0 penilaian0% menganggap dokumen ini bermanfaat (0 suara)
2K tayangan6 halaman
O documento descreve as massas de ar, suas origens e características. As massas de ar são divididas em equatoriais, tropicais e polares e influenciam o clima brasileiro. O encontro de massas de ar com propriedades diferentes forma frentes, que causam mudanças no tempo atmosférico.
O documento descreve as massas de ar, suas origens e características. As massas de ar são divididas em equatoriais, tropicais e polares e influenciam o clima brasileiro. O encontro de massas de ar com propriedades diferentes forma frentes, que causam mudanças no tempo atmosférico.
Hak Cipta:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Format Tersedia
Unduh sebagai DOC, PDF, TXT atau baca online dari Scribd
O documento descreve as massas de ar, suas origens e características. As massas de ar são divididas em equatoriais, tropicais e polares e influenciam o clima brasileiro. O encontro de massas de ar com propriedades diferentes forma frentes, que causam mudanças no tempo atmosférico.
Hak Cipta:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Format Tersedia
Unduh sebagai DOC, PDF, TXT atau baca online dari Scribd
As massas de ar são grandes porções da atmosfera com características próprias
de temperatura e umidade. Elas originam-se sobre as regiões da terra onde as condições de temperatura e umidade são mais ou menos constantes o ano todo, o ar que se encontra sobre uma região assim, adquiri as características do lugar e se desloca devido as diferenças de pressão nas diferentes zonas térmicas em que se divide a superfície da terra. Em conseqüência do deslocamento da massas de ar, ocorrem mudanças bruscas nas condições atmosféricas ( tempo ). Para a sua formação, a massa de ar requer três condições básicas: superfícies com considerável planura e extensão, baixa altitude e homogeneidade quanto às características superficiais. Assim, ela somente se forma sobre os oceanos, mares e planícies continentais. Costuma-se dividir as massas de ar, de acordo com as sua região de origem, em três grandes grupos: Equatorial, Tropical ou Tépida e Polar. Depois, de acordo com seu comportamento e área de expansão, elas se subdividem. As massas de ar são grande importância para o clima. Pois os regimes de temperatura, umidade e chuvas dos climas brasileiros, dependem dos deslocamentos, da dinâmica das massas Equatoriais, Tépidas, das emissões da Frente Polar Atlântica, e da Convergência Intertropicais.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS MASSAS EQUATORIAIS
As massas Equatoriais originam-se nas zonas de Baixas Pressões Equatoriais,
onde as condições de temperatura e umidade são sempre elevadas. São massas de ar quentes, nevoentas, convectivas, instáveis e possuem gradiente térmico positivo. Sua grande instabilidade é conseqüência do gradiente térmico positivo, isto é, a temperatura aumenta na massa de cima para baixo. Dividem-se em: Equatorial Continental ( Ec) e Equatorial Atlântica (Ea). Elas tem propriedades físicas semelhantes, mas a sua área de origem, seu comportamento anual e sua área de expansão as diferenciam.
CARACTERISTICAS DA MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL ( Ec)
Origina-se sobre a região da maior umidade relativa da América do sul, a Hiléia
Amazônica que reúne condições de temperatura médias e umidade suficiente para individualizar uma massa de ar que, embora tenha origem sobre o continente, tem características marinhas de ar quente e úmido.
CARACTERISTICAS DA MASSA EQUATORIAL ATLANTICA ( Ea)
Origem nos Centros de Altas Pressões Subtropicais do Atlântico Norte, dirige-
se para a região de Baixas Pressões Equatoriais, onde adquire por efeito térmico ( gradiente positivo) , o movimento ascencional determinante da grande instabilidade que a caracteriza. CARACTERISTICAS GERAIS DAS MASSAS TROPICAIS E TÉPIDAS
A temperatura é um meio termo entre o ar quente equatorial e o ar frio polar. O
ar é límpido, a umidade mantem-se abaixo do ponto de orvalho ( condensação ), acarretando climas áridos e semi-áridos. Dividem-se em : Tépidas Kalaariana ( Tk), Tépida Atlântica ( Ta) e Tépida Pacifica ( Tp), porém apenas as duas primeiras são importante para o clima do Brasil.
CARACTERISTICAS DA MASSA TEPIDA KALAARIANA ( Tk)
Move-se em todas as estações do ano do deserto do deserto de Kalaari, na
África, para a costa do Nordeste brasileiro, na mesma direção da corrente fria de Bengala, de sul para norte. Sua estabilidade é garantida por uma camada de inversão que permanece o ano inteiro. Esse gradiente negativo tolhe o desenvolvimento das nuvens e a Tk fica composta de duas camadas: uma inferior fresca e úmida que se desfaz na costa, e uma superior quente quente e seca que penetra para o inferior. Uma vez sobre o continente, mais aquecido do que o oceano, o ar Kalaariano recupera sua estabilidade originária.
CARACTERISTICAS DA MASSA TÉPIDA ATLÂNTICA (Ta)
Origina-se no centro de Altas Pressões do Atlântico Sul, é diferente da Tk por:
ser uma massa de características marinhas, tem sua camada de inversão na região de origem a mais de 500 metros de altitude. A massa move-se sobre o mar onde o gradiente térmico negativo é relaxado pela corrente quente do Brasil, fica o litoral sul- oriental, quase todo, fora do alcance da Ta que é substituída pelo avanço da Ec e pelas interrupções de ar frio que são menos enérgicas do que no inverno.
CARACTERISTICAS DA MASSA TÉPICA PACÍFICA ( Tp)
A Tp não exerce influência direta sobre a circulação do Brasil, entretanto, por
efeito de “barlavento” e “sotavento”, serve para definir e homogeneizar a região de origem da Tépida Continental ( Tc), caracterizando uma faixa árida e semi-árida, que corresponde a zona de mais baixa umidade relativa e das altas médias térmicas da América do Sul, o deserto de Atacama.
CARACTERISTICA GERAIS DA MASSA POLAR ATLANTICA (Pa)
Origina-se numa região, mais fria do que o continente em qualquer estação do ano. Quando as ondulações da FPA chega ás latitudes brasileiras, a massa se aquece pela base aumentando a umidade, por isso, ela é crescente estável, com pancadas de chuvas, nevoeiros, entretanto, como se trata de uma massa fria, a nebulosidade é pouco densa e consideravelmente menor durante a noite.
MASSAS DE AR DA AMÉRICA DO SUL E SUA DINÂMICA
A dinâmica atmosférica da América do sul, devido, principalmente, à
sazonalidade da radiação, à considerável extensão longitudinal do continente e ao afunilamento deste com o aumento da latitude, além da configuração do relevo, é marcada pela atuação de massas de ar equatoriais, tropicais e polares. Dentro de cada uma dessas faixas ou zonas, a dinâmica do ar é fortemente marcada, não somente pela atuação das massas de ar que dentro delas se originam, mas também pela sua interação com massas oriundas de outras zonas e pelos fenômenos correlacionados e/ ou derivados dessa interação. De maneira geral, pode-se distinguir três grupos de massas de ar de grande extensão que, ao interagirem com outras, de regiões diferentes, comandam a dinâmica atmosférica sul-americana e dão origem aos tipos de tempo dessa região.
NA FAIXA EQUATORIAL
MASSA EQUATORIAL DO ATLÂNTICO NORTE E SUL( MEAN e MEAS):
Massa de ar quente e úmido formadas nos anticiclones dos Açores( norte) e de Santa Helena( sul) .
MASSA DE AREQUATORIAL CONTINENTAL ( MEC) : A célula de
divergência dos alíseos, ou doldrums, localizada na porção centro-ocidental da planície Amazônia, produz uma massa de ar cujas características principais são a elevada temperatura, proximidade da linha do Equador e umidade.
NA FAIXA TROPICAL
MASSA TROPICAL ATLÃNTICA ( MTA): É uma das principais massas de ar
da dinâmica atmosférica da America do Sul e, do Brasil, onde desempenha considerável influência na definição dos tipos climáticos.. origina-se no centro de altas pressões subtropicais do Atlântico e possui, características de temperatura e umidade elevadas.
MASSA TROPICAL CONTINENTAL (MTC): Evidencia-se como um bolsão
de ar de características próprias, que se desloca e consegue interagir com o ar de outras localidades. MASSA TROPICAL PACÍFICA ( MTP) : Possui as mesmas características e o dinamismo da MTA, porém, sua atuação sobre o continente se dá de forma oposta, ou seja, ela atua predominantemente sobre o oceano Pacífico, desviada de sua trajetória para o interior do continente, por influência da cordilheira dos Andes. Assim, seu calor e umidade específicos atingem somente uma pequena parte do continente.
NA FAIXA SUBPOLAR
MASSA POLAR ( MP): O acúmulo de ar polar sobre o oceano Atlântico, na
altura centro-sul da Patagônia, dá origem à massa de ar polar, de característica fria e úmida.
FRENTES
O encontro de duas massas de ar de características diferentes produz uma zona
ou superfície de descontinuidade ( térmica, anemométrica, barométrica, higrométrica etc.) no inferior da atmosfera, genericamente denominada frente. Essa superfície de descontinuidade ou de transição é estreita e inclinada, sendo que nela os elementos climáticos apresentam variação abrupta. Denomina-se frontogênese o processo de origem das frentes, e frontólise sua dissipação. A escola norueguesa de climatologia deu origem à abordagem das frentes na dinâmica da atmosfera e considera, com base nas condições atmosféricas das médias e altas latitudes do hemisfério Norte, que existem dois tipos de frente no planeta: a frente ártica/antártica e as frentes polares. A ZCIT não entra nessa classificação. A frente ártica/antártica é ativa sobretudo no inverno e corresponde ao contato das massas de ar glacial ártica/antártica ( formadas sobre as zonas cobertas de gelo) e das massas de ar polares ( relativamente menos frias), provenientes dos oceanos. A frente polar, que predomina nas latitudes médias e baixas, separa o ar polar do ar tropical. Dois tipos básicos de frente polar são conhecidos: a frente fria, na qual o ar frio polar avança sobre a região do ar quente tropical, e a frente quente, na qual o ar quente avança sobre a região do ar frio. A passagem de um desses tipos de frente sobre uma determinada região é acompanhada por instabilidade atmosférica, alternância de tipos de tempo e, genericamente, ocorrência de precipitações. São elas que marcam o dinamismo da atmosfera dessas zonas do globo e lhes caracterizam a sucessão dos tipos de tempos, pois formam-se sobre áreas nas quais as massas de ar que se encontram apresentam consideráveis contrastes térmicos; assim, a frente polar caracteriza-se por ser fortemente ativa. As frentes avançam sobre a superfície em forma de arco, cuja origem é um centro alta pressão e a ponta do arco corresponde a um centro de baixa pressão. Uma frente fria ocorre quando o ar frio, mais denso e mais pesado, empurra o ar quente para cima e para frente, fazendo-o se retirar da área, tanto por elevação quanto por advecção. As frentes frias podem apresentar: Deslocamento rápido e instabilidade: quando as diferenças de temperatura e pressão das massas de ar e de seus centros de ação são muito acentuadas, nesse caso, as nuvens dispõem-se em uma faixa estreita ao longo da linha de descontinuidade. Nuvens altocumulus, stratocumulus, cumulus e cumulonimbus anunciam a chegadada frente. Deslocamento lento e estabilidade: com os centros de ação das massas de ar concorrentes bem distantes um do outro ou apresentando baixa diferença barométrica, as nuvens acumulam-se ao longo da linha de descontinuidade e o céu pode apresentar-se coberto por uma extensão de cerca de 500km. Quando o ar quente consegue empurrar o ar frio de uma determinada localidade ocorre uma frente quente. A menor densidade do ar quente e o atrito com a superfície fazem com que o ar quente tenha, em relação à frente fria, mais dificuldade de empurrar o ar frio adjacente. Consequentemente, alinha da frente quente configura-se como uma cunha formada pelo ar frio na base e o quente sobre ele. A ocorrência de frentes quentes é geralmente marcada por uma massa de nuvens de considerável extensão, e as chuvas que caracterizam sua passagem são contínuas e de pequena intensidade, acompanhadas pela formação de nevoeiros na superfície.
As frentes quentes podem ocorrer de duas maneiras:
Em uma frente quente de deslocamento lento e em frente quente de deslocamento rápido. A passagem de um sistema frontal sobre uma determinada região é geralmente marcada pela perturbação atmosférica. Quando esta acontece e é caracterizada por uma expulsão progressiva em altitude do ar quente, com posterior desaparecimento do mesmo, trata-se de uma oclusão, quando a frente fria encontra-se com a frente quente ( pois a frente fria avança mais rápido que a frente quente). Esse fato ocorre quando os setores frios anterior e posterior da frente entram em contato, o que origina a chamada frente oclusa ou oclusão, gerando o processo de frontólise. A frontogênese relativa à frente polar atlântica ( FPA) desempenha um papel fundamental na definição dos tipos de tempos predominantes e na configuração climática da América do Sul. A atuação da FPA, de maneira particular, resulta no intenso dinamismo que se observa praticamente em todo o continente sul-americano. Suas mais expressivas atuações, quanto à intensidade e à dimensão espacial e temporal, ocorrem no inverno e na primavera, decaindo no outono e no verão.
→Ana Maria Andrade Coutinho
Fundamentos de climatologia Recife dezembro de 1991
→ Mendonça, Francisco Climatologia: noções básicas e climas do Brasil/ Francisco Mendonça, Inês Moresco Danni-Oliveira São Paulo: Oficina de texto, 2007