Estudo de Obra
Dom Casmurro
1.0-Introdução.......................................................................3
2.0-Machado de Assis...........................................................4
2.1- Biografia.........................................................................4
2.2- Estilo Literário...............................................................6
2.3- Academia Brasileira de letras........................................ 7
2.4- A descrença....................................................................9
2.5- Época..............................................................................9
2.6- Paisagens....................................................................... 9
2.7- Obras............................................................................ 10
2.8- Adaptações................................................................... 11
2.9- Curiosidades................................................................. 12
4.0- Conclusão..................................................................... 26
5.0- Bibliografia.................................................................. 27
6.0- Anexos......................................................................... 28
1.0- Introdução
Neste trabalho abordaremos como tema a biografia do famoso jornalista,
romancista, poeta e teatrólogo Joaquim Maria Machado de Assis, que além de ter sido
importante personalidade na ABL (Academia Brasileira de Letras), e ocupar por mais
de 10 anos o cargo de presidente da mesma, foi também uma grande influência na
literatura brasileira escrevendo várias obras entre elas o famoso livro "Dom Casmurro"
da qual iremos fazer um estudo de obra detalhado a fim de aprimorarmos os
conhecimentos sobre o modo e os principais assuntos abordados na literatura
machadiana.
2.0- Machado de Assis
2.1- Biografia
2.5-Época
2.6- Paisagens
Romances
• Ressurreição, 1872
• A mão e a luva, 1874
• Helena, 1876
• Iaiá Garcia, 1878
• Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881
• Quincas Borba, 1891
• Dom Casmurro, 1899
• Esaú e Jacó, 1904
• Memorial de Aires, 1908
Poesias
• Crisálidas, 1864
• Falenas, 1870
• Americanas, 1875
• Ocidentais, 1880
• Poesias completas, 1901
Contos
Teatro
Cinema
• Um apólogo – filme
• O rio de Machado de Assis – filme
• Alma curiosa de Perfeição – documentário
• Esse rio que eu amo – filme
• Capitu – filme
• Viagem ao fim do mundo – filme
• Azillo muito louco – filme
• A causa secreta – filme
• A cartomante – filme
• Um homem célebre – filme
• Confissões de uma viúva moça – filme
• Que estranha forma de amar – filme
• Missa do galo – filme
• Brás cubas – filme
• Quincas Borba – filme
• Memórias póstumas – filme
• Dom – filme
Música
• Hino Patriótico
Letra de Machado de Assis e música de Júlio José Nunes. Com este título
figura a poesia, na Semana Ilustrada ( Rio, n. 110, 18 de janeiro de 1863). No
anúncio, porém, no Teatro Ginásio, onde foi cantada e recitada pela atriz
Emília Adelaide, aparece com o título de Hino dos Voluntários. Foi impresso,
ornado com desenhos de Henrique Fleiuss. O produto da venda de certos
números de exemplares era destinado, pelos autores, a subscrição nacional em
favor do armamento.
• Cantata da Arcádia
Poesia de Machado de Assis e música de José Amat. Foi escrita especialmente
para o sarau literário e artístico, realizado pela Arcádia Fluminense, nos salões
do clube Fluminense, em 25 de novembro de 1865. Com este hino foi aberta a
sessão.
A seção Gazetilha do Jornal do Comércio ( Rio, 28 de novembro de 1865) sob
o título Arcádia Fluminense, além da notícia do sarau, transcreve 5 versos
esparsos da cantata. Perdida.
Televisão
• Helena - novela
• O alienista - mini-série
• Trio em lá menor – mini-série
2.9- Curiosidades
Contexto brasileiro:
3.2-Metalinguagem
Pela narração não há como afirmar se houve ou não adultério. Os fatos deixam
dúvidas, pois a semelhança de Ezequiel com Escobar, o fato de Escobar ser muito
amigo de Capitu e sempre rondar a família levam o leitor a pensar que houve a traição.
Por outro lado, a amizade de Capitu por Escobar não seria amor carnal, mas um amor
fraterno, o seu amor por Bentinho desde a infância e a sua luta por ele, além do fato
dele não ter visto a traição, levam o leitor a acreditar em sua fidelidade. O leitor pode
supor que Bentinho fosse ciumento e imaginasse os fatos. Não há comprovação de
nada, afinal a visão dos fatos é parcial, já que Bentinho que narra a história como a vê.
Há divergências sobre a traição de Capitu. Várias teses acadêmicas já
abordaram o assunto e nenhuma chegou a uma análise conclusiva. Em páginas mais
avançadas deste clássico da literatura brasileira, o autor deixa claro que o filho de
Bentinho com Capitu era quase idêntico ao seu amigo Escobar, só que um pouco mais
baixo e nas páginas iniciais da obra, o autor descreve Capitu como tendo muita
facilidade em disfarçar as situações, inclusive enganando seus pais que tanto amava
muitas vezes, o que fortalece a hipótese de adultério.
Ai resta-nos a dúvida: Teria Capitu traído Bentinho com Escobar?
1. Enredo:
2. Foco Narrativo:
Bento e Capitolina:
São os protagonistas da obra, e sua profundidade psicológica é delineada com
grande carga dramática.
Crescem juntas, apaixonam-se, fazem planos, casam-se e separam-se, mas
trata-se de personalidades contrastantes e complementares: são personagens esféricas
(ou redondas):
Capitu (Capitolina):
Seu perfil é pincelado paulatinamente no transcorrer do livro, pois como em
um romance de tese, o narrador pretende provar ao leitor que a Capitu adulta já se
encontrava na menina, como a fruta dentro da casca.
Aos 14 anos ele a vê como uma adolescente atraente, mãos bem cuidadas, e,
apesar de pertencer à classe social inferior, detentora de vários encantos: possui olhos
claros, cabelos grossos e escuros, penteados em tranças, à maneira do tempo.
Mas é a dimensão moral de Capitu (seu comportamento) que demanda pintura
e análise minuciosas. Caracterizam-na alguns aspectos importantes:
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada (visão de José Dias, e se pensarmos que
os olhos são os espelhos da alma...);
Olhos de ressaca (sensação de Bentinho, apaixonado e atraído pela força
irresistível desses olhos);
Fria e calculista (acusações de prima Justina, que inveja Capitu);
Inteligência viva, sagaz; extrema capacidade de reflexão e ascendência sobre o
menino (... era muito mais mulher que eu homem);
Capacidade de simular e/ou dissimular sentimentos e emoções, autocontrole
diante de situações comprometedoras ou conflituosas;
Traços físicos e morais semelhantes aos da mãe de Sancha;
O nome: Capitolina tanto lembra Capitólio.
Trata-se, pois, de personagem densa e rica, pela maneira ambígua, parcial e
freqüentemente contraditória com que D. Casmurro a retrata (através de impressões de
pessoas que a invejavam ou não gostavam dela, e de seu ressentimento de marido
traído; por outro lado, mulher fascinante e encantadora de cuja presença e amor nunca
conseguiram esquecer-se, num sentimento ambíguo nos limites do amor e do
ódio/desprezo).
Bento Santiago:
Pseudo-autor, narrador e personagem principal. Seu nome já sugere alguns
traços de personalidade (Bento + Santiago) - abençoado e predestinado pela mãe ao
sacrifício religioso. O menino cresce acreditando que vai ser padre, ingênuo e
submisso, é preciso que outras pessoas revelem a ele seu amor pela companheira de
brincadeiras.
Principais traços de seu comportamento:
Escobar:
Em seus primeiros contatos no seminário, Escobar aparece a Bentinho como
um garoto de modos fugitivos que cessavam quando ele queria e que, com o tempo, foi
conquistando-lhe a confiança e a alma (relações meio feminóides, que provocaram
admoestação de um dos padres).
Bem mais decidido que Bentinho, Escobar apresentava rara habilidade
intelectual, raciocínio rápido e gostava de comércio - via o seminário apenas como
etapa da vida. Longe da família, que morava no Paraná, tomava as decisões por sua
conta e risco.
Sua aproximação com a família do amigo apresenta traços de ambigüidade
(evidências de maus presságios). Conquista logo a confiança e a amizade de quase
todos, apesar da ressalva sobre seus olhos fugidios e das insinuações de prima Justina -
de que lhe interessava o dinheiro de D. Glória. Usando de um artifício, consegue saber
de Bentinho sobre o montante da fortuna dos Santiago.
O narrador apresenta-o como um protótipo de pessoa esperta e calculista
(personagem plana) que se aproveita das relações de amizade para subir na vida e,
inescrupulosa, capaz de trair friamente seu melhor amigo. Mesmo depois de morto,
influi decisivamente na dissolução da vida do casal Bento-Capitu.
José Dias:
Tipo humano com traços caricaturais de personagem de costumes, agregado à
família desde os tempos em que o pai de Bentinho vivia e a quem se apresentara como
médico homeopata. Caracterizam-se pela submissão, atitudes de bajulação para
conseguir ou manter privilégios e um traço lingüístico - o uso de superlativos.
Dna. Glória:
Viúva abastada de Pedro de Albuquerque Santiago, ao perder o 1º filho faz
uma promessa de oferecer o segundo o Deus, caso vingasse. Fiel à memória do
marido, disfarça a juventude e a beleza com roupas e costumes austeros. Mima o filho,
cumulando-o de cuidados: prefere pagar um professor particular para mantê-lo sempre
junto a si. Arrepende-se do sacrifício a que submeteria o filho, e é com alívio e
gratidão que estimula o interesse de Capitu e aceita a sugestão de Escobar para livrar o
filho do seminário. Matriarca poderosa aglutina a família ao seu redor e administra
seus bens com eficiência (e medo, segundo Escobar). Pode ser identificada como
retrato da mulher brasileira do século XIX.
Há quem veja uma relação edipiana, um complexo freudiano mal resolvido
entre ela e Bentinho, que sempre se apresenta dividido entre o amor à mãe e a Capitu e
opta finalmente por ver a mãe como uma santa e a esposa como infiel e desprezível.
As demais personagens - Tio Cosme, Prima Justina, Pádua e a mulher,
Manducam Sancha - constituem parte do universo particular que gravita em torno de
Bentinho. Ezequiel Albuquerque de Santiago, o filho tão desejado e depois rejeitado, é
visto por D. Casmurro como o bode expiatório do seu fracasso conjugal. Devido à
fantástica semelhança com Escobar, constitui-se, ironicamente, na prova científica e
definitiva do adultério de Capitu (o homem é condicionado por sua herança genética,
meio e momento histórico...). Inteligente e imitador desagregam a família: primeiro é
afastado de casa indo para o internato; depois para Europa; finalmente, morre. Idolatra
o pai e nunca conseguiu entender a rejeição e o porquê da separação do casal - vítima
inocente que purifica pelo sacrifício os pecados dos adultos.
Apesar das dificuldades enfrentadas por ele desde a infância, foi um homem muito
dedicado, tanto que se tornou o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras,
estreou como crítico teatral na revista O Espelho, foi convidado para se tornar redator
do Diário do Rio de Janeiro, esses são alguns exemplos da competência desse escritor
brasileiro, que nos permite ter uma pequena noção da sua importância no estudo e na
historia da literatura.
Dom Casmurro é uma das principais obras de Machado de Assis, lançada na época do
realismo brasileiro e é considerada como a obra - prima desse escritor
5.0- Bibliografia
• www.wikipedia.com.br
• www.google.com.br
• www.machadodeassis.org.br
6.0- Anexos