12/03/2010 - sexta-feira
Livros:
Paulo de Bessa Nunes – na parte teórica/conceitual. Na parte de direito estão todos
ultrapassados/defasados.
Reposição de aula:
25 (quinta-feira – 2º horário) e 27 (sábado – 08:00 ao 12:00) de março;
Se precisar pode assistir as aulas em outro horário:
Aula de manhã 9:15h sexta-feira;
Aula de tarde 15:00h quarta-feira;
MEIO AMBIENTE
É aquele onde se insere o homem.
• Artificial – meio ambiente do trabalho, cultural, urbano
• Natural – não foi produzido pelo homem, pode ser transformado, mas não foi criado
pelo homem. Esta disciplina só trata deste meio ambiente.
Qual a diferença do meio ambiente natural e da natureza?
A natureza não tem ligação com o homem, é o conjunto de todos os seres que compõem o
universo. Ex.: fauna, flora, animais, bactérias, homem...
Alguns chamam de ecologia, mas também é diferente, pois é uma ciência que estuda o meio
ambiente natural.
Sujeito do direito ambiental
O homem é o sujeito principal do direito ambiental. O meio ambiente é um sujeito secundário.
Objeto do direito ambiental
Manter um meio ambiente ecologicamente equilibrado (para as presentes e futuras
gerações).
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Dano ambiental
É uma transformação no meio ambiente que pode ser:
• Potencial; ou
• Sem gravidade (não potencial)
Características do direito ambiental o do meio ambiente:
1) Bem público
a. Uso comum do povo –
Obs.1: “uso comum” – não significa gratuidade;
Obs.2: “...do povo” – não significa livre acesso. Pode ter limites: acadêmicos,
horário, restrito a autoridade competente...
b. Especial – é utilizado pelo poder público na prestação do serviço público. Ex.:
prédio, repartição, os móveis dentro da repartição
c. Dominical – bem sem utilidade para o poder público. O bem público dominical é
alienável, ou seja, pode ser leiloado (licitação). Pode ser um bem:
i. Próprio da administração;
ii. Por doação;
iii. Por dação em pagamento
2) Direito fundamental
3) Direito humano
Direito Humano Direito Fundamental
Direito inerente ao ser humano, nasce São direitos inseridos numa Constituição.
com o homem. É um direito anterior à Direitos humanos e outros que são normas
noção de Estado. Ex.: vida, dignidade, constitucionais.
posse, meio ambiente saudável... Posterior à noção de Estado, pois agora estamos
Jusnaturalismo (direito natural – surge no Juspositivismo (direito positivo).
pela essência humana). Vão do art. 5º ao 17º da CF, mas o meio
ambiente está no art. 225, o que faz dele um
direito fundamental? O art. 5º fala de moradia
(digna), dignidade humana, e isso inclui o meio
ambiente.
Obs.: o meio ambiente é o caminho principal na
aquisição de direitos fundamentais. Logo ele é
inerente à qualidade de fundamental.
Gerações (dimensões) dos direitos fundamentais
1ª – Séc. XVIII. Com as revoluções sociais. Ex.: revolução Francesa. O que importava eram os
direitos individuais (luta por liberdade individual). Ex.: regulamentação do direito de
propriedade;
2ª – Séc. XIX. Principal revolução a revolução industrial que surgiu jornada fixada,
regulamentação do trabalho. Cuidou de direitos coletivos (direito de igualdade). Função social
do direito de propriedade surgiu na 2ª geração;
3ª – Séc. XX em diante. Não houve uma revolução que caracteriza-se uma disputa por
direitos, mas surgem direitos difusos (transindividuais. Universais). O direito difuso não
identifica os destinatários (isso que o diferencia dos direitos coletivos). O meio ambiente é um
direito de 3ª geração.
4) Art. 225-CF
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(manter o equilíbrio ambiental dever Estado e coletividade (educação ambiental).
Meio ambiente – bem de uso comum do povo.
Direito ambiental – visa manter equilíbrio ecológico para as presentes e as futuras gerações.
19/03/2010 - sexta-feira
26/03/2010
Art. 37 – CF/88: Administrador Público – Objetiva. Dano – Agente – Vitima = Pago pelo poder
público (com direito de regresso contra o Agente. Nesta hora a responsabilidade é subjetiva).
*Art. 37 – CF/88. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
*Resguardado o direito de regresso.
• Ação regressiva:
1) Verificar se houve a atuação do agente.
2) Verificar se houve a participação do agente: Dolo ou culpa.
- Dano – vitima e agente – Responsabilidade concorrente (compensação).
- Culpa exclusiva da vitima – Excludente de responsabilidade da outra parte.
- Responsabilidade – Dano é um ato ilícito?
A responsabilidade pode advir de um ato lícito ou um ato ilícito, vai depender da natureza da
ação (tem que ser analisado caso a caso).
Responsabilidade Ambiental
É uma responsabilidade objetiva.
No caso de compra de um imóvel rural, com área já desmatada. O adquirente deve pagar a
multa em caso de fiscalização, com direito de regresso contra o antigo proprietário, ou
mesmo desfazimento do negócio jurídico.
Lei dos crimes ambientais (Lei 9.605/98)
A responsabilidade é subjetiva, pois o agente será processado na medida de sua
culpabilidade.
É responsável pelo dano ambiental a pessoa física e a pessoa jurídica.
• Civil
• Administrativa
• Penal
A responsabilidade aplicada à pessoa jurídica, não excluía responsabilidade da pessoa física.
Despersonalização da pessoa jurídica.
Há possibilidade de se chegar aos bens particulares dos sócios, quando a personalidade for
um obstáculo à responsabilidade.
Juiz deve levar em conta, num processo ambiental:
1) Situação econômica do infrator (medidas ambientais acompanhadas de medidas
sociais);
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09/04/2010 - sexta-feira
Verdadeiro ou Falso
1) No caso de dano ambiental, o estado de necessidade decorrente de situação de perigo
causada por terceiro, por se tratar de ato lícito, a pessoa lesada não pode reclamar
indenização do prejuízo.
R.: Falsa. O estado de necessidade é uma excludente da responsabilidade penal, e não civil.
O estado de necessidade é uma categoria de que excludente? É uma excludente de ilicitude.
Se está excluindo a ilicitude, significa que o ato é lícito. O fato de excluir a responsabilidade
penal, não exclui, necessariamente, a responsabilidade civil. Aqui está o erro da questão. Pois
ela afirma que se excluir a responsabilidade penal, está excluindo também a responsabilidade
civil.
6) Para melhor controle e fiscalização das usinas que operam com reator nuclear terão sua
localização definida através de Lei editada pelo Estado membro, em cujo local decidir instalar-
se.
R.: Falsa. A Lei tem que ser Lei Federal (isso não é sinônimo de editada pelo Congresso
Nacional). Art. 225, §6º, CF.
23/04/2010
LEI 9.605/98
Dos crimes ambientais.
• Art. 2º Responsabilidade penal
Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade,
bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que,
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática,
quando podia agir para evitá-la.
Dolo e culpa são analisados na responsabilidade penal. Que sempre será subjetiva, na medida
da culpabilidade.
• Art. 3º Responsabilidade em geral
Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu
órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Refere-se à responsabilidade Civil, Penal e Administrativa, tanto da pessoa física quanto da
pessoa jurídica.
Responsabilidade penal da pessoa jurídica: Esta não pode ir presa, então quem responde é o
responsável pela empresa (sócio, direitos, gerente), naquele ato. Responde quando: Sabe da
conduta criminosa; Quando ele pode agir, mas não o faz;
OBS: A responsabilidade da pessoa jurídica não exclui a da pessoa física que participou do
dano de qualquer forma.
• Art. 4º Desconsideração da pessoa jurídica (despersonalização).
Art. 4º. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à
qualidade do meio ambiente.
Quando personalidade jurídica for obstáculo para o cumprimento a obrigação ambiental
poderá ser requerida a desconsideração/despersonalização da pessoa jurídica.
• Art. 6º Observância para imposição de pena
Art. 6º. Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente
observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas
conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de
interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
A) A reincidência em CRIME AMBIENTAL;
B) As condições ou gravidade do fato ocorrido;
C) Condições econômicas do infrator, em razão do Princípio do equilíbrio, (Melhor entrar em
acordo com a empresa do que ela ir à falência);
São as três situações que o juiz deve analisar na aplicação da pena.
OBS: Uma empresa não sofrerá processo falimentar especificamente por dano ambiental.
Este pode até estar previsto no processo de falência, mas não é a causa do mesmo.
• Art. 7º
Art. 7º. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as
privativas de liberdade quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade
inferior a quatro anos;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que
a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo
terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
Te quem saber a jurisdição, por isso é muito fácil de errar.
Pena restritiva de direito: Perde o direito a algum direito (poder ir a bares, prestação de
serviço a comunidade).
Pena privativa de liberdade: Priva a pessoa de sua liberdade (vai preso).
I) Crime culposo ou pena inferior a 4 anos;
II) Por decisão do juiz (independe do item anterior);
São três: Qualquer crime culposo; Pena inferior a 4 anos; Decisão do juiz.
HIPÓTESES:
Crime culposo;
Pena inferior a 4 anos (aqui o crime pode ser doloso)
Vontade do juiz.
30/04/2010
Perícia:
• Fixação do valor – quando possível deve fixar o valor do dano (não é “deverá” fixar o
valor, é “quando der” vai fixar o valor); desta forma é mais fácil para o juiz fixar:
o Multa
o Fiança
• Aproveitamento – a mesma perícia pode ser aproveitada na esfera cível e penal, por
causa da celeridade. Tem direito a novo contraditório e ampla defesa (pois, é outro
processo);
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido
ou pelo meio ambiente.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-
se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano
efetivamente sofrido.
Sentença:
• Fixação do valor reparatório/indenizatório (“sempre que possível”);
• Execução – quando tem o valor fixado pode executar como título cível
• Liquidação – quer além do valor fixado (acha que ainda tem alguma coisa para
receber), então entra com uma liquidação (§ú).
Obs.: Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública
incondicionada.
Procedimento Administrativo (art. 70)
→ Infração administrativa – Autoridades Competentes – SISNAMA (Lei 6.981/81 – Política
Nacional do Meio Ambiente + Resolução 237/97 – Licenciamento Ambiental –
CONAMA);
• Órgão Superior = Conselho de Governo – Assessoria do Presidente da República;
• Órgão Deliberativo = CONAMA – faz portarias internas, resoluções, normas internas.
Órgão que delibera e faz uma norma de direito ambiental;
• Órgão Central = Ministério do M.A. – fiscaliza o cumprimento das disposições
ambientais; propõe medidas ambientais, participa de projetos na área ambiental;
• Órgão Executor = IBAMA;
• Órgão Seccional = Órgãos Estatais – secretaria Estadual de M.A. – criou o IEMA;
• Órgão Local = Órgãos Municipais – secretaria Municipal de M.A.;
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes
das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às
autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de
polícia.
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de
co-responsabilidade.
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o
direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
Resolução 237/97:
1) Dano – Se for em área pertencente à União (área Federal) ou que envolva mais de um
Estado, é o IBAMA que é responsável. Obs.: o IBAMA pode delegar aos Estados
envolvidos o processo de licenciamento.
2) Dano – se for em área Estadual ou que envolva mais de um Municípios a competente é
a Secretaria Estadual do M.A. (aqui no ES seria o IEMA. E se o IEMA quisesse poderia
delegar às secretarias municipais se fosse do seu interesse);
II - multa simples – aplicada na não observância dos dispositivos legais. Pode ser convertida
em prestação de serviços (TAC- Termo de ajustamento de conduta). O valor é de 50 a 50
milhões;
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta
Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação
pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$
50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).
III - multa diária – descumprimento da multa simples;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos,
lavrando-se os respectivos autos.
§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos,
fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de
técnicos habilitados. (tem 2 destinos: voltar ao habitat natural, ou ir para um local
especializado).
§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a
instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. (produtos
perecíveis ou madeira são doados a uma instituição devidamente reconhecida).
§ 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a
instituições científicas, culturais ou educacionais. (produtos não perecíveis serão
destruídos ou doados).
§ 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua
descaracterização por meio da reciclagem. (vão ser leiloados – licitação).
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO)
XI - restritiva de direitos.
• Cancelamento ou suspensão do registro das licenças que a pessoa tenha, de benefícios
fiscais, financiamentos;
• Proibição de contratar com Poder Público – o prazo é de até 3 anos (independente se é
pessoa física ou jurídica e independente de dolo ou culpa).
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,
cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação
em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste
artigo.
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo
assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da
Marinha;
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do
Ministério da Marinha.
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente.
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no
tempo.
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no
art. 25 desta Lei.
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a
obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou
regulamentares.
§ 8º As sanções restritivas de direito são:
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protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente
máximo do estabelecimento.
§ 3º Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquanto perdurar a
vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos
que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra
a pessoa física ou jurídica que o houver firmado.
§ 4º A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução
de eventuais multas aplicadas antes da protocolização do requerimento.
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida
qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior.
§6º O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da
protocolização do requerimento.
§ 7º O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informações
necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do
plano.
§8º Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão
oficial competente, mediante extrato.
Licenciamento ambiental
Licença Ambiental – é ato vinculado da administração, à lei, onde cumpridos todos os
requisitos a mesma não poderá ser negada (concessão obrigatória).
Autorização Ambiental – é ato precário (são atos em que sua essência legal é apenas um
critério do administrador onde o mesmo pode dispor da sua vontade no tocante à execução,
não aspira potencialidade) e discricionário (é de acordo com a vontade, desde que vigore o
princípio da legalidade, ou seja, deve esta dentro da lei. É a lei + conveniência e
oportunidade) do administrador público.
Licenciamento – é o processo administrativo para atividades que causem danos potenciais ao
MA (meio ambiente), a fim de aquisição de uma licença perante a autoridade competente
visando o deferimento da sua atividade.
Procedimento 01 – deferimento ou não para iniciar as licenças;
• Requerimento pedindo licença ambiental/o exercício de atividade poluidora;
• Autoridade:
o Verificar o requerimento/atividade;
o Se há necessidade:
Outras documentações;
EIA (estudo de impacto ambiental);
RIMA (relatório de impacto ambiental);
Audiência pública;
o Tudo isso deve acontecer no prazo:
Se precisar de EIA, RIMA ou Audiência pública – o prazo será de até 12
meses (para dar a decisão de deferimento ou não e passar para a segunda
fase);
Se não precisar – o prazo será de 6 meses;
Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:
I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos
documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de
licenciamento correspondente à licença a ser requerida;
II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos,
projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;
III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos documentos,
projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando
necessárias;
IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente,
integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos
e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma
solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;
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Processo Simplificado – existem atividades de pequeno porte, e por isso, o processo pode
ser mais simples, inclusive com a acumulação das licenças.
Obs.: O processo de licenciamento simples ou não pode ser arquivado, o que não impede um
novo requerimento.
Art. 12, § 1º - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e
empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados
pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente.
• RESOLUÇÃO 237/97.
• CF: Direitos fundamentais, competência (art. 21 – 24 + 30) e art. 225;
• LEI DE CRIMES AMBIENTAIS;
• Art. 79-A – Termo de compromisso;