemas de ordem local. Este enfraquecimento leva ao reaparecimento e reforço das
identidades locais, mas também ao florescimento de novos nacionalismos, assim como o reagrupamento e surgimento de novas zonas económicas e culturais de ordem infra e supra nacionais. Deste ponto de vista, a globalização exerce pressão
em todos os sentidos.
Esta pressão, moldada pela tecnologia e novos meios de difusão cultural, com o sistema financeiro global com uma capacidade de influência determinante, leva ao colapso do comunismo soviético, que se revela incapaz de resistir a estas
mudanças e à capacidade de influência e difusão dos meios de comunicação, principalmente a televisão. Parece assim evidente que sem nenhum grupo significativo de países fora do sistema, a globalização evolui de forma parcial, revelando
assim as suas consequências menos benignas, que leva uma visão mais pessimista e desconfortável do fenómeno, a entende-lo como uma ocidentalização ou até mais especificamente uma americanização do mundo. A influência das grandes
multinacionais americanas e de outros países ricos é inegável e provocou um aumento acentuado das desigualdades económicas, culturais e ambientais entre os países ricos e os países pobres. De tal forma que se poderia dizer que em vez da
aldeia global, estamos perante uma pilhagem global.
Por outro lado, a globalização tem-se revelado como um fenómeno com uma grande capacidade de descentralização, cujos efeitos se fazem sentir cada vez mais, em qualquer parte e cada vez mais independente do controlo de países ou
companhias. O que tem vindo a permitir a existência de influências completamente novas, como é o caso dos países não ocidentais, que conquistaram a capacidade de influenciar os modos de vida dos países ocidentais . Este facto é revelador da
complexidade da questão e da impossibilidade de respostas simples.
No centro desta questão está a liberalização do comércio mundial, capaz de criar dependências e vulnerabilidades destrutivas de economias mais frágeis, principalmente ao nível local e de países com menor desenvolvimento económico e
tecnológico. Se neste contexto, a negação da globalização económica e o excesso de proteccionismo, não parece ser benéfico para nenhuma das partes, também não pode ser ignorada a necessidade de um quadro institucional, que imponha
critérios à actividade dos mercados. Voltamos assim à capacidade política dos Estados-nação e ao poder que os seus dirigentes ainda detêm apesar de todas as transformações em curso. Sendo óbvio que nenhum país detém por si só
capacidade para alterar o sentido dessas transformações, estes enfrentam riscos e perigos comuns à sua própria natureza. E tal como as nações, todas as instituições clássicas como a família, o trabalho, a tradição, a natureza, estão a sofrer
profundas modificações em toda a parte. Giddens chama-lhes "instituições incrustadas", ou seja instituições que se tornaram inadequadas para as tarefas que são chamadas a desempenhar, mas que apesar da carapaça exterior se manter
aparentemente inalterada, estão em profundas alterações internas. À medida que estas instituições vão adquirindo massa suficiente, estão a criar o que nunca existiu antes: uma sociedade cosmopolita global. Somos os primeiros a ter este
desafio, resta saber se seremos capazes de conduzir esta mudança em favor de um mundo melhor.

Não podemos ter ainda certeza, mas temos de admitir a possibilidade, de que o nosso habitat terrestre esteja a sofrer profundas alterações climáticas e outros estragos provocados pelo desenvolvimento industrial global, ou seja por nossa
responsabilidade. Esta incerteza remete-nos para a noção de risco, uma palavra que como conceito, não existia na Idade Média, nem na maioria das culturas mais tradicionais. Este conceito terá tido início, com as navegações ibéricas, para
caracterizar os mares ainda desconhecidos, portanto com uma noção de espaço. Passou também a incluir uma noção de tempo, quando o sistema bancário o adoptou para o cálculo de investimentos e empréstimos. Assim, acabou por se referir a
uma enorme diversidade de situações onde existe incerteza e probabilidade, ideias inseparáveis da noção de risco que temos hoje. A primeira característica da civilização industrial da era moderna, é ser uma sociedade que tenta activamente
desligar-se do passado e por isso a necessidade do uso corrente do conceito de risco, pois este refere-se a perigos calculados em função de possibilidades futuras. Ao contrário, as culturas tradicionais não precisavam dele, uma vez que pela sua
ligação ao passado lhes era mais útil as ideias de acaso, perigo, destino, ou vontade dos deuses, para as mesmas situações que agora consideramos de risco. Isto não quer dizer que as noções de magia, destino e cosmologia tenham
desaparecido das sociedades modernas, pois continuam em muitos casos a ser usadas como rituais que, em termos psicológicos, servem de apoio a decisões mais calculadas e ajudam a reduzir as incertezas que uma tomada de decisão tem de
enfrentar.
Desde a primeira fase da sociedade industrial moderna, o risco apresenta-se em duas faces: um lado positivo e outro negativo. A aceitação do risco também é um dos requisitos para a excitação, a aventura e o prazer e por isso a sua
aceitação positiva é a própria fonte de energia criadora de riqueza numa economia moderna. É a dinâmica estimuladora de uma sociedade empenhada na mudança e na determinação do seu próprio futuro sem dependência da religião, da
tradição ou dos caprichos da natureza. Ao calcular possíveis ganhos e perdas, num processo contínuo, o capitalismo moderno coloca-se no futuro e isto é o que o distingue de todas as anteriores formas de organização económica. Por isso
pretende reduzir ao máximo, os muitos riscos que existem, e é assim que com a origem desta noção, está também a criação dos seguros. Estes destinam-se a proteger as pessoas contra riscos que antes eram considerados como dependentes da
vontade dos deuses. Neste sentido é a base de segurança, a partir da qual as pessoas se preparam para assumir riscos e de onde as vicissitudes do destino são afastadas por um contrato activo com o futuro. Por isso, só tem sentido de ser
quando se acredita num futuro construído pelo homem, constituindo-se assim como um dos alicerces dessa construção. Isto processa-se pela transferência e redistribuição desse risco, do segurado para as seguradoras privadas ou para a
segurança social. Esta transferência é uma condição essencial para o funcionamento do capitalismo moderno, porque através dela, o risco era considerado um meio de regular e dominar o futuro.
No entanto, na opinião de Giddens, adquire na nossa época uma importância nova e peculiar, pois as tentativas que fazemos para controlar o futuro, acabam por se voltar contra nós, obrigando-nos a novas incertezas. Assim, distingue dois
tipos de riscos: risco exterior, que nos chega de fora, imposto pela tradição ou pela natureza. E o risco provocado, que resulta do impacte do nosso desenvolvimento tecnológico, sobre o meio ambiente e que afecta, não só a Natureza, como
também as instituições tradicionais. Aos riscos tradicionais, originados pela natureza exterior, como: más colheitas, fome ou cataclismos naturais; e que afectam ainda ainda em grande medida os países pobres; sobrepõem-se hoje, o risco criado
pela intervenção do homem, que afecta praticamente todos os aspectos do ambiente material que nos rodeia. Por isso as formas tradicionais de fazer as coisas estão-se a diluir e a sensação de que ninguém sabe muito bem o que fazer. Em
muitas situações estamos a partir do zero, como novos pioneiros.
À medida que o risco provocado pelo homem se expande, torna-se mais "arriscado" e está-nos a retirar a capacidade de cálculo, por desconhecimento do que enfrentamos. Exemplos disto são as ameaças de acidentes nucleares, de novas
doenças derivadas das formas actuais produção alimentar ou das mudanças climáticas.
Estas incertezas, promoveram o aparecimento de um novo clima moral na política, caracterizado por um jogo de puxa e empurra, entre acusações de alarmismo, de um lado e de ocultação de factos do outro. Os paradoxos criados entre a
informação necessária para reduzir os riscos e o que pode ser considerada alarmista; sobretudo se essa informação diminuir mesmo o risco; e a ocultação de factos, com a justificação de evitar o alarmismo; que pode levar a um agravamento
exponencial do risco; e a própria discussão sobre o que se considera ser um risco, estão a tornar-se rotineiros e difíceis de resolver. A distinção entre os especialistas, cuja opinião era respeitada e os leigos que dela usufruíam, está a diluir-se de
forma global, à medida que a ciência e a tecnologia fazem parte constante da vida de todos e a informação nos permite comparar a existência de contradições e mutações permanentes, entre as muitas opiniões e descobertas dos especialistas.
O "principio de precaução", propõe que devem ser tomadas medidas de protecção contra riscos ambientais e por arrasto contra outras formas de risco, mesmo que não haja dados científicos seguros sobre eles; e há quem o defenda como o
meio mais eficaz, para tratar o problema do risco criado pelo desenvolvimento, porque limita as responsabilidades. No entanto, e apesar de ter já ajudado a resolver alguns problemas concretos, nem sempre é aplicável ou defensável, porque
limitar a inovação em vez de a estimular, pode também por si mesmo provocar desequilíbrio na relação beneficio/risco que podem derivar dos avanços científicos, tecnológicos e sociais. Na verdade, todos estes progressos arrastam consigo riscos
e dados desconhecidos, com consequências imponderadas, mas ajudam a resolver outros já existentes. Assim, somos sempre forçados a gerir o risco e essa gestão exige a colaboração entre todos, países, especialistas e cidadãos comuns,
porque a grande maioria destes riscos são globais e afectam-nos profundamente na nosso quotidiano.
Isto não quer dizer que a nossa época seja mais arriscada ou perigosa que épocas anteriores, o equilíbrio entre esses perigos e riscos é que se alterou. Os perigos criados por nós são agora tão ou mais ameaçadores do que os que nos são
exteriores e afectam-nos em todos os pormenores da nossa vida. Inevitavelmente isto está a gerar o surgimento de religiões e movimentos hostis à ciência e ao pensamento racional. Giddens pensa que esta atitude não faz sentido, uma vez que
sem a análise cientifica nem conseguiríamos ter noção da existência desses riscos. Uma maior discussão e participação acerca das mudanças tecnológicas podem ajudar a evitar algumas das suas consequências mais gravosas. O controlo do
risco será sempre uma necessidade, mas, como já foi explicado, este não pode ser visto apenas pelo lado negativo. Afinal a raiz da palavra "risco", no português original, deu também origem à palavra"ousar".

No mundo actual, muitas das tradições que consideramos alicerçadas em tempos imemoriais, não passam, na sua grande maioria, de produtos criados no ultimo par de séculos e até muito mais recentemente. A história e a arqueologia

Globalização Vs. Mundialização

Globalização: Origem anglo saxónica, referente à expansão capitalista que visa aumentar os mercados e os lucros. Tem início no ocidente e alastra-se para o resto do mundo.

Mundialização: Termo familiar às línguas neolatinas, refere-se à interligação entre o mundo na sua inteireza. O mundo como um todo faz parte do indivíduo e este tem características desse todo universal. (teoria do holograma,
MORIN, 1995)

Divide o mundo em duas partes relativamente às posições adoptadas face à globalização


Para o autor a Globalização é:

• Revolucionária
• Política, tecnológica e cultural
• Influenciada pelos progressos em termos de comunicação
• Origina produtos que são fruto da combinação entre as novas tecnologias da comunicação e a globalização (ex.: Personalidades que vivem em locais muito distantes de outras pessoas e no entanto estas conhecem-nos
melhor do que os seus próprios vizinhos, pelo menos em termos de imagem)
• Fenómeno interior que afecta profundamente as nossas vidas
• Reacende identidades culturais
• Levou ao culminar do comunismo

Problemas levantados pelos pessimistas:

• Globalização – uma ocidentalização monopolizadora


• Destruidora das culturas locais e aumento das desigualdades

Soluções de Giddens:

• Globalização é cada vez mais um fenómeno descentralizado (os vários países do mundo influenciam-se mutuamente e não apenas no sentido Oeste-Este)
• Globalização pode ser destruidora de economias locais, no entanto opor-se a ela é uma estratégia desajustada
• As instituições alteram-se por dentro mantendo a mesma aparência; (instituições como família, trabalho, casamento têm de ser substituídas para se adaptarem à globalização porque esta veio para ficar)

Risco

Noção de risco: século XVI, XVII à viagens ultramarinas

Excitação/ aventura

Seguros: primeiros seguros marítimos datam de 1782 (Londres)

Acreditar no futuro construindo pelo homem

O risco não desaparece – transfere-se para a seguradora

Economia capitalista

--> Risco exterior à imposição da tradição ou da natureza

--> Risco provocado à risco provocado pelo desenvolvimento tecnológico sobre o meio ambiente

Alarmismo = gripe das aves;


Ocultação = factor laranja

Tradição

A palavra tradição tem origem na palavra latina tradere, que significa transmitir

· Giddens refere que as tradiçoes que hoje conhecemos são recentes, têm apenas 3 séculos: exemplifica esta afirmação com o caso dos kilts escoceses, explicando que na sua génese estes nem sequer são escoceses mas sim
irlandeses, tendo entrado na Escócia por volta do século XVIII e evoluindo de uma veste completa para apenas um género de saia.

· Deste modo o autor britânico explica como se fabrica uma tradição, acrescentando que estas construções são a forma da modernidade garantir a lembrança do passado de uma forma moralmente válida, bem como uma forma
de construir uma identidade nacional ou local

· Como qualquer outro aspecto da vida humana, a globalização afecta a tradição: ainda no caso dos kilts escoceses, não só os nativos daquele país os usam, tendo-se tornado um adereço de moda, subvertendo a tradição escocesa
em mais uma peça de roupa.

Família

Giddens aponta vários factores para a transformação das famílias nestes tempos globalizados:

1. Divórcio – surgem as famílias monoparentais em que os filhos passam a semana com um progenitor e o fim-de-semana com outro, acabando eventualmente por ter duas famílias, com direito a madrasta, padrasto e meios-
irmãos.

2. Casamento por amor – este fenómeno relativamente recente pode de algum modo ir contra a ideia de família tradicional que podemos ter. O amor com as suas vicissitudes próprias pode não ser compatível com a racionalidade
necessária para construir uma família dita normal.

3. Emancipação da mulher e a realização profissional desta são incompatíveis com família tradicional, na medida em que a mãe deixa a função de doméstica a tempo inteiro, tornando-se uma profissional em que a carreira está
em primeiro lugar.

4. A homossexualidade cada vez mais assumida e legalizada em alguns países através da possibilidade de casamento leva ao surgimento de novas espécies da família.

Democracia

Conceito nascido na antiga Grécia com um significado diferente da dos dias de hoje.

Características principais:

• Competitividade política (mais do que um partido);


• Eleições regulares e honestas;
• Baseada nas liberdades civis: Liberdade de Expressão; Liberdade de Discussão; Liberdade Pertença a Grupos; Liberdade Política.

Democracia – Globalização
Intrinsecamente ligadas

(Se não existisse Democracia, a Globalização não se teria propagado – como é o caso dos países não democráticos – e se não houvesse Globalização a Democracia não se teria espalhado pelo mundo tão rápida e eficazmente como
aconteceu)

Principais Impulsionadores: Revolução Americana, Revolução Francesa, Revolução Industrial

--> Expansão da Democracia ainda que exista um aparente desinteresse e desconfiança nos políticos e nas suas decisões.

--> Embora a Democracia apresente várias falhas, a Fé neste sistema político mantém-se sendo este visto como a melhor política a adoptar. Contudo o constante aumento da abstenção nas eleições e as manifestações contra os
vários sistemas políticos leva a pensar que a Democracia começa a perder poder.

Comunicação Social como Messias da Democracia. Porquê?

Os Órgãos de Comunicação Social funcionam como reguladores entre a população e os políticos, apresentados as virtudes e os defeitos da Democracia. Exemplo do autor: Não existe mais corrupção agora do que antigamente,
mas agora (e muito graças à Comunicação Social) esta é descoberta com mais frequência.

Existe portanto uma questão premente:

Será que a Democracia será ultrapassada por outro sistema político que inspire mais confiança ou será que o aperfeiçoamento desta (também devido a uma maior relevância dos Órgãos de Comunicação Social) levará a uma
permanência “infinita” da Democracia?

P O S T ED B Y J O NJ O N A T 10: 52 A M

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▼ 2007 (9)
▼ May (3)
Conclusão
Resultado do Inquérito "És globalizado"
O Mundo na Era da Globalização - Resumo
► April (1)
► March (5)

SU G E STÕE S DE VI SI TA

A Sociedade do Conhecimento
O Desafio da Água
JOBLESS
Guerras do século XXI
As Globalizantes

Com este breve texto pretendo analisar a breve obra O Mundo na Era da Globalização de Anthony Giddens, a qual se encontra dividida em cinco capítulos:1 Globalização; 2 Risco; 3 Tradição; 4 Família; 5 Democracia.
Seguindo esta ordem na análise, penso ser mais metódico assinalar com asterisco
cada vez que passar à análise do capítulo seguinte, para evitar rupturas no texto.
Tal como em todos os períodos da história do Homem, paira sobre a nossa cabeça o cenário escatológico de que o Mundo caminha a passos largos para o seu fim. No entanto, porquê não pensar que, se o Mundo se formou tantos milhões de
anos antes de nós1 porque é que não perdurará por outros tantos ou mais ainda?
Num século em que o desenvolvimento e a globalização são temas de conversa em qualquer canto do Mundo, penso que seria útil analisar a questão do ponto de vista de que os esforços que se fazem para acelerar esse processo de evolução e
globalização podem ser, simultaneamente, o princípio do fim.
Há que equacionar se é preferível apostar desenfreadamente no desenvolvimento da ciência e da tecnologia em busca de uma melhor qualidade de vida ou por um avanço mais racionalizado das mesmas, procurando atingir um maior coeficiente
de esperança média de vida e preservação ambiental.
Afectando todos os campos do social, a globalização está, directa ou indirectamente, a alterar bruscamente o modus vivendi da população mundial, contribuindo para o levantamento de movimentos radicais, entre os quais o terrorismo se assume
como o mais ameaçador.
Será sobre este prisma de transformação total dos nossos comportamentos viven- ciais que a globalização deverá ser avaliada, e não apenas pelo facto da grande maioria das populações ter acesso a tecnologias
Recensões/ Notas de leitura
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Recensões/ Notas de leitura
avançadas e de ser possível estabelecer contactos em tempo real entre os quatro cantos do Mundo.
No debate da globalização destacam-se duas grandes facções: a dos cépticos, que julga que a “ economia global não é assim tão diferente da que existia em períodos antecedentes” e que a globalização é apenas um forma dos liberalistas
comerciais destruírem os sistemas de segurança social e diminuir os gastos públicos, pois os governantes de cada país continuam a conseguir controlar a vida económica e a manter os benefícios do Estado-Providência, e a dos radicais, que
defendem que o pro- cesso de um Mundo Global se faz sentir por toda a parte e que a partir dos anos setenta os chefes de governo foram, gradualmente, perdendo o controlo dos acontecimentos, passando este para as mãos das grandes
organizações mundiais e de empresas/ entidades supranacionais.
Não entrando em conflito, certo é que o volume do comércio externo é hoje maior do que nunca, as transacções financeiras mundiais aumentaram consideravelmente nos últimos anos e o nosso dinheiro ganha ou perde valor de um momento
para o outro devido a acontecimentos ocorridos em qualquer parte do globo.
Porém, a globalização não é apenas económica. Como a própria palavra indica, atinge a globalidade dos sectores, e acima de todos, como já referi, o da vida social.
Um dos acontecimentos que mais potenciou este rol de alterações foi o desapa- recimento do bloco comunista soviético pois deixou de existir um grupo de países que estivesse for a do sistema global.
*Encarada do ponto de vista meramente económico, a globalização poderá ser
caracterizada pela negativa, pois é responsável pelo aparecimento de entidades culturais, passíveis de desencadear conflitos, e pelo aumento das desigualdades, criando um ambiente de vencedores e vencidos. Posto isto e analisando também
o que de positivo a globalização pode acarretar, torna-se extremamente difícil julgá-la benéfica ou prejudicial para a sociedade.
Digo isto porque os riscos não derivam apenas do factor económico e porque a sociedade tem de estar preparada para viver, e se possível contrariar, esses mesmos riscos, típicos de quem quer sempre ir mais além. Mas, sem arriscar não haverá
progresso. Resta saber se esse risco se transformará em algo de positivo ou negativo, pois, cada vez mais, o Homem preocupa-se com o que ele fez na Natureza e não com o que a Natureza lhe pode fazer.
*Isto resulta do facto de o risco não afectar “apenas a Natureza, ou aquilo que costumava ser a Natureza”, pois vai influenciar também outras áreas como o casamento, a família e outras instituições.
Até as próprias tradições têm sido afectadas pelo processo de globalização. O que se julga hoje ser tradicional, não passa de um conjunto de hábitos inventados há relativamente poucas décadas. “Tradição inteiramente pura é coisa que já não
existe”.
No entanto, para Giddens, as principais características da tradição devem ser o ritual e a repetição, e não a sua idade, dando como exemplo a mensagem de Natal proferida pelo monarca do Reino Unido todos os anos.
O que se verifica em todo o Mundo é o abandonar de certas tradições e o adaptar de outras ao estilo de vida actual. Pode-se assim dizer que se está a construir um conjunto de tradições não tradicionais, ou seja, está-se a modernizar a tradição.
*Tal como no caso anterior, e talvez no seguimento dessa mesma linha , também a vida familiar tem sofrido profundas modificações provocadas por este Novo Mundo em que vivemos. São exemplos práticos desta situação as várias leis que têm
sido criadas ou alteradas sobre o casamento, o divórcio, a criação dos filhos e seus direitos ou mesmo as relações homosexuais. Verifica- se, cada vez mais, que as alterações fami- liares ocorridas no Ocidente também influen- ciam as famílias
mais tradicionais do Oriente, e para melhor segundo Giddens.
*Para terminar a sua obra, o autor traça a relação existente entre desenvolvimento/ globalização e a democracia.
Na sua opinião, claramente democrática, só é possível atingir a democracia apoiando- nos no desenvolvimento e este só poderá ser efectivado perante a existência de regimes puramente democráticos.
Em jeito de conclusão, fica a ideia de que estando a globalização a influenciar todos os campos da nossa vida quotidiana, é necessário que a mesma seja levada em conta e medida certas para que os “desastres” não sejam superiores aos
benefícios.

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