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ORDEM MARTINISTA

(O.M.C.C.)

RITUAIS DE ABERTURA E
FECHAMENTO DOS TRABALHOS
CERIMONIAS DE INICIAÇÃO
CATECISMO DE INSTRUÇÕES
MANUAL

Este ritual é estritamente conforme, em seu


desenvolvimento, sua estrutura e seu espirito, com o RITUAL
RUSSO, utilizado na Rússia e na Ucrânia, desde o final do
século XVIII, após a iniciação do príncipe Alexis Borisowitz
Galatzine por Louis Claude Sant Martin, em 1787, na Suíça.
Todas as respostas às questões dos diálogos ritualísticos foram
extraídas das obras próprias do Philosopho Desconhecido. As
invocações, o sinal de Ordem, as decorações, tanto do templo
como dos participantes, são estritamente conforme o ritual da
época. São os mesmos do cerimonial iniciático, da ordem dos
"Couleurs", etc...

Conservai fielmente os usos antigos, sem nenhuma


modificação.

(Ritual da Loja "St_Georges" ao Oriente de Kiew, no final do


século XIX)

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ADORNOS E JÓIAS DOS MEMBROS DA ORDEM

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA , segundo


o antigo uso do Martinismo Russo do século XVIII, levam um
balandrau preto , de aproximadamente 45 cm de largura,
descendo até a altura dos tornozelos e fechada na altura do
pescoço com um dispositivo qualquer (gravata, fecho, etc...)
No primeiro grau, "ASSOCIADO", um pentagrama de prata
bordado na altura do plexo solar, sobreposto aos seis pontos
do Martinismo sobre o balandrau.

Assim, o ASSOCIADO Martinista é o APRENDIZ, o


INICIADO é o COMPANHEIRO, SUPERIOR INCÓGNITO
é o MESTRE e o SUPERIOR INCÓGNITO INICIADOR é o
equivalente ao MESTRE DA LOJA ou VENERÁVEL, de
quem procede toda a iniciação.

O Balandrau negro pode ser substituída por uma túnica


preta, do tipo" "COTTE D'ARMES", semelhante, quanto ao
corte, àquelas que usavam os CAVALEIROS TEUTÔNICOS
ou do SANTO SEPULCRO, etc...

Tanto uma como a outra são arrematadas pelo cordão


preto fazendo duas vezes o contorno da cintura , e caindo por
cada uma das pontas de aproximadamente 50 cm. Estes
últimos terminam cada um por três nós espaçados de
aproximadamente 10 cm, sendo seis no total.

Todos os membros da Ordem Martinista trazem sobre o


balandrau ou sobre a túnica preta, a jóia do seu próprio grau, a
saber:

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Uma faixa branca ondeada, com 10 cm de largura, do
ombro esquerdo até o quadril direito, para o ASSOCIADO
Martinista, com a jóia da Ordem na extremidade.

Uma faixa branca ondeada, com 10 cm de largura, do


ombro direito até o quadril esquerdo, para o INICIADO
Martinista, com a jóia da Ordem na extremidade.

Os membros femininos não poderão ascender ao grau de


S*I*I*. Em determinadas ocasiões poderão ter borda dourada
no seu colar branco.

Se as letras A* e I* não estão bordadas na altura do peito


(como exige o uso antigo), a mesma faixa pode servir para
estes dois graus, sucessivamente. Basta trocá-la de lado.

Um colar branco, debruado, com 10 cm de largura


aproximadamente, descendo em ponta até abaixo do peito,
para o SUPERIOR INCÓGNITO. Leva na ponta a jóia da
Ordem, com as letras S* I* na cor dourada.

Um colar branco, semelhante, mas bordado em ouro nas


duas orlas, para o SUPERIOR INCÓGNITO INICIADOR,
com as letras ou sem elas, tendo na ponta a jóia da Ordem.

N.B. Para sublinhar sua vinculação à filiação autentica do


século XVIII, filiação recebida do Martinismo Russo Antigo,
a ORDEM MARTINISTA , por decisão unanime de seu
Supremo Conselho, decidiu juntar às faixas e aos colares, um
galão "azul russo" de um centímetro de largura, costurado
sobre eles ou à costura dos ombros dos ditos, do jeito de uma
estreita ombreira. Lembramos que o "azul da russo" é um azul
muito forte mais forte que o azul da prússia .

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Sobre estes galões, os membros do supremo conselho levam
uma estreita grega dourada, costurada no centro do galão, no
seu eixo maior.

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA , levam a


jóia clássica, representando o Pantáculo da Ordem, dourado e
prateado em seus dois triângulos opostos, na ponta da faixa ou
do colar.

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA ,


completam seus primeiros adornos pelas luvas brancas.

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA , levam


uma máscara preta, guarnecida de uma barba de renda preta.
Esta máscara é substituída por um capuz vermelho para as
reuniões que comportam uma cerimonia de iniciação.

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA , portam


o manto vermelho, já em uso em 1800 assim que foram feitos
os arquivos das lojas, os mais antigos do Martinismo russo.
Ele trata de um manto usado nas ordens cavaleirescas, quer
dizer, de uma capa. O manto (capa) é juntado a um capuz.

Todos os membros da ORDEM MARTINISTA , portam


em loja, uma espada de guarda cruciforme e lamina de dois
gumes. Os modelos maçônicos ou rosacrucianos fazem
perfeitamente o interesse.

Todos os Mestres de Loja da ORDEM MARTINISTA


possuem um malhete de ébano ou de madeira preta, emblema
da sua função e de sua autoridade e que lhe é entregue
somente quando da instalação de sua loja, pelos grandes
oficiais da Ordem, em nome do Grão Mestre. No caso da falta

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do mestre da loja, seu suplente dará os golpes ritualísticos com
o cabo da espada ou com um malhete de reposição que não
deverá jamais ser de cor negra. O malhete preto, descendente
dos rituais dos graus dos "ELUS" possui um simbolismo
particular.

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SINAIS, PALAVRAS, E POSIÇÕES "A ORDEM"

SINAL DE ABERTURA: levar as costas da mão direita


virada, os dedos alongados e unidos, o polegar em esquadro
em plano sobre a fronte (polegar abaixado por conseqüência).
Depois lançar vivamente a mão sobre a lateral da coxa direita.
Espada na mão esquerda levantada, com a ponta ao teto.

SINAL DE FECHAMENTO: Levar a mão direita com os


dedos alongados e unidos, o polegar em esquadro ao nível das
sobrancelhas, levemente inclinados em "abat-jour". Depois
lançar vivamente a mão sobre a lateral da coxa direita.
Espada, na mão esquerda, levantada com a ponta ao teto.

SINAL DE ASSOCIADO: Mão esquerda, dedos alongados e


unidos, polegar vertical em esquadro, espalmada sobre o peito
direito.

ESPADA AO ALTO: - Ao comando, levar o braço direito


estendido, apontando a lâmina da espada na direção do forro
do templo, verticalmente.

ABÓBADA DE AÇO: - Mesmo gesto, a lâmina agora é


estendida obliquamente cruzando a ponta com a ponta da
espada que está a sua frente .

REPOUSO DA ESPADA: - A espada é colocada com a ponta


no assoalho, as mão são unidas sobre o cabo, a direita sobre a
esquerda.

SINAL DE RECONHECIMENTO GERAL: - A mão direita,


fechada o polegar erguido verticalmente e levado a altura da
garganta.

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PERGUNTAS DE RECONHECIMENTO:

- "Sois Martinista?"
- "Isso depende ..."
- "Onde se encontra o vosso templo inicial?" ...
- "Muito longe a Leste ..."

Oriente de Paris, 21 de dezembro de 5.968:


Do Grão Mestre:
AURIFER

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DISPOSIÇÃO DECORAÇÃO, MOBILIÁRIO DO TEMPLO

O Templo no qual se reúne a loja Martinista é retangular,


de preferência. No lado oposto da porta de entrada se coloca o
Oriente simbólico, a porta é portanto, colocada no ocidente.

As quatro paredes do local são revestidas de negro. O


forro é pintado de cor açafroada chamando a aurora.

No oriente se coloca uma mesa retangular dita "Altar".


Ela é recoberta com toalha nas cores do grau praticado. Sobre
a toalha, no centro do altar, um candelabro de três braços. As
chamas destas três velas devem desenhar um triângulo, seja no
plano vertical ou no plano horizontal, triângulo tendo a base
em baixo, tratando-se do esquema vertical, e a base dirigida
para o presidente (oriente) tratando-se do esquema horizontal,
a ponta do dito triângulo então está dirigida para o Ocidente.
O altar é completado pelo Livro Sagrado e a Espada da Ordem
pousada sobre o eixo maior da mesa do altar. O Pantáculo da
ORDEM é colocado sobre a página direita do Livro da Lei
aberto.

Atrás do altar , toma assento o Presidente que leva o


título de M.R.M.( Muito Respeitável Mestre como no
Areópago maçônico do 30º Grau). No lado direito da mesa se
coloca o "M. do Norte", no lado esquerdo o "M. do sul". Estes
são os três oficiais da loja Martinista.

Os irmãos e irmãs se colocam em duas colunas,


chamadas do "Norte" e do "Meio Dia", quer dizer, frente a
frente sobre bancos ou assentos.

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No topo desta colunas, próximo do altar, no Oriente, se
colocam (como em loja maçônica), os oficiais secundários,
Secretário, Tesoureiro, etc...

No ocidente, diante da porta, se coloca a cadeira do


"Guardião do Ocidente". Em frente a ele, no grande eixo, uma
mesa redonda com um único pé com toalha vermelha, um
incensório com brasas e incenso.

Os assistentes, entrando na loja, devem necessariamente


passar pela fumaça purificadora, e isso antes mesmo de atingir
os lugares, o mais próximo das colunas.

Na parede do Oriente, atrás do assento do "M.R.M", por


conseqüência é suspenso um tapete da loja , de 1x2
aproximadamente em forma de retângulo . Suas dimensões, as
melhores, são de aproximadamente 2 m de altura por 1 m de
largura. Eis aqui os três Quadros da Ordem, correspondendo a
cada um dos três graus:

ASSOCIADO: Quadro negro, levando um grande pentagrama


de Prata.

INICIADO: Quadro negro, bordado nas bordas de uma grega


vermelha de 10 cm aproximadamente, levando o mesmo
pentagrama de prata.

SUPERIOR INCÓGNITO: Quadro vermelho, levando um


grande Pantáculo da Ordem semelhante a Jóia, em cobre
recortado de preferência.

SUPERIOR INCÓGNITO INICIADOR: mesmo quadro e


Pantáculo.

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Sobre o altar, um Pantáculo semelhante é colocado diante
do candelabro de três braços, mas com a seguinte ressalva:

ASSOCIADO: ele é totalmente velado por um véu violeta.


INICIADO: ele é a metade desvelado
SUPERIOR INCÓGNITO: ele é totalmente desvelado pois o
véu é retirado.
SUPERIOR INCÓGNITO INICIADOR: ele é meio recurvado
em sinal de tristeza.

O incenso que se deve consumir no incensório ou o no


queimador de perfume, colocado na entrada do Templo, é ou
de incenso puro em pedrinhas ou um misto de:

incenso puro pulverizado: 3 partes


mirra pulverizada: 2 partes
benjoim pulverizado: 1 parte
Total 6 partes

As brasas são do tipo utilizadas nos incensórios


litúrgicos.

NB.: As paredes atapetadas de preto facilitam os fenômenos


de "vidência" para as pessoas sensíveis. É importante jamais
misturar ao perfume da composição do incenso da fórmula
acima, outros ingredientes suscetíveis de provocar fenômenos
alucinantes: açafrão, sto é chas du levant, galbanun, etc.

É importante conservar nas reuniões martinistas, a calma


e o equilíbrio que são, para os membros, as condições
essenciais dos trabalhos de valor. É necessário a fumigação
purificante da mente e de maneira nenhuma de produtos

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métagnomigènes; uma assembléia de trabalho não é uma
operação Teúrgica.

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ORDEM MARTINISTA

RITUAL MAGISTRAL DE FILIAÇÃO

PREPARAÇÃO:

Em todas as Obediências Maçônicas isso desde o século


XVIII, é privilegio do "M.R.M." de poder conferir à vista,(
fora de Templo ) através de um ritual muito curto, todos os
graus do rito praticado, desde o aprendiz até o Soberano
Grande Inspetor Geral, se tratar do Soberano Grande
Comendador. É por esta razão que se justifica a denominação
de "Sereníssimo G.M.", pois ele goza assim desta regalia
própria de todos os soberanos.

No MARTINISMO, desde o fim do século XIX, este


privilegio foi estendido a todo o titular do grau de
"SUPERIOR INCÓGNITO". Mas este uso não foi jamais do
"MARTINISMO RUSSO" e desde 1800 pouco depois, a
ORDEM definitivamente organizada, mesmo que clandestina,
foram unicamente as Lojas que tinham o privilegio de conferir
a iniciação e não mais um Irmão isolado, todavia se isto estava
em uso, nada nos permite de afrontar. O fato de que L. C.
Saint Martin tenha iniciado o Príncipe Galitzine no curso de
sua viagem na Itália, então da sua lenta travessia pela Suíça, é
justificada pelo papel de Saint-Martin mesmo, que, nesta
organização que ele criou, e lançou logicamente o papel de um
"M.R.M.". Ao contrario, desde o fim do século XVIII, sob a
grande Catharina e sua hostilidade, a iniciação é unicamente
conferida no seio das lojas, pelo M. da loja, aquele que leva a
denominação de "M.R.M.", como num areópago de "Cavaleiro
Kadosh".

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Desta maneira pois, o presente Ritual Magistral é
justificado por uma tradição secular.

O presente ritual pode ser colocado em ação em todas as


peças psiquicamente próprias, fechadas, e na ausência de
todos os profanos bem entendido.

O "M.R.M." (Muito Respeitável Mestre) vestirá as


decorações habituais (balandrau e cordão se possível, Colar e
luvas brancas) . O altar Martinista será montado sobre uma
mesa, recoberta com toalha própria do Grau conferido, com as
luminárias, o Pantáculo da Ordem sobre o livro Sagrado e
incensório.

Se ele se fizer substituir por força das circunstancias por


um dos 2 "M.R.Ms." adjuntos, ele redigira o texto
autografado de uma delegação de poder pela circunstancia,
mencionando o nome do ou dos beneficiários.

Ao inicio da cerimonia, ele está sentado atrás do Altar, o


ou os impetrantes estão sentados em sua frente. Se houver
outros Oficiais presentes, eles se colocam de um lado e do
outro do altar.

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RITUAL MAGISTRAL DE FILIAÇÃO

O M.R.M. (bate um golpe de malhete)


"Homem de desejo, levantai-vos para escutar o ensinamento
do Philosopho Desconhecido ..."
O iniciando se levanta.

O "M.R.M." "A medida que a posteridade do homem é


multiplicada e que os tempos passam, a grandeza e a bondade
da SABEDORIA SUPREMA tem se manifestado mais e mais,
colocando perto dele, imagens vivas Dela mesma, ou dos
Agentes virtuais para as levar a recuperar a semelhança ...
Homem de Desejo, crede nisto? ...

O Iniciando responde.......................

O "M.R.M." "Estes agentes tem obrigado iniciar nos atos que


eles praticam , pois que estes atos não estão instituídos senão
por eles, para ajudar a separar dele mesmo o que contraria sua
verdadeira natureza para o ajuda-lo a se reaproximar daquilo
que falta à perfeição e a vida de seu ser, para lhe render enfim
a vista de suas virtudes que ele deve contemplar em sua
unidade desde seu estado glorioso ... Homem de Desejo, crede
nisto?

O iniciando responde........................

O M.R.M. "Tudo nos leva a crer que o Homem restabelecido


nos seus direitos poderá agir, tanto sobre os seres imateriais
corrompidos como sobre os seres puros, de onde ele esta
atualmente separado por fortes barreiras. Para a imagem do
agente Supremo, ele terá o poder de dissolver, de decompor os

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invólucros, de colocar à descoberta os princípios que ali estão
contidos e concentrados, de lhe fornecer os meios de produzir
os frutos de todos os reinos que lhe são próprios, de recompor
os que são simples, de manter na inércia, aqueles que são
perigosos, isto é, de fazer suceder por tudo, a abundância à
esterilidade, a luz às trevas, a vida à morte, e de transfigurar de
tal forma tudo o que o circunda, que sua morada parece àquela
da Verdade mesmo ... Homem de Desejo, crede nisto? ...

O iniciando responde......................

O "M.R.M." Pois que sendo assim, eu vos reconheço por


verdadeiro e leal discípulo do Filósofo Desconhecido, e em
conseqüência, eu vos reconheço o direito de receber esta
iniciação virtual que nos foi trazida por seus discípulos
diretos, e sem que um só nó da cadeia que nos religa a ele seja
rompido a mais de 2 séculos. Queira pois aproximar-vos do
Altar colocando a mão direta sobre os Símbolos, para
pronunciar o Juramento de filiação do qual eis aqui o texto ...

O M.R.M. entrega o texto ao iniciando.

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PRONUNCIAI O JURAMENTO

Juramento de filiação

Eu, .............................................................................., tomando


por nome esotérico na ORDEM MARTINISTA nome de
"....................
Na presença de DEUS TODO PODEROSO, SUPREMO
ARQUITETO DO UNIVERSO, livre e plenamente consciente
de meus novos direitos e deveres, sem restrições mentais de
nenhum tipo, eu declaro, prometo e juro:
De jamais transmitir a filiação iniciática que eu vou receber
hoje, filiação que nos vem pela cadeia dos iniciados da Velha
Rússia, recebida diretamente da mão própria do Philosopho
Desconhecido em 1787, para o príncipe Alexis Borosowitz
Galitzine e que ele difundiu em seguida naquele país, a
qualquer um que não preste primeiro este juramento.
- Eu juro jamais transmitir esta filiação a um profano que,
primeiramente não tenha sido julgado capaz de recebê-la,
pelos irmãos "Superiores Incógnitos" de minha Loja, pela
maioria de 2/3, de 4/5 ou de 5/7.
- Eu juro de jamais a transmitir no quadro dos que se dizem
"livres iniciados", o que não foi jamais um uso no Martinismo
russo do século XVIII, e bem de não a conferir senão em Loja
regularmente constituída, com a reserva do tradicional
privilegio magistral, e com a concordância de todos os Irmãos,
que possuem este direito.
- Eu juro de manifestar com relação a ORDEM
MARTINISTA a mesma sinceridade, a mesma lealdade, o
mesmo devotamento que é o dever de todo iniciado digno
deste título.

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- Em fé do que, eu dato e assino, e que DEUS TODO
PODEROSO, SUPREMO ARQUITETO DO UNIVERSO,
assim me ajude neste novo caminho.
Que Deus me ajude!

O M.R.M. : Homem de desejo, eu aceito o ato do vosso


Juramento. Queira ajoelhar diante do Altar, o joelho esquerdo
sobre o Pantáculo emblemático de nossa Iniciação ...

Assim é feito.

O M.R.M. : Toma a espada na mão direita e pronuncia


solenemente a formula da investidura. Durante este
pronunciamento, ele baterá levemente e sucessivamente o topo
da cabeça, o ombro direito e o ombro esquerdo do iniciando,
com a lamina da espada, durante a pronúncia das três
palavras: "...CRIO, RECEBO, E CONSTITUO.

O M.R.M. : A GLORIA DE DEUS TODO PODEROSO,


GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, em nome da
ORDEM, em virtude dos poderes que nos foram conferidos
por nosso iniciador, eu vos crio ( ... ), recebo ( ...) e constituo
(...), " .........................................." (especificar o grau que é
conferido) sob a égide do Philosopho Desconhecido, com sua
permissão, por sua Ordem e sob seus auspícios ...

No momento em que foi consumada a Iniciação Virtual , do


(ou dos) iniciando(s), o Grão Mestre fará a INVOCAÇÃO
que segue, em uso desde o inicio do Martinismo Russo do
final do século XVIII.

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INVOCAÇÃO DE FECHAMENTO

Se os presentes são em numero suficiente, (três no


mínimo), o M.R.M. fará formar a cadeia de união. Ao
contrario, ele se contentará de pousar a espada após o ritual de
investidura, e dirá a invocação estendendo a mão direita sobre
a cabeça do iniciando, sempre ajoelhado.

"Deus todo Poderoso, Arquiteto Supremo do Universo,


Fonte única de todo o bem e de toda a perfeição, Tu que tens
sempre querido e operado pela felicidade do Homem e de
todas as Tuas criaturas, nós Te rendemos graças por Teus
paternais benefícios e nós Te conjuramos todos juntos de os
conceder sem cessar a cada um de nós, segundo Teus
Desígnios e segundo suas necessidades. Derrama sobre todos
os nosso Irmãos e Irmãs Tua celeste Luz, fortifica em nossos
corações o amor aos nossos deveres, afim de que os
observemos fielmente.

Possam nossas assembléias ser sempre fortalecidas na sua


união pelo desejo de Te agradar e de nos tornarmos úteis aos
nosso semelhantes. Que elas sejam a morada da paz e da
virtude, e que a cadeia de uma amizade perfeita e fraternal seja
de hoje em diante tão forte entre nós, que nada possa jamais
alterá-la ... AMÉM!

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ABERTURA DOS TRABALHOS

O M.R.M. bate um golpe de malhete

O M.R.M . : Irmão guardião do Ocidente, estamos em


segurança?

O GUARDIÃO DO OCIDENTE: M.R.M., o átrio (a entrada


do Templo) está deserto, os profanos estão isolados, os
vigilantes estão em seus postos, tudo está em silêncio.

O M.R.M. : Irmão M. do Norte, porque estamos reunidos?

O M. DO NORTE: Para nos entregar à procura das origens e


do destino final do Homem e do Universo, M.R.M.. Porque, se
nós somos emanados de uma fonte Universal e de Verdade,
nenhuma Verdade nos deve parecer nova, e reciprocamente,
se nenhuma verdade nos parece nova, mas que nós não nos
apercebemos que a lembrança ou a representação do que está
oculto em nós, é que nós devemos ter tomado nascimento
nesta Fonte Universal de Verdade.

O M.R.M. : Irmão M. do Meio Dia, estamos nós em estado de


proceder tal busca, sem decair por presunção?

O M. DO MEIO - DIA : M.R.M., o que é o Homem, enquanto


não tiver a chave da sua prisão? Ora, a alma do Homem é um
pensamento do Deus dos seres, e existem duas portas no
coração do Homem: uma inferior, e pela qual ele pode dar ao
inimigo o acesso da luz elementar, do qual ele não pode
desfrutar senão por esta via, e outra superior, pela qual ele
pode dar ao espirito contido nele o acesso a Luz Divina, que

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não pode, aqui no mundo material lhe ser comunicada senão
por este canal.

O M.R.M. : Irmão M. do Norte, poderemos nós aqui no


mundo material ter acesso a esta Luz Divina?

O M. DO NORTE: M.R.M. não negligenciemos os socorros


da terra sobre a qual nós caminhamos . Ela é de alguma forma
o reservatório desta Fonte de Juventude de onde a fábula nos
transmitiu tantas maravilhas, pois que é nela que se prepara a
substancia que serve de base e de primeiro degrau para a
Regeneração ou o renascimento de todos os seres, e ela é o
cadinho das almas e igualmente dos corpos.

O M.R.M. : Irmão M. do Meio Dia, o dia e a Hora são


propícios para trabalhar nesta Grande Obra?

O M. DO MEIO-DIA: M.R.M. o tempo não é senão o


intervalo entre duas ações. Isso não é senão uma contração,
uma suspensão nas faculdades de um ser. Assim, cada ano,
cada mês, cada semana, cada dia, cada hora, cada momento, o
Principio Superior retira e restitui suas potências aos seres. E
mais, o Homem não é como uma lâmpada, suspensa nas trevas
do tempo?

O M.R.M. :- Pois que sendo assim para o Homem, o Espaço e


o Tempo, e que tudo concorre para facilitar nossa tarefa, nós
podemos pois dar início a esta Assembléia.
Assim, pois, meus Irmãos e minhas Irmãs, de pé e à Ordem
de abertura ( mão direita, com os dedos estendidos, o polegar
em ângulo reto com os outros dedos, colocada de costas sobre
a fronte, polegar para baixo, depois baixar a mão ao flanco
direito.; a espada na mão esquerda elevada ao alto, a qual é

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abaixada junto com a mão direita.) no Grau de
...........................(bate um golpe de malhete -O-).

Todos os assistentes se levantam e se colocam à Ordem, no


grau no qual se irá trabalhar.

O M.R.M. se levanta igualmente, apanha a espada com a mão


esquerda, lâmina elevada, e na mão direita o malhete, depois,
solenemente diz:

O M.R.M. : - A GLÓRIA DE DEUS TODO PODEROSO,


GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, em nome da
ORDEM, em virtude dos poderes que nos foram conferidos,
eu declaro abertos os trabalhos desta Respeitável Loja
Martinista, constituída sob os auspícios do Filósofo
Desconhecido, ao Oriente de ........................., sob o vocábulo
de ..............

Bate agora lentamente seis golpes de malhete: - O ------OO----


OO----O

Lê em seqüência a Invocação de Abertura:

O M.R.M. : "Deus todo Poderoso, Grande Arquiteto do


Universo, Ser Eterno e Infinito que é a bondade, a Justiça e a
Verdade, ó Tu que por Tua Palavra toda poderosa e
invencível, tem dado o ser a tudo o que existe, receba a
homenagem que te fazem os Irmãos e Irmãs reunidos aqui na
Tua Presença, por eles mesmos e por todos os outros homens.
Bendize e dirige Tu mesmo os Trabalhos da Ordem e os
nossos em particular, digna-te conceder ao nosso zelo um
sucesso honroso, afim de que o Templo que nós devemos
erigir à Tua glória, esteja fundamentado sobre a Sabedoria,

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decorado pela Beleza e sustentado pela Força que vem de Ti e
seja um exemplo de paz, de união fraternal, um asilo para a
virtude, um escudo impenetrável para o vício, o santuário da
verdade, afim de que nós possamos todos gozar o verdadeiro
bem estar de onde Tu és a Única fonte, que como Tu jamais
tem fim ... Amém!

OS ASSISTENTES: Amém ... (todos fazem o sinal de Ordem,


ao mesmo tempo que o M.R.M.).

O M.R.M.: Meus Irmãos e Irmãs, agora que este Templo


particular está aberto aos Homens de Desejo, é conveniente
que nós levemos a Luz, pois que é para o abrigar que ele foi
edificado. Assim pois, e segundo o antigo uso, permitamos aos
símbolos de se manifestar.

O M.R.M. acende as três luminárias do Altar, primeiro a do


centro, depois a da direita e por último a da esquerda. Abre em
seguida o livro sagrado, e põe atravessado sobre este, ponta
dirigida para o Norte a espada, e diz:

O M.R.M. : - Que esta única claridade, emanante destas


luminárias todavia diferentes, nos manifeste a Potência
Daquele que sustenta nosso Templo Particular! Que esta luz
misteriosa esclareça nossos espíritos e nossos corações, como
ela iluminou outrora as obras de nossos Irmãos dos tempos
passados! Que estas chamas iluminem com sua luz vivificante
os Irmãos e Irmãs reunidos por seu apelo, e que sua presença
seja constantemente um vivo testemunho de nossa união ...
Amém!

OS ASSISTENTES: Amém!

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O M:.R:.M:. vai ao Altar dos Perfumes, coloca mais incenso
no Incensório, traça sobre a fumaça o Pantáculo completo da
ORDEM, ( Círculo, os dois Triângulos e a Cruz) e volta ao
seu lugar.

O M.R.M.: Irmãos e Irmãs, sentai-vos!


Assim é feito; todos se sentam.

O M.R.M.: A palavra é do Irmão Secretário.

O IRMÃO SECRETARIO: Lê sucessivamente:

- O lucro da reunião anterior


- O livro da convocação da reunião do dia
- Anuncia as questões diversas a tratar por primeiro
- Anuncia a natureza do trabalho presente da reunião.

No momento em que os assuntos dos três primeiros itens


tenham sido tratados o M.R.M. concede a palavra ao Irmão ou
Irmã escalado para apresentar o trabalho do dia.

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FECHAMENTO DOS TRABALHOS

O M.R.M.: bate um golpe de malhete -O- (pequena pausa)

O M.R.M.: meus Irmãos e minhas Irmãs, alguém tem uma


proposição a fazer, a Bem da Ordem em geral ou desta
respeitável Loja em particular?

OS ASSISTENTES: .................................................

O M. DO NORTE: M.R.M. as colunas estão mudas no


setentrião.

O M. DO MEIO DIA: M.R.M. as colunas estão mudas no


meio dia.

O M.R.M. : Irmão M. do Norte, uma vez que os trabalhos


deste dia estão terminados, podemos meditar em repouso e
assim suspender nossos trabalhos?

O M. DO NORTE: M.R.M. qual pode ser o fim da ação, se


não é fazer com que os que se livram possam se ligar à ação
Universal?
Assim, é em operação que nós nos colocamos em uníssono
com esta ação e que terminamos por não ser mais que seus
órgãos. Então, tudo o que não é esta Ação, é nulo para nós, e
não há mais do que esta Mesma Ação Universal que nos
parece natural.

O M.R.M. : Irmão M. do Meio Dia. As palavras do nosso


Irmão M. do Norte estão conforme a nossa Tradição?

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O M. DO Meio Dia : Elas estão de acordo, M.R.M. e nós não
podemos pois suspender nossos Trabalhos, sem jamais poder
fechá-los, porque não há na iniciação que se dar tempo ao
orgulho.

O M.R.M. : Sim meus Irmãos e Irmãs, e é por uma presença


ativa de todos os instantes, para restabelecer um Universo,
degradado pela falta do Homem, que vos engajastes após
vossa entrada em Nossa Ordem. Pois segundo as palavras do
Philosopho Desconhecido: "A oração é a respiração de nossa
alma ... Cumprir o Bem, ( tenir bon) é a verdadeira oração,
aquela que mantém todo o lugar em condição! Trabalhe pois
teu campo sem descuidar, do Oriente ao ocidente e do Norte
ao Meio Dia. É o verdadeiro meio de o tornar fértil. Purifica-
te, Peça, receba, aja, porque toda a Obra está nestes quatro
verbos."

O M.R.M. - Meus Irmãos e Minhas Irmãs, é bom dizer que


quando o Homem de Desejo trabalha sobre si ele trabalha
realmente para os outros Homens, pois que se esforça e
concorre para lhe mostrar na sua pureza a Imagem e
Semelhança de Deus, e é o conhecimento desta Imagem e
desta Semelhança da qual eles tem exclusivamente
necessidade ... ( curto silêncio). Irmão Mestre de Cerimônias
queira fazer circular entre os Irmãos e Irmãs o tronco
destinado a coleta para aliviar o infortúnio.

O M. DE CERIMONIA: munido do tronco, passa pelas


colunas e recolhe os donativos.
A coleta termina, ele vai e deposita o tronco em frente ao
M.R.M., no lado esquerdo do Altar. O produto será contado
pelo Irmão Secretário, na saída da reunião e encaminhado ao
Irmão Tesoureiro.

25
Faz-se uma breve meditação.

O M.R.M. - Meus Irmãos e irmãs, aproximai vos do Oriente


para formarmos a CADEIA DE UNIÃO FRATERNAL.

Todos se levantam e se aproximam para formar a cadeia de


união, braço direito sobre braço esquerdo, sexos alternados.

O M.R.M. diz então a invocação de encerramento.

O M.R.M. - Deus Todo poderoso, Supremo Arquiteto do


Universo, Fonte Única de todo o Bem e de toda a perfeição,
Tu que sempre quis e operou para a felicidade do homem e de
todas as Tuas criaturas, nos Te rendemos Graças por Teus
benefícios paternais, e nós Te conjuramos todos juntos de os
conceder sem cessar a cada um de nós, segundo a Teu
desígnio e segundo as nossas necessidades. Derrame sobre
todos os nossos Irmãos e Irmãs, Tua Celeste Luz, fortifica em
nossos corações o amor a nossas obrigações afim de que nós
as observemos fielmente. Possam nossas Assembléias ser
sempre fortalecidas na sua união pelo desejo de Te amar e de
nos tornarmos úteis aos nossos semelhantes. Que elas sejam
sempre a morada da Paz e da virtude, e que a cadeia de uma
amizade perfeita e fraternal seja de hoje em diante tão forte
entre nós que nada possa jamais alterar...Amén. (silencio)
Meus irmãos e Minhas Irmãs, rompamos a cadeia.

OS ASSISTENTES: Amén. ... (Todos fazem o sinal de


Ordem, ao mesmo tempo que o M.R.M.).

O M.R.M. - Meus Irmãos e irmãs, retornai aos vossos lugares.


De pé e à Ordem de encerramento! ( mão direita com os dedos
abertos formando um esquadro com o polegar, colocado em

26
abajur sobre a testa, espada na mão esquerda ao alto...) assim
é feito.

O M.R.M. - (Pega a espada na mão esquerda, lamina elevada e


malhete na mão direita, e diz)
A glória de Deus Todo Poderoso, Grande Arquiteto do
universo, em nome da Ordem, em virtude dos poderes que nos
foram conferidos, eu declaro suspensos os Trabalhos desta
Respeitável Loja Martinista, constituída sob os auspícios de
nosso Mestre, o Filósofo Desconhecido, ao Oriente de
........................, sob o nome de .......................

Ele bate agora 6 pancadas de malhete - 0 --- 00 -- 00 -- 0-.

O M.R.M. : - meus Irmãos e minhas Irmãs, antes de extinguir


esta chama, lembremo-nos das palavras do Philosopho
Desconhecido "Eu gostaria que o Homem não esquecesse
jamais que ele é uma Luz Elementar, e que aqui não é senão o
véu e a máscara ... E as virtudes são o seminário da Luz
Divina ...

Apaga lentamente as três luzes do altar, fecha o livro Sagrado ,


apaga a luz dos Mestres Passados e diz:

"Que a paz, que a justiça, que a Caridade estejam em nossos


corações e sobre nossos lábios, agora e até o dia da nossa
morte ... (silêncio).Meus Irmãos e minhas irmãs, depositai
vossas Insígnias,( as jóias dos cargos ) pois retornaremos ao
mundo profano.

27
INSTRUÇÃO PRELIMINAR

Senhora
Senhor

É comum, lembrar que todos os povos conheceram e


conservaram a noção de uma origem misteriosa do Homem,
uma degradação espiritual que o materializou, e uma
restauração possível de seus privilégios iniciais por intermédio
das iniciações.
Mas não pode ser inútil determinar porque, preferencialmente
a qualquer outra, a iniciação Martinista repousa sobre o
aspecto hebraico desta Tradição Universal. E para lembrar-vos
e os numerosos e convincentes motivos , não podemos melhor
fazer do que deixar falar um dos iniciados desta doutrina,
conhecida sob o nome de Martinismo, denominado Joseph de
Maistre.
No nono passa tempo das celebres "TARDES DE SAINTE
PETSBURG", assegurando ao conselheiro do T..., membro do
Senado, na presença do cavalheiro de B..., em sua bandeira a
beira da Neva, e no final de uma quente tarde de verão de
1809, o Conde de Maistre determinou o papel eminente que a
nação judia ocupou entre todas as outras, suas vizinhas.
"Geralmente havia nesta nação, mesmo nos tempos os mais
antigos, e muito antes da sua mistura com os gregos, muito
mais instrução que não cremos geralmente, por razoes que
não serão difícil de assinalar. Onde tomaram por exemplo, o
calendário, um dos mais justos, e pode ser o mais justo da
antigüidade? Newton, em sua cronologia não desdenhou de
render-lhe justiça ... Não podemos ver pelo exemplo de
Daniel, quantos homens hábeis desta nação foram
considerados na Babilônia, que possuíam certamente grandes
conhecimentos.

28
O famoso rabino Moise Maiomonide, de onde eu examinei
algumas obras traduzidas, nos ensina que ao final do grande
cativeiro, um grande número de judeus não quiseram retornar
a sua terra, que se fixaram na Babilônia, que gozaram da
maior liberdade, da maior consideração e que a guarda dos
arquivos os mais secretos da ECBATANA foram confiados a
homens escolhidos nesta nação.
A tradução dos livros sagrados para uma língua tornada aquela
do Universo, a dispersão dos judeus pelas diferentes partes do
mundo e a curiosidade natural do homem para tudo aquilo que
tenha de novo e de extraordinário fez conhecer de todo o lado
a Lei Mosaica, que tornou-se assim, uma introdução ao
cristianismo.
Desde muito tempo, os judeus serviram nos exércitos de
diversos príncipes que os empregaram como voluntários por
causa de seu reconhecido valor e de sua fidelidade sem igual.
Alexandre sobretudo tirou grande partido e sua prova das
considerações aprimoradas. Seus sucessores no trono do Egito,
o imitaram neste ponto e deram aos judeus, constantemente
grades provas de confiança. Lagus, coloca sob suas guardas os
mais fortes lugares do Egito, e para conservar as cidades que
tinha conquistado na Líbia ele não encontra nada de melhor
que os enviados das colônias judias. Um dos Ptolomeus, seus
sucessores, quis obter uma tradução solene dos livros
sagrados.
Evergetes, após conquistar a Síria, vem render ações de graça
em Jerusalém. ele oferece a Deus um grande numero de
vitimas e ricos presentes no templo. Philometor, e Cleopatra
conferiram a dois homens desta nação o governo do reino e o
comando das armas. Tudo em uma palavra justificando o
discurso de Tobias a seus irmãos: "Deus vos dispersou por
entre as nações que não os conhecem afim de que vós os

29
façam conhecer Suas maravilhas, afim de que vós os ensineis
que ele é o verdadeiro Deus e o único TODO PODEROSO".
Seguindo as idéias antigas, que admitem uma multidão de
divindades e sobretudo de Deuses nacionais, o Deus de Israel
não era para os Gregos, para os Romanos e mesmo para todas
as outras nações, que uma nova divindade juntada às outras, o
que não tem nada de chocante.
Mas como existe sempre na verdade uma ação secreta, mais
forte que todos os preconceitos, o novo Deus, por tudo onde
ele se mostra, devia necessariamente fazer uma grande
impressão sobre uma diversidade de espíritos. Eu vos citei
rapidamente alguns exemplos, e vos poderia ainda citar outros.
A corte dos imperadores romanos tinha um grande respeito
pelo Templo de Jerusalém. Caius Agrippa, tendo atravessado a
judéia sem lhe fazer as devoções, (QUEIRA PERDOAR-ME
ESTA EXPRESSÃO), seu avô o imperador Augusto ficou
extremamente irritado, o que ele tinha de bem singular, é que
um dito terrível que afligia Roma nesta época foi observado
pela opinião publica como um castigo desta falta. Por uma
espécie de reparação ou por um movimento ainda mais
honrável para ele, Augusto, ainda que tenha sido um general
grande e inimigo constante das religiões estrangeiras, ordena
que se faça sacrifícios cada dia, e a suas custas sobre o altar
de Jerusalém. Lívia, sua esposa, fez presentes consideráveis.
Era a moda na corte, e a coisa veio ao ponto que todas as
nações, mesmo as menos amigas do judeus, temiam ofender, o
medo de desagradar o mestre. E que todo o homem que tenha
ousado tocar o livro sagrado dos judeus ou a contribuição que
enviavam a Jerusalém, era considerado punido como
sacrilégio. O bom senso do imperador Augusto devia sem
duvida estar impressionado pela maneira como os judeus
concebiam a Divindade. Tácito, por uma cegueira singular
levou esta doutrina as nuvens crendo reprová-la em um texto

30
célebre, mas nada me fez igualmente tanta impressão a
surpreendente sagacidade de Tiberio ao seguir os judeus,
Séjean, seu ministro, que os detestava, quis lançar sobre eles a
suspeita de uma conspiração que os devia perder, Tiberio não
deu nenhuma atenção, porque dizia este príncipe perspicaz:
esta nação, por princípio não colocará jamais a mão sobre um
soberano.
Estes judeus que representamos como um povo bravo,
intolerante, eram entretanto, de certo modo os mais tolerantes
de todos, ao ponto de termos dificuldades algumas vezes de
compreender como estes professores exclusivos da verdade se
mostraram tão pacientes com as religiões estrangeiras.
Conhecemos a maneira liberal como Eliseu resolveu o caso de
consciência proposto por um capitão da guarda síria. Se o
profeta tinha sido jesuíta, sem duvida que Pascal, por esta
decisão, não o tenha colocado a qualquer injustiça, nestas
"Cartas Provinciais", Philon, se não me engano, observa em
alguma parte que o grande Sacerdote dos judeus, só no
universo orava pelas nações e as potências estrangeiras. Com
efeito, eu não creio que hajam outros exemplos na
antigüidade. O templo de Jerusalém era rodeado por um
pórtico destinado aos estrangeiros que vinham orar livremente.
Uma quantia destes gentios tinham confiança neste Deus,
qualquer que ele fosse, que se adorava sobre o monte Sion.
Ninguém o incomodava nem lhe pedia contas de sua crença
nacional, e nós os vemos ainda, nos evangelhos, virem no dia
solene da Páscoa, adorar em Jerusalém, sem a menor marca de
desaprovação nem de surpresa por parte da história sagrada...
Assim fala nosso Irmão, o conde Joseph de Maistre, grande
professo da Ordem Interior do Regime Escocês Retificado,
sob o nome de "EQUES A FLORIBUS".

E esta é nossa definição da espiritualidade, Senhor (Senhora).

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Ninguém vos pedirá conta de vossas crenças religiosas, e vos é
suficiente não limitar o homem terrestre e carnal à sutil
hierarquia da essências, de poder vos associar do fundo do
coração e da alma à fórmula de abertura de todos nossos
trabalhos:.

"A glória do Grande Arquiteto do Universo", para que vos


sintais sempre em perfeita comunidade espiritual com todos os
membros de nossa Venerável Ordem, e que eles mesmos por
seu vez, possam vos considerar como um verdadeiro irmão,
pelo coração e o espirito.

oOo

Durante o tempo de meditação, deixado ao candidato, será


bom que o M.R.M. da loja, após a abertura dos trabalhos e da
conclusão das questões preliminares pela Secretaria, faça
proceder pelo irmão orador, uma leitura paralela desta
instrução para os membros da loja. Esta leitura se concluirá
um pouco antes ou ao mesmo tempo que aquela do candidato
na câmara de reflexões.

Deixa-se-lhe ainda um certo tempo de meditação, pois o


M.R.M. pedirá ao Irmão Mestre de Cerimônias para ir buscar
o iniciando. O mestre de Cerimônias se despirá de suas
paramentas e simplesmente vestido de seu balandrau preto ou
de sua capa, ele irá investigar o recipiendário. Lhe perguntará
se tomou conhecimento da Instrução Preliminar e se está em
plena comunhão de espírito com seus princípios. ele lhe
colocará uma venda nos olhos, igualmente preta. Após o
conduzirá lentamente em direção da porta do Templo.

oOo

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