Tarefas: O trabalho a ser realizado em uma empresa é dividido, e esta divisão provoca
a especialização de atividades e funções, que se subdividem em tarefas que por sua vez, devem estar
em consonância com os objetivos da organização.
Pessoas: Cada pessoa é designada para ocupar um cargo, que é parte específica do
trabalho global.
Órgãos: Conhecidas as tarefas e as pessoas, estes são agrupados em órgãos, com base
em características ou objetivos similares. Os órgãos são dispostos em níveis hierárquicos e em áreas
de atividades e dependendo da ligação direta ou indireta com os objetivos da empresa são
denominados órgãos de linha ou staff.
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Relações: É este um dos conceitos mais importantes dentro da organização, que
envolve as relações entre ela e seus órgãos; entre as pessoas com relação ao seu trabalho; entre uma
pessoa com outras situadas em setores diferentes da empresa e entre os participantes da organização
em situações fora do trabalho (relações informais).
Abrangência da organização
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• Organização a nível Operacional: É o chamado desenho dos cargos ou tarefas que
focaliza cada tarefa especificamente. É feito pela descrição e análise dos cargos. O diagrama abaixo
ilustra as abrangências citadas.
A Estrutura Organizacional
Divisão do trabalho
Adam Smith observou que a grande vantagem da divisão do trabalho era que,
partindo o trabalho total em operações pequenas, simples e separadas, nas quais cada trabalhador
pudesse se especializar, a produtividade total se multiplicava geometricamente.
Hoje em dia utilizamos o termo divisão do trabalho, ao invés de divisão de mão-de-
obra, para dizer que todas as tarefas organizacionais, desde a fabricação até a administração, podem
ser especializadas. Outro termo utilizado é especialização de tarefas. Muitas pessoas acreditam que o
surgimento da civilização pode ser atribuído a essa especialização, que deu à humanidade recursos
para desenvolver a arte, a ciência e a educação.
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capacidades especializadas para isso. Por outro lado, a divisão do trabalho cria tarefas simplificadas
que podem ser aprendidas e completadas de forma relativamente rápida. Além disso, ela cria uma
variedade de empregos, permitindo que as pessoas escolham ou sejam alocadas em posições que
combinem com seus talentos e interesses.
A especialização de tarefas também tem suas desvantagens. Se as tarefas são
divididas em passos pequenos e separados, e se cada trabalhador é responsável por apenas um passo,
a alienação – a ausência de sensação de controle sobre o próprio trabalho – pode surgir facilmente.
Karl Max construiu sua teoria da economia socialista em parte sobre a alegação de que a divisão de
trabalho fazia com que os trabalhadores perdessem o orgulho pelo seu trabalho. Num nível mais
prático, o tédio e o absenteísmo podem crescer quando uma tarefa especializada se torna repetitiva e
pessoalmente insatisfatória.
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entre os administradores mais altos e os mais baixos. Nessas organizações, uma longa cadeia de
comando retarda a tomada de decisões, o que é uma desvantagem quando o meio ambiente está
mudando rapidamente. Alcances longos, por outro lado, criam estruturas organizacionais achatadas,
com menos níveis hierárquicos entre o topo e a base. Uma das tendências mais visíveis nos últimos
anos é a adoção de estruturas organizacionais achatadas, de forma a reduzir os custos associados aos
diversos níveis da gerência média e acelerar a tomada de decisões. O risco, evidentemente, é que os
administradores que ficam têm maiores responsabilidades e podem ser exigidos em demasia.
Entretanto, pesquisadores contemporâneos concordam em que não há um alcance de gerência
ideal. A escolha de um alcance apropriado requer que sejam avaliados fatores como o meio ambiente
e as capacidades dos administradores e dos subordinados. Por exemplo, à medida que dirigentes e
subordinados tornam-se mais experientes, o alcance ótimo de gerência tende a aumentar.
Se o alcance de gerência for um problema, podemos resolvê- lo ajustando o próprio
alcance ou os fatores que o influenciam. Vamos presumir que o alcance de gerência seja grande
demais, e que tanto os supervisores quanto os subordinados sintam-se importunados e frustrados.
Uma solução seria ajustar o alcance de gerência transferindo alguns empregados ou
responsabilidades para outro administrador. Outra solução seria proporcionar treinamento adicional
para os administradores ou acrescentar assistentes de supervisão para lidar com tarefas não-
supervisoras. Somente analisando a situação e as pessoas envolvidas, podemos identificar os
melhores fatores a serem ajustados.
1. Organograma
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- Autoridade funcional; Permite a um cargo ou a um órgão atuar sobre
elementos não ligados diretamente a ele, apenas em relação a assuntos específicos à sua função na
organização. As modificações devem ser aprovadas previamente pelo órgão de linha superior
hierárquico do órgão a ser modificado.
A elaboração de um organograma é recomendada por manter a simplicidade,
evitar cruzamentos excessivos de linhas; os órgãos do mesmo nível hierárquico deverão ter nomes
equivalentes ou que indiquem o nível; os órgãos auxiliares ou de assessoria deverão ficar justapostos
ao órgão principal respectivo.
Os organogramas são úteis para mostrar a estrutura formal da organização e quem é o
responsável por determinadas tarefas. Além disso, o simples ato de desenhar um organograma pode
assinalar defeitos na organização, como a duplicação de esforços ou os conflitos potenciais.
Na verdade, entretanto, o organograma não pode captar os relacionamentos
interpessoais que formam a estrutura informal. Herbert A Simon descreveu-a como “os
relacionamentos interpessoais, dentro da organização, que afetam decisões internas, mas que, ou são
omitidos do esquema formal ou não são coerentes com o mesmo”. Esses relacionamentos
interpessoais são frequentemente representados no organograma através de linhas pontilhadas. Por
exemplo: durante um período de muito trabalho, um empregado pode procurar outro em busca de
ajuda, ao invés de ir até um administrador; ou um empregado do departamento de vendas pode
estabelecer uma relação de trabalho comum a um empregado da produção, que pode dar informações
sobre disponibilidade de produtos mais rapidamente do que o sistema formal de relatórios. E
qualquer pessoa que tenha trabalhado numa orga nização sabe que a importância e autoridade das
secretárias e dos assistentes executivos nunca podem ser mostradas num organograma.
Um dos primeiros estudiosos a reconhecer a importância das estruturas informais foi
Chester Barnard. Ele observou que as relações informais ajudam os membros das organizações a
satisfazerem suas necessidades sociais e a realizarem as coisas. De fato, insistir que empregados
sempre “passem pelos canais competentes”, pode ser uma desvantagem.
Estrutura Funcional
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Presidente
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administração de topo geralmente cria divisões semi-autônomas, cada uma projetando, produzindo e
comercializando seus próprios produtos.
Estabelecer divisões por produto é lógico quando cada produto exige uma tecnologia
de produção diferente e métodos diferentes de marketing.
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desse tipo. Essa organização é lógica quando uma instalação de produção deve localizar-se o mais
perto possível das fontes de matéria-prima, de grandes mercados ou de pessoal especializado, como
as operações de lapidação de diamantes em Nova York, Tel-Aviv e Amsterdã.
Na divisão por cliente, uma divisão vende a maior parte de seus produtos a um
cliente em particular. Uma empresa de eletrônica por exemplo, pode ter divisões separadas para
compradores militares, industriais, farmacêuticos e consumidores finais. Como regra geral, as
empresas industriais com linhas de produtos altamente diversificadas tendem a se organizar ou por
cliente ou por produto.
A estrutura divisional tem várias vantagens. Como todas as atividades, capacid ades e
competências especializadas necessárias para produzir e vender produtos específicos são agrupadas
num mesmo lugar e sob um único comandante, todo o trabalho pode ser mais facilmente coordenado
e mantido em um alto nível de desempenho. Além disso, tanto a qualidade quanto a velocidade na
tomada de decisão são aumentadas porque as decisões no nível divisional são tomadas mais perto do
local da ação. De outro lado, a carga sobre a administração central é aliviada porque os gerentes de
divisão têm maior autoridade. Mais importante, talvez, é que a responsabilidade é clara. O
desempenho de uma administração divisional pode ser medido em função dos lucros ou prejuízos de
sua divisão.
Entretanto, existem algumas desvantagens na estrutura divisional. Os interesses da
divisão podem ser colocados acima das necessidades e dos objetivos da organização como um todo.
Por exemplo: como são vulneráveis a avaliação de desempenho em função do lucro e prejuízo, os
chefes de divisão podem obter ganhos de curto prazo às expensas da lucratividade a longo prazo.
Além disso, as despesas administrativas aumentam porque cada divisão tem seu próprio conjunto de
membros e especialistas, levando a uma duplicação de capacidade custosa.
Estrutura Matricial
Nenhum dos dois tipos de estrutura que discutimos atende a todas as necessidades de
uma organização. Numa estrutura funcional, as competências especializadas podem se tornar cada
vez mais sofisticadas – mas a produção coordenada de bens pode ser difícil de se alcançar. Numa
estrutura divisional, vários produtos podem florescer enquanto a competência especializada
tecnológica da organização como um todo pode continuar subdesenvolvida. A estrutura matricial
tenta combinar os benefícios dos dois tipos de projeto, ao mesmo tempo em que evita suas
desvantagens.
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Presidente
Neg. nº 1
Comitê
de
Neg nº 2 Negócio
Neg nº 3
Futuro
Numa estrutura matricial, os empregados têm na verdade dois chefes – isto é, estão
sob autoridade dual. Uma das cadeias de comando é funcional ou divisional, diagramada
verticalmente nos organogramas precedentes. A segunda é mostrada horizontalmente. Essa cadeia
lateral representa uma equipe de projetos ou de negócios, liderada por um gerente de projeto ou de
grupo que é um expert na área de especialização atribuída a essa equipe. Por esse motivo a estrutura
matricial é frequentemente chamada de um “sistema de comando múltiplo. ”
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