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#evento

TRAJETOS COSTURADOS
Workshop com Jum Nakao, Ronaldo Fraga, Fernanda Yamamoto

Organização por Márcia Kohatsu

Local: Centro Universitário Belas Artes / Data: 1 e 2 de abril/2011

JUM NAKAO

- metáfora: lago como espaço infinito sem ponto de saída e chegada; barco a
vela a costurar o lago em zigue-zague e; “o aprendizado da vida está na
percepção dos detalhes das experiências” (Introdução)

- Modelagem – volumetria arquiteto Artigas  desenhar = sonhos, códigos


traduzidos em realidade / dezenhar = sonhar; design, desenho = desígnio

- Modelagem:

1ª imagem: séc. XV (14xx-15xx) – mestre-de-ofício; desenho fragmentado,


orgânico; corte do tecido mais diferenciados porque a tecelagem era manual –
qualidade do tecido melhor: tensão menor e encolhimento proporcional
*uso do grampeador para modelar no papel

- hábito – habitat – casa e; roupa (hábito do padre)

- 17xx-18xx – mudanças na modelagem; formato dinâmico, mais retos,


geometrizados; indústria: tecidos em larga escala, mas as vendas em “conta-
gotas”

- 19xx

- hoje – frente e costa, ou seja, perdeu a organicidade dos corpos: fem./masc.;


modelagens interessantes:

- trabalho com tecido metalizado (não lembro o nome do estilista)

- saia – atenção ao tecido na costura

- estilistas anos 80 (não lembro nomes) – trabalho na lateral do corpo, imagem


final: peça é uma capa/casaco desestruturado; trabalho no colo, gola (com
capuz)

- Issey Miyake – vestido

- M. Vionnet – “vestido de 3 lenços vermelhos”

- H. Chalayan – trabalho com couro (jaqueta)


- estilista belga – vestido-casaco, a modelgame plana desconstruída

- Conclusões: roupas como interface; saber – descobrir o como, o processo;


linha de construção de roupas – escolhas diferentes; a modelagem se baseia
em articulações, movimentos; o mundo pode ser (re)desenhado de outro jeito.

AGUSTINA COMAS

- projeto/marca em parceria com Ana Piriz (no Uruguai) – IN.USE –


metodologia de trabalho: com estoques de outras coleções; no vídeo mostrado,
algo “Junky Styling” (referência e inspiração máxima da estilista – descoberta em conversa
com ela)

- Projeto sustentabilidade – para empresa Magma e outras redes fast-fashion


uruguaias com seus estoques e Greenvana

- Estética: masculino e alfaiataria no corpo feminino

- [desfile – Moweek]

- Metodologia: em todos os processos tem sobra; dados ABIT: sobra industrial


 75% venda loja, 15% venda liquidação e 10% sobra pós-liquidação, este 10%
= 855.000.000 peças / Para onde vai esta sobra? = conceitos: [simbiosis] [lei
Lavoisier]; aproveitamento; ideia de ‘conhecimento gelado’ = manter, conservar
a energia, a matéria da roupa; retomar o ciclo do produto; consumo/consumidor
consciente e a se questionar; uso de novas plataformas: oficina à distância.

- Metodologia de Criação: pensar o corpo; método empírico, ensaio e erro;


‘ginástica mental’; [design por restrição] = descobrir as potencialidades de
novas peças dentro da limitação da roupa antiga / desvio

- Links:

http://agusco.org/ http://in-use.me/

http://www.lapasionaria.com.uy/

http://www.colectivoceleste.com.uy/

http://www.moweek.com.uy/

RONALDO FRAGA

- [Introdução]: memória, o rasgar dos tecidos, sentidos, um novo olhar

- MODA: execução de textos (contextos) antropológicos, culturais,


econômicos, históricos ( pistas para criação de roupas com os seus registros
visuais, ouvir o tecido)
- não tem limite entre o popular x sofisticado, público x privado, elegância x
deselegância

- Temas das Coleções: escolhas de histórias, tempos, temas... que são muito
caros/raros à moda [pois causam um impacto, espaço para a reflexão] – ex.:
Nara Leão (pq ela e não Elis Regina?)

- experimentar diferente, novos conhecimentos

 como vou convencer o meu tempo e a mim mesmo que a minha criação,
moda tem o seu valor/vale a pena?

- construir SENTIDO [o intangível] em cima do tangível

- 3 Coleções:

1ª) “Athos Bulcão” (inv./2011) – este artista imprimiu lira e bossa (aos azulejos
e) à arquitetura modernista e concreta brasileira (conterrâneo de O. Niemeyer)

2ª) “O Turista Aprendiz” (verão 2011) – mensagem: ofícios em risco = as


bordadeiras do Nordeste – trabalho com grupos de mulheres pernambucanas /
referências: viagem de Mário de Andrade em 1923 para o Norte e Nordeste do
país para conhecer a cultura brasileira – conhece Luís da Câmara Cascudo
(maior cancioneiro do Brasil)

3ª) “Giz” (inv./2010) – mensagem: desamparo e abandono dos dias de hoje

- Proposta de oficina: bordar tema que vc gostaria de ter feito/fazer /


desnho/bordado = registro gráfico com base em uma música do Cartola (Leci
Brandão / Nara Leão, anos 60) – poesia: lugar áspero, (in)suspeito – distância
entre o popular x luxo, povo x alta burguesia; simplicidade; olhar para este
lugar e fazer poesia

 Pesquisa de coleção = contar uma história, não apenas contar com a


inspiração como suporte

DEBATE COM ALICE LOBO

[Alice Lobo – A.L. / Ronaldo Fraga – R.F. / Jum Nakao – J.N. / Fernanda
Yamamoto – F.Y. / Agustina Comas – A.C.]

 Sustentabilidade – design: impacto no ambiente?

- J.N.: sustentabilidade- ato de consumo político ainda não contemplado pelas


em geral / design- cumpre o papel de juntar todas estas variantes desta
questão atual da sustentabilidade

- A.C.: design agrega valor ao produto / futuro (do design e consumo) não por
culpa; união dos lados: comercial e sustentabilidade
- R.F.: contemporaneidade [está] banaliza[ndo] as palavras: MKT,
sustentabilidade, moda, estilo, marca, conceito estão se esvaziando de seus
significados / [acredita] em um processo [mais] humanizado / simplicidade
neste processo de humanização que deve ser natural e local (problema da
concorrência com a China) / Brasil- educação periférica

- A.L.: impacto ambiental na moda – lucros, menor preço, maior rentabilidade /


design – produto em si, designer se esquece dos impactos de sua criação e
processos causa na cultura, ambiente, economia, sociedade, política...

- J.N.: humanizar e desmecanizar o pensamento

 Papel da sustentabilidade na moda?

- R.F.: tempo, moda – poder de transformação, pois traz em si princípios e


valores / pensar local, ser sustentável é ser básico

- J.N.: moda como ato político para a sustentabilidade

 Papel do governo no apoio da moda sustentável?

- R.F.: tem contato com este setor e fez uma crítica severa

 Economia criativa?

- R.F.: fala-se sobre este assunto no governo e, não só estimular / ele [R.F.]
tem dois pés atrás [nesta história] – Brasil muito grande para gerir isto

- J.N.: governo / ponto negativo / artesanato brasileiro só viável se produzido na


China / solução – menos dependência do governo, mais empresas privadas e
consumidor no processo

 saída para os dias de hoje para a cultura brasileira se os estilistas (de hoje e
novos) tem como a velocidade da internet como meio/princípio?

- J.N.: Brasil é multicultural, falta talvez um olhar para dentro / internet – falta
outro olhar, reprodutibilidade, exposição exagerada dos indivíduos

- R.F.: falta referência cultural brasileira nos jovens – ex. Guimarães Rosa, M.
Andrade, Machado de Assis / internet – o problema não é ela em si, e sim o
mecanismo pelo qual as pessoas usam/agem sobre ela / em uma época de
síntese, é preciso ter senso crítico apurado / a imagem [final] deve ser global

 Efemeridade?

- J.N.: tem que ser eternizado

 Tendências?

- R.F.: macrotendências; papel/responsabilidade do designer


 Futuro da indústria têxtil?

- R.F.: investimento na cultura local como arma contra à China – design

 outras perguntas: padrão de beleza? Alteração do atual? / bom designer? /


escola de moda? / precificação? Produto brasileiro de moda é caro.

*R.F.:[reforça] a literatura brasileira como fonte para moda

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