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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Instituto de Física
FNC313 - Física Experimental V

Prof. José Roberto B. Oliveira

E4 - Estudo do Efeito Fotoelétrico

Grupo 319
Edson Shimabuko (eshimabuko@prolan.com.br)
Roberto Paiva Magalhães Carvalhaes (rpcarv@hotmail.com)
Sebastian Krieger (sebastian@regeirk.com)

(9 de dezembro de 2002)

Resumo
Utilizando-se uma fotocélula é feito um estudo do efeito fotoelétrico, destacando-se a nature-
za quântica da luz e da matéria. Assim torna-se possível observar a existência da função trabalho no
cátodo, a tensão de corte para diversas freqüências de onda luminosa e a constante universal de
-34
Planck h=6.2(3)·10 Js.
mostra que radiação faz com que metais emi-
1. Introdução tam partículas de carga negativa, elétrons.
O objetivo da experiência descrita a
No mesmo ano, Max Planck introduz,
seguir é a caracterização do efeito fotoelétrico
ao estudar radiação de corpos negros, o con-
e a medida da constante universal de Planck,
ceito da quantificação de energia, em que
utilizando-se uma célula fotoelétrica.
alguns observáveis só podem assumir os valo-
O efeito fotoelétrico é caracterizado res de um conjunto discreto, múltiplos inteiros
pela emissão de elétrons provocada pela inci- da constante universal de Planck, h.
dência de radiação eletromagnética, como a
Em 1905 Albert Einstein propõe, em
luz, sobre algum material. Examinando-se
artigo para Annalen der Physik, que a radiação
detalhadamente as características deste efeito
eletromagnética também é composta por pa-
há contradição com as previsões da teoria
cotes de energia, chamados fótons. A energia
ondulatória da radiação eletromagnética, como
de cada fóton é proporcional à freqüência de
a seguir.
radiação ν e descrita da seguinte forma,
• A energia cinética máxima dos elé-
trons emitidos pela superfície de certo E = hν (Eq. 1)
material devido à ação de luz mono- Assim, incidindo-se luz sobre uma su-
cromática não depende da intensidade perfície metálica, a energia de um fóton pode
da luz. No entanto, a energia dos foto- ser totalmente absorvida por um elétron que
elétrons está intrinsecamente ligada à pode ser ejetado da superfície com energia
freqüência de radiação. cinética
• Existe uma freqüência de corte para a
radiação eletromagnética, abaixo da EC = hν − eφ (Eq. 2)
qual não ocorre o efeito fotoelétrico e
depende do material da superfície e- Ou seja, este elétron possui a diferença de
missora. energia entre o fóton e o trabalho necessário
• Não é possível detectar experimen- para extrair um elétron do metal descrito pela
talmente atraso algum entre o instante carga fundamental e e pela função de trabalho
em que a luz incide sobre a superfície φ do metal. Esta expressão demonstra clara-
e o início da emissão de foto-elétrons. mente que a energia máxima que os elétrons
possuem é independente da intensidade da
Em 1886 Heinrich Hertz observa pela fonte luminosa. A variação de intensidade
primeira vez o efeito fotoelétrico, durante suas influencia apenas o número de elétrons emiti-
experiências que vieram a confirmar a exis- dos pela superfície, alterando a corrente foto-
tência a propagação de ondas eletromagnéti- elétrica. Nota-se também que a energia míni-
cas. Durante suas experiências percebe que ma necessária para arrancar um elétron da
luz ultravioleta facilita a descarga elétrica entre superfície é eφ fazendo com que a freqüência
dois eletrodos, não dando seqüência a esta de radiação mínima seja
descoberta. Posteriormente, em 1900, Lenard
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eφ difratada através de um conjunto lente – rede


ν0 = (Eq. 3) de difração. Assim é possível efetuar as medi-
h das para luz de freqüência de onda bem defi-
Einstein também mostra assim porque não nidas, no caso amarelo (5789.69Å ou
ocorre atraso na emissão de foto-elétrons, 5769.60Å), verde (5460.74Å), azul (4358.35Å),
mesmo para luz de intensidade baixa. violeta (4046.56Å) e ultravioleta (3654.83Å).
Para evitar a interferência de luz difratada de
Em 1914 Robert A. Millikan verifica, ordens superiores são utilizados filtros amare-
com auxílio de uma célula fotoelétrica, experi- lo e verde durante a respectiva aquisição de
mentalmente a relação linear entre a energia dados. Também é utilizado um filtro de inten-
máxima de fotoelétrons e a freqüência de ra- sidade.
diação incidente, tornando assim possível
medir a constante de Planck alternativamente, O sistema ótico deve ser alinhado de
rendendo-lhe, juntamente com sua pesquisa forma a obter uma imagem diretamente sobre
sobre a carga fundamental, o Prêmio Nobel de a fotocélula, ajustando-se o foco da lente e
Física em 1923. escolhendo as raias difratadas mais adequa-
das.
2. Arranjo experimental A aquisição dos dados também é feita
A figura 1 mostra o esquema simples através do computador utilizando-se as inter-
do arranjo experimental utilizado durante a faces necessárias [1].
experiência. Uma fonte de luz monocromática
emite fótons f que atingem a superfície do 3. Dados e resultados
catodo c da fotocélula, fazendo com que um Seguindo-se o procedimento experi-
-
elétron e seja emitido. Este, a atingir o ânodo mental descrito anteriormente observa-se o
a produz uma corrente elétrica medida através comportamento da corrente do fotoelétron da
de um pico-amperímetro A. Um voltímetro V luz de comprimentos de onda e intensidade
mede a tensão entre o catodo e o ânodo, pro- distintos em relação à tensão.
duzida for uma fonte variável.
160,0

140,0 Amarelo filtro 100


Amarelo filtro 60
120,0
Azul
100,0 Verde

80,0
I [10 A]
-8

60,0

40,0

Figura 1. Esquema simplificado do arranjo 20,0

experimental. 0,0

6 4 2 0 -2 -4 -6
No entanto, entre o catodo e o ânodo Tensão V [V]
da fotocélula, os elétrons são desacelerados
pela tensão Gráfico 1. Corrente e tensão da fotocélula para
V ' = V − φc + φa (Eq. 4) luz incidente.

sabendo que φa e φb são as funções trabalho Nota-se no gráfico 2 como a corrente


do catodo e do ânodo respectivamente e V é a da fotocélula varia de acordo com a intensida-
tensão medida pelo voltímetro. Logo se alte- de de luz incidente.
rando a tensão de operação é possível deter-
minar a tensão V0 para a qual a corrente foto- 100 Sem filtro
elétrica é anulada, que corresponde à energia 80
100
60
cinética máxima com que os elétrons são emi- 60
Corrente (.3.10 A)

tidos. Pela equação 2 obtém-se portanto


-9

40


V0 = − φa
20
(Eq. 5)
e 0

-20
Desta forma espera-se a observação
-40
de correntes espúrias, cuja contribuição deve
-60
ser eliminada. [5]
0,0 -0,5 -1,0 -1,5 -2,0 -2,5 -3,0 -3,5 -4,0 -4,5

A fonte luminosa utilizada neste caso Tensão (V)


é uma lâmpada de mercúrio cuja luz emitida é
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Gráfico 2. Variação da corrente com intensi-


5
dade de luz.
UV
4 Violeta
O gráfico 3 mostra os dados obtidos Azul

Corrente (u.a.)
Verde
pelo computador para a luz amarela e para a 3
Amarelo
luz de fundo, utilizando-se o filtro amarelo.
Assim, com o auxílio de programa de compu- 2

tador específico, é possível subtrair o fundo


das medidas efetuadas. 1

0
3,50E-010
Amarelo
3,00E-010 Fundo amarelo -0,5 -1,0 -1,5 -2,0 -2,5 -3,0 -3,5 -4,0 -4,5

2,50E-010 Tensão [V]


2,00E-010

1,50E-010 Gráfico 5. Tensão e corrente da fotocélula


Corrente I [A]

1,00E-010
para diversos comprimentos de onda.
5,00E-011

0,00E+000
Deste modo determina-se a tensão de
-5,00E-011
corte V0. Cuja relação com o comprimento de
-1,00E-010

-1,50E-010
onda deve seguir a equação 5, como mostra o
gráfico 6, tornando possível obter a constante
0 -1 -2 -3 -4
Tensão V [V] universal de Planck e a função trabalho do
ânodo.
Gráfico 3. Dados para luz amarela e fundo.
-0,6

Após a subtração do fundo é possível -0,8

obter a corrente do ânodo, ajustando-se uma -1,0

reta, como ilustrado no gráfico 4. -1,2


Vo (V)

-1,4
Amarelo - fundo
3,00E-010 Ajuste corrente do ânodo -1,6

-1,8

2,00E-010
-2,0
Corrente I [A]

-2,2

1,00E-010
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5
33
c/(λe) 10
0,00E+000

Gráfico 6. Tensões de corte para comprimen-


-1,00E-010 tos de onda distintos.
0 -1 -2 -3 -4
Tensão V [V]
A partir da análise do gráfico 6 obtém-
se para a constante universal de Planck
Gráfico 4. Ajuste da corrente do ânodo.
h = 6,2(3) ⋅ 10 -34 Js ,
Assim é possível, como para o fundo,
subtrair-se dos dados a corrente do ânodo, bastante próximo dos valores tabelados. Para
considerando-a constante. a função trabalho do ânodo da célula fotoelé-
Tratando-se desta mesma forma os trica
dados para todas as freqüências medidas, φ a = 1,15V ,
obtém-se a seguinte relação entre a tensão e
a corrente para os diversos comprimentos de sendo que seu erro não é calculado como
onda, ilustradas no gráfico 5. discutido mais adiante.

4. Análise
A partir dos dados e dos resultados
apresentados nota-se uma região de satura-
ção de corrente em função da tensão de ope-
ração, que varia de acordo com a intensidade
da luz. Isso se deve ao fato de que a partir de
determinada tensão todos os fotoelétrons emi-
tidos pelo catodo atingem o ânodo. Lembran-
E4 - Estudo do Efeito Fotoelétrico 4

do que quanto maior o número de fótons atin-


girem o catodo, maior será a corrente fotoelé-
trica. O mesmo vale para elétrons emitidos
pelo ânodo ao atingirem o cátodo.
Evidencia-se com esta experiência
que a tensão de corte V0 varia, como previsto
por Einstein, apenas com a freqüência da luz
incidente e do material, sendo assim indepen-
dente da intensidade.
Com os valores da tensão V0 em fun-
ção do comprimento de onda luminosa é pos-
sível determinar a constante de Planck e a
função trabalho do material. No entanto, a
dificuldade em se obter valores precisos para
esta tensão devido à característica das curvas
faz com que surjam erros sistemáticos na fun-
ção trabalho, logo não devendo ser considera-
dos. Como a tensão V0 é determinada da
mesma forma para todos os comprimentos de
onda, este erro sistemático não ocorre na de-
terminação da constante de Planck. A impreci-
são obtida é devida à natureza estatística do
comportamento dos elétrons, que seguem
distribuições que dependem da temperatura.
[5].

5. Conclusão
Com esta experiência observa-se cla-
ramente o comportamento do efeito fotoelétri-
co em uma fotocélula. Podendo assim obser-
var as características quânticas da luz, de
modo a determinar, de forma não suficiente-
mente precisa, a constate universal de Planck.
Apesar de não ser possível determinar
seu valor de forma eficiente, a função trabalho
do ânodo é observada.

6. Referências Bibliográficas
1. Efeito Fotoelétrico, Notas de Aula –
FNC313; Instituto de Física da Univer-
sidade de São Paulo.
2. J.H. Vuolo; Introdução à Teoria de Er-
ros; Instituto de Física da Universida-
de de São Paulo; 1999.
3. Fenômenos Estatísticos em Física
Experimental; Instituto de Física da
Universidade de São Paulo.
4. R. Eisberg, R. Resnick; Física Quânti-
a
ca; Editora Campus, Rio de Janeiro; 4
edição, 1986.
5. J. R. B. Oliveira; Efeito Fotoelétrico;
http://labdid.if.usp.br/~estrutura/Fe/fe.h
tm; Instituto de Física da Universidade
de São Paulo.

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