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Aluno: Samuel Marcatto de Azevedo

Turma: MEC3A

O Paradoxo Modernista

No ano de 1943, Mário Raul de Morais Andrade publica “Aspectos da


Literatura Brasileira” onde está situado o texto “O Movimento Modernista”.
Nele, Mário de Andrade mostra uma visão geral desde como surgiu a ideia do
Modernismo, até confissões próprias sobre sentimentos com relação à vida, ao
Modernismo, aos seus amigos.
Mário de Andrade foi um dos mentores do Modernismo juntamente com
Tarsila do Amaral, Menotti del Picchia, Anita Malfatti dentre outros, que,
idealizaram a Semana de Arte Moderna no ano de 1922 onde o movimento foi
apresentado ao público pela primeira vez. Eles propunham mudanças
completas no modo de se fazer arte, o que será retratado posteriormente mais
detalhadamente. Vinte e um anos depois, Mário publica esta obra que retrata o
processo do movimento e suas repercussões e consequências.
Início do século XX, Brasil. É esse o contexto histórico em que surge o
Modernismo. O mundo vem passando por mudanças cada vez mais rápidas:
meios de transportes velozes, desenvolvimentos e aplicações de novas
técnicas, desenvolvimento da consciência brasileira, novos ideais políticos.
Tudo era novo, exceto o modo de fazer arte.
Pensando nisso foi que intelectuais brasileiros viajaram à Europa, onde
as artes acompanharam o progresso. Ao verem isso, os artistas ficaram
entusiasmados e queriam trazer a ideia para o Brasil. Quando estes artistas
chegaram ao Brasil, trataram de reunir artistas dispostos a adotar também a
ideia e difundi-la. A partir deste momento, Mário de Andrade relata as reuniões
agitadas nos salões paulistas e, no último caso, no lar de Tarsila do Amaral.
Ele conta que a cidade escolhida foi São Paulo por ser mais “ao par” que o Rio.
Este já era uma cidade internacional e as ideias modernistas não causariam
um frisson, segundo ele.
Em uma dessas reuniões, alguém sugeriu fazer uma Semana de Arte
Moderna e a ideia foi aceita. Porém, esta não foi bem aceita pelos
conservadores da época. Mário de Andrade descreve sua experiência pessoal,
as vaias estrondosas que recebeu ao subir ao palco de modo que não
conseuguia ouvir o que Paulo Prado falava da fileira da frente. Ele revela que
só aguentou firme devido ao enstusiasmo que se encontravam os artistas
modernistas.
Em meio a estes relatos, Mário apresenta os três pontos fundamentais,
dependentes entre si, sobre o movimento: direito à pesquisa eutética,
atualização da inteligência brasileira e a estabilização de uma conciência
criadora nacional. Quanto ao direito à pesquisa, o autor afirma que todos
(exceto o Romantismo, e ele explica o porquê posteriormente) os estilos de
época que o Brasil tivera foram baseados no academismo, ou seja, as obras
não retratavam a atualidade e sim o que é aprendido na escola.
Esse é um dos aspectos principais para se entender a ruptura que
representou o Modernismo, ou seja, um abandono de pricípios e técnicas
aprendidas academicamente e oposição contra a Inteligência brasileira. Isso se
deve a Mário de Andrade afirmar que a inteligência era de certa forma colonial,
por sempre ter uma ligação a Portugal. E isso não condizia com a realidade,
pois o Brasil possuia tendências regionais que caracterizam a linguagem.
Porém isso seria possível apenas com outro movimento modernista, confessa
ele.
O Romantismo e o Modernismo, segundo Mário de Andrade, são os
únicos estilos que eram autênticas, ou seja, a linha de raciocínio não estava
escravizada com a portuguesa tampouco com princípios acadêmicos,
obedientes a culturas e normas pré-existentes. Uma das críticas ao
Modernismo na época era a indefinição de sua estética o que não era visto
assim pelo autor. Ele vê esta característica como a “milhor razão-de-ser do
Modernismo!”. Dizia que era um “estado de espírito” que revolucionário, de
modo a preparar as pessoas para manifestações sociais, sistematizando a
Inteligência Nacional. Não significa isolamento cultural, porém confirmação das
singularidades diante do mundo.
Mário de Andrade conclui, dizendo que os modernistas não deve servir
de modelo, mas de lição. O homem tem vivido o momento, porém aquilo que é
eterno tem deixado de lado. Ele cita os valores como amor, Deus, amizade
como eternos e indispensáveis. Portanto o Modernismo serviu para um
desenvolvimento político-social humano.
Acredito que o Modernismo não foi apenas um estilo de época que
marcou uma ruptura de princípios. O movimentos ensinou-nos também a olhar
o mundo de maneira diferente. Até que ponto a ganância, a busca pelo poder,
pelo prestígio, podem sobrepôr valores e princípios que já nascem com o ser
humano? Como na obra Operários, de Tarsila do Amaral, que mostra pessoas
de diferentes etnias, tristes, abatidas e espremidas diante de uma indústria em
busca de emprego. Certamente se Tarsila do Amaral vivesse nos dias de hoje,
sua obra não seria muito diferente da de quase 80 anos atrás. Desde aquele
tempo até os dias de hoje, o mundo transforma-se rapidamente, porém o que
precisava ser mudado permanece cristalizado. É essa a reflexão que Mário de
Andrade propõe ao final de seu texto “O Movimento Modernista” por isso a
leitura deste é recomendável.

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